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HP – Manifestações Abdominais Exame físico abdominal Pré exame: - Informar o paciente sobre o exame - Tranquilizar o paciente - Empatia e respeito - Cuidados com a exposição - Higiene de mãos - Técnica de lavagem de mãos Posicionamento: - Decúbito dorsal - Sem travesseiro - Mãos estendidas ao longo do corpo - Médico se posiciona a direita Avaliação global: - Alterações oculares: · Exame físico geral pode auxiliar a avaliação abdominal · Conjuntiva pálida – indica anemia · Esclera amarelada – indica icterícia - Alterações cutâneas: · Icterícia além do tom amarelo, o paciente costuma apresentar prurido - Cavidade oral: · Monilíase (candidose/” sapinho”) – pacientes adultos com infecção fúngica oral indicam intensa imunossupressão · Queilite ou quilose angular – feridas no canto da boca, indicam deficiências de vitaminas, principalmente do complexo B · Língua geográfica (glossite ou língua pilosa) – anemias, deficiências de vitaminas etc. · Erosões no esmalte dentário – doença do refluxo etc. · Caseum – depósitos de fragmentos alimentares nas amígdalas, causa mau hálito (halitose) Exame físico abdominal – IAPP: 1. Inspeção 2. Ausculta 3. Percussão 4. Palpação Exame complementar a beira do leito (não há em todos os lugares, consiste em uma ecografia conectada ao celular, possibilitando a visualização de alterações na cavidade abdominal) Divisão do abdome: - Importante para identificação do problema em relação as estruturas, e para a especificação em prontuário, um registro mais específico - Há 9 regiões do abdome Inspeção: - Forma/simetria, teoricamente se dividido ao meio, o abdome deve haver uma certa simetria - Volume, um volume aumentado ou escavado indica patologias específicas - Presença de hérnias ou massas palpáveis · Hérnias podem ser redutíveis, quando a hérnia é encarcerada, ela deixa de ser redutível - Cicatrizes (cirúrgicas ou não) - Lesões de pele (sinal de Cullen, sinal de gray-turner – equimose nos flancos, herpes -zóster etc.) - Circulação colateral - Peristaltismo visível Manobra de Valsava: Auxilia no diagnóstico de hérnias e diástases abdominais. Manobra em que se prende a respiração, tapa nariz e boca, e força o ar Ausculta: Pontos principais: Aorta, artérias renais, artéria ilíaca e artérias femorais · Aumento dos ruídos hidroaéreos – diarreia · Peristaltismo de luta – obstrução mecânica, há aumento dos ruídos, como se o instestino estivesse tentando transpor a obstrução, como se estivesse lutando contra a obstrução. Ex: fecaloma, tumor de cólon etc. · “Silêncio abdominal” – Íleo adinâmico, diminuição do peristaltismo abdominal que não tem nenhum fator mecânico obstrutivo. Ex: uso de medicações que diminuem o peristaltismo etc. · Sopros abdominais – Aneurisma e compressões arteriais Percussão: - Mão esquerda espalmada delicadamente sobre o abdome - Percussão com o dedo indicador ou médio da mão direita - Sobre os dedos da mão esquerda (exceto polegar) · Som maciço · Som timpânico - Hipertimpanismo – distensão gasosa - Macicez móvel – líquido livre (ascite) Hepatimetria: Tenta medir o tamanho do fígado, começa percutindo pela região do flanco direito em direção ao fígado, quando perde o timpanismo é porque chegou a borda hepática inferior. Então, vai para região escapular e começa a percutir em direção ao fígado, aqui o som é sub-maciço e ao chegar na borda superior do fígado fica maciço de novo. A medida entre as duas bordas dá mais ou menos o tamanho Sinal de piparote: Ascite, líquido na cavidade abdominal. Pede para o paciente por a mão na vertical no abdome, e a outra mão do médico do lado esquerdo, do lado direito da um peteleco, se na mão esquerda o médico sentir vibração do líquido, é um piparote positivo Sinal da macicez móvel: percutir o local, em decúbito dorsal se percutir as laterais estará maciço e a região central timpânica, depois paciente se deita em decúbito lateral, a região lateral estará timpânica e a central/lado oposto estará maciça Sinal de Giordano/ PPL (punho percussão lombar): Percussão da região renal, se houver dor no local indica pielonefrite Palpação: SUPERFICIAL: - Compressão de aproximadamente 1cm - Palpação unimanual com dedos juntos e retos · Avaliação: - Pontos dolorosos (indicação do paciente) - Integridade da parede abdominal - Contraturas musculares PROFUNDA: - Compressão de aproximadamente 5 cm - Palpação bimanual com as mãos sobrepostas · Avaliação: - Visceromegalias - Tumorações PONTOS DOLOROSOS: Ajudam a fazer relação com diagnóstico etiológico da dor do paciente · Ponto cístico – vesícula biliar, abcessos hepáticos · Ponto xifoidiano – doença do refluxo, úlcera gástrica, infarto agudo do miocárdio · Ponto epigástrico – úlceras, pancreatite aguda · Ponto esplênico - abcesso esplênico, rupturas esplênicas etc. · Ponto uretral (D) · Ponto uretral (E) · Ponto apendicular - apêndice · Ponto ureteral – uretrite, cálculo renal SINAIS SEMIOLÓGICOS: - Sinal de Murphy – colecistite aguda, pede para o paciente respirar fundo, e ocorre uma cessação abrupta da inspiração profunda - Sinal de Blumberg e Rovsing – Descompressão súbita na fossa ilíaca direita (apendicite aguda) – Blumberg. Descompressão subida na fossa ilíaca esquerda (apendicite aguda TAMBÉM) – Rovsing. - Sinal obturador – Flexão da perna direita, e rotação lateral da perna, levando a irritação do músculo obturador, podendo levar a diagnóstico de apendicite aguda - Sinal do Psoas – Decúbito lateral esquerdo, elevar a perna e jogar para trás, compressão do M. psoas maior, pode sugerir apendicite aguda - Sinal de courvoisier – terrier – Dor a palpação e a descompressão súbita FÍGADO: - Manobra de Lemos Torres: Mão esquerda na região lombar projetando o órgão para frente, palpando a borda hepática com a mão direita espalmada. Pode avaliar cirrose hepática (nodulações nas bordas hepáticas) - Manobra de Mathieu: palpação em garra, de frente para os pés do paciente, com as mãos juntas, vai palpando até chegar a borda do fígado BAÇO: Geralmente não palpável (Espaço de traube livre). Muito difícil de palpar, exceto em esplenomegalias muito intensa - De frente para os pés do paciente, mão esquerda na região lombar projetando o órgão para frente, palpando a borda hepática com a mão direita espalmada - Manobra de SCHUSTER: