Benefícios legais - Férias UC 5 - TRH - Senac

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27/06/2023, 06:24 Benefícios legais
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Benefícios legais
Férias
De acordo com a constituição federal e com a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), o empregado urbano e rural, após trabalhar 12 meses,
terá direito a um período de férias sem prejuízo da remuneração. Desta
forma, receberá, neste período, a devida remuneração.
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Um pouco de história sobre o direito às
férias
Foi na Europa de 1848 que se iniciaram
as lutas operárias pelo direito às férias.
O primeiro país a decretar uma lei que
tornou obrigatória a concessão de férias
foi a Inglaterra, em 1872. Mas, foi
somente a partir do século XX que o
direito às férias se consolidou como
norma legal na maior parte dos países.
No Brasil, com o fortalecimento do
movimento operário, a partir das greves
de 1917, foi elaborada a primeira Lei de
Férias, em 1925. Esta lei garantia 15 dias
de descanso aos trabalhadores das
indústrias, do comércio e dos bancos.
No entanto, em 1934 as férias anuais se
tornaram um direito constitucional, e
apenas em 1943 a CLT firmou em 30
dias a duração mínima das férias.
Com a constituição de 1988, os
trabalhadores conquistaram o direito ao
recebimento de salário correspondente
às férias, acrescido de 1/3 (um terço).
Todo empregado tem direito a gozar do
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período de férias após completar 12
meses de trabalho. Este direito
corresponde a um descanso anual
remunerado.
Período de férias
Tendo trabalhado pelo período de um ano, o empregado passa a ter o
direito de gozar férias nos próximos 12 meses subsequentes, sem prejuízo
em seu salário. Ele deve ainda receber 1/3 de adicional em seu salário
normal, o chamado abono de férias, e poderá vender até 1/3 de suas férias
ao empregador.
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Parcelamento de férias
As férias serão concedidas em
um só período (30 dias) pelo
empregador, nos 12 meses
subsequentes ao direito
adquirido pelo empregado, ou
podem ser fracionadas em três
períodos, desde que haja
concordância do empregado,
sendo que um dos períodos não
poderá ser inferior a 14 dias
corridos e os demais não
poderão ser inferiores a cinco
dias corridos, cada um.
O empregado deve ser comunicado sobre o aviso de férias por escrito
e com antecedência de no mínimo 30 dias. Em um documento com duas
vias, deve constar o período aquisitivo a que se refere as férias.
Essas informações devem ser anotadas na Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS) do empregado e também em sua ficha registro.
Não é necessário anotar as férias
no livro ou nas fichas de registro
dos empregados, caso o
empregado tenha a CTPS digital,
pois a anotação poderá ser feita
nos sistemas informatizados
gerados pela empresa.
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Para saber mais sobre o tema,
faça uma busca no Google
utilizando o termo “CTPS digital”.
É fundamental apresentar as proporções dos dias que o empregado
terá direito a gozar férias, quando houver faltado ao trabalho de forma
injustificada:
Período de gozo de
férias
Número de faltas injustificadas ao
trabalho
30 dias Até 5 faltas
24 dias De 6 a14 faltas
18 dias De 15 a 23 faltas
12 dias De 24 a 32 faltas
Faltas injustificadas são representadas por ausência do empregado
sem motivo justificado.
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Perda do direito de férias
Em algumas situações, o empregado estará sujeito a perda do direito
às férias, são elas:
Esses são os casos em que o empregado perde o direto às férias, por
isso é fundamental ter conhecimento a respeito de cada uma das situações.
Abono pecuniário
O empregado tem direito a converter 1/3 de suas férias em abono
pecuniário, isso quer dizer que, dos 30 dias de férias, poderá optar em
descansar o período integralmente ou durante 20 dias. Neste período,
receberá os 10 dias restantes (1/3 dos trinta dias) em dinheiro.
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É importante entender que, no
mês em que o empregado sair
de férias e tiver optado pelo
abono pecuniário, a sua
remuneração irá equivaler a
quarenta dias. Como segue:
20
dias
Férias em
descanso
10
dias
Férias
pecuniárias
(abono)
10
dias
Salário pelos
dias
trabalhados no
mês
O abono pecuniário deverá ser requerido pelo empregado por escrito e
em até 15 dias antes do término do período aquisitivo. No caso de ocorrer o
pedido após o prazo, fica a critério do empregador conceder o abono.
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Comunicação e pagamento do período de férias
A concessão das férias será comunicada ao empregado por escrito, no
formato de um aviso de férias, e com antecedência mínima de 30 dias.
O pagamento da remuneração correspondente deverá ser feito em até
2 dias antes do início do período do gozo de férias, por meio do chamado
recibo de férias, no qual o empregado dará quitação do pagamento.
Adicional de 1/3 de férias
Tanto o trabalhador urbano quanto o rural têm direito, garantido pela
constituição federal, de receber um adicional de 1/3 sobre a remuneração
de férias, no momento do gozo delas.
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Importante destacar que o
pagamento do adicional de 1/3
se aplica também sobre as
férias indenizadas nas rescisões
do contrato de trabalho.
Férias coletivas
Férias coletivas são aquelas concedidas a todos os empregados da
organização e que podem ser divididas em dois períodos. Porém, nenhum
dos dois períodos poderá ser inferior a 10 dias.
Mas, para que possa conceder férias coletivas, a organização precisa
agilizar algumas ações tais como, comunicar à delegacia regional do
trabalho (DRT) sobre as datas de início e término das férias, com uma
antecedência mínima de 15 dias; deve indicar os setores e os
estabelecimentos atingidos e é necessário também avisar o sindicato
representante da categoria profissional por meio de uma cópia da
comunicação feita na DRT. Sendo que, nesta comunicação, será preciso
inserir, nos locais de trabalho, um aviso sobre as férias coletivas.
Importante
As obrigações destacadas
anteriormente não se aplicam às
microempresas. Estas estão
dispensadas de cumprir tais
procedimentos.
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Em caso de férias coletivas, os empregados com menos de 12 meses
de contratação, irão gozar de férias proporcionais. O novo período aquisitivo
iniciará a partir do primeiro dia de gozo das férias. Caso elas sejam coletivas
e superiores ao direito do trabalhador, é dever da empresa fazer o
pagamento dos dias excedentes como complemento de pagamento de
férias. Dessa forma, o prejuízo salarial do trabalhador é evitado.
Encargossociais
Contribuição previdenciária (INSS)
É fundamental obedecer ao teto
máximo para desconto, de
acordo com a tabela fixada pelo
governo, referente ao mês das
férias.
A contribuição previdenciária para o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) incide sobre o valor das férias e sobre o 1/3 correspondente.
O valor descontado a título de contribuição previdenciária será a soma das
importâncias recebidas e aplicadas à alíquota.
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Imposto de renda retido na fonte (IRRF)
O imposto de renda retido na fonte (IRRF) incide sobre a soma das
férias e o adicional de 1/3 de férias, subtraindo a contribuição previdenciária
(INSS) e os dependentes, de acordo com a tabela vigente na data do
pagamento. Esta que é fixada pelo governo federal.
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Fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS)
O FGTS é uma espécie de poupança disponibilizada como
indenização para o trabalhador como direito pelo tempo de serviço prestado
para a empresa.
O objetivo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é de
proteger o trabalhador formal, ou seja, aquele que apresenta um contrato de
trabalho formal, regido pela CLT, nos seguintes casos: demissão sem justa
causa, aposentadoria, morte, invalidez e desemprego.
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Quanto à incidência sobre as férias, referente ao FGTS, o empregador
é obrigado a depositar, na conta vinculada do empregado, o valor de 8%,
calculado sobre as férias e sobre o valor de 1/3 delas.
Destaca-se que o valor do abono pecuniário não incide sobre o FGTS.
O FGTS é depositado mensalmente na conta vinculada do trabalhador
e, além de favorecer ele, financia programas de habitação popular,
saneamento básico e infraestrutura urbana. Estes são aspectos de melhoria
que favorecem a sociedade e principalmente a população de baixa renda.
Atraso de férias
Acumulação de períodos – férias em dobro
Quando as férias forem concedidas após o prazo legal (período
concessivo), elas deverão ser remuneradas em dobro. Sendo que este
incidirá somente na remuneração, ou seja, o empregado tem direito à
remuneração de 60 (sessenta) dias, mas o descanso será de 30 (trinta)
dias.
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