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Livro Crescendo no Conhecimento de DEUS-pdf

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha
Edição Junho/2008
Gerência de Comunicação
Ana Paula Costa
Transcrição:
Raquel Ribeiro
Copidesque:
Jussara Fonseca
Revisão:
Adriana Santos
Capa e Diagramação:
Luciano Buchacra e Junio Amaro
5
CRESCENDO NO 
CONHECIMENTO 
DE DEUS
“Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós 
e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento 
da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento 
espiritual; a fim de viverdes de modo digno do Senhor, 
para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa 
obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; 
sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força 
da sua glória, em toda a perseverança e longanimi-
dade; com alegria, dando graças ao Pai, que vos fez 
6
idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos 
na luz.” (Colossenses 1.9-12).
A vida cristã é muito simples. O motivo de toda 
confusão que o homem causa à própria vida e à 
vida dos outros é unicamente a falta do conheci-
mento de Deus. Todo drama que aflige nosso cora-
ção vem da falta do conhecimento de Deus. Se o 
marido briga com a mulher em casa é devido a falta 
do conhecimento de Deus. Os filhos são rebeldes? 
A causa é a falta do conhecimento de Deus, ou seja, 
todas as confusões que nós conhecemos aqui na 
Terra são causadas apenas e tão somente pela falta 
do conhecimento de Deus.
E o profeta Oséias diz: “O meu povo está sendo 
destruído, porque lhe falta o conhecimento.” (Oséias 
4.6). O conhecimento de um conjunto de doutri-
nas? Não! Não são doutrinas, ou dogmas eclesiásti-
cos, ou regras de bons costumes implantados pelas 
igrejas. O profeta está se referindo às palavras do 
próprio Deus ao seu povo, ao conhecimento do seu 
caráter. O Senhor Deus colocou na boca do profeta 
aquilo que Ele queria dizer para o seu povo. E o Se-
nhor estava dizendo claramente que todo fracasso 
na história do homem provém da falta do conheci-
mento do seu Criador. O homem que não conhece 
Deus está à mercê do diabo. 
Procure se lembrar de todas as vezes que você 
brigou, ou irou-se sobremaneira, ou pecou de al-
7
gum outro modo e deixou de ser aquilo que Deus 
havia sonhado para sua vida. Tudo isso aconteceu 
porque você não conhece Deus, pelo menos não 
profundamente, porque conhecer Deus é viver se-
gundo o seu padrão. Paulo escreveu: “Dando graças 
ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da 
herança dos santos na luz.” (Colossenses 1.12). Que 
herança é essa que eu posso tomar posse dela e 
que muda completamente todas as coisas? É a falta 
do conhecimento de Deus. Mas, quando eu tomo 
posse dessa herança e passo a conhecer a Deus, 
tudo muda.
Um crescimento paUlatino
Meu pai foi um homem muito simples, mas 
muito sábio também. Ele era um sapateiro e, nor-
malmente, sempre trazia algumas pérolas bastante 
fortes, como esta: “Se você quer conhecer alguém, 
você deve comer um saco de 60 quilos de sal com 
ele”. Ora, ninguém come meio quilo de sal de uma 
vez. Come-se uma pitadinha por vez. Um saco de 60 
quilos de sal é, praticamente, toda uma vida para se 
conhecer alguém.
Para conhecermos Deus e ter intimidade com 
Ele, para desenvolvermos um relacionamento pro-
fundo com Ele, temos de viver dia a dia na sua pre-
sença. Nos momentos de alegria e nas tristezas, Ele 
tem de ser a nossa base, a nossa sustentação. Nor-
8
malmente, nós dividimos as pessoas em duas clas-
ses. Dividimos em feio/bonito, gordo/magro, rico/
pobre, culto/ignorante e assim sucessivamente. Aos 
olhos de Deus, porém, os homens são divididos em 
três classes: aqueles que não conhecem Deus, aque-
les que ainda vão conhecer Deus e aqueles que co-
nhecem Deus. Não podemos dividir as pessoas em 
apenas dois grupos: aqueles que não conhecem a 
Deus e os que conhecem Deus. Se desprezarmos o 
grupo “os que ainda vão conhecer Deus”, estaremos 
negligenciando o Ide e nos omitindo de evangeli-
zar.
“Outrora, porém, não conhecendo a Deus, servíeis 
a deuses que, por natureza, não o são; mas agora que 
conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por 
Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimen-
tos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda 
escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e 
anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para 
convosco.” (Gálatas 4.10-11).
“Mas agora”, Paulo faz esse levantamento e diz: 
“olha, parece que eu estou trabalhando em vão, 
parece que vocês não estão crescendo em Deus”. 
Quando a pessoa conhece Deus, sua vida tem de 
ser diferente. Nesse texto, Paulo se refere ao tem-
po “outrora”. Outrora é o tempo de antes, antes de 
conhecer Jesus. “Outrora, porém, não conhecendo 
a Deus, servíeis a deuses que, por natureza, não o 
9
são”. Antes de se converter, a pessoa não conhece 
Deus, por isso ela serve a deuses que verdadeira-
mente não é o Deus Criador, o Todo Poderoso. Ser-
ve a ídolos, outras vezes serve ao dinheiro, outras 
vezes serve à lascívia; sempre haverá um deus para 
servir.
Quando a pessoa entrega sua vida para Jesus, 
ela começa a conhecer Deus e todos os “mistérios” 
vão sendo revelados pelo Espírito Santo. É o Logus 
se transformando em Rhema – a palavra escrita se 
transforma na revelação de Deus. Esse conheci-
mento é paulatino, não acontece de uma só vez. Ela 
ainda não conhece o Senhor em toda a sua pleni-
tude, ela começa a conhecer Deus e a compreen-
der a razão pela qual Ele nos criou. Deus não criou 
o homem simplesmente porque não tinha nada 
para fazer. Não! Deus criou o homem para que ele o 
conhecesse. Deus sempre quis ser conhecido pelo 
homem. Nenhuma das espécies da criação de Deus 
pode conhecê-lo, exceto o homem. A Bíblia diz que 
Deus fez o homem à sua própria imagem e seme-
lhança (Gênesis 1.6-27). E quando Deus o formou 
do pó da terra, e soprou nele do seu espírito, e da 
sua própria natureza, a finalidade era para que o 
homem pudesse ter comunhão com Ele. Para que 
o homem pudesse conhecê-lo! Nós vivemos pelo 
amor e pela graça de Deus, e conhecê-lo e adorá-lo 
é a nossa razão de viver (Efésios 1.11-12).
10
A Bíblia diz que lá no jardim do Éden, na viração 
do dia (Gênesis 3.8), Deus caminhava pelo Jardim. 
Deus não se encontrava com o homem para fazer 
“Cooper” juntos. Esse caminhar com ele era exata-
mente para se relacionarem, para estreitarem a co-
munhão. Porque quanto mais o conhecemos, mais 
nos conheceremos. E isso não mudou. Deus quer se 
relacionar profundamente conosco. Ele quer que 
o conheçamos intimamente, a nós mesmos e mais 
e mais nos afastemos do pecado. Então tudo seria 
muito diferente para nós, porque estaríamos viven-
do a plenitude de Deus. 
Quando uma pessoa está naufragando na vida, 
porque não está vivendo a vontade do Senhor aqui 
na Terra, você pode ter certeza de que ela não co-
nhece Deus, mesmo que se diga crente. Mas, quan-
do ela começa a conhecer Deus, tudo muda, porque 
ela passa a ter a consciência da presença de Deus, e 
do propósito dele para sua vida. Ela caminha no te-
mor de Deus, não com medo, porque agora existe a 
compreensão em Deus. Quando conhecemos Deus, 
passamos a ter um brilho especial nos olhos. Mas 
como adquirir esse conhecimento?
“Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo 
não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve 
a Deus salvar os que crêem pela loucura da prega-
ção.” (1 Coríntios 1.21). Nós só podemos conhecer 
Deus porque Ele se faz conhecido. E Ele usou uma 
11
estratégia fantástica para que o homem pudesse 
conhecê-lo.
Toda estrutura do mundo, todo esforço dos fi-
lósofos e teólogos e toda a ciência não conseguem 
levar as pessoas a conhecer Deus. Eles podem co-
nhecer fatos, intervenções e histórias sobre Deus, 
mas conhecê-lo é uma coisa totalmente diferente, 
porque “aprouve a Deus salvar os que crêem pela 
loucura da pregação”. Conhecemos Deus median-
te nossa entrega total a Ele e pelo relacionamento 
contínuo com Ele. Quando alguém chega na igreja 
pela primeira vez, o impacto que ele recebe é a ên-
fase que damos à Palavra de Deus, a pregaçãoda 
Palavra de Deus.
Eu me converti no dia 19 de maio de 1966. Na-
quela época, se você andasse pela avenida Afon-
so Pena perceberia uma coisa muito interessante. 
Praticamente em cada esquina, você encontraria 
alguém com a Bíblia aberta, pregando a Palavra de 
Deus. Eu era um deles. Eu não só ia para a Afonso 
Pena, como também para a Praça da Estação. Não 
tínhamos aparelhagem de som, microfones, vio-
lão, ou uma orquestra bonita. Abríamos a Bíblia e 
começávamos a pregar. Era comum ver as pessoas 
passarem na minha frente e gesticularem como 
se dissessem: “tá louco”. A Bíblia diz que “aprouve 
a Deus salvar os homens pela loucura da pregação.” 
E a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Romanos 
12
10.17) e é pela fé que recebemos a Salvação (Efé-
sios 2.8).
 A nossa fé, a fé evangélica está centrada em Je-
sus (Filipenses 1.27). A verdade do Evangelho está 
centralizada na pregação da Palavra de Deus. Paulo 
soube expressar isso com excelência: “Ó profundi-
dade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhe-
cimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, 
e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, 
conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu con-
selheiro?” (Romanos 11.33-34). João, no seu evange-
lho, foi preciso na sua declaração: “No princípio era o 
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus 
[...] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de 
graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como 
do unigênito do Pai.” (João 1.1,14).
Jesus caminhou diariamente com seus discípu-
los, mas houve um momento em que eles pediram: 
“Queremos conhecer Deus. Queremos ver Deus”. 
Naquele momento, Jesus se voltou para um de seus 
discípulos, chamado Filipe, e lhe disse: “Filipe, há tanto 
tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem 
me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” 
(João 14.9). Ou seja, conhecer Jesus Cristo é conhecer 
a Deus. Conhecer Deus é conhecer Jesus. Temos esse 
compromisso aqui na Terra, não como opção, mas 
como sobrevivência. Conhecer Deus é algo inerente 
àqueles que são seguidores de Jesus Cristo. 
13
“Antes, crescei na graça e no conhecimento de 
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a gló-
ria, tanto agora como no dia eterno.” (2 Pedro 3.18). 
Graça é o favor imerecido de Deus; é aquilo que eu 
preciso, mas eu não mereço. Não mereço, mas Deus 
me dá apesar de não merecê-lo. Existem pessoas 
que crescem na graça, se apropriam das bênçãos do 
Senhor, mas por outro lado, não têm equilíbrio. Não 
podemos nos esquecer das nossas obrigações, dos 
compromissos com nossa família, nosso trabalho e 
nossos amigos. Temos de crescer no conhecimento 
de Deus, mas quanto mais o conhecemos mais nos 
tornamos responsáveis e amorosos. 
“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Se-
nhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá 
sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que 
rega a terra.” (Oséias 6.3). A vinda de Jesus é fato, e é 
certo que Ele não levará estranhos para seu reino:
“Quando o dono da casa se tiver levantado e fe-
chado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a 
bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos res-
ponderá: Não sei donde sois. Então, direis: Comíamos 
e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas 
ruas. Mas ele vos dirá: Não sei donde vós sois; apartai-
vos de mim, vós todos os que praticais iniqüidades. Ali 
haverá choro e ranger de dentes, quando virdes, no 
reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profe-
tas, mas vós, lançados fora.” (Lucas 13.25-28).
14
Este texto de Ezequiel ilustra perfeitamente o 
processo de conhecer o Senhor. 
“Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão 
um cordel de medir; mediu mil côvados e me fez pas-
sar pelas águas, águas que me davam pelos tornoze-
los. Mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas 
que me davam pelos joelhos; mediu mais mil e me fez 
passar pelas águas, águas que me davam pelos lom-
bos. Mediu ainda outros mil, e era já um rio que eu não 
podia atravessar, porque as águas tinham crescido, 
águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não 
se podia passar.” (Ezequiel 47.3-5).
Não haverá um momento que iremos chegar 
e dizer: “Eu cheguei ao topo, alcancei o fim da li-
nha!” Entretanto, haverá um momento em que co-
meçaremos a entender que a cada dia podemos 
conhecê-lo mais e mais. Oséias 6.3 diz: “como a alva, 
a sua vinda é certa.” É certo que o conhecimento 
virá como a manhã que surgirá, e que a escuridão 
refere-se à falta de conhecimento. Ao observarmos 
a aurora, perceberemos que por volta das 5h30, a 
escuridão já não é tão intensa e que às seis horas, 
a escuridão já acabou. Assim é o conhecimento até 
chegar o meio-dia, quando o sol está no seu zêni-
te. O pleno conhecimento é esse, quando não se vê 
treva alguma.
É quando não tem nenhuma área escura na nos-
sa vida, isso é, quando o conhecimento de Deus nos 
15
leva à santidade no Senhor. Se nós soubéssemos o 
valor que tem o conhecimento de Deus, nossa vida 
entraria numa dimensão que jamais sonhamos po-
der existir: uma vida de santidade. Não adianta, po-
demos até falar: “olha conserte sua vida sua vida”. A 
pessoa continua pecando do mesmo jeito sabe por 
quê? Porque ela não tem o conhecimento de Deus. 
Se ela realmente o conhecesse, o Espírito não a dei-
xaria enganada, e ela obedeceria.
“Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhe-
cimento de Deus, mais do que holocaustos.” (Oséias 
6.6). Oséias diz isso porque as pessoas naquela épo-
ca levavam tudo o que era tipo de animais: bois, cor-
deiros, pássaros, aves de todas as espécies para se-
rem sacrificados ao Senhor. Aquilo passou a ser um 
ritual religioso. Deus não estava interessado naque-
les sacrifícios de animais. Deus estava interessado 
numa coisa que mudaria o coração daquele povo: 
“e o conhecimento de Deus, mais do que holocaus-
tos”. “Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel, 
porque o Senhor tem uma contenda com os habitan-
tes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, 
nem conhecimento de Deus.” (Oséias 4.1). O povo de 
Israel, naqueles dias, vivia um período muito confu-
so, um período decadente, de sequidão espiritual. 
Não existia aquele reboliço de alegria e de prazer, 
as coisas se tornaram mera religiosidade. A religião 
apenas como rituais mecânicos, como costume, tra-
16
dição, não gera nem amor nem conhecimento de 
Deus. O conhecimento de Deus traz a verdade e o 
amor dele para nossa vida. Uma pessoa que conhe-
ce a Deus é uma pessoa extremamente amorosa e 
verdadeira. A falta do conhecimento de Deus é que 
destrói todas as coisas, que quebra relacionamen-
tos e gera dor.
conhecimento profUndo
“O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o 
dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhe-
cimento, o meu povo não entende.” (Isaías 1.3).
Eu nunca tive boi ou jumento. Mas algum tempo 
atrás, a Mariana ganhou uma cadelinha e colocou o 
nome dela de Mel. A Mel ganhou cinco filhotinhos, e 
nós ficamos com um que se chama Jujuba. E o Jujuba 
é da Renata. Depois disso, a Renata arranjou um papa-
gaio e colocou o nome dele de Bonitinho. Uma coisa 
interessante é que se eu me aproximo do papagaio ele 
fica mudo, não fala nada, mas quando a Renata chega 
perto dele e diz: Bonitinho! Ele começa uma algazarra 
“Glória a Deus, aleluia, Deus é bom”. Isso significa que 
ele conhece a voz da sua dona. A cadelinha Mel sabe 
que a Mariana é a dona dela. O Jujuba sabe que a sua 
dona é a Renata. Deus está falando que “o boi conhece 
o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedou-
ra, mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não 
entende.” Deus está dizendo aqui que o povo dele não 
17
ouve a sua voz, não conhece o seu dono. Precisamos 
ser íntimos de Deus para conhecê-lo melhor.
“Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem ele-
gi, descendente de Abraão, meu amigo.” (Isaías 41.8). 
Amigo fala de relacionamento, fala de intimidade.
Jó experimentou todo tipo de sofrimento, de 
desgraça e de perda. Quando lemos o livro deJó, 
percebemos ali um homem, em cuja vida a desgra-
ça havia alojado. Ele havia perdido seus filhos, seus 
bens, sua saúde e, durante todo o caminho, alguns 
amigos tentam trazer consolo para ele, mas Jó en-
tre tantas coisas escreve: “Bem sei que tudo podes, e 
nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é 
aquele, como disseste, que sem conhecimento enco-
bre o conselho? Na verdade, falei do que não enten-
dia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que 
eu não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu fa-
larei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu te conhe-
cia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por 
isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” 
(Jó 42.1-6). A falta do conhecimento de Deus levou 
Jó a falar muitas coisas sem o pleno conhecimen-
to de Deus, Jó diz que “na verdade, falei do que não 
entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coi-
sas que eu não conhecia” e, porque ele falou tantas 
coisas sem conhecer, atribuindo a Deus atos que 
Ele nunca havia feito, Jó se arrepende, e diz: “Eu te 
conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos 
18
te vêem.” Tudo muda quando passamos a conhecer 
Deus.
Qual é o nível do seu conhecimento sobre Deus? 
Só de ouvir falar? Jó dizia “Eu te conhecia só de ouvir, 
mas agora os meus olhos te vêem.” Mas como pode-
mos ver Deus se Ele é invisível? Quando começa-
mos a conhecer a Palavra de Deus, nos tornamos 
íntimos dele. Passamos a sentir prazer em Deus. 
Sentimos prazer em ir à casa de Deus. A nossa prio-
ridade é a vontade dele e não mais a nossa. Antes, 
se a Seleção do Brasil estivesse jogando, deixava de 
ir à igreja para assistir ao futebol, agora, a igreja me 
é bem melhor. O nosso coração, já está sendo movi-
do para conhecer Deus. Fé é você crer que Deus vai 
cumprir tudo que Ele prometeu na Palavra dele. Isso 
que é conhecer Deus. Nós só conhecemos alguém, 
na medida que entendemos seu caráter. O principal 
motivo de não buscarmos a Deus é a incredulidade. 
Queremos alguma coisa palpável, algo que possa-
mos tocar.
A falta do conhecimento de Deus faz com que 
as pessoas fofoquem, lancem calúnias. Inventam 
coisas as mais absurdas, só por não conhecerem o 
Senhor. “Curvam a língua, como se fosse o seu arco, 
para a mentira; fortalecem-se na terra, mas não para 
a verdade, porque avançam de malícia em malícia e 
não me conhecem, diz o Senhor.” (Jeremias 9.3). Pes-
soas que lançam dardos de mentira, pessoas que se 
19
fortalecem na terra, mas não com a verdade, pes-
soas que avançam no caminho da malícia e falam 
do que não conhecem, é porque não conhecem a 
Deus. Entretanto, a pessoa que conhece o Senhor, é 
totalmente diferente, ela é apegada à verdade, por-
que Jesus é a verdade que liberta verdadeiramente 
(João 8.36).
“Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me co-
nhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericór-
dia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me 
agrado, diz o Senhor.” (Jeremias 9.24). Hoje, as pes-
soas se gloriam em muitas coisas. Quando ouvimos 
um servo de Deus tocar um instrumento com ma-
estria, ficamos maravilhados e emocionados. Mas 
se a glória dele for apenas a sua capacidade para 
tocar desse modo tão maravilhoso, o que iria acon-
tecer se o ladrão roubasse o saxofone? O que po-
deria acontecer se ele perdesse as duas mãos? Mas, 
quando conhecemos Deus, passamos a ter o enten-
dimento de que a fonte da nossa glória é o próprio 
Senhor e que a nossa vida, como temos aprendido, 
é como a erva tudo passa, aprendemos a valorizar 
o que realmente tem valor. A glória desse mundo 
passa. Você pode olhar para a mulher mais bonita 
do Planeta. Ela pode estar com 80 anos, e ter uma 
boa aparência pelas inúmeras operações plásticas 
às quais se submetera. Mas não adianta, o vigor não 
é mais o mesmo, a gloria passa.
20
Diz o Senhor: “Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: 
em me conhecer.” Sabe o que é gloriar-se? Nós po-
demos usar outra expressão para gloriar-se, é “ter 
auto-estima”. Ou seja, nós temos de nos gloriar em 
Deus. Você tem de levantar a cabeça e sempre falar 
“eu posso tocar, Deus me deu esse dom, eu tenho 
me esforçado, eu tenho treinado, eu sou um exímio 
instrumentista. Mas tudo vem de Deus!” Você tem 
que falar, eu me glorio nisto. Precisa ter o entendi-
mento de que a honra passa, que o instrumento 
passa, que as mãos podem não ter mais força.
O grande drama é que as pessoas valorizam essa 
glória que passa. Não é errado sentirmos a bondade 
de Deus e nos gloriarmos naquilo que Ele nos tem 
dado. O que precisamos fazer é dar “glória a Deus”, é 
devolver a Ele o que lhe é de direito. Precisamos, tam-
bém, entender que essa glória é passageira. Por isso 
o Senhor diz: “Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em 
me conhecer.” Precisamos nos gloriar em conhecer 
o Senhor porque à medida que o conhecemos tudo 
muda em nossa vida. Jó disse: “Porque eu sei que o meu 
Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 
19.25). Paulo dizia: “Combati o bom combate, completei 
a carreira, guardei a fé.” (2 Timóteo 4.7). Desde agora a 
coroa da justiça está reservada. Mas, qual combate é o 
bom combate? É o combate de conhecer a Deus.
Muitas vezes, o inimigo tem dito para você as-
sim: “Deus não está nem aí para você. Deus não 
21
liga para você. Ele nem sabe o seu nome. Nem sabe 
onde você mora. Não está nem aí para as suas lá-
grimas, para o seu sofrimento, para a sua dor, para 
a sua angústia, para o seu desespero. Deus se im-
porta apenas com os seus pecados para te castigar”. 
Mas se você conhece Deus, você confia no seu cui-
dado e proteção e, por isso, rechaça toda malícia de 
Satanás. “Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me 
conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericór-
dia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me 
agrado, diz o Senhor.” (Jeremias 9.24). Deus se agra-
da de um coração faminto por Ele e se agrada quan-
do nós deixamos qualquer outra coisa e qualquer 
outro amor por Ele. Deus se agrada quando nós o 
colocamos como o primeiro na nossa vida. Isto é 
nossa glória.
“E todos nós, com o rosto desvendado, contem-
plando, como por espelho, a glória do Senhor, somos 
transformados, de glória em glória, na sua própria 
imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 
3.18). Essa transformação vem na nossa vida e é um 
processo. “Conheçamos e prossigamos em conhecer 
o Senhor.” Quanto mais vamos conhecendo o Se-
nhor, mais íntimos vamos ficando dele e o nosso 
rosto também vai sendo transformado.
Aos 18 anos, eu fui para o seminário, e lá eu co-
nheci um rapaz muito interessante. Ele era gago. Eu 
achava que para conversar com um gago eu tinha 
22
que gaguejar também e, de tanto andar com ele, 
comecei a falar gaguejando. Realmente, eu achava 
que tinha de falar como ele falava. E, de uma ma-
neira bem natural eu comecei a gaguejar, até que 
depois que ele saiu do seminário, eu não gaguejei 
mais. Com o Senhor Deus, esse fenômeno também 
é assim. Dizem as Escrituras que houve um momen-
to quando Moisés subiu no alto do monte e Moisés 
ficou durante 40 dias ali envolvido pela glória do 
Senhor, conhecendo Deus. Quando Moisés desceu 
do monte, a mesma glória que Jesus Cristo revelou 
no monte da transfiguração, quando o seu corpo 
resplandecia, assim a face de Moisés também res-
plandecia. 
“Somos transformados de glória em glória”, na 
própria imagem do nosso Senhor Jesus Cristo. Nós 
podemos ir ao melhor cirurgião plástico e fazer vá-
rias operações plásticas, esticar daqui e dali, colo-
car lente de contato, fazer o olho ficar verde, azul, 
amarelo, cor de rosa. Mas uma coisa não muda: o 
coração continua sendo o mesmo.
A Palavra diz transformado na sua própria ima-
gem. A imagem de Jesus Cristo. Quando Saulo ia 
pelo caminho de Damasco perseguindo os cris-
tãos, Jesus o encontrou e diz: “Saulo, Saulo, porque 
me persegues” (Atos 9.4). Ele não diz “Saulo, Saulo, 
porque está perseguindo os cristãos”. Ele diz “Saulo, 
Saulo, porque me persegues.” Por quê? Porque aque-
23
le a quemSaulo perseguia, tinha o rosto diferente, 
a cor dos olhos diferente, mas a imagem refletida 
nele era a vida de Jesus. Ser cristão não é o que as 
pessoas dizem por aí. Ser cristão significa ser da 
“mesma natureza de Cristo”. Ser cristão é ser aquela 
pessoa que conhece Deus. Jesus Cristo viveu aqui 
na Terra conhecendo Deus. Ele orava e nenhuma 
resposta às suas orações foi-lhe negada, porque 
Ele conhecia Deus. O conhecimento de Deus muda 
completamente todas as coisas.
“Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei 
perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo 
como perda, por causa da sublimidade do conheci-
mento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual 
perdi todas as coisas e as considero como refugo, para 
ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça 
própria, que procede de lei, senão a que é mediante a 
fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada 
na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e 
a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me 
com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar 
a ressurreição dentre os mortos.” (Filipenses 3.7-11). 
Paulo era fariseu, um doutor, um teólogo, penso 
que até as paredes da sala da casa dele eram cheias 
de diplomas. Paulo era um homem rico e, após co-
nhecer Deus, ele passou a dizer: “o que para mim 
era lucro, isso considerei perda”. Quando o conhe-
cimento de Jesus passa ser a sua riqueza, nada é 
24
mais precioso que Ele. “Deveras considero tudo como 
perda, por causa da sublimidade do conhecimento de 
Cristo Jesus.” Isso é a sublimidade do conhecimento 
do Senhor de um modo intenso.
“Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de 
Cristo Jesus, por amor de vós, gentios, se é que tendes 
ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus 
a mim confiada para vós outros; pois, segundo uma 
revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme 
escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando 
ledes, podeis compreender o meu discernimento do 
mistério de Cristo, o qual, em outras gerações, não foi 
dado a conhecer aos filhos dos homens, como, ago-
ra, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, 
no Espírito, a saber, que os gentios são co-herdeiros, 
membros do mesmo corpo e co-participantes da pro-
messa em Cristo Jesus por meio do evangelho; do qual 
fui constituído ministro conforme o dom da graça de 
Deus a mim concedida segundo a força operante do 
seu poder. A mim, o menor de todos os santos, me foi 
dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das 
insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a 
dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em 
Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, 
a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, 
agora, dos principados e potestades nos lugares celes-
tiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em 
Cristo Jesus, nosso Senhor, pelo qual temos ousadia e 
25
acesso com confiança, mediante a fé nele. Portanto, 
vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações 
por vós, pois nisso está a vossa glória. Por esta causa, 
me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o 
nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, 
para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conce-
da que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu 
Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no 
vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e ali-
cerçados em amor, a fim de poderdes compreender, 
com todos os santos, qual é a largura, e o comprimen-
to, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de 
Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais 
tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que 
é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo 
quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder 
que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em 
Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sem-
pre. Amém!” (Efésios 3.1-21).
Em conhecer a cruz resume todo o poder de 
Deus. Toda a vontade de Deus é revelada na cruz. 
Deus não tem outra resposta a qualquer outra ne-
cessidade do coração humano a não ser a cruz. 
Como este conhecimento muda tudo.
“O mistério que estivera oculto dos séculos e das 
gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus san-
tos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a 
riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto 
26
é, Cristo em vós, a esperança da glória.” (Colossenses 
1.26-27).
Quando eu afirmo que a falta do conhecimento 
é que gera toda a desgraça é exatamente por que 
eu posso viver uma vida santa. Você, leitor, pode vi-
ver uma vida santa. Nós todos podemos viver uma 
vida santa. Basta entregarmos nossa vida a Jesus, 
nos empenharmos a conhecer Deus, e Ele endirei-
tará as nossas veredas (Provérbios 3.6).
E esse conhecimento é Cristo. É Cristo em mim! 
É Cristo em você! É Cristo em nós! O Espírito tem 
trazido esta revelação, “aos quais Deus quis dar a 
conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério 
entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da 
glória” (Colossenses 1.27.) 
“Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta ve-
nho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos 
não me viram face a face; para que o coração deles seja 
confortado e vinculado juntamente em amor, e eles 
tenham toda a riqueza da forte convicção do entendi-
mento, para compreenderem plenamente o mistério de 
Deus, Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e 
do conhecimento estão ocultos.” (Colossenses 2.1-3).
Conhecer Jesus significa conhecer todas as 
respostas para os dramas, para as dores, para os 
danos, para as lágrimas e para os desencontros. 
“Conhecer” é muito diferente. “Ora, como recebes-
tes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele ra-
27
dicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como 
fostes instruídos, crescendo em ações de graças.” 
(Colossenses 2.6-7).
“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com 
Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, 
assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do 
alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, 
e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em 
Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifes-
tar, então, vós também sereis manifestados com ele, 
em glória.” (Colossenses 3.1-4).
Peça isso ao Senhor. Diga para Ele que esse é o 
seu desejo. Diga para Ele: “Senhor eu quero te bus-
car. Eu quero te conhecer mais, Senhor”. Há uma 
música que nós cantamos que diz assim: “conhece-
rei e prosseguirei em conhecer-te Senhor”. Se você 
puder cante-a para Ele. Faça dela a sua oração. Cla-
me a Ele: “Senhor, eu preciso de ti. Eu sei que preciso 
conhecer-te mais e mais”. Muitas vezes, as pessoas 
não se aproximam de Deus porque acham que ao 
se aproximarem dele e passarem a conhecê-lo, te-
rão sua liberdade cerceada. Não pense assim, isso 
é coisa do diabo, a única pessoa que quer que você 
não conheça a Deus é o diabo. Ele sabe que se você 
conhecer Deus e deixar Jesus governar sua vida, ele 
nunca mais poderá atormenta-lo.
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso res-
peito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, 
28
para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, 
passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis 
e me achareis quando me buscardes de todo o vosso 
coração. Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mu-
dar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações 
e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o Se-
nhor, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos man-
dei para o exílio.” (Jeremias 29.11-14).
Tudo será mudado nesta caminhada com o Se-
nhor. Se, agora, você tem este desejo intenso de 
conhecer Deus, ou quem sabe ainda não tem esse 
forte desejo, comece como o profeta Ezequiel, co-
loque seus pés nas águas, vá caminhando devagar, 
deixe as águas subirem pelos tornozelos, alcançar 
os joelhos. Continue caminhando, tateando com os 
pés o fundo do rio, deixe essas águas chegarem aos 
seus lombos, vá mergulhando nesse conhecimento 
do Senhor. A essa altura, você não quererámais pa-
rar em conhecê-lo. E na medida que você vai conhe-
cendo as pessoas em sua volta, logo perceberá que 
algo está diferente. Perceberá que conhece Deus e 
que tem as respostas de Deus para as dificuldades 
da vida.
Deus quer que nos aproximemos dele porque 
Ele quer tratar o nosso caráter. É como nós nos 
vemos por um espelho. O espelho é a Palavra. O 
espelho não faz ninguém ficar bonito. O espelho 
apenas reflete o retrato daquele que está diante 
29
dele. Quando você se levanta pela manhã e vai ao 
banheiro, ao chegar diante do espelho, você verá 
que os seus olhos estão inchados e seus cabelos es-
tão desarrumados. O espelho não vai mostrar algo 
diferente. À medida que você vai se aproximando 
de Deus e passa a conhecê-lo, as coisas começam a 
mudar em sua vida.
Deus quer alcançá-lo para que o mundo seja 
transformado pela sua vida. “Conheçamos e prossi-
gamos em conhecer o Senhor.”
“Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se 
guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu 
o conheço e não guarda os seus mandamentos é men-
tiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, 
que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem 
sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que 
estamos nele: aquele que diz que permanece nele, 
esse deve também andar assim como ele andou.” (1 
João 2.3-6).
O versículo 3 diz: “Ora, sabemos que o temos co-
nhecido por isto: se guardamos os seus mandamen-
tos.” Mas não no sentido de guardar os mandamen-
tos como se obrigados. Quando você está dirigindo 
numa estrada, vê sinalização de ponto em ponto. 
Placas que dizem: “curva fechada, diminua a veloci-
dade”; “cuidado, animais na pista”; “cruzamento de 
vias”; “não pare no acostamento”; e tantas outras. 
Certo dia, eu estava dirigindo numa estrada e ha-
30
via uma placa sinalizando “ponte estreita à frente”. 
A estrada era bonita e dava gosto observar a paisa-
gem. Novamente, “ponte estreita à frente”, e depois 
de outra curva “ponte estreita à frente”. Essas placas 
estavam bem distantes uma da outra. Mas a estrada 
realmente afinou e havia uma ponte que só passava 
um carro. O fato é que se eu tivesse ignorado aque-
las placas, talvez hoje, os irmãos estariam dizendo 
assim: “estou com uma saudade do Pr. Márcio”. Mas 
eu observei a sinalização e fui obediente. 
Os mandamentos são proteção para a nossa 
vida e um dos mandamentos do Senhor é este: “Tra-
zei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja 
mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o 
Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do 
céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.” 
(Malaquias 3.10). É um mandamento, e mandamen-
to é para ser cumprido. E se é mandamento Deus 
não precisava dizer: “e provai-me nisto, diz o Senhor 
dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e 
não derramar sobre vós bênção sem medida.” Ele 
o fez por causa da dureza do coração do homem. 
Muitas vezes não alcançamos tudo que o Pai tem 
pra nós, por causa da dureza de nosso coração. João 
diz: “Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se 
guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu 
o conheço e não guarda os seus mandamentos é men-
tiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, 
31
que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem 
sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que 
bestamos nele” (1 João 2.3-5.)
Quando eu disse que o conhecimento de Deus 
muda tudo na nossa vida, é porque aquela pessoa 
que conhece o Senhor, no momento do culto em 
que trazemos as ofertas e os dízimos ao Senhor, 
elas vêm com alegria, com gozo. Porque os manda-
mentos do Senhor não são penosos para quem o 
conhece. E nós devemos entregar nossos dízimos 
sem precisar perguntar a Deus: “Ó Deus, quanto é 
que o Senhor quer que eu entregue?” Não! Os dízi-
mos nós sabemos, já pertencem a Ele, são dez por 
cento de tudo o que ganhamos. Com as ofertas é 
diferente, precisamos que o Espírito Santo nos fale. 
Mas os dízimos não. 
A oferta não é uma coisa que fazemos de qual-
quer maneira. É um ato de culto. Quando nós ex-
pressamos nosso amor a Deus através de nossas 
ofertas, selamos nossa própria prosperidade. Nos-
sas ofertas traduzem ações de graças, louvor, grati-
dão e adoração. 
Outro mandamento muito importante é a ce-
lebração da ceia. Todas as vezes que celebramos a 
ceia, nós proclamamos a morte do Senhor Jesus até 
que Ele venha. Mas a Palavra de Deus diz que antes 
da celebração nós devemos discernir o corpo, ou 
seja, eu preciso me ver como parte do Corpo, como 
32
parte da Igreja de Jesus. Por causa disso, nós pre-
cisamos viver essa realidade. Tudo que você tinha 
de fazer para ser salvo, Jesus Cristo já fez por você. 
Quem sabe um dia você começou andar com Jesus, 
mas se desviou, se afastou dos caminhos dele, ago-
ra, neste momento, é dia de você voltar.
“Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles 
disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. 
E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos 
dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, 
partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os 
seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter con-
sumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, 
e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e se 
agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o 
mandou para os seus campos a guardar porcos. Ali, 
desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos co-
miam; mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em 
si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão 
com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, 
e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra 
o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado 
teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E, 
levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, 
quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, cor-
rendo, o abraçou, e beijou. E o filho lhe disse: Pai, pe-
quei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser 
chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: 
33
Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um 
anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e 
matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, 
porque este meu filho estava morto e reviveu, estava 
perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.” 
(Lucas 15.11-24).
O moço saiu de casa porque ele não conhecia 
seu pai. A vida dele virou uma bagunça. Mas houve 
um tempo que lhe bateu aquela saudade do pai e 
ele voltou para casa. E quando ele voltou, ele dis-
se para o seu Pai: “Meu pai, eu não sou digno, eu 
não mereço ser seu filho. Deixe-me ficar aqui cui-
dando de porcos. Aqui, mas eu quero ficar junto do 
Senhor”. O pai não queria mais um empregado. Ele 
queria um filho. E esse filho voltou. Se você está na 
mesma condição desse filho, agora é o momento 
de sua reconciliação. Se você ainda não entregou 
a sua vida a Jesus, já ouviu tantas vezes o Evange-
lho, a Salvação vêm exatamente pela loucura da 
pregação. Uma pessoa pode ser salva, ter a vida 
transformada, mas só pelo fato dele abrir o coração 
e convidar Jesus para entrar, Ele entra, transforma, e 
o milagre acontece. 
Ore assim:
“Senhor Jesus, eu quero te conhecer. Mas exis-
tem tantas coisas que me atraem, mas eu li, aqui nes-
te livro, que o conhecimento do Senhor vai mudar a 
minha vida. Eu reconheço que preciso de ti e, nesta 
34
hora, eu abro o meu coração e te convido, ó Jesus, 
entra agora na minha vida, eu te recebo como meu 
Senhor e meu Salvador. Senhor Jesus, eu que andei 
em teus caminhos, mas me desviei, perdoa-me, eu 
quero voltar, eu quero te conhecer mais, por isso eu 
dou esse passo indo em tua direção. Amém”!
Deus abençoe,
Pr. Márcio Valadão
35
Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha
Gerência de Comunicação
Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão
CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG
www.lagoinha.com

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