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PRÁTICAS DE ARTES 
VISUAIS
ETAPA 1
CONHECENDO A DISCIPLINA DE SEMINÁRIO 
DA PRÁTICA DO CURSO DE ARTES VISUAIS
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Curso de Práticas de Artes Visuais
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
 Vania Konell 
Ana Lucia Caetano Bergamo 
Brigitte Grossmann Cairus 
Camila Klug Oliveira 
Cristiane Kreisch 
Clara Aniele Schley 
Débora Costa Pires 
Elisiane Souza Saiber Lopes 
Franciele Alves Iglicoski 
Mary Lucia Himbes 
Tatiane Jeruza Odorizzi
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
José Roberto Rodrigues
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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS
1 INTRODUÇÃO
O curso de licenciatura em Artes Visuais compreende a aprendizagem e a 
relação entre a teoria e a prática. Nesse contexto, as práticas artísticas são extremamente 
importantes. É necessário entender não somente como se ensina arte, mas também como 
se aprende arte. O curso de licenciatura em Artes Visuais busca contribuir na construção 
do conhecimento de seus acadêmicos e inseri-los na docência.
Esta formação tem como objetivo a capacitação para a atuação como mediadores 
pedagógicos, visando ao desenvolvimento da percepção, da reflexão e do potencial 
criativo dentro das especificidades do pensamento visual. É preciso ser capaz de tomar 
decisões e refletir sobre as práticas pedagógicas articuladas com a teoria estudada.
Atualmente, muito se discute em relação ao desenvolvimento de habilidades e 
competências. Pode-se afirmar que não cabe mais uma aula em que o professor fala e 
escreve o tempo todo, e os alunos copiam, uma aula em que são realizados os antigos 
questionários e as perguntas das avaliações são as mesmas dos questionários (COSTA, 
2013).
O professor é aquele que instiga seus alunos a buscarem o conhecimento por 
meio de atividades em que a proposta seja analisar, classificar, comparar, demonstrar, 
identificar, observar e principalmente refletir e fazer associações com suas próprias 
realidades (GAZZONI, 2006). Nesse contexto surgem novos questionamentos com 
relação à arte, seu ensino e a construção de significados, como discute Desgranges 
(2006, p. 140):
Este multifacetado modo de vida contemporâneo, composto por ingredientes 
bastante específicos, marca, assim, profundas alterações nas relações econô-
micas, políticas e sociais se comparadas às engendradas na modernidade, e 
requisita novos procedimentos estéticos que possam estabelecer um diálogo 
efetivo com os espectadores deste tempo.
Uma experiência de ensino alicerçada na prática, no contato com obras de arte 
e no trabalho com projetos utilizando materiais variados e diversos, para ilustrar, 
resulta em enriquecimento cultural significativo. Ao pensar em educação e arte, deve-
se considerar a necessidade da convivência dos alunos com as obras de arte de forma 
ampla, isto é, observar os tipos de arte, os estilos, as épocas e os artistas (COSTA, 2013). 
Por meio deste contato se desenvolve a sensibilidade, aprende-se a apreciar, a sentir e 
tomar conhecimento das diferentes expressões dos artistas plásticos, o que contribui 
significativamente para a elaboração perceptiva e reflexiva da criança (GAZZONI, 2006).
Dentro dessa perspectiva, as inovações são sempre desestabilizadoras, causam 
estranheza e tiram a certeza do que já era sabido, como afirma Pimentel (2007, p. 103). 
Para esta autora: 
 
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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS
Nossas ideias preconcebidas e tão fortemente certeiras correm risco quando algo 
de novo acontece. Mas se pensarmos em nossa função de artistas contemporâ-
neas, como poderemos ter esse comportamento? Quais são as características 
do mundo de hoje? O que estamos fazendo nele? Qual é a nossa contribuição 
para a construção de conhecimentos em Arte? Qual nossa contribuição para a 
formação de professoras de Arte? O que as tecnologias contemporâneas têm 
a ver com isso? 
A articulação entre teoria e prática permite uma reflexão analítica e crítica em 
arte. É necessário desenvolver um repertório próprio de conhecimento de obras de 
arte, antigas e atuais, com seus respectivos conceitos, para daí então ter condições de 
reflexão. O desafio nesse momento é evitar que as pessoas se tornem meros consumidores 
compulsivos de novas representações de velhos clichês. É preciso fornecer imagens 
de artistas contemporâneos e suas respectivas linhas de trabalho, compará-los com os 
antigos artistas, criando uma relação de tempo, espaço e principalmente de valores 
sociais. Em contraposição, o desinteresse, a pouca concentração e/ou desmotivação, 
a superficialidade nas relações com o ensino-aprendizagem devem ser combatidos 
pelo encorajamento para experimentar novas formas de apreensão, mesclando estilos 
e procedimentos, aliando experiências e vivências com as possibilidades do encontro 
com o novo (LOUREIRO, 2011).
2 PRÁTICA ARTÍSTICA
A arte é uma linguagem que transmite significados e que precisa estar em 
consonância com a realidade na qual se vive, como afirma Ana Mae Barbosa (1998, p. 16):
[...] através das artes temos a representação simbólica dos traços espirituais, 
materiais, intelectuais e emocionais que caracterizam a sociedade ou o grupo 
social, seu modo de vida, seu sistema de valores, suas tradições e crenças. 
Existe a necessidade da apropriação do conhecimento artístico. Com esse propósito, 
o curso de licenciatura em Artes Visuais da UNIASSELVI desenvolve atividades práticas 
potencializando experiências capazes de promover a reflexão, a criação e a percepção 
artística. O objetivo é desenvolver atividades artísticas articulando os estudos teóricos 
da arte, suas diferentes manifestações sociais, históricas e culturais, abarcando os 
conhecimentos na prática e possibilitando a construção da compreensão e percepção 
estética, da experiência artística e criatividade. Para Perez Gómez (1998), a articulação 
entre a teoria e a prática é imprescindível. Para esse autor, não é possível pensar em 
modelos de formação que priorizem apenas a teoria sem a necessária contextualização, 
concretude e aplicabilidade dos conceitos e conhecimentos apreendidos. 
Os referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância, recomendados 
pelo Ministério da Educação, em agosto de 2007, ressaltam que a superação da visão 
fragmentada do conhecimento e dos processos naturais e sociais apresenta uma 
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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS
boa oportunidade para a realização de uma estruturação curricular por meio da 
interdisciplinaridade e contextualização. De acordo com as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso 
de licenciatura, de graduação plena, no Art. 14, § 1º: 
A flexibilidade abrangerá as dimensões teóricas e práticas, de interdisciplina-
ridade, dos conhecimentos a serem ensinados, dos que fundamentam a ação 
pedagógica, da formação comum e específica, bem como dos diferentes âmbitos 
do conhecimento e da autonomia intelectual e profissional (BRASIL, 2002, p. 6).
A prática artística possibilita uma construção de conhecimento efetiva, por 
articular as vivências teóricas e metodológicas durante a aprendizagem nas diversas 
disciplinas. Isto significa que abarca conteúdos relativos às linguagens artísticas que 
possuem suas particularidades, materiais e vivências específicas. Estes momentos de 
aprendizado, de trocas de conhecimento, contribuem para uma reflexão acerca dessas 
vivências. Segundo Nóvoa (1991), o desenvolvimento deve vir da reflexão sobre a 
experiência e a prática:
[...] a formação deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva,que forneça aos 
professores os meios de um pensamento autônomo e que facilite as dinâmicas 
de autoformação participada. Estar em formação implica um investimento 
pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e os projetos próprios, 
com vistas à construção de uma identidade, que é também uma identidade 
profissional (NÓVOA, 1991, p. 25).
As práticas artísticas possibilitam a interdisciplinaridade e a articulação entre 
a teoria estudada no curso com a prática desenvolvida. As práticas devem levar em 
consideração a realidade escolar e do docente. Entende-se que para ser um profissional 
da educação, como professor de arte, é necessário:
O compromisso com um projeto educativo que vise reformulações qualitativas 
na escola, precisa do desenvolvimento em profundidade de saberes necessários 
para um competente trabalho pedagógico. No caso do professor de arte, a sua 
prática teórica/artística e estética deve estar conectada a uma concepção de 
arte, assim como a consistentes propostas pedagógicas. Em síntese, ele precisa 
saber arte e saber ser professor de arte... (FUSARI; FERRAZ, 1992, p. 49).
Os cursos de licenciatura têm a prática, em todos os módulos de sua 
matriz curricular, como proposta de flexibilidade de integração teoria/prática e de 
interdisciplinaridade de formação didático-pedagógica. Nessa realidade, a prática 
torna-se importante instrumento de vinculação da teoria à prática, contribuindo para 
a formação do futuro professor. A prática está inserida na estrutura pedagógica dos 
cursos de licenciatura, conforme a Resolução CNE/CP 1, de 18 de fevereiro de 2002, 
que dispõe no Art. 12: 
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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS
§ 1º A prática, na matriz curricular, não poderá ficar reduzida a um espaço 
isolado, que a restrinja ao estágio, desarticulado do restante do curso. 
§ 2º A prática deverá estar presente desde o início do curso e permear toda a 
formação do professor. § 3º No interior das áreas ou das disciplinas que consti-
tuírem os componentes curriculares de formação, e não apenas nas disciplinas 
pedagógicas, todas terão a sua dimensão prática (BRASIL, 2002, p. 5). 
A prática instiga os estudos independentes, promove a articulação entre a 
teoria e a prática, valoriza a iniciação científica e assim se configura como espaço de 
articulação interdisciplinar, contextualizando as situações de saber, com a finalidade 
de proporcionar, ao futuro professor, oportunidades de reflexão sobre a resolução de 
problemas e tomada de decisões mais adequadas à sua prática docente, com base na 
integração dos conteúdos ministrados em cada módulo (SOUZA; MOREL, 2015). 
Art. 13 Em tempo e espaço curricular específico, a coordenação da dimensão 
prática transcenderá o estágio e terá como finalidade promover a articulação 
das diferentes práticas, numa perspectiva interdisciplinar. 
§ 1º A prática será desenvolvida com ênfase nos procedimentos de observação 
e reflexão, visando à atuação em situações contextualizadas, com o registro 
dessas observações realizadas e a resolução de situações-problema. 
§ 2º A presença da prática profissional na formação do professor, que não 
prescinde da observação e ação direta, poderá ser enriquecida com tecnologias 
da informação, incluídos o computador e o vídeo, narrativas orais e escritas 
de professores, produções de alunos, situações simuladoras e estudo de casos 
(BRASIL, 2002, p. 6).
O papel do professor de arte na atualidade é mediar a teoria e a prática com seus 
alunos. A prática artística como norteadora permite a vivência de aspectos da história da 
arte, da compreensão estética, da leitura de imagem e vários outros conceitos pertinentes 
à aprendizagem, perpassando por esse processo de construção do conhecimento sensível. 
A prática artística é um importante recurso para a aprendizagem de vários conceitos 
estudados, garantindo a apropriação de saberes a partir das experiências que agregam 
o fazer artístico. A formação do professor é construída através da reflexividade crítica 
sobre práticas e de reconstrução permanente da identidade pessoal, não apenas com 
cursos, conhecimentos e técnicas (NÓVOA, 1997).
São várias as técnicas em Artes Visuais, como a pintura, a escultura, a gravura, o 
desenho, a fotografia, entre muitas outras. Na contemporaneidade essas linguagens são 
vivenciadas inter-relacionando-se e, através do hibridismo, geram novas linguagens. 
As práticas artísticas são uma oportunidade para a criação de relações de sentido entre 
as diferentes linguagens e, a partir dessa experiência crítico-reflexiva, possibilitam 
perceber que tanto na Arte existem conceitos e linguagens que se relacionam e se 
transformam, quanto na vivência docente existem conhecimentos e conteúdos que 
podem ser apropriados e transformados. Portanto, estes saberes podem gerar novos 
conhecimentos, bem como, privilegiar a aprendizagem e o crescimento de todos os 
envolvidos nesse processo.
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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS
A troca, a partilha de aprendizados e saberes estimula e agrega conhecimentos 
de maneira construtiva. Contribui para um enriquecimento teórico/prático, o que 
certamente irá refletir em suas práticas pedagógicas no contexto escolar.
3 DISCIPLINA DE SEMINÁRIO DA PRÁTICA
A prática está inserida na disciplina de Seminário da Prática, que tem como 
característica a interdisciplinaridade. A disciplina denominada Seminário da Prática é 
parte integrante da matriz curricular do curso de Artes Visuais e está presente em cada 
módulo. Esta disciplina incorpora os conteúdos das disciplinas estudadas no módulo, de 
forma a estabelecer um diálogo entre as áreas do conhecimento trabalhadas e promover 
a interação entre a teoria e a prática. 
A concepção e realização do Seminário da Prática se dá a partir do contexto de 
um grupo de disciplinas curriculares que fundamentam o processo de desenvolvimento 
de competências e habilidades pedagógicas e profissionais, visando garantir uma sólida 
formação para as ações de atuação. 
As atividades desenvolvidas a partir dessa disciplina de caráter prático 
contribuem para antecipar questões práticas de ordem profissional, simulando assim 
a resolução de problemas relacionados ao seu futuro fazer profissional. Os Seminários 
da Prática proporcionam relações cooperativas, interdisciplinares e interativas. 
A disciplina de Seminário da Prática contempla conteúdos teóricos e vivências 
práticas nas disciplinas específicas do curso. As atividades desenvolvidas na prática 
artística na disciplina de Seminário da Prática resultam na criação e organização de 
um portfólio que potencializa a reflexão do percurso criativo e estético do acadêmico.
Os Seminários da Prática caracterizam-se por abordar o conhecimento em que 
duas ou mais disciplinas curriculares são ofertadas simultaneamente, estabelecendo 
relações de análise e interpretação de conteúdos, com a finalidade de propiciar condições 
de apropriação de um conhecimento mais abrangente e contextualizado. Desse modo, 
permite a construção de uma autonomia com autoria da produção do conhecimento, 
uma vez que o acadêmico, o tutor externo e o professor da disciplina são responsáveis 
pela construção do contexto interdisciplinar, transcendendo a realidade local e regional 
para o processo de uma formação técnica, científica, pedagógica e cultural.
Nesse sentido, as disciplinas Seminário da Prática consistem no desenvolvimento 
de atividades teóricas e práticas de caráter investigativo que perpassam a dinâmica 
curricular do seu curso de graduação, no sentido de proporcionar um espaço de reflexão, 
interrogação, análise e compreensão do exercício da profissão em suas diferentes 
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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS
dimensões. Essas disciplinas buscam novas possibilidades, sem descartar o conhecido. 
As práticas, ao serem realizadas com responsabilidade, nos fornecem princípios quepermitem enriquecer as ações futuras da profissão. As práticas devem ser articuladas 
com o contexto em que foram gestadas. Devem possuir as características de seus autores 
e serem adequadas às necessidades de uma determinada comunidade pedagógica.
As disciplinas Seminário da Prática dirigem-se para um dos objetivos do Centro 
Universitário Leonardo da Vinci, manifestado no PDI (Plano de Desenvolvimento 
Institucional) (2011, p. 14), em que estabelece as políticas de extensão e institui a 
qualidade de: 
[...] promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difu-
são das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da iniciação 
científica e tecnológica, geradas na instituição. O PDI reitera o fortalecimento 
de ações de extensão através de projetos integrados aos cursos da instituição, 
bem como, em parcerias com o setor público ou outras instituições privadas. 
Também sugere a implantação e ampliação de projetos vinculados à comunida-
de, transformando a instituição em uma referência de empreendimento social 
e de construção de conhecimento (PDI, 2011, p. 14).
Estas disciplinas têm como principal objetivo proporcionar elementos científicos 
que venham fortalecer o inter-relacionamento dos conceitos apreendidos em sala, 
fomentando uma postura investigativa, crítica, criativa e inovadora no futuro exercício 
profissional. São um espaço para a construção de maneiras de ser e de estar na profissão. 
Instigam a formação de um profissional crítico em sintonia com a sua sociedade, ao 
permitir que os conceitos sejam adaptados à realidade dos sujeitos envolvidos. Enfim, os 
Seminários da Prática possibilitam a abertura das fronteiras acadêmicas, criando zonas 
de interseção com a comunidade e com a realidade, permitindo, assim, um movimento 
de aproximação, diálogo e transformação que vai além das disciplinas. 
 
As disciplinas de Seminário da Prática promovem a interação e, através dela, a 
troca de ideias, compartilhamento de informações e interesses comuns, a transformação 
do conhecimento. Como apontam Montenegro e Maurice Navile (1994), o processo de 
conhecimento deve ser encarado como construção ativa da relação entre sujeito e mundo 
(MONTENEGRO; MAURICE-NAVILLE, 1994). A troca de conhecimentos pressupõe o 
reconhecimento do outro, a mobilização de competências, a capacidade de negociação 
e a disposição à cooperação. Esses aspectos podem evidenciar o potencial de interação 
mútua e consequente criação social. Essa interação e cooperação podem promover 
iniciativas de autoria coletiva, favorecendo novas formas de aprender. Portanto, a 
disciplina Seminário da Prática não é apenas um ato de troca, nem se limita à interação 
pessoal, mas uma abertura para uma comunicação, socialização das informações e 
participação mais efetivas. Além da importância da interação do sujeito com outros 
indivíduos, é necessário também levar em consideração a questão da autonomia e do 
seu desenvolvimento. Dessa forma, é preciso inter-relacionar os conceitos de cooperação 
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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS
e autonomia, pois “para que a autonomia se desenvolva, é necessário que o sujeito seja 
capaz de estabelecer relações cooperativas” (FREIRE, 1998, p. 32).
Existe uma forte relação entre o desenvolvimento pessoal e a educação. A vivência 
prática e aplicação dos saberes estudados permitirão uma formação mais sólida e 
coerente com a realidade na qual se está inserido. Como afirma Salvador (1999, p. 111), “o 
desenvolvimento humano é exercido em interação com um ambiente social organizado 
culturalmente, e que dificilmente qualificaremos como natural” (SALVADOR, 1999, p. 
111). 
É preciso desenvolver competências e habilidades profissionais apreendidas na 
Universidade, pois o mundo do trabalho está cada vez mais exigente e complexo. Neste 
sentido, é importante atribuir valor e dedicação ao desenvolvimento de atividades de 
caráter prático que venham a antecipar situações que serão enfrentadas no mercado 
de trabalho. O processo de aprender possui uma relação muito clara e estreita com a 
vivência pessoal. 
É por meio das experiências relacionadas à educação que os sujeitos têm condições 
de refletir de forma crítica sobre o futuro das suas ações. Assim, ao realizar o Seminário 
da Prática serão desenvolvidas as condições de aplicar os saberes teóricos apreendidos 
ao cursar as disciplinas, ao ler os livros de estudo, ao debater com os colegas em sala 
de aula, no ambiente problematizador e crítico da universidade.
Por meio das experiências educativas (experiências diversas, relativas a 
conteúdos diversos e também com diferentes graus de sistematização, com 
finalidades mais delimitadas ou difusas), o indivíduo torna-se um membro 
ativo e participativo do seu grupo à medida que vai compartilhando a cultura. 
Ao mesmo tempo, as aprendizagens que realiza, porque assim lhe permitem 
as experiências em que se vê imerso, constituem o motor por meio do qual se 
desenvolve em todas as suas capacidades-afetivos-relacionais, de equilíbrio 
pessoal, de inserção social, cognitivas e motoras. Podemos afirmar que graças às 
aprendizagens que as diversas experiências educativas possibilitam, o indivíduo 
configura-se como uma pessoa que compartilha com as outras determinados e 
fundamentais aspectos, porém é a única e irrepetível, porque são únicos também 
os contextos específicos em que vive, e a maneira que tem de se apropriar das 
ferramentas culturais é idiossincrática (SALVADOR, 1999, p. 142). 
É preciso conscientizar-se de que o desenvolvimento intelectual proposto pela 
universidade terá mais sentido e aplicação prática se você tiver a clareza de que o 
desenvolvimento intelectual é inseparável do desenvolvimento profissional. Existe um 
processo de união entre as duas atividades de desenvolvimento humano/intelectual e 
humano/profissional. 
É preciso sempre relacionar as leituras, estudos e discussões teóricas com a 
aplicação prática destes saberes, para que o exercício futuro da profissão seja enriquecido. 
Os referenciais das disciplinas do Seminário da Prática podem ser observados a seguir:
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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS
FIGURA 1 – REFERENCIAIS DOS SEMINÁRIOS DA PRÁTICA DO CURSO 
REPRESENTADO POR MEIO DE UM FLUXOGRAMA CIRCULAR
FONTE: Equipe pedagógica NEAD 
O organograma circular organiza os Seminários da Prática num circuito 
decrescente, ou seja, no primeiro módulo há uma abordagem mais teórica e genérica, 
que tem como objetivo familiarizar-se com os conceitos do curso e, posteriormente, a 
cada módulo de estudo deverão ser desenvolvidas atividades cada vez mais práticas. 
O conhecimento teórico aliado à experiência teórica aliada à prática promove 
o desenvolvimento efetivo de habilidades e competências. Nesse sentido, as práticas 
artísticas do curso de Artes Visuais da UNIASSELVI foram pensadas de maneira a 
contemplar os conteúdos específicos de diversas disciplinas ofertadas pelo curso, 
buscando propor atividades que possibilitem a contextualização histórica, a leitura 
de imagem e o fazer artístico. Esta abordagem potencializa o futuro profissional do 
acadêmico do curso.
Há uma necessidade de criar vivências práticas interdisciplinares para o curso, 
que possam contribuir na reflexão crítica e na criatividade do acadêmico do curso. 
As atividades práticas são fundamentais para a experimentação de fato da criação 
artística, campo de múltiplas sensações e particularidades. Os acadêmicos vivenciam 
as práticas integrando-se no ambiente e com os demais colegas, aprendendo de 
maneira afetiva no contato interpessoal e efetiva nas vivências práticas propostas, 
compreendendo e refletindo sobre seus resultados. A articulação entre teoria e prática 
contribui significativamente no percurso de ampliação do conhecimento, pois oportuniza 
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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS
atividades quepodem ser vivenciadas tanto na graduação quanto na vivência escolar e 
profissional. Considerando a sensibilização por meio de leituras visuais, ressignificações 
e vivências expressivas.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ana Mae Tavares de Bastos. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: Ed. C/
Arte, 1998. 198 p, il. (Arte e Ensino).
BRASIL. Resolução CNE/CP 1, de 18 de fevereiro de 2002. Conselho Nacional de 
Educação, 2002. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_02.
pdf>. Acesso em: 26 jun. 2017.
COSTA, Maria Adelina. O uso das mídias no ensino de Artes Visuais: uma proposta 
pedagógica na Fundação Indaialense de Cultura prefeito Victor Petters. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Especialização em Mídias na Educação). Instituto Federal de 
Santa Catarina. Indaial, 2013.
DESGRANGES, Flávio. Pedagogia do teatro: provocação e dialogismo. São Paulo: 
HUCITEC, 2006.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998. 
FUSARI, Maria F. de Rezende; FERRAZ, Maria Heloísa. Arte na educação escolar. 
São Paulo: Cortez, 1992.
GAZZONI, Sirlei. Construir-desconstruir para descobrir o que é a arte na educação 
infantil. Monografia (Especialização em Orientação Educacional e Supervisão 
Escolar). Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) – 
Campus de Erechim, 2006. CD-ROM. 
LOUREIRO, Alícia Maria Almeida. Ensino da música na escola fundamental: 
dilemas e perspectivas. In: Revista Educação, Santa Maria, p. 101-112, nov. 2011. 
ISSN 1984-6444. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/ 
reveducacao/article/view/4329/2549>. Acesso em: 26 jun. 2017.
MONTENEGRO, J.; MAURICE-NAVILLE, D. Piaget ou a inteligência em evolução. 
(T. B. I. Marques e F. Becker, Trad.). Porto Alegre: Artmed, 1994. 
NEAD/UNIASSELVI. Diretrizes da disciplina Seminário da Prática: Curso de 
Licenciatura em Artes Visuais. Indaial: Uniasselvi, 2014.
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PRÁTICAS DE ARTES VISUAIS
NEAD/UNIASSELVI. Diretrizes da disciplina Seminário da Prática: Curso de 
Licenciatura em Artes Visuais. Indaial: Uniasselvi, 2016.
NEAD/UNIASSELVI. PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional. 2011- 2015, 
Núcleo de Educação a Distância. Indaial: Uniasselvi, 2011.
NÓVOA, Antônio. Concepções e práticas da formação contínua de professores: 
In: Nóvoa A. (Org.). Formação contínua de professores: realidade e perspectivas. 
Portugal: Universidade de Aveiro, 1991.
NÓVOA, Antonio. Formação de professores e profissão docente. In: Nóvoa A. (Org.). 
Os professores e a sua formação. Tradução de Graça Cunha, Cândida Hespanha e 
Conceição Afonso. Lisboa: Dom Quixote, 1997.
PEREZ GÓMEZ, Angel. La cultura escolar en la sociedad neoliberal. Madrid: 
Morata, 1998.
PIMENTEL, Lucia Gouvêa. Formação de professor@s: Ensino de Arte e Tecnologias 
Contemporâneas. In: I Congresso de Educação, Arte e Cultura, 2007, Santa Maria. 
Anais. Santa Maria: UFSM, 2007.
SALVADOR, César Coll. Psicologia da educação. Porto Alegre: Artmed, 1999.
SOUZA, Evandro André de; MORELL, Jean Carlos. A consolidação da Prática na Matriz 
Curricular dos cursos de Licenciatura na modalidade EaD: a experiência da UNIASSELVI. In: 
21ª Congresso Internacional de Educação a Distância, 2015, Bento Gonçalves. 21º Congresso 
Internacional de Educação a Distância. São Paulo: ABED, 2015. v. 1.
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Rodovia BR 470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito
Caixa postal n° 191 - CEP: 89.130-000 - lndaial-SC
Home-page: www.uniasselvi.com.br

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