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PSICOLOGIA DA EDUCAÇAO E DA APRENDIZAGEM

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Psicologia da Educação e da Aprendizagem
Tópico 1 – PSICOLOGIA EDUCACIONAL: UMA BASE PARA O ENSNO
1
O que faz um bom professor?
Todo mundo sabe que o bom ensino é importante. Mas o que torna um bom professor eficaz? É cordialidade, humor e capacidade de se preocupar
com os alunos e valorizar sua diversidade? É planejamento, trabalho árduo e autodisciplina? E quanto à liderança, entusiasmo, um amor contagiante pelo aprendizado e habilidade para falar?
A maioria das pessoas concordaria que todas essas qualidades são necessárias para ser um bom professor, e certamente estariam corretas. Mas essas qualidades não são suficientes.
Bons professores conhecem o assunto e dominam habilidades pedagógicas.
Professores eficazes realizam todas as tarefas envolvidas em uma instrução eficaz com calor humano, entusiasmo e carinho.
Professores intencionais usam os princípios da psicologia educacional em suas decisões e ensino, combinam pesquisa e bom senso.
A psicologia educacional é o estudo sistemático dos alunos, aprendizagem e ensino.
A pesquisa em psicologia educacional concentra-se nos processos pelos quais informações, habilidades, valores e atitudes são comunicados entre professores e alunos em sala de aula e nas aplicações dos princípios da psicologia às práticas de ensino.
A pesquisa em psicologia educacional molda as políticas educacionais, os programas de desenvolvimento profissional e os materiais pedagógicos.
Você pode desenvolver ainda mais suas habilidades como professor intencional procurando mentores, buscando desenvolvimento profissional e conversando com colegas e amigos sobre suas experiências.
Psicologia da Educação e da Aprendizagem
Tópico 2 – Desenvolvimento Cognitivo.
4
Desenvolvimento ao longo da vida
Ao longo dos primeiros 18 anos de vida, as crianças passam por mudanças surpreendentes. Muitas dessas mudanças são óbvias, por exemplo, as crianças ficam maiores, mais inteligentes e mais aptas socialmente. No entanto, muitos aspectos do desenvolvimento não são tão óbvios. Cada criança se desenvolve de maneiras diferentes e em ritmos diferentes, e o desenvolvimento é influenciado pela biologia, cultura, parentalidade, educação e outros fatores. Todo professor precisa entender como as crianças crescem e se desenvolvem para poder entender como as crianças aprendem e como melhor ensiná-las.
Desenvolvimento refere-se a como as pessoas crescem, se adaptam e mudam ao longo de suas vidas, por meio do desenvolvimento da personalidade, desenvolvimento socioemocional, desenvolvimento cognitivo (pensamento) e desenvolvimento da linguagem.
O desenvolvimento é predeterminado no nascimento, pela hereditariedade e fatores biológicos, ou é afetado pela experiência e outros fatores ambientais?
O Desenvolvimento cognitivo sob duas visões
Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que está se encontra. A visão particular e peculiar (egocêntrica) que as crianças mantêm sobre o mundo vai, progressivamente, aproximando-se da concepção dos adultos: torna-se socializada, objetiva. Vygotsky discorda de que a construção do conhecimento proceda do individual para o social. Em seu entender a criança já nasce num mundo social e, desde o nascimento, vai formando uma visão desse mundo através da interação com adultos ou crianças mais experientes. A construção do real é, então, mediada pelo interpessoal antes de ser internalizada pela criança. Desta forma, procede-se do social para o individual, ao longo do desenvolvimento.
Estágios cognitivos – Jean Piaget
Sensório-motor (0-2 anos)
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência e pratica. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o meio e direto e imediato, sem representação ou pensamento.
Exemplos:
 A exploração manual e visual do ambiente – a experiência obtida com ações a imitação;
 A inteligência pratica (através de ações):
ações como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar;
A coordenação das ações proporciona o surgimento do pensamento
 A centralização no próprio corpo;
 A noção de permanência do objeto.
Estágios cognitivos – Jean Piaget
Pré-operatório (2-7 anos)
Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica. Caracteriza-se pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório-motor).
 É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
 Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos “por quês”).
 Já pode agir por simulação, “como se”.
 Possuí percepção global sem discriminar detalhes.
 Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Exemplos:
Mostra-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
Estágios cognitivos – Jean Piaget
Operatório Concreto (7-11anos)
A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ardem, casualidade, já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração, Desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
Operatório Formal (12 em diante)
A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade. Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.
Relação entre a linguagem e o pensamento
Segundo Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma das suas formas de expressão. A formação do pensamento depende, basicamente, da coordenação dos esquemas sensorimotores e não da linguagem.Esta só pode ocorrer depois que a criança já alcançou um determinado nível de habilidades mentais.  A linguagem possibilita à criança evocar um objeto ou acontecimento ausente na comunicação de conceitos. 
Já para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores: ela dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação. Neste sentido, a linguagem, diferentemente daquilo que Piaget postula, sistematiza a experiência direta das crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos que nele estão em andamento. ​
Lev Vygotsky - Desenvolvimento cognitivo
Psicólogo russo, criador da grande teoria histórico-cultural.​
Após a década de 1980 em 1990 sua teoria ficou conhecida globalmente.​
Segundo Vygotsky o desenvolvimento depende dos sistemas de signos com os quais as pessoas crescem ou seja a linguagem, esses símbolos que são utilizados pelas sociedades para que possamos pensar, nos comunicar, e resolver problemas.​
ZDP - zona de desenvolvimento proximal
Psicologia da Educação e da Aprendizagem
Tópico 3 – Desenvolvimento Cognitivo. Elementos de ensino aprendizagem efetivos: Motivação e ambiente.
14
Modelo de aprendizagem escolar de Carroll e Modelo QAIT.
Um Modelo de Instrução Eficaz Slavin (1984) propôs um modelo de instrução eficaz com enfoque nos elementos alteráveis do modelo de Carroll (1963-1989) "Model of School Learning". que são os elementos que os professores e as escolas podem alterar diretamente. Os componentesdeste modelo de elementos alteráveis de instrução eficaz são os seguintes:
Modelo de aprendizagem escolar de Carroll e Modelo QAIT.
1. Qualidade da Instrução: o grau em que informações ou competências são apresentadas aos alunos para que possam aprendê-las com facilidade. A qualidade da instrução é, em grande parte, um produto da qualidade do currículo e da própria aula​
​
2. Níveis Adequados de Instrução: até que ponto o professor se assegura de que os alunos estão prontos para aprender um novo assunto (quer dizer, que têm o conhecimento e as habilidades necessários para aprende-lo mas ainda não o fizeram Em outras palavras, o nível de instrução é adequado quando a lição não é, nem multo difícil, nem muito fácil para os alunos.
Modelo de aprendizagem escolar de Carroll e Modelo QAIT.
3 Incentivo: até que ponto o professor garante que alunos estejam motivados para executar tarefas instrutivas e aprender a matéria que está sendo apresentada.​
4Tempo: até que ponto dado aos alunos tempo suficiente para aprender a matéria que está sendo ensinada.
​
Modelo de aprendizagem escolar de Carroll e Modelo QAIT.
Os quatro elementos deste modelo QAIT (Qualidade, Adequação, Incentivo, Tempo) tem uma importante caracteristica: os quatro, sem exceção, precisam ser adequados para que a instrução seja eficaz Ressalte-se, novamente, que instrução eficaz não se limita a um bom ensino. Independente de quão alta seja a qualidade da instrução, os alunos não aprenderão uma matéria se lhes faltarem as necessárias habilidades ou informações prévias, se não estiverem motivados, ou se não lhes for dado o tempo de que precisam para aprendê-la Por outro lado, se a qualidade da instrução for baixa, não fará diferença quanto os alunos já saibam, quão motivados estejam, ou quanto tempo tem Cada um dos elementos do modelo QAIT é como um elo de uma corrente, e uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco. Na verdade, pode-se argumentar. por hipótese, que os quatro elementos estão relacionados multiplicativamente, no sentido de que melhoramentos em mais de um elemento podem produzir ganhos de aprendizado substancialmente maiores do que melhoramentos em qualquer um isoladamente.
​
Como os alunos são agrupados para acomodar as diferenças de desempenho?
O agrupamento por habilidade é onde os alunos são colocados em pequenos grupos dentro de uma única sala de aula com base em seu nível de desempenho.
O agrupamento de habilidades é a prática de diferenciar grupos de alunos dentro ou entre as classes. O agrupamento de habilidades dentro da classe refere-se à prática de separar os alunos da mesma classe em grupos menores, geralmente para matemática e leitura.
Agrupamento por habilidade dentro da turma: é onde os alunos são colocados em pequenos grupos dentro de uma única sala de aula com base em seu nível de desempenho.
Desfazer o rastreamento ou desrastrear significa colocar os alunos em grupos e habilidades mistas os alunos são considerados em alto nível e recebem assistência para alcançar esses objetivos.
Quais são algumas formas de diferenciar o ensino?
Ensino diferenciado e personalizado: mas que uma tendência na área da educação o ensino personalizado se baseia em uma série de estratégias pedagógicas no intuito de favorecer o desenvolvimento dos estudantes de forma individualizada e se destaca por colocar o estudante como agente responsável por sua aprendizagem. asseguram e promovendo,  desenvolvimento de crianças e adolescentes de forma individualizada, respeitando os talentos, as limitações, e os conhecimentos. Para ter êxito, é essencial estimular o engajamento e o protagonismo dos estudantes para que atinja um excelente desempenho e tenham condições de colocar em prática o que aprenderam na escola.
Tutoria entre pares: Definida como uma série de práticas e estratégias que colocam os pares executando o papel de 'professores' em uma relação do tipo face-a-face, para fornecer particularmente a instrução, a prática, a repetição e o esclarecimento dos conceitos (UTLEY; MORTWEET; GREENWOOD, 1997).
Tutoria por professores: a tutoria individualizada é quando um professor de reforço escolar dá suporte a um aluno apenas, de forma individual. Aula de reforço do tutor particular, nesse caso, é a garantia de um ensino individualizado. Os benefícios de uma tutoria individualizada são muitos.
Que programas educacionais existem para os alunos em risco?
Os programas educacionais para alunos em risco se enquadram em 3 categorias principais: Educação Compensatória, Programas de Intervenção Precoce e Educação Especial.
Tópico 2: 
Motivando os alunos para a aprendizagem.
O que é motivação?
Motivação é o impulso que nos leva à ação.
Maneiras de promover a participação dos alunos em sala de aula.
Estabeleça relações entre os conteúdos ensinados e a realidade dos alunos.
Proponha desafios e questionamentos.
Elabore um sistema de aprendizagem dinâmico
Aposte no uso de ferramentas tecnológicas.
Estimule o espírito de liderança.
Seja paciente.
Tipos de motivação:
Motivação intrínseca, esta é determinada por agentes internos, como interesse, satisfação, autorrealização ou necessidades internas.. Além disso, quando a motivação vem de dentro, a pessoa é capaz de manter esse espírito por mais tempo, por isso esse tipo de motivação é tão importante.
Motivação extrínseca, a pessoa espera algum tipo de gratificação externa, retribuição ou reconhecimento. Entre os elementos que estão na origem desta motivação estão as pressões externas, a necessidade de reconhecimento ou a necessidade de apoio social.
O principal exemplo de motivação externa é o salário que uma pessoa recebe em troca de seu trabalho.. Outro exemplo podem ser as recompensas ou prêmios que os pais dão aos filhos em troca de suas realizações acadêmicas.
Quais são as teorias de motivação
Motivação e necessidades humanas.
Tópico 3:
Ambiente de aprendizagem afetiva​
Tempo alocado para o ensino.
Tempo de engajamento.
Excesso de tempo
Gestão da sala de aula na sala de aula centrada no aluno.
Tópico 1:
POLÍTICAS PÚBLICAS NO CONTEXTO EDUCACIONAL
Políticas Educacionais 
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: 
Conhecer aspectos relacionados ao conceito de políticas públicas e sua funcionalidade; 
Entender o que é a Constituição Federal e sua influência na Lei de Diretrizes e Bases da Educação; 
Reconhecer o histórico da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação; 
Conhecer o envolvimento entre a LDB e as esferas federal, estadual e municipal; 
Entender a LDB e sua organização com as políticas públicas
O que são políticas públicas ?
O que são essas políticas públicas? Vamos buscar respostas em nosso dia a dia. Em cada momento de nossa vida, em nosso cotidiano, estamos envoltos por regras que determinam nossa maneira de agir, pensar, conviver e determinam o processo de construção econômica, política e social de um país, de nossas vidas e da sociedade num todo. Em muitos momentos estas políticas passam despercebidas, mas elas encontram-se dentro da história da humanidade. Podemos relatar também forte influência na Grécia Antiga, onde a palavra política tem seu berço, onde filósofos como 5 Aristóteles e Platão foram os precursores desta ciência. Cabe, aqui, perguntarmos: política é uma ciência? Sim, a política é uma ciência, que “determina quais são as ciências necessárias nas cidades, quais as que cada cidadão deve aprender” (ABBAGNANO, 2000, p. 773). 
Podemos definir políticas públicas como as ações que os governantes utilizam para realizar um governo voltado à melhoria da qualidade de vida da população, da economia, da educação, da segurança pública, enfim, dando ao seu país, estado ou município possibilidades de crescimento. Tendo essas ações e programas voltados a esses segmentos, pode-se perceber que todos, independentemente de nível econômico, terão possibilidades de crescimento e de manutenção da qualidade de vida.
Assim, as políticaspúblicas retratam não só questões acerca da economia, mas do envolvimento de diversos segmentos, contendo condições e possibilidades de desenvolver mecanismos que auxiliem no crescimento e qualidade de vida da população.
COMO SE FAZEM AS POLÍTICAS PÚBLICAS?
Observamos que as políticas públicas são as ações, programas desenvolvidos pelos governantes, as quais são prioridade. [...] as Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os governos (nacionais, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público. É certo que as ações que os dirigentes públicos (os governantes ou os tomadores de decisões) selecionam (suas prioridades) são aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade, ou seja, o bem-estar da sociedade é sempre definido pelo governo e não pela sociedade (CALDAS, 2008, p. 5). Independentemente das participações ou não da sociedade nas ações que envolvem a melhoria do bem-estar da sociedade, enquanto cidadãos necessitamos nos manter atentos e participativos nas ações que os governantes desenvolvem em nosso país, estado e município. 
Quem são os atores que criam essas Políticas Públicas?  Qual é a logística desse processo?
 No processo de discussão, criação e execução das Políticas Públicas, – encontramos basicamente dois tipos de atores: os ‘estatais’ (oriundos do Governo ou do Estado) e os ‘privados’ (oriundos da Sociedade Civil). Os atores estatais são aqueles que exercem funções – públicas no Estado, tendo sido eleitos pela sociedade para um cargo por tempo determinado (os políticos), ou atuando de forma permanente, como os servidores públicos (que operam a burocracia) (CALDAS, 2008, p. 8).
Os atores privados (sociedade civil) são os que não possuem ligação direta com o setor administrativo do Estado. São eles:
• A imprensa. 
• Os centros de pesquisa. 
• Os grupos de pressão, os grupos de interesse e os lobbies. 
• As Associações da Sociedade Civil Organizada (SCO). 
• As entidades de representação empresarial. 
• Os sindicatos patronais. 
• Os sindicatos de trabalhadores. 
• Outras entidades representativas da Sociedade Civil Organizada – (SCO) (CALDAS, 2008, p. 9). 
As Políticas Públicas possuem seus estágios, os quais assim se apresentam, segundo Caldas (2008, p. 7): 
As Políticas Públicas possuem seus estágios, os quais assim se apresentam, segundo Caldas (2008, p. 7): ​
• Primeira fase – Formação da Agenda (Seleção das Prioridades). 
• Segunda fase – Formulação de Políticas (Apresentação de Soluções ou Alternativas). 
• Terceira fase – Processo de Tomada de Decisão (Escolha das Ações). 
• Quarta fase – Implementação (ou Execução das Ações). 
• Quinta fase – Avaliação
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E A EDUCAÇÃO
 A Constituição Federal é a carta magna de um Estado Democrático, nela estão contidas todas as leis que regem o sistema governamental. Conforme Machado e Cunha (2016, p. 23), “a Constituição de um Estado Democrático é a cartilha na qual os cidadãos apreendem os fundamentos e a proteção de seus direitos, a disciplina da atuação e dos limites do Poder Estatal e a função social da comunidade”
Artigo 205: "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho" (BRASIL, 1988).
Artigo 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
IV- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
III- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
Artigo 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
VII – garantia de padrão de qualidade
VI- gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VIII- piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 53, de 2006) Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 53, de 2006)
V- valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 53, de 2006)
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-pedagógica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão aos princípios de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão” (BRASIL, 1988).
A autonomia didático-pedagógica de que trata o artigo vem a ser a liberdade que as universidades devem ter de definir currículos; abrir e fechar cursos, tanto de graduação como de pós-graduação e de extensão; 
Definir suas linhas prioritárias e mecanismos de financiamento da pesquisa, de acordo com as regras internas. Portanto, diz respeito à possibilidade de as universidades conduzirem sem restrições as atividades de ensino e aprendizado;
Quanto à autonomia administrativa, as universidades poderão se organizar internamente, da maneira que melhor lhes convier, com estatutos próprios e, também, organização de planos de carreira para o magistério público nas universidades federais (art. 206, V, da CF), enfim, trata-se da possibilidade de autogovernar-se.
Já em relação à autonomia de gestão financeira e patrimonial, refere-se à dotação orçamentária e à plena liberdade de remanejamento de recursos. 
A autonomia patrimonial está vinculada à ideia de constituição de patrimônio próprio, liberdade para obtenção de rendas de vários tipos e utilização de tais recursos da forma que convier às universidades
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I- educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; 
II- progressiva universalização do ensino médio gratuito; 
III- atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV- educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
VI- oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII- atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde (BRASIL, 1988).
V- acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
Possuímos dois documentos principais da educação básica, que são:​
A educação básica inclui: (1) a educação primária, ou seja, o primeiro estágio da educação básica, correspondente à aprendizagem básica da leitura, da escrita e das operações matemáticas simples; 
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei n° 9.394 de 20.12.1996.
 Plano Nacional de Educação – PNE, Lei n° 10.172/2001, ambos regidos pela Constituição da República Federativa do Brasil. Conforme Abrão (2016, p. 1089)
(2) o ensino secundário inferior, isto é, o segundo estágio do processo de escolarização, correspondente à consolidação da leitura e da escrita e às aprendizagens básicas na área da língua materna, história e compreensão do meio social e natural envolvente
Alfabetização e Letramento
A alfabetização éo processo de aprendizagem onde se desenvolve a habilidade de ler e escrever.
Então, uma das principais diferenças está na qualidade do domínio sobre a leitura e a escrita. Enquanto o sujeito alfabetizado sabe codificar e decodificar o sistema de escrita, o sujeito letrado vai além, sendo capaz de dominar a língua no seu cotidiano, nos mais distintos contextos. 
 Letramento desenvolve o uso competente da leitura e da escrita nas práticas sociais.
Alfabetização e Letramento
		Alfabetização	Letramento
	Conceito	Alfabetização é o processo de aprendizado da leitura e da escrita.	Letramento é o desenvolvimento do uso competente da leitura e escrita nas práticas sociais.
	Uso	Uso individual da leitura e escrita.	Uso social da leitura e escrita.
	Individuo	Alfabetizado é o sujeito que sabe ler e escrever.	Uma pessoa letrada sabe usar a leitura e a escrita de acordo com as demandas sociais.
	Atividades envolvidas	Codificar e decodificar a escrita e os números.	Organizar discursos, interpretação e compreensão de textos, reflexão.
	Ensino	Deixa o indivíduo apto a desenvolver os mais diversos métodos de aprendizado da língua.	Habilita o sujeito a utilizar a escrita e a leitura nos mais diversos contextos.
Estabelece diretrizes para a profissão docente, a implantação de uma gestão democrática e o financiamento do ensino.
Aborda estratégias específicas para a redução da desigualdade e inclusão de minorias no sistema de educação.
Apresenta um conjunto de metas e estratégias que contemplam desde a Educação Infantil até a Pós-Graduação no Brasil.
O PNE é uma lei em vigência desde 25 de junho de 2014, em atendimento à Constituição Federal de 1988, que confere ao País a obrigação de planejar o futuro de seu ensino, com o objetivo de oferecer uma Educação com mais qualidade para toda população brasileira. Os municípios, estados e o Distrito Federal devem aprovar planos que compreendam as suas realidades, mas que sejam orientados ao PNE.
A Lei nº 13.005:
1 - Quanto à Educação Infantil
Até o ano de 2016, todas as crianças de 4 a 5 anos de idade devem estar matriculadas na pré-escola. A Educação Infantil também deverá ser oferecida em creches, atendendo no mínimo 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência deste PNE.
2 - Quanto ao Ensino Fundamental
Todas as crianças de 6 a 14 anos devem ser matriculadas no Ensino Fundamental, agora de 9 anos. É necessário, até o último ano de vigência do PNE, que pelo menos 95% delas concluam essa etapa na idade recomendada.
3 - Quanto ao Ensino Médio
O atendimento escolar, até 2016, deve ser universalizado para toda a população de 15 a 17 anos. Até o final da vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio deverá ser de 85%.
4 - Quanto à Educação Especial/Inclusiva
Crianças de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou super dotados devem ter direito ao acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, de preferência na rede regular de ensino. Deverá ser garantido a elas um sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
5 - Quanto à Alfabetização
A nova lei prevê alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, com grande porcentagem de êxito em todas as disciplinas e modalidades.
6 - Quanto à Educação Integral
De forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da Educação Básica, os municípios deverão oferecer Educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas.
7 - Quanto ao Aprendizado Adequado na Idade Certa
Para atingir as médias do Ideb, 6,0 para os anos iniciais do Ensino Fundamental; 5,5 para os anos finais do Ensino Fundamental; e 5,2 para o Ensino Médio, o PNE visa estimular a qualidade da educação básica em todas etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem.
8 - Quanto à Escolaridade Média
O PNE estipula elevar, até 2013, a escolaridade média da população de 18 a 29 anos. A meta é alcançar, no mínimo, 12 anos de estudos para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
9 - Quanto à Alfabetização e Alfabetismo de Jovens e Adultos
O PNE estipula aos municípios elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final de sua vigência, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
10 - Quanto à EJA integrada à Educação Profissional
Nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional, o município terá de oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos.
11 - Quanto à Educação Profissional
O PNE dita que os municípios tripliquem as matrículas da Educação Profissional Técnica de nível médio, assegurando aos alunos a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público.
12 - Quanto à Educação Superior
O PNE visa elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos. Deve ser, também, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público.
13 - Quanto à Titulação de Professores da Educação Superior
A décima terceira meta do PNE manda elevar a qualidade da Educação Superior pela ampliação da proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de Educação Superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores.
14 - Quanto à Pós-graduação
Quanto à pós-graduação, o PNE visa elevar gradualmente o número de matrículas no segmento stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
15 - Quanto à Formação de Professores
Com a colaboração da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no prazo de 1 ano de vigência, o PNE visa integrar uma política nacional de formação dos profissionais da educação, assegurando que todos eles, homens e mulheres da educação básica, possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
16 - Quanto à Formação Continuada e Pós-graduação de Professores
É meta do PNE formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da Educação Básica, até o último ano de sua vigência. Também é seu objetivo garantir a todos os(as) profissionais da Educação Básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
17 - Quanto à Valorização do Professor
É meta da nova lei, até o final do 6º ano da vigência do PNE, valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas da Educação Básica, a fim de equiparar o rendimento médio dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente.
18 - Quanto ao Plano de Carreira Docente
O Plano Nacional de Educação visa assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da Educação Básica e Superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) profissionais da Educação Básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido na Constituição Federal.
19 - Quanto à Gestão Democrática
O PNE, no prazo de dois anos, prevendo recursos e apoio técnico da União, vai assegurar condições para a efetivação da gestão democrática da Educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas.
20 - Quanto ao Financiamento da Educação
A nova lei vai ampliar o investimento público em Educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência dalei do PNE e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio.
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). A ação é um compromisso formal assumido pelos governos federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao fim do terceiro ano do ensino fundamental. Isso implica uma articulação entre todos os secretários estaduais e municipais de educação, com o objetivo de ofertar cursos de formação continuada a professores alfabetizadores, com tutoria permanente e auxílio de orientadores de estudo.
O objetivo do PNAIC é alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o 3º ano do Ensino Fundamental até 2024.
Diferenças entre a alfabetização e letramento - Diferença (diferenca.com) 
OPNE − Meta 05 | Alfabetização (observatoriodopne.org.br) 
Leis de diretrizes e bases da educação comentários - Brasil Escola (uol.com.br)
Retrospectiva histórica das LDB's: parte 1 - YouTube
Licenciandos - YouTube
LDB LEI No 4.024, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961 | HISTEDBR (unicamp.br)
O que determina a Lei 4.024 61? (vocepergunta.com)
Revista Educação Pública - Um breve comparativo entre as LDBs (cecierj.edu.br)
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/l5692_71.htm (perspectivasustentavel.com.br)
 
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