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1 Inhambupe/Ba Novembro de 2020 REFERENCIAL CURRICULAR DOCUMENTO MUNICIPAL DE INHAMBUPE-BA 2 Programa de (Re)elaboração dos Referenciais Municipais nos Municípios Baianos da UNDIME-BA (União dos Dirigentes Municipais de Educação) em parceria com a UFBA (Universidade Federal da Bahia), A UNCME/BA (União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação) e o Itaú Social. Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Inhambupe – BA, 2020. p. 519 3 FICHA TÉCNICA PREFEITO Fortunato Silva Costa SECRETÁRIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO Edileide Lima da Rocha Dormundo DIRETORA DE DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO Jociara Franco dos Santos EQUIPE TÉCNICA PEDAGÓGICA Anos Iniciais Adelma de Souza Gomes Oliveira Anos Finais Eveline Maria de Almeida Rocha Educação do Campo Florenice Reis Silva Educação Infantil Isabel Nunes dos Santos Educação Especial Izanildes de Almeida Santos Rocha Pereira Educação de Jovens e Adultos Sandra Soares de Santana Sistemas Educacionais Taísa Lemos Ramos Silva 4 EQUIPE TÉCNICA - ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO DIRIGENTE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Edileide Lima da Rocha Dormundo ARTICULADORA MUNICIPAL Adelma de Souza Gomes Oliveira REPRESENTANTE DA EQUIPE TÉCNICA PEADAGÓGICA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Eveline Maria de Almeida Rocha Florenice Reis Silva Isabel Nunes dos Santos Izanildes de Almeida Santos Rocha Pereira Jociara Franco dos Santos Sandra Soares de Santana REPRESENTANTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Reijane Ramos Silva França Maria Helena de Araújo Santos REPRESENTANTE DA REDE ESTADUAL Ângelo Souza dos Santos Edison Bragança dos Santos Filho REPRESENTANTE DA APLB SINDICATO Janete Souza da Silva Andrade Souza Maria Domingas dos Reis Silva DEMAIS COLABORADORES Taísa Lemos Ramos Silva Luzinete da Silva Figueiredo 5 Aos Educadores e Educadoras do Município de Inhambupe-Ba Queridos Educadores e Educadoras, apresentamos à vocês o Documento Curricular Referencial do Município para a Educação Infantil e Ensino Fundamental, construído a partir do resultado de um amplo debate entre um grupo de colaboradores que se dedicaram fielmente aos estudos, pesquisas e aos instrumentos que buscam promover diariamente dentro das nossas unidades escolares, para o desenvolvimento da aprendizagem igualitária, significativa e integral, alicerçando a integração do sistema de Ensino Municipal. O Currículo tem como função primordial, a centralidade nas discussões e atividades pedagógicas, fundamentadas na pratica dialógica, para uma construção democrática do conteúdo programático da Educação. Nesse campo, nessa busca, não existe um grupo de privilegiados para impor teses, mas a capacitação de seres humanos, de fazedores de história, que através da sua ciência e sapiência constroem a leitura de mundo. Segundo Paulo Freire, “a aprendizagem é um pensar que percebe a realidade como processo, que capta em constante devenir e não como algo estático. Não se dicotomiza a si mesmo na ação.” Com base nesse pensamento, é que compreendemos a importância desse trabalho que, construindo o campo histórico da nossa educação favorecerá o caminho, a jornada, trajetória e o percurso a seguir em nosso sistema educacional para que, nessa dinâmica interativa de “saberes” e instituição de “poderes”, seja realizada uma educação em rede com a nossa cara, com a nossa história e nela a história de nossos estudantes. Sejam Bem Vindos Professores! Aqui está a sua história! Agora, vamos juntos dar vida aos nossos alunos e fazer nossa EDUCAÇÃO ainda mais valorizada. Edileide Lima Rocha Dormundo Secretária de Educação de Inhambupe-Ba 6 UNDIME Saudações Curriculantes, A Undime seccional Bahia, representada por sua Diretoria Executiva e Ampliada, e através da sua equipe técnica, entendendo a importância de contribuir com os Dirigentes Municipais de Educação do território baiano no fomento, na criação e execução das políticas públicas tendo em vista a melhoria da qualidade da educação baiana, elaborou o Programa de (Re)Elaboração dos Referenciais Curriculares Municipais do Estado da Bahia. Inspirados na poesia do João Cabral de Melo Neves... “Um galo sozinho não tece uma manhã”, desbravamos trilha sem busca de outros “galos” para que a tessitura pudesse ser concretizada. A Universidade Federal da Bahia, a União Nacional dos Conselhos de Educação e o Itaú Social juntaram-se a nós e, assim, foi possível mobilizar e engajar a Bahia num grande movimento curriculante formacional, que envolveu 401 municípios e cerca de 60.000 profissionais do magistério, além de outros membros da comunidade escolar. O desejo de ver/sentir/viver uma Bahia democrática, justa, solidária oportunizando às suas crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos uma educação municipal cada vez mais enriquecida por valores, éticos, estéticos, políticos, espirituais, ecológicos de modo a consolidara escola pública sob os princípios da educação integral, nos uniu até aqui. A Undime Bahia, reconhece e agradece o importante e valoroso trabalho realizado por todos os especialistas e formadores do Programa, mas especialmente, reconhece e agradece todas as equipes de educadores das redes municipais de ensino dos27 territórios de identidade baiano que se autorizaram a autorar seus Referenciais Curriculares, mesmo em condições tão adversas como a que estamos vivendo em 2020 em razão da pandemia pela COVID 19. É nosso desejo ainda, que dentro em breve estejamos sentindo o perfume das flores e o sabor dos frutos suculentos que serão colhidos a partir do trabalho realizado até aqui e, também, do que será realizado em cada sala de aula das escolas da nossa Bahia. O 7 desafio apenas começou! Passamos para aproxima etapa: O processo formacional no cotidiano das escolas. A Undime continuará na luta e na parceria com cada um dos 417 municípios da sua seccional. O Movimento Curriculante apenas teve início, e as com-versações curriculares continuam! Um grande abraço. Equipe Undime Bahia 8 1 NÓVOA, António. Formação de Professores e Trabalho Pedagógico. Lisboa: EDUCA, 2002. 2 Ver, na tese, indicada abaixo, a referência completa. 3 MOURA, Gerusa do L. C. de Oliveira. A formação do pedagogo e o pedagogo em formação: contrastes entre a(s) política(s) de sentido de formação nas Diretrizes Curriculares Nacionais e as experiências formativas compreendidas na cotidianidade dos atos de currículo UFBA: Salvador, 2017, p. 49. 4 MACEDO, Roberto S. Currículo: campo, conceito e pesquisa. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 27. Queridos e Queridas, Foi e é uma grande honra ter experienciado com vocês este momento histórico formacional da construção dos seus respectivos Documentos Referenciais Curriculares Municipais, por vários e diferentes motivos. Destes, destaco, em especial, o de termos participado da/na História da Educação do Brasil e da Bahia, do movimento de construção de uma política pública de currículo-formação, com e por professores e professoras, em rede, entre Redes educacionais, onde, cotidianamente, constroem-se, individual e coletivamente, saberes-fazeres-poderes pessoais, profissionais e institucionais, parafraseando Nóvoa1, no contexto do trabalho pedagógico, com e na escola. Discutir currículo, suas políticas e práxis é, também, tomar, nas mãos, a discussão sobre o saber-fazer-poder que se legitima como formacional, em função dos princípios e objetivos da construçãode um projeto de nação, via educação formal. Neste contexto, escrever é comunicar e comunicar-se, em uma proposta coletiva de formação com/para nossas crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. E, por conseguinte, com/para os profissionais que atuam, diretamente, na área educacional, sejam professores, equipes gestoras e técnico- pedagógicas das Secretarias Municipais e das Escolas, Pessoal de apoio, Conselhos educacionais e a Comunidade local. Então, esse Referencial deverá ter força de lei, o que significa dizer que tem o poder de regular e regulamentar os processos educacionais formais, em seus municípios. No entanto, lembro a vocês que a instância de construção do Currículo é a Escola. É, lá, onde as políticas se materializam ressignificadas, reconstruídas, interpretadas, traduzidas, alteradas e traídas, por serem, conforme defendo em Moura (2017), inspirada em Ball (2011)2, [...] recontextualizadas em práxis não lineares, nem automáticas, mas em processos complexos e problemáticos uma vez que envolvem as interpretações e as necessidades dos contextos. Em termos de políticas educacionais, considera que os professores trazem suas experiências para o processo de conversão das políticas em práticas. Isto significa dizer que compreende que os professores são atores sociais e têm histórias de vida relacionadas à escola e ao currículo[...] 3 , 9 5 MOURA, Gerusa do L. C. de Oliveira. A formação do pedagogo e o pedagogo em formação: contrastes entre a(s) política(s) de sentido de formação nas Diretrizes Curriculares Nacionais e as experiências formativas compreendidas na cotidianidade dos atos de currículo UFBA: Salvador, 2017, p. 48. 6 Idem anterior, p. 50. nas dinâmicas dos “atos de currículo”4, que, ao mesmo tempo, são ato político e ato pedagógico. No primeiro sentido, porque “[...] se passa em meio ao conflito entre interesses diferentes, divergentes, incompatíveis e excludentes entre si, tanto no plano individual quanto no coletivo, que é a matéria prima da política”5. No segundo, [...] porque está presente na mediação da construção de conhecimento, nas escolhas e decisões da organização do trabalho pedagógico, dos dispositivos, dos métodos, da avaliação, do conteúdo, não só durante o processo de planejamento, mas no momento mesmo em que as atividades estão acontecendo em uma dinâmica própria, não reproduzida, única daquele espaçotempo, com os sujeitos e suas redes de significação 6 . Finalizo, parabenizando o coletivo envolvido na construção desse Documento Referencial Municipal, pela coragem de aceitar o desafio do pioneirismo, na produção de um texto coletivo que pretende orientar as políticas e práxis de currículo formação, em toda a Rede e/ou Sistema educacional do Município, buscando garantir o respeito à diversidade de cada contexto e às suas necessidades e produções locais, não se rendendo, às tentativas de implementações acríticas de propostas externas às suas realidades. Parabenizo, especialmente, por essa realização coletiva, em um momento histórico de adversidade pandêmica mundial, que desafia a ciência e a comunidade científica, na procura da prevenção, tratamento e cura da covid-19, o que nos tem exigido o afastamento social de maneira presencial, em função do cuidado e da cautela com a saúde e com a vida, por isso, os Encontros e Atividades foram realizados por meios digitais remotos. Agradeço, imensamente, pelo tempo de convívio saudável, prazeroso e formacional. Pela confiança, respeito e carinho. Pela amizade e, sobretudo, pelos desafios que os contextos e as situações adversas nos lançaram, fazendo-nos ser melhores, lembrando-nos sempre que o melhor de nós é que somos seres aprendentes em qualquer espaço e em qualquer tempo. Que vocês tenham, na alegria dessa finalização, a dimensão do seu lugar, nesta conquista para a História da Educação do Brasil, da Bahia e do seu Município. Afetuoso abraço, Gerusa do Livramento Carneiro de Oliveira Moura, Professora. Bahia, primavera de 2020 10 Sumário 1. Apresentação. ........................................................................................... 11 2. Inhambupe e seus Elementos Identitários glocais ................................ 14 2. 1 - A origem 2. 2 - Formação administrativa 2. 3 - Inhambupe e seus elementos identitários 3. Marcos Teóricos, conceituais e metodológicos ..................................... 23 4. Marcos Legais .......................................................................................... 32 5. Modalidades da Educação Básica no contexto local ............................. 48 5.1 – Educação Especial 5.2 – A Educação de Jovens e Adultos 5.3 – Educação do Campo 6.- Temas Integradores do Documento Curricular Referencial de Inhambupe. .... 87 6.1 – Os temas integradores do Município de Inhambupe 6.1.2 - Educação em Direitos Humanos 6.1.3 – Direitos da Criança e do Adolescente 6.1.4 - Educação para o Trânsito 6.1.5 – Educação Alimentar, Nutricional e Saúde 6.1.6 – Diversidade Cultural e Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana, Indigena 6.1.7 – Educação Ambiental 6.1.8 – Educação Financeira e Fiscal 6.1.9 – trabalho, Ciência, Tecnologia e Cultura Digital 7. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL ..................................................... 99 7.1 – Educação Infantil ............................................................................... 100 7.2 – Ensino Fundamental .......................................................................... 114 8. ANEXOS .................................................................................................. 376 8.1 – Produções dos Geas 8.2 - Fotos de alguns momentos 9. REFERENCIAS ....................................................................................... 499 11 12 Analisar a importância do currículo escolar no meio educacional, social e cultural, vem sendo uma das maiores e significativas discussões dentro do contexto escolar. É importante e necessário que a escola, juntamente com os professores, pais e comunidade escolar em geral, sejam capazes de refletir, analisar, compreender e verificar que o currículo é um elemento de suma importância no âmbito escolar e nesse sentido, no planejamento concreto das atividades elaboradas. A palavra “currículo” deriva do latim “curriculum”, e refere-se ao curso, à rota, ao caminho da vida ou das atividades de uma pessoa ou grupo de pessoas. O currículo então, é entendido como transformação, não apenas no que se refere a mudar o sentido, mas de buscar novas alternativas, novas soluções, novas metas e conquistas. O currículo consiste em transformar o impreciso em conhecido envolvendo assim um ensino-aprendizagem qualitativo. Sua função socializadora, não pode ser vista e nem compreendida como “acúmulo” de disciplinas isoladas, fragmentadas, com conteúdos de modo tradicional, transmitidos sem reflexão, mas sim, deve oportunizar aos educandos condições de conhecimentos que atendam as diversas realidades sociais existentes, de maneira ampla, real, significativa, reflexiva, dinâmica, democrática, inclusiva, ética e normal. Segundo Freire (1959, p.8), “O homem é um ser de relações que estando no mundo é capaz de ir além, de projetar-se, de discernir, de conhecer (...) e de perceber a dimensão temporal da existência como ser histórico e criador de cultura.” Entende-se assim, que conteúdos, metodologias e os fundamentos epistemológicos que alicerçam a construção curricular, devem estar contextualizados e influenciados pela cultura e experiências de vida dos atores envolvidos nessa construção. Nesse sentido, é importante analisarmos o que segundo nos diz a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996:Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 13 § 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil. Fica evidente entender que a escola deve refletir de maneira efetiva sobre o conhecimento que o aluno devem se apropriar para exercerem sua cidadania de maneira plena, e critica, definindo ainda dentro do currículo “a abrangência obrigatória, do estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural, de forma que se assegure a realidade local e social do educando, como já estabelece o artigo 22 da mesma Lei: Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. É importante então verificar a preocupação da lei em garantir que os alunos tenham uma formação que lhes possibilite realizar diferentes leituras no panorama social. Portanto, elaborar um currículo é dar o olhar necessário e preciso para a Educação. É sair da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que é o documento que compila todos os conhecimentos e adentrar às nossas escolas, determinando estratégias metodológicas adequadas aos nossos alunos, à nossa realidade, redesenhando nossa história, criando nossos contextos e construindo juntos a vida dos nossos estudantes e nossos educadores. 14 2 - Inhambupe e seus Elementos Identitários Glocais 15 2. 1 A origem "Inhambupe" é uma palavra proveniente da língua tupi, significando "no rio dos inhambus". Trazendo um pouco da história do nosso município, ele foi instalado em 1728. De acordo com a tradição local, no final do século XIX, o místico Antônio Conselheiro passou pela cidade, antes da Guerra de Canudos. entre 1572 e 1582, desenvolveu-se a catequese indígena à margem esquerda do Rio Inhambupe, denominado Rio Inhambupe de Cima. Posteriormente, os jesuítas estabeleceram um colégio em Água Fria e estimularam a povoação da região. A partir de 1624, uma sesmaria foi concedida a um Marechal da Casa da Torre dos Garcia D'Ávila, que erigiu uma igreja sob a invocação do Divino Espírito Santo de Inhambupe, em torno da qual foram surgindo casas, contribuindo para a formação e evolução da nova comunidade. Em 1718 o povoado passou a pertencer à Freguesia de Água Fria, vila criada em 1710 e notável pelo colégio dos jesuítas. Mais tarde, foi a capela elevada à categoria de paróquia, ficando, porém, o povoado de Inhambupe de Cima subordinado a Água Fria até 1727, quando Vasco Fernandes Cézar de Menezes, pela Resolução de 24 de abril, elevou a povoação à categoria de vila. Em 26 de junho de 1801, por Carta Régia, foi instalada a Vila de Inhambupe de Cima, sendo criada a freguesia em 7 de novembro de 1816. Inhambupe ganhou foros de cidade em 6 de agosto de 1806, pela Lei Estadual nº. 134. Fonte: IBGE 2.2 Formação administrativa Distrito criado com a denominação de Inhambupe, pelo Alvará de 07-11- 1816. Elevado à categoria de vila com a denominação de Inhambupe, pela Resolução de 28-04-1728 e Carta Régia de 26-01-1801, desmembrada de Água Fria. Sede no antigo Distrito de Inhambupe. Instalada em 13-03-1802. Elevado à condição de cidade com a denominação de Inhambupe, pela Lei Estadual nº 134, de 06-08-1896. Pela Lei Municipal nº 1, de 20-10-1909, foram criados os distritos de Barreiro, Bebedouro, Caetitú, Calumbi, Caueira, Curralinho, Encantado, Gibóia, https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_tupi https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Conselheiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Canudos 16 Jacu, Junco, Lagoa, Mulungu, Recreio e Tanquinho e anexados ao Município de Inhambupe. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 17 distritos: Inhambupe, Aporã, Barreiro, Bebedouro, Caetitu, Calumbi, Caueira, Curralinho, Encantado, Gibóia, Jacu, Junco, Lagoa, Mulungu, Recreio, Serra e Tanquinho. Pela Lei Municipal nº 5, de 11-02-1926, é criado o Distrito de Sátiro Dias e anexado ao Município de Inhambupe. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 4 distritos: Inhambupe, Aporá, Itapororocas e Sátiro Dias. Não figurando os distritos criados pela Lei Municipal nº 1, de 20-10-1909. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31- XII-1937. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 11089, de 30-11-1938, o Distrito de Itapororoca é extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município Inhambupe. Pela mesmo Decreto acima citado é criado o Distrito de Itamira (ex-Serra do Aporá), com terras desmembrada do extinto Distrito de Serra e anexado ao Município de Inhambupe. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: Inhambupe, Aporá, Itamira Sátiro Dias. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955. Pela Lei Estadual nº 1021, de 14-08-1958, desmembra do Município de Inhambupe o distritos de Aporá e Itamira, para constituírem o novo Município de Aporá. Pela Lei 1032, de 14-08-1958, desmembra do Município de Inhambupe o Distrito de Sátiro Dias. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. Fonte: IBGE 2. 3 Inhambupe e seus elementos identitários Localizado no Território Agreste Litoral Norte, Estado da Bahia, o município de Inhambupe está a aproximadamente 168 km da capital Salvador limitando-se 17 Mapa da Região Agreste Litoral Norte Mapa de Inhambupe com os municípios de Alagoinhas, Aramari, Sátiro Dias, Aporá, Olindina, Água fria, Crisópolis e Entre Rios. Tem como a sua principal via de acesso a BR110. A população geral do município, conforme dados do IBGE no último censo no ano de 2010 era de 36.306 pessoas, sendo estimado para 2020 uma população de 40.333 pessoas distribuídos entre a Zona Urbana e Zona Rural. O município apresenta densidade demográfica de 29,70 hab/km² e índice de Desenvolvimento Municipal de 0,565. O seu território é de 1082,260 km² e seu gentílico é inhambupense. Não podemos trazer a noção do nosso território inhambupense, sem trazer as questões ligadas a nossa territorialidade. Spink, 2001 afirma que quando se fala em lugar, isso também diz respeito às noções de significados, identidades e singularidades. Segundo o Dicionário Aurélio: Território: 1 - grande extensão de terra; 2 - área de município, distrito, estado, país etc. Territorialidade: 18 1.caráter, condição ou qualidade do que é territorial. 2.comportamento relacionado à defesa do território contra invasores. De acordo com os processos de desenvolvimento, os estudos sobre território estão focando cada vez mais nas questões de caráter local do que de dimensões maiores. Desta maneira o propósito é fortalecer suas culturas resistindo às imposições de outras culturas avançadas. Segundo santos (1985), o território corresponde ao palco onde se realizam as atividades criadas, a partir da herança cultural do povo que ocupa, é também uma fração do espaço local articulada ao mundial (glocal). As reflexões sobre Territorialidade procuraram interpretar a compreensão e apreensão do conceito de territórioe seus desdobramentos como uma representação muito mais do que o espaço geográfico. Assim, um município pode ser considerado um território, mas com múltiplos espaços intraurbanos que expressam diferentes arranjos e configurações sócioterritoriais possibilitando articular território (e seu uso) às pessoas e ao cotidiano destas, pois são as múltiplas escalas geográficas que produzem as diferentes dimensões da vida, de relações, de expectativas , de trocas, de disputas, de construção e desconstrução de vínculos cotidianos, contradições e conflitos, e de sonhos, que revelam os significados atribuídos pelos diferentes sujeitos com características políticas, econômicas e culturais. Nessa perspectiva é que se insere a valorização e a importância do fortalecimento do território pensado como localização e como elemento essencial para a efetivação do reconhecimento cultural como marca identitária dos sujeitos 19 Baianas no cortejo da Lavagem da Igreja Fonte: Ascom Inhambupe Roda de Capoeira no Anfiteatro da Praça da Matriz Fonte: Ascom Inhambupe inhambupenses. Esse processo de construção da identidade, realizada no âmbito individual e coletivo, faz menção ao fato de que o indivíduo vai se desenvolvendo como um ser único, com suas especificidades, ao longo de sua trajetória de vida particular. E, que como ser social, transita por diferentes contextos e grupos, seja na escola, na família, no trabalho, possibilitando a troca de experiências com esses grupos e, a partir delas se identificando ou não com os mesmos e, desenvolvendo, quando há esta identificação, o sentimento de pertencimento. Dentre os processos identitários construídos pelos sujeitos não podemos esquecer daqueles marcados pelos aspectos da globalização, e homogeneização cultural. Isto é, identidades que em função da globalização, perderam suas características particulares e, passaram a ser muito similares a outras, refletindo no comportamento dos sujeitos, nos produtos e serviços que utilizam, nos seus hábitos alimentares, entre outros aspectos; as identidades pluriculturais que tem interferência do global, sem perder sua essência particular como por exemplo o uso de tecnologias, acompanhando a dinâmica mundial. E as identidades de resistência, são aquelas marcadas por um profundo reforço de antigas memórias da coletividade que resistem ao processo de homogeneização fruto da globalização, mantendo-se tal qual foi concebida ou muito próxima a isso. Exemplo quando os nossos munícipes costumam conservar a memória vivida nessa base material, por meio de relatos orais, mitos, rezas, contos, causos, entre outros. 20 Portanto, pode-se afirmar que os conceitos de território, territorialidade e identidade territorial, se aplicam na dinâmica territorial das nossas comunidades através das nossas vivencias, do samba de roda, das festas e cultos religiosos, das cavalgadas, vaquejadas, festas juninas, benzedeiras(os), práticas das religiões de Matrizes Africanas, campeonatos de futebol amador, reisados, novenários comemorados em cada comunidade desta cidade, lavagem da igreja, da feira livre, entre outras. Recentemente outras práticas culturais também estão ganhando seus espaços, a exemplo de grupos de danças e batalhas de rap/trap. Feira livre de Inhambupe Inhambupe também traz consigo um fato de orgulho e curiosidade: é o único município que tem um cemitério espírita, um Cemitério Secular construído em 1916 por Bonifácio Gil da Silva e Dr. Quintiliano Fracelino da Silva e reconstruído em 1968 por Almiro Silva e Valdemar José da França. É o único cemitério Espírita do mundo, o mesmo fica localizado entre Rua Francisco Pinto com a rua Abdon Guerra. São esse fatos que tornam a cidade única e especial se tratando de seus aspectos glocais. É preciso pensar nos sujeitos inhambupenses com suas totalidades e potencialidades e são essas práticas culturais que caracterizam o nosso povo, um povo acollhedor, hospitaleiro e de sorriso farto. Tradicional São João de Inhambupe na Praça de Eventos Apresentação do grupo de dança no Anfiteatro localizado na Praça da Matriz Cavalgada, evento tradicional na cidade de Inhambupe 21 Vale ressaltar que a nossa economia é basicamente ligada a agricultura e pecuária. Na agricultura, o Município é destaque na produção de laranja, sendo o terceiro maior produtor da Bahia; Limão, sendo um grande exportador para Europa através da iniciativa privada. Há potencial produtivo e produz: maracujá, hortaliças em geral, mandioca, batata doce, banana, mamão, goiaba, acerola, abobora, melancia, feijão e outras culturas anuais com maior destaque para o milho. Na pecuária, é destaque na produção de bovinos para finalidade de leite e carne, inclusive com abatedouros legalizados. Há potencial e produz também: aves de corte e postura, suínos, caprinos e ovinos. Nos últimos anos o município passou a contar com uma nova cadeia produtiva, a cadeia da piscicultura, principalmente na região de Saquinho, Colônia I e Colônia II. Se tratando do trabalho e renda, uma grande parte dos dos nossos munícipes vivem do trabalho prestado às empresas privadas situada no campo ou na cidade (florestais, cítricas, cerâmicas, lojas, supermercados e etc.); outros por falta de oportunidades, buscam alternativas de vida nas grandes cidades brasileiras; e há aqueles que captam renda através do trabalho informal, nas fazendas e ou propriedades de pessoas de alto poder aquisitivo. Vale destacar ainda, aqueles que buscam renda através da produção agropecuária, sendo que além da comercialização direta ou não dos produtos, praticam neste ato a agricultura de subsistência. Nesse sentido, esses pequenos produtores comercializam os seus produtos nas feiras livres ou até mesmo para outros produtores "maiores" como meios de sobrevivência. A Feira Livre de Inhambupe que acontece às quartas feiras e sábado é uma “porta de saída” para alguns produtores no quesito comercialização, enquanto para outros, a única alternativa são os atravessadores. Raros são aqueles que realizam negócio comercial com indústrias. Isso acontece em função da falta de pesquisa no mercado, optando pelo mercado mais próximo da lavoura. Foi pensando na necessidade dos produtores, que hoje, o Município possui uma Câmara Fria para armazenamento dos produtos agrícolas, os quais serão destinados direto para indústria. Inicialmente, através do programa da Roça para Fábrica, priorizando a produção frutífera local. São esses elementos identitários e marcantes que fazem a força do município, levando em consideração aspectos culturais, ambientais e socioeconômicos de maneira que as abordagens desses elementos sirvam de referências para 22 estratégias e apoio na construção de um currículo que aproxime o sujeito da sua realidade, valorizando suas histórias e raízes. 23 3 - Marcos Teóricos e Conceituais Metodológicos na Educação de Inhambupe-Ba 24 O Documento Referencial Curricular Municipal de Inhambupe-Ba, para a Educação Infantil e Ensino Fundamental, aborda os diferentes desafios da rede de ensino, encontrados em uma sociedade singular e plural, os quais requerem dos espaços escolares esforços e ações que possibilitem aos educandos aprendizagens pautada na realidade dos mesmos, para que assim também se possa acompanhar os avanços ocorridos principalmente na tecnologia, fatores que abrangem o universo. Nessa perspectiva, a educação do município de Inhambupe tem buscado diante de suas condições atender as necessidades e exigências impostas por uma sociedade atuante e em desenvolvimento na Era do Conhecimento e da Informação. Diante disso, é relevante que a comunidade escolar reflita sobre o conceito do Currículo, o qual norteia o trabalhodos educadores na organização dos saberes com o objetivo de mediar processos formativos, direcionar e organizar(criar) documentos que embasam a educação municipal. De acordo com o Documento Curricular Referencial da Bahia (2019): Nesse sentido, é importante que as escolas e suas comunidades reflitam sobre a compreensão do Currículo como uma tradição inventada, como um artefato socioeducacional, que se configura nas ações de conceber/selecionar/produzir, organizar, institucionalizar, implementar/dinamizar saberes e atividades, visando mediar processos formativos. Formação que se implica e se configura pela construção de qualificações constituídas na relação com os saberes eleitos como formativos (DCRB, 2019, p. 31). No entanto, o Currículo de Inhambupe propõe e estabelece as aprendizagens escolares, oferecendo diretrizes que buscam assegurá-las como direitos a todos os estudantes do município, de acordo com suas necessidades, comprometendo-se para que se desenvolvam e tornem-se capazes de enfrentar as demandas atuais e futuras perante uma sociedade que vive em constante desenvolvimento. Nesse sentido, este documento apresenta um percurso pelo qual os estudantes de Inhambupe precisam passar por meio das aprendizagens essenciais durante sua trajetória na educação básica. Diante disso, compreende-se que o referencial é um ponto de partida a ser usado para a elaboração de outros documentos orientadores institucionais, construindo de forma coletiva e colaborativa, com os sujeitos e em cada contexto escolar. Nesse sentido, a escola deve estar comprometida com o desenvolvimento 25 do educando, promovendo situações que possibilitem aprendizagem e articulem conhecimentos, habilidades e atitudes no exercício da autonomia do indivíduo, e o estabelecimento de compromisso na construção e melhoria do ambiente em que vivem. Considerando os diversos contextos existentes nas áreas e modalidades da educação básica, o documento assume uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto, respeitando suas limitações e potencialidades como sujeitos de aprendizagens, que possuem direitos e deveres, capazes de se realizar em todas as dimensões. Baseado na BNCC e no DCRB, também estruturado pelos Campos de Experiência na Educação Infantil e por Competências no Ensino Fundamental, este documento prevê em sua constituição, flexibilidade para que as unidades escolares e seus educadores possam adequar outras experiências relevantes e pertinentes para a aprendizagem dos alunos. BNCC e currículos tem papéis complementares para assegurar as aprendizagens essenciais definidas para cada etapa da Educação Básica, uma vez que tais aprendizagens só se materializam mediante o conjunto de decisões que caracterizam o currículo em ação. São essas decisões que vão adequar as proposições da BNCC à realidade local, considerando a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, como também o contexto e as características dos alunos (BRASIL, 2017, pg. 16). Dessa forma, percebe-se a importância de elaborar o Documento Curricular Referencial Municipal de Inhambupe, baseado em outros documentos legais, alinhando-o a realidade da educação regional e municipal, considerando os conhecimentos prévios dos educandos, tornando assim a aprendizagem significativa, possibilitando ao professor reflexão sobre a própria prática com o objetivo de propor intervenções que desenvolvam as competências habilidades dos alunos. Considerando-se também que em cada etapa seja ela criança, adolescente, jovem ou adulto, os estudantes possuem características em comum, é preciso reconhecer a pluralidade de infâncias e juventudes que perpassa pelas construções culturais, históricas, socioeconômicas, políticas, religiosas, entre outras que estão no mundo em que vivem de modo singular. Nos estudos atuais, defendemos a ideia da criança sujeito que se produz dentro de realidades, por isso, afeta e é afetada pelo contexto no qual 26 interage. Em contrapartida, negamos a infância universal e padronizante. Concebemos a diversidades no campo da infância como espaço de construções e interações relacionadas à cultura e ao lugar no qual a identidade das crianças se constitui e se encontra em permanente devir. Conclamamos uma infância inter/multicultural nas dimensões política, econômica, cultural, geográfica e social (GONÇALVES, 2017, p. 24). Esses diversos contextos foram e continuam sendo fatores de desigualdade educacional em relação ao acesso, permanência e qualidade. É preciso superar essa visão, para isso faz-se necessário conhecer os estudantes, reconhecer as diferenças que trazem consigo, para assim poder orientar o trabalho pedagógico com o objetivo de acolhimento que possibilitem o desenvolvimento dos estudantes na medida das possibilidades, interesses, necessidades e limitações que apresentam, de maneira a promover situações que oportunize a superação da exclusão histórica que atravessa a escolarização básica dos sujeitos. É preciso fortalecer políticas que visem garantir os direitos de todos os estudantes atendidos na rede municipal de ensino, viabilizando condições adequadas às aprendizagens, considerando a diversidade e as necessidades apresentadas por cada indivíduo as quais influenciam no processo de desenvolvimento dos mesmos. Assim, considera-se a importância das Competências Gerais da Educação Básica apresentadas pela Base Nacional Comum Curricular, as quais tem como finalidade assegurar a qualidade da aprendizagem dos educandos, concebidos de atitudes e valores, que aprimoram suas competências e habilidades, tornando-os aptos a corresponder com as demandas cotidianas do seu contexto social. COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às 27 mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico- cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsávelem âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, com- preendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo- se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 28 Nesse contexto, o Documento Curricular Referencial do Município de Inhambupe para o Ensino Fundamental e Educação Infantil baseado no DCRB, afirma que a necessidade das aprendizagens produzidas e conquistadas pelas competências se estabeleçam a partir da qualificação integral da formação científica, tecnológica, sociotécnica, ética, política, estética, cultural e emocional que promova a equidade. Segundo Pérez Gómez (2015), [...] as competências são sistemas complexos, pessoais, de compreensão e de atuação, ou seja, combinações pessoais de conhecimentos, habilidades, emoções, atitudes e valores que orientam a interpretação, a tomada de decisões e a atuação dos indivíduos humanos em suas interações com o cenário em que habitam, tanto na vida pessoal e social como na profissional (PÉREZ GÓMEZ, 2015, p. 74). Para tanto, de acordo com o Documento Curricular Referencial da Bahia, é importante priorizar o desenvolvimento das competências, compreendendo que um referencial contemporâneo precisa ajustar tanto por meio de saberes historicamente construídos, quanto pelos acontecimentos e pelas inúmeras experiências significativas para um Currículo da Escola Básica, articulando as aprendizagens às habilidades. Garantindo essa fundamentação, a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, as modalidades Educacionais pleiteadas pelo nosso Sistema Educacional, assim como os Temas Integradores, distintivos da nossa Educação Básica, uma visão integrada, conectiva e transversalizada pela concepção de equidade social, através de educação de qualidade para todos. O Currículo do município de Inhambupe-Ba, assume a necessidade de propor políticas públicas que viabilizem o desenvolvimento de uma educação de qualidade em seus diversos ambientes, principalmente políticas de formação de professores, entre outras formas de organizar o tempo e o espaço escolar, elaboração de amplas estratégias, articuladas com o objetivo de preparo para o enfrentamento dos desafios atuais propostos nos diferentes contextos do campo ou território onde está inserido. Trata-se de um documento que vislumbra uma educação comprometida com o desenvolvimento de competências que introduz além do domínio do conhecimento, pressupõe também o domínio de atitudes e habilidades pautadas 29 em pedagogias e metodologias ativas e necessárias para atuação e desempenho do indivíduo no ambiente em que vive e atua. Nesse contexto a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, assim como as demais etapas, requer pensarmos o currículo de acordo ao público atendido na rede municipal de Inhambupe-Bahia, considerando suas histórias, necessidades, tempos humanos, sem perder de vista os direitos de aprendizagem aos alunos garantidos de acordo com a BNCC. Arroyo (2007) afirma que: {...} organizar a escola, os tempos e os conhecimentos, o que ensinar e aprender respeitando a especificidade de cada tempo de formação não é uma opção a mais na diversidade de formas de organização escolar e curricular, é uma exigência do direito que os educandos têm a ser respeitados em seus tempos mentais, culturais, éticos e humanos (ARROYO, 2007, p. 45-46). É relevante compreender e considerar os processos educativos vivenciados pelos alunos na Educação Infantil, vivencias essas que enriquecem as experiências desta etapa, preparando-os para o período de transição entre esta etapa e o Ensino Fundamental, e assim também no decorrer do processo de alfabetização e na transição das demais etapas. Nesse primeiro período transitório é preciso preparar os estudante para que os mesmos não sejam surpreendidos pelo novo, o qual pode dificultar o processo de ensino-aprendizagem, já que a Educação Infantil fundamenta-se nas brincadeiras, nos jogos, na ludicidade, nas músicas e nas experiências. A aproximação entre essas duas etapas torna-se essencial e requer dos professores estratégias e metodologias que facilitem a adaptação dos educandos nesse movimento no que diz respeito ao acolhimento, às rotinas, às metodologias entre outras situações que constituem o cotidiano escolar de cada etapa. Dessa maneira, vale salientar também o quanto é relevante a aproximação entre os profissionais que atuam nas duas etapas em questão, para que assim se possa estabelecer equilíbrio nesse percurso escolar, para que essa mudança não crie nos estudantes uma compreensão de que a escola passa a ser apenas um lugar de fazer dever, copiar atividades, ficar sentando, perdendo dessa maneira a ideia de uma ambiente agradável, instigador e atrativo, onde os mesmos vão dando continuidade ao desenvolvimento de suas habilidades decorrentes das vivencias ocorridas na etapa anterior. Esses mesmos cuidados deve-se ter na 30 transição dos educandos dos anos iniciais para os anos finais, pois a dinâmica das aulas dessa ultima etapa do Ensino Fundamental é totalmente diferente das anteriores, pois tanto da Educação Infantil quanto nos anos iniciais as aulas de todos os componentes curriculares são ministradas por apenas um professor, já nos anos finais são ministradas por vários profissionais, cada um com sua maneira de ensinar, interagir, instigar, motivar, diagnosticar e avaliar. Assim, entende-se que o momento de transição exige dos professores um olhar delicado para os estudantes que necessitam de incentivo diante do desafio que a nova etapa apresenta para os mesmos. Nessa perspectiva o Documento Curricular Referencial de Inhambupe-Bahia visa a garantia de uma educação de qualidade constituída por meio de pedagogias ativas, respeitando as experiências e vivencias dos indivíduos envolvidos nesse processo, possibilitando assim aprendizagens significativas que permearão por toda a vida dos estudantes em desenvolvimento e formação, tornando-os capazes de lidar com os diversos desafios da sociedade. 31 4- MARCOS LEGAIS QUE EMBASAM O REFERENCIAL CURRICULAR DO MUNICÍPIO DE INHAMBUPE 32 A educação compreendida como um Direito Humano confronta os conceitos segregadores, excludentes, vivenciados nas políticas educacionais do nosso país. Os avanços na legislação em âmbitos nacional, estadual e municipal atenuam as marcas historicamente deixadas pela educação privilegiada e asseguram uma educação baseada em princípios de justiça social, igualdade de oportunidades e equidade de direitos. O Sistema da Rede Municipal de Educação de Inhambupe está baseado em marcos legais que estabelecem normas e bases orientadoras para a Educação e se apresentam como um instrumento em defesa do direito de desenvolvimento e aprendizagem das suas crianças/estudantes. Nessa perspectiva, os parâmetros normativos a seguir que versam este Referencial Curricular, fundamentam-se em documentos legais nacionais e internacionais que legitimam o direito a educação e as políticas públicas nos âmbitos educacionais, nos níveis infantil e fundamental, bem como nas modalidades Campo, Indígena, Quilombola, EPJAI e Educação Especial. Destes,podemos citar: I- PRINCÍPIOS DA EDUCAÇAO A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, no artigo 2º, define os princípios gerais e finalidades da educação: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício e sua qualificação para o trabalho. ” (BRASIL, 1996). Com fundamento na Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases (LDBEN) nº 9.394/96, no inciso IV do artigo 9º, afirma que cabe à União estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum (BRASIL, 1996). 33 Ainda na Lei de Diretrizes e Bases (LDBEN) nº 9.394/96, no artigo 3º, delineiam-se os princípios basilares para o ensino: “[...] I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extraescolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013). II- DO DIREITO À EDUCAÇAO A Constituição Federal de 1988, inspirada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), no artigo 205, reconhece a educação como: “[...] direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo ao exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988). Além da garantia do direito à educação, a Constituição de 1988, no artigo 210, apresenta indicações quanto à elaboração dos currículos dos sistemas, redes e escolas, e fixa “conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, de maneira a assegurar formação básica com respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais” (BRASIL, 1988). O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, no artigo 4º, reafirma a quem resguarda o dever de assegurar os direitos fundamentais das crianças e adolescentes: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. ” 34 Ainda sobre o direito à educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, no seu artigo 3º, afirma : XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018), (BRASIL, 1996). O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03), no artigo 21º, estabelece que o Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso da educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a eles destinados”. (BRASIL, 2003) -O Estatuto da Juventude, Lei nº 12.852/2013, no artigo 7º, que trata do direito à educação, evidencia que é direito do jovem “a educação de qualidade, com a garantia de educação básica, obrigatória e gratuita, inclusive para os que a ela não tiveram acesso na idade adequada. ” (BRASIL, 2013). A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE), no artigo 2º: II - universalização do atendimento escolar; A Lei Brasileira de Inclusão (LBI), Lei 13.146/2015: Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. III- Diretrizes Educacionais 35 Ainda de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, artigo 27, os conteúdos curriculares da Educação Básica observarão as seguintes diretrizes: “I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II – consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III – orientação para o trabalho; IV – promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não formais” (BRASIL, 1996). Por meio da Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, o Conselho Nacional de Educação define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (DCN), que visam: “estabelecer bases comuns nacionais para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, bem como para as modalidades com que podem se apresentar, a partir das quais os sistemas federal, estaduais, distrital e municipal, por suas competências próprias e complementares, formularão as suas orientações assegurando a integração curricular das três etapas sequentes desse nível da escolarização, essencialmente para compor um todo orgânico” (BRASIL, 2010). Essas diretrizes são consolidadas por meio da Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010, do Conselho Nacional de Educação que “Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos”, conforme a seguir: “Art. 1º A presente Resolução fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos a serem observadas na organização curricular dos sistemas de ensino e de suas unidades escolares. Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos articulam-se com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e Resolução NE/CEB nº 4/2010) e reúnem princípios, fundamentos e procedimentos definidos pelo Conselho Nacional de Educação, para orientar as políticas públicas educacionais e a elaboração, implementação e avaliação das orientações curriculares nacionais, das propostas 36 curriculares dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, e dos projetos político-pedagógicos das escolas. Parágrafo único. Estas Diretrizes Curriculares Nacionais aplicam-se a todas as modalidades do Ensino Fundamental previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, bem como à Educação do Campo, à Educação Escolar Indígena e à Educação Escolar Quilombola. [...] Art. 9º O currículo do Ensino Fundamental é entendido, nesta Resolução, como constituído pelas experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando articular vivências e saberes dos alunos com os Conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para construir as identidades dos estudantes”. Por meio da Resolução nº 12/2012 o Conselho Municipal de Educação institui as Diretrizes Curriculares para o Ensino Municipal de nove anos do Sistema Municipal de Ensino de Inhambupe: Art. 1º. Instituir as Diretrizes Curriculares parta Ensino Fundamental de 9(nove) anos a serem observadas na organização curricular das Unidades Escolares Integrantes doSistema Municipal de Ensino de Inhambupe-BA. Art. 2º. São as seguintes Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de 9(nove) anos: I. As Escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas: a) Os princípios da identidade, valores éticos e padrões de autoridade; b) Os princípios dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criatividade e do respeito a ordem democrática; c) Os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais; d) Os princípios da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade, da justiça social e do respeito ao bem comum; e) Os princípios éticos, religiosos, regionais, do cotidiano, das relações e das tradições; II. Ao definir sua Proposta Pedagógica, o sistema Municipal de Ensino deverá explicitar o reconhecimento da identidade pessoal dos alunos, professores e outros profissionais e a identidade de cada Unidade Escolar. III. As Escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas pela interação dos processos de conhecimento com as linguagens e os efetivos, em consequência, as relações entre as distintas identidades dos participantes do contexto escolarizado, as diversas experiências de vida dos alunos, professores e demais participantes do ambiente escolar, 37 expressas através de múltiplas formas de diálogo, devem contribuir para a construção da identidade afirmativa, persistentes, e capazes de protagonizar ações autônomas e solidárias em relação ao conhecimento e valores indispensáveis à vida cidadã. IV. Em todas as Escolas do Sistema Municipal de Ensino deverá ser garantida a igualdade de acesso para alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a igualdade de ação pedagógica na diversidade nacional. A base comum do currículo e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que vise estabelecer a relação entre a Educação Fundamental e: a) A vida cidadã através da articulação entre vários de seus aspectos, como: 1. a saúde 2. a sexualidade 3. a vida familiar social 4. o meio ambiente 5. o trabalho 6. a ciência e a tecnologia 7. a cultura 8. as linguagens b) as áreas do conhecimento: 1. Língua Portuguesa 2. Matemática 3. Ciências 4. Geografia 5. História 6. Língua Estrangeira 7. Educação Artística 8. Educação Física, na forma do art. 33 da Lei Federal nº 9.394/96 e da Lei Federal nº 10.793/2003. 9. Educação Religiosa, na forma do art. 33 da Lei Federal nº 9.394/96 e Lei Federal nº 9.475/1997. V. O sistema municipal de ensino deverá explicitar em sua Proposta Pedagógica para o Ensino Fundamental, processos de ensino voltados para as relações com a sua comunidade local, regional e planetária, visando à interação entre a Educação Fundamental e a vida cidadã: os alunos ao aprenderem os conhecimentos e valores da base nacional comum e da parte diversificada, estarão também constituindo sua identidade como cidadãos, capazes de serem protagonistas das ações responsáveis, solidárias e autônomas em relação a si próprios, às suas famílias e às comunidades; VI. As Escolas devem adotar o estudo da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira, de acordo com a Lei Federal nº 11.645/2008; VII. As Escolas usarão a parte diversificada da Proposta Curricular para enriquecer e complementar a base nacional comum, proporcionando, de maneira específica, a introdução de projetos e atividades de interesse de suas comunidades; VIII. As Escolas devem trabalhar em clima de cooperação, entre a direção e as equipes docentes, para que haja condições favoráveis à adoção, 38 execução, avaliação e aperfeiçoamento das estratégias educacionais, em consequência do uso adequado do espaço físico, do horário e calendário escolares, na forma dos artigos 12 e 14 da Lei nº 9.394/96; IX. As Escolas devem formular estratégias pedagógicas que favoreçam práticas educativas de forma prazerosa e lúdica, estimulando as brincadeiras, as danças, os jogos, as múltiplas formas de comunicação, expressão, criação e movimento, assim como a literatura, cinema, música, pintura e a arte em geral, principalmente nos primeiros anos do Ensino Fundamental; X. A partir dos princípios determinados pela Resolução CNE/CEB nº7/2010 contidos nesta resolução é importante que o trabalho pedagógico com as crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, garanta o estudo articulado das Ciências Sociais, das Ciências Naturais, das Noções Lógico-matemáticas e das Linguagens, conforme o manual sobre as orientações para a Inclusão das crianças de 6 (seis) anos do Ensino Fundamental, MEC, pag. 59-61, do seguinte modo: a) Na área de Ciências Sociais: Desenvolver a reflexão crítica sobre os grupos humanos, suas relações, suas histórias, suas formas de se organizar, de resolver problemas e de viver diferentes épocas e locais; b) Na área de Ciências Naturais: Ampliar a curiosidade das crianças incentiva-las a levantar hipóteses e a construir conhecimentos sobre fenômenos físicos e químicos, sobre os seres vivos e sobre os seres vivos e sobre a relação entre homens e a natureza e entre o homem e as tecnologias; c) Na área das Noções Lógico-Matemáticas: Encorajar as crianças a identificar semelhanças e diferenças entre diferentes elementos, classificando, ordenando e seriando, fazendo a correspondência, agrupamentos e comparando conjuntos; d) Na área das Linguagens: Sensibilizar as crianças para apreciar uma Pintura, uma Escultura, assistir um filme, ouvir uma música, dando oportunidade para que elas apreciem diferentes produções artísticas e também elaborem suas experiências pelo fazer artístico, ampliando sua sensibilidade e a sua vivencia estética. Art. 3º. A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular, de que trata o §2º do Art. 26 da Lei nº 9.394/96, conforme a Lei nº 11769/2008. Art. 4º. Deverão ser inseridos no Currículo Escolar, os conteúdos que trata dos direitos das crianças e dos adolescentes, Lei Federal nº 11.525/2007, da condição e dos direitos dos idosos, Lei Federal nº 10.741/2003, a Educação para o Transito, Lei Federal nº 9.503/1997, Educação Ambiental, Lei Federal nº 9.795/1999, Educação Financeira, Decreto Federal nº 7.397/2010 e Símbolos Nacionais, Lei Federal nº 12.472/2011. Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões, em 26 de abril de 2012. 39 Presidente A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE), no artigo 2º, apresenta como diretrizes: “[...] I - erradicação do analfabetismo; III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV - melhoria da qualidade da educação; V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX - valorização dos (as) profissionais da educação; X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. (BRASIL, 2014). Essas premissas legais foram consideradas nas Metas 2, 3 e 7 do PNE, Lei nº 13.005/14 (BRASIL, 2014), no que se refere aos currículos das etapas e modalidades da Educação Básica, quando orienta a União, Estados, Distrito Federal e Municípios na elaboração de uma Base NacionalComum Curricular (BNCC), nas seguintes estratégias: “[...] 2.2) pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o §5º do art. 7º desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a Base Nacional Comum Curricular do ensino fundamental[...]; [...] 3.3) pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o §5º do art. 7º desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a Base Nacional Comum Curricular do ensino médio [...]; [...] 7.1) estabelecer e implantar, mediante pactuação Inter federativa, diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local. ” A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE), no artigo 2º, apresenta como diretrizes: “[...] I - erradicação do analfabetismo; 40 III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV - melhoria da qualidade da educação; V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX - valorização dos (as) profissionais da educação; X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. ” (BRASIL, 2014). Logo após foi homologada a Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017 que “institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica” com o objetivo de alicerçar e subsidiar a construção dos currículos/propostas pedagógicas, conforme artigos a seguir: “Art. 1º A presente Resolução e seu Anexo instituem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como documento de cará- ter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais como direito das crianças, jovens e adultos no âmbito da Educação Básica escolar, e orientam sua implementação pelos sistemas de ensino das diferentes instâncias federativas, bem como pelas instituições ou redes escolares. Parágrafo Único. No exercício de sua autonomia, prevista nos artigos 12, 13 e 23 da LDB, no processo de construção de suas propostas pedagógicas, atendidos todos os direitos e objetivos de aprendizagem instituídos na BNCC, as instituições escolares, redes de escolas e seus respectivos sistemas de ensino poderão adotar formas de organização e propostas de progressão que julgarem necessários.” Os Currículos dos Estados e Municípios, conforme preconizam os princípios e diretrizes da LDBEN, DCN, PNE, PEE reafirmados na BNCC, precisam reconhecer “que a educação tem um compromisso com a formação e o desenvolvimento humano global, em suas dimensões intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e simbólica” (BRASIL, 2017), ou seja, numa perspectiva de formação integral e integradora dos sujeitos. As aprendizagens essenciais estabelecidas pela BNCC se concretizam mediante um conjunto de decisões que caracterizam o currículo, considerando a 41 realidade local, a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino, das instituições escolares e a participação dos estudantes. Essas decisões precisam estar articuladas para atender às especificidades e às necessidades dos grupos sociais que convivem nos espaços escolares públicos e privados do estado da Bahia, em atendimento às diferentes modalidades da Educação Básica, conforme previsto na legislação vigente. A seguir serão apresentados normativos legais, nacionais e estaduais que versam sobre as modalidades da Educação Básica, em alinhamento com o que orienta a BNCC. NORMATIVOS LEGAIS DAS MODALIDADS DA EDUCAÇÃO BÁSCA MODALIDADES NORMATIVOS FINALIDADES Educação Especial DECRETO PRESIDENCIAL Nº. 6.949/2009 Ratifica a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência/ONU. RESOLUÇÃO Nº04/2009 CNE/CEB Institui as Diretrizes operacionais para o Atendimento Educacional Especializado – AEE na Educação Básica. RESOLUÇÃO Nº 79/2009CEE Estabelece normas para a Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva para todas as etapas e Modalidades da Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino da Bahia NOTA TÉCNICA SEESP/GAB/Nº 11/2010 Dispõe sobre orientações para a institucionalização da oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE) em Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) implantadas nas escolas regulares. DECRETO PRESIDENCIAL Nº 7.611/2011 Dispõe sobre Educação Especial e Atendimento Educacional Especializado e dá outras providências. Revoga o Decreto 6.571/2008. Dispõe sobre a classe especial 42 nas escolas regulares e escolas especiais e fortalecimento das instituições especializadas. LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO Nº 13.146/2015 Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). DOCUMENTO ORIENTADOR/2017 Diretrizes da Educação Inclusiva no Estado da Bahia. Educação de Pessoas Jovens, Adultos e Idosos. PORTARIA SEC Nº 5.136/2011 Estabelece normas sobre o procedimento de certificação da escolaridade de jovens e adultos no nível de conclusão do Ensino Fundamental e Médio, por meio dos resultados obtidos no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) e Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). RESOLUÇÃO Nº 3 CNE/CEB. Institui Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e certificação nos exames de EJA e Educação de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da Educação a Distância. RESOLUÇÃO Nº 239/2011 CEE Dispõe sobre a oferta de Educação de Jovens e Adultos no estado da Bahia. Educação do Campo RESOLUÇÃO Nº 2/2008 CNE/CEE Institui as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, um conjunto de princípios e procedimentos para serem observados nos projetos das instituições que integram os diversos sistemas de ensino. PARECER CNE/CEB Nº 1/2006 Recomenda a adoção da Pedagogia da Alternância em escolas do campo. 43 RESOLUÇÃO Nº 2/2008 CEE/CEB. Estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo. DECRETO PRESIDENCIAL Nº 7.352/2010 Dispõe sobre a Política Nacional de Educação do Campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA. LEI Nº 12.960/ 2014 Altera a LDBEN Altera a LDBEN para constar a exigência de manifestação de órgão normativo do sistema de ensino (conselho) para o fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas, considerando para tanto a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar.RESOLUÇÃO Nº 103 CEE Dispõe sobre a oferta da Educação do Campo no Sistema Estadual de Ensino da Bahia LEI ESTADUAL Nº 11.35/2008 Institui o Programa Estadual de Apoio Técnico Financeiro às Escolas Família Agrícola – EFAs e às Escolas Familiares Rurais – EFRs do Estado da Bahia. DECRETO GOVERNAMENTAL Nº 14.110/2012 Institui o Programa Estadual de Apoio Técnico Financeiro às Escolas Família Agrícola - EFAs e às Escolas Familiares Rurais - EFRs do Estado da Bahia, através de entidades sem fins lucrativos [...]. No quadro a seguir são apresentados os Temas Integradores que precisarão ser considerados de forma transversal nos currículos escolares da Educação Básica, em todas as etapas e modalidades do município de Inhambupe: 44 TEMAS TEMAS INTEGRADORES NORMATIVOS FINALIDADES Educação para as Relações Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal e dá outras providências. de Gênero e Sexualidade LEI FEDERAL N°11.340/ 2006 Educação para a Diversidade LEI FEDERAL 2848/40, § 7º AO ART. 121 DO CÓDIGO PENAL. Estabelece o aumento da pena do feminicídio. RESOLUÇÃO Nº 120/2013 CEE Dispõe sobre a inclusão do nome social dos/das estudantes travestis, transexuais e outros no tratamento nos registros escolares e acadêmicos nas Instituições de Ensino que integram o Sistema de Ensino do Estado da Bahia e dá 45 outras providências. PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES (2013- 2015) Objetiva o fortalecimento e a institucionalizaçã o da Política Nacional para as Mulheres. PLANO ESTADUAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES (2103- 2015) Objetiva o fortalecimento e a institucionalizaçã o da Política Estadual para as Mulheres. Educação das Relações Étnico-Raciais LEI 10.639,DE 9 DE JANEIRO DE 2003 Inclui no Currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e dá outras providências. RESOLUÇÃO Nº 1/2004 CNE/CEB Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. LEI FEDERAL Nº 11.645/ 2008 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. LEI FEDERAL Nº 12.288/2010 Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis Nºs 7.716, de 5 de janeiro de 1989; 9.029, de 13 de abril de 1995; 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003. LEI ESTADUAL Nº 13.182/2014 Institui o Estatuto da Igualdade Racial e de 46 Combate à Intolerância Religiosa do Estado da Bahia. TEMAS NORMATIVOS FINALIDADES Educação em Direitos Humanos DECRETO PRESIDENCIAL Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009. Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3 e dá outras providências. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS/2007 Difunde a cultura de direitos humanos no país. DECRETO GOVERNAMENTAL Nº 12.019/2010 Aprova o Plano Estadual de Direitos Humanos da Bahia – PEDH e dá outras providências. PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS/2009 Expressa o compromisso do Governo do Estado da Bahia com a promoção da cidadania e dos direitos humanos. PARECER CEE/CEB Nº 8/2012 Estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. Educação Ambiental LEI FEDERAL Nº 9.795/1999 Institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências RESOLUÇÃO Nº 2/2012 CNE/CP Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. RESOLUÇÃO N° 11/2017 Dispõe sobre a Educação Ambiental no Sistema Estadual de Ensino da Bahia LEI ESTADUAL Nº 12.056/2011 Institui a Política de Educação Ambiental do Estado da Bahia e dá outras providências. Saúde na Escola LEI FEDERAL Nº 11.947/2009 Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica; altera as Leis Nºs 10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, 11.507, de 20 de julho de 2007 e revoga dispositivos da Medida Provisória nº 2.178-36, de 24 de agosto de 2001, e a Lei nº 8.913, de 12 de julho de 1994, e dá outras providências. DECRETO PRESIDENCIAL Nº6286/2107 Institui o Programa Saúde na Escola. PORTARIA CONJUNTA SEPLAN/SESAB/SEC Institucionaliza as ações transversais e esforços intersetoriais para 47 Nº001/2014. implantação do Programa de Ação Estadual de Prevenção da gravidez e assistência ao parto na adolescência. PORTARIA Nº 2728/2016 Institui a Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos no contexto escolar, com ênfase no combate ao mosquito Aedes aegypti. PORTARIA CONJUNTA SESAB/SEC Nº 01/2018 Dispõe sobre a obrigatoriedade da apresentação da carteira/cartão de vacinação em creches e escolas, em todo o território do Estado da Bahia. Educação Fiscal PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 413/2002 MF/MEC Implementa o Programa Nacional de Educação Fiscal. DECRETO ESTADUAL Nº 15.737/2014 Institui a Educação Fiscal na Bahia. Educação para o Trânsito LEI FEDERAL Nº 9.503/1997 Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 48 Educação Especial Grupo de Estudos e Aprendizagens (GEA): Ana Meire de Souza Cardoso Rocha Silva Cristina de Araújo Ramos Reis Izanildes de Almeida Santos Rocha Pereira Leonice Bispo de Souza 5 - MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO CONTEXTO LOCAL Educação do Campo Educação de Jovens e Adultos Grupo de Estudos e Aprendizagens (GEA): Sandra Soares de Santana Taísa Lemos Ramos Silva Grupo de Estudos e Aprendizagens (GEA): Florenice Reis Silva Narcisa Pereira dos Santos Silva Vanilda Nascimento Sales 49 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB nº 9.394/96) dita as modalidades de ensino e considera as características de cada povo e comunidade, demarcando identidade, cultura e fortalecimento destas. As modalidades contempladas na Educação Básica do Estado da Bahia compõem as pautas da: • Educação Escolar Indígena, com uma proposta de educação específica, intercultural, feita com e para indígenas, nos espaços onde se localizam as diferentes etnias. • Educação Especial na perspectiva inclusiva que visa o atendimento educacional especializado a pessoas com deficiência. • Educação do Campo, visando a produção e valorização da vida, do conhecimento e da cultura do campo, valorizando os aprendizados dentro e fora dos espaços escolares. • Educação Escolar Quilombola, com foco na valorização das questões étnico-raciais e indenitárias a partir da valorização da identidade afrodescendente. • Educação de Jovens e Adultos, com um olhar para o estudante que trabalha, considerando saberes prévios e tempos de aprendizagem dos sujeitos atendidos. Diante disso, nota-se que as modalidades da educação atendem
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