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LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
Lei n. 7.716/1989 - Crimes 
Resultantes de Preconceitos de 
Raça ou de Cor
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230228077071
DOUGLAS VARGAS
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado 
em 2013. Aprovado em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF 
(Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério da Integração, Ministério da Justiça, 
BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA AVILA DA NOBREGA - 01604928239, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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LegisLação esPeCiaL 
Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor . . . . . . . . . . . . 6
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Condutas Atingidas pela Lei em Estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Procedência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Homofobia e Transfobia – STF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Dos Crimes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Compreendendo o Histórico de Alterações e Lei n. 14.532/2023 . . . . . . . . . . . . . . 11
Como Era a Diferenciação antes da Lei n. 14.532/2023 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2015 – Mudança na Jurisprudência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Após a Lei n. 14.532/2023 – Situação Atual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Impedimento de Acesso a Cargo na Administração Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Sexo e Estado Civil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Obstar o Acesso a Emprego em Empresa Privada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Art. 5º ao Art. 14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Pratica, Indução ou Incitação ao Preconceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Nazismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Formas Qualificadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Conduta Equiparada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Medidas Específicas e Efeitos da Condenação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Outros Artigos Incluídos pela Lei n. 14.532/2023 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Art. 20-A e 20-B – Causas de Aumento de Pena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Art. 20-C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Art. 20-D – Atos Processuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Observações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Prescrição & Fiança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
 
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gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas
aPReseNTaçãoaPReseNTação
Olá, querido(a) aluno(a)!
Na aula de hoje, estudaremos a Lei n. 7.716/1989.
Estatisticamente, a legislação penal extravagante costuma apresentar uma incidência 
menor do que a parte especial do Código Penal, mas em nosso curso iremos focar em todos 
os aspectos possíveis.
Discutiremos, com especial enfoque, a Lei n. 14.532/2023, a qual alterou tanto o CP 
quanto a Lei n. 7.716 de forma muito importante.
Ao final, como de praxe, faremos uma lista de exercícios com questões mistas. Espero 
que tenham um estudo proveitoso.
Lembrando que estou sempre às ordens dos senhores no fórum de dúvidas. Contem 
comigo caso precisem de alguma orientação!
Bons estudos!
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas
LEI N. 7.716/1989 - CRIMES RESULTANTES DE LEI N. 7.716/1989 - CRIMES RESULTANTES DE 
PRECONCEITOS DE RAÇA OU DE CORPRECONCEITOS DE RAÇA OU DE COR
iNTRoDUçãoiNTRoDUção
A Lei n. 7.716/89 define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
O legislador, ao editar tal diploma legal, buscou evitar a discriminação, que consiste 
na remoção de possibilidades e na imposição de prejuízos diversos à vítima em razão de 
determinadas características que essa possui.
Fundamenta-se, portanto, a punição daquele que prejudica, através de tratamento 
diferenciado, uma pessoa de determinada raça, nação, estado, município ou religião.
CoNDUTas aTiNgiDas PeLa Lei eM esTUDoCoNDUTas aTiNgiDas PeLa Lei eM esTUDo
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito 
de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Considera-se autoridade, para os efeitos 
desta lei, quem exerce cargo, emprego ou funçãopública, de natureza civil, ou militar, ainda que 
transitoriamente e sem remuneração.
Primeiramente, precisamos entender a diferença jurídica entre os termos raça e etnia:
Etnia
•Comunidade definida por afinidades 
culturais e linguísticas.
•Conceito mais amplo do que o conceito 
de raça.
Raça
•Grupo definido por fatores morfológicos 
(cor de pele, físico, estatura, etc).
•É um conceito mais restrito do que a 
Etnia.
Eventualmente, pode ser que o examinador não faça a diferenciação entre raça e etnia. Se 
o fizer, no entanto, será seguido as orientações acima!
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PRoCeDÊNCiaPRoCeDÊNCia
Seguindo em frente, precisamos fazer a diferenciação entre as espécies de procedência:
Procedência Nacional
•Relaciona-se com a nação de origem do indivíduo.
•Exemplo: Japonês, Francês, Alemão...
Procedência Interna
•Relaciona-se com o estado de origem do indivíduo.
•Exemplo: Mineiro, Goiano, Gaúcho...
A discriminação em razão da procedência nacional, portanto, também enseja a 
responsabilização criminal do autor. Já houve, inclusive, caso notório ocorrido no ano de 
2010, no qual a autora foi condenada à pena de 1 ano e 5 meses de reclusão, que acabou 
convertida em pena restritiva de direitos:
HOMOFOBIA E TRANSFOBIA – STFHOMOFOBIA E TRANSFOBIA – STF
Um aspecto jurisprudencial extremamente importante para o seu estudo está na questão 
da homofobia e da transfobia no âmbito da Lei n. 7.716/89.
Originariamente, o legislador se omitiu quanto à discriminação em razão da homofobia 
e da transfobia.
Nesse sentido, a posição anterior do STF (Inq. 3590/DF) se direcionava no sentido de que 
o disposto no art. 20 da Lei n. 7.716/89 não alcançava a discriminação ou preconceito 
decorrente de opção sexual.
JURISPRUDÊNCIA
STF, Inq. n. 3590-DF. O disposto no artigo 20 da Lei n. 7.716/1989 tipifica o crime 
de discriminação ou preconceito considerada a raça, a cor, a etnia, a religião ou a 
procedência nacional, não alcançando a decorrente de opção sexual.
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas
 Obs.: Obs.: Entretanto, em junho de 2019 o STF reviu sua posição ao julgar a ADO 26 e o Mandado 
de Injunção 4.733, reconhecendo a mora do Congresso Nacional em editar lei que 
criminalize os atos de homofobia e transfobia:
 Obs.: Obs.: Nesse sentido, o STF fixou a tese de que, até que o CN aprove lei específica para 
tanto, condutas homofóbicas e transfóbicas podem ser igualadas aos crimes de 
racismo.
A Suprema Corte reconheceu a omissão do CN em legislar sobre o tema, ao passo que 
entendeu a compatibilidade das condutas de homofobia e transfobia com as previsões da 
Lei n. 7.716/89.
Nesse sentido, é muito importante que você faça a leitura dos trechos de destaque de 
ambas as decisões (em sede de ADO e do Mandado de Injunção), haja vista que não raro os 
examinadores utilizam o texto dos julgados na elaboração de assertivas. Vejamos:
JURISPRUDÊNCIA
STF, ADO n. 26. Por maioria e nessa extensão, julgou-a procedente, com eficácia 
geral e efeito vinculante, para:
a) reconhecer o estado de mora inconstitucional do Congresso Nacional na 
implementação da prestação legislativa destinada a cumprir o mandado de 
incriminação a que se referem os incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição, para 
efeito de proteção penal aos integrantes do grupo LGBT;
b) declarar, em consequência, a existência de omissão normativa inconstitucional do 
Poder Legislativo da União;
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c) cientificar o Congresso Nacional, para os fins e efeitos a que se refere o art. 103, § 
2º, da Constituição c/c o art. 12-H, caput, da Lei n. 9.868/99;
d) dar interpretação conforme à Constituição, em face dos mandados constitucionais 
de incriminação inscritos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Carta Política, para 
enquadrar a homofobia e a transfobia, qualquer que seja a forma de sua manifestação, 
nos diversos tipos penais definidos na Lei n. 7.716/89, até que sobrevenha legislação 
autônoma, editada pelo Congresso Nacional, seja por considerar-se, nos termos 
deste voto, que as práticas homotransfóbicas qualificam-se como espécies do gênero 
racismo, na dimensão de racismo social consagrada pelo Supremo Tribunal Federal 
no julgamento plenário do HC n. 82.424/RS (caso Ellwanger), na medida em que tais 
condutas importam em atos de segregação que inferiorizam membros integrantes 
do grupo LGBT, em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero, 
seja, ainda, porque tais comportamentos de homotransfobia ajustam-se ao conceito 
de atos de discriminação e de ofensa a direitos e liberdades fundamentais daqueles 
que compõem o grupo vulnerável em questão; [...]
[...] Em seguida, por maioria, fixou-se a seguinte tese:
1. Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os 
mandados de criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição 
da República, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que 
envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém, 
por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão social, 
ajustam-se, por identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos 
primários de incriminação definidos na Lei n. 7.716, de 08/01/1989, constituindo, 
também, na hipótese de homicídio doloso, circunstância que o qualifica, por 
configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”);
2. A repressão penal à prática da homotransfobia não alcança nem restringe ou 
limita o exercício da liberdade religiosa, qualquer que seja a denominação confessional 
professada, a cujos fiéis e ministros (sacerdotes, pastores, rabinos, mulás ou clérigos 
muçulmanos e líderes ou celebrantes das religiões afro-brasileiras, entre outros) é 
assegurado o direito de pregar e de divulgar, livremente, pela palavra, pela imagem ou 
por qualquer outro meio, o seu pensamento e de externar suas convicções de acordo 
com o que se contiver em seus livros e códigos sagrados, bem assim o de ensinar segundo 
sua orientação doutrinária e/ou teológica, podendo buscar e conquistar prosélitos e 
praticar os atos de culto e respectiva liturgia, independentemente do espaço, público 
ou privado, de sua atuação individual ou coletiva, desde que tais manifestações não 
configurem discurso de ódio, assim entendidas aquelas exteriorizações que incitem a 
discriminação, a hostilidade ou a violência contra pessoas em razão de sua orientação 
sexual ou de sua identidade de gênero;
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas
3. O conceito de racismo, compreendido em sua dimensão social, projeta-se para além 
de aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos, pois resulta, enquanto manifestação 
de poder, de uma construção de índole histórico-cultural motivada pelo objetivo de 
justificar a desigualdade e destinada ao controle ideológico, à dominação política, à 
subjugação social e à negação da alteridade, da dignidade e da humanidade daqueles 
que, por integrarem grupo vulnerável (LGBTI+) e por não pertencerem ao estamento 
que detém posição de hegemonia em uma dada estrutura social, são considerados 
estranhos e diferentes, degradados à condição de marginais do ordenamento jurídico, 
expostos, em consequência de odiosa inferiorização e de perversa estigmatização, a 
uma injusta e lesiva situação de exclusão do sistema geral de proteção do direito [...]
STF, MI n. 4.733. Decisão: [...] Por maioria, julgou procedente o mandado de injunção 
para
I – reconhecer a mora inconstitucional do Congresso Nacional e;
II – aplicar, com efeitos prospectivos, até que o Congresso Nacional venha a legislar 
a respeito, a Lei n. 7.716/89 a fim de estender a tipificação prevista para os crimes 
resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência 
nacional à discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero, nos termos 
do voto do Relator [..].
Caro aluno: assim passamos a conhecer as disposições básicas legais e a jurisprudência 
mais recente sobre os temas básicos para a correta interpretação da Lei n. 7.716/89. 
Passamos agora à segunda fase de nossa aula: o estudo dos crimes em espécie.
Dos CRiMesDos CRiMes
Passaremos agora a analisar os crimes previstos na Lei n. 7.716. Mas, antes de mais 
nada, é importante observar o seguinte:
Os delitos da lei em estudo tratam, via de regra, de atos de SEGREGAÇÃO.
Ou seja, tratar de forma diferente os indivíduos em razão de sua religião, raça, etnia ou 
procedência. O autor vai negar, obstar, impedir o indivíduo de fazer algo em razão de suas 
características pessoais.
Dessa forma, note que as ofensas praticadas contra o indivíduo em razão de sua raça 
irão configurar tipo penal próprio, inserido pela Lei n. 14.532/2023, o qual igualmente 
configura espécie de racismo.
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas
Tal atualização é mudança no entendimento anterior, no qual havia diferenciação entre 
injúria racial e racismo.
CoMPReeNDeNDo o HisTÓRiCo De aLTeRaçÕes e Lei N. CoMPReeNDeNDo o HisTÓRiCo De aLTeRaçÕes e Lei N. 
14.532/202314.532/2023
Para melhor compreender as atuais previsões da Lei n. 7.716, é preciso primeiro prover 
ao estudante um breve contexto histórico das alterações legislativas relacionadas ao 
tema raça/procedência que foram realizadas pelo legislador pátrio tanto no CP quanto na 
legislação extravagante.
Dito isso, é preciso destacar que a atualização legislativa trazida pela Lei n. 14.532/2023, 
deveras recente, padece de comentários junto à doutrina e de análise jurisprudencial, o 
que prejudica sobremaneira a elaboração de conteúdo sobre o tema.
De todo modo, vamos nos ater ao texto legal (mais importante para fins de prova) e a 
alguns comentários pontuais de doutrinadores que já tenham se manifestado sobre o a 
lei, ainda que por meios alheios aos textos doutrinários.
COMO ERA A DIFERENCIAÇÃO ANTES DA LEI N. 14.532/2023COMO ERA A DIFERENCIAÇÃO ANTES DA LEI N. 14.532/2023
Injúria Racial
Ofensas praticadas em razão 
da raça da vítima.
O delito tutela a honra 
subjetiva da vitima.
Racismo
Atos de SEGREGAÇÃO em 
razão das características 
previstas em lei.
Há um sentimento contra 
toda uma coletividade.
Antes da Lei n. 14.532/2023 diferenciava-se o induzimento ao racismo (Art. 20 da Lei 
n. 7.716 e a injúria racial) da seguinte maneira:
1) Injúria Racial (Art. 140, § 3º):
• • Vítima: Indivíduo determinado;
• • Tutela a Honra Subjetiva;
• • Não era inafiançável;
• • Não era imprescritível;
• • Pena – não necessariamente precisava ser de reclusão;
• • APP Condicionada.
2) Art. 20 (Incitação ao Racismo):
• • Vítima: Coletividade;
• • Tutela a igualdade;
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas
• • Inafiançável;
• • Imprescritível;
• • Pena – de Reclusão;
• • APP Incondicionada.
Art. 140, § 3º Art. 20 da Lei n. 7.716
Indivíduo determinado Coletividade
Tutela a Honra Subjetiva Tutela a igualdade
Não era inafiançável Inafiançável
Não era imprescritível Imprescritível
Reclusão opcional Pena – de Reclusão
APP Condicionada APP Incondicionada
Essa era a diferenciação realizada por julgados mais antigos (STJ – RHC n. 19.166 e STF – 
HC n. 90.187).
2015 – MUDANÇA NA JURISPRUDÊNCIA2015 – MUDANÇA NA JURISPRUDÊNCIA
Em 2015 os Tribunais começam a verificar o quanto a injúria racial era repulsiva sem 
que suas consequências fossem tão gravosas quanto aquelas previstas na Lei n. 7.716. Tal 
percepção começou a moldar a jurisprudência em um novo sentido.
O novo sentido é iniciado no âmbito do AGRG no ARESP 686.695 – STJ, no qual o STJ 
segue NUCCI para equiparar, pela primeira vez, a injúria racial ao racismo (considerando a 
conduta como espécie de racismo), sendo a ela aplicável a imprescritibilidade.
O julgado é confirmado pela turma e posteriormente pelo STF (HC n. 154.248-DF – 
2021). Julgado confirma a imprescritibilidade, mas ainda não fala nada sobre a Ação Penal 
tampouco sobre a fiança.
Nesse sentido, confira trechos da histórica decisão (STJ):
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
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É de se destacar o seguinte ponto:
JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o magistério de Guilherme de Souza Nucci, com o advento da Lei n. 
9.459/97, introduzindo a denominada injúria racial, criou-se mais um delito no cenário 
do racismo, portanto, imprescritível, inafiançável e sujeito à pena de reclusão.
Ressalte-se, ainda, que a referida decisão foi ratificada, à época, pelo STF, não em razão 
do mérito, mas por considerar que a referida questão não pode ser objeto de reanálise na 
suprema corte:
JURISPRUDÊNCIA
No ponto, tem-se que a própria questão referente à imprescritibilidade é insuscetível 
de reapreciação por se tratar de matéria infraconstitucional, e foi, repise-se, objeto 
de profunda análise pelo STJ, como salientado pela Procuradoria-Geral da República 
(STF. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO N. 983.531. DISTRITO FEDERAL).
Ao tempo, a doutrina era crítica da referida decisão, haja vista entender que o rol da 
Lei n. 7.716/89 é taxativo, e que há também um problema quanto à existência de delito 
imprescritível no qual pode ocorrer a decadência em razão da inérciada vítima quanto à 
representação.
Também à época, a referida posição do STJ foi cobrada em concurso público, em 
sua literalidade:
A injúria racial é um delito inserido no panorama constitucional do crime de racismo, sendo 
considerado imprescritível, inafiançável e sujeito à pena de reclusão.1
APÓS A LEI N. 14.532/2023 – SITUAÇÃO ATUALAPÓS A LEI N. 14.532/2023 – SITUAÇÃO ATUAL
A edição da Lei n. 14.532/2023, seguindo a liderança da jurisprudência na modernização 
do direito pátrio quanto ao tratamento da injúria racial e do racismo, buscou inovar o 
ordenamento jurídico e dar fim a diversos dos debates doutrinários envolvendo a injúria 
racial e às demais condutas de racismo.
As principais alterações trazidas pela Lei n. 14.532/2023 foram:
1) Injúria racial se torna crime de racismo incluído na Lei n. 7.716 (Art. 2º-A):
Art. 2º-A. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia 
ou procedência nacional. (Incluído pela Lei n. 14.532, de 2023)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei n. 14.532, de 2023)
1 (CESPE, DPE-AC, Defensor Público, 2017).O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA AVILA DA NOBREGA - 01604928239, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Parágrafo único. A pena é aumentada de metade se o crime for cometido mediante concurso 
de 2 (duas) ou mais pessoas. (Incluído pela Lei n. 14.532, de 2023)
Assim sendo, não há mais qualquer dúvida quanto ao fato de que a injúria racial, agora 
prevista no art. 2º-A da Lei n. 7.716, é espécie de racismo, sendo a ela aplicáveis todas as 
previsões e restrições constitucionais inerentes ao racismo.
2) Art. 140, § 3º, do CP, recebe nova redação, com algumas supressões, pois seu teor 
principal foi movido para a Lei n. 7.716:
Note que as modalidades de injúria por elementos de religião, condição de pessoa idosa 
ou com deficiência foram MANTIDAS no CP:
Art. 140, § 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a religião ou à condição 
de pessoa idosa ou com deficiência: (Redação dada pela Lei n. 14.532, de 2023)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação dada pela Lei n. 14.532, de 2023)
3) Requisito sobre ofensa à COLETIVIDADE (entendimento antigo):
O novo texto, para Renato Brasileiro, permite a tipificação do delito do art. 2º-A ainda 
que praticado contra uma só pessoa (não há mais o requisito de coletividade).
4) Não houve abolitio criminis em razão da mudança no art. 140, § 3º:
Há continuidade normativo-típica. Houve revogação formal parcial de um tipo penal 
anterior, substituído por um novo tipo penal.
A conduta não foi, em nenhum momento, descriminalizada. Parte do artigo foi movida, 
de forma mais gravosa, para a Lei n. 7.716.
5) Ocorreu novatio legis in pejus:
Nova pena de 2 a 5 anos (Art. 2º-A) não admite suspensão condicional do processo (e 
é inafiançável). O art. 140, § 3º, ainda admite fiança e suspensão condicional do processo.
6) Omissão quanto à injúria religiosa:
A Lei n. 7.716/89 pune preconceito de fundamentação religiosa em seus demais artigos, 
mas o art. 2º-A não apresenta o termo religião em seu enunciado. O termo foi mantido no 
Código Penal (Art. 140, § 3º).
Incluir religião no art. 2º-A pode ser considerada uma possível analogia in malam 
partem e talvez seja um ponto que constituirá questões de prova sobre o tema em razão 
da facilidade de se montar uma pegadinha com a inclusão ou remoção do termo religião 
em situações hipotéticas.
Em provas, é preciso atentar para o enquadramento da conduta. Se injúria por preconceito 
religioso, não ingressará no art. 2-A da Lei n. 7.716, em que pese as demais condutas (art. 
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3º em diante da mesma lei, incluindo o art. 20 apesar da incongruência legislativa) façam 
a previsão também relacionada à religião.
7) Injúria por transfobia e homofobia:
Conforme já estudamos, a ADO n. 26 e Mandado de Injunção n. 4.733 guardam relação 
com a aplicabilidade da Lei n. 7.716 aos referidos casos. No entanto, tão ADO e MI são 
pretéritos à nova lei.
Para Renato Brasileiro, são aplicáveis ainda ao novo artigo (como o 2º-A), pois o julgado 
(de 2019) fala tão somente nos preceitos primários de incriminação definidos na Lei n. 7.716.
Entretanto, o doutrinador admite que pode ser que surja posição em sentido contrário, 
haja vista que o tipo penal do art. 2º-A é ulterior ao julgado da ADO n. 26. Dificilmente será 
objeto de provas em razão da possibilidade de recursos.
8) Ação Penal:
A ação penal da conduta prevista no art. 2º-A é de Ação Penal Pública Incondicionada.
Ação penal do art. 140, § 3º, não foi alterada (APP Condicionada).
Uma vez realizada a análise da importantíssima Lei n. 14.532/2023, podemos seguir 
com a análise dos demais tipo penais previstos na lei em estudo.
 Obs.: Obs.: As demais alterações trazidas pela Lei n. 14.532/2023 (Art. 20 em diante) serão 
estudadas ao final da presente aula, pois os assuntos serão melhor apresentados 
quando do estudo do art. 20.
iMPeDiMeNTo De aCesso a CaRgo Na aDMiNisTRação iMPeDiMeNTo De aCesso a CaRgo Na aDMiNisTRação 
PÚBLiCaPÚBLiCa
Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo 
da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, etnia, 
religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional.
Pena – reclusão de dois a cinco anos.
A primeira conduta é a do agente que, em razão da raça, etnia, religião ou procedência 
do indivíduo, obsta ou impede seu acesso a cargo da Administração Direta ou Indireta ou 
a concessionárias de serviços públicos, quando devidamente habilitado.
Há ainda a previsão de conduta equiparada quando o indivíduo já é servidor público, 
mas é preterido em relação a uma promoção em razão de preconceito.
 Obs.: Obs.: A tentativa é admissível.
O sujeito ativo é qualquer pessoa ligada à administração direta ou indireta. Trata-
se, portanto, de crime próprio.
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seXo e esTaDo CiViLseXo e esTaDo CiViL
A discriminação em razão do sexo ou estado civil do indivíduo incorre em contravenção 
penal (ressalvadas as hipótese previstas na ADO anteriormente mencionada), a qual está 
prevista no art. 8º da Lei n. 7.437/85:
Art. 8º Obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público civil ou militar, por preconceito de 
raça, de cor, de sexo ou de estado civil.
Pena – perda do cargo, depois de apurada a responsabilidade em inquérito regular, para o 
funcionário dirigente da repartição de que dependa a inscrição no concurso de habilitação dos 
candidatos.
oBsTaR o aCesso a eMPRego eM eMPResa PRiVaDaoBsTaR o aCesso a eMPRego eM eMPResa PRiVaDa
Art. 4º Negar ou obstar emprego emempresa privada.
§ 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça ou de cor ou práticas 
resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica:
I – deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições 
com os demais trabalhadores;
II – impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de benefício profissional;
III – proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente 
quanto ao salário.
§ 2º Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades 
de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento 
de trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas 
atividades não justifiquem essas exigências.
Pena – reclusão de dois a cinco anos.
Enquanto o art. 3º cuida da conduta de negar ou obstar o acesso a cargo ou promoção 
na administração pública, o art. 4º faz o mesmo, porém no âmbito privado.
Na mesma esteira do artigo anterior, a discriminação em razão do sexo ou estado civil 
do indivíduo, no caso em análise, também pode incorrer em contravenção penal, prevista 
no art. 9º da Lei n. 7.437/85:
Art. 9º Negar emprego ou trabalho a alguém em autarquia, sociedade de economia mista, 
empresa concessionária de serviço público ou empresa privada, por preconceito de raça, de cor, 
de sexo ou de estado civil.
Pena – prisão simples, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes o maior 
valor de referência (MVR), no caso de empresa privada; perda do cargo para o responsável pela 
recusa, no caso de autarquia, sociedade de economia mista e empresa concessionária de serviço 
público.
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aRT. 5º ao aRT. 14aRT. 5º ao aRT. 14
Os delitos do art. 5º ao 14 tratam basicamente da mesma conduta: Recusar ou impedir 
acesso do indivíduo a determinados estabelecimentos ou serviços.
Façamos, no entanto, a leitura de cada um dos casos, que são muito semelhantes:
Recusa ou impedimento de acesso a estabelecimento comercial:
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender 
ou receber cliente ou comprador.
Pena – reclusão de um a três anos.
Recusa ou impedimento de ingresso em estabelecimento de ensino:
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino 
público ou privado de qualquer grau.
Pena – reclusão de três a cinco anos.
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é agravada de 
1/3 (um terço).
Cuidado com a causa específica de aumento de pena para o art. 6º, quando o crime é 
praticado contra menor de 18 anos.
Impedimento de acesso a hotel, pensão ou estalagem:
Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer 
estabelecimento similar.
Pena – reclusão de três a cinco anos.
Impedimento de acesso a restaurantes, bares e locais semelhantes:
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais 
semelhantes abertos ao público.
Pena – reclusão de um a três anos.
Impedimento de acesso a estabelecimentos esportivos e similares:
Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de 
diversões, ou clubes sociais abertos ao público.
Pena – reclusão de um a três anos.
Impedimento de acesso a salões de cabeleireiros e similares:
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Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros, barbearias, termas 
ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades.
Pena – reclusão de um a três anos.
Impedimento de acesso a entradas sociais e elevadores:
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores 
ou escada de acesso aos mesmos:
Pena – reclusão de um a três anos.
Impedimento de acesso a transportes em geral:
Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões, navios barcas, barcos, 
ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte concedido.
Pena – reclusão de um a três anos.
Impedimento de acesso ao serviço nas forças armadas:
Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas.
Pena – reclusão de dois a quatro anos.
Impedimento ou óbice de casamento ou convivência familiar:
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar 
e social.
Pena – reclusão de dois a quatro anos.
Ao analisar os delitos acima, é possivel notar claramente a intenção do legislador de 
impedir a prática de atos de segregação.
Veja que não há menção a ofensas ou injúria: apenas a atos que possam impedir o acesso 
de um indivíduo a algum tipo de lugar ou serviço com base apenas em suas características 
de raça, cor, religião e procedência.
PRaTiCa, iNDUção oU iNCiTação ao PReCoNCeiToPRaTiCa, iNDUção oU iNCiTação ao PReCoNCeiTo
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião 
ou procedência nacional.
Pena – reclusão de um a três anos e multa.
O mais extenso artigo da lei trata da conduta de incitação e divulgação de condutas 
discriminatórias.
Infelizmente, ainda temos o desgosto de testemunhar casos desse tipo ainda em tempos 
modernos, como ocorreu na cidade americana de Charlottesville:
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NaZisMoNaZisMo
O art. 20 possui, em seu parágrafo 1º, previsão expressa sobre o nazismo. Entretanto, 
note que o legislador afirmou que o indivíduo deve fabricar, comercializar, distribuir ou 
veicular símbolos para fins de divulgação do nazismo.
Art. 20, § 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, 
distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do 
nazismo.
Pena – reclusão de dois a cinco anos e multa.
Tal determinação trata do chamado dolo específico, de modo que deve haver a intenção 
do autor de divulgar o nazismo com sua conduta. Se não houver, não se caracteriza o delito 
do art. 20.
FoRMas QUaLiFiCaDasFoRMas QUaLiFiCaDas
Segundo a doutrina, o parágrafo 2º do art. 20 apresenta a forma qualificada do delito:
Art. 20, § 2º Se qualquer dos crimes previstos neste artigo for cometido por intermédio dos 
meios de comunicação social, de publicação em redes sociais, da rede mundial de computadores 
ou de publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei n. 14.532, de 2023)O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA AVILA DA NOBREGA - 01604928239, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Pena – reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei n. 9.459, de 15/05/97)
Repare que houve alteração para ampliar o texto do § 2º para incluir expressões que 
não estavam presentes antes, como “publicação em redes sociais” e “da rede mundial de 
computadores”.
Art. 20, § 2º-A. Se qualquer dos crimes previstos neste artigo for cometido no contexto de 
atividades esportivas, religiosas, artísticas ou culturais destinadas ao público: (Incluído pela Lei 
n. 14.532, de 2023)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e proibição de frequência, por 3 (três) anos, a locais 
destinados a práticas esportivas, artísticas ou culturais destinadas ao público, conforme o caso. 
(Incluído pela Lei n. 14.532, de 2023)
Por sua vez o § 2º-A prevê forma qualificada quando o delito previsto no art. 20 for 
cometido no contexto de atividades esportivas, religiosas, artísticas ou culturais 
destinadas ao público.
CoNDUTa eQUiPaRaDaCoNDUTa eQUiPaRaDa
A Lei n. 14.532/2023 incluiu uma figura equiparada para aquele que obstar, impedir ou 
empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas:
Art. 20, § 2º-B. Sem prejuízo da pena correspondente à violência, incorre nas mesmas penas 
previstas no caput deste artigo quem obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer 
manifestações ou práticas religiosas. (Incluído pela Lei n. 14.532, de 2023)
MeDiDas esPeCÍFiCas e eFeiTos Da CoNDeNaçãoMeDiDas esPeCÍFiCas e eFeiTos Da CoNDeNação
Por fim, o art. 20 apresenta medidas específicas que podem ser determinadas pelo 
magistrado para o caso da forma qualificada do delito, bem como um efeito específico da 
condenação:
Art. 20, § 3º No caso do § 2º deste artigo, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público 
ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência: (Redação dada 
pela Lei n. 14.532, de 2023)
I – o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;(Incluído 
pela Lei n. 9.459, de 15/05/97)
II – a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, eletrônicas ou da publicação 
por qualquer meio; (Redação dada pela Lei n. 12.735, de 2012)
III – a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de 
computadores. (Incluído pela Lei n. 12.288, de 2010)
§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, 
a destruição do material apreendido. (Incluído pela Lei n. 9.459, de 15/05/97)
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OUTROS ARTIGOS INCLUÍDOS PELA LEI N. 14.532/2023OUTROS ARTIGOS INCLUÍDOS PELA LEI N. 14.532/2023
ART. 20-A E 20-B – CAUSAS DE AUMENTO DE PENAART. 20-A E 20-B – CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
Art. 20-A. Os crimes previstos nesta Lei terão as penas aumentadas de 1/3 (um terço) até a 
metade, quando ocorrerem em contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação. 
(Incluído pela Lei n. 14.532, de 2023)
Art. 20-B. Os crimes previstos nos arts. 2º-A e 20 desta Lei terão as penas aumentadas de 1/3 
(um terço) até a metade, quando praticados por funcionário público, conforme definição prevista 
no Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), no exercício de suas funções 
ou a pretexto de exercê-las. (Incluído pela Lei n. 14.532, de 2023)
ART. 20-CART. 20-C
Art. 20-C. Na interpretação desta Lei, o juiz deve considerar como discriminatória qualquer atitude 
ou tratamento dado à pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento, humilhação, 
vergonha, medo ou exposição indevida, e que usualmente não se dispensaria a outros grupos 
em razão da cor, etnia, religião ou procedência. (Incluído pela Lei n. 14.532, de 2023)
ART. 20-D – ATOS PROCESSUAISART. 20-D – ATOS PROCESSUAIS
Art. 20-D. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a vítima dos crimes de racismo deverá 
estar acompanhada de advogado ou defensor público. (Incluído pela Lei n. 14.532, de 2023)
Lei prevê que a VÍTIMA deverá estar acompanhada em todos os atos processuais, por 
advogado ou defensor público.
oBseRVaçÕes FiNaisoBseRVaçÕes FiNais
Primeiramente, merece especial destaque o art. 16 do diploma legal em estudo, que 
prevê como efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor 
público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular que se encontre 
envolvido na prática de racismo:
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor 
público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior 
a três meses.
Ressalte-se, ainda, que o legislador previu que tais efeitos não são automáticos, devendo 
ser declarados pelo magistrado de forma MOTIVADA:
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser 
motivadamente declarados na sentença.
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PResCRição & FiaNçaPResCRição & FiaNça
Caro aluno: lembre-se que por previsão constitucional, os delitos relacionados ao racismo 
são inafiançáveis e imprescritíveis.
Entretanto, segundo o STF, tal previsão não impede a concessão de liberdade provisória 
sem fiança.
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RESUMORESUMO
A Lei n. 7.716/89 define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito 
de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Considera-se autoridade, para os efeitos 
desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que 
transitoriamente e sem remuneração.
Raça e eTNia
Etnia
•Comunidade definida por afinidades 
culturais e linguísticas.
•Conceito mais amplo do que o conceito 
de raça.
Raça
•Grupo definido por fatores morfológicos 
(cor de pele, físico, estatura, etc).
•É um conceito mais restrito do que a 
Etnia.
PRoCeDÊNCia
Procedência Nacional
•Relaciona-se com a nação de origem do indivíduo.
•Exemplo: Japonês, Francês, Alemão...
Procedência Interna
•Relaciona-se com o estado de origem do indivíduo.
•Exemplo: Mineiro, Goiano, Gaúcho...
HOMOFOBIA E TRANSFOBIA – STF
ADO n. 26 e o Mandado de Injunção n. 4.733: reconhecimento da mora do Congresso 
Nacional em editar lei que criminalize os atos de homofobia e transfobia.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA AVILA DA NOBREGA - 01604928239, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas
O STF fixou a tese de que, até que o CN aprove lei específica para tanto, condutas 
homofóbicas e transfóbicas podem ser igualadas aos crimes de racismo.
Dos CRiMes
Os delitos da lei em estudo tratam, via de regra, de atos de SEGREGAÇÃO.
As ofensas praticadas contra o indivíduo em razão de sua raça irão configurar 
tipo penal próprio, inserido pela Lei n. 14.532/2023, o qual igualmente configura espécie 
de racismo.
Tal atualização é mudança no entendimento anterior, no qual havia diferenciação entre 
injúria racial e racismo.
LEI N. 14.532/2023
1) Injúria racial se torna crime de racismo incluído na Lei n. 7.716 (Art. 2º-A).
2) Art. 140, § 3º, do CP, recebe nova redação, com algumas supressões, pois seu teor 
principal foi movido para a Lei n. 7.716. Injúria por elementos de religião, condição de pessoa 
idosa ou com deficiência são mantidos no CP.
3( Novo texto, para Renato Brasileiro, permite a tipificação do delito ainda que praticado 
contra uma só pessoa (não há mais o requisito de coletividade).
4) Não houve abolitio criminis (há continuidade normativo-típica). Houve revogação 
formal parcial de um tipo penal anterior, substituído por um novo tipo penal. A conduta 
não foi, em nenhum momento, descriminalizada.
5) É novatio legis in pejus. Nova pena de 2 a 5 anos (Art. 2º-A) não admite suspensão 
condicional do processo (e é inafiançável). O art. 140-A ainda admite fiança e suspensão 
condicional do processo.
A Lei n. 7.716/89 pune preconceito de fundamentação religiosa em seus demais artigos, 
mas o art. 2-A não apresenta o termo religião, que foi deixado no Código Penal (Art. 140, § 
3º). Incluir religião no art. 2º-A pode ser considerada uma analogia in malam partem.
Em provas, é preciso atentar para o enquadramento da conduta. Se injúria por preconceito 
religioso, não ingressará no art. 2-A da Lei n. 7.716, em que pese as demais condutas (art. 
3º em diante da mesma lei, incluindo o art. 20 apesar da incongruência legislativa) façam 
a previsão também relacionada à religião.
6) Injúria por transfobia e homofobia: ADO n. 26 e Mandado de Injunção n. 4.733, para 
Renato Brasileiro, são aplicáveis, pois o julgado (de 2019) fala nos preceitos primários de 
incriminação definidos na Lei n. 7.716. Entretanto, o doutrinador admite que pode ser que 
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
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surja posição em sentido contrário, haja vista que o tipo penal do art. 2º-A é ulterior ao 
julgado da ADO n. 26.
7) Ação Penal do art. 2º-A é de Ação Penal Pública Incondicionada.
8) Art. 20-D: Lei prevê que a VÍTIMA deverá estar acompanhada em todos os atos 
processuais, por advogado ou defensor público.
9) Ação penal do art. 140, § 3º, não foi alterada (APP Condicionada).
DeMais CoNDUTas
Art. 3º ao 19º: Recusar ou impedir acesso do indivíduo a determinados estabelecimentos 
ou serviços (leitura obrigatória).
Art. 20: Incitação ao racismo, com previsão específica sobre condutas nazistas (§ 1º).
PResCRição e FiaNça
Os delitos relacionados ao racismo são inafiançáveis e imprescritíveis.
Segundo o STF, tal previsão não impede a concessão de liberdade provisória sem fiança.
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
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QUESTÕES DE CONCURSOQUESTÕES DE CONCURSO
001. 001. (Q1944875/FUNPAR-NC/UFPR/PC-PR/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2021) Sobre a 
possibilidade de incidência da Lei n. 7.716/1989 às condutas homofóbicas ou transfóbicas, 
de acordo com o entendimento atual do STF, firmado no julgamento da Ação Direta de 
inconstitucionalidade por Omissão (ADO) n. 26, considere as seguintes afirmativas:
1) Até que o Congresso Nacional edite lei específica, as condutas homofóbicas e transfóbicas, 
reais ou supostas, se enquadram nos crimes previstos na Lei n. 7.716/1989.
2) O exercício da liberdade religiosa pode caracterizar a prática de homotransfobia caso 
venha a configurar discurso de ódio.
3) O conceito de racismo ultrapassa aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos e 
alcança comportamentos de negação da dignidade e da humanidade daqueles que integram 
os grupos vulneráveis vítimas da homotransfobia.
4) É típica a conduta de quem, por homofobia ou transfobia, recusa ou impede acesso a 
estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
002. 002. (Q1853119/IBGP/SEJUSP-MG/ASSISTENTE EXECUTIVO DE DEFESA SOCIAL/AUXILIAR 
EDUCACIONAL/2021) De acordo com a lei que define os crimes resultantes de preconceito 
de raça ou de cor (Lei n. 7.716/1989), impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente 
habilitado, a qualquer cargo da administração direta ou indireta, bem como das concessionárias 
de serviços públicos ocasionará uma pena de:
a) Reclusão de dois a cinco anos.
b) Reclusão de um a três anos.
c) Reclusão de dois a quatro anos.
d) Reclusão de um a quatro anos.
003. 003. (Q1896650/IBADE/IAPEN-AC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2021) Conforme a Lei n. 
7.716, de 05/01/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, 
assinale a alternativa que conste um crime punido na forma desta Lei.
a) Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime
b) Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, 
por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a 
fazer o que ela não mandaO conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA AVILA DA NOBREGA - 01604928239, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
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c) Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de 
moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado
d) Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por 
qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono
e) Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da 
Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos
004. 004. (Q1660446/IADES/PM-PA/PRAÇA DA POLÍCIA MILITAR/FEMININO/2021) A Lei n. 
7.716/1989 dispõe acerca dos crimes resultantes de preconceito, criminalizando uma 
série de condutas. Com base nisso, suponha que um professor da rede pública estadual 
impeça um aluno, em razão da sua etnia, de ingressar em estabelecimento de ensino 
público. Considerando essa situação e conforme o dispostona referida lei, assinale a 
alternativa correta.
a) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na lei supracitada e, 
como efeito dessa condenação, poderá perder seu cargo por decisão motivada na sentença
b) No caso mencionado não se observa a ocorrência de nenhum crime, na medida em que 
as instituições de ensino são absolutamente livres para impedir o ingresso de determinados 
alunos em seus espaços, independentemente dos motivos.
c) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na referida lei e, como 
efeito dessa condenação, perderá automaticamente seu cargo.
d) No caso descrito, o professor poderá ser condenado por crime disposto na referenciada 
lei, mas terá sua pena reduzida por ter cometido o crime no exercício da função.
e) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na citada lei, mas 
jamais poderá perder o respectivo cargo em virtude dos efeitos da condenação desse crime.
005. 005. (Q1785343/INSTITUTO AOCP/PC-PA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL/2021) Adolfo, 
objetivando a divulgação do nazismo, distribuiu pelas ruas de seu município distintivos 
e ornamentos que utilizavam a cruz suástica. Diante do caso hipotético exposto, bem 
como considerando as disposições da Lei n. 7.716/1989, Adolfo, se condenado, estará 
sujeito à pena de
a) detenção de seis meses a dois anos e multa.
b) detenção de dois a quatro anos e multa.
c) reclusão de um a três anos e multa.
d) reclusão de dois a cinco anos e multa.
e) reclusão de três a oito anos e multa.
006. 006. (Q1893544/IBADE/IAPEN-AC/PSICÓLOGO/2021/ADAPTADA) Conforme a Lei n. 7.716, 
de 05/01/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, assinale 
a alternativa CORRETA.
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
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Será punido, na forma da Lei supramencionada, os crimes resultantes de discriminação 
ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Considera-se crime na 
forma desta Lei:
a) cometer injúria contra idoso.
b) incitar ódio contra qualquer pessoa na rede mundial de computadores.
c) negar ou obstar emprego em empresa privada.
d) praticar crime de tortura.
e) Incentivar a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou 
privado de qualquer grau.
007. 007. (Q2033747/FGV/PM-CE/SOLDADO/2021) Populares solicitaram que uma guarnição da 
polícia militar comparecesse ao restaurante XX. Lá chegando, constataram que o segurança 
do estabelecimento estava negando o ingresso de um grupo de pessoas de cor negra, sob o 
argumento de que parte do restaurante estava ocupada pelos seguidores de determinada 
religião que considerava pecado a convivência interracial.
À luz desse quadro, os policiais militares devem
a) prender o segurança do estabelecimento em razão da prática de crime.
b) orientar os envolvidos a buscar uma solução de caráter conciliatório.
c) informar ao segurança que apenas o eventual uso da força caracterizaria a prática de 
crime.
d) assegurar que o grupo de pessoas de cor negra possa ingressar no restaurante em outro 
horário.
e) orientar o grupo de pessoas de cor negra a procurar outro restaurante, em respeito à 
liberdade religiosa.
008. 008. (Q1894244/IDECAN/PC-CE/ESCRIVÃO/2021) Aparecida é dona de um restaurante e 
dispôs como regra em seu estabelecimento comercial a recusa no atendimento de clientes 
de raça negra ou cor preta. Nessa hipótese, Aparecida pratica
a) crime de injúria preconceituosa.
b) um indiferente penal, mas terá responsabilidade civil e caberá indenização.
c) crime de racismo.
d) crime contra as relações de consumo.
e) crime de calúnia preconceituosa
009. 009. (CESPE/CEBRASPE/PM-CE/PRIMEIRO TENENTE/2014) Configura crime o ato de veicular 
ornamento ou propaganda que utilize a cruz suástica ou gamada, com a finalidade de 
divulgação do nazismo.
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010. 010. (CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2013) Constitui crime o fato 
de determinado clube social recusar a admissão de um cidadão em razão de preconceito de 
raça, salvo se o respectivo estatuto atribuir à diretoria a faculdade de recusar propostas 
de admissão, sem declinação de motivos.
011. 011. (FCC/TRT 1ª REGIÃO-RJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/SEGURANÇA/2011) Lauro é proprietário 
de uma lanchonete. Admitia em seu estabelecimento a frequência de pessoas da raça negra, 
mas recusava-se a servi-las. A conduta de Lauro
a) só configura crime de discriminação racial se colocar em situação vexatória a freguesia.
b) não configura crime de discriminação racial, pois Lauro admitia em seu estabelecimento 
a frequência de pessoas da raça negra.
c) não configura crime de discriminação racial, pois Lauro é livre para servir a clientela de 
acordo com as suas preferências.
d) configura modalidade de crime de discriminação racial.
e) só configura crime de discriminação racial se a conduta for ostensiva e houver solicitação 
expressa de atendimento por quem esteja nessa situação.
012. 012. (CESPE/CEBRASPE/CD/TÉCNICO LEGISLATIVO/AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2014) 
Conforme a lei que prevê condutas discriminatórias, cometerá crime de discriminação ou 
preconceito o agente que impedir o acesso de idoso a edifício público pelas entradas sociais.
013. 013. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LEGISLATIVO 
ÁREA XXII/2014) Caso uma manicure, empregada de um salão de beleza, recuse atendimento 
a uma cliente apenas por esta ser de origem africana, e essa cliente, ofendida, deixe o 
estabelecimento, tal recusa tipificará o crime de racismo.
014. 014. (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2013) Constitui crime o fato de determinado 
clube social recusar a admissão de um cidadão em razão de preconceito de raça, salvo se 
o respectivo estatuto atribuir à diretoria a faculdade de recusar propostas de admissão, 
sem declinação de motivos.
015. 015. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2012) O fato de um empresário, por preconceito 
em relação à cor de determinado empregado, impedir a sua ascensão funcional na empresa, 
configurará delito contra a organização do trabalho, e não crime resultante de preconceito.
016. 016. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA DE DIREITO/2010) Considere 
que uma jovem atriz negra atue em campanha televisiva promovida por órgão público para 
a prevenção da AIDS, transmita a seguinte mensagem: “eu peço ao meu último parceiro 
que faça um teste”. Nessa situação, ainda que não tenha havido a intenção de associar a 
disseminação da doença à raça negra, restam violados os direitos à imagem da mulher 
negra brasileira, o que configura, em tese, crime de racismo.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA AVILA DA NOBREGA - 01604928239, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
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017. 017. (CESPE/MPU/TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO/TRANSPORTE/2010) Considere 
queTânia, proprietária de um salão de beleza especializado em penteados afros, recuse 
atendimento a determinada pessoa de pele branca e cabelos ruivos, sob a justificativa de 
o atendimento, no salão, restringir-se a afrodescendentes. Nessa situação, a conduta de 
Tânia não constitui crime, visto que, sendo proprietária do estabelecimento, ela tem o 
direito de restringir o atendimento a determinados clientes.
018. 018. (CESPE/MPU/TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO/TRANSPORTE/2010) Pratica crime 
decorrente de discriminação racial, apenado com reclusão de um a três anos, o síndico que 
proíbe a circulação, nos elevadores sociais de edifício residencial, de todos os empregados 
domésticos que trabalham para os condôminos.
019. 019. (CESPE/TJ-CE/OFICIAL DE JUSTIÇA/2008) Alguém que diga que “um advogado negro 
não está capacitado para trabalhar em tribunal” comete o crime de racismo, cuja punição 
independe da vontade do ofendido, uma vez que o racismo é crime de ação pública 
incondicionada.
020. 020. (CESPE/MPE-RR/OFICIAL DE PROMOTORIA/2008) É crime praticar ou incitar a 
discriminação ou o preconceito em razão de preferência esportiva.
021. 021. (IBFC/EMBASA/ANALISTA DE SANEAMENTO/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/
DESENVOLVIMENTO/2017) Assinale a alternativa correta de acordo com as previsões 
expressas da Lei Federal n. 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes 
de preconceito de raça ou de cor.
a) É crime impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo 
da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos
b) É contravenção penal impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, 
a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de 
serviços públicos
c) É mero ilícito administrativo impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, 
a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de 
serviços públicos
d) É mero ilícito civil impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a 
qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de 
serviços públicos
022. 022. (FCC/TRT/24ª REGIÃO-MS/TÉCNICO JUDICIÁRIO/SEGURANÇA/2017) O dono de um 
restaurante recusou o atendimento a um cidadão em seu estabelecimento, em virtude de 
sua raça. De acordo com a Lei n. 7.716/1989, a pena prevista é de
a) interdição do estabelecimento comercial.
b) multa.
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
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c) prestação de serviços à comunidade.
d) reclusão
e) recolhimento domiciliar.
023. 023. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/REMOÇÃO/2016) 
De acordo com a Lei n. 7.716/1989, constitui crime
a) fabricar ornamentos que utilizem a cruz suástica.
b) distribuir distintivos que utilizem a cruz suástica.
c) comercializar emblemas que utilizem a cruz gamada, para fins de divulgação do nazismo.
d) fabricar símbolos que utilizem a cruz gamada, para fins de divulgação do cristianismo.
024. 024. (FUNIVERSA/SECRETARIA DA CRIANÇA-DF/ESPECIALISTA SOCIOEDUCATIVO/ARTES 
PLÁSTICAS/2015) De acordo com o que dispõe a Lei n. 7.716/1989, assinale a alternativa 
que apresenta situação que não caracteriza crime de discriminação ou preconceito.
a) Dono de loja que, ao perceber o acesso de uma pessoa negra em seu estabelecimento, 
recuse-se a atendê-la em virtude de sua cor.
b) Porteiro de prédio que impeça o acesso de pessoa pela entrada social, por identificá-la 
como procedente de determinada região do país.
c) Patrão que ameace causar a empregado, por meio de palavra, gesto ou qualquer outro 
meio simbólico, mal injusto e grave.
d) Gerente que recuse hospedagem em hotel a pessoa em virtude de ela pertencer a 
determinada etnia.
e) Pai que impeça o casamento da filha em virtude da religião do noivo.
025. 025. (IBFC/PC-SE/ESCRIVÃO/ADAPTADA) A Lei n. 7.716/89 pune criminalmente algumas 
formas de preconceito e discriminação praticados contra a pessoa humana. Recentemente, 
o STF reconheceu, em sede de ADO e Mandado de Injunção, a mora do congresso nacional 
para legislar sobre o seguinte tipo de discriminação:
a) Religião.
b) Procedência nacional.
c) Etnia.
d) Transfobia e Homofobia.
026. 026. (IBFC/PC-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO/2013) A Lei n. 7.716/1989, que “Define os crimes 
resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, dispõe que constitui discriminação ou 
preconceito punível:
a) Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender 
ou receber cliente ou comprador em decorrência das vestes ousadas que utiliza.
b) Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e 
social em decorrência da classe social do indivíduo.
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c) Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas 
de forma abstrata.
d) Negar ou obstar emprego em empresa privada à pessoa portadora de necessidades 
especiais.
e) Obstar promoção funcional de servidor da Administração Pública em decorrência de 
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
027. 027. (VUNESP/TJ-SP/ADVOGADO/2013) Nos termos da Lei n. 7.716/1989, a qual versa 
sobre delitos de preconceito ou discriminação racial, pratica crime aquele que, em virtude 
de preconceito de raça, impede ou obsta.
a) o acesso de alguém a restaurantes, bares, confeitarias ou locais semelhantes, ainda que 
não abertos ao público.
b) o acesso de alguém aos veículos de transportes públicos e privados, como aviões, navios, 
barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte.
c) o acesso ou recusa atendimento de alguém em estabelecimentos esportivos, casas de 
diversões ou clubes sociais, ainda que não abertos ao público.
d) o casamento de alguém, por qualquer meio ou forma, excluindo-se outros modos de 
convivência familiar e social.
e) o acesso de alguém às entradas sociais de edifícios públicos ou residenciais, bem como 
aos elevadores ou às escadas desses locais.
028. 028. (FCC/PGE-BA/ANALISTA DE PROCURADORIA/APOIO JURÍDICO/2013) Em relação ao 
agente que é preso em flagrante delito pela prática de crime de racismo, é correto afirmar:
a) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de 
reclusão, nos termos da lei.
b) A lei considera crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia a prática do racismo, 
por ele respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem.
c) A lei considera crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia a prática do racismo, 
por ele respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem; 
devendo cumprir a pena integralmente em regime fechado.
d) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de 
reclusão que deverá ser cumprida integralmente em regime fechado.
e) A autoridade policial poderá conceder a fiança quando a pena privativa de liberdade, 
prevista na lei, for igual ou inferior a quatro anos; cabendo ao Juiz a concessão da fiança 
nos demais casos.
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GABARITOGABARITO
1. 1. e
2. 2. a
3. 3. e
4. 4. a
5. 5. d
6. 6. c
7. 7. a
8. 8. c
9. 9. C
10. 10. E
11. 11. d
12. 12. E
13. 13. C
14. 14. E
15. 15. E
16. 16. E
17. 17. E
18. 18. E
19. 19. C
20. 20. E
21. 21. a
22. 22. d
23. 23. c
24. 24. c
25. 25. d
26. 26. e
27. 27. e
28. 28. a
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
Douglas Vargas
GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO
001. 001. (Q1944875/FUNPAR-NC/UFPR/PC-PR/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2021) Sobre a 
possibilidade de incidência da Lei n. 7.716/1989 às condutas homofóbicas ou transfóbicas, 
de acordo com o entendimento atual do STF, firmado no julgamento da Ação Direta de 
inconstitucionalidade por Omissão (ADO) n. 26, considere as seguintes afirmativas:
1) Até que o Congresso Nacional edite lei específica, as condutas homofóbicas e transfóbicas, 
reais ou supostas, se enquadram nos crimes previstos na Lei n. 7.716/1989.
2) O exercício da liberdade religiosa pode caracterizar a prática de homotransfobia caso 
venha a configurar discurso de ódio.
3) O conceito de racismo ultrapassa aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos e 
alcança comportamentos de negação da dignidade e da humanidade daqueles que integram 
os grupos vulneráveis vítimas da homotransfobia.
4) É típica a conduta de quem, por homofobia ou transfobia, recusa ou impede acesso a 
estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Conforme estudamos, em razão da ADO discutida no âmbito do STF, até que a mora do 
Congresso Nacional cesse e o referido órgão legislativo edite lei adequada sobre o tema, as 
condutas homofóbicas ou transfóbicas passam a ingressão rol equiparado àquele previsto 
na Lei n. 7.716/89.
Nesse sentido, todas as afirmações (1,2,3 e 4) estão corretas e alinhadas à jurisprudência 
do STF.
Letra e.
002. 002. (Q1853119/IBGP/SEJUSP-MG/ASSISTENTE EXECUTIVO DE DEFESA SOCIAL/AUXILIAR 
EDUCACIONAL/2021) De acordo com a lei que define os crimes resultantes de preconceito 
de raça ou de cor (Lei n. 7.716/1989), impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente 
habilitado, a qualquer cargo da administração direta ou indireta, bem como das concessionárias 
de serviços públicos ocasionará uma pena de:
a) Reclusão de dois a cinco anos.
b) Reclusão de um a três anos.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA AVILA DA NOBREGA - 01604928239, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
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c) Reclusão de dois a quatro anos.
d) Reclusão de um a quatro anos.
Infelizmente algumas bancas examinadoras ainda se limitam a cobrar a pena aplicável aos 
delitos. Não há como fugir disso.
Correta é a assertiva “a”, em razão do art. 3º da lei em estudo, o qual estabelece que impedir 
ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração 
Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos sujeita-se a pena 
de reclusão de dois a cinco anos.
Letra a.
003. 003. (Q1896650/IBADE/IAPEN-AC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2021) Conforme a Lei n. 
7.716, de 05/01/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, 
assinale a alternativa que conste um crime punido na forma desta Lei.
a) Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime
b) Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, 
por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a 
fazer o que ela não manda
c) Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de 
moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado
d) Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por 
qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono
e) Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da 
Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos
O examinador arrolou outros crimes (Calúnia, constrangimento ilegal, entre outros) 
misturando com a única conduta prevista na Lei n. 7.716, a qual está adequadamente 
narrada na letra “e”.
Lembre-se, quando você não se lembrar claramente dos tipos penais, que a esmagadora 
maioria dos crimes previstos na Lei n. 7.716 tratam de atos de segregação, nos quais o 
indivíduo tem seu acesso impedido a algum serviço ou oportunidade em razão de sua etnia 
ou outro fator arrolado em lei e na jurisprudência do STF.
Letra e.
004. 004. (Q1660446/IADES/PM-PA/PRAÇA DA POLÍCIA MILITAR/FEMININO/2021) A Lei n. 
7.716/1989 dispõe acerca dos crimes resultantes de preconceito, criminalizando uma 
série de condutas. Com base nisso, suponha que um professor da rede pública estadual O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JULIANA AVILA DA NOBREGA - 01604928239, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Lei n. 7.716/1989 - Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor
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impeça um aluno, em razão da sua etnia, de ingressar em estabelecimento de ensino 
público. Considerando essa situação e conforme o disposto na referida lei, assinale a 
alternativa correta.
a) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na lei supracitada e, 
como efeito dessa condenação, poderá perder seu cargo por decisão motivada na sentença
b) No caso mencionado não se observa a ocorrência de nenhum crime, na medida em que 
as instituições de ensino são absolutamente livres para impedir o ingresso de determinados 
alunos em seus espaços, independentemente dos motivos.
c) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na referida lei e, como 
efeito dessa condenação, perderá automaticamente seu cargo.
d) No caso descrito, o professor poderá ser condenado por crime disposto na referenciada 
lei, mas terá sua pena reduzida por ter cometido o crime no exercício da função.
e) Nesse caso, o professor poderá ser condenado por crime disposto na citada lei, mas 
jamais poderá perder o respectivo cargo em virtude dos efeitos da condenação desse crime.
Vejamos:
a) Certa. Item amparado em três artigos da lei em estudo:
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino 
público ou privado de qualquer grau.
Pena – reclusão de três a cinco anos.
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor

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