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Conjuntivites

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Lourdes Laryssa Melo da Costa Lôbo – Turma 09 
UPE Garanhuns – Oftalmologia 
1 
 
 A conjuntiva é uma membrana mucosa transparen-
te que recobre a superfície interna das pálpebras e 
a superfície anterior do globo 
 Tem um papel protetor-chave, mediando tanto a 
imunidade passiva como a ativa. 
 Conjuntivite aguda: 7-14 dias 
 Conjuntivite crônica 
 Bacteriana, viral, alérgica, atópica (sazonal), lenho-
sa (fibrose da conjuntiva). 
 Para examinar o paciente requer o uso de luvas; a 
fluoresceína busca se há associação com outras le-
sões (Úlcera de córnea?). 
Sintomas 
 Inespecíficos: Lacrimejamento, sensação de areia, 
ardor e queimação; 
 Prurido é a marca característica da doença alérgica 
 Dor significativa, fotofobia ou sensação pronuncia-
da de corpo estranho sugerem envolvimento da 
córnea. 
Secreção
 Aquosa: exsudato seroso e lágrimas; conjuntivite 
viral aguda ou alérgica. 
 Mucosa: típica da conjuntivite alérgica crônica e 
olho seco. 
 Mucopurulenta: infecção bacteriana aguda ou por 
Chlamydia. 
 Moderadamente purulenta: conjuntivite bacteria-
na aguda. 
 Gravemente purulenta: sugestiva de infecção go-
nocócica. 
Reação conjuntival
 Hiperemia: difusa, vermelha “como carne” e mais 
intensa fora do limbo; usual na infecção bacteria-
na; injeção conjuntival. 
 Hemorragias: conjuntivite viral (múltiplas, peque-
nas e discretas, “tipo petéquia”); conjuntivite bac-
teriana grave (maiores e difusas). 
 Quemose aguda (edema da conjuntiva): geralmen-
te indica uma resposta de hipersensibilidade; tam-
bém pode ocorrer na conjuntivite infecciosa grave. 
 Pseudomembranas: exsudato coagulado aderente 
ao epitélio conjuntival inflamado. Podem ser “des-
cascadas”, deixando o epitélio subjacente intacto; 
conjuntivite grave por adenovírus, gonococos e ou-
tras bactérias (Streptococcus spp., Corynebacte-
rium diphtheriae), conjuntivite lenhosa e síndrome 
de Stevens-Johnson. 
 Infiltração: recrutamento celular ao local da infla-
mação crônica e normalmente acompanha uma 
resposta papilar; perda de detalhe dos vasos tar-
sais normais da conjuntiva, em especial na pálpe-
bra superior. 
 Cicatrização conjuntival: perda de células calici-
formes e glândulas lacrimais acessórias e pode le-
var a entrópio cicatricial; tracoma e em outras con-
juntivites graves. 
 
 Folículos: lesões múltiplas, discretas, levemente 
elevadas, semelhantes a grãos de arroz translucen-
tes, mais proeminentes nos fórnices. Os vasos san-
guíneos passam ao redor ou sobre as lesões, e não 
dentro delas; conjuntivite viral e por Chlamydia, 
síndrome oculoglandular de Parinaud e hipersensi-
bilidade a medicamentos tópicos. 
 Papilas: apenas na conjuntiva palpebral e na con-
juntiva bulbar do limbo; desenvolvem-se com in-
flamação prolongada; conjuntivite bacteriana, con-
juntivite alérgica, blefarite crônica, uso de lentes 
de contato, ceratoconjuntivite límbica superior e 
síndrome da pálpebra frouxa. 
 
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Lourdes Laryssa Melo da Costa Lôbo – Turma 09 
UPE Garanhuns – Oftalmologia 
2 
 
Linfadenopatia
 Mais comum na infecção viral. 
 Pode ocorrer também na conjuntivite bacteriana 
grave (especialmente a gonocócica) e por Chlamy-
dia e na síndrome oculoglandular de Parinaud. 
Normalmente, a localização pré-auricular é a afe-
tada. 
 Comum e geralmente autolimitada. 
 Contato com secreções infectadas. 
 Agentes: Streptococcus pneumoniae, Staphylococ-
cus aureus, Chlamydia trachomatis, Neisseria go-
norrhoeae. 
 Sintomas: hiperemia conjuntival, edema palpebral, 
secreção purulenta ou mucopurulenta, “olho cola-
do”, membrana. Geralmente unilateral. 
 Pode ocorrer ulceração da córnea periférica na 
infecção gonocócica, rapidamente podendo pro-
gredir para perfuração. Geralmente, não há linfa-
denopatia, exceto na infecção gonocócica grave. 
Melting (do inglês, derretimento), Hipópio (acúmu-
lo de leucócitos). 
 Conjuntivite gonocócica: a criança adquire no canal 
de parto, é bastante grave e de rápida evolução. 
Intervenção precoce, colírios fortificados (ceftria-
xona?), sugerindo-se o tratamento hospitalar. 
 Tratamento: 
o Higiene ocular 
o Quinolona 4ª geração 
o Aminoglicosídeos: Tobramicina e Neomicina 
o Clorafenicol (em desuso) 
o Corticoides (especialista) 
o Geralmente, a infecção gonocócica é tratada com 
uma cefalosporina de 3ª geração, como ceftria-
xona; quinolonas e alguns macrolídeos são alter-
nativas. 
 Observar possíveis complicações: ulceração de 
córnea, perfuração e celulite orbitária (cefalospo-
rinas de 1ª e 3ª gerações, quinolonas, aminoglico-
sídeos, AINEs). 
 
 Infecção ocular externa comum e altamente con-
tagiosa. 
 Principais agentes: Adenovírus e Enterovírus. 
 Transmissão por contato com secreções respirató-
rias ou oculares, ou por meio de veículos como 
toalhas contaminadas. 
 Geralmente é bilateral. Pode haver infecção bacte-
riana concomitante. 
 Sintomas: 
o Hiperemia, sensação de CE, secreção mucosa, la-
crimejamento, nubécula (lesões em nuvem com 
infiltrado intersticial). 
o Edema da pálpebra varia de mínimo a grave. 
o Linfadenopatia é comum: pré-auricular e doloro-
as. 
o Hiperemia e folículos conjuntivais são normal-
mente proeminentes; podem também ser vistas 
papilas, em particular na conjuntiva tarsal supe-
rior. 
o Inflamação grave pode associar-se às hemorragi-
as conjuntivais (geralmente petéquias), quemose, 
membranas (raras) e às pseudomembranas, por 
vezes com formação de cicatriz conjuntival após a 
resolução. 
o Ceratite 
o Uveíte anterior leve. 
 Tratamento: 
o Lubrificantes, reepitelizantes. 
o Isolar ambiente e paciente. 
o Antivirais? Antibacterianos? 
o Corticoides (especialista): deve ser usado na vi-
gência de nubéculas (se muita inflamação ocular 
→ usar corticóide sistêmico). 
o Pseudomembrana – retirar. 
 
 
REFERÊNCIAS 
BOWLING, B. Kanski: oftalmologia clínica: uma abordagem 
sistemática. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 
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