Buscar

Clínica Médica- Insuficiência Renal Aguda e Crônica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Isadora Silva 
Clínica Médica 
Insuficiência renal aguda 
Acontece em período menor que 90 dias, 
enquanto a crônica é acima de 90 dias. 
Perda ou redução da função renal (filtração de 
sangue), devido a lesão estrutural ou disfunção 
renal, ocasionando retenção de excretas 
nitrogenadas (azotemia) e outras substâncias 
que deveriam ser excretadas pelos rins. 
Mais visto em pacientes hospitalizados, tendo 
um pouco mais incidência em homens e sendo 
um quadro grave (50-60% de mortalidade). 
Paciente apresenta: 
 Azotemia: aumento de excretas 
nitrogenadas (ureia e creatinina) no 
exame laboratorial. 
 Uremia: sinais e sintomas secundários 
ao aumento das excretas nitrogenadas- 
paciente URÊMICO. 
 
CLASSIFICAÇÃO: avaliamos aumento de 
creatinina e diminuição da diurese. 
1- Leve (estágio 1): é a única que muda um 
pouco nas classificações. 
-Rifle: medir creatina na entrada do paciente e 
7 dias depois, se aumentar 1,5x, ou redução da 
diurese em 0,5 em 6 horas, temos IRA estágio 1 
-Akin: medir creatinina na chegada e em 2 dias 
e se aumentar 0,3x, ou redução da diurese em 
0,5 nas 6 hrs, temos IRA estágio 1. 
 Conclusão: não houve diferença 
significativa em usar uma ou outra! 
2- Moderado (estágio 2): vamos avaliara 
creatinina em 12 horas e ver se 
aumentou 2X seu valor, ou se reduziu a 
diurese em 0,5ml/kg/hora. 
3- Grave (estágio 3): vamos avaliara 
creatinina em 24 horas e ver se 
aumentou 3X seu valor, ou se reduziu a 
diurese em 0,3ml/kg/hora. 
Para classificar em estágios temos que avaliar 
a classificação de rifle ou akin (especificadas 
acima). 
 
CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLÓGICA: 
 IRA pré-renal: doença acontece antes de 
interferir os rins, e reduz a chegada de 
volume adequado de sangue aos rins 
(hiperperfusão renal). Ex: insuficiência 
cardíaca aguda, cirrose hepática. 
- Causas: redução do débito cardíaco (IC, 
desidratação, hemorragias); hipoalbuminemia 
(cirrose hepática); sepse. 
 IRA Renal: causada por lesão renal que 
interfere na capacidade de filtração 
glomerular adequada (isquemia renal). 
EX: NIA, GNRP, causas nefrotóxicas. 
 IRA Pós renal: causada por alterações 
que interferem no fluxo sanguíneo pós 
renal (obstrução do fluxo- volume chega 
até o túbulo contorcido proximal, 
aumentando pressão, impedindo a 
filtração), acontece no ureter, bexiga, 
uretra... EX: litíase (desde que obstrua 
bilateralmente), hiperplasia prostática 
benigna, prostatite, tumor de próstata ou 
uterino. 
 
2 Isadora Silva 
SINTOMAS 
 Oligúria ou anúria súbitas 
 Sintomas inespecíficos (pelo acúmulo de 
excretas no sangue): mal estar, náuseas, 
vômitos, prurido, alterações 
neurológicas e do nível de consciência. 
 Sintomas de sobrecarga de volume: 
dispneia, edema periférico, ascite, 
estase de jugular. 
 Arritmias (hiperpotassemia) 
 
DIAGNÓSTICO 
É clínico e laboratorial. Se faz uso de 
medicações, presença de desidratação, 
hemorragia, acidente ofídico, história de 
calculose renal de repetição, história de 
tratamento de HPB. 
Exames laboratoriais: ureia, creatinina, EAS 
(hematúria, cilindros), eletrólitos, diurese, USG 
de vias urinárias (obstrução), biópsia (quando 
descartamos não ser pré-renal, nem pós-renal). 
 
TRATAMENTO 
Vamos corrigir o quadro reversível vendo sua 
classificação e o que causou. 
Vamos evitar novas injúrias renais (medicações 
neurotóxicas, hidratação), corrigir distúrbios 
hidroeletrolíticos e ácido-base. 
Se for causa obstrutiva, muitas vezes resolve 
com passagem de cateter vesical. Muitas vezes 
imunossupressores resolvem e casos de GNRP, 
NIA. 
E a diálise é a opção quando não temos outro 
tipo de tratamento e precisa utilizá-la. Mas 
quando indicar? 
-Pacientes com uremia grave (coma, 
encefalopatia) 
-Distúrbio hidroeletrolíticos ou ácidos base 
refratários 
-Sobrecarga hídrica refratária (edema agudo de 
pulmão) 
-IRA causada por intoxicações exógenas graves 
 
 
Insuficiência renal crônica 
A evolução da doença tem que ser por um 
período maior que 90 dias. 
Doença caracterizada por perda progressiva da 
função renal de caráter irreversível (o glomérulo 
fica muito permissivo deixando passar 
substâncias, já que o filtro não está 
“funcionando” direito). Uma vez lesionado, já 
não existe mais reversão. 
É uma doença silenciosa e os sintomas se 
apresentam em estágios avançados (por isso é 
necessário fazer triagem em pacientes que tem 
problemas renais). Tem como causa comum a 
hipertensão arterial secundária. 
É uma das principais causas que levam a 
diálise e a transplante renal, assim como 
internação frequente o que aumenta o risco de 
infecções hospitalares. 
As causas mais comuns de IRC são: diabetes 
mellitus, HAS, glomerulonefrite crônica, rins 
policísticos. 
 
 
3 Isadora Silva 
Quando suspeitar de alteração estrutural renal? 
Quando houver alterações em exames que são 
marcadores de alterações: 
1- Alterações no exame de imagem 
(policístico, único) 
2- Distúrbios hidroeletrolíticos 
3- Albuminúria 
4- Alterações ao EAS 
5- Exame histológico (GESF) 
6- Transplante renal (risco de rejeição). 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Avaliamos a taxa de filtração glomerular (menor 
a taxa, maior a lesão glomerular) e a albumina 
urinária. 
 
1- Cálculo de taxa de filtração: 
- Cockroft- Gault: o peso afeta os cálculos 
(porque o edema pode fazer a pessoa aumentar 
o peso). 
 
-MDRD: pouco prática, mas mais precisa 
 
SINAIS E SINTOMAS: vamos avaliar o estágio 
da doença que o paciente já está 
 Anemia (hipocrômica e microcítica) - 
deficiência de eritropoetina e não de 
ferro (anemia ferropriva também dá esse 
valor) 
 Edema: perda de líquido para 3º espaço 
permite com que que o paciente tenha 
oligúria. 
 Infecções recorrentes (internações 
recorrentes) 
 Distúrbio hidroeletrolítico 
 Alterações ósseas- perda de cálcio e 
fósforo principalmente. 
 Doenças cardiovasculares (HAS) 
 Hemorragias: perda de proteínas pró-
coagulantes 
 
DIAGNÓSTICO: Paciente geralmente vai ter 
uma doença que vai causar a lesão. O paciente 
ou vai citar fatores de risco ou aparecimento de 
sintomas. 
 
 
TRATAMENTO 
Varia conforme estágio da IRC: 
1- Estágio 1: evitar para que ele progrida 
pra IRC. Vamos controlar os fatores de 
risco (HAS- IECA/BRA, DM, 
 
4 Isadora Silva 
dislipidemia), cessar tabagismo, 
realização de atividade física regular. 
2- Estagio 2: mesmo tratamento de estágio 
1 acrescido de acompanhamento com 
exames (porque já perdeu um pouco da 
função renal), assim, vamos orientar o 
paciente a reduzir o consumo de sódio. 
3- Estágio 3 A: mesmo tratamento de 
estágio 2 acrescido de correção da dose 
de medicações (principalmente quando 
necessitar de uso de antibióticos), assim 
fazemos o cálculo da dose da 
medicação. 
4- Estágio 3 B: mesmo tratamento de 
estágio 2. 
5- Estágio 4: mesmo tratamento de estágio 
2, acrescido de acompanhamento de 
perto (a cada 90 dias vamos pedir 
exames que comprovem a função renal: 
hemograma, uréia, creatinina, íons, EAS, 
proteinúria 24 hrs, PTH. 
6- Estágio 5: mesmo tratamento do estágio 
4 acrescido de acompanhamento 
multiprofissional (clínico + endócrino + 
nutricionista).

Continue navegando