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Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
1 
Constitui para muitas mulheres o promeiro 
contato com um profissional de saúde, o que envolve 
ansiedade e nervosismi, sendo necessária uma relação 
médico-paciente mais cuidadosa. 
 
Objetiva a avaliação da pelve feminina, incluindo 
a inspeção estática e dinâmica, toque vaginal simples ou 
bimanual e exame especular, além do teste de Schiller 
e do ácido acético. 
 
O primeiro exame pode ser feito desde o 
nascimento, na avaliação de anomalias congênitas, como 
genitália ambígua, hímen e ânus imperfurados, e em 
qualquer fase da vida da mulher. 
 
Na criança, o exame é realizado para avaliar 
vulvovaginites, presença de corpos estranhos, 
sangramento e violência sexual. 
 
Na adolescência, o exame deve ser focado no 
início da atividade sexual, a partir do rastreamento e 
orientação sobre ISTs, contracepção e prevenção do 
câncer, além de avaliar as alterações mentruais. 
 
Na mulher adulta e em pós-menopausa, o 
exame tem como alvo a prevenção e o diagnóstico de 
diferentes afecções.. 
 
O exame é realizado na posição ginecológica, 
com a paciente deitada e com a face voltada para cima, 
flexão de 90 º dos quadris e joelhos, expondo o períneo. 
→ Posição litotômica ou talha. O examinador posiciona-
se entre as pernas da paciente. 
 
 Além do exame ginecológico apurado e benfeito, o 
ginecologista dispõe de vários exames complementares, 
incluindo colposcopia, histeroscopia, ecografia, 
tomografia, ressonância, biopsias, culturas de secreções, 
entre outros. Deve-se lembrar, porém, que a indicação 
desses exames está diretamente vinculada à qualidade 
do exame clínico. 
 
 
 Inicia-se com a avaliação da pilificação, 
principalmente do monte de vênus, da região perineal, 
da raiz das coxas e da região anorretal. 
 
Busca-se: 
 Rarefação ou ausência de pelos – pacientes pós-
menopausa ou com síndromes associadas à 
insensibilidade aos androgênios, como a síndrome 
de Morris. 
 Aumento dos pelos – hirsutismo, que pode ser 
decorrente de distúrbios dos ovários ou das 
suprarrenais 
 
 Observa-se a morfologia e trofismo dos grandes 
e pequenos lábios, bem como o seu desenvolvimento 
(relacionado à idade) → Escala de Tanner 
 
 
 As glândulas de Bartholin não são palpáveis 
quando normais, mas podem constituir tumorações 
quando inflamadas. 
 
{Exame Físico Ginecológico} 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
2 
 Na avaliação do hímen, observam-se integridade 
e morfologia. 
 
 Na avaliação do períneo deve-se observar a 
presença de rupturas advindas de partos, lesões da pele 
e de processos infecciosos ou inflamatórios. 
 
 Solicita-se à paciente que realize movimentos que 
aumentem a pressão abdominal, tornando evidentes as 
distopias genitais. 
 
 A manobra de Valsava consiste em solicitar que a 
paciente tussa para avaliar se ocorre procidência do 
útero, abaulamento das paredes vaginais ou perda de 
urina. As distopias são reflexo do enfraquecimento das 
estruturas que formam o assoalho pélvico. Quando 
ocorre a procidência da parede vaginal anterior 
denomina-se cistocele, já posterior retocele. 
 
 Quando indicado, o teste de Collins, que é a 
embrocação da vulva com o azul de toluidina. As lesões 
coradas de azul são consideradas suspeitas, sendo 
necessária a realização de biópsia. O ácido acético 
também pode ser utilizado, resultando em lesões 
coradas de branco, chamadas de acetobrancas. 
 
 
 Utiliza-se o espéculo de Collins, articulado e 
disponível em 3 tamanhos. 
 
 O espéculo deve ser introduzido com uma 
angulação de 45° para se desviar do meato uretral. 
Posteriormente, é colocado de tal forma que as paredes 
anterior e posterior sejam deslocadas. 
 
 
 Inicia-se com a inspeção das paredes vaginais, 
observando seu trofismo, que reflete a ação do 
estrogênio sobre este tecido. Nas pacientes na 
menacme, as paredes vaginais encontram-se rugosas e 
úmidas, e na pós-menopausa, lisas e secas. 
 
 A presença de secreções vaginais e seu aspecto 
também devem ser relatados. Uma secreção clara, 
cristalina e límpida é considerada fisiológica. Representa a 
produção normal das glândulas da endocérvice e do 
vestíbulo vulvar. Se secreção anormal for identificada, 
deve ser avaliada quanto a volume, cor, consistência e 
odor. 
 
 O pH da secreção normal é inferior a 4,5 e um pH 
elevado pode ser atribuído a infecção ou substâncias 
exógenas. Quando esta secreção apresenta-se com 
colorações diferentes, como esverdeado, amarelado, 
acinzentado e branco, provavelmente está presente 
algum patógeno. 
 
 Deve-se conferir atenção à avaliação dos fundos 
de saco vaginais, principalmente se houver 
abaulamentos, que podem indicar a presença de 
tumoração pélvica, ou coleção intraabdominal, como 
sangue ou pus. 
 
 Na avaliação do colo do útero é importante relatar 
a localização, a morfologia, o tamanho e o aspecto do 
orifício do colo do útero. Esses dados guiam para a 
realização de diagnósticos diferenciais. O colo do útero, 
por exemplo, pode estar desviado para um dos lados, 
em razão da presença de um tumor ovariano ou 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
3 
mesmo de um grande mioma. Seu tamanho é um relato 
importante, principalmente na obstetrícia, na qual o colo 
passa por processos plásticos, durante um trabalho de 
parto, perdendo espessura e aumentando a dilatação do 
seu canal, para possibilitar a passagem do feto. O colo 
do útero também pode ser acometido pelo câncer. 
Com o objetivo de prevenir essa doença, no momento 
do exame especular, faz-se a coleta de material para o 
exame de Papanicolaou, conhecido como citologia 
oncoparasitária. Realizam-se também os testes do ácido 
acético e de Schiller (lugol). 
 
 O exame de Papanicolaou está indicado em todas 
as pacientes de 25 a 60 anos, ou que já tiverem iniciado 
a vida sexual antes desta faixa de idade, uma vez por 
ano, e após dois exames anuais normais consecutivos 
negativos, a cada 3 anos. 
 
Cuidados antes do exame: 
 Não deve utilizar ducha durante 48 h 
 Evitar relações sexuais nos 2 dias anteriores à 
coleta, bem como não usar cremes vaginais nos 7 
dias precedentes ao exame. 
 
 O exame deve ser feito com coleta dupla, por meio 
de espátula de Ayres e escova endocervical. O 
acondicionamento do material para citologia pode ser 
feito tanto em lâminas como em meio líquido. 
 
 O teste do ácido acético é realizado por meio do 
embrocamento do colo do útero com solução de ácido 
acético a 5%. A região que corar é considerada 
acetorreagente e representa uma área de intensa 
atividade nuclear com maior teor proteico. 
 
 O teste de Schiller é realizado com o 
embrocamento do colo do útero com lugol 3 a 5%. O 
lugol cora o glicogênio, tornando escuras as células 
normais dos epitélios vaginal e cervical. As lesões não 
coradas são consideradas Schiller positivo e lugol 
negativo. 
 
 As áreas rastreadas que ficaram acetobrancas ou 
pálidas após o teste de Schiller serão as escolhidas para 
a realização de biopsia. Lembrar que, quando se 
encontra uma tumoração visível no colo do útero, 
realiza-se direto a biopsia, sem a necessidade de exames 
de rastreamento. 
 
 No exame do toque vaginal, são avaliados a vagina, 
o colo do útero, os anexos e o fundo de saco posterior 
(saco de Douglas). É realizado mediante introdução dos 
dedos indicador e médio da mão dominante. Deve-se 
lembrar de utilizar lubrificantes na luva para facilitar o 
exame. 
 
 Com a mão abdominal, auxiliase a varredura dos 
órgãos pélvicos comprimindo a parede abdominal com 
o intuito de aproximá-los do toque vaginal. 
 
 
 Na avaliação do colo e do corpo do útero, observar 
a posição (anteroversofletido, retroversofletido,Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
4 
medianizado ou lateralizado), o tamanho, a forma, a 
simetria, a mobilidade e a consistência. 
 
 Os anexos são verificados quanto a tamanho, 
mobilidade e dor e quando se encontra uma tumoração, 
deve-se acrescentar localização, consistência e textura. 
 
 Os ovários são palpáveis em mulheres na 
menacme, magras e que auxiliam no exame. Na pós-
menopausa, são palpáveis em apenas 30% das 
pacientes. 
 As trompas não são palpáveis no exame normal, 
mas podem ser encontradas, quando acometidas por 
processos inflamatórios ou neoplásicos. 
 Em geral, o exame bimanual tem uma sensibilidade 
inferior a 60%, na detecção de massas anexiais ou para 
distinguir massas benignas de malignas. 
 
 Para a diferenciação de massas pélvicas uterinas e 
anexiais são utilizadas duas manobras: 
 Manobra de Weibel: consiste em observar a 
mobilidade do colo do útero ao se movimentar 
o tumor através do abdome. Se o colo se 
mover, suspeita-se de patologia uterina 
 Manobra de Hega: nesta manobra mobiliza-se a 
tumoração após a colocação de uma pinça de 
Pozzi no colo, cuja movimentação permite 
suspeitar da origem da massa pélvica. 
 
 
 Utilizado em ginecologia para a avaliação dos 
paramétrios ou, quando não for possível o exame 
vaginal, como nos casos de crianças e pacientes virgens. 
 Deve ser realizado na posição ginecológica, para 
melhor palpação dos paramétrios ou de massas pélvicas. 
As principais indicações são tumorações pélvicas e 
câncer do colo do útero. Nas tumorações pélvicas, este 
exame auxilia na diferenciação da origem do tumor e, 
no câncer do colo, ele faz parte do estadiamento da 
doença. 
 
 
Lesões ulceradas: 
 O herpes genital se caracteriza pelo aparecimento 
de lesões vesiculares que, em poucos dias, 
transformam-se em pequenas úlceras, precedidas 
de ardência, prurido e dor. 
 O diagnóstico diferencial é feito com outras lesões 
ulceradas como sífilis primária, cancro mole, 
linfogranuloma venéreo, donovanose e erosões 
traumáticas infectadas. 
 
Câncer de vulva: 
 Atinge mulheres entre 65 e 75 anos de idade. 
 O principal sintoma é o prurido que, em geral, está 
presente há meses ou anos antes de a paciente 
procurar o médico. 
 Outras queixas: tumor vulvar, dor, ardor e 
sangramento. 
 
Uretrite gonocócica: 
 Transmitida sexualmente com período de 
incubação de 2 a 5 dias. 
 O sintoma mais precoce é uma sensação de 
prurido na fossa navicular que vai se estendendo 
para toda a uretra. 
 Após 1 a 3 dias surge disúria, seguida por 
corrimento, inicialmente mucoide, que, com o 
tempo, vai se tornando, mais abundante e 
purulento. 
 Em algumas pacientes, pode haver febre e outras 
manifestações de infecção aguda. 
 
Uretrite não gonocócica: 
 O corrimento é geralmente mucoide e discreto, e 
a disúria é leve e intermitente. 
 A uretrite subaguda é a forma de apresentação 
em cerca de 50% dos pacientes com uretrite 
causada por C. trachomatis. 
 Em alguns casos, os corrimentos das UNG podem 
simular, clinicamente, os da gonorreia. 
 A transmissão é pelo contato sexual. 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
5 
 
Vulvovaginites (leucorreias) 
 Toda manifestação inflamatória e/ou infecciosa da 
vulva, vagina e ectocérvice. 
 Muitas vezes é assintomática. 
 
Vaginose bacteriana 
 Caracterizada por corrimento vaginal 
brancoacinzentado, de aspecto fluido ou cremoso, 
algumas vezes bolhoso, com odor fétido, mais 
acentuado após o coito e durante a menstruação. 
 Dispareunia é pouco frequente. 
 Cerca de 50% das mulheres com vaginose 
bacteriana são assintomáticas. 
 
Candidíase vulvovaginal 
 Os sinais e sintomas dependerão do grau de 
infecção e da localização do tecido inflamado e 
incluem: prurido vulvovaginal de intensidade variável 
(principal sintoma), ardor ou dor à micção, 
corrimento branco, grumoso, inodoro e com 
aspecto caseoso, hiperemia, edema vulvar, fissuras 
e maceração da vulva, dispareunia, fissuras e 
maceração da pele e vagina e colo recobertos por 
placas brancas ou brancoacinzentadas, aderidas à 
mucosa. 
 
 
 
Tricomoníase 
 É uma doença sexualmente transmissível e 
manifesta-se clinicamente por: corrimento 
abundante, amarelado ou amarelo-esverdeado, 
bolhoso, prurido e/ou irritação vulvar, dor pélvica 
(ocasional), disúria e polaciúria, hiperemia da 
mucosa e com placas avermelhadas (colpite difusa 
e/ou focal). 
 
 
Bartholinite 
 O diagnóstico é geralmente clínico. 
 O quadro é típico com massa amolecida uni ou 
bilateral no terço inferior do introito vaginal, entre o 
vestíbulo e o grande lábio. 
 A flora é geralmente mista, mas alguns patógenos 
específicos, como o gonococo, podem ser 
encontrados. 
 Não se deve confundir com o cisto de Bartholin, 
que também é massa cística na mesma topografia, 
mas não apresenta sinais inflamatórios. 
 
 
HPV 
 A maioria das infecções é assintomática ou 
inaparente. 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
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 As lesões exofíticas (condilomas acuminados) 
podem ser únicas ou múltiplas, restritas ou difusas 
e de tamanho variável. 
 São altamente contagiosas. 
 Na forma subclínica, é visível apenas com técnicas 
de magnificação. 
 
Tumores 
 Nas lesões invasoras, a queixa mais frequente é o 
sangramento espontâneo ou provocado por 
atividade sexual. 
 Toda paciente com queixa de corrimento ou 
sangramento anormal deve ser avaliada por exame 
ginecológico e biopsia de qualquer lesão visível no 
colo, com ou sem o auxílio da colposcopia. 
 
Pólipo cervical 
 Proeminência hiperplásica focal da mucosa 
endocervical, incluindo epitélio e estroma, séssil ou 
pediculada que se exterioriza pelo orifício cervical 
externo. 
 Entre os sintomas, pode-se observar hemorragia 
durante atividade sexual, corrimento de odor fétido 
e sangramento espontâneo. 
 
Cervicite 
 Cervicite mucopurulenta ou endocervicite é a 
inflamação da mucosa endocervical. 
 A etiologia está relacionada com Neisseria 
gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis. 
 É assintomática em 70 a 80% dos casos. 
 Podem ocorrer alguns sintomas genitais leves, 
como corrimento vaginal, dispareunia ou disúria. 
 No exame, o colo uterino pode tornar-se 
edemaciado e sangrar facilmente ao toque da 
espátula. 
 Pode ser verificada a presença de secreção 
mucosa ou purulenta no orifício externo do colo. 
 
 
Miomas 
 Cerca de 80% são assintomáticos. 
 As manifestações clínicas dependem da localização 
e do volume. 
 Sangramento menstrual excessivo é o sintoma 
mais frequente, em geral seguido de aumento das 
cólicas mentruais. Os miomas mais associados a 
esse sintoma são os submucosos. 
 A dor pélvica é o segundo sintoma mais frequente, 
ocorrendo por aumento excessivo do útero e 
consequente compressão de estruturas vizinhas 
como bexiga e reto. 
 O aumento do útero pode causar ainda aumento 
da frequência urinária com menor volume ou 
alterações das fezes. 
 Algumas pacientes relatam apenas aumento do 
volume abdominal, geralmente em miomas 
subserosos, que atingem maiores volumes e 
causam sintomas mais tardiamente. 
 Raramente é a causa única da infertilidade. 
 O diagnóstico é feito, em geral, pela anamnese e 
pelo exame ginecológico, complementado por 
exames de imagem. 
 
 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
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Pólipo endometrial 
 Neoformação da mucosa endometrial que se 
origina como hiperplasia focal da camada basal, 
revestida de epitélio e contendo quantidade variável 
de glândulas, estroma e vaso sanguíneo. 
 Podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas 
como irregularidade menstrual, dismenorreia e 
infertilidade. 
 
AdenomioseCaracteriza-se pela presença de glândulas e 
estroma endometrial no interior do miométrio. 
 Pode ser assintomática ou apresentar dor pélvica 
crônica, dismenorreia, menorragia/metrorragia e 
infertilidade. 
 
 
 
Liomiossarcoma 
 Tumor uterino maligno e raro. 
 O quadro clínico tem semelhança com o do mioma 
uterino. 
 Na menacme, os principais sintomas são 
hipermenorragia e metrorragia que, por vezes, 
associamse a dor pélvica decorrente da 
compressão de estruturas vizinhas. 
 Nos casos mais avançados, observa-se eliminação 
de material líquido fétido e variados graus de 
caquexia. 
 Crescimento rápido do volume uterino na pós-
menopausa é manifestação clínica que leva à 
suspeita, principalmente se houver história 
pregressa de mioma uterino. 
 
Câncer do endométrio 
 A principal manifestação é sangramento por via 
vaginal. Os sangramentos são geralmente 
intermitentes e de pequena a moderada quantidade. 
 Na maioria das vezes, as perdas sanguíneas 
ocorrem após a menopausa, uma vez que, em 
cerca de 80% dos casos, o adenocarcinoma surge 
após a cessação das menstruações. 
 Às vezes, as manifestações clínicas na pós-
menopausa são de descargas aquosas ou 
corrimento purulento. 
 As pacientes na menacme geralmente se queixam 
de sangramentos intermenstruais. 
 Nos estágios avançados, com invasão da bexiga, do 
reto ou de órgãos distantes, os sintomas são 
específicos. 
 
 As queixas mais frequentes das portadoras de 
endometriose são dismenorreia, dor pélvica crônica, 
infertilidade, irregularidade menstrual e dispareunia. As 
alterações urinárias e intestinais cíclicas podem ocorrer, 
tais como dor a evacuação, diarreia, disúria 
perimenstrual, polaciúria, urgência miccional e hematúria. 
 
 No exame físico, destacam-se os nódulos e a dor 
em fundo de saco posterior, espessamento do 
ligamento uterossacro, mobilização uterina dolorosa, 
massas anexiais e retroversão uterina fixa. Pacientes que 
sofrem de dismenorreia intensa podem apresentar 
outros sintomas, como náuseas, vômitos, cólicas 
intestinais, aumento do peristaltismo, desconforto 
respiratório, cefaleia, vertigens e insônia. 
 O exame físico deve ser realizado em todos os 
seus tempos, buscando uma causa orgânica que 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
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justifique a dor. O completo exame do abdome é 
indispensável. 
 
 Descenço da parede vaginal anterior e/ou 
posterior, assim como do ápice da vagina (útero ou 
cúpula vaginal após histerectomia). A maioria das 
pacientes com prolapso genital inicial é assintomática, e 
as queixas estão diretamente relacionadas com a 
evolução. 
 Aproximadamente 2% das pacientes no estágio 2 
têm queixa importante de “bola na vagina”, aumentando 
para 78% nas pacientes em estágio 3. No início, há 
sensação de peso que surge ou se acentua durante 
esforço físico. Os sintomas costumam piorar durante o 
dia e melhorar com o repouso. Com a piora do prolapso, 
pode surgir dor no hipogástrio, de intensidade variável, 
com irradiação para a região lombar. 
 Quando o prolapso uterino é de longa duração, 
pode surgir lesão ulcerada no colo, em geral de origem 
traumática, que facilmente sangra e se infecta. 
 Sintomas urinários como disúria, polaciúria, urgência, 
incontinência, retenção urinária, isolados ou associados 
dependem da idade, da duração e do grau do prolapso. 
Infecção urinária de repetição é também relatada. 
 Quanto maior o prolapso, menor a frequência de 
perda urinária ao esforço, provavelmente pela 
angulação ou compressão uretral pelo prolapso 
acentuado. 
 Quanto aos sintomas intestinais, verificam-se 
constipação intestinal crônica e dificuldade para a 
exoneração fecal na vigência de retocele acentuada, 
ruptura perineal ou enterocele. Podem coexistir graus 
variáveis de incompetência do esfíncter externo do 
ânus, que se manifesta por incontinência fecal ou de 
gases. 
 As pacientes relatam ainda disfunção sexual. 
 Na inspeção dos genitais externos, podem-se 
observar pela fenda vulvar entreaberta as paredes 
vaginais e, em alguns casos, o colo uterino. No 
compartimento anterior, pode-se encontrar prolapso da 
uretra (uretrocele), da bexiga (cistocele) ou de ambos 
(uretrocistocele). No compartimento médio, podem-se 
encontrar o prolapso uterino, da cúpula vaginal 
(eritrocele) ou enterocele e, no compartimento 
posterior, o prolapso do reto (retocele). 
 Nos casos de enterocele, pode-se distinguir, pela 
palpação, o peristaltismo intestinal nos casos de prolapso 
completo e pelo desaparecimento das rugosidades da 
parede vaginal posterior principalmente no seu terço 
superior. Já nos casos menos evidentes, pode-se utilizar 
o toque bimanual. Fazendo o toque retal e vaginal 
concomitantemente, confirma-se a presença de alças 
intestinais. 
 
 
 Síndrome clínica atribuída à ascensão de 
microrganismos do trato genital inferior, 
comprometendo desde o endométrio (endometrite) até 
a cavidade peritoneal (pelviperitonite). 
 São infecções frequentemente polimicrobianas. Os 
agentes mais comuns são Neisseria gonorrhoeae e 
Chlamydia trachomatis. 
 No exame físico da paciente, pode ocorrer dor no 
abdome inferior, dor à palpação dos anexos, dor à 
mobilização do colo uterino, febre, conteúdo vaginal ou 
secreção endocervical anormal e presença de massa 
pélvica. 
 
 
Gestação ectópica 
 Os sintomas mais frequentes são: dor abdominal 
em 95 a 100% dos casos, seguida de atraso 
menstrual em 75 a 95% e sangramento vaginal em 
50 a 80% dos pacientes. 
 Ao exame físico, além de se confirmar o 
sangramento vaginal, pode-se tocar massa anexial 
dolorosa em 30 a 50% e perceber dor à 
mobilização do colo uterino em 50 a 75% das 
mulheres acometidas. 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
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Outras patologias anexiais que podem causar dor pélvica 
aguda são a ruptura ou torção de cisto de ovário, o 
sangramento de corpo lúteo e a dor do meio do ciclo 
menstrual, entre outras. 
 
Cisto ovariano 
 Os tipos mais encontrados são: cistos foliculares, 
cisto de corpo lúteo, cisto dermoides ou teratomas, 
endometriomas e cistadenomas serosos. 
 Na maioria das vezes, não causam qualquer 
sintoma, mas, quando presentes, podem surgir: dor 
na região inferior do abdome, dor durante a relação 
sexual, sensação de plenitude no abdome, 
irregularidade menstrual e/ou dor durante a 
menstruação. 
 Pode-se perceber, ao toque vaginal, aumento de 
um ou ambos os ovários. 
 
Síndrome dos ovários polísticos 
 Caracteriza-se por ovários aumentados, com 
múltiplos cistos ovarianos bilaterais, além de 
obesidade central. 
 Pode ser encontrada em grande quantidade de 
pacientes. 
 A anovulação hiperandrogênica é a causa mais 
comum de infertilidade de causa endócrina e 
caracteriza-se por ciclos anovulatórios, irregulares e 
graus variados de hiperandrogenismo. 
 Cerca de 20 a 30% das mulheres podem 
desenvolver cistos ovarianos sem alterações 
hormonais, sendo assintomáticas. 
 
Câncer de ovário 
 Constitui a neoplasia mais letal em mulheres, 
principalmente por se tratar do carcinoma de 
diagnóstico mais tardio. 
 Em seus estágios iniciais são assintomáticos, uma 
vez que a leve compressão das estruturas vizinhas 
não ocasiona dor ou mesmo desconforto. 
 À medida que a massa tumoral aumenta, as 
pacientes passam a sentir sintomas vagos de 
desconforto abdominal, leve dispepsia, que são 
confundidos com distúrbios gastrintestinais. 
 Os sinais e sintomas de maior importância somente 
se manifestam nos estágios mais avançados, 
inclusive com propagação para outros tecidos 
pélvicos e abdominais. Os sintomas mais frequentes 
no momento do diagnóstico são: dor abdominal, 
aumento do abdome atribuído a ascite ou 
crescimento tumoral, distúrbios gastrintestinais, 
perda de peso, sangramentospor via vaginal e 
sintomas urinários. 
 O toque combinado, seja vaginal ou retal, constitui-
se no método clínico mais importante para a 
detecção de tumor variano. 
 A suspeita clínica torna-se maior quando o tumor 
apresenta consistência com características de 
porções sólidas e outras císticas e quando a massa 
tem sua mobilidade prejudicada em razão de 
aderências a estruturas vizinhas. 
 Elementos que levantam fortes suspeitas do câncer 
do ovário são o derrame peritoneal, observado pela 
palpação e pela percussão, e a associação de 
emagrecimento com aumento do volume 
abdominal. 
 
Piossalpinge e hidrossalpinge 
 A piossalpinge, na qual uma ou ambas tubas 
uterinas se encontram cheias de pus, quase 
sempre está associada aos sintomas de inflamação. 
 A hidrossalpinge ocorre com uma terapia tardia ou 
incompleta, sendo o resultado do fechamento da 
extremidade fimbriada da tuba uterina. 
 Uma trompa obstruída pode se distender com 
líquido. Pode existir sem sintomas por anos. 
 Como resultado de destruição da mucosa e 
oclusão tubária, a infertilidade é uma sequela 
comum.

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