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Patologia Pulpar e Perirradicular Endodontia | Francielle Nunes Resposta da Polpa à Agressão Pulpite Reversível Pulpite Irreversível Necrose Pulpar Periodontite Apical Aguda Abscesso Perirradicular Agudo Periodontite Apical Crônica REFERÊNCIAS: Diagnóstico, sinais e sintomas, tratamento, testes pulpares, Testes Perirradiculares, inspeção, achados radiográficos. Polpa Endodontia | Francielle Nunes REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Funções: a) Formativa: os odontoblastos do tecido pulpar são responsáveis pela dentinogênese; b) Sensitiva: a inervação sensorial pulpar atua como um sistema de alarme eficaz, indicando alterações na normalidade. Por exemplo, em um dente despolpado, a sensação dolorosa não será percebida até que eventuais estímulos nocivos afetem os tecidos ao redor da raiz; c) Nutritiva: a vascularização pulpar fornece oxigênio e nutrientes, que são essenciais para a formação de dentina e para a própria sobrevivência pulpar; d) Defensiva: o tecido pulpar pode se defender contra infecções microbianas por meio da produção de dentina esclerosada e/ou terciária e da ativação da resposta imune. Dentes com polpas sadias, que apresentam vascularização abundante, são muito mais resistentes à infecção bacteriana e não desenvolvem lesão perirradicular. Consequentemente, a manutenção da vitalidade pulpar pode ser considerada a melhor forma de prevenção da lesão perirradicular. A polpa dental é um tecido conjuntivo frouxo, constituído de células, matriz extracelular, vasos sanguíneos e nervos. O odontoblasto é a célula mais característica do complexo dentinopulpar. Os odontoblastos são organizados em uma única camada de células (a camada odontoblástica) no limite entre a dentina e a polpa. Composição: A polpa dental é um tecido conjuntivo frouxo Zonas da Polpa: Histologicamente, zonas distintas são perceptíveis na polpa sadia. A camada odontoblástica é a zona mais periférica da polpa e se encontra adjacente à pré- dentina. Uma alta densidade celular, incluindo fibroblastos, células-tronco indiferenciadas e células imunes, é observada na região pulpar denominada zona rica em células, que é separada da camada odontoblástica pela zona pobre em células (ou zona de Weil). A zona rica em células é mais proeminente na polpa coronária que na polpa radicular. A zona pobre em células, por sua vez, contém capilares sanguíneos, uma rica rede de fibras nervosas (formando o plexo nervoso de Rashkow) e processos fibroblásticos. A polpa também possui uma região denominada polpa propriamente dita, que é a zona central da polpa e contém os maiores vasos sanguíneos e nervos, junto a fibroblastos e outras células. Zonas morfológicas da polpa. A camada de odontoblastos é a zona mais periférica, revestindo internamente a pré-dentina. A zona livre de células (ou zona de Weil) contém capilares sanguíneos e uma rica rede de fibras nervosas (plexo nervoso de Rashkow). Uma alta densidade de células, incluindo fibroblastos, células mesenquimais indiferenciadas e células da defesa imune, forma a zona rica em células. A zona central da polpa, ou polpa propriamente dita, contém vasos e nervos mais calibrosos, além de fibroblastos e outras células. Polpa Endodontia | Francielle Nunes REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Vascularização: A vascularização pulpar é fornecida por vasos sanguíneos que entram na polpa via forame apical ou foraminas e, em seguida, se estendem e ramificam no sentido coronário. A vascularização é originada a partir dos ramos da artéria infraorbital, da artéria alveolar posterossuperior ou da artéria alveolar inferior, que, por sua vez, tem origem na artéria maxilar, um ramo da artéria carótida externa. A função primária da microcirculação em qualquer tecido é fornecer oxigênio e nutrientes para as células e drenar gás carbônico e resíduos do metabolismo celular para fora do tecido. O percentual do volume de tecido pulpar ocupado por vasos sanguíneos é de aproximadamente 14%. Suprimento vascular e inervação sensorial da polpa e dos tecidos perirradiculares. Pulpite Reversível Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes Sinais e Sintomas É por definição uma leve alteração inflamatória da polpa, em fase inicial, em que a reparação tecidual advém uma vez que seja removido o agente desencadeador do processo. Se os irritantes persistem ou aumentam, a inflamação pulpar torna-se de intensidade moderada à severa, o que caracteriza a pulpite irreversível, com ulterior progresso para necrose pulpar. Pelo exame visual, detecta-se restauração ou lesão de cárie extensa. Não há ainda exposição pulpar. Entretanto, deve-se ter em mente, que em alguns casos, mesmo antes de haver exposição da polpa, pode haver o desenvolvimento de uma pulpite irreversível. Inspeção Testes Pulpares Calor: o calor pode ser aplicado por meio de bastão de guta-percha aquecido (76°C) ou pela fricção de uma taça de borracha sobre a superfície vestibular do dente. Em casos de normalidade pulpar, o paciente acusa dor tardia à aplicação inicial do estímulo (segundos depois, à medida que a temperatura aumenta na polpa pela manutenção do estímulo). Dentes acometidos por pulpite reversível podem responder da mesma forma. Frio: a aplicação de frio, por meio de bastões de gelo (0°C), neve carbônica ou gelo seco (-78°C) ou spray refrigerante, como o tetrafluoretano ou o diclorodifluormetano (Endo-Ice, a -30°C), evoca dor aguda, rápida, localizada, que passa logo ou poucos segundos após a remoção da fonte estimuladora. Esta resposta é bastante similar à de uma polpa normal. Com a manutenção da aplicação do estímulo, a dor diminui até desaparecer. REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. A pulpite reversível geralmente é assintomática. Porém, em determinadas situações, o paciente pode acusar dor aguda, rápida, localizada e fugaz, em resposta a estímulos que normalmente não evocam dor. Esta cede imediatamente ou poucos segundos depois da remoção do estímulo. A dor ao frio é a queixa mais comum por parte do paciente. A dor oriunda da estimulação de fibras A-δ é resultado da hidrodinâmica do fluido dentinário, sendo aguda, súbita e fugaz, passando rapidamente após a remoção do estímulo. É possível que mediadores químicos endógenos da inflamação, como prostaglandinas e serotonina, também promovam a redução do limiar de fibras A-δ. Testes Perirradiculares Percussão e palpação: estes testes apresentam resultado negativo na pulpite reversível, uma vez que não há comprometimento dos tecidos perirradiculares. Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes Achados Radiográficos Tratamento O tratamento da pulpite reversível consiste, basicamente, na remoção da cárie ou da restauração defeituosa (e/ou extensa) e na aplicação de um curativo à base de óxido de zincoeugenol, que é dotado de efeito analgésico e anti-inflamatório. O paciente é remarcado para, pelo menos, 7 dias depois, quando o caso é reavaliado, considerando- se a possibilidade de restaurar o dente definitivamente. REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Radiograficamente, verifica-se a presença de lesões cariosas ou restaurações extensas, próximo à câmara pulpar. Na grande maioria dos casos, apenas por radiografias é arriscado afirmar se houve ou não exposição da polpa. Por exemplo, cáries ou restaurações por vestibular ou lingual podem sobrepor-se à câmara pulpar na radiografia, dando a falsa impressão de terem atingido a polpa. Dinâmica dos processos patológicos pulpar e perirradicular tendo como início um processo de cárie. A, Pulpite reversível. À medida que a cárie avança na dentina em direção à polpa, aumenta a gravidade do processo inflamatório pulpar. B, Pulpite irreversível. Após exposição pulpar por cárie,a agressão exercida diretamente por microrganismos é intensa e gera inflamação severa e irreversível. C, Pulpite irreversível e necrose parcial. A infecção avança no canal em direção apical. D, Necrose e infecção de praticamente to da a polpa radicular, como resultado do avanço apical dos eventos compartimentalizados de agressão, inflamação, necrose e infecção. E, Estabelecida a infecção na porção mais apical do sistema de canais radiculares. F, O processo inflamatório se estende para os tecidos perirradiculares e uma lesão osteolítica se estabelece. Pulpite Irreversível Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes Sinais e Sintomas Quando a polpa é exposta, uma área de contato direto desta com os microrganismos da cárie é estabelecida. Inicia-se então um verdadeiro “combate”, visando à eliminação do agente agressor. Contudo, na grande maioria das vezes, por causa das características anatômicas peculiares da polpa, esta invariavelmente sofre alterações irreversíveis, caracterizadas por inflamação severa. Mesmo a remoção de irritantes não é suficiente para reverter o quadro, havendo a necessidade de intervenção direta na polpa. Pelo exame clínico-visual, geralmente, se observa a presença de cáries ou restaurações extensas. Uma vez removidas, na grande maioria das vezes, observa-se exposição pulpar. Esta observação é de fundamental importância para se estabelecer o diagnóstico de pulpite irreversível Inspeção Testes Pulpares Calor: o resultado do teste é positivo. Nos casos sintomáticos, a aplicação de calor exacerba a dor. Isso ocorre porque o calor causa vasodilatação, potencializando a pressão tecidual. Frio: nos estágios iniciais da pulpite, pode haver resposta positiva. Entretanto, nos estágios mais avançados da inflamação pulpar, geralmente, não há resposta positiva em virtude da perda de atividade por hipóxia e degeneração das fibras A-δ. REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. A maioria dos pacientes que são acometidos por pulpite irreversível não se queixa de dor. Por esta razão, a dor em pulpite irreversível pode ser considerada uma exceção, e não regra. Poucos pacientes relatam episódio de dor prévia. Como discutido anteriormente, a ausência de sintomas da pulpite irreversível, provavelmente, se dá em virtude da exposição pulpar, que possibilita a drenagem do exsudato inflamatório e/ou a liberação de substâncias analgésicas na região inflamada. Testes Perirradiculares Percussão: geralmente negativo, pois a resposta inflamatória normalmente é localizada e restrita à polpa.Palpação: a palpação da mucosa ao nível do ápice gera resposta negativa. Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes Achados Radiográficos Tratamento O tratamento consiste na remoção do tecido pulpar, total (tratamento endodôntico convencional) ou parcial (tratamento conservador pulpar). REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Pela radiografia, podem ser detectadas lesões cariosas e/ou restaurações extensas, geralmente sugerindo exposição pulpar. O espaço do ligamento periodontal (ELP) apresentase normal ou, algumas vezes, ligeiramente espessado. Lesão extensa de cárie associada à pulpite irreversível. (Cortesia do Prof. Ricardo Carvalhaes Fraga.) Pulpite irreversível hiperplásica. Aspecto clínico. Necrose Pulpar Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes Sinais e Sintomas A necrose é caracterizada pelo somatório de alterações morfológicas que acompanham a morte celular em um tecido. Pelo exame clínico-visual, geralmente, se observa a presença de cáries ou restaurações Pelo exame clínico-visual detecta-se a presença de cáries e/ou restaurações extensas que alcançaram a polpa. Em outras situações, quando a causa de necrose foi traumática, a coroa dentária pode estar hígida. A necrose pulpar também pode promover o escurecimento da coroa. Inspeção Testes Pulpares Calor: a aplicação de calor, na grande maioria das vezes, não evoca dor. No entanto, há situações raras em que o paciente pode acusar sensibilidade, em virtude da presença de fibras do tipo C, que, por serem mais resistentes à hipóxia tecidual, podem permanecer responsivas por determinado período de tempo após a necrose pulpar. Frio: a resposta à aplicação de frio é sempre negativa. Este é um dos testes mais confiáveis para determinar a necrose pulpar. REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. A necrose pulpar geralmente é assintomática, sendo que o paciente pode relatar episódio prévio de dor. Entretanto, dependendo do status dos tecidos perirradiculares, a dor pode estar presente, como nos casos de periodontite apical aguda ou abscesso perirradicular agudo. Testes Perirradiculares Percussão e palpação: podem evocar resposta positiva ou negativa, dependendo do status dos tecidos perirradiculares. Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes Achados Radiográficos Tratamento O tratamento da necrose pulpar consiste na remoção de todo o tecido necrosado, e possivelmente infectado, medicação intracanal e obturação do sistema de canais radiculares. REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Pela radiografia de diagnóstico, observa-se a presença de cárie, coroa fraturada e/ou restaurações extensas. Se a causa de necrose foi traumática, a coroa dentária pode apresentar-se hígida ou com pequenas restaurações. O ELP pode apresentar-se normal, espessado ou uma lesão perirradicular caracterizada por reabsorção óssea pode estar presente Periodontite Apical Aguda Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes Sinais e Sintomas Se a agressão causada por bactérias que saem pelo forame apical for de alta intensidade, há o desenvolvimento de uma resposta inflamatória aguda no ligamento periodontal, caracterizando periodontite apical aguda. Testes Pulpares Os resultados dos testes pulpares são negativos, uma vez que a periodontite apical aguda está associada, em geral, à necrose pulpar. REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. O paciente geralmente se queixa de dor intensa, espontânea e localizada. Pode também relatar extrema sensibilidade ao toque do dente e a sensação de este estar “crescido”. Isso está relacionado com uma ligeira extrusão dentária, visando acomodar o edema inflamatório formado no ligamento periodontal apical. Testes Perirradiculares Percussão: a resposta a este teste é sempre positiva, podendo, por vezes, ser extremamente dolorosa ao paciente. Percussão: a resposta a este teste é sempre positiva, podendo, por vezes, ser extremamente dolorosa ao paciente. Achados Radiográficos Tratamento Consiste na eliminação do agente agressor através da instrumentação, irrigação e medicação do canal, seguidas pela obturação em sessão posterior. Na grande maioria das vezes, a radiografia revela espessamento do ELP apical. Isso se deve à leve extrusão do dente no alvéolo para comportar o edema formado. Uma vez que o processo é rápido, não há tempo disponível para que ocorra reabsorção óssea perirradicular. Periodontite apical aguda. Notar o espessamento do espaço do ligamento periodontal. Abscesso Perirradicular Agudo Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes Sinais e Sintomas Em resposta à agressão, células inflamatórias, principalmente neutrófilos PMN e macrófagos, são atraídas para o local, visando à eliminação de bactérias que estejam invadindo os tecidos perirradiculares. Se a resposta inflamatória não consegue eliminar o agente agressor ou reduzir a intensidade da injúria, há exacerbação, caracterizada por inflamação purulenta. Testes Pulpares O normal seria todos os testes pulpares apresentarem resultados negativos,uma vez que a polpa encontra-se necrosada. REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. O paciente queixa-se de dor espontânea, pulsátil, lancinante e localizada. Pode ou não apresentar evidências de envolvimento sistêmico, como linfadenite regional, febre e mal-estar. A dor é pronunciada quando o abscesso ainda está intraósseo ou já se localiza subperiosteal, neste caso por causa da rica inervação do periósteo. Verifica-se tumefação intra e/ou extraoral, flutuante ou não, o que dependerá do estágio de evolução do abscesso. Testes Perirradiculares Percussão: este teste apresenta resultado positivo, devendo, assim como nos casos de periodontite apical aguda, ser realizado com extrema cautela, pois a sensibilidade pode ser exagerada. Palpação: o resultado geralmente é positivo Achados Radiográficos Tratamento O tratamento imediato deve ser direcionado para a drenagem da coleção purulenta eeliminação do agente agressor. O canal deve ser limpo e desinfetado, preferencialmente na consulta de emergência. Quando o abscesso se desenvolve pela agudização de um granuloma ou cisto preexistente, observa-se a presença de destruição óssea perirradicular (área radiolúcida). Quando o processo supurativo desenvolve-se como extensão direta da necrose e da infecção pulpar, verifica-se apenas a presença de um espessamento do ELP apical, como resultado do edema que causa uma ligeira extrusão do dente no alvéolo. Tumefação associada a abscesso perirradicular agudo. A, Intraoral, neste caso específico, localizada no palato e associada a abscesso no incisivo lateral. B, Extraoral. (Cortesia do Dr. Henrique Martins.) Abscesso Perirradicular Crônico Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes Sinais e Sintomas Esta patologia resulta do egresso gradual de irritantes do canal radicular para os tecidos perirradiculares, com consequente forrmação de exsudato purulento no interior de um granuloma. Esta lesão também pode se originar da cronificação do abscesso perirradicular agudo Verifica-se a presença de cárie e/ou restauração extensa. Uma fístula, ativa ou não, geralmente localizada ao nível da mucosa alveolar, é observada. Inspeção Testes Pulpares Resultam em respostas negativas, uma vez que a polpa encontra-se em estado de necrose. REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Geralmente assintomático, o abscesso crônico encontra-se associado a uma drenagem intermitente ou contínua por meio de fístula, que pode ser intraoral ou extraorallocalizada ao nível da mucosa alveolar, é observada. Seu trajeto pode ser rastreado pela introdução de um cone de guta-percha em sua luz, seguido por constatação radiográfica Testes Perirradiculares Percussão e palpação: geralmente negativos, não devendo ser descartada a hipótese de haver uma ligeira sensibilidade em resposta a estes testes. Achados Radiográficos Tratamento Consiste, assim como nas outras entidades patológicas perirradiculares, basicamente, na eliminação da fonte de irritantes situada no interior do sistema de canais radiculares. Se o canal radicular for tratado convenientemente, a lesão e a fístula regridem. Observa-se, assim como para o granuloma e o cisto, uma área de destruição óssea perirradicular, indistinguível destas outras duas entidades patológicas Rastreamento. Radiografia após inserção de um cone de guta-percha em uma fístula, visando seguir o trajeto fistuloso e detectar o dente envolvido. Abscesso perirradicular crônico. A, Fístula intraoral. B, Fístula extraoral. Um cone de guta-percha foi introduzido na fístula para seguir seu trajeto e indicar o dente responsável. Imagem radiográfica de um dente com abscesso perirradicular crônico. Notar a presença de reabsorção radicular.
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