Buscar

Desafios de Crises convulsivas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Imagine que você foi a uma festa de comemoração dos 50 anos de casamento de
seus avós. Lá estão reunidos todos seus parentes e alguns amigos da família. Dentre
os amigos do casal de idosos está Ricardo, um colega do grupo de dança, de 62
anos.
O idoso está conversando com algumas pessoas quando elas percebem que Ricardo
está se comportando de forma diferente. Veja quais são os sintomas de Ricardo:
Frente a essa situação, responda as seguintes questões:
1 - Quais são os tipos de crises convulsivas que você pode identificar no caso do
Ricardo? Como você poderia definir cada uma delas?
2 - É normal que Ricardo tenha apresentado mais de um tipo de crise convulsiva em
um curto espaço de tempo. Como podemos chamar esse fenômeno?
3 - Como você prestaria os primeiros socorros a Ricardo?
1 - No caso de Ricardo, é possível identificar os seguintes tipos de crises convulsivas:
- Crise convulsiva parcial (também chamada de crise convulsiva parcial simples): tipo de
crise que ocorre quando impulsos elétricos anômalos ficam restritos somente a uma região
do cérebro, sem alteração do nível de consciência do paciente. Apresenta sintomas sutis e
estão relacionados à região do cérebro afetada, como no caso acima, movimentos
involuntários do braço esquerdo, fala arrastada e enrolada, além de tontura.
- Crise de ausência: pode ser chamada também de pequeno mal. Nesse tipo de crise, o
paciente perde a consciência e o contato com o mundo externo, ficando parado e com o
olhar fixo. Podem ocorrer alguns automatismos como piscar os olhos repetidamente da
mesma maneira que ocorre na crise parcial complexa. A crise de ausência é mais curta,
durando, em média, 20 segundos.
- Crise convulsiva generalizada: chamada também de grande mal, ocorre quando ambos os
hemisférios cerebrais são afetados por descargas elétricas desordenadas. Sua
característica mais marcante é a crise chamada tônico-clônica, sendo um quadro bastante
assustador, pois o paciente subitamente apresenta rigidez dos músculos e imediatamente
cai inconsciente. No chão, segue com movimentos rítmicos e rápidos dos membros
superiores e inferiores. É comum ocorrer perda do controle dos esfíncteres fecais e
urinários, gerando uma situação bastante constrangedora. É também comum o paciente
apresentar salivação excessiva e mordedura da própria língua, causando um espumamento
avermelhado que sai por sua boca.
2 - É normal acontecerem crises parciais e de ausência antecedendo crises generalizadas.
Pacientes podem começar com uma crise parcial simples, evoluindo para uma crise parcial
complexa, terminando com uma crise generalizada. Muitas pessoas chamam essa
sensação de aura.
3 - Lembre-se de que crises generalizadas podem ser precedidas por crises parciais. Com
isso, se o paciente estiver em pé ou sentado, o ideal é deitá-lo para, com isso, evitar quedas
e traumatismos decorrentes dela. Como Ricardo já está no chão, os procedimentos
adequados são:
- Retirar os óculos do rosto da vítima (se ela estiver usando-os).
- Afastar curiosos e pessoas que não poderão ajudar.
- Não dar tapas no rosto da vítima ou jogar água para tentar fazer com que ela retorne da
crise mais rapidamente.
- Afastar objetos que possam servir de obstáculos que irão machucar a vítima.
- Se o paciente apresentar uma crise tônico-clônica não tente imobilizar seus membros,
deixe que a vítima se debata buscando apenas proteger sua cabeça com uma almofada ou
com algum outro objeto macio, como um casaco dobrado.
- Afrouxar suas roupas e deixar a vítima se debater livremente.
- Se o paciente se sufocar com a própria língua, nunca, de maneira alguma, coloque os
dedos dentro da sua boca na tentativa de ajudá-lo. Pacientes em crise podem contrair a
mandíbula com tamanha força que pode amputar seus dedos com uma violenta mordida.
Por isso, faça apenas a simples lateralização da cabeça para qualquer lado, assim a língua
cairá sozinha e o paciente terá as vias aéreas desobstruídas.
- Nunca tente colocar objetos, como colher, dentro da boca da pessoas para segurar sua
língua. Essa tentativa coloca sua integridade em risco, além de facilitar que o paciente
machuque sua boca ou quebre seus dentes.
- O ato de lateralização da cabeça também impedirá que o paciente se afogue com a
própria saliva.
- Se a crise durar mais do que cinco minutos, chame ajuda médica.
- Ao terminar a crise, é comum que o paciente permaneça desacordado por algum tempo.
Com isso, deite-o confortavelmente de lado e o deixe descansar.
- Nunca ofereça nada de beber ou de comer logo após a crise. O paciente pode não
conseguir engolir direito, ficando mais propenso ao risco de aspiração de alimentos ou
líquidos para o pulmão.
- Evite comentários sobre o atendimento de uma convulsão tanto durante quanto após o
socorro, pois a pessoa já se encontra desconfortável o suficiente com a ocorrência da crise.
- Permaneça junto à vítima até que ela se recupere totalmente. Devemos nos apresentar
para a vítima, demonstrando atenção e cuidado com o caso, além de informá-la sobre onde
ela está e com quem ela está, proporcionando segurança e tranquilidade. Pode ser muito
útil saber se a pessoa é portadora de epilepsia e se está em dia com suas medicações.
- Após a crise, podemos fazer uma inspeção geral no estado da vítima, a fim de verificar se
ela está ferida ou sangrando. Se apresentar alguma lesão, ela deve ser encaminhada para
atendimento médico.

Continue navegando