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Instituto técnico de Moçambique Técnico de Farmácia Discentes Belita Evaristo Marinho Fabiao Ernesto Matimbe Laizis Marta vossa Rosalia Fernando Chilaule Rosalina Machava Sara Fernando Nhantumbo Intodução a Xaropes Tema Introdução A palavra xarope vem do árabe de charab que significa bebida. Pode ser proveniente do francês sirop ou do italiano sciroppo que por sua vez têm origem no latim sirupus ou syrupus. Na sua origem xarope era uma forma farmacêutica com muito açúcar na sua composição. Cont… Os xaropes são formas farmacêuticas muito antigas e tradicionalmente estavam ligados a esta forma farmacêutica outras formas farmacêuticas como os melitos, os oximelitos e os loochs ou lambedores. OBJETIVOS Objectivo Geral Realizar um estudo de Xaropes de um modo geral Objectivos Específicos Descrever o modo de preparo dos Xaropes Metodologia O presente trabalho foi realizado por meio de Revisão Bibliográfica. Esse tipo de pesquisa é caracterizada por procurar, explicar e discutir um assunto, tema ou problemática baseada em referências publicadas em livros, artigos, revistas, enciclopédias, dicionários, jornais, e sites. conceito Os xaropes são preparações farmacêuticas aquosas, límpidas, que contêm um açúcar, como a sacarose, em concentração próxima da saturação. Esse açúcar, além de conferir certo valor energético ao xarope, desempenha as funções de edulcorante e de conservante. etimologia A palavra xarope deriva do termo francês sirop que provém, segundo alguns, do vocábulo latino sirupux ou syrupus e, de acordo com outros, é etimologicamente derivada do árabe charab, que significa bebida. Cont… A Farmacopeia Portuguesa IX (2008) define xaropes como “preparações aquosas caracterizadas pelo sabor açucarado e consistência viscosa. Podem conter sacarose em concentração pelo menos igual a 45 por cento m/m. O sabor açucarado pode igualmente ser conferido por outros polióis ou edulcorantes. Contêm geralmente aromatizantes ou outros agentes de sabor. Cont…. Os xaropes conservam-se bem devido ao facto de serem soluções hipertónicas, já que os açúcares constituintes se encontram numa concentração próxima da saturação, as quais actuam como desidratantes para os microrganismos que sofrem plasmólise e se acham, assim, inibidos de se reproduzirem Cont… Cont… Observa-se, em alguns xaropes devidamente concentrados, fácil inquinação e até proliferação criptogâmica, mas esses acidentes não são gerais, devendo-se à existência de princípios medicamentosos no xarope, Cont… Uma outra interessante propriedade dos xaropes é a sua elevada viscosidade, característica que atenua ou impede o aparecimento de turvações ou precipitações ocasionadas por reacção ou pela fraca solubilidade dos fármacos que possa conter. Há, fundamentalmente, duas espécies de xaropes: Cont….. os medicamentosos e aqueles que apenas funcionam como simples veículos para fármacos ou medicamentos, como : xarope comum ou simples, xarope de goma e alguns xaropes de sucos, ou outros Aromatizantes. Os xaropes são dispensados em frascos, geralmente de vidro, os quais são vedados com rolhas de cortiça, material plástico ou tampas metálicas ACONDICIONAMENTO DE XAROPES . Neste último caso, a tampa que se enrosca no bucal do frasco possui um vedante (corticite, cortiça, revestida por papel impermeabilizado, polietileno, cloreto de polivinilo, etc.). Cont… Na indústria o enchimento dos recipientes é feito por intermédio de máquinas próprias. A aplicação das tampas de rosca é, habitualmente, feita por máquinas adequadas que permitem um aperto regular. Nalguns casos a tampa é adaptada de modo a garantir a inviolabilidade da embalagem , embora haja frascos com tampas normais violáveis. Cont…. Sendo a sacarose o principal componente dos xarope, sabe-se que, a sacarose é obtida normalmente entre nós, por extracção da cana-de-açúcar e menos vezes a partir da beterraba. PREPARAÇÃO DE XAROPES Dissolve-se na água na proporção de l g para 0,5 ml, a frio, ou para 0,2 ml, a quente. No álcool só é solúvel na proporção de Cont… l g para 170 ml. É moderadamente solúvel na glicerina. Hidrolisa-se facilmente, em presença de ácidos minerais diluídos ou por acção da invertase. Cont… Efectivamente, o açúcar invertido formado é menos solúvel do que a sacarose e a sua concentração será também mais elevada do que a daquela, visto que durante a hidrólise houve fixação de uma molécula de água (18 g) por cada molécula-grama de sacarose (342 g). Embora seja o processo fundamental, pois os xaropes correntes são assim preparados, podem obter-se xaropes medicamentosos por dissolução de tinturas, extractos e fármacos variados num xarope comum. dissolução do açúcar A dissolução do açúcar para a obtenção de um xarope pode efectuar-se a frio ou a quente. A preparação a frio origina xarope simples menos corado, havendo, em regra, menor hidrólise da sacarose, contudo, numa preparação a frio não se destroem as formas microrgânicas vivas existentes, Cont… preparação a frio provenientes da água ou da sacarose, assim sendo, podem encontrar-se, em xaropes preparados a frio certos fungos dos géneros Penicillium e Aspcrgillus, além de algas, bactérias e leveduras. preparação a quente A preparação a quente pode levar à obtenção de xarope simples mais amarelo, o que se deve, principalmente, à caramelização do açúcar.Para alguns esta transformação corresponde à hidrólise da sacarose, a qual é tanto mais acentuada, quanto mais alta for a temperatura e mais demorado o aquecimento. Entretanto, Cont… o aquecimento apresenta vantagens não só no que se refere à rapidez de dissolução do açúcar, mas também porque actua como uma esterilização e porque elimina o anidrido carbónico que se encontra dissolvido na água, o qual é prejudicial por facilitar a hidrólise da sacarose. dissolução a frio A dissolução a frio pode auxiliar-se por agitação constante ou intermitente do açúcar na água, sendo corrente o uso de agitadores mecânicos, um processo de facilitar a dissolução consiste em lixiviar o açúcar (açúcar candi) com água, havendo aparelhos adequados para o efeito, a que se dá o nome de sacarolizadores Cont… dissolução a frio dissolução a quente A dissolução a quente é, em regra, conduzida à temperatura de 80°C, operando-se a b.a. ou com vapor de água circulante. Na pequena oficina pode usar-se um matraz ou um balão onde se lança o açúcar e a água convenientes,e que se imerge num banho-maria à ebulição. Cont… dissolução a quente O recipiente é agitado, de vez em quando, até que todo o açúcar esteja dissolvido. Importa nesta preparação que seja minimizada a perda de água por evaporação, a qual traria como consequência obter-se um xarope mais concentrado do que é devido, com subsequente precipitação de sacarose, logo que a temperatura baixasse pá 15-20°C. Cont… Para compensar as perdas de água, é hábito partir-se de 1650 g de açúcar e não 1850g como processo a frio, para 1000 g de água, proporção que se revela conveniente nas condições normais de obtenção do xarope a quente. Cont…. Na indústria, o aquecimento é conseguido por vapor de água, em geral sob ligeira pressão, o qual se faz circular em volta de grandes cubas (50-200 litros), onde se colocam o açúcar e a água dissolvente, ou faz-se incidir o vapor de água directamente sobre o açúcar, até que este se dissolva e origine uma solução, de densidade adequada. Cont… Obtido o xarope com a concentração requerida em açúcar procede-se à sua clarificação,que pode conseguir-se por filtração simples ou recorrendo ao emprego de adsorventes vários. filtração A filtração pode efectuar-se por filtros depapel de poro largo, como os do tipo Chardin, por algodão, ou recorrendo ao uso de filtros de Taylor, manga de Hipócrates, etc. Na indústria usam-se filtros-prensas cuja matéria filtrante pode ser constituída por placas de amianto. DIFERENÇA DE XAROPES E SOLUÇÃO A diferença entre os xaropes das soluções é a que os xaropes são preparações farmacêuticas aquosas e límpidas que contem um açúcar como a sacarose em concentrações próxima da saturação, formando uma solução hipertónica. A sua forma resultante da mistura de água e açúcar, podendo conter também favorizastes ou aromatizantes. DIFERENÇA DE XAROPES E SOLUÇÃO São apresentações líquidas, prontas para uso. XAROPE é uma solução oral concentrada em açúcar. A solução oral e xarope não precisam ser agitados antes da administração. SUSPENSÃO ORAL é uma forma de apresentação que deixada em repouso deixa visível partículas misturadas no líquido ou depositadas no fundo do frasco. Cont… Preparação aquosa contendo açucares que lhe da uma consistência própria, assegura a sua conservação e mascara as características organolepticas desagradáveis de princípios activos nela contido. Cont… Por sua vez as soluções são misturas homogéneas de duas ou mais substâncias, resultando em um produto final com uma única fase, de aspecto límpido. Tem maior quantidade solvente e menor quantidade de soluto, contem uma ou mais Cont… substâncias activas dissolvidas em água ou em um sistema água com solvente. Podem conter adjuvantes farmacotecnicos para prover maior estabilidade (antioxidantes, conservantes) e/ou placabilidade (edulcorantes, flavorizantes). DIFERENÇA entre XAROPES E SUSPENSÃO XAROPE é uma solução oral concentrada em açúcar. A solução oral e xarope não precisam ser agitados antes da administração. SUSPENSÃO ORAL é uma forma de apresentação que deixada em repouso deixa visível partículas misturadas no líquido ou depositadas no fundo do frasco. CONCLUSÃO Os xaropes devem apresentar-se límpidos, viscosos e com sabor agradável. Não devem ter cheiro repugnante, designadamente a ácidos sulfídricos ou acético. As três características físicas mais importantes dos xaropes são a viscosidade, Propriedades polarimetrias e densidade. Cont… Quanto a sua preparação face a vantagens e inconvenientes apresentados pelos dois métodos a quente e frio é, hábito recorrer-se à preparação a frio, sempre que se deseja um xarope incolor. Cont… Pode-se distinguir dois grandes grupos de xaropes simples e água que servem em geral como veículos para substâncias medicamentosas. Os xaropes medicamentosos já contem algum fármaco incluído. Cont… É de notar-se algumas vantagens tais como a possibilidade de correcção de sabor usando o efeito edulcorante e boa conservação, tendo como desvantagens a restrição de uso em diabéticos. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA American Pharmacy— Ob. cit. Asiktc, A, e GIROUX, J. - Ob. cit. DI;NOI:L,A.—Ob. cit. GORIS,A. LIOT, A. et ai.—Ob. cit. GUICIIARD,C.—Technologie Pharmaceutiquc., Ed. Medicais Flammarion, Paris. 1967. Remington's Pharmuceutical Sciences, 16.* Ed. A. Osol, Mack Publishing Co. Easton Pensylvania, 18042 U.S.A. (1980). Obrigado Fim