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A redemocratização

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No final dos anos 1970 a Ditadura Militar 
Brasileira dava sinais de esgotamento. A crise 
econômica que assolava o mundo depois de 1973 
(Crise do Petróleo) impossibilitava o “Milagre 
Brasileiro” de continuar. A pressão popular por 
democracia somava-se aos problemas econômicos 
e levava os militares a iniciar a abertura “lenta, 
gradual e segura” desde o governo Geisel.
Em 1979 a Lei da Anistia perdoou os inimigos da 
Ditadura e permitiu que muitos intelectuais e artistas 
voltassem de seus exílios no exterior. No início dos 
anos 80, o pluripartidarismo e as eleições diretas 
em estados e capitais voltava. Havia o desmanche 
gradual de todo o aparelho de censura e repressão 
da ditadura.
Mesmo com a derrotada da Emenda Dante de 
Oliveira (1984), proposta de emenda nascida do 
movimento Diretas Já em 1984, o regime militar 
chegaria ao fim na última eleição indireta de nosso 
país em 1985, quando Tancredo Neves e José Sarney 
venceram o pleito para presidência.
Iniciava o período da Redemocratização, que 
teria que conviver com a herança militar do endi-
vidamento e a inflação. Desde então, constrói-se 
mais um capítulo da história do Brasil.
Campanha Diretas Já, 1984. 
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-01-24/maior-mov-
imento-popular-da-historia-do-brasil-diretas-ja-completa-30-anos.html
A partir da eleição, ainda indireta, de Tancredo 
Neves para presidente do Brasil, os militares final-
mente se afastavam do poder. O país entrava em 
um período de redemocratização, mas com uma 
enorme herança do regime ditatorial que havia se 
seguido, havia a grande disparidade social e uma 
imensa dívida externa que nos assombra até hoje. 
A economia brasileira era marcada pela superin-
flação. Ainda, na esfera política, houve a doença do 
presidente, que não chegou a assumir, falecendo, 
e cedendo lugar a seu vice, José Sarney, primeiro 
presidente deste novo período, mas que já tinha 
sido um dos grandes nomes dentro da ARENA.
Nesta fase da história do Brasil, vemos nosso 
país a procura da democracia, do ajuste econômico 
e social, ainda vamos ver o Brasil se inserindo no 
processo de globalização e adotando a política 
neoliberal.
GOVERNO SARNEY (1985-89)
O governo de José Sarney foi marcado pela 
busca de métodos para o combate à inflação, prin-
cipalmente com o lançamento do plano cruzado, do 
ministro Dílson Funaro.
P L A N O C RU Z A D O ( 1 9 8 6 )
— Combate à inflação;
— Congelamento de preços por um ano;
— Reajuste salarial e abono;
— “Gatilho salarial”
— Consequências do plano: ágio, desabastecimento.
REDEMOCRATIZAÇÃO
DO BRASIL
N OVO S P L A N O S E C O N Ô M I C O S
1986 | Plano Cruzado II: descongelamento de 
preços e inflação;
1987 | Plano Bresser: congelamento de preços e 
salários por 90 dias;
1989 | Plano Verão: devido à expectativa de novo 
congelamento, os empresários promoviam um 
aumento de preços, desencadeando o crescimento 
da inflação, que chegou a 1764% no último anos do 
governo Sarney.
M O R ATÓ R I A
Em 1987, devido aos problemas econômicos, o 
Brasil acabou por declarar a “Moratória Técnica” 
(impossibilidade de pagar os juros da dívida 
externa).
C O N S T I T U I Ç ÃO D E 1 9 8 8
Um dos pontos positivos do governo Sarney foi 
a promulgação da nova constituição brasileira, que 
colocou (pelo menos em teoria) o nosso país como 
um dos mais democráticos do mundo.
CARACTERÍSTICAS:
— democracia liberal, com separação dos 03 poderes 
e eleição direta dos principais cargos;
— possibilidade de 2º turno nas eleições para cargo 
de presidente, governador e municípios com mais 
de 200.000 eleitores;
— voto obrigatório entre 18 e 70 anos, facultativo 
a analfabetos e jovens dos 16 aos 18 anos;
— liberdade sindical e garantia do direito de greve;
— nacionalismo econômico, com reserva de deter-
minadas atividades ao Estado;
— intervenção do Estado na economia;
— direitos trabalhistas e assistência social para 
população;
— descentralização administrativa e financeira;
— racismo considerado crime inafiançável;
— previa plebiscito para 05 anos após promulgação 
da constituição para definir forma de governo: 
presidencialismo, parlamentarismo ou monarquia.
GOVERNO COLLOR (1990-92)
Collor surgiu nas eleições de 1989 como um 
fenômeno. Praticamente desconhecido, concor-
rendo por um partido criado às pressas para sua 
candidatura (o PRN), era o candidato ideal que 
os setores conservadores queriam para evitar a 
ascensão da esquerda (diga-se: Lula) ao poder. 
Com um discurso bastante populista, Collor 
conseguia a simpatia da população. Ele se dizia “o 
caçador de marajás”, o representante dos “descam-
isados”, fazia Cooper, andava de jet-ski, era jovem, 
boa-pinta. Mas não é só isso: recebeu o apoio 
descarado de alguns setores da mídia.
Collor derrotou 
Lula nas primeiras 
eleições diretas 
para presidente 
que o Brasil teria 
desde a ditadura. 
Vejamos o que fez 
Collor...
Imagem:
Collor e Roseane
E C O N O M I A – P L A N O C O L LO R ( 1 9 9 0 )
— Reintroduzia o Cruzeiro e congelava os preços. 
Para evitar o desabastecimento confiscou todas 
as poupanças e contas correntes acima de 50 mil 
cruzeiros, por um prazo de 18 meses.
— Corte nos gastos públicos, com demissão de 
funcionários do governo e aumento de impostos;
— Anúncio de privatizações e diminuição dos 
impostos de importação.
Com isso, o plano pretendia tornar a economia 
brasileira mais eficiente, com um Estado mais “enxuto” 
e um setor privado voltado para a adequação à 
concorrência com produtos estrangeiros. Pretendia 
também a entrada de grande volume de merca-
dorias importadas a preços baixos, uma vez que 
seus impostos haviam sofrido cortes, para, assim, 
favorecer a queda da inflação.
Nos primeiros meses, o plano obteve a queda da 
inflação e a contenção do consumo; logo em seguida, 
no entanto, o país mergulhou em profunda recessão. 
O nível de atividade industrial despencou com a 
concorrência estrangeira, só agravando o quadro 
social. As demissões se multiplicaram num nível 
alarmante, tendência mantida nos anos seguintes.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo.
História para o Ensino Médio. Scipione, 2001.
P L A N O C O L LO R I I ( 1 9 9 1 )
Nova tentativa de conter inflação, com conge-
lamento de preços e salários e aumento das taxas 
de juros.
I M P E AC H M E N T
Em 1991 foram feitas denúncias de que Paulo 
César Farias, o PC, amigo pessoal de Collor e 
tesoureiro de sua campanha, estaria pressionando 
dirigentes de estatais para realização de negócios 
favoráveis a grupos particulares. 
Em 1992, Pedro Collor, irmão do presidente, 
denunciava que Fernando Collor era beneficiário 
de transações financeiras obscuras, levando o 
Congresso Nacional a instalação de uma Comissão 
Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o funcio-
namento do chamado ”Esquema PC”.
Descobriu-se que homens de negócio forne-
ciam dinheiro para Collor e alguns parlamentares 
em troca de favores governamentais. 
O “caçador de marajás” era na verdade um 
“caçador de si mesmo”. A descoberta do Esquema 
PC levou milhares de pessoas às ruas em protesto 
contra o presidente. Collor renunciaria antes de 
ser afastado. Em seu lugar assumiria seu vice-pres-
idente, o mineiro Itamar Franco.
GOVERNO ITAMAR FRANCO (1992-94)
Assumiu o poder após Collor, seu vice, Itamar 
Franco. No seu governo ocorreu um período de 
tranquilidade política 
com economia dando 
sinais de melhora, 
voltando a crescer 
chegando a atingir, em 
1994, a taxa de 5%.
Porém, o grande 
destaque do Governo 
Itamar Franco ficou 
por conta do novo 
plano econômico, 
o P l a n o R e a l , d o 
ministro Fernando 
Henrique Cardoso.
O P L A N O R E A L
— Contenção da inflação sem congelamento de 
preços ou confiscos;
— Criação da URV (Unidade Real de Valor) como 
moeda referência para o futuro Real;
— Real: equivalência com o Dólar (1x1);
— Abertura econômica.
GOVERNO FHC (1994-2002)
FHC obteve êxito em seu plano de combate à 
inflação e isso auxiliou suavitória eleitoral em 1º 
turno contra Lula e outros candidatos.
A grande marca do governo FHC foi a 
adesão ao Neoliberalismo, observe os principais 
acontecimentos:
— Privatizações: Companhia Siderúrgica Nacional, 
Companhia Vale do Rio Doce, Telefonia;
— Fim do monopólio da Petrobrás sobre a extração 
e o refinamento de petróleo no Brasil;
— Abertura econômica – Globalização;
— Falência de empresas brasileiras;
— Aumento do desemprego;
— Mercosul inicia em 1995 – União Aduaneira 
entre Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina;
— 1997: Emenda constitucional permite reeleição;
— Segundo Mandato: vitória em 1º turno;
— 1999: Itamar Franco (governador de MG) decreta 
moratória de MG por 90 dias. Consequência: fuga de 
capitais do país, queda na bolsa de valores, desval-
orização do real;
— Questão fundiária MST x Governo;
— Economia “recomendações” do FMI.
GOVERNO LULA (2003-2010)
Em 2002, foi eleito Luís Inácio Lula da Silva, líder 
histórico da oposição e um dos fundadores de seu 
partido (PT). Lula chegou ao poder representando 
um anseio por mudanças, por reformas sociais. O 
ex-operário subiu ao poder com propostas alterna-
tivas ao Neoliberalismo. Apesar de sua proposta, 
o novo governo seguiu a cartilha do FMI, promov-
endo reformas questionáveis como as reformas da 
previdência e tributária.
Do ponto de vista da política externa, o governo 
Lula demonstrou forte liderança em seu bloco 
regional, o Mercosul, e apontou para a liderança 
entre os países em desenvolvimento.
P R I N C I PA I S D E S TAQ U E S
— Aproximação com os países em desenvolvimento 
(China, África do Sul, México, Índia, etc.);
— Fortalecimento do MERCOSUL e não adesão 
à proposta da ALCA (Área de Livre Comércio das 
Américas);
— Programas sociais: Bolsa Escola, Bolsa Família, 
Fome Zero;
— Contexto de crescimento da classe média e 
diminuição dos brasileiros abaixo da linha da miséria;
— PAC – programa de aceleração do crescimento;
— Brasil = liderança da América Latina e um dos 
líderes do G20 (grupo de “oposição” ao G8);
— Investimentos em Universidades Federais, com 
a expansão dos campi e criação do Pro-UNI.
— Escândalos de Corrupção, com destaque para 
o “Mensalão” (julgado em 2013);
— Grande aprovação popular, encerrando o mandato 
com aprovação de 83%.
GOVERNO DILMA ROUSSEFF (2011-16)
Aparece como sucessora do Presidente Lula, 
depois de ser Ministra da Casa Civil do ex-presi-
dente. Assume dando continuidade ao projeto de 
governo do PT, com a manutenção do Bolsa-família, 
dos investimentos em áreas públicas, prosseguim-
ento do PAC (em sua segunda fase, o PAC 2).
D E S TAQ U E S
— Dilma tornou-se a primeira mulher a discursar na 
abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas 
(ONU), em 2012;
— Corte de impostos sobre os produtos da cesta 
básica;
— Cortes no IPI (imposto sobre produção indus-
trial) para incentivar a produção e consumo;
— Redução da tarifa de energia elétrica;
— Sofreu impeachment – pedaladas fiscais.
MICHEL TEMER (2016-)
Desde o Impeachment de Dilma, seu vice-pres-
idente Michel Temer assumiu a função presiden-
cial. Existe um grande debate sobre o afastamento 
de Dilma, com o antagonismo de opiniões girando 
em torno de Impeachment vs. Golpe.
De qualquer modo, Temer tem levado adiante 
medidas de austeridade, como a flexibilização das 
leis trabalhistas, a lei da terceirização, o congela-
mento de investimentos em educação e saúde por 
20 anos e tenta aprovar a Reforma da Previdência.
1. (ENEM 2015) Não nos resta a menor dúvida de 
que a principal contribuição dos diferentes tipos de 
movimentos sociais brasileiros nos últimos vinte 
anos foi no plano da reconstrução do processo de 
democratização do país. E não se trata apenas da 
reconstrução do regime político, da retomada da 
democracia e do fim do Regime Militar. Trata-se da 
reconstrução ou construção de novos rumos para 
a cultura do país, do preenchimento de vazios na 
condução da luta pela redemocratização, constitu-
indo-se como agentes interlocutores que dialogam 
diretamente com a população e com o Estado.
GOHN, M. G. M. Os sem-terras, ONGs e cidadania.
São Paulo: Cortez, 2003 (adaptado).
No processo da redemocratização brasileira, os 
novos movimentos sociais contribuíram para
a) diminuir a legitimidade dos novos partidos 
políticos então criados.
b) tornar a democracia um valor social que ultra-
passa os momentos eleitorais.
c) difundir a democracia representativa como obje-
tivo fundamental da luta política.
d) ampliar as disputas pela hegemonia das enti-
dades de trabalhadores com os sindicatos.
e) fragmentar as lutas políticas dos diversos atores 
sociais frente ao Estado.
2. (ENEM 2014)
 
A discussão levantada na charge, publicada logo 
após a promulgação da Constituição de 1988, faz 
referência ao seguinte conjunto de direitos:
a) Civis, como o direito à vida, à liberdade de 
expressão e à propriedade.
b) Sociais, como direito à educação, ao trabalho e 
à proteção à maternidade e à infância.
c) Difusos, como direito à paz, ao desenvolvimento 
sustentável e ao meio ambiente saudável.
d) Coletivos, como direito à organização sindical, 
à participação partidária e à expressão religiosa.
e) Políticos, como o direito de votar e ser votado, 
à soberania popular e à participação democrática.
EXERCÍCIOS 
REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL
3. (ENEM 2011)
A análise da tabela permite identificar um inter-
valo de
a) 1940-1950 – direito de voto para os ex-escravos.
b) 1950-1960 – fim do voto secreto.
c) 1960-1970 – direito de voto para as mulheres.
d) 1970-1980 – fim do voto obrigatório.
e) 1980-1996 – direito de voto para os analfabetos.
4. (ENEM 2016) Batizado por Tancredo Neves de 
“Nova República”, o período que marca o reen-
contro do Brasil com os governos civis e a democ-
racia ainda não completou seu quinto ano e já viveu 
dias de grande comoção. Começou com a tragédia 
de Tancredo, seguiu pela euforia do Plano Cruzado, 
conheceu as depressões da inflação e das ameaças 
da hiperinflação e desembocou na movimentação 
que antecede as primeiras eleições diretas para 
presidente em 29 anos. O álbum dos presidentes: a 
história vista pelo JB. Jornal do Brasil, 15 nov.1989. 
O período descrito apresenta continuidades e 
rupturas em relação à conjuntura história anterior. 
Uma dessas continuidades consistiu na 
a) Representação do legislativo como a fórmula 
do bipartidarismo.
b) Detenção de lideranças populares por crimes 
de subversão.
c) Presença de políticos com trajetórias no regime 
autoritário. 
d) Prorrogação das restrições advindas dos atos 
institucionais. 
e) Estabilidade da economia com o congelamento 
anual de preços
5. (ENEM 2011)
Movimento dos Caras-Pintadas
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010 
(adaptado). (Foto: Reprodução/Enem)
O movimento representado na imagem, do início 
dos anos de 1990, arrebatou milhares de jovens 
no Brasil.
Nesse contexto, a juventude, movida por um forte 
sentimento cívico,
a) aliou-se aos partidos de oposição e organizou a 
campanha Diretas Já.
b) manifestou-se contra a corrupção e pressionou 
pela aprovação da Lei da Ficha Limpa.
c) engajou-se nos protestos relâmpago e utilizou 
a internet para agendar suas manifestações.
d) espelhou-se no movimento estudantil de 1968 
e protagonizou ações revolucionárias armadas.
e) tornou-se porta-voz da sociedade e influen-
ciou no processo de impeachment do então pres-
idente Collor.
6. (UFJF) Leia o texto abaixo e, em seguida, responda 
o que se pede:
“Na cidade do Rock em Jacarepaguá 200 mil jovens 
se comprimiam enquanto acontecia a apresentação 
do grupo Barão Vermelho na noite de terça-feira, 
15 de janeiro de 1985. Muitos estavam vestidos 
de verde e amarelo ou empunhavam bandeiras do 
Brasil. Era o primeiro Rock in Rio e havia um intenso 
clima de brasilidade no palco e na multidão. Aqueles 
milhares e milhares de jovens vibraram e choraram 
de emoção, quando após interpretar “Pro dia nascer 
feliz”,Cazuza deu sua mensagem final: ‘Que o dia 
nasça feliz para todo mundo amanhã. Em um Brasil 
novo, uma rapaziada esperta. Valeu’
(NOBLAT, Ricardo). http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/
noticia/2015/01/pro-dia-nascer-feliz.html
A mensagem final de Cazuza na primeira edição do 
Rock in Rio, em 1985, remete à ideia de um “Brasil 
novo”, que estava sendo construído no contexto da 
transição da ditadura à democracia no Brasil. Sobre 
o contexto mais amplo dos anos 1980, é CORRETO 
afirmar que:
a) ocorreram as manifestações em torno das “Diretas 
Já!” e aprovação da emenda Dante de Oliveira que 
permitiu aos brasileiros elegerem, pela primeira 
vez, de forma direta Tancredo Neves como Presi-
dente da República. 
b) foram realizados os julgamentos relacionados 
com a Lei da Anistia, de 1979, que possibilitaram 
condenar militares acusados de cometer crimes 
durante a ditadura militar. 
c) após o fim do bipartidarismo em 1979, que 
limitava as disputas aos partidos Arena e MDB, 
aconteceram, nos anos 1980, as primeiras eleições 
com sistema pluripartidário. 
d) este período foi marcado pelo enfraquecimento 
de movimentos sociais, em especial dos sindicatos, 
que perderam a força política que possuíam nos 
anos 1960 e 1970. 
e) os governos de João Figueiredo e de José Sarney 
desenvolveram planos econômicos que estabili-
zaram a moeda e enfrentaram os problemas infla-
cionários do país naquela conjuntura.
7. (FGV) “[A Década Perdida] pode ser a década de 
1980, mas pode ser também uma década ‘expan-
dida’, começando em 1982, com a moratória mexi-
cana, e terminando em 1994 com o Plano Real. Ou 
começando mesmo antes, em 1979, quando teve 
início, com o catastrófico episódio da pré-fixação da 
correção monetária, toda uma série de feitiçarias 
cuja expressão mais madura seria os choques 
heterodoxos, dos quais o Cruzado e o Collor seriam 
os mais assustadores. A Década Perdida parece, 
portanto, uma década longa, até porque foi sofrida 
no campo econômico e pontilhada de frustrações 
no plano político.” 
(FRANCO, Gustavo. A década perdida e a das reformas. 
Jornal do Brasil, 30/01/2000) 
O sofrimento no campo econômico e as frustrações 
no plano político a que o autor se refere são: 
a) Os altos índices de inflação que o país apresen-
tava na época, o desemprego e a crise social, aliados 
ao fortalecimento da ditadura militar no governo 
João Figueiredo. 
b) O descontrole inflacionário, os altos índices 
de desemprego, o fracasso de sucessivos planos 
econômicos e, no plano político, a derrota da 
emenda das Diretas Já e a morte de Tancredo, 
entre outros fatos. 
c) A sucessão de planos econômicos que fracassaram 
no combate ao processo inflacionário, o alto índice 
de desemprego no período e a decepção provocada 
pela eleição direta de Tancredo Neves. 
d) A escalada inflacionária e a recessão, gerando 
desemprego e crise social, o que levou o governo a 
adotar medidas repressivas para controlar a esca-
lada de violência, como o fechamento do Congresso 
e a imposição do Pacote de Abril. 
e) A estagnação da economia do país, o desem-
prego e os altos índices inflacionários, no campo 
econômico, e, no plano político, as sucessivas 
vitórias da ARENA e do PDS nas eleições legisla-
tivas e executivas no início da década.
8. (ESPM) Com a volta dos militares aos quartéis 
e redemocratização do Brasil, o presidente José 
Sarney convocou uma Assembleia Nacional Consti-
tuinte, que foi eleita em novembro de 1986. Em 5 
de outubro de 1988 foi promulgada aquela que 
ficou conhecida por “Constituição Cidadã”. Assi-
nale entre as alternativas aquela que apresenta 
novidades incorporadas ao texto constitucional 
brasileiro em 1988:
a) Ampliação da cidadania com a extensão do direito 
de voto aos analfabetos; criação do “habeas-data” 
que permite ao cidadão obter informações rela-
tivas à sua pessoa, constantes de registros oficiais. 
b) Ampliação da cidadania com a extensão do direito 
de voto aos maiores de 16 anos - voto facultativo; 
fim da unicidade sindical. 
c) Fim da unicidade sindical; obrigação das empresas 
estrangeiras manterem no mínimo 2/3 de empre-
gados brasileiros. 
d) Instituição da reeleição para a presidência da 
república e mandato presidencial de cinco anos. 
e) Voto universal obrigatório para maiores de 18 
anos (exceto analfabetos, soldados e cabos); o direito 
do presidente baixar decretos com força de lei.
9. (UERJ) Há dois modelos clássicos de organização 
[do Estado]: o do Estado Unitário ou centralizado 
e aquele do Estado Federal. (...) No caso do Brasil, 
há uma estrutura federativa pela Constituição. 
Apesar de ter passado por períodos de maior ou 
menor funcionamento como uma federação, todas 
as Constituições da República definiram a divisão 
de poderes e de atribuições das escalas territo-
riais do Estado. 
(adaptado de CASTRO, Iná Elias de. “Geografia e política”. Rio de 
Janeiro: Bertrand Brasil, 2005). 
Dois momentos da História do Brasil nos quais o 
federalismo adquiriu menor e maior intensidade, 
respectivamente, são: 
a) República Velha e Estado Novo 
b) Regime Militar e Período pós-1988 
c) Segundo governo Vargas e Governo Dutra 
d) Governo de Juscelino Kubitschek e Período 
1930-37
10. (UFPR) “E as esperanças vão sendo frustradas 
uma a uma: as Diretas Já, a eleição de Tancredo, o 
Plano Cruzado, o Plano Collor. E agora o Plano Real, 
que, passada a euforia, vai revelando sua verda-
deira face. O resultado é um só: a ruptura do elo 
que ligava, precariamente, é verdade, o esforço 
produtivo coletivo à luta individual. Com isso, a 
auto-estima do povo brasileiro declina, a ideia de 
nação esmaece. As manifestações deste fenômeno 
são perceptíveis claramente na substituição da 
figura do cidadão pelo contribuinte e, especial-
mente, pela do consumidor. Volta a se impor avas-
saladoramente a identificação entre modernidade 
e consumo ‘padrão primeiro mundo’. O cosmopolit-
ismo das elites globalizadas, isto é, seu american-
ismo, chega ao paroxismo, transmitindo-se à nova 
classe média, que alimenta a expectativa de combinar 
o consumo ‘superior’ e os serviçais que barateiam 
seu custo de vida.” 
(MELLO, João Manuel Cardoso de e NOVAIS, Fernando A. Capital-
ismo tardio e sociabilidade moderna. In: “História da vida privada 
no Brasil: contrastes da intimidade contemporânea”. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1998, p. 655-656.) 
Com base na leitura do texto, que aborda eventos 
ocorridos nos últimos vinte anos do século XX no 
Brasil, considere as afirmativas a seguir: 
1. O texto registra várias iniciativas na mobilização 
política e no plano da regulamentação da economia 
que, frustradas, levaram a população brasileira em 
geral a encarar com descrédito os rumos do país no 
derradeiro instante do século passado. 
2. O texto destaca o fortalecimento da ideia de 
nação no fim do século XX, que resultou na ampli-
ação da auto-estima nacional e na preponderância 
da ação coletiva organizada, em detrimento da 
atuação interessada em atingir objetivos pura-
mente individuais. 
3. O texto assinala que a nova classe média urbana, 
ao assumir um comportamento vinculado ao “padrão 
primeiro mundo”, afastou-se da influência até então 
determinante do modo de vida norte-americano. 
4. Percebe-se no texto uma crítica explícita à 
imposição de um consumismo que subordina os 
interesses humanos a sua capacidade de consumo, 
gerando uma expectativa que reduz o bem-estar à 
quantidade de objetos e bens adquiridos. 
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
11. (PUCCAMP) Para responder à questão, analise 
o gráfico a seguir:
A eleição presidencial de 1989 foi um marco impor-
tante de redemocratização do Brasil. No processo 
histórico dasúltimas décadas, essa eleição repre-
sentou o resultado 
a) do embate político entre as forças de direita e 
de esquerda, que disputavam o controle do movi-
mento pelas “diretas já” desde a eleição, pelo sufrágio 
universal, do presidente Tancredo Neves, em 1985. 
b) das lutas políticas de setores progressistas da 
sociedade brasileira, que objetivavam resgatar o 
direito ao voto direto para presidência da República 
que tinha sido abolido pelo Ato Institucional no 2, 
em 1965. 
c) do planejamento político delineado pelo pres-
idente Castelo Branco, que definiu, no Ato Insti-
tucional no 3, retomada do processo democrático 
para o final da década de 1990. 
d) da luta armada realizada por grupos trotskistas 
e leninistas, que conseguiram neutralizar a ação do 
aparelho militar, abrindo espaço para a ação dos 
setores democráticos que defendiam o direito ao 
voto direto. 
e) da vitória da atuação dos juristas pela institu-
ição do estado democrático no Brasil, que conse-
guiram estabelecer as primeiras eleições diretas, 
por meio do sufrágio universal, na história do país.
12. (PUCCAMP) Observe os dados do gráfico:
Nos últimos anos, a população brasileira familiar-
izou-se com análises e discussões sobre modelos 
econômicos, sobretudo pela série de planos 
econômicos estabelecidos no Brasil nas décadas 
de 1980 e 1990. Numa perspectiva histórica sobre 
a implantação desses planos e de acordo com os 
dados do gráfico, pode-se afirmar que 
a) o Plano Cruzado trouxe prejuízos incalculáveis 
para os trabalhadores, uma vez que provocou uma 
redução brutal da oferta de trabalho. 
b) os planos Cruzado e Real beneficiaram os 
trabalhadores rurais, em razão da queda vertigi-
nosa do desemprego no campo, que caiu de 7,81% 
para 4,39% e de 5,90% para 4,42%. 
c) o Plano Real provocou o aumento das taxas 
de desemprego nas regiões metropolitanas, em 
razão, entre outras, da política de juros altos, da 
redução do deficit público e da política de privat-
izações das estatais. 
d) o Plano Collor, ao favorecer a abertura da 
economia, promoveu um grande crescimento 
econômico, razão pelo qual verifica-se uma queda 
acentuada da taxa de desemprego. 
e) os planos não alteravam os níveis de desem-
prego, uma vez que as medidas estabelecidas 
não atingiam os diferentes setores produtivos da 
economia brasileira.
13. (UERJ)
(NOVAES, Carlos E. e LOBO, César. “História do Brasil 
para principiantes”. São Paulo: Ática, 1999.)
A charge acima nos remete às eleições presiden-
ciais de 1989, vencidas por Fernando Collor, que 
governou de 1990 até seu impeachment em 1992. 
Uma característica da política econômica imple-
mentada por esse governo que o diferencia dos 
anteriores é: 
a) estatização das indústrias de base 
b) adoção do ortodoxismo monetário 
c) aumento do número de empresas estatais 
d) abertura da economia aos produtos estrangeiros
14. (FGV) “O Plano Collor foi o mais violento ato 
de intervenção estatal na economia brasileira, na 
segunda metade do século. No entanto, ao estran-
gular a inflação, ele abriu as portas para uma ampla 
liberalização”. 
(Jayme Brener, “Jornal do século XX”) 
Sobre esse plano, inserido em uma ordem neolib-
eral, é correto afirmar que: 
a) se pautou pela ampliação do meio circulante, por 
meio do aumento dos salários e das aposentadorias; 
liquidou empresas públicas e de economia mista 
que geravam prejuízo; estabeleceu uma política 
fiscal de proteção à indústria nacional. 
b) criou um imposto compulsório sobre os inves-
timentos especulativos para o financiamento da 
infraestrutura industrial; liberou a importação dos 
insumos industriais e restringiu a importação de 
bens de consumo não-duráveis. 
c) estabeleceu-se uma nova política cambial, com um 
controle mais rígido realizado pelo Banco Central; 
demissão em massa de funcionários públicos concur-
sados; aumentou a renda tributária por meio da 
criação do Imposto sobre Valor Agregado. 
d) objetivou a privatização de empresas estatais; 
diminuiu as restrições à presença do capital 
estrangeiro no Brasil; gerou a ampliação das impor-
tações e eliminaram-se subsídios, especialmente 
das tarifas públicas. 
e) aumentou a liberdade sindical com uma ampla 
reforma na CLT e revogou a opressiva lei de greve; 
recriou empresas estatais ligadas à exploração e 
refino de petróleo; congelou os capitais especula-
tivos dos bancos e dos investidores estrangeiros.
15. (CFTMG) Analise a imagem:
A charge retrata a(o) 
a) salto da violência nos grandes centros urbanos, 
decorrente da falta de políticas de segurança pública. 
b) ascensão de um governo marcado por escândalos 
políticos, terminando na deposição do presidente. 
c) sucesso do Brasil nas Olimpíadas de Barcelona, 
graças ao forte investimento no setor esportivo por 
parte do governo. 
d) situação econômica agravada pela inflação, 
fazendo o povo exercitar novas alternativas diante 
dos aumentos de preços.
16. (CFTMG) A questão a seguir refere-se a um 
trecho do discurso de posse do Presidente Fernando 
Collor de Melo em 1990. 
“Entendo assim o Estado não como produtor, 
mas como promotor do bem estar coletivo. Daí a 
convicção de que a economia de mercado é a forma 
comprovadamente superior de geração de riqueza, 
de desenvolvimento intensivo e sustentado.[...] 
Não abrigamos, a propósito, nenhum preconceito 
colonial ante o capital estrangeiro. Ao contrário: 
tornaremos o Brasil, uma vez mais, hospitaleiro em 
relação a ele […] Não nos anima a ideia de discrim-
inar nem contra nem a favor dos capitais externos, 
mas esperamos que não falte seu concurso para a 
diversificação da indústria, a ampliação do emprego 
e a transferência de tecnologia em proveito do 
Brasil. Em síntese, essa proposta de modernização 
econômica pela privatização [...] é a esperança de 
completar a liberdade política, reconquistada com 
a transição democrática, com a mais ampla e efetiva 
liberdade econômica”. 
(Discurso Pronunciado por Sua Excelência o Senhor Fernando 
Collor, Presidente da República Federativa do Brasil na Cerimônia 
de Posse no Congresso Nacional em 15 de marco de 1990).
Esse texto explicita que o governo conduzira suas 
ações com base na(o) 
a) queda constante das taxas de juros, visando 
elevar o poder de compra e o controle da inflação. 
b) fortalecimento da indústria nacional sob o 
controle do Estado com o objetivo de aquecer o 
mercado interno. 
c) política de abertura econômica com práticas 
neoliberais implementadas a partir de sucessivos 
planos estatais. 
d) incentivo a uma política de bem-estar, ampli-
ando serviços sociais e direitos trabalhistas para 
intensificar a produção.
17. (FUVEST) O presidente do Senado, José Sarney 
(PMDB-AP), disse nesta segunda-feira [30/5] que o 
impeachment do ex-presidente Fernando Collor de 
Mello foi apenas um “acidente” na história do Brasil. 
Sarney minimizou o episódio em que Collor, que 
atualmente é senador, teve seus direitos políticos 
cassados pelo Congresso Nacional. “Eu não posso 
censurar os historiadores que foram encarre-
gados de fazer a história. Mas acho que talvez esse 
episódio seja apenas um acidente que não devia 
ter acontecido na história do Brasil”, disse o pres-
idente do Senado. 
Correio Braziliense, 30/05/2011. 
Sobre o “episódio” mencionado na notícia 
acima, pode-se dizer acertadamente que foi um 
acontecimento 
a) de grande impacto na história recente do Brasil 
e teve efeitos negativos na trajetória política de 
Fernando Collor, o que fez com que seus atuais 
aliados se empenhem em desmerecer este episódio, 
tentando diminuir a importância que realmente teve. 
b) nebuloso e pouco estudado pelos historiadores, 
que, em sua maioria, trataram de censurá-lo, imped-
indo uma justa e equilibrada compreensão dos fatos 
que o envolvem. 
c) acidental, na medida em que o impeachment 
de Fernando Collor foi considerado ilegal pelo 
Supremo Tribunal Federal,o que, aliás, possibil-
itou seu posterior retorno à cena política nacional, 
agora como senador. 
d) menor na história política recente do Brasil, o que 
permite tomar a censura em torno dele, promovida 
oficialmente pelo Senado Federal, como um episódio 
ainda menos significativo. 
e) indesejado pela imensa maioria dos brasileiros, 
o que provocou uma onda de comoção popular e 
permitiu o retorno triunfal de Fernando Collor à cena 
política, sendo candidato conduzido por mais duas 
vezes ao segundo turno das eleições presidenciais.
18. (UEMG) Eleito em novembro de 1989, chega 
ao poder, no Brasil, um presidente de raízes cari-
ocas e de carreira política em Alagoas (onde admin-
istrou o Gazeta Alagoana), vindo de um pequeno 
partido, o PRN (Partido da Reconstrução Nacional). 
Durante o governo de Fernando Affonso Collor de 
Mello, vários escândalos eclodiram, enfraquecendo 
a base aliada e a aceitação popular, em meio aos 
protestos dos “caras pintadas”, nome pelo qual ficou 
conhecida a juventude desse período, que saiu às 
ruas clamando pelo impeachment do presidente. 
O movimento popular surtiu efeito, e o presidente 
Collor deixou o poder.
O que motivou a retirada de Fernando Collor da 
presidência da república? 
a) A rede de corrupção montada por Collor e por 
seu tesoureiro, Paulo César Farias, conhecida como 
“Esquema PC”. 
b) A demissão de uma grande aliada de Collor, a 
ministra Zélia Cardoso de Mello, que, temendo 
sofrer represália, deixou o Ministério da Fazenda. 
c) O fracasso da abertura econômica para produtos 
importados, que reduziu impostos para promover 
a modernização da indústria brasileira. 
d) Os escândalos deixados por Collor no governo 
de Alagoas, que só foram descobertos após ele ter 
assumido a presidência.
19. (UFF) Em outubro de 1994, embalado pelo 
sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso 
foi eleito Presidente da República. Em seu discurso 
de despedida do Senado, se comprometia a acabar 
com o que denominava “Era Vargas”: “(...) Eu acredito 
firmemente que o autoritarismo é uma página 
virada na história do Brasil. Resta, contudo, um 
pedaço do nosso passado político que ainda atra-
vanca o presente e retarda o avanço da sociedade. 
Refiro-me ao legado da Era Vargas.” (14/12/1994) 
O presidente eleito governou o Brasil por dois 
mandatos, iniciando a consolidação da política 
neoliberal no país, principiada pelos presidentes 
ColIor e Itamar Franco. Sobre os dois mandatos 
(1995-2002), pode-se afirmar que se caracterizam 
a) pela manutenção do poder aquisitivo dos que 
se aposentavam; estabelecimento do monopólio 
nacional sobre as telecomunicações, através das 
empresas estatais; e nacionalização do sistema 
financeiro. 
b) pelo elevado crescimento econômico, com média 
anual de cerca de 5% ao ano; grande investimento 
em infraestrutura e educação; distribuição de renda; 
e aumento da capacidade econômica do Estado. 
c) pela política social de inclusão, com a criação da 
Bolsa Família; facilitação do ingresso de carentes 
na Universidade; restrição aos investimentos 
estrangeiros; e elevados incentivos à agricultura 
familiar. 
d) pelo rompimento com a política econômica orig-
inada pelo “Consenso de Washington”; consoli-
dação do sistema financeiro estatal; e reforço da 
legislação trabalhista gestada na primeira metade 
do século XX. 
e) pelo limitado crescimento econômico; privat-
ização das empresas estatais; diminuição do tamanho 
do Estado; e apagão energético, que levou ao racio-
namento e ao aumento do custo da energia.
20. (UFRN) Voltei nos braços do povo. A campanha 
subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos 
grupos nacionais (...) Quis criar a liberdade nacional 
na potencialização de nossas riquezas através da 
Petrobrás; mal ela começa a funcionar, a onda de 
agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada 
até o desespero. Não querem que o trabalhador seja 
livre. Não querem que o povo seja independente. 
Carta-testamento do presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto 
de 1954. DEL PRIORE, Mary et al. “Documentos de história do 
Brasil: de Cabral aos anos 90”. São Paulo: Scipione, 1997. p. 98-99. 
O Estado começou a ser transformado para tornar-se 
mais eficiente, evitar o desperdício e prestar serviços 
de melhor qualidade à população. (...) Fui escol-
hido pelo povo (...). Para continuar a construir uma 
economia estável, moderna, aberta e competitiva. 
Para prosseguir com firmeza na privatização. Para 
apoiar os que produzem e geram empregos. E assim 
recolocar o País na trajetória de um crescimento 
sustentado, sustentável e com melhor distribuição 
de riquezas entre os brasileiros. 
Discurso de posse do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 
2 de janeiro de 1999. CARDOSO, F.H. Por um Brasil solidário. “O 
Estado de São Paulo”, 2 jan. 1999. 
Os pronunciamentos de Getúlio Vargas e Fernando 
Henrique Cardoso foram proferidos em momentos 
históricos diferentes. Contudo, os dois governantes 
têm em comum o fato de 
a) sentirem-se pressionados pelas forças 
democráticas para adotarem um modelo político 
capaz de assegurar a estabilidade das instituições 
políticas. 
b) obterem o apoio em massa dos trabalhadores 
para a implementação de suas respectivas políticas 
estatais. 
c) sofrerem campanhas contrárias às suas ações 
políticas, lideradas por movimentos nacionais com 
o apoio clandestino de grupos internacionais.
d) referirem-se ao apoio popular para legitimar 
suas ações, uma vez que chegaram ao poder através 
do voto direto.
21. A atuação do Estado no Brasil difere nos governos 
de Getúlio Vargas e Fernando Henrique Cardoso 
(FHC), uma vez que
a) para Vargas, ao Estado cabia explorar as riquezas 
nacionais, base para a construção de uma nação 
forte; para FHC, ao Estado cabe estimular os inves-
timentos privados, que inserem o país na economia 
internacional.
b) para Vargas, o Estado tinha a função de orga-
nizar os trabalhadores em sindicatos internacio-
nais; para FHC, o Estado situa-se acima das classes 
sociais, estando assim impossibilitado de intervir 
nas questões trabalhistas.
c) Vargas concebia um Estado capaz de promover 
a aliança entre a burguesia nacional e a burguesia 
internacional; FHC concebe um Estado indepen-
dente em relação aos diferentes grupos econômicos.
d) Vargas estimulou a criação de empresas privadas 
com capital nacional em substituição às empresas 
públicas; FHC defende a privatização das empresas 
estatais como meio de manter a estabilidade da 
economia.
22. (PUC)
I. “Na relação Estado/mercado, o presidente opta 
pelo privilégio deste, fonte do dinamismo, da modern-
ização, dos gastos racionais - o mercado como 
melhor alocador de recursos , em contraposição 
ao Estado ineficiente, desperdiçador, irracional. 
Bastaria o Estado ser passado a limpo, para que 
a crise brasileira fosse superada, conduzida pela 
economia privada, livre das travas do Estado”.
II. “Não é uma estabilidade ancorada num desen-
volvimento econômico que, ao expressar a força de 
nossa economia, pudesse determinar a paridade 
com o dólar pela equiparação das duas economias. 
É um mecanismo basicamente financeiro, que se 
apoia na entrada maciça de capitais especulativos, 
pressionando o preço do dólar para baixo.”
Os textos identificam, respectivamente, uma crítica 
à política
a) intervencionista do presidente Ernesto Geisel 
e ao II Plano Nacional de Desenvolvimento.
b) autoritária do presidente João Batista Figue-
iredo e ao Plano Cruzado II.
c) liberal do presidente Fernando Collor de Mello 
e ao Plano Brasil Novo.
d) neoliberal do presidente Fernando Henrique 
Cardoso e ao Plano Real.
e) populista do presidente Itamar Franco e ao 
Plano Verão.
23. (CEFETSC) Muitos historiadores costumam 
chamar Nova República o período compreendido 
entre o final da ditadura militar no Brasil (1985) e 
os dias de hoje. Sobre este período, assinale a alter-
nativa CORRETA: 
a) O Presidente Luís Inácio Lulada Silva foi o único 
Presidente da Nova República a se reeleger para 
o cargo. 
b) Em 1988, foi promulgada a nova Constituição do 
Brasil, a qual garante alguns direitos fundamentais 
para os cidadãos como direito de votar, de partic-
ipar de partidos políticos, de praticar uma religião, 
ter educação, saúde, previdência social, lazer e 
segurança pública. 
c) O Presidente Fernando Collor de Melo cumpriu 
totalmente o seu mandato. 
d) José Sarney foi o primeiro Presidente deste 
período eleito diretamente pelo voto popular. 
e) A República Nova tem como principal carac-
terística o fim dos conflitos sociais e o decréscimo 
das desigualdades sociais. Assim, sindicatos e movi-
mentos sociais, como o MST, não demonstraram 
nenhuma resistência aos projetos apresentados 
pelos governantes do período.
24. (UFU) A respeito das manifestações sociais 
ocorridas no Brasil entre 1983 e 1993, assinale a 
alternativa correta. 
a) Entre os mais significativos movimentos, estão 
o dos consumidores em defesa do congelamento 
de preços no Plano Cruzado e o dos estudantes 
“caras-pintadas”, que ocuparam as ruas exigindo o 
impeachment do presidente Collor, investigado por 
corrupção e enfraquecido pelo fracasso na política 
econômica de combate à inflação. 
b) A campanha das “Diretas-Já”, iniciada após a 
derrota da emenda Dante de Oliveira pela eleição 
direta para presidente, reuniu políticos e intelec-
tuais na chamada Aliança Liberal, tendo sido forte-
mente impulsionada pela mídia televisiva. 
c) A década de 1980 pode ser identificada como a 
década dos movimentos sindicais operários, após a 
fundação da CUT, Central Única dos Trabalhadores. 
Isto deveu-se à desmobilização dos servidores 
públicos, ao enfraquecimento do movimento 
ecológico após a morte do líber seringueiro Chico 
Mendes e à diminuição dos saques, invasões de 
terras e terrenos. 
d) A comoção social observada com a morte e o 
enterro do presidente Tancredo Neves, cuja eleição 
selou o fim da ditadura, tornou-se símbolo de mobi-
lização nacional popular, possibilitando a vitória 
das esquerdas na constituinte de 1988 contra o 
chamado “Centrão”, sobretudo com os avanços 
obtidos na legislação sobre a Reforma Agrária.
25. (PUCMG) O PAC (Programa de Aceleração do 
Crescimento, do governo Lula), lançado em 2007 
pela Ministra da Casa Civil Dilma Rouseff, tem inspi-
ração nas teses de desenvolvimentistas criadas na 
década de 60: 
a) pela OEA (Organização dos Estados Americanos). 
b) pela UNESCO (Organização das Nações Unidas 
para a Educação, a Ciência e a Cultura). 
c) pela CEPAL (Comissão Econômica para América 
Latina). 
d) pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
26. (PUCRS) Considere as afirmativas a seguir, sobre 
fatos relacionados à política interna do Governo 
Luís Inácio Lula da Silva. 
I. Foi criado o programa “Primeiro Emprego”, como 
forma de combater o trabalho infantil e o escravo, 
em expansão em várias regiões do país.
II. Ampliaram-se, através do ProUni, as vagas no 
ensino superior, para acolher alunos provenientes 
do ensino público e com renda familiar reduzida.
III. O Programa Fome Zero, taxado por vários repre-
sentantes da sociedade civil de assistencialista, tem 
sido criticado pelos entraves burocráticos e pela 
forma de controle adotada para a concessão dos 
benefícios, que dificultam a expansão do programa.
IV. O Governo Federal reduziu significativamente 
os impostos visando a diminuir a carga tributária 
sobre a classe média e a produção industrial. 
Estão corretas as afirmativas 
a) I e II 
b) I e III 
c) II e III 
d) II e IV 
e) III e IV
27. (UFU) 
A foto anterior, publicada na “Folha de S. Paulo”, 
em 07 de maio de 2005, mostra imagens de uma 
marcha dos trabalhadores sem-terra, entre Goiânia 
e Brasília.
Ao final da marcha, representantes do movimento 
foram recebidos em audiência pelo Presidente Luiz 
Inácio Lula da Silva.
Sobre os significados políticos dessa marcha e 
sobre o relacionamento entre o Movimento dos 
Trabalhadores Sem-Terra e o governo Lula, assi-
nale a alternativa correta. 
a) A defesa do “impeachment” do Presidente 
Lula, em função das denúncias de corrupção no 
seu governo, foi a principal bandeira levantada 
pelo movimento dos trabalhadores sem-terra, na 
marcha de Goiânia à Brasília. 
b) Na audiência com o Presidente da República, os 
representantes do movimento dos trabalhadores 
sem-terra entregaram-lhe um documento que 
continha, entre outras reivindicações, a necessi-
dade do governo aumentar significativamente o 
número de famílias assentadas até o fim de seu 
mandato, além de liberar crédito especial para os 
trabalhadores assentados. 
c) A marcha de Goiânia à Brasília unificou as orga-
nizações dos trabalhadores sem-terra que exter-
naram, em documento, a sua completa desconfiança 
em relação ao Presidente da República, consideran-
do-o representante dos setores conservadores da 
sociedade brasileira, portanto, sem nenhuma cred-
ibilidade para implementar os assentamentos de 
reforma agrária pretendidos. 
d) A decisão do Presidente Lula de compor seu 
governo com ministros do campo progressista 
foi determinante para lhe assegurar maioria no 
Congresso Nacional, possibilitando o cumprimento 
das promessas de campanha relativas ao número 
de assentamentos de reforma agrária e colocando 
fim aos conflitos e à violência no campo. Por isso, a 
marcha objetivou explicitar o apoio do movimento 
ao Presidente da República. 
28. (UDESC) Observe a charge abaixo:
 
Fonte: Angeli. Folha de São Paulo, 11/3/2011.
A charge de Angeli relaciona dois momentos espe-
cíficos da história do Brasil. Assinale a alternativa 
que contém estes momentos.
a) Ditaduras da América Latina e direito das famílias 
de saberem o que aconteceu com seus parentes 
desaparecidos.
b) Golpe militar de 1964 e Lei da Anistia.
c) Golpe militar de 1964 e Projeto de Lei que cria 
a Comissão Nacional da Verdade.
d) Guerrilha do Araguaia e direito de pedir inden-
ização pelos danos causados pela ditadura
militar.
e) Criação do AI-5 e movimentos de resistência, 
sobretudo os estudantis marcados por Maio de 1968
29. (IFRS) Observe a imagem a seguir.
A crítica social presente na charge está relacionada 
diretamente com o contexto social vivido no Brasil 
nos dois últimos anos. Sobre o mesmo, podemos 
afirmar que a charge
a) faz referência à insatisfação da torcida brasileira 
em decorrência da derrota humilhante sofrida pela 
seleção nacional frente à alemã, fator que estimulou 
greves e protestos em grande escala nas principais 
cidades do país.
b) ressalta o protesto realizado por uma grande 
parcela da população que, indignada com os
gastos empreendidos para a realização do mundial, 
procurou frequentar outros tipos de espetáculos 
durante as partidas de futebol, o que resultou em 
uma das Copas com menor presença de público em 
todos os tempos.
c) foi influenciada pelas manifestações políticas 
realizadas por vários dos jogadores de futebol que 
estiveram no Brasil, algo que repercutiu no amad-
urecimento político dos cidadãos brasileiros que 
se preparavam para votar nas eleições estaduais 
e federais do ano passado.
d) sugere que os gastos para a preparação da Copa 
em um país cujas cidades ainda carecem de alguns 
serviços de qualidade provocaram críticas de uma 
parcela da população que, no entanto, assim mesmo 
se interessou pelos jogos da Copa, fato observado 
pela grande presença de público, evidenciando a 
contraditória paixão pelo futebol que caracteriza 
parte dos brasileiros.
e) mostra o otimismo do brasileiro que, sempre 
manifestando paixão pela seleção nacional, apoiou 
completamente a Copa aqui realizada, valorizando 
todas as obras necessárias ao evento, não aceitando 
as críticas realizadas pela FIFA contra os preparativos 
feitos pelo Comitê Organizador do evento.
30. (UERJ) Os ministros Gilberto Carvalho, da 
Secretaria Geral da Presidência, e Maria do Rosário, 
dos Direitos Humanos, afirmaram que a Propostade Emenda à Constituição (PEC) que amplia o 
direito dos empregados domésticos ajuda a elim-
inar o “resquício da escravidão” que há no Brasil. Os 
dois discursaram em evento do Conselho Nacional 
do Ministério Público. Gilberto Carvalho citou o 
livro Casa grande e senzala, do sociólogo Gilberto 
Freyre, sobre os relacionamentos históricos dos 
homens brancos com índios e africanos. O ministro 
disse que a PEC ajuda a encerrar a “casa grande e 
senzala” que o país vivia.
Adaptado de g1.globo.com, 03/04/2013. 
No texto, destaca-se uma justificativa para a rele-
vância da lei que visa a garantir novos direitos aos 
empregados domésticos. 
De acordo com o texto, a criação dessa lei se rela-
ciona principalmente ao seguinte fator:
a) exclusão política dos grupos populares
b) hierarquização social nas condições de trabalho
c) desvalorização econômica dos empregos formais
d) discriminação étnica nas qualificações 
profissionais 
GABARITO: 1B; 2B; 3E; 4C; 5E; 6C; 7B; 8A; 9B; 10B; 11B; 12C; 
13D; 14D; 15B; 16C; 17A; 18A; 19E; 20D; 21A; 22D; 23B; 23A; 
24A; 25C; 26C; 27B; 28C; 29D; 30B.

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