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acidente vascular encefálico

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acidente vascular encefálico (AVE) é 
caracterizado por um distúrbio neurológico 
focal, ou às vezes global, com duração 
superior a 24 horas, e desenvolvimento 
rápido dos sintomas, sendo repentino e não 
convulsivo, determinado por lesão cerebral 
secundária ao mecanismo vascular. 
Para entender o AVE, precisamos primeiro 
entender a anatomia encefálica, e assim, 
compreender de que forma a lesão cerebral 
acontece e as suas repercussões. A divisão 
anatômica do encéfalo acontece da seguinte 
forma: 
Sistema 
Nervoso 
Central 
Encéfalo 
Cérebro 
 
Cerebelo 
Tronco 
Encefálico 
Mesencéfalo 
Ponte 
Bulbo 
Medula 
Dessa forma o sistema nervoso central 
também terá a sua vascularização 
específica, dividindo-se em dois sistemas 
principais: 
 
 
1.Artérias 
Vertebrais 
2.Carótida Interna 
Artéria Basilar 
Cerebral 
Posterior 
Cerebral 
Anterior 
Cerebral Média 
Face 
Inferior 
Polo 
Occipital 
Fissura 
Longitudinal 
Sulco 
Lateral 
Polo 
Temporal 
 
Esses dois sistemas formam o Polígono de 
Willis, e irão ser responsáveis por alimentar 
as seguintes áreas cerebrais e suas principais 
funções: 
 
Artérias 
Cerebrais 
Anterior e 
Média 
Lobo Frontal 
Área motora 
Fala 
Pensamentos e 
emoções 
Lobo 
Temporal 
Audição 
Sulco e Lobo 
Parietais 
Tato 
Interpretação 
Artéria 
Cerebral 
Posterior 
Lobo Occipital Visão 
Cerebelo 
Equilíbrio Motor 
Mecanismo da Fala 
Tronco 
Encefálico 
Centro Respiratório 
Acidente Vascular Encefálico - AVE 
Os défices apresentados após o acidente 
incluem deficiência nas funções motoras, 
sensitivas, mentais, perceptivas e da 
linguagem, dependendo da localização da 
artéria acometida, da extensão da lesão e da 
disponibilidade de fluxo colateral. Os sintomas 
neurológicos podem refletir a localização e o 
tamanho do AVE, porém não os diferem 
claramente quanto a sua etiologia. 
Diante da gravidade do AVC e sua incidência 
em território nacional em 2012 o Ministério da 
Saúde através da portaria nº 664 de 12 de abril 
de 2012 cria a Linha de Cuidados em AVC na 
Rede de Atenção às Urgências e 
Emergências. Esta portaria aprova Protocolo 
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para 
Trombólise no Acidente Vascular Cerebral 
Isquêmico Agudo. 
Diferença entre AVE Isquêmico e AVE 
Hemorrágico 
 A etiologia do AVE pode ser diferenciada 
entre AVE Isquêmico e Hemorrágico 
O AVE Isquêmico é caracterizado por um 
déficit neurológico focal causado por uma 
obstrução da irrigação sanguínea em 
determinada área encefálica, essa obstrução 
pode ser causada, na maioria das vezes por: 
• Coágulos; 
• Ateroscleroses; 
• Infarto Lacunar – deterioração de 
pequenas artérias; 
• Estenose vascular – causada por 
vasculite ou infecções. 
 O AVE hemorrágico caracteriza-se pelo 
rompimento de um vaso sanguíneo e 
extravasamento de sangue no parênquima 
cerebral, o extravasamento sanguíneo pode 
ser divido em: 
• Hemorragia Intracerebral 
• Hemorragia Subaracnóidea 
O hemorrágico, é o tipo mais letal de AVE, 
sendo o mais perigoso e difícil de tratar, e 
também, o que mais promovem sequelas aos 
pacientes acometidos. 
As principais etiologias ou doenças de base 
que ocasionam AVE hemorrágico são: 
• Hipertensão Arterial Sistêmica 
• Angiopatias 
• Malformações Arteriovenosas (MAV) 
 Sinais e Sintomas do AVE 
Os principais sinais e sintomas dependem do 
território vascular envolvido, localização e 
tamanho da lesão envolvida, no entanto, na 
maioria das vezes acontecem: 
• Cefaleia de início súbito, sobretudo se 
acompanhada de vômitos; 
• Fraqueza ou dormência na face, nos 
braços ou nas pernas, geralmente 
afetando um dos lados do corpo; 
• Hemiparesia (dificuldade de 
movimentar metade do corpo), 
parestesia (formigamento) ou 
hemiplegia (paralisia de metade sagital 
do corpo); 
• Disartria (a perda da capacidade de 
articular as palavras de forma normal) 
ou Dislalia (dificuldade na fala 
principalmente palavras com ‘R’ e ‘L’); 
• Desvio de comissura labial; 
• Alterações da visão 
• Rigidez nucal. 
 Os ataques isquêmicos podem manifestar-se 
também com alterações na memória e na 
capacidade de planejar as atividades diárias, às 
vezes podem passar despercebidos no início 
e intensificar-se ou evoluir para o AVE 
hemorrágico, por isso é necessário estar 
alerta aos sinais e sintomas. 
 No AVE hemorrágico existem sintomas mais 
característicos como náuseas, vômitos, 
confusão mental e perda de consciência. 
E OS FATORES DE RISCO, QUAIS SÃO? 
Existe uma diferença entre os fatores de 
risco e os fatores etiológicos, normalmente 
encontramos que os dois estão intrínsecos, 
porém é importante reconhecermos que os 
fatores de risco são aqueles que podem ser 
gerenciados pelo paciente através da 
mudança de hábitos, como etilismo, 
tabagismo, sedentarismo. Já os fatores 
etiológicos são aqueles que envolvem 
doenças de base ou doenças crônicas, que 
quando não tratadas ou estão em 
exacerbação dos seus sinais e sintomas, 
podem ocasionar o AVE, sendo assim temos 
como fatores etiológicos a Hipertensão 
Arterial Sistêmica (HAS), a Diabetes Mellitus e 
a Obesidade. 
Diagnóstico e Tratamento 
 O diagnóstico é feito através de: 
• Avaliação física e neurológica; 
• Eletroencefalograma; 
• Exames laboratoriais – Hemograma, 
Glicose e outros; 
• Tomografia computadorizada de 
crânio; 
• Angiografia por TC de crânio. 
O tratamento vai ser de acordo ao tipo de 
AVE que acometeu o paciente, sendo assim 
para o AVE Isquêmico o tratamento mais 
eficaz é a trombólise medicamentosa, através 
tratamentos com rtPA, medicações como o 
Actilyse e o uso de estreptoquinase. Todos 
esses tratamentos tem a finalidade dissolução 
trombótica. 
Alguns cuidados são importantes para o 
paciente que está em tratamento do AVE 
Isquêmico, como por exemplo, monitorar os 
sinais vitais, principalmente a pressão arterial, 
administrar o tratamento trombolítico se a 
pressão arterial sistólica estiver menor do que 
160mmHg. Alguns adjuvantes também podem 
auxiliar o tratamento, como antiplaquetários, 
anticoagulantes em via venosa e outras 
medicações que influenciam a fluidificação 
sanguínea. 
Para o AVE Hemorrágico o tratamento é 
voltado para controle dos principais problemas 
relacionados ao extravasamento sanguíneo, 
sendo assim envolverá procedimentos 
cirúrgicos para clampeamento do vaso 
danificado ou remoção de coágulos do sangue 
extravasado no parênquima cerebral, outro 
problema é o aumento da Pressão 
Intracraniana (PIC), com o derramamento 
sanguíneo, ela irá aumentar e pode evoluir 
para uma herniação cerebral, o controle dessa 
complicação é feita com medicações 
diuréticas, como o diurético osmótico Manitol 
e a inserção do sistema de Derivação 
Ventricular Externa, usado para o controle da 
drenagem liquórica em casos de hipertensão 
intracraniana. 
Caso Clínico 
L.G.A., 69 anos, sexo masculino. Refere: “dor 
de cabeça insuportável, perda da força do lado 
direito do corpo, dificuldade para falar, tontura 
e vômito” (sic). Paciente hipertenso, diabético, 
etilista e ex-tabagista. 
Ao exame físico: FC: 120bpm, PA: 
170x120mmHg, T: 36,0ºC, pulso rápido e 
filiforme, pele hipocorada. 
Apresenta cefaleia intensa, parestesia, 
hemianopsia e desvio de comissura labial à 
esquerda. Evolui com piora dos sintomas, 
alteração do estado mental, perda da consciência 
e rigidez nucal.

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