Buscar

Referencial Curricular do Município de Inhambupe-Ba

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 519 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 519 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 519 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inhambupe/Ba 
Novembro de 2020 
REFERENCIAL 
CURRICULAR 
DOCUMENTO 
MUNICIPAL 
DE 
INHAMBUPE-BA 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Programa de (Re)elaboração dos Referenciais Municipais 
nos Municípios Baianos da UNDIME-BA (União dos 
Dirigentes Municipais de Educação) em parceria com a 
UFBA (Universidade Federal da Bahia), A UNCME/BA 
(União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação) 
e o Itaú Social. 
 
 
Secretaria Municipal de Educação e Cultura de 
Inhambupe – BA, 2020. p. 519 
3 
 
 
 
 
FICHA TÉCNICA 
 
 
PREFEITO 
Fortunato Silva Costa 
 
 
SECRETÁRIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO 
Edileide Lima da Rocha Dormundo 
 
 
DIRETORA DE DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO 
Jociara Franco dos Santos 
 
 
EQUIPE TÉCNICA PEDAGÓGICA 
Anos Iniciais 
Adelma de Souza Gomes Oliveira 
 
Anos Finais 
Eveline Maria de Almeida Rocha 
 
Educação do Campo 
Florenice Reis Silva 
 
Educação Infantil 
Isabel Nunes dos Santos 
 
Educação Especial 
Izanildes de Almeida Santos Rocha Pereira 
 
Educação de Jovens e Adultos 
Sandra Soares de Santana 
 
Sistemas Educacionais 
Taísa Lemos Ramos Silva 
4 
 
 
 
 
EQUIPE TÉCNICA - ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO 
 
 
DIRIGENTE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
Edileide Lima da Rocha Dormundo 
 
ARTICULADORA MUNICIPAL 
Adelma de Souza Gomes Oliveira 
 
REPRESENTANTE DA EQUIPE TÉCNICA PEADAGÓGICA DA SECRETARIA 
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
Eveline Maria de Almeida Rocha 
Florenice Reis Silva 
Isabel Nunes dos Santos 
Izanildes de Almeida Santos Rocha Pereira 
Jociara Franco dos Santos 
Sandra Soares de Santana 
 
 
REPRESENTANTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 
Reijane Ramos Silva França 
Maria Helena de Araújo Santos 
 
REPRESENTANTE DA REDE ESTADUAL 
Ângelo Souza dos Santos 
Edison Bragança dos Santos Filho 
 
REPRESENTANTE DA APLB SINDICATO 
Janete Souza da Silva Andrade Souza 
Maria Domingas dos Reis Silva 
 
DEMAIS COLABORADORES 
Taísa Lemos Ramos Silva 
Luzinete da Silva Figueiredo 
5 
 
 
 
 
Aos Educadores e Educadoras do Município de Inhambupe-Ba 
 
Queridos Educadores e Educadoras, apresentamos à vocês o Documento 
Curricular Referencial do Município para a Educação Infantil e Ensino Fundamental, 
construído a partir do resultado de um amplo debate entre um grupo de colaboradores 
que se dedicaram fielmente aos estudos, pesquisas e aos instrumentos que buscam 
promover diariamente dentro das nossas unidades escolares, para o desenvolvimento 
da aprendizagem igualitária, significativa e integral, alicerçando a integração do 
sistema de Ensino Municipal. 
 
O Currículo tem como função primordial, a centralidade nas discussões e 
atividades pedagógicas, fundamentadas na pratica dialógica, para uma construção 
democrática do conteúdo programático da Educação. Nesse campo, nessa busca, não 
existe um grupo de privilegiados para impor teses, mas a capacitação de seres 
humanos, de fazedores de história, que através da sua ciência e sapiência constroem 
a leitura de mundo. 
 
Segundo Paulo Freire, “a aprendizagem é um pensar que percebe a realidade 
como processo, que capta em constante devenir e não como algo estático. Não se 
dicotomiza a si mesmo na ação.” Com base nesse pensamento, é que 
compreendemos a importância desse trabalho que, construindo o campo histórico da 
nossa educação favorecerá o caminho, a jornada, trajetória e o percurso a seguir em 
nosso sistema educacional para que, nessa dinâmica interativa de “saberes” e 
instituição de “poderes”, seja realizada uma educação em rede com a nossa cara, com 
a nossa história e nela a história de nossos estudantes. 
 
Sejam Bem Vindos Professores! Aqui está a sua história! Agora, vamos juntos 
dar vida aos nossos alunos e fazer nossa EDUCAÇÃO ainda mais valorizada. 
 
Edileide Lima Rocha Dormundo 
Secretária de Educação de Inhambupe-Ba 
6 
 
 
 
 
UNDIME 
 
 
 
Saudações Curriculantes, 
 
A Undime seccional Bahia, representada por sua Diretoria Executiva e Ampliada, e 
através da sua equipe técnica, entendendo a importância de contribuir com os 
Dirigentes Municipais de Educação do território baiano no fomento, na criação e 
execução das políticas públicas tendo em vista a melhoria da qualidade da educação 
baiana, elaborou o Programa de (Re)Elaboração dos Referenciais Curriculares 
Municipais do Estado da Bahia. 
 
Inspirados na poesia do João Cabral de Melo Neves... “Um galo sozinho não tece uma 
manhã”, desbravamos trilha sem busca de outros “galos” para que a tessitura pudesse 
ser concretizada. A Universidade Federal da Bahia, a União Nacional dos Conselhos 
de Educação e o Itaú Social juntaram-se a nós e, assim, foi possível mobilizar e 
engajar a Bahia num grande movimento curriculante formacional, que envolveu 401 
municípios e cerca de 60.000 profissionais do magistério, além de outros membros da 
comunidade escolar. 
 
O desejo de ver/sentir/viver uma Bahia democrática, justa, solidária oportunizando às 
suas crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos uma educação municipal cada 
vez mais enriquecida por valores, éticos, estéticos, políticos, espirituais, ecológicos de 
modo a consolidara escola pública sob os princípios da educação integral, nos uniu até 
aqui. 
 
A Undime Bahia, reconhece e agradece o importante e valoroso trabalho realizado por 
todos os especialistas e formadores do Programa, mas especialmente, reconhece e 
agradece todas as equipes de educadores das redes municipais de ensino dos27 
territórios de identidade baiano que se autorizaram a autorar seus Referenciais 
Curriculares, mesmo em condições tão adversas como a que estamos vivendo em 
2020 em razão da pandemia pela COVID 19. 
 
É nosso desejo ainda, que dentro em breve estejamos sentindo o perfume das flores e 
o sabor dos frutos suculentos que serão colhidos a partir do trabalho realizado até aqui 
e, também, do que será realizado em cada sala de aula das escolas da nossa Bahia. O 
7 
 
 
 
 
desafio apenas começou! Passamos para aproxima etapa: O processo formacional no 
cotidiano das escolas. A Undime continuará na luta e na parceria com cada um dos 
417 municípios da sua seccional. O Movimento Curriculante apenas teve início, e as 
com-versações curriculares continuam! 
 
Um grande abraço. 
 
 
 
Equipe Undime Bahia 
8 
 
1 
NÓVOA, António. Formação de Professores e Trabalho Pedagógico. Lisboa: EDUCA, 2002. 
2 
Ver, na tese, indicada abaixo, a referência completa. 
3 
MOURA, Gerusa do L. C. de Oliveira. A formação do pedagogo e o pedagogo em formação: contrastes entre a(s) política(s) 
de sentido de formação nas Diretrizes Curriculares Nacionais e as experiências formativas compreendidas na cotidianidade dos 
atos de currículo UFBA: Salvador, 2017, p. 49. 
4 
MACEDO, Roberto S. Currículo: campo, conceito e pesquisa. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 27. 
 
 
 
Queridos e Queridas, 
 
 
Foi e é uma grande honra ter experienciado com vocês este momento histórico 
formacional da construção dos seus respectivos Documentos Referenciais Curriculares 
Municipais, por vários e diferentes motivos. Destes, destaco, em especial, o de termos 
participado da/na História da Educação do Brasil e da Bahia, do movimento de 
construção de uma política pública de currículo-formação, com e por professores e 
professoras, em rede, entre Redes educacionais, onde, cotidianamente, constroem-se, 
individual e coletivamente, saberes-fazeres-poderes pessoais, profissionais e 
institucionais, parafraseando Nóvoa1, no contexto do trabalho pedagógico, com e na 
escola. 
Discutir currículo, suas políticas e práxis é, também, tomar, nas mãos, a 
discussão sobre o saber-fazer-poder que se legitima como formacional, em função 
dos princípios e objetivos da construçãode um projeto de nação, via educação 
formal. Neste contexto, escrever é comunicar e comunicar-se, em uma proposta 
coletiva de formação com/para nossas crianças, adolescentes, jovens, adultos e 
idosos. E, por conseguinte, com/para os profissionais que atuam, diretamente, na 
área educacional, sejam professores, equipes gestoras e técnico- pedagógicas das 
Secretarias Municipais e das Escolas, Pessoal de apoio, Conselhos educacionais e a 
Comunidade local. Então, esse Referencial deverá ter força de lei, o que significa 
dizer que tem o poder de regular e regulamentar os processos educacionais formais, 
em seus municípios. 
No entanto, lembro a vocês que a instância de construção do Currículo é a 
Escola. É, lá, onde as políticas se materializam ressignificadas, reconstruídas, 
interpretadas, traduzidas, alteradas e traídas, por serem, conforme defendo em 
Moura (2017), inspirada em Ball (2011)2, 
[...] recontextualizadas em práxis não lineares, nem automáticas, mas em 
processos complexos e problemáticos uma vez que envolvem as 
interpretações e as necessidades dos contextos. Em termos de políticas 
educacionais, considera que os professores trazem suas experiências para 
o processo de conversão das políticas em práticas. Isto significa dizer que 
compreende que os professores são atores sociais e têm histórias de vida 
relacionadas à escola e ao currículo[...]
3
, 
 
9 
 
5 
MOURA, Gerusa do L. C. de Oliveira. A formação do pedagogo e o pedagogo em formação: contrastes entre a(s) política(s) 
de sentido de formação nas Diretrizes Curriculares Nacionais e as experiências formativas compreendidas na cotidianidade dos 
atos de currículo UFBA: Salvador, 2017, p. 48. 
6 
Idem anterior, p. 50. 
 
 
 
nas dinâmicas dos “atos de currículo”4, que, ao mesmo tempo, são ato político e ato 
pedagógico. No primeiro sentido, porque “[...] se passa em meio ao conflito entre 
interesses diferentes, divergentes, incompatíveis e excludentes entre si, tanto no 
plano individual quanto no coletivo, que é a matéria prima da política”5. No segundo, 
[...] porque está presente na mediação da construção de conhecimento, nas 
escolhas e decisões da organização do trabalho pedagógico, dos 
dispositivos, dos métodos, da avaliação, do conteúdo, não só durante o 
processo de planejamento, mas no momento mesmo em que as atividades 
estão acontecendo em uma dinâmica própria, não reproduzida, única daquele 
espaçotempo, com os sujeitos e suas redes de significação
6
. 
Finalizo, parabenizando o coletivo envolvido na construção desse Documento 
Referencial Municipal, pela coragem de aceitar o desafio do pioneirismo, na 
produção de um texto coletivo que pretende orientar as políticas e práxis de currículo 
formação, em toda a Rede e/ou Sistema educacional do Município, buscando 
garantir o respeito à diversidade de cada contexto e às suas necessidades e 
produções locais, não se rendendo, às tentativas de implementações acríticas de 
propostas externas às suas realidades. 
Parabenizo, especialmente, por essa realização coletiva, em um momento 
histórico de adversidade pandêmica mundial, que desafia a ciência e a comunidade 
científica, na procura da prevenção, tratamento e cura da covid-19, o que nos tem 
exigido o afastamento social de maneira presencial, em função do cuidado e da 
cautela com a saúde e com a vida, por isso, os Encontros e Atividades foram 
realizados por meios digitais remotos. 
Agradeço, imensamente, pelo tempo de convívio saudável, prazeroso e 
formacional. Pela confiança, respeito e carinho. Pela amizade e, sobretudo, pelos 
desafios que os contextos e as situações adversas nos lançaram, fazendo-nos ser 
melhores, lembrando-nos sempre que o melhor de nós é que somos seres 
aprendentes em qualquer espaço e em qualquer tempo. 
Que vocês tenham, na alegria dessa finalização, a dimensão do seu lugar, 
nesta conquista para a História da Educação do Brasil, da Bahia e do seu Município. 
Afetuoso abraço, 
Gerusa do Livramento Carneiro de Oliveira Moura, Professora. 
 
Bahia, primavera de 2020 
 
 
10 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
1. Apresentação. ........................................................................................... 11 
2. Inhambupe e seus Elementos Identitários glocais ................................ 14 
 
2. 1 - A origem 
2. 2 - Formação administrativa 
2. 3 - Inhambupe e seus elementos identitários 
3. Marcos Teóricos, conceituais e metodológicos ..................................... 23 
4. Marcos Legais .......................................................................................... 32 
5. Modalidades da Educação Básica no contexto local ............................. 48 
 
5.1 – Educação Especial 
5.2 – A Educação de Jovens e Adultos 
5.3 – Educação do Campo 
6.- Temas Integradores do Documento Curricular Referencial de Inhambupe. .... 87 
6.1 – Os temas integradores do Município de Inhambupe 
6.1.2 - Educação em Direitos Humanos 
6.1.3 – Direitos da Criança e do Adolescente 
6.1.4 - Educação para o Trânsito 
6.1.5 – Educação Alimentar, Nutricional e Saúde 
6.1.6 – Diversidade Cultural e Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino 
de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana, Indigena 
6.1.7 – Educação Ambiental 
6.1.8 – Educação Financeira e Fiscal 
6.1.9 – trabalho, Ciência, Tecnologia e Cultura Digital 
 
7. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO 
INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL ..................................................... 99 
7.1 – Educação Infantil ............................................................................... 100 
 
7.2 – Ensino Fundamental .......................................................................... 114 
 
8. ANEXOS .................................................................................................. 376 
8.1 – Produções dos Geas 
8.2 - Fotos de alguns momentos 
 
9. REFERENCIAS ....................................................................................... 499 
 
11 
 
12 
 
 
 
 
Analisar a importância do currículo escolar no meio educacional, social e 
cultural, vem sendo uma das maiores e significativas discussões dentro do 
contexto escolar. É importante e necessário que a escola, juntamente com os 
professores, pais e comunidade escolar em geral, sejam capazes de refletir, 
analisar, compreender e verificar que o currículo é um elemento de suma 
importância no âmbito escolar e nesse sentido, no planejamento concreto das 
atividades elaboradas. 
A palavra “currículo” deriva do latim “curriculum”, e refere-se ao curso, à 
rota, ao caminho da vida ou das atividades de uma pessoa ou grupo de pessoas. O 
currículo então, é entendido como transformação, não apenas no que se refere a 
mudar o sentido, mas de buscar novas alternativas, novas soluções, novas metas 
e conquistas. O currículo consiste em transformar o impreciso em conhecido 
envolvendo assim um ensino-aprendizagem qualitativo. Sua função socializadora, 
não pode ser vista e nem compreendida como “acúmulo” de disciplinas isoladas, 
fragmentadas, com conteúdos de modo tradicional, transmitidos sem reflexão, mas 
sim, deve oportunizar aos educandos condições de conhecimentos que atendam 
as diversas realidades sociais existentes, de maneira ampla, real, significativa, 
reflexiva, dinâmica, democrática, inclusiva, ética e normal. 
Segundo Freire (1959, p.8), “O homem é um ser de relações que estando no 
mundo é capaz de ir além, de projetar-se, de discernir, de conhecer (...) e de 
perceber a dimensão temporal da existência como ser histórico e criador de 
cultura.” Entende-se assim, que conteúdos, metodologias e os fundamentos 
epistemológicos que alicerçam a construção curricular, devem estar 
contextualizados e influenciados pela cultura e experiências de vida dos atores 
envolvidos nessa construção. 
Nesse sentido, é importante analisarmos o que segundo nos diz a Lei de 
Diretrizes e Bases (LDB) Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996:Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino 
fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a 
ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada 
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas 
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da 
economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013) 
13 
 
 
 
 
 
 
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, 
obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, 
o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e 
política, especialmente do Brasil. 
 
Fica evidente entender que a escola deve refletir de maneira efetiva sobre o 
conhecimento que o aluno devem se apropriar para exercerem sua cidadania de 
maneira plena, e critica, definindo ainda dentro do currículo “a abrangência 
obrigatória, do estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do 
mundo físico e natural, de forma que se assegure a realidade local e social do 
educando, como já estabelece o artigo 22 da mesma Lei: 
 
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver 
o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para 
o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no 
trabalho e em estudos posteriores. 
 
É importante então verificar a preocupação da lei em garantir que os alunos 
tenham uma formação que lhes possibilite realizar diferentes leituras no panorama 
social. 
Portanto, elaborar um currículo é dar o olhar necessário e preciso para a 
Educação. É sair da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que é o documento 
que compila todos os conhecimentos e adentrar às nossas escolas, determinando 
estratégias metodológicas adequadas aos nossos alunos, à nossa realidade, 
redesenhando nossa história, criando nossos contextos e construindo juntos a vida 
dos nossos estudantes e nossos educadores. 
 
14 
2 - Inhambupe e seus Elementos 
Identitários Glocais 
15 
 
 
 
 
2. 1 A origem 
 
"Inhambupe" é uma palavra proveniente da língua tupi, significando "no rio 
dos inhambus". Trazendo um pouco da história do nosso município, ele foi 
instalado em 1728. De acordo com a tradição local, no final do século XIX, o 
místico Antônio Conselheiro passou pela cidade, antes da Guerra de Canudos. 
entre 1572 e 1582, desenvolveu-se a catequese indígena à margem esquerda do 
Rio Inhambupe, denominado Rio Inhambupe de Cima. Posteriormente, os jesuítas 
estabeleceram um colégio em Água Fria e estimularam a povoação da região. A 
partir de 1624, uma sesmaria foi concedida a um Marechal da Casa da Torre dos 
Garcia D'Ávila, que erigiu uma igreja sob a invocação do Divino Espírito Santo de 
Inhambupe, em torno da qual foram surgindo casas, contribuindo para a formação 
e evolução da nova comunidade. 
Em 1718 o povoado passou a pertencer à Freguesia de Água Fria, vila 
criada em 1710 e notável pelo colégio dos jesuítas. Mais tarde, foi a capela 
elevada à categoria de paróquia, ficando, porém, o povoado de Inhambupe de 
Cima subordinado a Água Fria até 1727, quando Vasco Fernandes Cézar de 
Menezes, pela Resolução de 24 de abril, elevou a povoação à categoria de vila. 
Em 26 de junho de 1801, por Carta Régia, foi instalada a Vila de Inhambupe 
de Cima, sendo criada a freguesia em 7 de novembro de 1816. Inhambupe ganhou 
foros de cidade em 6 de agosto de 1806, pela Lei Estadual nº. 134. 
Fonte: IBGE 
 
 
 
2.2 Formação administrativa 
Distrito criado com a denominação de Inhambupe, pelo Alvará de 07-11- 
1816. 
Elevado à categoria de vila com a denominação de Inhambupe, pela 
Resolução de 28-04-1728 e Carta Régia de 26-01-1801, desmembrada de Água 
Fria. Sede no antigo Distrito de Inhambupe. Instalada em 13-03-1802. 
Elevado à condição de cidade com a denominação de Inhambupe, pela Lei 
Estadual nº 134, de 06-08-1896. 
Pela Lei Municipal nº 1, de 20-10-1909, foram criados os distritos de 
Barreiro, Bebedouro, Caetitú, Calumbi, Caueira, Curralinho, Encantado, Gibóia, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_tupi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Conselheiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Canudos
16 
 
 
 
 
Jacu, Junco, Lagoa, Mulungu, Recreio e Tanquinho e anexados ao Município de 
Inhambupe. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece 
constituído de 17 distritos: Inhambupe, Aporã, Barreiro, Bebedouro, Caetitu, 
Calumbi, Caueira, Curralinho, Encantado, Gibóia, Jacu, Junco, Lagoa, Mulungu, 
Recreio, Serra e Tanquinho. 
Pela Lei Municipal nº 5, de 11-02-1926, é criado o Distrito de Sátiro Dias e 
anexado ao Município de Inhambupe. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é 
constituído de 4 distritos: Inhambupe, Aporá, Itapororocas e Sátiro Dias. Não 
figurando os distritos criados pela Lei Municipal nº 1, de 20-10-1909. 
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31- 
XII-1937. 
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 11089, de 30-11-1938, o Distrito de Itapororoca 
é extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município Inhambupe. 
Pela mesmo Decreto acima citado é criado o Distrito de Itamira (ex-Serra do 
Aporá), com terras desmembrada do extinto Distrito de Serra e anexado ao 
Município de Inhambupe. 
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 
distritos: Inhambupe, Aporá, Itamira Sátiro Dias. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955. 
Pela Lei Estadual nº 1021, de 14-08-1958, desmembra do Município de 
Inhambupe o distritos de Aporá e Itamira, para constituírem o novo Município de 
Aporá. 
Pela Lei 1032, de 14-08-1958, desmembra do Município de Inhambupe o 
Distrito de Sátiro Dias. Elevado à categoria de município. 
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do 
distrito sede. 
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. 
Fonte: IBGE 
 
 
2. 3 Inhambupe e seus elementos identitários 
 
 
Localizado no Território Agreste Litoral Norte, Estado da Bahia, o município 
de Inhambupe está a aproximadamente 168 km da capital Salvador limitando-se 
17 
 
Mapa da Região Agreste Litoral Norte Mapa de Inhambupe 
 
 
 
com os municípios de Alagoinhas, Aramari, Sátiro Dias, Aporá, Olindina, Água fria, 
Crisópolis e Entre Rios. Tem como a sua principal via de acesso a BR110. A 
população geral do município, conforme dados do IBGE no último censo no ano de 
2010 era de 36.306 pessoas, sendo estimado para 2020 uma população de 40.333 
pessoas distribuídos entre a Zona Urbana e Zona Rural. O município apresenta 
densidade demográfica de 29,70 hab/km² e índice de Desenvolvimento Municipal 
de 0,565. O seu território é de 1082,260 km² e seu gentílico é inhambupense. 
 
 
 
 
Não podemos trazer a noção do nosso território inhambupense, sem trazer 
as questões ligadas a nossa territorialidade. Spink, 2001 afirma que quando se fala 
em lugar, isso também diz respeito às noções de significados, identidades e 
singularidades. 
Segundo o Dicionário Aurélio: 
Território: 
1 - grande extensão de terra; 
 
2 - área de município, distrito, estado, país etc. 
Territorialidade: 
18 
 
 
 
 
1.caráter, condição ou qualidade do que é territorial. 
2.comportamento relacionado à defesa do território contra invasores. 
 
 
De acordo com os processos de desenvolvimento, os estudos sobre 
território estão focando cada vez mais nas questões de caráter local do que de 
dimensões maiores. Desta maneira o propósito é fortalecer suas culturas resistindo 
às imposições de outras culturas avançadas. Segundo santos (1985), o território 
corresponde ao palco onde se realizam as atividades criadas, a partir da herança 
cultural do povo que ocupa, é também uma fração do espaço local articulada ao 
mundial (glocal). 
As reflexões sobre Territorialidade procuraram interpretar a compreensão e 
apreensão do conceito de territórioe seus desdobramentos como 
uma representação muito mais do que o espaço geográfico. Assim, um município 
pode ser considerado um território, mas com múltiplos espaços intraurbanos que 
expressam diferentes arranjos e configurações sócioterritoriais possibilitando 
articular território (e seu uso) às pessoas e ao cotidiano destas, pois são as 
múltiplas escalas geográficas que produzem as diferentes dimensões da vida, de 
relações, de expectativas , de trocas, de disputas, de construção e desconstrução 
de vínculos cotidianos, contradições e conflitos, e de sonhos, que revelam os 
significados atribuídos pelos diferentes sujeitos com características políticas, 
econômicas e culturais. 
Nessa perspectiva é que se insere a valorização e a importância do 
fortalecimento do território pensado como localização e como elemento essencial 
para a efetivação do reconhecimento cultural como marca identitária dos sujeitos 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Baianas no cortejo da Lavagem da Igreja 
Fonte: Ascom Inhambupe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roda de Capoeira no Anfiteatro da Praça da Matriz 
Fonte: Ascom Inhambupe 
 
 
 
inhambupenses. Esse processo de construção da identidade, realizada no âmbito 
individual e coletivo, faz menção ao fato de que o indivíduo vai se desenvolvendo 
como um ser único, com suas especificidades, ao longo de sua trajetória de vida 
particular. E, que como ser social, transita por diferentes contextos e grupos, seja 
na escola, na família, no trabalho, possibilitando a troca de experiências com esses 
grupos e, a partir delas se identificando ou não com os mesmos e, desenvolvendo, 
quando há esta identificação, o sentimento de pertencimento. 
 
 
 
Dentre os processos identitários construídos pelos sujeitos não podemos 
esquecer daqueles marcados pelos aspectos da globalização, e homogeneização 
cultural. Isto é, identidades que em função da globalização, perderam suas 
características particulares e, passaram a ser muito similares a outras, refletindo no 
comportamento dos sujeitos, nos produtos e serviços que utilizam, nos seus 
hábitos alimentares, entre outros aspectos; as identidades pluriculturais que tem 
interferência do global, sem perder sua essência particular como por exemplo o 
uso de tecnologias, acompanhando a dinâmica mundial. E as identidades de 
resistência, são aquelas marcadas por um profundo reforço de antigas memórias 
da coletividade que resistem ao processo de homogeneização fruto da 
globalização, mantendo-se tal qual foi concebida ou muito próxima a isso. Exemplo 
quando os nossos munícipes costumam conservar a memória vivida nessa base 
material, por meio de relatos orais, mitos, rezas, contos, causos, entre outros. 
20 
 
 
 
 
 
Portanto, pode-se afirmar que os conceitos de território, territorialidade e 
identidade territorial, se aplicam na dinâmica territorial das nossas comunidades 
através das nossas vivencias, do samba de roda, das festas e cultos religiosos, 
das cavalgadas, vaquejadas, festas juninas, benzedeiras(os), práticas das religiões 
de Matrizes Africanas, campeonatos de futebol amador, reisados, novenários 
comemorados em cada comunidade desta cidade, lavagem da igreja, da feira livre, 
entre outras. Recentemente outras práticas culturais também estão ganhando seus 
espaços, a exemplo de grupos de danças e batalhas de rap/trap. 
 
Feira livre de Inhambupe 
 
Inhambupe também traz consigo um fato de orgulho e curiosidade: é o único 
município que tem um cemitério espírita, um Cemitério Secular construído em 1916 
por Bonifácio Gil da Silva e Dr. Quintiliano Fracelino da Silva e reconstruído em 
1968 por Almiro Silva e Valdemar José da França. É o único cemitério Espírita do 
mundo, o mesmo fica localizado entre Rua Francisco Pinto com a rua Abdon 
Guerra. São esse fatos que tornam a cidade única e especial se tratando de seus 
aspectos glocais. É preciso pensar nos sujeitos inhambupenses com suas 
totalidades e potencialidades e são essas práticas culturais que caracterizam o 
nosso povo, um povo acollhedor, hospitaleiro e de sorriso farto. 
 
Tradicional São João de Inhambupe na Praça de Eventos Apresentação do grupo de dança no Anfiteatro localizado na 
Praça da Matriz 
Cavalgada, evento tradicional na cidade de Inhambupe 
21 
 
 
 
 
Vale ressaltar que a nossa economia é basicamente ligada a agricultura e 
pecuária. Na agricultura, o Município é destaque na produção de laranja, sendo o 
terceiro maior produtor da Bahia; Limão, sendo um grande exportador para Europa 
através da iniciativa privada. Há potencial produtivo e produz: maracujá, hortaliças 
em geral, mandioca, batata doce, banana, mamão, goiaba, acerola, abobora, 
melancia, feijão e outras culturas anuais com maior destaque para o milho. 
Na pecuária, é destaque na produção de bovinos para finalidade de leite e 
carne, inclusive com abatedouros legalizados. Há potencial e produz também: aves 
de corte e postura, suínos, caprinos e ovinos. 
Nos últimos anos o município passou a contar com uma nova cadeia 
produtiva, a cadeia da piscicultura, principalmente na região de Saquinho, Colônia I 
e Colônia II. 
Se tratando do trabalho e renda, uma grande parte dos dos nossos munícipes 
vivem do trabalho prestado às empresas privadas situada no campo ou na cidade 
(florestais, cítricas, cerâmicas, lojas, supermercados e etc.); outros por falta de 
oportunidades, buscam alternativas de vida nas grandes cidades brasileiras; e há 
aqueles que captam renda através do trabalho informal, nas fazendas e ou 
propriedades de pessoas de alto poder aquisitivo. 
Vale destacar ainda, aqueles que buscam renda através da produção 
agropecuária, sendo que além da comercialização direta ou não dos produtos, 
praticam neste ato a agricultura de subsistência. Nesse sentido, esses pequenos 
produtores comercializam os seus produtos nas feiras livres ou até mesmo para 
outros produtores "maiores" como meios de sobrevivência. 
A Feira Livre de Inhambupe que acontece às quartas feiras e sábado é uma 
“porta de saída” para alguns produtores no quesito comercialização, enquanto para 
outros, a única alternativa são os atravessadores. Raros são aqueles que realizam 
negócio comercial com indústrias. Isso acontece em função da falta de pesquisa no 
mercado, optando pelo mercado mais próximo da lavoura. Foi pensando na 
necessidade dos produtores, que hoje, o Município possui uma Câmara Fria para 
armazenamento dos produtos agrícolas, os quais serão destinados direto para 
indústria. Inicialmente, através do programa da Roça para Fábrica, priorizando a 
produção frutífera local. 
São esses elementos identitários e marcantes que fazem a força do município, 
levando em consideração aspectos culturais, ambientais e socioeconômicos de 
maneira que as abordagens desses elementos sirvam de referências para 
22 
 
 
 
 
estratégias e apoio na construção de um currículo que aproxime o sujeito da sua 
realidade, valorizando suas histórias e raízes. 
 
23 
3 - Marcos Teóricos e 
Conceituais Metodológicos na 
Educação de Inhambupe-Ba 
24 
 
 
 
O Documento Referencial Curricular Municipal de Inhambupe-Ba, para 
a Educação Infantil e Ensino Fundamental, aborda os diferentes desafios da 
rede de ensino, encontrados em uma sociedade singular e plural, os quais 
requerem dos espaços escolares esforços e ações que possibilitem aos educandos 
aprendizagens pautada na realidade dos mesmos, para que assim também se 
possa acompanhar os avanços ocorridos principalmente na tecnologia, fatores que 
abrangem o universo. 
Nessa perspectiva, a educação do município de Inhambupe tem buscado 
diante de suas condições atender as necessidades e exigências impostas por uma 
sociedade atuante e em desenvolvimento na Era do Conhecimento e da 
Informação. Diante disso, é relevante que a comunidade escolar reflita sobre o 
conceito do Currículo, o qual norteia o trabalhodos educadores na organização 
dos saberes com o objetivo de mediar processos formativos, direcionar e 
organizar(criar) documentos que embasam a educação municipal. 
De acordo com o Documento Curricular Referencial da Bahia (2019): 
 
 
Nesse sentido, é importante que as escolas e suas comunidades reflitam 
sobre a compreensão do Currículo como uma tradição inventada, como 
um artefato socioeducacional, que se configura nas ações de 
conceber/selecionar/produzir, organizar, institucionalizar, 
implementar/dinamizar saberes e atividades, visando mediar processos 
formativos. Formação que se implica e se configura pela construção de 
qualificações constituídas na relação com os saberes eleitos como 
formativos (DCRB, 2019, p. 31). 
 
 
No entanto, o Currículo de Inhambupe propõe e estabelece as 
aprendizagens escolares, oferecendo diretrizes que buscam assegurá-las como 
direitos a todos os estudantes do município, de acordo com suas necessidades, 
comprometendo-se para que se desenvolvam e tornem-se capazes de enfrentar as 
demandas atuais e futuras perante uma sociedade que vive em constante 
desenvolvimento. Nesse sentido, este documento apresenta um percurso pelo qual 
os estudantes de Inhambupe precisam passar por meio das aprendizagens 
essenciais durante sua trajetória na educação básica. 
Diante disso, compreende-se que o referencial é um ponto de partida a ser 
usado para a elaboração de outros documentos orientadores institucionais, 
construindo de forma coletiva e colaborativa, com os sujeitos e em cada contexto 
escolar. Nesse sentido, a escola deve estar comprometida com o desenvolvimento 
25 
 
 
 
 
do educando, promovendo situações que possibilitem aprendizagem e articulem 
conhecimentos, habilidades e atitudes no exercício da autonomia do indivíduo, e o 
estabelecimento de compromisso na construção e melhoria do ambiente em que 
vivem. 
Considerando os diversos contextos existentes nas áreas e modalidades da 
educação básica, o documento assume uma visão plural, singular e integral da 
criança, do adolescente, do jovem e do adulto, respeitando suas limitações e 
potencialidades como sujeitos de aprendizagens, que possuem direitos e deveres, 
capazes de se realizar em todas as dimensões. 
Baseado na BNCC e no DCRB, também estruturado pelos Campos de 
Experiência na Educação Infantil e por Competências no Ensino Fundamental, este 
documento prevê em sua constituição, flexibilidade para que as unidades escolares 
e seus educadores possam adequar outras experiências relevantes e pertinentes 
para a aprendizagem dos alunos. 
 
BNCC e currículos tem papéis complementares para assegurar as 
aprendizagens essenciais definidas para cada etapa da Educação Básica, 
uma vez que tais aprendizagens só se materializam mediante o conjunto 
de decisões que caracterizam o currículo em ação. São essas decisões 
que vão adequar as proposições da BNCC à realidade local, considerando 
a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituições 
escolares, como também o contexto e as características dos alunos 
(BRASIL, 2017, pg. 16). 
 
 
Dessa forma, percebe-se a importância de elaborar o Documento 
Curricular Referencial Municipal de Inhambupe, baseado em outros 
documentos legais, alinhando-o a realidade da educação regional e municipal, 
considerando os conhecimentos prévios dos educandos, tornando assim a 
aprendizagem significativa, possibilitando ao professor reflexão sobre a própria 
prática com o objetivo de propor intervenções que desenvolvam as competências 
habilidades dos alunos. 
Considerando-se também que em cada etapa seja ela criança, adolescente, 
jovem ou adulto, os estudantes possuem características em comum, é preciso 
reconhecer a pluralidade de infâncias e juventudes que perpassa pelas 
construções culturais, históricas, socioeconômicas, políticas, religiosas, entre 
outras que estão no mundo em que vivem de modo singular. 
 
Nos estudos atuais, defendemos a ideia da criança sujeito que se produz 
dentro de realidades, por isso, afeta e é afetada pelo contexto no qual 
26 
 
 
 
 
interage. Em contrapartida, negamos a infância universal e padronizante. 
Concebemos a diversidades no campo da infância como espaço de 
construções e interações relacionadas à cultura e ao lugar no qual a 
identidade das crianças se constitui e se encontra em permanente devir. 
Conclamamos uma infância inter/multicultural nas dimensões política, 
econômica, cultural, geográfica e social (GONÇALVES, 2017, p. 24). 
 
 
Esses diversos contextos foram e continuam sendo fatores de desigualdade 
educacional em relação ao acesso, permanência e qualidade. É preciso superar 
essa visão, para isso faz-se necessário conhecer os estudantes, reconhecer as 
diferenças que trazem consigo, para assim poder orientar o trabalho pedagógico 
com o objetivo de acolhimento que possibilitem o desenvolvimento dos estudantes 
na medida das possibilidades, interesses, necessidades e limitações que 
apresentam, de maneira a promover situações que oportunize a superação da 
exclusão histórica que atravessa a escolarização básica dos sujeitos. 
É preciso fortalecer políticas que visem garantir os direitos de todos os 
estudantes atendidos na rede municipal de ensino, viabilizando condições 
adequadas às aprendizagens, considerando a diversidade e as necessidades 
apresentadas por cada indivíduo as quais influenciam no processo de 
desenvolvimento dos mesmos. 
Assim, considera-se a importância das Competências Gerais da Educação 
Básica apresentadas pela Base Nacional Comum Curricular, as quais tem como 
finalidade assegurar a qualidade da aprendizagem dos educandos, concebidos de 
atitudes e valores, que aprimoram suas competências e habilidades, tornando-os 
aptos a corresponder com as demandas cotidianas do seu contexto social. 
 
 
COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo 
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar 
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e 
inclusiva. 
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, 
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, 
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e 
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes 
áreas. 
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às 
27 
 
 
 
 
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico- 
cultural. 
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e 
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das 
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar 
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir 
sentidos que levem ao entendimento mútuo. 
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação 
de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais 
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, 
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na 
vida pessoal e coletiva. 
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de 
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias 
do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao 
seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e 
responsabilidade. 
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, 
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e 
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo 
responsávelem âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em 
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, com- 
preendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos 
outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo- 
se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com 
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus 
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer 
natureza. 
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, 
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, 
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 
28 
 
 
 
 
Nesse contexto, o Documento Curricular Referencial do Município de 
Inhambupe para o Ensino Fundamental e Educação Infantil baseado no DCRB, 
afirma que a necessidade das aprendizagens produzidas e conquistadas pelas 
competências se estabeleçam a partir da qualificação integral da formação 
científica, tecnológica, sociotécnica, ética, política, estética, cultural e emocional 
que promova a equidade. 
Segundo Pérez Gómez (2015), 
 
 
[...] as competências são sistemas complexos, pessoais, de compreensão 
e de atuação, ou seja, combinações pessoais de conhecimentos, 
habilidades, emoções, atitudes e valores que orientam a interpretação, a 
tomada de decisões e a atuação dos indivíduos humanos em suas 
interações com o cenário em que habitam, tanto na vida pessoal e social 
como na profissional (PÉREZ GÓMEZ, 2015, p. 74). 
 
 
Para tanto, de acordo com o Documento Curricular Referencial da Bahia, é 
importante priorizar o desenvolvimento das competências, compreendendo que um 
referencial contemporâneo precisa ajustar tanto por meio de saberes 
historicamente construídos, quanto pelos acontecimentos e pelas inúmeras 
experiências significativas para um Currículo da Escola Básica, articulando as 
aprendizagens às habilidades. 
Garantindo essa fundamentação, a Educação Infantil e o Ensino 
Fundamental, as modalidades Educacionais pleiteadas pelo nosso Sistema 
Educacional, assim como os Temas Integradores, distintivos da nossa Educação 
Básica, uma visão integrada, conectiva e transversalizada pela concepção de 
equidade social, através de educação de qualidade para todos. 
O Currículo do município de Inhambupe-Ba, assume a necessidade de 
propor políticas públicas que viabilizem o desenvolvimento de uma educação de 
qualidade em seus diversos ambientes, principalmente políticas de formação de 
professores, entre outras formas de organizar o tempo e o espaço escolar, 
elaboração de amplas estratégias, articuladas com o objetivo de preparo para o 
enfrentamento dos desafios atuais propostos nos diferentes contextos do campo 
ou território onde está inserido. 
Trata-se de um documento que vislumbra uma educação comprometida com 
o desenvolvimento de competências que introduz além do domínio do 
conhecimento, pressupõe também o domínio de atitudes e habilidades pautadas 
29 
 
 
 
 
em pedagogias e metodologias ativas e necessárias para atuação e desempenho 
do indivíduo no ambiente em que vive e atua. 
Nesse contexto a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, assim como as 
demais etapas, requer pensarmos o currículo de acordo ao público atendido na 
rede municipal de Inhambupe-Bahia, considerando suas histórias, necessidades, 
tempos humanos, sem perder de vista os direitos de aprendizagem aos alunos 
garantidos de acordo com a BNCC. 
Arroyo (2007) afirma que: 
 
 
{...} organizar a escola, os tempos e os conhecimentos, o que ensinar e 
aprender respeitando a especificidade de cada tempo de formação não é 
uma opção a mais na diversidade de formas de organização escolar e 
curricular, é uma exigência do direito que os educandos têm a ser 
respeitados em seus tempos mentais, culturais, éticos e humanos 
(ARROYO, 2007, p. 45-46). 
 
 
É relevante compreender e considerar os processos educativos vivenciados 
pelos alunos na Educação Infantil, vivencias essas que enriquecem as 
experiências desta etapa, preparando-os para o período de transição entre esta 
etapa e o Ensino Fundamental, e assim também no decorrer do processo de 
alfabetização e na transição das demais etapas. Nesse primeiro período transitório 
é preciso preparar os estudante para que os mesmos não sejam surpreendidos 
pelo novo, o qual pode dificultar o processo de ensino-aprendizagem, já que a 
Educação Infantil fundamenta-se nas brincadeiras, nos jogos, na ludicidade, nas 
músicas e nas experiências. A aproximação entre essas duas etapas torna-se 
essencial e requer dos professores estratégias e metodologias que facilitem a 
adaptação dos educandos nesse movimento no que diz respeito ao acolhimento, 
às rotinas, às metodologias entre outras situações que constituem o cotidiano 
escolar de cada etapa. 
Dessa maneira, vale salientar também o quanto é relevante a aproximação 
entre os profissionais que atuam nas duas etapas em questão, para que assim se 
possa estabelecer equilíbrio nesse percurso escolar, para que essa mudança não 
crie nos estudantes uma compreensão de que a escola passa a ser apenas um 
lugar de fazer dever, copiar atividades, ficar sentando, perdendo dessa maneira a 
ideia de uma ambiente agradável, instigador e atrativo, onde os mesmos vão 
dando continuidade ao desenvolvimento de suas habilidades decorrentes das 
vivencias ocorridas na etapa anterior. Esses mesmos cuidados deve-se ter na 
30 
 
 
 
 
transição dos educandos dos anos iniciais para os anos finais, pois a dinâmica das 
aulas dessa ultima etapa do Ensino Fundamental é totalmente diferente das 
anteriores, pois tanto da Educação Infantil quanto nos anos iniciais as aulas de 
todos os componentes curriculares são ministradas por apenas um professor, já 
nos anos finais são ministradas por vários profissionais, cada um com sua maneira 
de ensinar, interagir, instigar, motivar, diagnosticar e avaliar. 
Assim, entende-se que o momento de transição exige dos professores um 
olhar delicado para os estudantes que necessitam de incentivo diante do desafio 
que a nova etapa apresenta para os mesmos. 
Nessa perspectiva o Documento Curricular Referencial de Inhambupe-Bahia 
visa a garantia de uma educação de qualidade constituída por meio de pedagogias 
ativas, respeitando as experiências e vivencias dos indivíduos envolvidos nesse 
processo, possibilitando assim aprendizagens significativas que permearão por 
toda a vida dos estudantes em desenvolvimento e formação, tornando-os capazes 
de lidar com os diversos desafios da sociedade. 
 
31 
4- MARCOS LEGAIS QUE EMBASAM 
O REFERENCIAL CURRICULAR DO 
MUNICÍPIO DE INHAMBUPE 
32 
 
 
 
 
A educação compreendida como um Direito Humano confronta os conceitos 
segregadores, excludentes, vivenciados nas políticas educacionais do nosso país. 
Os avanços na legislação em âmbitos nacional, estadual e municipal atenuam as 
marcas historicamente deixadas pela educação privilegiada e asseguram uma 
educação baseada em princípios de justiça social, igualdade de oportunidades e 
equidade de direitos. 
O Sistema da Rede Municipal de Educação de Inhambupe está baseado em 
marcos legais que estabelecem normas e bases orientadoras para a Educação e 
se apresentam como um instrumento em defesa do direito de desenvolvimento e 
aprendizagem das suas crianças/estudantes. 
Nessa perspectiva, os parâmetros normativos a seguir que versam este 
Referencial Curricular, fundamentam-se em documentos legais nacionais e 
internacionais que legitimam o direito a educação e as políticas públicas nos 
âmbitos educacionais, nos níveis infantil e fundamental, bem como nas 
modalidades Campo, Indígena, Quilombola, EPJAI e Educação Especial. Destes,podemos citar: 
 
I- PRINCÍPIOS DA EDUCAÇAO 
 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, no 
artigo 2º, define os princípios gerais e finalidades da educação: 
 
“A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de 
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o 
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício e sua 
qualificação para o trabalho. ” (BRASIL, 1996). 
 
 
Com fundamento na Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases (LDBEN) nº 
9.394/96, no inciso IV do artigo 9º, afirma que cabe à União estabelecer, em 
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e 
diretrizes para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que 
nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação 
básica comum (BRASIL, 1996). 
33 
 
 
 
 
Ainda na Lei de Diretrizes e Bases (LDBEN) nº 9.394/96, no artigo 3º, 
delineiam-se os princípios basilares para o ensino: 
 
“[...] I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber; 
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII - valorização do profissional da educação escolar; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da 
legislação dos sistemas de ensino; 
IX - garantia de padrão de qualidade; 
X - valorização da experiência extraescolar; 
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 
12.796, de 2013). 
 
II- DO DIREITO À EDUCAÇAO 
 
 
 
A Constituição Federal de 1988, inspirada pela Declaração Universal 
dos Direitos Humanos (1948), no artigo 205, reconhece a educação como: 
“[...] direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo ao exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988). 
 
 
Além da garantia do direito à educação, a Constituição de 1988, no artigo 
210, apresenta indicações quanto à elaboração dos currículos dos sistemas, redes 
e escolas, e fixa “conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, de maneira a 
assegurar formação básica com respeito aos valores culturais e artísticos, 
nacionais e regionais” (BRASIL, 1988). 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, no artigo 
4º, reafirma a quem resguarda o dever de assegurar os direitos fundamentais das 
crianças e adolescentes: 
 
“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder 
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos 
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade 
e à convivência familiar e comunitária. ” 
34 
 
 
 
 
 
Ainda sobre o direito à educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, no seu artigo 3º, afirma : 
 
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. 
(Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018), (BRASIL, 1996). 
 
 
 
O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03), no artigo 21º, estabelece que o Poder 
Público criará oportunidades de acesso do idoso da educação, adequando 
currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a eles 
destinados”. (BRASIL, 2003) 
 
-O Estatuto da Juventude, Lei nº 12.852/2013, no artigo 7º, que trata do 
direito à educação, evidencia que é direito do jovem “a educação de qualidade, 
com a garantia de educação básica, obrigatória e gratuita, inclusive para os que a 
ela não tiveram acesso na idade adequada. ” (BRASIL, 2013). 
 
A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de 
Educação (PNE), no artigo 2º: 
 
 
II - universalização do atendimento escolar; 
 
 
 
A Lei Brasileira de Inclusão (LBI), Lei 13.146/2015: 
 
 
 
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, 
assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e 
aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo 
desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, 
sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses 
e necessidades de aprendizagem. 
 
III- Diretrizes Educacionais 
35 
 
 
 
 
Ainda de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDBEN) nº 9.394/96, artigo 27, os conteúdos curriculares da Educação Básica 
observarão as seguintes diretrizes: 
 
 
“I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e 
deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; 
II – consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada 
estabelecimento; 
 
III – orientação para o trabalho; 
 
IV – promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas 
não formais” (BRASIL, 1996). 
 
 
Por meio da Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, o Conselho Nacional 
de Educação define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação 
Básica (DCN), que visam: 
 
 
“estabelecer bases comuns nacionais para a Educação Infantil, o Ensino 
Fundamental e o Ensino Médio, bem como para as modalidades com que 
podem se apresentar, a partir das quais os sistemas federal, estaduais, 
distrital e municipal, por suas competências próprias e complementares, 
formularão as suas orientações assegurando a integração curricular das 
três etapas sequentes desse nível da escolarização, essencialmente para 
compor um todo orgânico” (BRASIL, 2010). 
 
 
Essas diretrizes são consolidadas por meio da Resolução nº 7, de 14 de 
dezembro de 2010, do Conselho Nacional de Educação que “Fixa Diretrizes 
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos”, conforme a 
seguir: 
 
 
“Art. 1º A presente Resolução fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais 
para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos a serem observadas na 
organização curricular dos sistemas de ensino e de suas unidades 
escolares. 
 
Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 
9 (nove) anos articulam-se com as Diretrizes Curriculares Nacionais 
Gerais para a Educação Básica (Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e 
Resolução NE/CEB nº 4/2010) e reúnem princípios, fundamentos e 
procedimentos definidos pelo Conselho Nacional de Educação, para 
orientar as políticas públicas educacionais e a elaboração, implementação 
e avaliação das orientações curriculares nacionais, das propostas 
36 
 
 
 
 
curriculares dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, e dos 
projetos político-pedagógicos das escolas. 
 
Parágrafo único. Estas Diretrizes Curriculares Nacionais aplicam-se a 
todas as modalidades do Ensino Fundamental previstas na Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, bem como à Educação do 
Campo, à Educação Escolar Indígena e à Educação Escolar Quilombola. 
 
 
[...] 
Art. 9º O currículo do Ensino Fundamental é entendido, nesta Resolução, 
como constituído pelas experiências escolares que se desdobram em 
torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando 
articular vivências e saberes dos alunos com os Conhecimentos 
historicamente acumulados e contribuindo para construir as identidades 
dos estudantes”. 
 
 
Por meio da Resolução nº 12/2012 o Conselho Municipal de Educação institui 
as Diretrizes Curriculares para o Ensino Municipal de nove anos do Sistema 
Municipal de Ensino de Inhambupe: 
 
Art. 1º. Instituir as Diretrizes Curriculares parta Ensino Fundamental de 
9(nove) anos a serem observadas na organização curricular das Unidades 
Escolares Integrantes doSistema Municipal de Ensino de Inhambupe-BA. 
 
Art. 2º. São as seguintes Diretrizes Curriculares para o Ensino 
Fundamental de 9(nove) anos: 
 
I. As Escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações 
pedagógicas: 
 
 
a) Os princípios da identidade, valores éticos e padrões de autoridade; 
 
b) Os princípios dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da 
criatividade e do respeito a ordem democrática; 
 
c) Os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da 
diversidade de manifestações artísticas e culturais; 
 
d) Os princípios da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade, da 
justiça social e do respeito ao bem comum; 
 
e) Os princípios éticos, religiosos, regionais, do cotidiano, das relações e 
das tradições; 
 
 
II. Ao definir sua Proposta Pedagógica, o sistema Municipal de Ensino 
deverá explicitar o reconhecimento da identidade pessoal dos alunos, 
professores e outros profissionais e a identidade de cada Unidade 
Escolar. 
 
III. As Escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas 
pela interação dos processos de conhecimento com as linguagens e os 
efetivos, em consequência, as relações entre as distintas identidades dos 
participantes do contexto escolarizado, as diversas experiências de vida 
dos alunos, professores e demais participantes do ambiente escolar, 
37 
 
 
 
 
expressas através de múltiplas formas de diálogo, devem contribuir para a 
construção da identidade afirmativa, persistentes, e capazes de 
protagonizar ações autônomas e solidárias em relação ao conhecimento e 
valores indispensáveis à vida cidadã. 
 
IV. Em todas as Escolas do Sistema Municipal de Ensino deverá ser 
garantida a igualdade de acesso para alunos a uma base nacional 
comum, de maneira a legitimar a unidade e a igualdade de ação 
pedagógica na diversidade nacional. A base comum do currículo e sua 
parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, 
que vise estabelecer a relação entre a Educação Fundamental e: 
 
 
a) A vida cidadã através da articulação entre vários de seus aspectos, 
como: 
 
1. a saúde 
2. a sexualidade 
3. a vida familiar social 
4. o meio ambiente 
5. o trabalho 
6. a ciência e a tecnologia 
7. a cultura 
8. as linguagens 
 
b) as áreas do conhecimento: 
 
1. Língua Portuguesa 
2. Matemática 
3. Ciências 
4. Geografia 
5. História 
6. Língua Estrangeira 
7. Educação Artística 
8. Educação Física, na forma do art. 33 da Lei Federal nº 9.394/96 e da 
Lei Federal nº 10.793/2003. 
9. Educação Religiosa, na forma do art. 33 da Lei Federal nº 9.394/96 e 
Lei Federal nº 9.475/1997. 
 
 
V. O sistema municipal de ensino deverá explicitar em sua Proposta 
Pedagógica para o Ensino Fundamental, processos de ensino voltados 
para as relações com a sua comunidade local, regional e planetária, 
visando à interação entre a Educação Fundamental e a vida cidadã: os 
alunos ao aprenderem os conhecimentos e valores da base nacional 
comum e da parte diversificada, estarão também constituindo sua 
identidade como cidadãos, capazes de serem protagonistas das ações 
responsáveis, solidárias e autônomas em relação a si próprios, às suas 
famílias e às comunidades; 
 
VI. As Escolas devem adotar o estudo da África e dos africanos, a luta dos 
negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena 
brasileira, de acordo com a Lei Federal nº 11.645/2008; 
 
VII. As Escolas usarão a parte diversificada da Proposta Curricular para 
enriquecer e complementar a base nacional comum, proporcionando, de 
maneira específica, a introdução de projetos e atividades de interesse de 
suas comunidades; 
 
 
VIII. As Escolas devem trabalhar em clima de cooperação, entre a direção 
e as equipes docentes, para que haja condições favoráveis à adoção, 
38 
 
 
 
 
execução, avaliação e aperfeiçoamento das estratégias educacionais, em 
consequência do uso adequado do espaço físico, do horário e calendário 
escolares, na forma dos artigos 12 e 14 da Lei nº 9.394/96; 
 
 
IX. As Escolas devem formular estratégias pedagógicas que favoreçam 
práticas educativas de forma prazerosa e lúdica, estimulando as 
brincadeiras, as danças, os jogos, as múltiplas formas de comunicação, 
expressão, criação e movimento, assim como a literatura, cinema, música, 
pintura e a arte em geral, principalmente nos primeiros anos do Ensino 
Fundamental; 
 
 
X. A partir dos princípios determinados pela Resolução CNE/CEB 
nº7/2010 contidos nesta resolução é importante que o trabalho 
pedagógico com as crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, 
garanta o estudo articulado das Ciências Sociais, das Ciências Naturais, 
das Noções Lógico-matemáticas e das Linguagens, conforme o manual 
sobre as orientações para a Inclusão das crianças de 6 (seis) anos do 
Ensino Fundamental, MEC, pag. 59-61, do seguinte modo: 
 
a) Na área de Ciências Sociais: 
 
Desenvolver a reflexão crítica sobre os grupos humanos, suas relações, 
suas histórias, suas formas de se organizar, de resolver problemas e de 
viver diferentes épocas e locais; 
 
b) Na área de Ciências Naturais: 
 
Ampliar a curiosidade das crianças incentiva-las a levantar hipóteses e a 
construir conhecimentos sobre fenômenos físicos e químicos, sobre os 
seres vivos e sobre os seres vivos e sobre a relação entre homens e a 
natureza e entre o homem e as tecnologias; 
 
c) Na área das Noções Lógico-Matemáticas: 
 
Encorajar as crianças a identificar semelhanças e diferenças entre 
diferentes elementos, classificando, ordenando e seriando, fazendo a 
correspondência, agrupamentos e comparando conjuntos; 
 
d) Na área das Linguagens: 
 
Sensibilizar as crianças para apreciar uma Pintura, uma Escultura, assistir 
um filme, ouvir uma música, dando oportunidade para que elas apreciem 
diferentes produções artísticas e também elaborem suas experiências 
pelo fazer artístico, ampliando sua sensibilidade e a sua vivencia estética. 
 
Art. 3º. A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do 
componente curricular, de que trata o §2º do Art. 26 da Lei nº 9.394/96, 
conforme a Lei nº 11769/2008. 
 
Art. 4º. Deverão ser inseridos no Currículo Escolar, os conteúdos que trata 
dos direitos das crianças e dos adolescentes, Lei Federal nº 11.525/2007, 
da condição e dos direitos dos idosos, Lei Federal nº 10.741/2003, a 
Educação para o Transito, Lei Federal nº 9.503/1997, Educação 
Ambiental, Lei Federal nº 9.795/1999, Educação Financeira, Decreto 
Federal nº 7.397/2010 e Símbolos Nacionais, Lei Federal nº 12.472/2011. 
 
Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. 
 
Sala das Sessões, em 26 de abril de 2012. 
39 
 
 
 
 
Presidente 
 
 
A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de 
Educação (PNE), no artigo 2º, apresenta como diretrizes: 
“[...] I - erradicação do analfabetismo; 
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção 
da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; 
IV - melhoria da qualidade da educação; 
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores 
morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; 
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; 
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; 
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em 
educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure 
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e 
equidade; 
IX - valorização dos (as) profissionais da educação; 
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à 
diversidade e à sustentabilidade socioambiental. (BRASIL, 2014). 
 
Essas premissas legais foram consideradas nas Metas 2, 3 e 7 do PNE, Lei 
nº 13.005/14 (BRASIL, 2014), no que se refere aos currículos das etapas e 
modalidades da Educação Básica, quando orienta a União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios na elaboração de uma Base NacionalComum Curricular 
(BNCC), nas seguintes estratégias: 
 
 
“[...] 2.2) pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no 
âmbito da instância permanente de que trata o 
§5º do art. 7º desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos de 
aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a Base Nacional 
Comum Curricular do ensino fundamental[...]; 
 
[...] 3.3) pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no 
âmbito da instância permanente de que trata o 
§5º do art. 7º desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos de 
aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a Base Nacional 
Comum Curricular do ensino médio [...]; 
[...] 7.1) estabelecer e implantar, mediante pactuação Inter federativa, 
diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum 
dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e 
desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino 
fundamental e médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local. ” 
 
 
A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de 
Educação (PNE), no artigo 2º, apresenta como diretrizes: 
“[...] I - erradicação do analfabetismo; 
40 
 
 
 
 
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção 
da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; 
IV - melhoria da qualidade da educação; 
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores 
morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; 
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; 
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; 
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em 
educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure 
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e 
equidade; 
IX - valorização dos (as) profissionais da educação; 
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à 
diversidade e à sustentabilidade socioambiental. ” (BRASIL, 2014). 
 
 
Logo após foi homologada a Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 
2017 que “institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a 
ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no 
âmbito da Educação Básica” com o objetivo de alicerçar e subsidiar a construção 
dos currículos/propostas pedagógicas, conforme artigos a seguir: 
 
 
“Art. 1º A presente Resolução e seu Anexo instituem a Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC), como documento de cará- ter normativo que 
define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais 
como direito das crianças, jovens e adultos no âmbito da Educação Básica 
escolar, e orientam sua implementação pelos sistemas de ensino das 
diferentes instâncias federativas, bem como pelas instituições ou redes 
escolares. 
 
Parágrafo Único. No exercício de sua autonomia, prevista nos artigos 12, 
13 e 23 da LDB, no processo de construção de suas propostas 
pedagógicas, atendidos todos os direitos e objetivos de aprendizagem 
instituídos na BNCC, as instituições escolares, redes de escolas e seus 
respectivos sistemas de ensino poderão adotar formas de organização e 
propostas de progressão que julgarem necessários.” 
 
 
Os Currículos dos Estados e Municípios, conforme preconizam os princípios 
e diretrizes da LDBEN, DCN, PNE, PEE reafirmados na BNCC, precisam 
reconhecer “que a educação tem um compromisso com a formação e o 
desenvolvimento humano global, em suas dimensões intelectual, física, afetiva, 
social, ética, moral e simbólica” (BRASIL, 2017), ou seja, numa perspectiva de 
formação integral e integradora dos sujeitos. 
As aprendizagens essenciais estabelecidas pela BNCC se concretizam 
mediante um conjunto de decisões que caracterizam o currículo, considerando a 
41 
 
 
 
 
realidade local, a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino, das instituições 
escolares e a participação dos estudantes. 
Essas decisões precisam estar articuladas para atender às especificidades e 
às necessidades dos grupos sociais que convivem nos espaços escolares públicos 
e privados do estado da Bahia, em atendimento às diferentes modalidades da 
Educação Básica, conforme previsto na legislação vigente. 
A seguir serão apresentados normativos legais, nacionais e estaduais que 
versam sobre as modalidades da Educação Básica, em alinhamento com o que 
orienta a BNCC. 
 
 
 
 
NORMATIVOS LEGAIS DAS MODALIDADS DA EDUCAÇÃO BÁSCA 
MODALIDADES NORMATIVOS FINALIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação Especial 
 
DECRETO PRESIDENCIAL Nº. 6.949/2009 
Ratifica a convenção 
sobre os direitos das 
pessoas com 
deficiência/ONU. 
 
 
RESOLUÇÃO Nº04/2009 CNE/CEB 
Institui as Diretrizes 
operacionais para o 
Atendimento 
Educacional 
Especializado – AEE na 
Educação Básica. 
 
 
 
RESOLUÇÃO Nº 79/2009CEE 
Estabelece normas para 
a Educação Especial na 
Perspectiva da 
Educação Inclusiva 
para todas as etapas e 
Modalidades da 
Educação Básica no 
Sistema Estadual de 
Ensino da Bahia 
 
 
 
 
NOTA TÉCNICA SEESP/GAB/Nº 11/2010 
Dispõe sobre 
orientações para a 
institucionalização da 
oferta do Atendimento 
Educacional 
Especializado (AEE) em 
Salas de Recursos 
Multifuncionais (SRM) 
implantadas nas 
escolas regulares. 
 
 
 
DECRETO PRESIDENCIAL Nº 7.611/2011 
Dispõe sobre Educação 
Especial e Atendimento 
Educacional 
Especializado e dá 
outras providências. 
Revoga o Decreto 
6.571/2008. Dispõe 
sobre a classe especial 
42 
 
 
 
 
 nas escolas regulares e 
escolas especiais e 
fortalecimento das 
instituições 
especializadas. 
 
LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO Nº 
13.146/2015 
Institui a Lei Brasileira 
de Inclusão da Pessoa 
com Deficiência 
(Estatuto da Pessoa 
com Deficiência). 
 
DOCUMENTO ORIENTADOR/2017 
Diretrizes da Educação 
Inclusiva no Estado da 
Bahia. 
 
 
 
 
Educação de 
Pessoas Jovens, 
Adultos e Idosos. 
 
 
 
 
 
 
 
PORTARIA SEC Nº 5.136/2011 
Estabelece normas 
sobre o procedimento 
de certificação da 
escolaridade de jovens 
e adultos no nível de 
conclusão do Ensino 
Fundamental e Médio, 
por meio dos resultados 
obtidos no Exame 
Nacional para 
Certificação de 
Competências de 
Jovens e Adultos 
(ENCCEJA) e Exame 
Nacional do Ensino 
Médio (ENEM). 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO Nº 3 CNE/CEB. 
Institui Diretrizes 
Operacionais para a 
Educação de Jovens e 
Adultos nos aspectos 
relativos à duração dos 
cursos e idade mínima 
para ingresso nos 
cursos de EJA; idade 
mínima e certificação 
nos exames de EJA e 
Educação de Jovens e 
Adultos desenvolvida 
por meio da Educação 
a Distância. 
 
RESOLUÇÃO Nº 239/2011 CEE 
Dispõe sobre a oferta 
de Educação de Jovens 
e Adultos no estado da 
Bahia. 
 
 
 
 
 
 
 
Educação do Campo 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO Nº 2/2008 CNE/CEE 
Institui as Diretrizes 
Operacionais para a 
Educação Básica nas 
Escolas do Campo, um 
conjunto de princípios e 
procedimentos para 
serem observados nos 
projetos das instituições 
que integram os 
diversos sistemas de 
ensino. 
 
PARECER CNE/CEB Nº 1/2006 
Recomenda a adoção 
da Pedagogia da 
Alternância em escolas 
do campo. 
43 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO Nº 2/2008 CEE/CEB. 
Estabelece diretrizes 
complementares, 
normas e princípios 
para o desenvolvimento 
de políticas públicas de 
atendimento da 
Educação Básica do 
Campo. 
 
 
DECRETO PRESIDENCIAL Nº 7.352/2010 
Dispõe sobre a Política 
Nacional de Educação 
do Campo e o 
Programa Nacional de 
Educação na Reforma 
Agrária – PRONERA. 
 
 
 
 
 
 
 
LEI Nº 12.960/ 2014 Altera a LDBEN 
Altera a LDBEN para 
constar a exigência de 
manifestação de órgão 
normativo do sistema 
de ensino (conselho) 
para o fechamento de 
escolas do campo, 
indígenas e 
quilombolas, 
considerando para tanto 
a justificativa 
apresentada pela 
Secretaria de 
Educação, a análise do 
diagnóstico do impacto 
da ação e a 
manifestação da 
comunidade escolar.RESOLUÇÃO Nº 103 CEE 
Dispõe sobre a oferta 
da Educação do Campo 
no Sistema Estadual de 
Ensino da Bahia 
 
 
 
LEI ESTADUAL Nº 11.35/2008 
Institui o Programa 
Estadual de Apoio 
Técnico Financeiro às 
Escolas Família 
Agrícola – EFAs e às 
Escolas Familiares 
Rurais – EFRs do 
Estado da Bahia. 
 
 
 
DECRETO GOVERNAMENTAL Nº 
14.110/2012 
Institui o Programa 
Estadual de Apoio 
Técnico Financeiro às 
Escolas Família 
Agrícola - EFAs e às 
Escolas Familiares 
Rurais - EFRs do 
Estado da Bahia, 
através de entidades 
sem fins lucrativos [...]. 
 
 
No quadro a seguir são apresentados os Temas Integradores que 
precisarão ser considerados de forma transversal nos currículos escolares da 
Educação Básica, em todas as etapas e modalidades do município de Inhambupe: 
44 
 
 
 
 
 
 
 
TEMAS 
TEMAS 
INTEGRADORES 
NORMATIVOS FINALIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação para as Relações 
 Cria mecanismos 
para coibir a 
violência 
doméstica e 
familiar contra a 
mulher, nos 
termos do § 8º do 
art. 226 da 
Constituição 
Federal, da 
Convenção sobre 
a Eliminação de 
Todas as Formas 
de Discriminação 
contra as 
Mulheres e da 
Convenção 
Interamericana 
para Prevenir, 
Punir e Erradicar 
a Violência contra 
a Mulher; dispõe 
sobre a criação 
dos Juizados de 
Violência 
Doméstica e 
Familiar contra a 
Mulher; altera o 
Código de 
Processo Penal, 
o Código Penal e 
a Lei de 
Execução Penal e 
dá outras 
providências. 
 de Gênero e Sexualidade 
 LEI FEDERAL 
N°11.340/ 2006 
 
 
 
 
Educação para a 
 
Diversidade 
 LEI FEDERAL 
2848/40, § 7º AO 
ART. 121 DO 
CÓDIGO PENAL. 
Estabelece o 
aumento da pena 
do feminicídio. 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO Nº 
120/2013 CEE 
Dispõe sobre a 
inclusão do nome 
social dos/das 
estudantes 
travestis, 
transexuais e 
outros no 
tratamento nos 
registros 
escolares e 
acadêmicos nas 
Instituições de 
Ensino que 
integram o 
Sistema de 
Ensino do Estado 
da Bahia e dá 
45 
 
 
 
 
 outras 
providências. 
PLANO 
NACIONAL DE 
POLÍTICAS 
PARA AS 
MULHERES 
(2013- 2015) 
Objetiva o 
fortalecimento e a 
institucionalizaçã 
o da Política 
Nacional para as 
Mulheres. 
PLANO 
ESTADUAL DE 
POLÍTICAS 
PARA AS 
MULHERES 
(2103- 2015) 
Objetiva o 
fortalecimento e a 
institucionalizaçã 
o da Política 
Estadual para as 
Mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação das Relações 
Étnico-Raciais 
 
 
LEI 10.639,DE 9 
DE JANEIRO DE 
2003 
Inclui no Currículo 
oficial da Rede de 
Ensino a 
obrigatoriedade 
da temática 
História e Cultura 
Afro-Brasileira e 
dá outras 
providências. 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO Nº 
1/2004 CNE/CEB 
Estabelece as 
Diretrizes 
Curriculares 
Nacionais para a 
Educação das 
Relações Étnico- 
Raciais e para o 
Ensino de 
História e Cultura 
Afro-Brasileira e 
Africana. 
 
 
 
 
LEI FEDERAL Nº 
11.645/ 2008 
Estabelece as 
diretrizes e bases 
da educação 
nacional, para 
incluir no 
currículo oficial da 
rede de ensino a 
obrigatoriedade 
da temática 
História e Cultura 
Afro-Brasileira e 
Indígena. 
 
 
 
 
 
LEI FEDERAL Nº 
12.288/2010 
Institui o Estatuto 
da Igualdade 
Racial; altera as 
Leis Nºs 7.716, 
de 5 de janeiro de 
1989; 9.029, de 
13 de abril de 
1995; 7.347, de 
24 de julho de 
1985, e 10.778, 
de 24 de 
novembro de 
2003. 
LEI ESTADUAL 
Nº 13.182/2014 
Institui o Estatuto 
da Igualdade 
Racial e de 
46 
 
 
 
 
 Combate à 
Intolerância 
Religiosa do 
Estado da Bahia. 
 
 
 
TEMAS NORMATIVOS FINALIDADES 
 
 
 
 
 
 
Educação em Direitos 
Humanos 
DECRETO PRESIDENCIAL 
Nº 7.037, DE 21 DE 
DEZEMBRO DE 2009. 
Aprova o Programa Nacional de 
Direitos Humanos - PNDH-3 e dá 
outras providências. 
PLANO NACIONAL DE 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS/2007 
Difunde a cultura de direitos humanos 
no país. 
DECRETO 
GOVERNAMENTAL Nº 
12.019/2010 
Aprova o Plano Estadual de Direitos 
Humanos da Bahia – PEDH e dá 
outras providências. 
PLANO ESTADUAL DE 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS 
HUMANOS/2009 
Expressa o compromisso do Governo 
do Estado da Bahia com a promoção 
da cidadania e dos direitos humanos. 
PARECER CEE/CEB Nº 
8/2012 
Estabelece Diretrizes Nacionais para a 
Educação em Direitos Humanos. 
 
 
 
 
Educação Ambiental 
 
LEI FEDERAL Nº 9.795/1999 
Institui a Política Nacional de 
Educação Ambiental e dá outras 
providências 
RESOLUÇÃO Nº 2/2012 
CNE/CP 
Estabelece as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Ambiental. 
 
RESOLUÇÃO N° 11/2017 
Dispõe sobre a Educação Ambiental 
no Sistema Estadual de Ensino da 
Bahia 
 
LEI ESTADUAL Nº 12.056/2011 
Institui a Política de Educação 
Ambiental do Estado da Bahia e dá 
outras providências. 
 
 
 
 
 
 
Saúde na Escola 
 
 
 
 
 
 
LEI FEDERAL Nº 11.947/2009 
Dispõe sobre o atendimento da 
alimentação escolar e do Programa 
Dinheiro Direto na Escola aos alunos 
da educação básica; altera as Leis Nºs 
10.880, de 9 de junho de 2004, 
11.273, de 6 de fevereiro de 2006, 
11.507, de 20 de julho de 2007 e 
revoga dispositivos da Medida 
Provisória nº 2.178-36, de 24 de 
agosto de 2001, e a Lei nº 8.913, de 12 
de julho de 1994, e dá outras 
providências. 
DECRETO PRESIDENCIAL 
Nº6286/2107 
Institui o Programa Saúde na Escola. 
PORTARIA CONJUNTA 
SEPLAN/SESAB/SEC 
Institucionaliza as ações transversais e 
esforços intersetoriais para 
47 
 
 
 
 
 Nº001/2014. implantação do Programa de Ação 
Estadual de Prevenção da gravidez e 
assistência ao parto na adolescência. 
 
PORTARIA Nº 2728/2016 
Institui a Promoção da Saúde e 
Prevenção de Doenças e Agravos no 
contexto escolar, com ênfase no 
combate ao mosquito Aedes aegypti. 
 
PORTARIA CONJUNTA 
SESAB/SEC Nº 01/2018 
Dispõe sobre a obrigatoriedade da 
apresentação da carteira/cartão de 
vacinação em creches e escolas, em 
todo o território do Estado da Bahia. 
 
Educação Fiscal 
PORTARIA INTERMINISTERIAL 
Nº 413/2002 MF/MEC 
Implementa o Programa Nacional de 
Educação Fiscal. 
DECRETO ESTADUAL Nº 
15.737/2014 
Institui a Educação Fiscal na Bahia. 
Educação para o 
Trânsito 
 
LEI FEDERAL Nº 9.503/1997 
 
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 
 
48 
Educação Especial 
Grupo de Estudos e Aprendizagens (GEA): 
 Ana Meire de Souza Cardoso Rocha Silva 
 Cristina de Araújo Ramos Reis 
 Izanildes de Almeida Santos Rocha Pereira 
 Leonice Bispo de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 - MODALIDADES DA EDUCAÇÃO 
BÁSICA 
NO CONTEXTO LOCAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação do Campo 
Educação de Jovens e Adultos 
Grupo de Estudos e Aprendizagens (GEA): 
 Sandra Soares de Santana 
 Taísa Lemos Ramos Silva 
Grupo de Estudos e Aprendizagens (GEA): 
 Florenice Reis Silva 
 Narcisa Pereira dos Santos Silva 
 Vanilda Nascimento Sales 
49 
 
 
 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB nº 9.394/96) dita 
as modalidades de ensino e considera as características de cada povo e 
comunidade, demarcando identidade, cultura e fortalecimento destas. As 
modalidades contempladas na Educação Básica do Estado da Bahia compõem as 
pautas da: 
• Educação Escolar Indígena, com uma proposta de educação específica, 
intercultural, feita com e para indígenas, nos espaços onde se localizam as 
diferentes etnias. 
• Educação Especial na perspectiva inclusiva que visa o atendimento 
educacional especializado a pessoas com deficiência. 
• Educação do Campo, visando a produção e valorização da vida, do 
conhecimento e da cultura do campo, valorizando os aprendizados dentro e fora 
dos espaços escolares. 
• Educação Escolar Quilombola, com foco na valorização das questões 
étnico-raciais e indenitárias a partir da valorização da identidade afrodescendente. 
• Educação de Jovens e Adultos, com um olhar para o estudante que 
trabalha, considerando saberes prévios e tempos de aprendizagem dos sujeitos 
atendidos. Diante disso, nota-se que as modalidades da educação atendem

Continue navegando