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Daniella	Machado		
TURMA	XXVI	
 
 
 
TUTORIA IV: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
“BENIGNO OU MALIGNO?” - MÓDULO 3 
 
1. RECONHECER AS PRINCIPAIS NOMENCLATURAS E CLASSIFICAÇÕES 
 
NOMENCLATURA (ROBBINS + BOGLIOLO) 
Epitélio de revestimento (escamoso estratificado): papiloma de células escamosas (benigno) e carcinoma 
de células escamosas (maligno). 
Epitélio glandular: adenoma, papiloma ou cistadenoma (benigno) e adenocarcinoma, carcinoma papilar e 
cistadenomacarcinoma (maligno). 
Células basais da pele ou anexos: papiloma basocelular (benigno) e carcinoma basocelular (maligno). 
Epitelial das vias respiratórias: adenoma brônquico (benigno) e carcinoma broncogênico (maligno). 
Epitélio renal: adenoma tubular renal (benigno) ou carcinoma renal (maligno). 
Células hepáticas: adenoma hepático (benigno) ou carcinoma hepatocelular (maligno). 
Epitélio TU (transicional): papiloma de células transicionais (benigno) e carcinoma de células transicionais 
(maligno). 
Epitélio placentário (trofoblasto): mola hidatiforme (benigno) e corioncarcinoma (maligno). 
Tecido fibroso: fibroma (benigno) e fibrossarcoma (maligno). 
Tecido adiposo: lipoma (benigno) e lipossarcoma (maligno). 
Tecido cartilaginoso: condroma (benigno) e condrossarcoma (maligno). 
Tecido ósseo: osteoma (benigno) e osteossarcoma (maligno). 
Tecido mucoso: mixoma (apenas benigno) 
Tecido muscular liso: leiomioma (benigno) e leiomiossarcoma (maligno). 
Tecido muscular estriado: rabdomioma (benigno) e rabdomiossarcoma (maligno). 
Neuroblasto (epitélio embrionário): ganglioneuroma (benigno) e ganglioneuroblastoma ou 
neuroblastomas (maligno). 
Neuroepitélio: ependemioma (benigno) e ependimal maligno (maligno). 
Células da glia: astrocitoma ou oligodendroma (benigno) e oligodendendroglioma maligno (maligno). 
Nervos periféricos: neurinoma (benigno) e neurinoma (schwanomma) maligno. 
Sistema melanógeno: nevo (benigno) e melanoma maligno (maligno). 
Vasos sanguíneos: hemangioma (benigno) e angiossarcoma (maligno). 
Vasos linfáticos: linfagioma (benigno) e linfangiossarcoma (maligno). 
Mesotélio: tumor fibroso benigno e mesotelioma (maligno). 
Revestimento do encéfalo (meninges): meningiomas (benigno) e meningiomas invasivo (maligno). 
Epitélio testicular (células germinativas): seminoma e carcinoma embrionário (maligno apenas). 
Células hematopoiéticas: leucemias (maligno apenas). 
Tecido linfoide: linfoma (maligno apenas). 
 
TUMORES MISTOS 
Mais de um tipo de célula neoplásica, de uma camada germinativa) 
Glândulas salivares: adenoma pleomórfica (benigno) ou tumor maligno de origem na glândula salivar. 
Broto renal: tumor de Wilms (maligno) 
 
TUMORES TERATOGÊNICOS 
Mais de um tipo, mais de uma camada germinativo. 
Células totipotentes nas gônadas ou em restos embrionários – teratoma maduro (benigno), cisto 
dermoide. Ou teratoma imaturo/maligno (teratocarcinoma) 
 
CLASSIFICAÇÃO 
o Comportamento clínico (benigno ou maligno) 
o Aspecto microscópico (critério histomorfológico) – mais usado 
o Origem da neoplasia (critério histogenético) 
o Alterações genômicas (critério molecular) 
*A neoplasia pode ser benigna e ter potencial biológico clínico maligno se o tumor produzir hormônios. 
“Benigno	ou	Maligno?”	–	Módulo	3	 	 	 	 	 										 	 	 	Daniella	Machado				
Tutoria	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																	 	 	 					 	 																								TURMA		XXVI	
 2 
2. DIFERENCIAR BENIGNOS E MALIGNOS 
 
TUMORES BENIGNOS 
Permanecem restritos ao seu local de origem e em geral são passíveis 
de remoção cirúrgica (paciente sobrevive). Algumas exceções de tumores 
benignos ocorrem em locais vulneráveis, como o encéfalo; podendo causar alta 
morbidade, podendo ser fatais. Normalmente, tem baixa taxa de crescimento, 
bem diferenciadas (indistinguíveis das células normais), com crescimento 
expansivo, possuem cápsula, e limites bem delimitados, a recidiva e metástase 
são ausentes. O componente clínico é indispensável para a classificação. 
A designação dos tumores benignos de células mesenquimais é simples 
e acrescenta-se o sufixo “oma” ao nome do tipo celular a partir do qual se origina 
o tumor. Como o tumor de fibroblastos é denominado fibroma, e um tumor 
cartilaginoso benigno é denominado condroma. A nomenclatura dos tumores 
epiteliais benignos é mais complexa, sendo classificados com base em sua aparência microscópica e com base 
em sua arquitetura macroscópica. O termo adenoma é aplicado a neoplasias epiteliais benignas derivadas de 
tecidos glandulares, mesmo quando as células tumorais não formam estruturas glandulares 
ou uma massa de célula que cresce como lâmina sólida. As epiteliais benignas que 
produzem projeções digitiformes ou verrucosas a partir da superfície epiteliais são os 
papilomas, e as que formar grades massas císticas são os cistadenomas, alguns tumores 
produzem projeções papilares que fazem protusão nos espaços císticos – cistadenomoas 
papilares. Quando uma neoplasia (benigna ou maligna) gera projeção macroscópica, como 
na luz gástrica ou colônica, é o pólipo. Se tiver tecido glandular é o pólipo adenomatoso. 
 
TUMORES MALIGNOS 
Podem invadir e destruir estruturas adjacentes e 
disseminar-se para ares distantes (metastizar). Os tumores 
malignos são chamados de cânceres (normalmente), sendo 
que a sua maioria é descoberto no início possibilitando 
excisão cirúrgica, enquanto outros são curados com a 
administração sistêmica de medicamentos ou anticorpos 
terapêuticos. 
Os que surgem em tecidos mesenquimais podem ser 
denominados (sarcomas), os que originam de células 
formadoras do sangue são designados como leucemias (sangue branco) ou linfomas (tumores de linfócitos ou 
seus precursores). As neoplasias malignas que se originam de células epiteliais são os carcinomas. No carcinoma 
de células escamosas parecem epitélio escamoso estratificado, e o adenocarcinoma as células epiteliais 
neoplásicas crescem de acordo com um padrão glandular. 
 
3. DESCREVER AS VIAS DE DISSEMINAÇÃO DE CANCER 
 
VIAS DE DISSEMINAÇÃO 
Pode ocorrer a disseminação iatrogênica de células tumorais em instrumentos cirúrgicos (rara), como em 
biopsias de massas testiculares. 
 
IMPLANTE DIRETO NAS CAVIDADES OU SUPERFÍCIES CORPORAIS 
Ocorre implante em cavidades e superfícies corporais quando uma neoplasia 
maligna penetra em um campo aberto natural que carece de barreiras físicas. A cavidade 
peritoneal é o local acometido com mais frequências, porém outras cavidades (espaços 
pleural, pericárdio, subaracnóideo e articular) podem ser afetadas. Característica de 
carcinomas que se originam nos ovários e espalham para as superfícies peritoneais, 
produzindo um revestimento canceroso denso. As células tumorais podem permanecer 
confinadas à superfície das vísceras abdominais, sem penetrar em suas substâncias. 
Algumas vezes, carcinomas do apêndice secretores de muco ou carcinomas de ovário 
preenchem a cavidade peritoneal com uma massa neoplásica gelatinosa: 
pseudomixoma peritoneal. 
 
“Benigno	ou	Maligno?”	–	Módulo	3	 	 	 	 	 										 	 	 	Daniella	Machado				
Tutoria	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																	 	 	 					 	 																								TURMA		XXVI	
 3 
DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA 
O transporte através dos vasos linfáticos constitui a via mais comum para a disseminação inicial dos 
carcinomas (tumor maligno de epitélio de revestimento), os sarcomas podem utilizar essa via. Os tumores não 
contêm vasos linfáticos funcionais, porém os vasos linfáticos localizados nas margens dos cânceres invasores 
são suficientes para a disseminação linfática das células tumorais. O padrão de 
disseminação segue as vias naturais de drenagem linfática. 
 Como os carcinomas de mama costumam surgir nos quadrantes superiores 
externos, se disseminam inicialmente para os linfonodos axilares - linfonodos infra e 
supraclaviculares. Por isso, efetua-se exame dos linfonodos axilares para determinar o 
prognóstico e selecionar opções terapêuticas mais apropriadas, realizando a biópsia 
dos linfonodos sentinelas (primeiro linfonodo deuma cadeia linfática regional que 
recebe fluxo linfático do tumor primário) para evitar dissecação completa desses 
linfonodos e a morbidade associada. Pode-se efetuar o mapeamento dos linfonodos sentinelas por meio da 
injeção de marcadores radioativos ou corantes e o exame de cortes congelados do 
linfonodo sentinela realizado durante a cirurgia pode guiar o cirurgião para a terapia 
apropriada. O exame do linfonodo sentinela também tem sido utilizado para avaliar a 
disseminação de melanomas, cânceres de cólon e outros tumores. 
Os carcinomas de pulmão que surgem nas vias respiratórias principais 
metastatizam inicialmente para os linfonodos peri-hilares traqueobrônquicos e mediastinais. 
Os linfonodos locais podem não ser acometidos – metástase saltada – pelo fato de que as 
metástases microscópicas são omitidas ou devido a uma variação nos padrões normais de 
drenagem linfática. 
Em muitos casos, os linfonodos regionais atuam como barreiras efetivas contra a disseminação adicional 
do tumor, durante certo tempo. As células após sua perda de diferenciação ou antígenos tumorais dentro do 
linfonodo de drenagem possam ser destruídas por uma resposta imune específica contra o tumor, gerando 
hiperplasia dos linfonodos. Os linfonodos aumentados nem sempre abrigam metástases, podendo ser avaliado 
definitivamente apenas por exame microscópico. 
 
DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA 
Típica dos sarcomas (local de maior aporte sanguíneo), mas também observada nos carcinomas. Em 
geral, as evidências histológicas de invasão de pequenos vasos no local da neoplasia primária constituem uma 
característica ameaçadora associada à metástase hematogênica. Os vasos acometidos costumam ser pequenas 
veias, visto que as artérias com suas paredes mais espessas, são mais resistentes à penetração. Pode ocorrer 
disseminação arterial quando as células tumorais atravessam os leitos capilares pulmonares ou as derivações 
arteriovenosas pulmonares, ou quando o câncer no pulmão (primário ou metastático) dá origem a êmbolos 
tumorais. 
Diversos fatores contribuem para os padrões de metástases vasculares, como a invasão venosa, as 
células tumorais transportadas pelo sangue (se detém no primeiro leito capilar que se encontram). É 
compreensível que o fígado e os pulmões sejam afetados com mais frequência por disseminação hematogênica, 
visto que toda a drenagem da área portal flui para o fígado e todo o sangue da veia 
cava flui para os pulmões. Os cânceres que surgem em proximidade com a coluna 
vertebral costumam embolizar através do plexo paravertebral, produzindo metástase 
vertebrais frequentes de carcinomas de tireoide e próstata. A localização do tumor 
primário e suas vias naturais de drenagem venosa não explicam por completo os 
padrões observados de disseminação metastática, que são específicos de cada 
câncer. 
Alguns cânceres tem uma propensão a crescer dentro de grandes veias. Frequentemente, o carcinoma 
de células renais invade os ramos da veia renal e depois a própria veia renal, crescendo de forma alongada 
(parece uma cobra) pela veia cava inferior até alcança o lado direito do coração. Os carcinomas hepatocelulares 
penetram (com frequência) em radículas portais e hepáticas, crescem dentro dos canais venosos principias. Esse 
crescimento intravenoso pode não ser acompanhado de metástase disseminada.

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