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1 Universidade Federal Fluminense Instituto de Geociências Departamento de Análise Geoambiental Disciplina: Cartografia Professora: Juliana Menezes Caderno de Exercícios de Cartografia “Carta Topográfica” 2 Sumário REVISÃO ESCALA............................................................................................................................................................3 REVISÃO COORDENADAS GEOGRÁFICAS..............................................................................................................4 SISTEMA UTM...................................................................................................................................................................5 EXERCÍCIOS CONCURSO – UTM............................................................................................................................. 8 EXERCÍCIO –UTM - Carta Baía de Guanabara........................................................................................................9 EXERCÍCIO – CIM...........................................................................................................................................................10 EXERCÍCIO – DECLINAÇÃO MAGNÉTICA...............................................................................................................11 EXERCÍCIO – ISOLINHAS - ISOTERMAS................................................................................................................. 13 EXERCÍCIO – ISOLINHAS- ISOIETAS........................................................................................................................15 EXERCÍCIO –CURVAS DE NÍVEL - ISOÍPSAS.........................................................................................................16 EXERCÍCIO – DECLIVIDADE....................................................................................................................................... 19 EXERCÍCIO –BACIAS HIDROGRÁFICAS..................................................................................................................23 EXERCÍCIO – PERFIL TOPOGRÁFICO..................................................................................................................... 26 3 REVISÃO ESCALA 1) Complete a escala métrica decimal: 2) Defina: escala numérica, escala gráfica e escala nominal. 3) Em uma carta na escala 1:50.000 observa-se a existência de uma ponte medindo 6mm. Qual será o seu tamanho real? 4) Qual a escala de uma carta na qual um lineamento de 227 m reais é representada por 5 cm? 5) A Golden Gate Bridge é uma ponte localizada no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, que liga a cidade de São Francisco a Sausalito, na região metropolitana de São Francisco, sobre o estreito de Golden Gate. A Golden Gate possui 2,73 km de extensão, e foi representada em uma carta na escala 1:100.000 com que valor? Resposta em m, cm e mm. 6) O Túnel Santa Bárbara localizado-se na cidade do Rio de Janeiro, liga os bairros do Catumbi e Laranjeiras, de 1.357 metros de comprimento foi representado por 13,57cm, qual a escala da referida carta? 7) O que é e para que serve a precisão gráfica? 8) Em uma carta 1.10.000 qual o menor tamanho real que um elemento natural ou artificial deve ter para ser representável? 9) É possível representar um elemento de 18m (dimensões reais) em uma carta 1.25.000? Justifique a resposta. 10) Determine a escala de uma carta onde um viaduto é representado com 5cm de extensão, sabendo-se que em uma outra carta na escala 1:100.000 este mesmo viaduto mede 15mm. 4 REVISÃO COORDENADAS GEOGRÁFICAS Calcule as coordenadas geográficas dos pontos representados pelo círculo e por uma estrela na Carta do Rio Bambana - Nicarágua. Fonte:https://legacy.lib.utexas.edu/maps/topo/ 13º45’ 13º40’ 84º15’ 84º10’ 5 SISTEMA UTM A projeção do belga Mercator, publicada em 1569, é a base do Sistema UTM (Universal Transversa de Mercator), que não é uma projeção cartográfica, mas sim, um sistema baseado na Projeção Transversa de Mercator (ou Conforme de Gauss). O Sistema UTM surgiu em 1947 com a finalidade de determinar as coordenadas retangulares nos mapas militares de grandes escalas em todo mundo (Duarte, 2006). O Sistema UTM adota uma projeção do tipo cilíndrica, transversal e secante ao globo terrestre (figura 1). Figura 1.: Exemplo de um cilindro transversal secante. A figura mostra ainda a diferença entre uma linha secante (que corta em duas linhas ou pontos) e uma tangente (que toca em uma linha ou um ponto). O conceito básico do Sistema UTM é a divisão da Terra em 60 fusos iguais, isto é, 60 fusos de 6º de longitude. A Figura 2 apresenta o mapa de fusos UTM do mundo, numere os fusos de oeste para leste e coloque as letras do sul para o norte; e responda em quais fusos encontra-se o Brasil? Como pode perceber os fusos começam a ser contados a partir do antimeridiano de Greenwich, no sentido oeste-leste, em coincidência com os fusos da CIM (Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo). As letras vão de A a Z e seguem a direção sul-norte, as letras I e O são excluídas por parecerem números. Os limites de mapeamento são os paralelos 80ºS e 84ºN, a partir dos quais se utiliza uma projeção estereográfica polar (em que os raios são projetados do polo oposto) (Oliveira, 1993). Esse Sistema adota coordenadas métricas planas ou plano-retangulares, com características específicas que aparecem nas margens das cartas, acompanhando uma rede de quadrículas planas. O cruzamento do equador com um meridiano padrão específico, denominado Meridiano Central (MC), é a origem desse sistema de coordenadas. Os valores de coordenadas obedecem a uma sistemática de numeração, a qual estabelece um valor de 10.000.000 m (dez milhões de metros) ou 10.000 km (dez mil quilômetros) sobre o equador e de 500.000 m (quinhentos mil metros) ou 500 km (quinhentos quilômetros) sobre o MC. As coordenadas lidas a partir do eixo N (norte-sul) de referência, localizada sobre o equador terrestre, vão se reduzindo no sentido sul do equador. As coordenadas do eixo E (leste-oeste), contadas a partir do MC de referência, possuem valores crescentes no sentido leste e decrescente s no sentido oeste. (Fitz, 2008). Com base no que foi exposto, preencha as lacunas da Figura 3; de acordo com a Figura 4 responda em qual ou quais fusos encontra-se o estado do Rio de Janeiro? 6 Figura 2.: Mapa de Fusos UTM. MAPA DE FUSOS UTM Sistema Universal Transversal de Mercator Números 7 A B Figura 3.: Esquema de um fuso UTM. Figura 4.: O Brasil dividido em fusos UTM (IBGE, 1998). Determine as coordenadas UTM dos pontos A e B da carta topográfica da Figura 5: Figura 5.:Parte da carta topográfica Itutinga – MG, escala 1:50.000. Referências Bibliográficas DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de cartografia. 3ª ed. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2006. 208p. 143p. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções Básicas de Cartografia. Manuais Técnicos em Geociências, Rio de Janeiro, 1999. Disponível em: ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/cartografia/nocoes_basicas_cartografia.pdf. FITZ, Paulo Roberto. Cartografia básica. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de cartografia moderna. 2ªed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 152p. ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/cartografia/nocoes_basicas_cartografia.pdf 8 EXERCÍCIOS CONCURSO – UTM 1. Com relação ao sistema de projeção cartográfica denominada UTM (Universal Transverse de Mercator), indique a opção correta. (Prova ANA - 2008 - Especialista em Geoprocessamento). a) Corresponde ao sistema de projeção cartográfica oficial do Brasil. b) O valor de UTM Norte na linha do equador é zero. c) Os valores de UTM são dados em metros ou em quilômetros. d) Valores de UTM Norte superiores a 10.000.000 metros são encontrados somente no Hemisfério Sul. e) Valores de UTM do Hemisfério Sul devem ser precedidos de sinal negativo. 2. Sistemas de projeção cartográfica foram concebidos para representar feições presentes numa superfíciecurva (Terra) para uma superfície plana (mapa). Marque as afirmativas abaixo com V a(s) verdadeira(s), com F a(s) falsa(s) e, ao final, marque a opção correta. (Prova ANA - 2008 - Especialista em Geoprocessamento - adaptado). ( ) O sistema de projeção que mantém as relações de área é dita conforme. ( ) O sistema de projeção Universal Transverse de Mercator utiliza o sistema de projeção cilíndrica. ( ) No sistema de projeção Universal Transverse de Mercator, as coordenadas são ortogonais entre si. ( ) Os termos latitude e longitude referem-se a um sistema de projeção planar. ( ) SIRGAS foi o sistema de projeção oficial do Brasil até 2015. a) F, V, V, F, F b) V, V, F, V, F c) V, F, V, V, V d) V, V, F, V, V e) F, F, V, F, F 3. O Brasil adota um sistema de projeção baseado na Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM), que é constituído por fusos. Quantos fusos existem e a partir de que meridiano os fusos são numerados, e quantos fusos cobrem o território nacional? (Prova UFCG - 2012 – Técnico em Cartografia). a) 48 fusos que são numerados a partir do meridiano de Greenwich para leste e o território nacional é coberto por 6 fusos – 27, 28, 29, 30, 31 e 32. b) 60 fusos que são numerados a partir do meridiano de Greenwich para oeste e o território nacional é coberto por 11 fusos – 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24 e 25. c) 32 fusos que são numerados a partir do antimeridiano de Greenwich de 180° para leste e o território nacional é coberto por 8 fusos – 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31 e 32. d) 60 fusos que são numerados a partir do antimeridiano de Greenwich de 180° para leste e o território nacional é coberto por 8 fusos – 18, 19, 20, 21, 22, 23,24 e 25. e) 45 fusos que são numerados a partir do antimeridiano de Greenwich de 180° para leste e o território nacional é coberto por 8 fusos – 18, 19, 20, 21, 22, 23,24 e 25. 4. Quantos pontos sobre a superfície do Planeta apresentam as coordenadas UTM 756 km / 7514 km e como podemos especificar um único ponto com coordenadas UTM? 5. Os números das coordenadas UTM representam distâncias em metros ou quilômetros. Qual (ou quais) os pontos de origem desse sistema de coordenadas? 6. (CESGRANRIO - PETROBRAS - Técnico de Exploração de Petróleo Júnior - 2010) Considere o fragmento da Carta Topográfica Baía de Guanabara (DSG, 1987). Sabe-se que o lado da quadrícula (q), na folha, mede 4 cm. Qual é a extensão, no terreno, em metros, do trecho (t) da pista do Aeroporto Santos Dumont que mede, no desenho, 1,8 cm? a) 500 b) 900 c) 1000 d) 1111 e) 1800 9 EXERCÍCIO –UTM - CARTA BAÍA DE GUANABARA 1. Tendo como base a carta Baía de Guanabara (ANEXO) calcule as coordenadas UTM dos seguintes pontos: ● Monumento do Morro do Corcovado: ● Mirante do Morro Dona Marta: ● Cota 58m na Boa Viagem: ● Ilha da Fortaleza do Lage: ● Ilha Fiscal: ● Torre do Morro dos Prazeres: ● Ponta de Santa Cruz: ● Ilha Pombeba: ● Ilha Santa Bárbara: ● Lapa: 2. Tendo como base a carta Baía de Guanabara calcule as distâncias entre os seguintes pontos: ● Teleférico do Morro da Urca e o Morro Pão de Açúcar: ● Aeroporto Santos Dumont e a Praia Funda: ● Morro Cara de Cão e a Ponta de Santa Cruz: 10 EXERCÍCIO – CIM (i) Observe o esquema de divisão da Carta Internacional ao Milionésimo e depois no esquema ao lado (ii) determine as coordenadas que limitam a folha SE.22-V-D-V, e no último esquema (iii) encontre as coordenadas da carta que possui nomenclatura SF-23-X-B-III-2-NE: 1:500.000 1:250.000 1:100.000 1:50.000 1:25.000 6º 3º 1º30” 30” 15” 11 EXERCÍCIO – DECLINAÇÃO MAGNÉTICA Três Nortes?] Norte Geográfico ou Verdadeiro, Norte Magnético e Norte de Quadrícula. Figura 1: Exemplo de como aparecem os três nortes em uma carta topográfica. O Norte Geográfico (NG), ou Norte Verdadeiro (NV), é aquele indicado por qualquer meridiano geográfico, ou seja, na direção do eixo de rotação do Planeta. O Norte Magnético (NM) apresenta a direção do polo norte magnético, aquele indicada pela agulha imantada de uma bússola. O Norte de Quadrícula (NQ) é aquele representado nas cartas topográficas seguindo-se, no sentido sul-norte, a direção das quadrículas apresentadas pelas cartas. O ângulo formado pelos nortes geográficos e magnético, expresso em graus, denomina-se DECLINAÇÃO MAGNÉTICA. Outro elemento importante contido nas cartas topográficas, é conhecido como CONVERGÊNCIA MERIDIANA, formada pela diferença angular entre o norte geográfico e o norte de quadrícula. (Fitz, 2008). Referência Bibliográfica: FITZ, Paulo Roberto. Cartografia básica. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. O eixo de rotação da Terra determina o polo geográfico, enquanto movimento do magma da Terra cria campo magnético. 1. A rotação da Terra acontece em torno de um eixo perpendicular ao plano do Equador. Os Polos Norte e Sul geográficos são os pontos em que o eixo passa pelas extremidades do planeta. Esses pontos servem de referência para os paralelos e meridianos terrestres. 2. No centro do planeta, há uma grande bola de ferro fundido (magma), pouco menor que a Lua. Essa bola gira um pouco mais rápido que a própria Terra e movimenta um outro mar de ferro fundido ao redor. Nessas duas partes, existem cargas elétricas em constante movimento. 3. Esse vaivém de cargas elétricas cria um campo magnético. No caso do nosso planeta, os físicos creem que o magnetismo da Terra é produto da movimentação do núcleo cheio de cargas. Após anos de observação, sabe-se que o "ímã terrestre", como todo ímã, é mais forte nos polos. 4. Tudo indica que o movimento do magma - e suas cargas elétricas - é influenciado pela rotação do planeta. E, como o eixo de um campo magnético é sempre perpendicular ao das cargas, o eixo terrestre seria próximo ao eixo geográfico. Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-a-diferenca-entre-os-polos-magneticos-e-geograficos-da-terra 12 1. Tendo como base informações da carta Baía de Guanabara calcule declinação magnética: BAÍA DE GUANABARA (RJ) 2. Tendo como base informações da carta Nova Friburgo calcule declinação magnética: 3. Tendo como base a carta de Alagoa (MG) calcule a declinação magnética: 13 EXERCÍCIO – ISOLINHAS - ISOTERMAS 1) Trace isotermas e determine a localização de frentes frias e quentes no mapa. Antes, porém, leia atentamente as observações abaixo: a) Apartir de ummapade isolinhas épossível observar dados regionais (zonas estabelecidas pelas isolinhas) e pontuais (estaçõesmeteorológicas, por exemplo). b) O mapa dos Estados Unidos a seguir mostra dados pontuais de temperatura e após a análise do mapa nota-se que há algo de não habitual, o que é? As temperaturas estão expressas emgrau Fahrenheit e não emgrau Celsius, que é omais utilizado noBrasil. Como transformar grauFahrenheit emgrauCelsius?°C= (°F -32)/1,8 Você também pode converter os valores das temperaturas no site baixo: http://www.convertworld.com/pt/temperatura/Fahrenheit.html c)Dicas1: - Primeiro trace suas linhas levemente a lápis. Se cometer erros não precisará apagar com frequência. - Você pode começar em qualquer lugar nomapa,mas tente começar nas bordas dos dados. - Pense na isolinha como uma cerca, com valores mais baixos de um lado e os maiores valores do outro lado. - Linhas de valores diferentes não se cruzam. Pensando em curvas de nível: uma curva de 900 metros não pode cruzar a linha de 950 metros– porque um só ponto não pode ter duas altitudes ao mesmotempo. - As linhas estão abertas ou fechadas. Uma linha aberta começa em uma borda do mapa e vai para outra. Uma isolinha que não se estender até a borda do mapa deve ser fechada,elafará um “loop” de volta sobre si mesma, formando uma figura fechada. - As linhas abertas, não podem parar no meio do mapa, há sempre uma saída. Você precisa olhar comcuidado. 1Da Universidade de Indiana (http://www.indiana.edu/) traduzidas pelo professor Eugênio Pacceli Fonseca. http://www.convertworld.com/pt/temperatura/Fahrenheit.html http://www.indiana.edu/ 14 Mapados Estados Unidos com temperaturas plotadas. Fonte: National Weather Sevice, Jet Stream, Online School for Weather. 15 EXERCÍCIO – ISOLINHAS- ISOIETAS 1) Imagine que os pontos abaixo trazem dados de precipitação e fazem parte de uma rede de postos meteorológicos que cobre um território. 2) Crie classes de pluviosidade e trace as isoietas1. 3) Dicas2: - Primeiro trace suas linhas levemente a lápis. Se cometer erros não precisará apagar com frequência; Pense na isolinha como uma cerca, com valores mais baixos de um lado e os maiores valores do outro lado; Linhas de valores diferentes não se cruzam. Pensando em curvas de nível: uma curva de 900 metros não pode cruzar a linha de 950 metros– porque um só ponto não pode ter duas altitudes ao mesmo tempo; As linhas estão abertas ou fechadas. Uma linha aberta começa em uma borda do mapa e vai para outra. Uma isolinha que não se estender até a borda do mapa deve ser fechada, ela fará um “loop” de volta sobre si mesma, formando uma figura fechada; As linhas abertas, não podem parar no meio do mapa, há sempre uma saída. Você precisa olhar com cuidado. 1 Um mapa de isolinhas é um mapa com linhas contínuas que unem pontos de igual valor. Isoietas: precipitação, isoterma: temperatura. Fonte: modificado de instruct.uwo.ca 2 Da Universidade de Indiana (http://www.indiana.edu/) traduzidas pelo professor Eugênio Pacceli Fonseca. http://www.indiana.edu/ 16 EXERCÍCIO –CURVAS DE NÍVEL - ISOÍPSAS 1. (Ufg) Observe as figuras a seguir: As figuras acima apresentam dois tipos de representação do relevo. A análise dessa representação orienta o uso e a ocupação do espaço. Tendo-as como referência: a) identifique o tipo de representação do relevo utilizado em cada uma das figuras: b) identifique, entre as áreas A, B e C destacadas nas figuras, a área propícia à realização da agricultura mecanizada e explique por que essa área é a mais adequada para essa atividade e como esse aspecto pode ser observado nas figuras apresentadas: 2. (Ufrj) O desenho esquemático a seguir apresenta o contorno de uma ilha e a representação de seu relevo em curvas de nível. A ilha apresenta duas elevações que a população local denominou, corretamente, de Morro do Ocidente e Morro do Oriente. Justifique suas respostas. a) Qual morro apresenta a encosta mais íngreme? b) Qual o litoral mais escarpado? 17 3. (Ufpe) Examine, com atenção, a figura a seguir. Ela nos permite afirmar que (use F para falso e V para verdadeiro): ( ) a situação A corresponde a uma topografia colinosa e simétrica. ( ) nas situações A e B estão representadas linhas que unem pontos que têm a mesma cota. ( ) a declividade de um terreno pode ser indicada pelas chamadas "curvas de nível". ( ) a situação B indica uma colina simétrica, com área de convergência de fluxos d'água. 4. (Fgv) A partir da interpretação do esquema é correto afirmar que: a) As maiores altitudes encontram-se ao centro do esquema. b) A distância real entre os pontos X e Y é de 300 km. c) O rio principal R segue em direção Sudoeste. d) A margem esquerda do rio R é a mais favorável à prática agrícola mecanizada. 5. (Enem) Um determinado município, representado na planta abaixo, dividido em regiões de A a I, com altitudes de terrenos indicadas por curvas de nível, precisa decidir pela localização das seguintes obras: 1. Instalação de um parque industrial. 2. Instalação de uma torre de transmissão e recepção. Considerando impacto ambiental e adequação, as regiões onde deveriam ser, de preferência, instaladas indústrias e torres, são, respectivamente: a) E e G b) H e A c) I e E d) B e I. e) E e F. Fonte: http://educacao.uol.com.br http://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/medio/geografia-questoes-de-vestibulares.htm 18 EXERCÍCIO – CURVAS DE NÍVEL -ISOÍPSAS 2 Observe as figuras abaixo e veja como as curvas de nível foram traçadas (intervalo: 500): Trace as curvas de nível a partir dos pontos cotados abaixo (intervalo: 100): 19 EXERCÍCIO – DECLIVIDADE Declividade é a relação entre a diferença de altura entre dois pontos e a distância horizontal entre esses pontos. Declividade (D) é a relação: dh/ dH Onde: dh = diferença de altura BC (equidistância vertical) dH = distância horizontal AC (distância entre os pontos) Figura 1: Exemplo da relação de declividade (IBGE, 1999). IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções Básicas de Cartografia. Manuais Técnicos em Geociências, Rio de Janeiro, 1999. Disponível em: ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/cartografia/nocoes_basicas_cartografia.pdf. I) Com base nos dados expostos a seguir, calcule a declividade: a) b) P1 ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/cartografia/nocoes_basicas_cartografia.pdf 20 C) d) e) Cotas em metros. 98,7 m 98,7 m 203 m 21 f) g) Calcule a declividade média do curso d’água principal da bacia abaixo, sendo fornecidos osdados da tabela 1: Escala 1:50.000 Referências Bibliográficas: IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções Básicas de Cartografia. Manuais Técnicos em Geociências, Rio de Janeiro, 1999. Disponível em: ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/cartografia/nocoes_basicas_cartografia.pdf. http://www.engenhariaambiental.unir.br/admin/prof/arq/iph.pdf http://www.ufrgs.br/igeo/departamentos/geodesia/trabalhosdidaticos/Topografia_I/Nivelamento_Geometrico/Nivelamento _Geometrico.pdf ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/cartografia/nocoes_basicas_cartografia.pdf http://www.engenhariaambiental.unir.br/admin/prof/arq/iph.pdf http://www.ufrgs.br/igeo/departamentos/geodesia/trabalhosdidaticos/Topografia_I/Nivelamento_Geometrico/Nivelamento_Geometrico.pdf http://www.ufrgs.br/igeo/departamentos/geodesia/trabalhosdidaticos/Topografia_I/Nivelamento_Geometrico/Nivelamento_Geometrico.pdf 22 Existe uma relação entre valores de declividade expressos em graus sexagesimais e em percentuais. Observe a tabela e o gráfico a seguir: Tabela: Correspondência entre Declividade em Graus e em Percentuais. Figura: Correspondência entre Declividade expressa em ângulos e em Percentual. Fonte: Granell-Pérez, M.D.C. Trabalhar Geografia com as Cartas Topográficas. 23 EXERCÍCIO –BACIAS HIDROGRÁFICAS O que são bacias hidrográficas? Suas águas fluem a partir das nascentes, seguindo um curso descendente, até encontrar um rio maior, um lago ou um mar. Esse movimento é atribuído à força da gravidade, ou seja, do ponto mais alto (nascente) as águas correm para o ponto mais baixo (foz). Entre esses dois pontos, podemos identificar as confluências ou junções. Todo grande rio recebe águas e sedimentos de outros rios, que são seus afluentes. Os afluentes, muitas vezes, também recebem águas e sedimentos de rios menores, que são chamados de subafluentes do rio principal (MAGNOLI, 2002). A integração desses cursos d´água constituída pelo rio principal, pelos afluentes e subafluentes e delimitada pelos divisores de águas, que são elevações do relevo, definem uma rede hidrográfica. A rede hidrográfica drena uma área da superfície terrestre. Isso significa que ela recebe as águas precipitadasnaquela área.A rede de rios ea áreadrenada constituemabacia hidrográfica (Figura 1). Para Oliveira (1993), bacia hidrográfica é uma “área ocupada por rio principal e todos os seus tributários, cujos limites constituem as vertentes, que por sua vez, limitam outras bacias”. As bacias hidrográficas ou de drenagens podem ser divididas em n sub-bacias, sendo necessário apenas considerar um ponto de saída. Figura 1: Exemplo de duas bacias hidrográficas, destaque para o divisor de águas (Fonte: Cecierj, 2013). É importante destacar que existem dois tipos de divisores de bacias hidrográficas: superficial (topográfico) e o subterrâneo (freático). O superficial é condicionado pela topografia e delimita a área do escoamento superficial da bacia. O subterrâneo é condicionado principalmente pela geologia do terreno, influenciado ou não pela topografia, e delimita os reservatórios de água subterrânea de onde provém o escoamento de base da bacia. Em geral os divisores topográficose freáticos não coincidem, já que o divisor freático está condicionado às flutuações no nível do lençol freático (KOBIYAMA, 2011). 24 Observe as figuras 2 e 3. Na figura 2 é possível verificar o traçado da bacia hidrográfica do Córrego da Serrinha. A partir desses exemplos, escolha um rio na carta topográfica disponibilizada em sala e delimite sua bacia hidrográfica. Figura 2: Delimitação de uma bacia hidrográfica (linha tracejada). Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/ deng/leonardo/downloads/AP OSTILA/HIDRO-Cap3-BH.pdf Figura 3: Exemplo de delimitação de bacia hidrográfica. http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-Cap3-BH.pdf http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-Cap3-BH.pdf http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-Cap3-BH.pdf 25 Trace a bacia hidrográfica da figura a seguir: - Figura 4. Referências Bibliográficas: KOBIYAMA,M.Apostila doCursodecapacitação emhidrologia ehidrometria para conservaçãode mananciais 3a edição –Florianópolis:UFSC/CTC/ENS/LabHidro, 2011. 242p. MAGNOLI, D. Géia – Fundamentos da Geografia. São Paulo: Moderna, 2002. OLIVEIRA, C. DE. Curso de CartografiaModerna. 2ªed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 26 EXERCÍCIO – PERFIL TOPOGRÁFICO PERFIL Perfil é a representação cartográfica de uma seção vertical da superfície terrestre. Inicialmente precisa-se conhecer as altitudes de um determinado nº de pontos e a distância entre eles.O primeiro passo para o desenho de um perfil é traçar uma linha de corte, na direção onde se deseja representá-lo. Em seguida marcam-se todas as interseções das curvas de nível com a linha básica, as cotas de altitude, os rios, picos e outros pontos definidos (Fig.1) (IBGE, 1998). ESCALAS Tanto a escala horizontal como a vertical serão escolhidas em função do uso que se fará do perfil e da possibilidade de representá-lo (tamanho do papel disponível).A escala vertical deverá ser muito maior que a horizontal, do contrário, as variações ao longo do perfil dificilmente serão perceptíveis, por outro lado, sendo a escala vertical muito grande o relevo ficaria demasiadamente exagerado,descaracterizando-o. A relação entre as escalas horizontal e vertical é conhecida como exagero vertical. Para uma boa representação do perfil, pode-se adotar para a escala vertical um nº 5a 10 vezes maior que a escala horizontal. Assim, se H = 50.000 e V = 10.000, o exagero vertical será igual a 5 (IBGE, 1998). Escala vertical: 1cm equivale a 50m (5.000 cm) Escala horizontal: 1 cm equivale a 50.000 cm (500m) Exagero: H/V 500m/50m= 10 1 27 Figura 2: Mapa topográfico. Fonte: http://www.onlinegeographer.com. I) Sobre as Figuras 2 e 3 trace os perfis topográficos e responda: a) Qual a equidistância das curvas de nível adotada no mapa? b) Qual é a escala numérica horizontal? c) Qual a escala numérica vertical? d) Qual o exagero vertical? Figura 3: Mapa topográfico. Fonte: http://earthquake.usgs.gov/learn. 0 5 km http://www.onlinegeographer.com/203_f_12/lab2_topo2.html http://earthquake.usgs.gov/learn/kids/coloring/xsection.gif 28 III) Sobre a Figura 4 trace o perfil topográfico e responda: a) Qual a equidistância das curvas de nível adotada no mapa? b) Qual é a escala numérica horizontal? c) Qual a escala numérica vertical? d) Qual o exagero vertical? Figura 4: Mapa topográfico de parte do bairro da Urca no RJ. Referências Bibliográficas IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções Básicas de Cartografia. Manuais Técnicos em Geociências, Rio de Janeiro, 1999. Disponível em: ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/cartografia/nocoes_basicas_cartografia.pdf. ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/cartografia/nocoes_basicas_cartografia.pdf 2 3 1
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