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EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS POR MÃES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL Revisão Integrativa da Literatura (1)

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11
FAVENI
 
ORINETE DA SILVA CARDOSO
EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS POR MÃES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: Revisão Integrativa da Literatura
 BELÉM
2023
FAVENI
 ORINETE DA SILVA CARDOSO
 EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS POR MÃES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: Revisão Integrativa da Literatura
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em ENFERMAGEM EM UTI
 
 BELÉM
2023
EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS POR MÃES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Orinete da Silva Cardoso[footnoteRef:1] [1: Nete.cardoso@outlook.com] 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto no trabalho”.
RESUMO- A internação de um filho em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), é uma experiência desafiadora para as mães e suas famílias, uma vez que o ambiente é altamente moderno e tecnológico e separam os bebês fisicamente, psicologicamente e emocionalmente de seus pais, somando essas condições adicionam-se diversos problemas a serem enfrentados pelas famílias durante o período de internação. O presente trabalho tem por objetivo analisar através das literaturas científicas as experiências vivenciadas por mães em unidade de terapia intensiva. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, onde através das bases de dados, Lilacs, Scielo, Medline, BDENF e BVS. Espera-se encontrar nas bases de dados artigos com sentimentos enfrentados na UTI em tais quais serão os sentimentos de medo, insegurança, tristeza, culpa, esperança e se elas apresentam algum discernimento sobre a situação presente Também espera-se encontrar mães que tenham a concepção de que a internação em unidade de terapia intensiva é melhor para seu filho para que o mesmo se recupere mais rapidamente. Acredita-se que este trabalho será de grande importância para elaboração de novas pesquisas a comunidade acadêmica. 
PALAVRAS-CHAVE: Mães. Unidade de terapia intensiva. Neonatal
INTRODUÇÃO
O número de internações em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN) é cada vez maior. Em todo o mundo, segundo dados do Ministério da Saúde, nascem anualmente vinte milhões de crianças prematuras e com baixo peso; destas, um terço morre antes de completar um ano de vida devido complicações durante ou após parto. No Brasil, a primeira causa de mortalidade infantil são as afecções perinatais, mais comuns em crianças prematuras e de baixo peso (MONTEIRO; RIO, SHIMO, 2016) 
Durante o processo da gestação ocorrem inúmeras mudanças na vida da mulher, a primeira delas é deixar de ser somente filha e passar a assumir o papel materno o que implica suas fantasias de criança desde as brincadeiras com as bonecas e as idealizações do seu bebê. Para as meninas esse é um sonho que vem sendo construído desde a infância, e quando esse momento de fato acontece, deixa de ser apenas idealização e passa a se tornar real. É a partir do momento da descoberta da gravidez que a mulher passa a agir e pensar de forma diferente, visando em fazer o bem para o bebê que carrega no seu ventre (FERREIRA, 2015).
A internação de um filho em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), é uma experiência desafiadora para as mães e suas famílias, uma vez que o ambiente é altamente moderno e tecnológico e separam os bebês fisicamente, psicologicamente e emocionalmente de seus pais, somando essas condições adicionam-se diversos problemas a serem enfrentados pelas famílias durante o período de internação (VERONEZ et al., 2017).
Em UTIN, o recém-nascido passa por diversos procedimentos e intervenções, como aspiração, intubação, cateterismo, punção venosa, entre outros, que permeiam todo o tratamento durante sua internação. Assim, a mãe vivencia momentos de dor e de grandes conflitos, visto que, durante a gestação, provavelmente, imaginava que teria um bebê saudável. O nascimento de um bebê enfermo desfaz esse sonho e traz desapontamentos, sentimento de incapacidade, culpa e medo da perda (BALDISSARELLA; DELL’AGLIO, 2015).
Assim é importante a assistência aos pais e o favorecimento de sua participação nos cuidados prestados ao filho. Em unidades neonatais, é fundamental que os profissionais orientam sobre os cuidados inerentes ao tratamento, melhorando a qualidade da assistência prestada ao RN (MELO, 2016). 
O presente estudo foi motivado a partir de experiências pessoais e acadêmicas em que experimentamos situações que nos levaram a indagar sobre os sentimentos de mães que tinham o filho internado em uma UTIN, onde em determinadas situações nos despertou a curiosidade de saber o que as mesmas sentiam já que não podiam levar seu filho naquele momento para casa e ficavam por um período curto de tempo muitas vezes sem poder tocar ou participar dos cuidados como situações em que este está dormindo ou sendo submetido a algum procedimento, desta forma torna-se relevante averiguar o que as literaturas trazem relacionado ao sentimento de mães com filhos internados em unidade de terapia intensiva
Por meio de experiências pessoas em unidade de terapia intensiva neonatal, verificamos no semblante de mães que muitas ficavam com medo, estressadas, inseguras, dor, incerteza, pois não podiam carregar o filho devido ao quadro na qual se encontravam e nos despertou o interesse em saber o comportamento psicológico e sentimental destas mulheres. 
A metodologia adotada foi de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL) de caráter descritivo, haja vista se tratar de um método com finalidade de agrupar e sintetizar os resultados de pesquisas sobre um delimitado tema ou questão, de maneira sistemática e ordenada, o que contribui para o aprofundamento do conhecimento do tema investigado, além do mais é um dos métodos de pesquisa mais utilizado. 
O presente estudo objetivou analisar o que as literaturas cientificas dizem em relação as experiências vivenciadas por mães em unidade de terapia intensiva neonatal. Analisar o que a literatura aponta acerca da percepção das mães em questão do tempo em Unidade de Terapia Neonatal, e o ambiente em si, por fim, averiguar o que a literatura descreve em relação aos tipos de pesquisa por abordagem metodológica e principais resultados obtidos acerca da temática desenvolvida
DESENVOLVIMENTO 
2.1 O CONCEITO DE UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO NEONATAL 
O fato de haver a hospitalização do filho, pode representar para os pais e para a criança um período deveras angustiante e complicado, pois a relação e os cuidados iniciais que poderiam ocorrer entre eles de maneira natural são dificultados no ambiente da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) e pelos procedimentos que o bebê necessita durante a internação (CARTAXO et al., 2014).
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) apresenta um alto grau de eficácia para o tratamento mediante casos clínicos mais complexos. Envolvendo uma complexidade ainda maior, a UTI Neonatal se torna um grande desafio entre os profissionais da saúde, tendo em vista que acolhe uma nova vida que está correndo risco (LELIS et al., 2018).
Buscando compreender o significado da UTI Neonatal, é de fundamental importância conhecer a sua função e objetivo. Como qualquer Unidade de Terapia Intensiva, ela tem o intuito de monitorar com precisão as situações consideradas mais graves ou os pacientes com alguma descompensação orgânica(SILVA et al., 2018).
Mediante sua atenção aos recém-nascidos, a unidade almeja o tratamento de prematuros que apresentam alguma situação adversa ao nascer. Isso quer dizer que nem sempre os bebês estão doentes, muitas vezes, eles precisam de uma atenção maior da equipe médica para que possam crescer com qualidade, se tornando aptos a respirar, sugar e deglutir (ARRUDA, 2019).
A procura por essa autonomia ocorre em função do amadurecimento do bebê, onde seus reflexos orgânicos são apenas percebidos e desenvolvidos a partir da 34.ª semana de gestação. Quando há um parto prematuro, o recém-nascido ainda não conquistou todas essas habilidades e precisa de um tempo maior para poder aprendê-las, sem prejudicar a sua saúde (ARRUDA, 2019).
Visando a garantia de que tudo ocorra de uma forma menos preocupante, muitos são internados na UTI Neonatal e contam com o apoio de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos (SILVA et al., 2018).
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal configura-se, portanto, como um lócus de produção de saber e constitui-se em ambiente terapêutico apropriado para tratamento de recém-nascidos de risco, sendo considerada de alta complexidade (ARRUDA, 2019).
Elencando sua extrema importância, uma vez que efetua o bloqueio do desenvolvimento de qualquer doença que possa acometer o recém-nascido e, inclusive, colocá-lo em risco. As unidades intensivas se tornam essenciais a partir do momento em que almejam promover uma boa qualidade de vida para aquela criança, viabilizando uma ambientalização protetiva para que ela fortaleza as funções em desenvolvimento. Isso amplia seu potencial de crescimento saudável, bem como assegura a família de que está tudo bem com o novo membro (EZEQUIEL et al., 2019).
2.2 RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
O ambiente da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) ao mesmo tempo em que fornece tecnologias avançadas pode causar impacto às necessidades físicas e psicológicas destes recém-nascidos, sua família e para equipe que exerce seu trabalho. Neste local notamos que os ruídos são contínuos pelos alarmes de monitores, bombas de infusão e pela necessidade de luz sempre acesa, ocasionando a indiferença entre dia e noite, proporcionando estafa para todos os envolvidos neste processo de cuidado (OLIVEIRA et al., 2017). 
A UTI Neonatal é o local destinado ao tratamento de RN que nascem com algum problema de saúde necessitando de um cuidado intensivo. Para alguns a prematuridade é uma das causas de internação de RN que nascem em uma idade gestacional de 26 a 28 semanas, por exemplo, pesando de 750 a 1.000 gramas e que necessitam de um tempo de internação prolongado, para crescer e capacitar a sua respiração, tempo esperado para que possam ir para casa com os pais (LOPES, 2017). 
O neonato em UTIN está vulnerável e depende do ambiente para que consiga manter uma organização fisiológica e de comportamento ((KLEGER et al., 2019). Para os pais a internação pode ter tanto o significado de vida e segurança pela oferta dos mais avançados recursos que mantém o seu filho vivo, como pode também evocar sentimentos negativos como o medo e o desespero por visualizarem o sofrimento do filho e estarem impotentes a esta situação (OLIVEIRA; CRUZ, 2017).
Em função dos aparatos tecnológicos existentes nas UTIN e a grande quantidade de procedimentos aos quais os RN são submetidos, o ambiente é reconhecido como um dos mais estressantes, tanto pela ótica dos usuários como dos prestadores de serviços. Além do mais, o estresse que envolve a equipe de saúde, devido ao fator da presença constante da morte, propicia sentimento de sofrimento (COSTA et al., 2014).
O RN permanece num ambiente que, embora imprescindível pelo tipo de assistência prestada, é também hostil pela agressividade das técnicas e procedimentos invasivos aos quais são submetidos. Essas atividades exigem conhecimento, capacitação, responsabilidade, envolvimento e sensibilidades dos profissionais, para além dos aspectos biológicos e técnicos (KLEGER et al., 2019). 
Nesse cenário é comum deparar-se com situações em que a tecnologia impera sobre as relações interpessoais, trazendo impessoalidade, frieza e desvalorização do cuidado. Sendo assim, faz-se necessário conciliar o desenvolvimento técnico-científico das ações de enfermagem aos conceitos éticos e bióticos afim de subsidiar um cuidado que valorize a vida, com a finalidade de proteger, melhorar e preservar a integridade e dignidade humana (SILVA; ARAÚJO; TEIXEIRA, 2014). 
Estudos mostram que o ambiente da UTIN interfere na maturação e organização do sistema nervoso central do neonato. Assim como condutas terapêuticas, rotinas de procedimentos e ruídos com elevada pressão sonora, resultam em significativas mudanças nas respostas comportamentais e fisiológicas do RN, como o atraso no desenvolvimento cognitivo, emocional, físico, neurológico e sensitivo (BRASIL, 2017.
Quando o RN está internado na UTIN, ele recebe cuidados imediatos visando proporcionar a recuperação do seu estado clínico e à adaptação à vida extrauterina, na tentativa de minimizar a realização de procedimentos dolorosos ou invasivos como intubação, assim como diminuir episódios de manuseio. A manipulação do neonato está em torno de 50 a 134 vezes por dia, tanto para cuidados não-invasivos quanto invasivos e potencialmente dolorosos (MAIA et al., 2014).
O RN internado em uma UTIN está ainda mais exposto ao ambiente por sua necessidade de cuidados especiais. O principal componente estimulante, para o bebê, presente no ambiente físico da UTIN são a luminosidade, o ruído, os odores, os estímulos cinéticos (movimentação) e a dor (ROLIM et al., 2015).
2.3 MATERNIDADE E PATERNIDADE: O ENVOLVIMENTO DOS PAIS NO CUIDADO
Segundo Soares et al., (2014) a construção do papel materno é um processo cognitivo-afetivo complexo, originando na própria experiência da mãe enquanto filha e gradualmente é processado ao longo da gestação, resultando com a obtenção de uma identidade materna dentro do primeiro ano, o papel materno é aprendido, não é instintivo e é formado dentro de um contexto de normas sociais.
O tema paternidade ao longo dos anos não foi muito bem lembrado, porém em compensação sempre se dá ênfase ao binônimo mãe e filho, principalmente quando esses Rn’s estão internados em UTIN, tanto a maternidade quanto a paternidade estão cercados de mitos em relação mãe e filho e pai e filho (SOARES et al, 2014).
Os autores acima citados, ainda afirmam que a ligação é um processo fundamental que tem ação constituinte familiar, ou seja para a mãe sentir-se envolvida afetivamente com seu bebê, ela necessita assumir a função materna, que também é chamado de maternagem, já o pai da mesma forma que a mãe porém o mesmo permiti fornecer sustentação necessária para amparar a mãe (ROLIM et al., 2017).
2.4 PROCESSO CUIDATIVO DO ENFERMEIRO AO RECÉM-NASCIDO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Considera-se que os meses mais cruciais da vida de uma criança são os nove meses antecedentes e o primeiro mês após o nascimento. Nesse aspecto, ao nascer ocorrem intensas modificações no recém-nascido e no primeiro dia de vida ele pode apresentar problemas devidos à incerteza de sua vitalidade neste período e aos possíveis efeitos destes no seu desenvolvimento futuro (DAMIAN et al., 2016)
Nos dias atuais a assistência ao recém-nascido prematuro vem sendo enfatizada com maiores cuidados no que tange aos mesmos. Todavia considera-se que as intervenções de enfermagem devam ser direcionadas para ajudar na transição da vida intra-uterina para a extra-uterina, mostrando assim, que esta deve atender não só as necessidades biológicas do neonato prematuro, como também as emocionais (DAMIAN et al., 2016).
Nesse contexto, há a necessidade do profissional da enfermagem que seja comprometido e capacitado, conciliando a competência, agilidade e destreza técnica com sensibilidade para perceber as necessidades individuais de cada neonato e de sua família (LIMA et al., 2015).
O enfermeirotambém deve firmemente realizar avaliações rigorosas e progressivas em relação ao plano de cuidado do neonato que esteja aplicando ao bebê prematuro, para verificar se está sendo eficaz. Além disso, esses profissionais da saúde cuidam não somente do bebê prematuro, mas também dos pais que ali estão à espera de seu filho, para que esses diminuam sua ansiedade e insegurança em relação ao estado do bebê (TOSTES et al., 2016).
Na assistência ao recém-nascido de alto risco o enfermeiro é um membro indispensável da equipe multiprofissional. Entretanto, assim como os demais componentes desta equipe, ele necessita de muito preparo e experiência para dispensar a assistência de enfermagem ideal que cada recém-nascido requer. Precisam adquirir conhecimentos sobre obstetrícia e neonatologia. para que possam avaliar a relevância e o significado dos fatores maternos e, ao mesmo tempo, compreender os efeitos destes a curto e longo prazo nos recém-nascidos, a exemplo, doenças e desvios da normalidade (COSTA et al., 2014).
A equipe na UTIN, em especial os enfermeiros, lida com situações emocionais difíceis, e ao mesmo tempo também deve resolver intercorrências que requerem, ao mesmo tempo, habilidade técnica, Vivência de enfermeiros da atenção básica, conhecimentos específicos e atualizados, agilidade e sensibilidade. Essa grande quantidade de tarefas de tão diferentes patamares pode levar esses trabalhadores ao estresse físico e mental, ocasionando uma sobrecarga emocional e física que pode influenciar negativamente na qualidade do seu trabalho (SOUSA et al., 2017).
3. CONCLUSÃO
Esta revisão integrativa teve como objetivo analisar o que as literaturas cientificas dizem em relação as experiências vivenciadas por mães em unidade de terapia intensiva neonatal. E ainda, analisar o que a literatura aponta acerca da percepção das mães em questão do tempo em Unidade de Terapia Neonatal, e o ambiente em si, por fim averiguar o que a literatura descreve em relação aos tipos de pesquisa por abordagem metodológica e principais resultados obtidos acerca da temática desenvolvida.
Ao receberem o apoio e o cuidado da família, as mães, principalmente por meio da presença de sua mãe e do pai do bebê, tendem a conseguir enfrentar a situação de forma mais benéfica e segura, de forma mais confiante e tranquila. Sendo assim, há necessidade de uma maior aceitação e acolhimento das famílias dentro das UTIs, não como resultado da imposição de leis, mas sim, como uma necessidade sentida e interpretada pela equipe de saúde.
No que concerne a percepção ao ambiente, relatam que é necessário melhorar o ambiente físico, oferecendo mais conforto para as mães, para que as mesmas possam dormir melhor, se alimentar, realizar a higiene pessoal, além de momentos de descontração, que poderia ser ofertado através de espaços como sala de estar, com disponibilidade de materiais para leitura, desenhos, trabalhos manuais, filmes. Além disso, é imprescindível que todos os hospitais, sejam eles públicos ou privados, disponibilizem às mães e suas famílias o serviço de psicologia hospitalar. Entre as participantes deste estudo, apenas três mães puderam contar com esse atendimento especializado.
Constatou-se que o apoio às mães também acontece à distância, por meio das redes sociais, por isso sugere-se que as Unidades de Terapia Intensivas possam disponibilizar Wifi grátis para as mães e familiares acompanhantes, colaborando para a aproximação delas com pessoas que não são autorizadas a entrar na UTI, como amigos e parentes. A rede social pode possibilitar mais comunicação delas com pessoas que funcionam como referências afetivas e que não moram na mesma cidade, proporcionando a possibilidade de acompanharem o estado de saúde do bebê e confortarem a mãe durante o período de internação do bebê.
Assim torna-se imprescindível uma equipe de saúde comprometida, sensível e preparada, que esteja sempre disposta a refletir sobre sua prática e consiga não apenas direcionar o seu cuidado ao bebê, mas, também às mães e suas famílias.
REFERÊNCIAS
ARRUDA, C.P et al. Reações e sentimentos da família frente à internação do recém-nascido na unidade neonatal. REAS/EJCH , v.11, n.15, p.1-9, 2019.
CARTAXO, L.S.I.; TORQUATO, J.A.; AGRA, G.; FERNANDES, M.A.; PLATEL, I.C.S.; FREIRE, M.E.M. Vivência de mães na unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Enferm UERJ. v.22, n.4, p.551-7, 2014.
COSTA, A.L.R.R.; ARAÚJO JÚNIOR, E, LIMA, J.W.O.; COSTA, F.S. Fatores de risco materno associados à necessidade de unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Bras Ginecol Obstet. v.36, n.1, p.29-34, 2014.
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EZEQUIEL, N.P et al. Vivências da família do neonato internado em unidade de terapia intensiva. Revista enfermagem atual in derme, v.88, n.27, p. 1-9, 2019.
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