Prévia do material em texto
ANOANO2 MANUAL DO PROFESSOR AUTORIA: ANDRESSA TREVIZAN MISSAKI E WANESSA TREVIZAN ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS EXPEDIENTE Autoria: Direção-geral: Gerência editorial: Coordenação de projeto editorial: Edição de conteúdo: Analista editorial: Gerência de design e produção editorial: Coordenação de revisão: Revisão: Coordenação de arte: Diagramação: Ilustração: Capa e projeto gráfico: Coordenação de cartografia: Coordenação de licenciamento e iconografia: Analistas de licenciamento: Pesquisa iconográfica: Planejamento editorial: Coordenação de multimídia: Multimídia: Web: Gerência de produção gráfica: Coordenação de produção gráfica: Produção gráfica: Colaboração externa: Andressa Trevizan Missaki e Wanessa Trevizan Nicolau Arbex Sarkis Emília Noriko Ohno Barbara Muneratti de Souza Alves Helen Alessandra Ribeiro Gabriela Venâncio Pereira Ricardo de Gan Braga Carla Vieira Cardoso Egidio Adriano Lima, Bianca da Silva Rocha, Jéssica Anitelli, Karina Braga do Carmo, Kemi Tanisho, Thiago Marques e Vivian Prado de Souza Leonardo Pires Erica Moraes Caroline Peluso, Henrique Fuyen Bettoni Wu, Pedro Luis Nogueira Junior, Rafael Coelho Vilarino e Suellen Sílvia Machado Aurelio Gadini Camilo Alexandre Bueno Leticia Palaria de Castro Rocha Jade Cristina Bernardino, Margarita Veloso e Souza e Vitor Hugo Duarte Medeiros Danielle Navarro Fernandes e Fernanda Pereira Soares Vilella Bitencourt Maria Carolina das Neves Ramos Kléber S. Portela Ana Luisa Ruggieri, Ana Paula Candelaria Bernardes, Anderson Felipe Fonseca de Oliveira, Guilherme Oliveira Silva, Leticia Morais Dantas e Marina Ferreira da Silva Bruno Geraldi Marques e Elaine Silva Faria Guilherme Brito Silva Rodolfo da Silva Alves Fernando Antônio Oliveira Arruda, Matheus Luiz Quinhones Godoy Soares e Vandré Luis Soares Pedro Cunha Junior e Rinaldo Milesi (revisão), Typegraphic editorial e Wellington Paulo (diagramação) Copyright © Editora Poliedro, 2021 – Todos os direitos reservados à EDITORA POLIEDRO LTDA. Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal, Lei 9 610 de 19 de fevereiro de 1998. Avenida Dr. Nelson D’Ávila, 811. Jardim São Dimas – CEP 12245-030 São José dos Campos-SP – Tel: (12) 3924-1616 – www.sistemapoliedro.com.br 3 Caro professor, O manual da Coleção Phases tem o objetivo de apoiar o seu trabalho em sala de aula, como uma ferramenta de planejamento e organização. Nele são apresentadas as concepções pedagógicas que embasam cada componente curricular e a estrutura de cada livro. Além disso, estão listadas as habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) desenvolvidas no ano letivo em questão. O manual também oferece sugestões gerais para o trabalho com a abertura de cada unidade, permitindo que você possa avaliar como aplicar as informações de acordo com a realidade de cada turma. Outra contribuição são as sugestões de atividades que adotam metodologias ativas, com orientações e instruções sobre como desenvolvê-las com os alunos. Em cada proposta, há um ícone que informa a presença de um vídeo complementar com dicas para auxiliá-lo nessa prática. Esperamos que o manual seja útil e proveitoso, propiciando e facilitando com suas soluções o desenvolvimento do protagonismo e das habilidades e competências necessárias os alunos do século XXI. Bom trabalho! Coleção Phases .............................................................................................................................................5 Organização curricular ............................................................................................................................... 5 Conheça a Coleção .................................................................................................................................... 6 Fundamentação teórica ........................................................................................................................... 10 Referências da BNCC utilizadas no 2o ano ..................................................................................... 14 Sugestões de leitura ................................................................................................................................ 20 Orientações gerais para abertura de unidades ............................................................................ 20 Uma breve introdução às metodologias ativas ............................................................................ 24 Propostas de metodologias ativas ...................................................................................................... 33 Referências bibliográficas ...................................................................................................................... 45 SUMÁRIO 5 Coleção Phases Os alunos que ingressam no Ensino Fundamental – Anos Iniciais estão em pleno desenvolvimento de suas capacidades cognitivas, motoras, afetivas e sociais. Nessa faixa etária, eles precisam ter acesso a um ensino que valorize seus conhecimentos, interesses e suas vivências. Por isso, há a necessidade de aplicar uma proposta pedagógica de qualidade a essa etapa educa- cional, de modo a garantir o acesso a uma aprendizagem significativa, que incentive a curiosidade e o entusiasmo por aprender. Da mesma maneira, é essencial favorecer os desafios e as conquistas, que são elementos fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo nessa fase escolar. Em vista disso, a Coleção Phases parte da premissa de uma proposta pedagógica pautada na valo- rização do entorno dos alunos, nas possibilidades de interação, nos seus interesses e na construção do conhecimento por meio de situações contextualizadas. Para o planejamento de cada componente curricular, temos como referência teórica as diretrizes esta- belecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que garantem a articulação entre os eixos organi- zadores e as competências e habilidades específicas para cada faixa etária. Isso permite uma construção progressiva sobre cada conteúdo apresentado, em que cada conhecimento é apresentado e ampliado, considerando como referência o ensino em espiral. Nesse sentido, a Coleção Phases tem como objetivo garantir aos alunos uma proposta didática condi- zente com suas particularidades. Além disso, oferece ao professor as orientações metodológicas especí- ficas para o seu trabalho em sala de aula, com referências que contribuem para fundamentar sua atuação e para proporcionar mais segurança em relação às propostas desta Coleção. Organização curricular O material é dimensionado para 36 semanas de aula, com a carga horária descrita na tabela a seguir. Componente curricular Livros Carga horária semanal Língua Portuguesa 2 6 Matemática 2 6 Ciências 2 2 História 2 2 Geografia 2 2 Livros complementares Língua Inglesa 2 1 Arte 2 2 Manual Educação Física* Volume único 2 *O Manual de Educação Física está disponível no Portal Edros. 6 Conheça a Coleção A Coleção Phases foi planejada com seções, boxes e ícones que contribuem para uma aprendizagem significativa e fornecem ao docente uma referência de qualidade para planejar suas aulas. Conheça a seguir a principal estrutura de cada unidade do material: ABERTURA DE UNIDADE Destinada ao levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o conteúdo abordado na unidade. Para isso, explore as perguntas do boxe “O que eu sei!”. É importante incentivar e valorizar a participação dos alunos, identifi cando as melhores estratégias e intervenções para a sua turma. IDEIAS EM CONSTRUÇÃO A intenção da seção é que o aluno possa problematizar os conteúdos da unidade com as situações com as quais já teve contato em seu cotidiano. Entendemos esse momento como uma forma de construir as primeiras ideias sobre o conteúdo da unidade. IDEIAS EM CONSTRUÇÃO CONSTRUINDO CONHECIMENTOS É o momento de exposição da teoria. Os alunos apresentaram seus conhecimentos prévios e problematizaramsuas ideias acerca dos conteúdos. Agora, será o momento de comparar, relacionar e organizar o conhecimento. CONHECIMENTOS CONSTRUINDO MÃOS À OBRA! As atividades propostas nesta seção têm o intuito de promover a sistematização, a fi xação, o aprofundamento e a revisão de assuntos trabalhados na unidade. Acompanhe o percurso de aprendizagem dos seus alunos para verifi car a necessidade de possíveis ajustes e intervenções pontuais. MÃOS À OBRA! MÃOS Vamos à brinquedoteca?4 UNIDADE O QUE EU SEI! Você já foi a uma brinquedoteca? Quais brinquedos encontrou lá? Observe a imagem e responda: há quantos livros na primeira prateleira, à esquerda do enfeite? E à direita? Qual é o total de livros na primeira prateleira? Aqui, seu professor pode desenvolver uma proposta de METODOLOGIAS ATIVAS. 71 70 7 O QUE EU APRENDI O QUE EU APRENDI Seção de fechamento da unidade. Utilize-a para verifi car quais conhecimentos foram construídos e fi xados pelos seus alunos. Além das principais seções, as unidades podem trazer os seguintes recursos: CONECTE O ASSUNTO Relaciona o conteúdo estudado com o dia a dia do aluno, trazendo exemplos práticos. CONECTE O ASSUNTO A MATEMÁTICA NO DIA A DIA Este boxe demonstra, de maneira contextualizada, a aplicação, no dia a dia, de um dos conteúdos abordados na unidade. A MATEMÁTICA NO DIA A DIA ATIVIDADES COMPLEMENTARESCOMPLEMENTARES ATIVIDADES MATERIALMATERIAL COMPLEMENTARCOMPLEMENTAR ATIVIDADES COMPLEMENTARES Atividades extras que podem ser usadas como tarefa para casa ou conteúdo complementar para a aula. MATERIAL COMPLEMENTAR Cartonados e adesivos que servem de apoio para a realização de atividades. 8 INTERAÇÃO Promove o aprendizado coletivo por meio da refl exão e do diálogo, incentivando a ajuda mútua, a troca de ideias e a socialização. Ao mesmo tempo que desenvolvem o senso de coletividade e de respeito às exposições orais dos colegas, os alunos constroem coletivamente o conhecimento. As atividades podem ser realizadas com a turma em forma de seminários, fóruns, debates ou apresentações artísticas. INTERAÇÃO VAMOS DESCOBRIR! É importante que você oriente e acompanhe os alunos nesta seção para que eles possam construir e ampliar seus conhecimentos sobre o conteúdo da unidade por meio de pesquisas, entrevistas, aulas de campo, registros de visitas guiadas, além de consultas a livros, revistas e outros suportes. VAMOS DESCOBRIR! VOCÊ SABIA? A curiosidade é capaz de tornar o aprendizado mais agradável e efi caz; por isso, instigue seus alunos ao apresentar este boxe. Será um momento de expor curiosidades e enriquecer o aprendizado de toda a turma. sabia? VocêVocê AS PALAVRAS E O TEXTO Utilize este boxe em sala de aula para ampliar o vocabulário dos alunos. As defi nições apresentadas permitem que a turma compreenda enunciados e textos de forma mais objetiva. e o texto As palavrasAs palavrasAs palavrasAs palavrasAs palavras CONHEÇA O... Neste boxe, serão apresentados autores ou personalidades que tiveram destaque no assunto abordado na unidade. Conheça o artista Família e escola FAMÍLIA E ESCOLA A intenção deste boxe é ampliar a participação da família no processo de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. 9 A BRINCADEIRA É... A ludicidade precisa estar presente na rotina dos alunos. Por isso, este boxe apresenta ideias de jogos e brincadeiras que contribuem para a construção e a aplicação do conhecimento. A brincadeira é... A brincadeira +AÇÃO Momento no qual os conteúdos atitudinais podem ser trabalhados com mais intensidade. Auxilie seus alunos a reconhecer as próprias emoções e as de seus colegas. A proposta foca a formação de atitudes, valores, normas e posturas, valorizando a diversidade, a ética, a empatia, a cooperação, a solidariedade e a possível intervenção na comunidade de forma responsável e com consciência crítica. +Ação PARA CONVERSAR Neste momento, é importante incentivar e orientar o diálogo entre seus alunos, favorecendo o intercâmbio de ideias e a possibilidade de opinar sobre as produções dos colegas. PORTAL EDROS Indica que há links ou outros recursos disponíveis no Portal Edros. EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL O ícone indica uma atividade relacionada à educação socioemocional, que tem o objetivo de promover o reconhecimento e a compreensão do aluno em relação às suas próprias emoções e às dos colegas. EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL METODOLOGIAS ATIVAS Indicação de uma proposta baseada em metodologias ativas. Nela, o aluno será convidado a assumir o protagonismo do aprendizado, fazendo escolhas e tomando decisões. METODOLOGIAS ATIVAS QUER SABER MAIS? Indicação de livros, fi lmes, vídeos, animações ou sites que ampliam os conhecimentos estudados na unidade. Explore esses recursos com sua turma. Quer saber mais? 10 Fundamentação teórica A Matemática é uma ciência formal, que pode e deve ser explorada na escola a partir de expe- riências que os alunos vivenciam cotidianamente, ou seja, por meio de suas atividades, brincadeiras e seu modo de raciocinar, problematizando-os e confrontando-os com aspectos mais formais do componente curricular. Segundo alguns autores, há duas maneiras de compreender a Matemática e, durante o ensino escolar, há espaço para ambas. São elas: y A Matemática como atividade humana que engloba práticas e conhecimentos cotidianos considerados matemáticos. y A Matemática como ciência formal, com regras e símbolos próprios. A primeira maneira, ainda que de forma irrefletida, fará parte da vida dos alunos in- dependentemente da escola. Já a segunda di- ficilmente será conhecida por eles senão por meios escolares. Dessa forma, é função da escola abordar o conteúdo matemático que surge esponta- neamente em meio às atividades humanas, proporcionar reflexão sobre ele e aproximá-lo dos conteúdos científicos, por meio dos quais o conhecimento pode ser sistematizado e verificado. Segundo o professor Vinício de Macedo Santos: O estranhamento que cedo se instaura nas aulas de Matemática e se estende por toda a vida escolar do aluno decorre, em grande par- te, de práticas voluntárias ou não que enfatizam inicialmente os aspectos formais da Matemá- tica e da sua linguagem, que antecipam, pre- cocemente, definições, modelos de resolução de problemas e operações que passam ao largo da exploração e problematização de conhecimentos, experiências e raciocínios que as crianças demonstram ter. (SANTOS, 2014. p. 41) É nos primeiros anos do Ensino Fundamental que os alunos desenvolvem a motivação para o estudo desse componente curricular e adquirem os conhecimentos básicos para ir adiante em seu aprendizado. Ao ensinar Matemática, o professor está con- tribuindo para que seus alunos: y utilizem conteúdos matemáticos em seu dia a dia de modo mais eficaz; y percebam as relações e regularidades pre- sentes em seu cotidiano; y desenvolvam as habilidades que a sociedade demanda no decorrer da vida, principalmente no âmbito profissional; y usufruam do seu direito, como seres humanos, de acessar o conhecimento matemático pro- duzido ao longo dos séculos. Em cada unidade deste livro, são aborda- dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, visando proporcionar uma formação completa aos alunos, para que sejam capazes de compreender e utilizar os conhecimentos matemáticos em sintonia com atitudes e valores éticos. Concepções de aprendizagem A atividade docente tem como objetivo a aprendizagem, que deve ser o cerne de toda dis- cussão ou reflexão pedagógica. A escola não é o único meio pelo qual as pessoas aprendem; no entanto, por ser uma instituição organizada para este fim, tem a responsabilidade de oferecer os recursos apropriados, além de diagnosticar, in- centivar e avaliar a aprendizagem dos conteúdos escolares. 11 Diagnosticar: Os conhecimentos prévios como âncorasda aprendizagem De acordo com a conhecida teoria da aprendi- zagem significativa, há duas formas básicas de se aprender um conteúdo. O aluno pode aprendê-lo mecanicamente, memorizando definições e pro- cedimentos, ainda que não façam sentido algum para ele, ou aprendê-lo significativamente, isto é, estabelecendo as relações de um conteúdo com outros, que já estão presentes em sua estrutura cognitiva. Na aprendizagem significativa, a relação en- tre conhecimentos novos e prévios possibilita uma mudança na estrutura cognitiva, por meio da qual é possível recordar o novo conhecimento em lon- go prazo, aplicá-lo em situações diversas e criar a partir dele. Em alguns casos, o indivíduo opta por aprender mecanicamente pelo fato de não ter adquirido os conhecimentos que serviriam de base para a aprendizagem significativa. Para isso não ocorrer, é preciso trabalhar, em primeiro lugar, com as lacunas e os equívocos presentes na estrutura de seu conhecimento prévio. Na abertura de cada unidade, o professor é convidado a conhecer melhor seus alunos por meio do boxe “O que eu sei!”. Recomenda-se inves- tir uma parte da aula explorando, em uma conversa sobre as questões propostas, os conhecimentos prévios dos alunos, os quais são provenientes dos estudos escolares anteriores e também da vivência extraescolar. Incentivar: As necessidades dos indivíduos como força motriz da aprendizagem As atividades humanas, entre elas a aprendiza- gem, decorrem de necessidades. As necessidades de cada indivíduo são, portanto, o motivo de suas aprendizagens, bem como daquilo que dá sentido à atividade de aprender. Jean Piaget afirma que: […] toda ação, isto é, todo movimento, pen- samento ou sentimento, corresponde a uma ne- cessidade. Toda criança ou adulto só executa alguma ação exterior ou mesmo inteiramente in- terior quando impulsionada por um motivo e este se traduz sempre sob a forma de uma necessida- de (uma necessidade elementar ou um interesse, uma pergunta, etc.). (PIAGET, 1999. p. 15-16) Na escola, é preciso considerar as necessida- des dos alunos pelo simples fato de que são eles que decidirão entre aprender ou não. Uma motiva- ção artificial como “tirar boas notas” pode condu- zir a um aprendizado mecânico. Mas a motivação que parte das necessidades reais do indivíduo é um incentivo para que o aluno queira aprender significativamente. Em conformidade com a citação anterior, é possível mencionar como necessidades dos alu- nos – motores da aprendizagem – as dúvidas e curiosidades que eles trazem para a escola e aquelas que são despertadas no ambiente es- colar. Com isso, não nos limitamos apenas às necessidades cotidianas, mas consideramos também as demandas da sociedade e as curio- sidades puramente intelectuais. É importante que o estudante esteja suficientemente motiva- do pela aprendizagem, pois desse modo ele se interessará pelos recursos de ensino oferecidos pelo professor. Os livros 1 e 2 do 2o ano exploram temas do cotidiano para abordar temas matemáticos. As- sim, a motivação será mais natural e, inclusive, nas aulas, poderão surgir dúvidas e curiosidades extraescolares. Entretanto, estes livros não foram pensados levando em conta apenas a motivação, mas também os recursos para o desenvolvimento 12 do raciocínio, da abstração e das demais habilida- des que são abordadas. Avaliar: Identificação de dificuldades e oportunidades de aprendizado Dentre outras formas de avaliar o progresso do aluno, a avaliação formativa é uma prática contí- nua por parte do professor que deseja melhorar as aprendizagens em curso. Durante o percurso de aprendizagem, surgem hipóteses que se anulam ou validam, recursos que são mais adequados, concepções corretas e alter- nativas. Ainda que o indivíduo esteja inicialmente interessado em aprender determinado conteúdo, muitos fatores podem levá-lo a desistir. Por esse motivo, é importante que o professor acompanhe continuamente esse processo, intervindo com es- clarecimentos, sugestões e novas atividades. Nes- sa perspectiva, os erros dos alunos deixam de ser um problema e passam a ser ferramentas de inter- venção e replanejamento. A diversidade de atividades deste livro permite ao professor identificar tanto as dificuldades quan- to os equívocos dos alunos, por meio dos quais será possível direcionar seu trabalho. Recursos de ensino Buscando uma aprendizagem com sentido e significado, conforme mencionado anteriormente, o professor deve oferecer recursos que guiem o alu- no durante esse processo. No livro, além da clareza e coerência dos assuntos matemáticos apresenta- dos, há a preocupação com alguns elementos con- siderados essenciais para a aprendizagem nessa fase escolar. A seguir, veremos cada um deles. Contextualização Os conteúdos matemáticos não se encontram isolados. Cada um tem algum tipo de relação com outros conteúdos (matemáticos ou não), com ex- periências ou aplicações (cotidianas ou não) e com a história de seu próprio desenvolvimento. No decorrer da Coleção, foram utilizadas di- versas estratégias para que cada conteúdo não aparecesse isolado, mas ligado aos seus mais va- riados contextos. Entre essas estratégias, é pos- sível citar jogos, resolução de problemas, uso de material manipulável, projetos interdisciplinares e modelagem matemática. É muito importante que o contexto não seja visto apenas como um pretexto para o ensino do conteúdo matemático, mas que seja reconhecido, entre outros fatores, pela sua im- portância lúdica, social ou histórica. Os diferentes estilos de atividades apresenta- dos permitem que várias competências (gerais e específicas) possam ser desenvolvidas pelos alu- nos e que os conteúdos matemáticos não sejam vistos isoladamente. São propostos debates, leituras, produções artísticas e pesquisas envolvendo questões impor- tantes da sala de aula, da família e da sociedade, de forma mais ampla. Em cada uma dessas ativida- des, o aluno se vê como protagonista de uma ação na qual poderá colocar em prática seus conheci- mentos e valores. Resolução de problemas Ressalta-se que a resolução de problemas não consiste apenas na aplicação do conhecimento aprendido. Um bom problema deve ser desafiador para o aluno, isto é, deve incentivá-lo a desenvol- ver uma estratégia pessoal para resolvê-lo. Além disso, os problemas possibilitam o desenvolvimen- to de habilidades, como elaboração e teste de conjecturas, capacidade de argumentação e for- mulação de novos problemas. É importante propiciar o tempo necessário ao aluno e não antecipar o modo de resolução dos problemas, para que ele chegue à resposta com 13 seus próprios recursos. O aluno precisa interpre- tar a situação por si próprio, compreender o que está sendo pedido, identificar as informações que serão utilizadas, desenvolver uma estratégia para a questão e, por fim, resolvê-la. Tudo isso é feito, inicialmente, com ajuda do professor. No entanto, em seu ritmo, cada aluno deve ir conquistando a própria autonomia. Como na vida, nem todo problema proposto possui uma única solução. Sendo assim, é neces- sário que o professor esteja atento para não carac- terizar respostas diferentes como incorretas, o que pode desestimular o aluno. Quando isso ocorrer, é interessante mostrar as várias possibilidades de respostas – todas, se viável. Em alguns casos, solicita-se que o aluno anote em seu caderno as respostas diferentes encontra- das por seus colegas. Dessa maneira, espera-se desmistificar a unicidade de resposta nos proble- mas matemáticos, além de valorizar diferentes opiniões e pontos de vista. É o caso, por exemplo, dos exercícios de decomposição. Ao decompor um número, o aluno pode pensar que sua solução é a única. Por isso, pede-se que ele verifique as respostas dos colegas, que podem ser diferentes e ainda assim corretas.Mesmo nos problemas cuja resposta é previs- ta, nem sempre acertar o resultado é o mais im- portante. O erro permite que os alunos debatam e argumentem sobre qual seria a resposta correta, o que ressalta a importância do erro para a evolução da aprendizagem. Socialização Por diversos motivos, é importante que os alunos interajam entre si durante as atividades, compartilhando soluções e estratégias ou criando respostas de maneira colaborativa. Em primeiro lu- gar, a socialização é um dos aspectos em desenvol- vimento na criança, e a escola coloca-se como um dos ambientes mais propícios para que ela ocorra. Em segundo lugar, trata-se de uma demanda da nos- sa sociedade pós-moderna, na qual várias criações e soluções são feitas por meio da colaboração. Podemos ressaltar ainda a importância da so- cialização para a aprendizagem dos objetos do conhecimento matemático. Nem sempre a com- preensão de um conceito ou procedimento ocor- re a partir da fala do professor ou da leitura do livro didático. A diversidade de conhecimentos e de maneiras de raciocinar entre os alunos de uma mesma turma deve ser aproveitada como forma de incentivar a aprendizagem e o desejo de aprender. Os boxes “A brincadeira é…” e “Família e es- cola”, as seções “InterAção” e “Vamos descobrir!”, bem como o ícone “Para conversar” dão destaque para as atividades em que a socialização é traba- lhada com maior ênfase. Materiais concretos Além de textos e atividades propostos no li- vro do aluno, é importante explorar objetos reais, realizar atividades lúdicas e participar de simula- ções da realidade, que favorecerão o processo de aprender. Ler ou ouvir uma definição pode ser insuficiente para a compreensão do aluno na fase de alfabetização matemática. É preciso que os conceitos e procedimentos sejam materializados e experimentados, quando possível. Por isso, sugerimos, ao longo do Manual do Professor, o uso de objetos encontrados na sala de aula, do “Material complementar”, dos recursos disponíveis no Portal Edros e, quando possível, a utilização de objetos diversos que poderão ser trazidos para sala de aula como recurso didático. Sugerimos, ainda, diversas dinâmicas que facilitam a aprendizagem e levam o aluno a perceber, de modo lúdico, as aplicações do conteúdo matemá- tico na prática. Alguns dos recursos mais utilizados 14 são o material dourado (introduzido no 2o ano) e o ábaco (introduzido no 3o ano). O material dourado permite a compreensão do nosso sistema de numeração em seu aspecto decimal, pois o cubinho, a barra, a placa e o cubo maior representam, respectivamente, a unidade, a dezena, a centena e o milhar. Já o ábaco permite a compreensão do nosso sistema numérico em seu aspecto posicional, pois as hastes estão fixas, or- denando, assim, as unidades, dezenas, centenas e os milhares. Ambos permitem ao aluno realizar as quatro operações fundamentais, compreendendo o sentido e o significado dos algoritmos. As cédulas e moedas também são recursos importantes, pois sua utilização permite que os alu- nos, ao vivenciarem situações de compra e ven- da, componham e decomponham números, façam comparações e realizem operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. Tecnologia As ferramentas tecnológicas são úteis ao en- sino quando superam as possibilidades oferecidas por outras ferramentas. Assim, em situações opor- tunas, sugerimos jogos e outras ferramentas que contribuirão para a aprendizagem. A calculadora se destaca por ser uma ferramen- ta tecnológica presente no cotidiano das pessoas e amplamente utilizada. Ela interfere nas relações comerciais e na tomada de decisão de cada indiví- duo em seu dia a dia, por isso, é importante saber utilizá-la corretamente. A aula de Matemática é o momento ideal para essa aprendizagem. O uso da calculadora será explorado, nesta Coleção, para a solução de problemas cotidianos, para o cálculo que envolve números com muitos algarismos significativos e também para viabilizar alguns desafios propostos. O computador, pelo mesmo motivo, deve ser utilizado na escola, inclusive nas aulas de Matemática. Várias ferramentas, como planilhas, programas, jogos, entre outras, permitem que os alunos se aprofundem no entendimento de obje- tos de conhecimentos matemáticos. No entanto, pode-se dialogar com os alunos a respeito do papel da tecnologia como ferramen- ta, explicando que, em alguns casos, a calculadora poderá ajudar, mas que não é necessário ficar de- pendente dela e que, por essa razão, se aprendem estratégias e algoritmos para realizar as operações matemáticas. Referências da BNCC utilizadas no 2o ano A BNCC, é o documento oficial brasileiro que estabelece conhecimentos, competências e habilidades mínimos para todos os estudantes de Educação Básica. No Ensino Fundamental, as competências es- pecíficas esperadas para o componente curricular de Matemática são: 1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência hu- mana, fruto das necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos his- tóricos, e é uma ciência viva, que contribui para solucionar problemas científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusi- ve com impactos no mundo do trabalho. 2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argu- mentos convincentes, recorrendo aos conheci- mentos matemáticos para compreender e atuar no mundo. 3. Compreender as relações entre conceitos e pro- cedimentos dos diferentes campos da Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Pro- babilidade) e de outras áreas do conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capacidade 15 de construir e aplicar conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções. 4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamen- te, produzindo argumentos convincentes. 5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para mo- delar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estraté- gias e resultados. 6. Enfrentar situações-problema em múltiplos con- textos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto práti- co-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e lin- guagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras lingua- gens para descrever algoritmos, como fluxogra- mas e dados). 7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência social, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem preconcei- tos de qualquer natureza. 8. Interagir com seus pares de forma cooperati- va, trabalhando coletivamente no planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de soluções para problemas, de modo a identificar aspectos con- sensuais ou não na discussão de uma determina- da questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2017. p. 265) A partir dessas competências, definem-se os objetos de conhecimento e as habilidades, os quais se encontram organizados em cinco unida- des temáticas, descritas a seguir. Todas elas es- tão presentes em todos os anos da escolarização, com diferentes ênfases. 1. Números: engloba o desenvolvimento do pen- samento numérico, por meio da quantificação de objetos e da interpretação de argumentos baseados em quantidades. No Ensino Fundamental– Anos Iniciais, a expectativa em relação a essa temática é que os alunos resolvam problemas com números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita, envolvendo diferentes significados das operações, argumentem e justifiquem os procedimentos utilizados para a resolução e avaliem a plausibilidade dos resultados encontrados. No tocante aos cálculos, espera-se que os alunos desenvolvam diferentes estratégias para a obtenção dos resultados, sobretudo por estimativa e cálculo mental, além de algoritmos e uso de calculadoras. Nessa fase, espera-se também o desenvol- vimento de habilidades no que se refere à leitu- ra, escrita e ordenação de números naturais e números racionais por meio da identificação e compreensão de características do sistema de numeração decimal, sobretudo o valor posicio- nal dos algarismos. Na perspectiva de que os alunos aprofundem a noção de número, é im- portante colocá-los diante de tarefas, como as que envolvem medições, nas quais os números naturais não são suficientes para resolvê-las, indicando a necessidade dos números racio- nais tanto na representação decimal quanto na fracionária. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2017. p. 267) 2. Álgebra: aborda as estruturas matemáticas, re- lações quantitativas de grandezas, proprieda- de da igualdade, percepção de regularidades e generalização de padrões. 16 Nessa perspectiva, é imprescindível que algumas dimensões do trabalho com a álgebra estejam presentes nos processos de ensino e aprendizagem desde o Ensino Fundamental – Anos Iniciais, como as ideias de regularidade, generalização de padrões e propriedades da igualdade. No entanto, nessa fase, não se pro- põe o uso de letras para expressar regulari- dades, por mais simples que sejam. A relação dessa unidade temática com a de Números é bastante evidente no trabalho com sequên- cias (recursivas e repetitivas), seja na ação de completar uma sequência com elementos ausentes, seja na construção de sequências segundo uma determinada regra de forma- ção. A relação de equivalência pode ter seu início com atividades simples, envolvendo a igualdade, como reconhecer que se 2 + 3 = 5 e 5 = 4 + 1, então 2 + 3 = 4 + 1. Atividades como essa contribuem para a compreensão de que o sinal de igualdade não é apenas a indicação de uma operação a ser feita. A noção intuitiva de função pode ser explorada por meio da re- solução de problemas envolvendo a variação proporcional direta entre duas grandezas (sem utilizar a regra de três), como: “Se com duas medidas de suco concentrado eu obtenho três litros de refresco, quantas medidas desse suco concentrado eu preciso para ter doze litros de refresco?”. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2017. p. 268) 3. Geometria: trata de posições e deslocamentos no espaço, além das formas e das relações en- tre elementos de figuras planas e espaciais. No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, espera-se que os alunos identifiquem e esta- beleçam pontos de referência para a localiza- ção e o deslocamento de objetos, construam representações de espaços conhecidos e esti- mem distâncias, usando, como suporte, mapas (em papel, tablets ou smartphones), croquis e outras representações. Em relação às formas, espera-se que os alunos indiquem caracterís- ticas das formas geométricas tridimensionais e bidimensionais, associem figuras espaciais às suas planificações e vice-versa. Espera-se, também, que nomeiem e comparem polígo- nos, por meio de propriedades relativas aos lados, vértices e ângulos. O estudo das sime- trias deve ser iniciado por meio da manipula- ção de representações de figuras geométricas planas em quadriculados ou no plano cartesia- no, e com recurso de softwares de geometria dinâmica. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2017. p. 270) 4. Grandezas e medidas: propõe o estudo das medidas e das relações métricas. No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a expectativa é que os alunos reconheçam que medir é comparar uma grandeza com uma uni- dade e expressar o resultado da comparação por meio de um número. Além disso, devem resolver problemas oriundos de situações co- tidianas que envolvem grandezas como com- primento, massa, tempo, temperatura, área (de triângulos e retângulos) e capacidade e volu- me (de sólidos formados por blocos retangula- res), sem uso de fórmulas, recorrendo, quando necessário, a transformações entre unidades de medida padronizadas mais usuais. Espera- --se, também, que resolvam problemas sobre situações de compra e venda e desenvolvam, por exemplo, atitudes éticas e responsáveis em relação ao consumo. Sugere-se que esse processo seja iniciado utilizando, preferencial- mente, unidades não convencionais para fazer as comparações e medições, o que dá sentido à ação de medir, evitando a ênfase em proce- dimentos de transformação de unidades con- vencionais. No entanto, é preciso considerar o contexto em que a escola se encontra: em 17 escolas de regiões agrícolas, por exemplo, as medidas agrárias podem merecer maior aten- ção em sala de aula. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2017. p. 271) 5. Probabilidade e estatística: envolve o estudo da incerteza e do tratamento de dados. No que concerne ao estudo de noções de probabilidade, a finalidade, no Ensino Funda- mental – Anos Iniciais, é promover a compre- ensão de que nem todos os fenômenos são determinísticos. Para isso, o início da proposta de trabalho com probabilidade está centrado no desenvolvimento da noção de aleatoriedade, de modo que os alunos compreendam que há eventos certos, eventos impossíveis e eventos prováveis. É muito comum que pessoas julguem impossíveis eventos que nunca viram acontecer. Nessa fase, é importante que os alunos verba- lizem, em eventos que envolvem o acaso, os resultados que poderiam ter acontecido em opo- sição ao que realmente aconteceu, iniciando a construção do espaço amostral. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2017. p. 272) Neste livro, os objetos de conhecimento de diferentes unidades temáticas são interca- lados com a finalidade de provocar nos alu- nos uma visão mais abrangente e integrada da Matemática. Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Números Leitura, escrita, comparação e ordenação de números de até três ordens pela compreensão de características do sistema de numeração decimal (valor posi- cional e papel do zero). (EF02MA01) Comparar e ordenar números naturais (até a ordem de centenas) pela compreensão de características do sistema de numeração decimal (valor posicional e função do zero). (EF02MA02) Fazer estimativas por meio de estratégias diversas a respeito da quantidade de objetos de coleções e registrar o resultado da contagem desses objetos (até 1 000 unidades). (EF02MA03) Comparar quantidades de objetos de dois conjuntos, por estimativa e/ou por correspondência (um a um, dois a dois, entre outros), para indicar “tem mais”, “tem menos” ou “tem a mesma quantidade”, indicando, quando for o caso, quantos a mais e quantos a menos. Composição e decomposição de números naturais (até 1 000). (EF02MA04) Compor e decompor números naturais de até três ordens, com suporte de material manipulável, por meio de diferentes adições. Construção de fatos fundamen- tais da adição e da subtração. (EF02MA05) Construir fatos básicos da adição e subtração e utilizá-los no cálculo mental ou escrito. 18 Números Problemas envolvendo dife- rentes significados da adição e da subtração ( juntar, acres- centar, separar e retirar). (EF02MA06) Construir fatos básicos da adição e utili- zá-los em procedimentos de cálculo para resolver pro- blemas. Problemas envolvendo adi- ção de parcelas iguais (mul- tiplicação). (EF02MA07) Resolver e elaborar problemas de multi- plicação (por 2, 3, 4 e 5) com a ideia de adição de par- celas iguais, por meio de estratégias e formas de regis- tro pessoais, utilizando ou não suporte de imagense/ ou material manipulável. Problemas envolvendo sig- nificados de dobro, metade, triplo e terça parte. (EF02MA08) Resolver e elaborar problemas envolven- do dobro, metade, triplo e terça parte, com o suporte de imagens ou material manipulável, utilizando estraté- gias pessoais. Álgebra Construção de sequências repetitivas e de sequências recursivas. (EF02MA09) Construir sequências de números natu- rais em ordem crescente ou decrescente a partir de um número qualquer, utilizando uma regularidade es- tabelecida. Identificação de regularida- de de sequências e determi- nação de elementos ausen- tes na sequência. (EF02MA10) Descrever um padrão (ou regularidade) de sequências repetitivas e de sequências recursivas, por meio de palavras, símbolos ou desenhos. (EF02MA11) Descrever os elementos ausentes em se- quências repetitivas e em sequências recursivas de números naturais, objetos ou figuras. Geometria Localização e movimentação de pessoas e objetos no es- paço, segundo pontos de re- ferência, e indicação de mu- danças de direção e sentido. (EF02MA12) Identificar e registrar, em linguagem ver- bal ou não verbal, a localização e os deslocamentos de pessoas e de objetos no espaço, considerando mais de um ponto de referência, e indicar as mudanças de direção e de sentido. Esboço de roteiros e de plan- tas simples. (EF02MA13) Esboçar roteiros a serem seguidos ou plantas de ambientes familiares, assinalando entradas, saídas e alguns pontos de referência. 19 Geometria Figuras geométricas espaciais (cubo, bloco retangular, pirâ- mide, cone, cilindro e esfera): reconhecimento e caracterís- ticas. (EF02MA14) Reconhecer, nomear e comparar figuras geométricas espaciais (cubo, bloco retangular, pirâmide, cone, cilindro e esfera), relacionando-as com objetos do mundo físico. Figuras geométricas planas (círculo, quadrado, retângulo e triângulo): reconhecimento e características. (EF02MA15) Reconhecer, comparar e nomear figuras planas (círculo, quadrado, retângulo e triângulo), por meio de características comuns, em desenhos apresentados em diferentes disposições ou em sólidos geométricos. Grandezas e medidas Medida de comprimento: uni- dades não padronizadas e pa- dronizadas (metro, centímetro e milímetro). (EF02MA16) Estimar, medir e comparar comprimentos de lados de salas (incluindo contorno) e de polígonos, utilizando unidades de medida não padronizadas e pa- dronizadas (metro, centímetro e milímetro) e instrumen- tos adequados. Medida de capacidade e de massa: unidades de medida não convencionais e conven- cionais (litro, mililitro, centíme- tro cúbico, grama e quilogra- ma). (EF02MA17) Estimar, medir e comparar capacidade e massa, utilizando estratégias pessoais e unidades de medida não padronizadas ou padronizadas (litro, mililitro, grama e quilograma). Medidas de tempo: intervalo de tempo, uso do calendário, leitura de horas em relógios digitais e ordenação de datas. (EF02MA18) Indicar a duração de intervalos de tempo entre duas datas, como dias da semana e meses do ano, utilizando calendário para planejamentos e organização de agenda. (EF02MA19) Medir a duração de um intervalo de tempo por meio de relógio digital e registrar o horário do início e do fim do intervalo. Sistema monetário brasileiro: reconhecimento de cédulas e moedas e equivalência de valores. (EF02MA20) Estabelecer a equivalência de valores en- tre moedas e cédulas do sistema monetário brasileiro para resolver situações cotidianas. Probabi- lidade e estatística Análise da ideia de aleatório em situações do cotidiano. (EF02MA21) Classificar resultados de eventos cotidia- nos aleatórios como “pouco prováveis”, “muito prová- veis”, “improváveis” e “impossíveis”. 20 Probabi- lidade e estatística Coleta, classificação e repre- sentação de dados em tabelas simples e de dupla entrada e em gráficos de colunas. (EF02MA22) Comparar informações de pesquisas apre- sentadas por meio de tabelas de dupla entrada e em gráficos de colunas simples ou barras para melhor com- preender aspectos da realidade próxima. (EF02MA23) Realizar pesquisa em universo de até 30 elementos, escolhendo até três variáveis categóricas de seu interesse, organizando os dados coletados em listas, tabelas e gráficos de colunas simples. Sugestões de leitura y BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (1a a 4a séries): Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997. y Constance Kamii. A criança e o número: implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação com escolares de 4 a 6 anos. Regia A. de Assis (Trad.). Campinas: Papirus, 2010. y Kátia S. Smole; Maria I. Diniz; Patrícia Cândido. Jogos de matemática de 1o a 5o ano. Porto Alegre: Artmed, 2007. (Cadernos do Mathema). y Site do CAEM: Centro de Aperfeiçoamento do Ensino de Matemática (IME-USP). Disponível em: http:// www.ime.usp.br/caem. y Site da SBEM: Sociedade Brasileira de Educação Matemática. Disponível em: http://www.sbembrasil. org.br/sbembrasil. y Site da SEED: Secretaria da Educação do Paraná. Disponível em: http://www.matematica.seed.pr. gov.br/. Orientações gerais para abertura de unidades Unidade 1: Vamos à escola? Na primeira unidade do 2o ano do Ensino Fun- damental – Anos Iniciais, os objetos de conheci- mento a serem estudados são a localização e o deslocamento no espaço, contemplando a indi- cação de direção e sentido e o esboço de plantas de ambientes familiares. Tais conceitos serão tra- balhados por meio da temática escola, incluindo trajetos dentro do ambiente escolar. Segundo a BNCC, esses objetos de conhecimento devem ser abordados mediante duas explicitações: a lin- guagem verbal e a representação gráfica. Desse modo, é essencial que as crianças se familiarizem com alguns termos linguísticos, como “ao lado de”, “entre”, “esquerda”, “direita”, “antes de” ou “depois de”, os quais são comumente utilizados para indicar a localização ou o deslocamento de MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; CONSED; UNDIME. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2017. p. 276-279. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/ciencias-no-ensino-fundamental- anosiniciais-unidades-tematicas-objetos-de-conhecimento-e-habilidades>. Acesso em: 19 out. 2020. 21 objetos e pessoas. A representação por meio de desenhos, esquemas e maquetes também auxilia na compreensão do espaço. O objetivo dessa atividade é começar a explorar conceitos que permitam passar do espaço perceptivo para o representativo. Nesta unidade, também será estudado outro tipo de representação gráfica, a planta baixa. Antes de esclarecer o termo, faça uma sondagem para verificar o conhecimento dos alunos. Explique a eles que planta baixa é um desenho que reproduz um espaço específico ou uma construção. Esse desenho é realizado como se estivéssemos olhando o ambiente de cima para baixo, e é uma técnica muito utilizada por engenheiros e arquitetos para planejar a constru- ção de prédios e casas. Se possível, leve a planta baixa da escola para mostrá-la aos alunos. Peça a eles que indiquem, apontando com o dedo, todo o percurso que realizam diariamente desde o portão até a sala de aula. Converse com os alunos sobre as diferenças e semelhanças entre a imagem de abertura e a escola onde estudam. Em seguida, incentive-os a dizer como é a escola por dentro: a quanti- dade de prédios e de andares, as localizações do pátio, da cantina, das salas de aula etc. Peça a eles também que expliquem o trajeto para ir da sala de aula até a quadra. No decorrer da conversa, atente ao vocabulário dos alunos e verifique se recordam dos conceitos estudados no 1o ano: embaixo, em cima, esquerda, direita, longe, perto, em frente e atrás. Quanto ao mapa, destaque que é uma representação gráfica que retrata determinado espaço e nos ajuda na lo- calização e no deslocamento. Apresente algum mapa para exemplificar. Se possível, mostre a escolavista de cima através da opção satélite do Google Maps, disponível em um link no Portal Edros, e identifique com eles o local correspon- dente a cada imagem do mapa. Para contex- tualizar, escolha um aluno que more próximo à escola e peça que indique, apontando no mapa, o caminho entre a casa dele e a escola. Unidade 2: Vamos à feira? Na unidade 2, os alunos aprenderão a ler, escrever, comparar e ordenar os números até 100, observando as características do sistema de numeração decimal. O aprendizado acontecerá por meio da contagem dos objetos e do registro do resultado, bem como pelo uso de exemplos relacionados ao sistema monetário brasileiro, abordando-se o reconhecimento de cédulas e moedas, a equivalência de valores e a compo- sição e decomposição de números naturais (até 100). Tais conteúdos serão abordados a partir do tema central “feira livre”. Ao longo do 2o ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a ênfase será dada ao sistema de numeração decimal e suas regras, possibilitando ao aluno compreender e realizar agrupamentos de unidades e dezenas, além de comparar e estimar as quantidades. É importante que os alunos percebam que o nosso sistema numérico é formado por agrupamentos de 10 (sistema de numeração decimal). A estimativa (valor aproximado) de quantida- des será abordada juntamente com o significado dos números e das operações, ajudando o aluno no desenvolvimento da sua capacidade de tomada de decisão em relação às aproximações que terá que fazer. Trabalhar com a habilidade de comparar a quantidade de objetos por estimativa ou por cor- respondência (estudada no 1o ano), indicando “menos” ou “mais”, envolve estabelecer relações que expressem a diferença numérica entre eles. Nesse caso, utilizar os termos “igual”, “diferente”, “maior”, “menor” e “mesma quantidade”, mesmo que sem a explicitação da sentença matemática, é imprescindível para que se possa desenvolver tal habilidade. 22 Por fim, a composição e decomposição dos números naturais serão utilizadas para que o aluno desenvolva estratégias de cálculo, por exemplo, relacionando o sistema monetário bra- sileiro com o de numeração decimal por meio de operações. Na BNCC, as habil idades EF02MA01, EF02MA02 e EF02MA04 referem-se ao registro da contagem de objetos até 1 000. Apesar de os alunos já terem hipóteses sobre registros e comparações de números maiores que uma centena, trabalharemos apenas com contagens até 100, deixando os demais números para a unidade 6. Além disso, não enfatizaremos ainda o valor posicional dos números e a função do zero. Inicie a unidade abrindo uma discussão sobre as perguntas do boxe “O que eu sei!”. Em uma roda de conversa, tente extrair dos alunos as experiên- cias que eles já tiveram em uma feira livre e, na se- quência, pergunte a eles se sabem como podemos usar o dinheiro e qual é a nossa moeda. Explore a última pergunta incentivando-os a lembrar, caso já tenham viajado para outro país, se a moeda era igual ou diferente da nossa. Explique que a moeda que usamos atualmente no Brasil é o real, mas que há outros tipos de moedas em circulação fora do nosso país. Unidade 3: Vamos ao parque de diversões? Nesta unidade, os objetos de conhecimento a serem trabalhados são a construção de sequências repetitivas, a construção de sequências recursivas, a identificação de regularidade de sequências e a determinação de elementos ausentes na sequência. É importante trabalhar com sequências, pois elas auxiliam no desenvolvimento do raciocínio lógico e de habilidades de diferenciação de cores e formas, na noção de lateralidade e ordenação, no desenvolvimento da capacidade de discriminação visual e na familiarização com as sequências numéricas. Tais aprendizagens serão importantes para o estudo da Álgebra. Neste momento, converse com os alunos so- bre os brinquedos que giram e suas diferenças: a roda-gigante, por exemplo, faz o movimento cir- cular na vertical, e o carrossel também faz o mo- vimento circular, mas na horizontal. Mostre a eles que esses brinquedos repetem sempre o mesmo movimento, portanto, têm uma sequência repetiti- va. Explique que “repetir” significa fazer algo acon- tecer novamente, ou seja, fazer com que voltemos sempre para o mesmo lugar. Na roda-gigante, por exemplo, a cabine ora está em cima, ora está em- baixo. Quando ela está em cima, sabemos que descerá e, quando ela está embaixo, sabemos que subirá. Unidade 4: Vamos à brinquedoteca? Os algoritmos da adição e da subtração se- rão sistematizados no próximo semestre, porém é importante lembrar que os alunos já construíram noções dos diferentes significados da adição e da subtração no 1o ano. Eles também já praticaram a composição e a decomposição de números, usan- do dinheiro, na unidade 2 deste livro. Na unidade 4, utilizaremos procedimentos de adição e subtração de maneira mais intuitiva, sem o uso do algoritmo, com números de até duas ordens, a fim de con- tribuir para que as operações e os algoritmos a serem aprendidos no segundo semestre tenham maior significado para os alunos. Em uma roda de conversa, faça as perguntas do boxe “O que eu sei!” para os alunos. Eles de- vem perceber que há 7 livros à esquerda do en- feite e 9 à direita, totalizando 16 livros. Descubra o modo como eles chegaram ao total de livros solicitado na terceira questão: se contaram no- vamente ou se adicionaram, mentalmente, 7 e 9. 23 Se surgirem estratégias diferentes de cálculo, peça a eles que as compartilhem com a turma. Por fim, explique aos alunos que eles aprenderão novas estratégias para fazer as adições e as subtrações nesta unidade. Unidade 5: Vamos à festa? Nesta unidade, vamos trabalhar com medidas de comprimento padronizadas, aquelas que são convencionais e que podem ser compreendidas em diversas culturas, tais como metro, centíme- tro e milímetro, e também as unidades não pa- dronizadas, como palmos, pés e passos (usadas somente para medidas aproximadas). Além disso, serão trabalhadas medidas de capacidade, como litro e mililitro, e medidas de massa, como grama e quilograma. Para iniciar o estudo de unidades de medida, primeiramente precisamos apresen- tar para os alunos o conceito de grandeza – que é tudo aquilo que pode ser medido – e explicar que, para fazer comparações entre uma grande- za e outra, precisamos determinar a unidade de medida a ser utilizada, seja ela padronizada ou não. Procuramos explorar os diversos tipos de unidades, de modo que os alunos se familiarizem com o conteúdo, compreendendo sua importân- cia e seu uso no dia a dia. Na primeira questão, espera-se que o alu- no perceba que, apesar de as duas jarras esta- rem completas, a de suco de morango tem uma quantidade maior porque nela cabem 2 litros, enquanto na de laranja cabe apenas 1 litro. Já na segunda questão, podemos supor que o bolo de morango possui maior massa, pois é maior. Nem sempre o objeto maior tem massa maior, mas nesse caso, como ambos são bolos, pode-se fazer essa suposição. Por fim, na terceira ques- tão, o aluno deve identificar que a criança senta- da à mesa está medindo a quantidade de suco dentro de cada copo, utilizando os dedos como unidade de medida aproximada. Essas pergun- tas são essenciais para verificar os conhecimen- tos prévios que os alunos têm sobre grandezas e medidas. As comparações (qual é maior, qual cabe mais e qual possui maior medida de mas- sa) já foram trabalhadas no 1o ano, sendo assim, verifique se, nas respostas, eles utilizaram as unidades de medidas padronizadas ou as não padronizadas. Unidade 6: Vamos à fazenda? Verifique se os alunos se lembram de que uma dezena é um conjunto de dez unidades e explique que o assunto será retomado nesta uni- dade. Converse com eles sobre fazenda e ani- mais, explorando a imagem de abertura. Elesdevem perceber que há 25 animais (2 dezenas e 5 unidades), ou seja, mais de duas dezenas. Na unidade 2, trabalhamos com a leitura, escrita, comparação e ordenação de números com até duas ordens. Esses tópicos foram explorados por meio da compreensão de características do sis- tema de numeração decimal sem abordar o valor posicional e o papel do zero. Já nesta unidade, vamos abordar os núme- ros com até três ordens por meio da compreen- são de características do sistema de numeração decimal e, nesse momento, apresentaremos o valor posicional e o papel do zero. Sendo assim, retomaremos os conceitos de unidade e deze- na trabalhados no ano anterior e iniciaremos o estudo da centena. Além disso, vamos explorar também a composição e decomposição de nú- meros naturais até 999. Utilizaremos o material dourado e o dinheiro em miniatura como supor- tes e materiais manipuláveis para explicar os conteúdos aqui expostos. O uso desses mate- riais é feito considerando suas especificidades e suas diversas aplicações de acordo com cada situação-problema. 24 Uma breve introdução às metodologias ativas Nos últimos anos, tem se tornado frequente a menção às metodologias ativas como alternativa pedagógica no processo de ensino e aprendiza- gem. Uma alternativa que coloca o foco no aluno e que considera como partes integrantes do pro- cesso não só professores, mas também gestores e familiares. Se, no método tradicional, o processo de ensino e aprendizagem baseia-se na transmis- são de conhecimentos e no papel central do pro- fessor, no método ativo, o aluno ocupa esse papel, e a aquisição dos conhecimentos se dá principal- mente de maneira colaborativa, ultrapassando os limites da escola. Os espaços de aprendizagem estendem-se para a casa do aluno, para as comu- nidades que integra, para a sociedade. Essa nova perspectiva pedagógica foi introdu- zida, no início do século XX, por John Dewey, que apresentou estruturas educacionais com modifica- ções significativas para a escola da época. Em seu modelo educacional, defendia a valorização das qualidades individuais, procurando humanizar e transformar socialmente o indivíduo, demandando uma metodologia de trabalho ativa e criativa, com foco no aluno. Posteriormente, outros pensadores fundamentaram e corroboraram essa perspectiva, como Piaget, Vygotsky, Montessori e Paulo Freire, ao ressaltarem a cooperação, o papel da interação social, a autonomia e o reconhecimento de sabe- res, entre tantos outros conceitos que impactaram positivamente a compreensão dos processos de aprendizagem do aluno. Na perspectiva das metodologias ativas, as propostas didáticas devem favorecer a ação do aluno por meio da diversidade nas experiências de aprendizagem (cada aluno é único e singular), do desenvolvimento de competências e habilidades, de atividades desafiadoras e práticas e do incenti- vo à criatividade, com ou sem o uso de tecnologias digitais. Para tornar o aluno protagonista, é neces- sário despertar seu interesse para a solução de uma questão norteadora ou situação-problema e, a partir disso, propor percursos de aprendizagem que possam ser personalizados, garantindo seu en- volvimento e engajamento na atuação coletiva. Vale ressaltar que as metodologias ativas não prescindem do currículo escolar (conteúdo programático). Ao contrário, as propostas de- vem estar inseridas nos conteúdos previstos no planejamento, considerando as habilidades do componente curricular e as competências gerais da BNCC, sem perder de vista o objetivo que se pretende alcançar. Assim, cabe ao professor ser o mediador e facilitador desse processo, auxiliando na construção de percursos e na organização de etapas, acompanhando, comunicando, proporcio- nando feedback, orientando e reorientando, de acordo com as características de seu alunado, não sendo apenas um transmissor de informações. Embora a ideia de metodologias ativas possa parecer novidade, há uma série de estratégias pedagógicas que já são conhecidas e utilizadas pelos professores e podem ser consideradas nesse âmbito, como o ensino por projetos e por situações-problema. Várias outras modalidades de metodologias ativas podem ser elencadas, mas, em geral, elas apresentam premissas comuns, como: o conhecimento construído resultante de um processo individual; e o processo de aprendizagem focado no desenvolvimento da autonomia, no protagonismo e na tomada de decisão do aluno. Algumas modalidades de metodologias ativas Uma mesma modalidade de metodologia ati- va pode ser experimentada de formas diferentes pelos alunos. Isso permite ao professor utilizar, de modo efetivo, diversas possibilidades de aborda- gens ativas em prol das aprendizagens de seus 25 alunos. Assim, o professor pode fazer os ajustes necessários de acordo com o contexto de sua es- cola e de seu grupo de alunos. Aprendizagem baseada em problemas (ABP) Problem-based Learning (PBL) Como o próprio nome diz, refere-se à constru- ção do conhecimento centrada na discussão de um problema, real ou fictício, proposto pelo professor ou definido pelos alunos. Para a resolução do proble- ma, sugere-se a execução dos sete passos a seguir: 1. Apresentação do problema a ser solucionado. Um bom problema deve ser objetivo, simples e engajador para que motive a participação de todos no processo. 2. Formação de grupos, e cada um elabora per- guntas a serem respondidas para que tenham uma melhor compreensão do problema a ser estudado. 3. Sessão de “chuva de ideias” (brainstorming). Nesta etapa, tudo o que se sabe a respeito do problema é discutido, e todas as possíveis so- luções são conversadas entre os grupos. 4. Análise dos resultados do brainstorming. Nesta etapa, o professor tem acesso ao conhecimento dos alunos sobre o problema proposto. É nesse momento que ficam evidentes as lacunas de conhecimento e as visões divergentes. 5. Definição dos objetivos de aprendizagem. Os alunos determinam os objetivos de aprendiza- gem relacionados ao problema, baseados na- quilo que ainda não conhecem ou divergem entre si. 6. Estudo. Os alunos se organizam para estudar, individualmente ou em pequenos grupos, con- ceitos e temas identificados na etapa anterior. 7. Conclusão. Os grupos compartilham o que descobriram. Cabe ao professor mediar esse processo, estimulando discussões profundas e objetivas, bem como sintetizar os resultados e apresentar uma reflexão. Por vezes se incen- tiva também a apresentação de um relatório, uma proposta ou reflexão sobre aquilo que aprenderam. Não é papel do professor apresentar respos- tas diretas à solução do problema, mas ajudá-los a encontrar referências, pessoas, livros e periódicos aos quais possam recorrer. Aprendizagem baseada em problemas y O que é? Método de ensino em que são pro- postos problemas baseados na rea- lidade que propiciem aprendizagem significativa. y Como aplicar essa estratégia? Construir a aprendizagem por meio de problemas motivadores, propos- tos pelo professor ou pelos alunos, que possibilitem construir conceitos (“O que se deve saber?”), procedi- mentos (“Como fazer?”) e atitudes (“Como deve ser?”) necessários à solução do problema, respeitando os sete passos apresentados. y Como professor, qual o meu papel nessa estratégia? Familiarizar-se com o problema, estu- dar seus conceitos e anotar as dificul- dades encontradas para resolvê-lo. Isso o ajudará a promover o pensa- mento crítico e a autonomia do aluno, no que diz respeito à aprendizagem, orientando-o na direção da resposta e auxiliando-o a manter o foco, sem, no entanto, oferecer respostas fáceis. 26 Aprendizagem baseada em projetos (ABP) Project-based Learning (PBL) É uma abordagem de ensino que tem suas raízes na aprendizagem baseada em problemas (FILATRO; CAVALCANTI, 2018),com a diferença de que há uma entrega de produto como objetivo final. Essa abordagem adota o princípio colabora- tivo, desenvolvendo o trabalho coletivo e fortale- cendo habilidades sociais e pensamento crítico e criativo, bem como a compreensão de que há mais de uma solução para a resolução de um problema. É uma estratégia que enfatiza a autonomia do aluno, mas a atuação do professor é fundamental durante o processo, observando e acompanhando a realização de etapas, dando feedback frequen- temente e, se necessário, oferecendo ajuda. Convém ressaltar que a aprendizagem baseada em projetos distingue-se do ensino por projetos, mencionado anteriormente, por apresentar diretrizes específicas. O projeto deve: y ter conteúdo relevante, que faça sentido; y desenvolver habilidades para o século XXI; y ter espírito de exploração (investigação); y criar oportunidade de saber; y dar oportunidade de voz e escolha aos alunos; y incluir processos de revisão e reflexão pelos alunos; y apresentar um produto final ao público (comu- nidade escolar). Não há obrigatoriamente etapas a serem se- guidas na ABP, mas podem ser sugeridas: 1. Os alunos são organizados em grupos e discu- tem o problema ou a questão norteadora para definir um tema relevante e interessante que orientará o projeto. 2. Os alunos determinam os métodos e as tecno- logias que serão adotados em cada etapa. 3. O professor define os prazos de entrega, o escopo do trabalho, as expectativas de re- sultados e os critérios de avaliação, além de acompanhar, dar feedback, reorientar e auxi- liar os alunos, se necessário. 4. Os alunos entregam um produto final: relatório das atividades realizadas, protótipo da solução concebida, plano de ação a ser implementado, um objeto concreto etc. Aprendizagem baseada em projetos y O que é? Método de ensino em que os alunos adquirem conhecimentos e habilidades por meio da busca da resposta a um problema/uma questão e, ao final, apre- sentam o resultado de seus trabalhos ao público, dentro ou fora da comunidade escolar. y Como aplicar essa estratégia? Discutir o problema ou a questão norteadora que definirá o projeto e acompanhar e auxiliar os alunos no de- senvolvimento do raciocínio necessá- rio para construir cada processo, bem como apresentar o produto final à co- munidade. O produto pode ser apresen- tado em diversos formatos: vídeo digital, portfólio, podcast, música, poema, site, projeto de arte, peça, artigo de jornal, entre outros. y Como professor, qual o meu papel nes- sa estratégia? Dar respaldo aos alunos para definirem a seleção de tópicos, o planejamento, a pesquisa e a elaboração do produto final. 27 Maker O movimento Maker baseia-se na ideia de que todos são capazes de criar, construir, fabricar, re- parar e alterar objetos variados com suas próprias mãos, manipulando conhecimento e ferramentas. No contexto educacional, esse movimento tem sido utilizado como instrumento de motivação e empoderamento para os alunos. Nessa abordagem, alguns elementos são importantes: y Oferecer aos alunos oportunidades para colo- car a “mão na massa”. y Proporcionar aos alunos a realização de experimentações. y Desenvolver competências motoras pela ado- ção de ferramentas, materiais e mídias. y Demonstrar os limites e as vantagens dos ex- perimentos realizados. y Motivar os alunos a aplicar conceitos científi- cos em situações reais. y Capacitar os alunos a testar hipóteses. y Ensinar os alunos a criar soluções (produ- tos, marcas, mídias, equipamentos, símbolos etc.). Maker y O que é? Ideia de que todos são capazes de produzir algo, utilizando materiais de alto ou baixo custo. y Como aplicar essa estratégia? Incentivar os alunos a produzir seus próprios produtos (que podem ser fruto do trabalho desenvolvi- do na aprendizagem baseada em projetos). y Como professor, qual o meu papel nessa estratégia? Ao “colocar a mão na massa”, os alu- nos desenvolvem habilidades, como destreza, noção espacial e de métrica e manuseio de instrumentos diversos. O papel do professor é garantir que o aluno tenha em suas mãos todo o ma- terial necessário para a produção de seu projeto ou ajudá-lo na busca por esse material. São imprescindíveis a presença e a atuação do professor du- rante toda a produção, auxiliando e in- centivando os alunos nesse processo. Instrução por pares Peer to peer Instruction Desenvolvida pelo professor de Física da Uni- versidade de Harvard Eric Mazur, a instrução por pares é uma proposta que se inicia com o profes- sor fazendo uma apresentação muito breve sobre um tópico, seguida pela proposição de um teste conceitual – uma pequena questão relativa ao que foi apresentado. Então, os estudantes formulam suas respostas, discutem com os colegas e apre- sentam a resposta. Essa abordagem permite ao aluno assumir uma postura de colaborador, auxiliando outros alu- nos e ajudando-os a compreender melhor o con- ceito trabalhado em aula. Instrução por pares y O que é? Uma abordagem que mobiliza os alunos para a aprendizagem ao tentar apresentar seus argumentos sobre um dado conceito e ao tentar explicá-lo a alguém. 28 y Como aplicar essa estratégia? Utilizá-la em aulas para manter os alu- nos concentrados. Não se estender na explicação e promover o debate do conteúdo em pequenos grupos de alunos. Delimitar um tempo e dei- xá-los pensar nas respostas ao teste proposto. Atenção ao resultado das respostas às questões para tomar a decisão seguinte – como apontado no texto deste item. y Como professor, qual o meu papel nessa estratégia? Promover a explicação do conteúdo e aplicar um teste que deve ser deba- tido entre os alunos, garantindo que haverá ajuda mútua entre eles. Gamificação Por definição, a gamificação, ou ludificação, contempla o uso de elementos de design de ga- mes para motivar, aumentar a atividade e reter a atenção do usuário (FILATRO; CAVALCANTI, 2018). Elementos dos games, como objetivos, regras claras, feedback imediato, recompensas, motiva- ção intrínseca, inclusão do erro no processo, di- versão, narrativa, níveis, abstração da realidade, competição, conflito, cooperação e voluntarieda- de, podem ser explorados no contexto escolar para promover a aprendizagem (FARDO, 2013). O ato de jogar, além de lúdico, é um meio de o aluno desenvolver habilidades de pensamento e cognição, estimulando a atenção e a memória (FURIÓ et al., 2013). Para evidenciar a gamificação no processo de ensino e aprendizagem, o professor deve estabe- lecer um desafio, estimular a solução e a participa- ção do grupo, estabelecer as regras do processo e recompensar as tarefas finalizadas. Em suma, gamificar a aula não é necessaria- mente criar um jogo, mas utilizar os elementos dos jogos para estimular o engajamento e a motivação dos alunos. Gamificação y O que é? A utilização da lógica dos jogos para engajar e motivar as aulas. y Como aplicar essa estratégia? Ao preparar sua aula, pensar em maneiras de torná-la mais lúdica e competitiva, como a solução de um problema que possua etapas a serem completadas com a promessa de um prêmio ou uma recompensa por ta- refa finalizada. Utilizar a imaginação. Jogos são sempre muito bem-vindos. y Como professor, qual o meu papel nessa estratégia? Criar os problemas/jogos e garantir que cada etapa seja solucionada se- gundo as regras estabelecidas. Tam- bém garantir a motivação e o foco durante a busca pela solução de cada etapa. STEAM Education Uma maneira de se pensar no ensino inter- disciplinar é por meio do STEAM, sigla em inglês que aglutina diferentes áreas: Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics (em português: Ciências, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática). Impulsionado pelo movimento Maker, criadoem 1990 nos Estados Unidos, o STEAM caracteriza-se como uma metodologia que busca articular e aplicar os conhecimentos dos componentes curriculares dessas áreas para que, integrados à estrutura de 29 conhecimento do indivíduo, possam assumir signi- ficado em uma situação concreta (LORENZIN, 2017). O ensino STEAM é motivado pela crescente demanda por profissionais que tenham as habili- dades apresentadas nessa modalidade, portanto desenvolvê-las durante o ensino escolar garantirá uma formação mais contextualizada e integrada. Para utilizar essa metodologia, é necessário criar interlocuções entre as áreas de conhecimen- to em questão, recorrendo a projetos investigati- vos e podendo agregar outras modalidades, como programação, robótica e movimento Maker. STEAM y O que é? Interdisciplinaridade entre conheci- mentos das áreas de Ciências, Tecno- logia, Engenharia, Arte e Matemática. y Como aplicar essa estratégia? Pode ser aplicada em projetos, com enfoque no caráter interdisciplinar e prático dessa modalidade. y Como professor, qual o meu papel nessa estratégia? Garantir a interdisciplinaridade do projeto, mediando a comunicação entre alunos e deles com os profes- sores dos componentes curriculares envolvidos. Ensino híbrido Blended Learning, ou B-Learning O ensino híbrido caracteriza-se por combinar tecnologia digital e interação presencial, ou seja, o aluno se apropria tanto de recursos tecnológicos quanto de momentos em sala de aula. Nesse modelo, professores e alunos atuam em tempos e espaços variados. Dessa maneira, o aluno é capaz de vivenciar diversas experiências que o auxiliam no processo de aprendizagem, ouvindo uma aula expositiva, usando materiais didáticos, debatendo o assunto em rodas de discussão, assistindo à videoaula na internet, lendo um livro, entre outras experiências. Há diversos modelos de ensino híbrido, mas os mais conhecidos e utilizados por professores da Educação Básica são: rotação por estações e sala de aula invertida. Rotação por estações Nessa modalidade, o professor organiza os alunos em grupos e define uma atividade para cada estação, de acordo com o propósito da aula. Os grupos deverão passar por todas as estações, atendendo ao tempo de permanência estabelecido para cada uma. Diferentes recursos devem ser uti- lizados para que as diversas maneiras de aprender sejam contempladas: leitura de textos; realização de atividades de escrita; análise de vídeos e ima- gens; escuta de áudios; etc. A ideia é que, em uma das estações, os alunos estejam envolvidos em ati- vidade on-line; em outras, que realizem atividades características do modelo presencial. Após o tempo estabelecido, o grupo troca de estação, iniciando, assim, uma nova experiência de aprendizagem. Um aspecto importante desse modelo é que as atividades propostas em cada estação não são planejadas sequencialmente, mas de forma inte- grada e equilibrada no tempo e na quantidade, para que, ao final do período proposto, todos os alunos tenham passado por todas as estações (BACICH et al., 2015). Sala de aula invertida Flipped Classroom Nessa metodologia, a proposta é que o aluno prepare-se para a aula previamente em casa, de modo a otimizar o tempo da aula, envolvendo-se 30 na temática proposta, o que possibilita a ele ter uma postura mais ativa durante a aula, favorecen- do o compartilhamento de informações, o esclare- cimento de dúvidas, a resolução de problemas etc. A sala de aula invertida é a maneira mais sim- ples de dar início ao modelo do ensino híbrido, e basta um bom planejamento do professor para con- templá-lo (CHRISTENSEN; HORN; STAKER, 2013). Para a prática em sala de aula, o professor deve seguir quatro pilares, sintetizados na sigla FLIP (FLN, 2014): Flexible environment, Learning culture, Intentional content, Professional educator, respectivamente em português: Ambiente flexível, Cultura de aprendizagem, Conteúdo dirigido, Edu- cador profissional. y Ambiente flexível: ampliar os espaços de aprendizagem do aluno, permitindo a ele es- colher quando e como estudar. y Cultura de aprendizagem: quebrar o paradig- ma de que apenas o professor é a fonte de informações. Esse pilar permite ao aluno ex- perimentar novas fontes de informações. y Conteúdo dirigido: pensar no que será ensi- nado, quais os conteúdos apresentados aos alunos e quais materiais serão usados no processo. y Educador profissional: refere-se diretamente ao professor e qualifica seu papel nessa pro- posta. Diz respeito ao professor que se man- tém atualizado, apresenta feedback durante a aula, avalia o trabalho de maneira contínua, comunica-se com outros facilitadores e con- trola o caos em sala de aula. Para utilizar a metodologia da sala de aula inver- tida, apresente o conteúdo a ser estudado previa- mente e indique canais de informação, sites, livros e outros materiais de divulgação que possam ser fontes e guias de estudo. Em casa, os alunos de- vem estudar o material e, se preferirem, buscar ou- tras fontes de informação que julgarem pertinentes. Na sala de aula, aproveite ao máximo o tempo com os alunos e concentre-se nas formas de trabalho cognitivo, aplicando, criando e avaliando atividades que contemplem o que foi estudado em casa. Avaliação A avaliação é um dos principais momentos em que o aluno pode colocar em prática seus co- nhecimentos e defender ideias, razões e saberes (MÉNDEZ, 2002). É também o momento em que as dúvidas surgem com mais intensidade e as in- seguranças em relação ao desconhecido afloram. Avaliar não é medir, testar, qualificar, nem sequer corrigir. De acordo com a BNCC, o objetivo da ava- liação é identificar dificuldades de aprendizagem para a correção rápida. Dentro de uma perspectiva de ensino ativo, a avaliação deve auxiliar professores e alunos a en- contrar evidências da compreensão e da aprendiza- gem. A conexão entre as atividades que mobilizam as ações dos alunos e o estar por inteiro envolvido no processo sempre estão ancorados na recolha de evidências de avanços, necessidades e ajustes, potencializando o alcance dos objetivos traçados. Desse modo, algumas questões precisam ser for- muladas pelo professor: Que tipos de evidências podem indicar que os alunos atingiram os objetivos traçados? Quais atividades e instrumentos são po- tentes para explicitar essas evidências? É importan- te também se perguntar se está querendo avaliar o conhecimento ou a compreensão dos alunos. Por vezes, uma atividade avaliativa, como um questio- nário ou uma lista de exercícios, atende à avaliação do conhecimento que os alunos apresentam sobre aquele tópico específico, mas pode não ajudar a colher evidências sobre a compreensão. Em um contexto de avaliação formativa, é pre- ciso planejar não somente a atividade da aula, o seu conteúdo e seus objetivos, mas também que respostas ou resultados essas ações poderão 31 ocasionar, que desempenhos serão possíveis, aonde se quer chegar. Sem essas questões, é possível perder de vista quanto houve, de fato, de eficácia no processo vivido. Em outras palavras, quanto potencializou a aprendizagem, quanto soli- dificou o processo em curso. Por isso, a avaliação é uma etapa importante a ser considerada no pla- nejamento de uma unidade e peça-chave para as escolhas de estratégias e atividades. A avaliação talvez seja a tarefa mais difícil para o professor. É sempre mais simples se colocar na posição de quem planeja atividades, organiza as sequências e escolhe as estratégias do que de quem avaliará o processo. Contudo, é preciso es- tar desde o início na posição de um observador de desempenhos, um mediador que lidará com o erro, com o equívoco ou com a saída de rota. A avaliação centrada em testes, provas e exa- mes pode ser um dos instrumentos, no âmbito das metodologiasativas, desde que seja clara sua in- tencionalidade. Assim como o objetivo das aulas ativas é promover uma aprendizagem efetiva e significativa ao aluno, a avaliação tem o objetivo de encontrar caminhos para recolher evidências do percurso dos alunos, ajudando-os a avançar nos estudos e garantindo a compreensão e o seu desenvolvimento. Instrumentos de avaliação Ao avaliar, necessitamos de instrumentos que nos forneçam informações sobre a aprendizagem do aluno. Portanto, a elaboração desses instru- mentos tem uma intencionalidade. Ao construir uma avaliação, alguns critérios devem ser obser- vados pelo professor, como verificar se são essen- ciais, reflexivos, abrangentes, contextualizados, claros e compatíveis com o trabalho realizado com o aluno (VASCONCELLOS, 1994). São apresentados a seguir alguns exemplos de instrumentos de avaliação, suas características e potencialidades, sendo esperado que novas for- mas de coleta de evidências de aprendizagem e compreensão possam ser incorporadas. Prova É um instrumento de avaliação bastante prati- cado nas escolas. É preciso refletir sobre o papel da prova no contexto da aprendizagem e garantir que ela não se torne o único instrumento de ava- liação. Okuda (2001) propõe como deve ser elabo- rada uma prova: y As questões devem ser relevantes e com significado. y As situações-problema devem ser inéditas, evitando simples reprodução da memorização. y A redação deve ser clara e objetiva, evitan- do elementos não funcionais, inclusive das instruções. y Texto, figura, mapa, tabela e outros elementos devem ser explorados se forem adequados e de maneira conveniente e válida. y Uma questão não deve conter informações que respondam a outras. y O nível de dificuldade deve ser equilibrado e coerente com a forma de trabalho realizado. y As questões devem ser pautadas em habi- lidades e conteúdos trabalhados em sala ou em atividades extraclasse e em conformidade com o contrato didático. y A apresentação deve ser legível, e o valor de cada parte e de cada questão deve ser infor- mado no texto da prova. y O conjunto de questões da prova deve consti- tuir um texto orgânico. Portfólio É um instrumento de avaliação constituído pela “organização de uma coletânea de registros 32 sobre aprendizagens do aluno que favoreçam ao professor, aos próprios alunos e às famílias uma visão evolutiva do processo” (HOFFMANN, 1993, p. 201). É um documento que organiza as atividades escolares do aluno, privilegiando sua autonomia perante a escolha dos registros. Vale ressaltar que as atividades não devem ser re- gistradas de maneira aleatória, mas respeitando uma cronologia de estudos. Cabe ao professor analisar e discutir com o aluno o percurso e os avanços considerando os registros realizados nesse instrumento. Relatório Trata-se de um instrumento que avalia a nar- rativa do aluno sobre determinado assunto. “Tem por finalidade informar, relatar, fornecer resultados, dados e experiências ao professor e a todos os envolvidos” (SANT’ANNA, 1995, p. 120). A estrutura do relatório pode ser definida pelo professor ou em conjunto com os alunos. É comumente utili- zado em atividades práticas como atividades em laboratório, excursões e visitas. É um instrumento potente quando há a necessidade de relato sobre a participação em uma dada atividade. Mapa conceitual Pode ser usado como recurso de ensino ou instrumento de avaliação. Caso seja utilizado como instrumento de avaliação, o aluno deve ser informado e orientado quanto à construção da ati- vidade. O uso de mapa conceitual possibilita ao professor verificar as concepções prévias dos alu- nos e acompanhar a evolução durante o proces- so de aprendizagem (GURUCEAGA; GONZÁLEZ GARCÍA, 2004). Rubricas É um guia de avaliação baseado em descri- ções sobre o grau de qualidade, proficiência ou compreensão ao longo de um processo. As ru- bricas devem ser definidas e divulgadas no início do processo, entre os participantes que realiza- rão a atividade. Elas devem responder às ques- tões: Com base em quais critérios o desempenho deve ser determinado? O que devemos buscar para julgar o sucesso do desempenho? Como os diferentes níveis de qualidade, proficiência ou compreensão devem ser descritos? (WIGGINS; McTIGUE, 2019). Feedback É um retorno pontual, a qualquer momento do processo, que possibilita aos alunos pensar com clareza, avaliar o percurso e redefini-lo se neces- sário. A abordagem deve ser sempre positiva, reconhecendo o sucesso ou a dificuldade real, inerente à própria tarefa. Deve ser oferecido so- bre o que foi alcançado até o momento e como isso pode ser continuado ou reencaminhado. Pou- co adianta dar feedback que não indique onde o aluno está ou oferecendo pistas para onde poderá ir. Não são somente palavras de valorização, mas que agreguem um elemento a mais, que orienta para a etapa seguinte, com cuidado, de forma que sinalize o interesse genuíno e a certeza de que esse algo novo está por vir. Deve representar para o aluno que o objetivo do professor é ajudá-lo a obter sucesso, e não julgar algo que ainda não al- cançou. Esse processo auxilia os alunos também em sua autoavaliação. Autoavaliação Os alunos devem ser capazes de avaliar se atingiram ou não o desempenho projetado, de modo que possam refletir não só sobre a apren- dizagem ocorrida ou em processo, mas também sobre a própria condição de aprendiz, o que in- clui as técnicas ou os procedimentos a que recor- rem para estudar, para trabalhar em grupo, para se posicionar; como cuidam de sua organização 33 e de seus registros; que procedimentos adotam diante de um novo desafio, entre outros. A au- toavaliação pode ocorrer inclusive durante as aulas, solicitando que avaliem o nível de dificul- dade que atribuem à tarefa realizada e o nível de satisfação com o envolvimento e o resultado final atingido. É uma ferramenta importante para o estudante reconhecer, durante o processo, as formas de ação que acionou ou que abandonou. É sempre positivo reservar um tempo para que os alunos se envolvam nessa reflexão. Conteúdo: Sequências repetitivas. Habilidade(s) da BNCC: (EF02MA10) Descrever um padrão (ou regula- ridade) de sequências repetitivas e de sequên- cias recursivas, por meio de palavras, símbolos ou desenhos. Competência específica de Matemática: 2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de in- vestigação e a capacidade de produzir argumen- tos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo. Metodologias ativas utilizadas: y Instrução por pares y Ensino híbrido Materiais/equipamentos necessários: y Um copo plástico resistente por aluno; y TV ou computador e projetor para exibir os vídeos: Palavra Cantada / Yapo. Disponível em: https: //www.youtube.com/watch?v=rcBvsH7jqnc. Acesso em: 30 set. 2020. Palavra Cantada / Fome Come. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DrcO 1Ojpn4Q. Acesso em: 30 set. 2020. Proposta de atividade Os alunos vão preparar uma apresentação musi- cal que envolve uma sequência de gestos e sons coordenadamente. A apresentação pode ser feita em algum evento da escola que reúna as famílias dos alunos ou até mesmo entre as turmas. Os alunos perceberão que as sequências podem ser observadas e executadas não apenas por meio de imagens e símbolos, como trabalhado na unidade 3 do livro, mas também por meio dos sons na música. NO RITMO DA MATEMÁTICA UNIDADE 3 VAMOS AO PARQUE DE DIVERSÕES?, P. 53 Propostas de metodologias ativas Nas próximas páginas, serão apresentadas propostas de atividades que adotam metodologias ativas aliadas aos temas de algumas unidades da Coleção Phases. Ao realizá-las, é importante ter cla- reza da heterogeneidade existente em suas turmas. Cada aluno é único e singularem seu processo de aprendizagem, sendo necessário considerar a diver- sidade e a variedade nos resultados obtidos. 34 Além da compreensão das sequências repetitivas, os alunos também poderão desenvolver ritmo e sincronia por meio desta atividade; o que contribui para o seu desenvolvimento e melhora a organiza- ção espaço-temporal, a atenção e a concentração. Espera-se que os alunos aprendam se divertindo. E se divirtam aprendendo. Portanto, os ensaios devem ser realizados como uma brincadeira para que os alunos se envolvam e se motivem a apren- der as sequências. Essa proposta deve ser realizada ao longo da uni- dade 3. A turma vai ensaiar 2 músicas e, por fim, cada aluno vai criar sua própria sequência musical. Porém, o professor pode fazer adaptações na pro- posta, como escolher previamente apenas uma das músicas para ser ensaiada pelos alunos. Aula Tempo da aula Etapas Quando deve ocorrer 1 50 min Contextualização, etapa 1 Ao longo do trabalho com a unidade 3 2 30 min Etapa 2 3 30 min Etapa 3 4 20 min Finalização Observações: a Etapa 4 é opcional. Também é possível utilizar aulas extras para ensaio. Preparação Assista aos vídeos previamente e aprenda as sequências para ensiná-las aos alunos. Planeje-se para ensinar as sequências passo a passo. Contextualização Tempo sugerido: 20 minutos Explique aos alunos que as sequências repetitivas são muito importantes e estão por toda a parte. Peça a eles que observem as suas respirações: o padrão “inspirar, expirar” se repete durante toda a vida de uma pessoa. Peça a eles, também, que abram e fechem as mãos várias vezes, simulando o movimento do coração. Depois, que coloquem a mão no peito para perceber que o padrão do ba- timento “contrai, relaxa” se repete durante toda a vida. Além disso, explique a eles que o dia e a noi- te formam um padrão que se repete todos os dias. Em seguida, apresente a eles o vídeo “Palavra Cantada/Yapo”. Depois pergunte a eles se gostaram da música e se conseguem reproduzir a sequência de movimentos. Explique a eles que tanto a letra da música quanto os movimentos formam uma sequência repetitiva, pois há um padrão que se repete várias vezes. Desenvolvimento Etapa 1 – Ensaio da música “Yapo” Tempo sugerido: 30 minutos Forme uma grande roda com todos os alunos para que todos possam se ver. Cante a música bem lentamente, trecho a trecho, fazendo os mo- vimentos, e peça aos alunos que tentem repro- duzi-los. Repita várias vezes, até que todos os alunos consigam fazer os movimentos e cantar sincronizadamente. Por alguns dias, antes de começar a aula de Ma- temática, realize um breve ensaio dessa música com a turma. Peça a eles que também treinem em casa quando puderem. Etapa 2 – Ensaio da música “Fome Come” Tempo sugerido: 30 minutos Depois que a turma tiver ensaiado a música “Yapo” várias vezes, comece o ensaio da música “Fome Come”. Apresente o vídeo “Palavra Cantada / Fome 35 Come”. Em seguida, converse com eles sobre a música e os gestos. Inicie os ensaios e peça a eles que treinem em casa também. Para essa música, cada aluno deverá portar um copo de plástico. O professor pode optar por realizar a batida do copo na mesa ou no chão. Na apresentação desta música não será neces- sário cantar, apenas realizar os movimentos sin- cronicamente. No vídeo, o grupo musical Palavra Cantada divide a música em duas etapas. A segunda etapa é mais difícil. Por isso, proponha apenas a primeira e, se desejar trabalhar a segunda parte, sugerimos que ela seja realizada em pequenos grupos. Assim que os alunos tiverem aprendido as duas músicas, os ensaios podem ser intercalados: em um dia com a música “Yapo” e no outro com a mú- sica “Fome Come”. Etapa 3 – Criação Tempo sugerido: 30 minutos Em casa, cada aluno deve criar sua própria sequên- cia de gestos e sons, utilizando apenas o próprio corpo, como na música “Yapo”, ou fazendo uso tam- bém de um copo, como na música “Fome Come”. Os alunos devem ser divididos em duplas para executar as sequências criadas. Os integrantes da dupla devem mostrar um para o outro a sua cria- ção e executá-la repetidas vezes. Essa aula deve ser realizada em um ambiente amplo, como o pá- tio ou a quadra da escola, para que as duplas pos- sam se espalhar e realizar seus gestos e sons sem tanta interferência. Durante a atividade, o professor vai caminhar entre as duplas para conhecer a sequência criada pelos alunos. Se achar pertinente, o professor pode soli- citar a troca de duplas e repetir a atividade. Etapa 4 – Apresentação O professor deverá escolher uma das músicas ensaiadas ou uma sequência de sons criada pelos próprios alunos para apresentar em um evento da escola ou em uma apresentação en- tre classes. Finalização Tempo sugerido: 20 minutos Após os ensaios, atividade de criação e apresen- tação, peça aos alunos que respondam oralmente às seguintes questões: y Qual o padrão musical e de movimentos que sempre se repete na música “Yapo”? y Qual o padrão de movimentos que sempre se repete na música “Fome Come”? y Foi divertido ensaiar essas músicas? Foi diver- tido criar sua própria sequência? y Você teve alguma dificuldade durante a ativi- dade? Qual? y Por que é importante que todos os alunos fa- çam os movimentos exatamente no mesmo ritmo? Espera-se que, ao término dessa atividade, os alunos tenham percebido que as sequências também podem ser observadas e executadas por meio de gestos e sons. Espera-se que os alunos tenham desenvolvido também habilidades rela- cionadas a ritmo e sincronia. 36 Conteúdo: Cálculo mental de adição e subtração. Habilidade(s) da BNCC: (EF02MA05) Construir fatos básicos da adição e subtração e utilizá-los no cálculo mental ou escrito. Competência específica de Matemática: 8. Interagir com seus pares de forma coope- rativa, trabalhando coletivamente no planeja- mento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de soluções para problemas, de modo a identifi- car aspectos consensuais ou não na discussão de uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. Metodologias ativas utilizadas: y Gamificação y Ensino híbrido Materiais/equipamentos necessários: y Painel de pontuação; y Cronômetro; y Computador conectado à internet e projetor multimídia para projetar os jogos; y Jogos on-line listados a seguir: Soma 10. Disponível em: https://www.digipu zz le.net/digipuzzle/k ids/puzzles/c l ick math_double_split.htm?language=portu guese&linkback=../../../pt/jogoseducativos/ matematica-ate-10/index.htm. Acesso em: 30 maio 2020. Soma 20. Disponível em: https://www.digipuzz le.net/digipuzzle/animals/puzzles/tilesmath_mis sing_addends_till_twenty.htm?language=por tuguese&linkback=../../../pt/jogoseducativos/ matematica-ate-20/index.htm. Acesso em: 30 maio 2020. Monstro Guloso. Disponível em: https://www. digipuzzle.net/minigames/hungrymonster /hungrymonster_math.htm?language=por tuguese&linkback=../../pt/jogoseducativos/ matematica-ate-10/index.htm. Acesso em: 30 maio 2020. Adição e subtração (de 10 a 20). Disponível em: https://escola.britannica.com.br/jogos/GM_ 1_16/index.html. Acesso em: 30 maio 2020. Proposta de atividade Os alunos participarão de uma competição de jo- gos on-line entre dois grupos. A competição será realizada em 4 etapas, organizadas por ordem de dificuldade e com diferentes pontuações. Ao participar desta atividade, os alunos coloca- rão em prática as técnicas de cálculo mental da adição e da subtração apresentadas na unidade 4 do livro. Para vencer o jogo, os alunos deverão interagir e colaborar com o seu grupo. A Gamificação é um modelo de Metodologia Ativa que tem por objetivo aumentar o engajamento dos alunos por meio de jogos. Desse modo, a disputa dos grupos, os sistemas de pontuações e os jo-gos on-line contribuirão para a aprendizagem. Esta proposta deve ser realizada ao término da unidade 4 do livro, quando os alunos já tiverem conhecido e praticado algumas técnicas de cálculo mental, envolvendo números até 20. Ela poderá JOGANDO SE APRENDE UNIDADE 4 VAMOS À BRINQUEDOTECA?, P. 71 37 ser usada como avaliação e aprofundamento das aprendizagens dos alunos. Aula Tempo da aula Etapas Quando deve ocorrer 1 e 2 1h40min Contextualização Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Finalização Ao término da unidade 4 Preparação Acesse os jogos previamente para conhecer suas regras e características. Para a aula, conecte um computador com acesso à internet a um projetor multimídia e deixe os jogos abertos em diferentes abas do navegador. Feche as janelas com anún- cios que porventura apareçam ao redor da tela principal do jogo. Contextualização Tempo sugerido: 10 minutos Pergunte aos alunos se gostam de jogos on-line e deixe que contem suas experiências. Depois, questione-os se é possível aprender jogando. Ex- plique aos alunos que eles vão praticar a adição e a subtração por meio de jogos educativos on-line e cada grupo deverá cumprir 4 missões. Desenvolvimento Etapa 1 – Divisão das equipes Tempo sugerido: 10 minutos Divida a turma em duas equipes aleatoriamente e peça a eles que escolham um nome para cada equipe. Faça um sorteio para decidir a ordem das equipes e peça à primeira equipe que escolha o primeiro inte- grante para jogar. Etapa 2 – Jogos on-line Tempo sugerido: 50 minutos Explique à turma como funciona o jogo “Soma 10”. Mostre a eles que cada jogador deve formar pares encontrando números cuja soma é 10. Ao encon- trar um par, são reveladas partes de uma imagem. Um integrante de cada equipe jogará na sua vez e o professor vai cronometrar o tempo que cada competidor levará para completar a imagem. To- dos os membros da equipe podem ajudar falan- do a resposta para o integrante que está jogando, mas sem se levantarem do lugar. A equipe que tiver cumprido a missão em menos tempo ganha os pontos conforme o quadro a seguir, que deverá ser reproduzido na lousa. E o nome da equipe vencedora deve ser registrado no quadro. PAINEL DE PONTUAÇÃO Jogo Pontos Equipe vencedora Soma 10 10 Soma 20 20 Monstro Guloso 30 Adição e Subtração 40 Em seguida, os grupos escolhem outros repre- sentantes. Explique a eles como jogar o jogo “Soma 20”. Neste jogo, os participantes deverão arrastar a parte da imagem para a posição do nú- mero que completa corretamente a operação de adição que aparece na tela. Novamente, os re- presentantes de cada grupo deverão jogar, o pro- fessor vai cronometrar os tempos e a equipe que conseguir cumprir a atividade no menor tempo ganhará 20 pontos, conforme o quadro. O nome da equipe vencedora deverá ser escrito na linha correspondente. O próximo jogo será o “Monstro Guloso”. Explique a eles que cada jogador deverá arrastar para a boca do monstro as operações cujo resultado é o indica- do por ele. E a rodada seguirá conforme as demais. Apresente aos alunos o último jogo: “Adição e Subtração”. Neste jogo, os competidores devem 38 encontrar as operações com o resultado indicado e clicar nos troncos com estas operações para aju- dar o personagem a cruzar o rio. A rodada seguirá também como as demais. Se julgar necessário, faça duas rodadas em vez de uma para cada jogo. Os jogos sugeridos também podem ser substituídos por outros de preferência do professor. Etapa 3 – Contagem dos pontos Tempo sugerido: 10 minutos Juntamente com os alunos, o professor realiza a adição dos pontos das equipes no painel. Explique que apenas uma equipe venceu em termos de pontuação, mas todas as equipes ganharam com diversão e aprendizagem. Então, proponha que todos batam palmas para as equipes. Finalização Tempo sugerido: 20 minutos Após a atividade, peça aos alunos que respondam oralmente às questões: y Qual jogo foi mais difícil? Por quê? y Fale uma adição que apareceu no jogo. Qual o resultado? Como você fez o cálculo? y Fale uma subtração que apareceu no jogo. Espera-se que, ao término dessa atividade, os alu- nos tenham construído os fatos básicos da adição e subtração e sejam capazes de utilizá-los no cál- culo mental ou escrito. Conteúdo: Unidades de medida de comprimento e volume. Habilidade(s) da BNCC: (EF02MA16) Estimar, medir e comparar compri- mentos de lados de salas (incluindo contorno) e de polígonos, utilizando unidades de medida não padronizadas e padronizadas (metro, centímetro e milímetro) e instrumentos adequados. (EF02MA17) Estimar, medir e comparar capacidade e massa, utilizando estratégias pessoais e unidades de medida não padronizadas ou padronizadas (litro, mililitro, grama e quilograma). Competência específica de Matemática: 2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo. Metodologias ativas utilizadas: y Aprendizagem baseada em problemas (adaptada) y Instrução por pares Materiais/equipamentos necessários: y Local onde haja duas barras verticais próximas. Podem ser dois postes de luz, duas colunas ou até mesmo as laterais da trave na quadra; y Um rolo grande de barbante; y Tesoura; y 12 garrafas PET de 2 litros, com rótulos; y 1 galão de água mineral vazio de 20 litros, com rótulo; y Uma folha e uma caneta por grupo. NA MEDIDA CERTA UNIDADE 5 VAMOS À FESTA , P. 93 39 Proposta de atividade Os alunos resolverão problemas relacionados a medidas e padrões não convencionais em grupo. Juntos, eles deverão interpretar o problema, buscar ferramentas e estratégias adequadas para resolvê- -lo e fazer a validação na prática, percebendo que o problema apenas será solucionado se as estratégias e ferramentas forem adequadas. Ao participar dessa atividade, os alunos demons- trarão se são capazes de mobilizar os conheci- mentos adquiridos na unidade 5 para resolver uma situação-problema. A resolução de problemas em grupo contribui para que os alunos compartilhem seus conhecimentos e habilidades e desenvolvam o espírito de investi- gação, bem como a capacidade de argumentação e de trabalhar em grupo. Essa proposta deve ser realizada ao término da unidade 5, após terem trabalhado com medidas de comprimento e capacidade, com padrões con- vencionais e não convencionais. Com ela será possível avaliar a compreensão do conteúdo e a capacidade de aplicá-lo em diferentes contextos. Aula Tempo de aula Etapas Quando deve ocorrer 1 2 horas Contextualização Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Finalização Ao tér- mino da unidade 5 Preparação Escolha um espaço amplo da escola (pátio ou qua- dra) em que haja as duas barras verticais. Meça a distância entre as barras para garantir que a quanti- dade de barbante seja suficiente e ainda sobre bas- tante. Em outra parte, próxima, deixe as 12 garrafas e o galão de água. A tesoura, o rolo de barbante, as folhas e canetas devem ficar com o professor. Contextualização Tempo sugerido: 20 minutos Na sala de aula, pergunte aos alunos se sabem o que é um problema e se já tiveram que resolver algum. Permita que eles falem sobre suas expe- riências e, depois, pergunte a eles se é mais fácil resolver um problema em grupo ou individualmen- te e por quê. Deixe que os alunos exponham as suas opiniões. Em seguida, forme grupos com 5 alunos e peça a eles que escolham um integrante do grupo para ser o coordenador. Então, leve-os ao ambiente onde estão os bastões e as garrafas. Desenvolvimento Etapa 1 – Problema 1: Barbante esticado Tempo sugerido: 30 minutos Mostre os bastões aos alunos e explique o pro- blema: Os grupos precisarão de um pedaço de barban- te, que será amarrado de ponta a ponta nos bas- tões. Não há régua nem fita métrica. E o barbante não pode ser levadoao local onde estão os bas- tões. Ao ser amarrado, o barbante deve alcançar os dois bastões e ficar bem esticado, sobrando o mínimo possível de barbante na amarração. Cada grupo terá dois minutos para se aproximar dos bastões. Depois, deverá retornar ao professor e recortar o pedaço de barbante que achar neces- sário. Peça aos grupos que se reúnam em pequenas ro- das para discutir sobre o problema. Enquanto isso, o professor deve passar por todos os grupos para sanar as possíveis dúvidas que venham a ter, mas não deve dar dicas sobre a solução. Cada grupo tem dois minutos para se aproxi- mar dos bastões. Os outros alunos ficam de costas para não ver o procedimento do grupo. Ao retornar ao professor, cortam o barbante e o guardam. 40 Depois que todos os grupos estiverem com seus barbantes, será o momento da verificação. Um grupo por vez se aproxima dos bastões e tenta cumprir sua missão. Espera-se que os alunos utilizem partes do corpo ou objetos que encontrarem no caminho como padrão não convencional de medidas de compri- mento para resolver este problema. Etapa 2 – Problema 2: Complete o galão Tempo sugerido: 30 minutos Mostre as garrafas e o galão para os grupos e ex- plique o problema: Novamente, cada grupo terá dois minutos para se aproximar dos objetos. O objetivo será descobrir quantas garrafas de água são necessárias para encher um galão. Depois, cada grupo deverá es- crever em uma folha o número de garrafas que pretende usar. Dessa vez, a discussão dos grupos ocorrerá enquanto observam os objetos. Peça ao primeiro grupo que se aproxime das garrafas e do galão. Os alunos terão dois minutos para discutir. Enquanto isso, o professor deve circular pelos grupos para garantir que todos entenderam corretamente o problema, mas não devem ser dadas dicas sobre a solução. Na sequência, o professor deverá entregar uma fo- lha e uma caneta para o primeiro grupo. Peça a eles que escrevam o nome de todos os integrantes e o número de garrafas que pretendem usar. Depois, será a vez do próximo grupo, que deverá proceder da mesma forma. A atividade seguirá assim até que todos os grupos tenham escrito os seus palpites. Quando todos os grupos já tiverem escrito seus números na folha, o professor deverá recolher essas folhas. Agora é o momento da verificação. O grupo que escolheu o menor número pega a quantidade de garrafas que escolheu, leva até uma torneira para enchê-las com água e despe- ja no galão. Caso o galão não tenha enchido, é a vez do grupo que escolheu um número maior. Por exemplo, se o primeiro grupo usou apenas 6 garrafas e o segundo grupo quer usar 8 garrafas, basta encher mais duas. E assim a dinâmica prossegue até que chegue a vez do grupo que escolheu 10 garrafas, caso al- gum tenha escolhido. Esse grupo preencherá o galão, mostrando que a resposta correta do pro- blema é 10 garrafas. Espera-se que os alunos utilizem as informa- ções dos rótulos para descobrir a solução deste problema. Etapa 3 – Roda de conversa Tempo sugerido: 20 minutos Em uma roda de conversa, explore com os alunos primeiramente o problema 1. O coordenador de cada grupo deve dizer a estratégia escolhida e tentar explicar por que funcionou ou não. Caso o coordenador do grupo não consiga se expressar, outro integrante do grupo pode falar. Aproveite esse momento para retomar os conceitos e avaliar oralmente as estratégias utilizadas pelos grupos. Depois converse do mesmo modo sobre o proble- ma 2. Finalização Tempo sugerido: 20 minutos Após a atividade, converse com os alunos sobre as questões: y Quais foram os grupos mais bem-sucedidos no problema 1? Por quê? y Algum grupo não conseguiu solucionar o pro- blema 1? Por que isso ocorreu? y Quais foram os grupos mais bem-sucedidos no problema 2? Por quê? y Algum grupo não conseguiu solucionar o pro- blema 2? Por que isso ocorreu? y Para resolver os problemas, usamos conheci- mentos já estudados neste ano? Quais? y Para resolver os problemas, foi importante dis- cutir com o grupo? Por quê? 41 Sugerimos que sejam tiradas fotos das atividades para disponibilizar no site da escola ou para com- por um mural na escola. Isso contribui para que as metodologias ativas e a habilidade de resolver problemas sejam apreciadas e valorizadas por toda a comunidade escolar. Espera-se que, ao término dessa atividade, os alunos saibam realizar medidas com padrões não convencionais em situações cotidianas em que seja necessário. E que se sintam confiantes para resolver problemas e utilizar ferramentas matemá- ticas estudadas. Conteúdo: Compor, ordenar, comparar e estimar quantidades. Habilidade(s) da BNCC: (EF02MA01) Comparar e ordenar números natu- rais (até a ordem de centenas) pela compreensão de características do sistema de numeração deci- mal (valor posicional e função do zero). (EF02MA02) Fazer estimativas por meio de estratégias diversas a respeito da quantidade de objetos de coleções e registrar o resultado da contagem desses objetos (até 1 000 unidades). (EF02MA03) Comparar quantidades de objetos de dois conjuntos, por estimativa e/ou por cor- respondência (um a um, dois a dois, entre outros), para indicar “tem mais”, “tem menos” ou “tem a mesma quantidade”, indicando, quando for o caso, quantos a mais e quantos a menos. (EF02MA04) Compor e decompor números natu- rais de até três ordens, com suporte de material manipulável, por meio de diferentes adições. Competência específica de Matemática: 2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de in- vestigação e a capacidade de produzir argumen- tos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo. Metodologia ativa utilizada: y Ensino híbrido: Rotação por estações de aprendizagem Materiais/equipamentos necessários: y Três computadores conectados à internet, um deles com saída de som; y Recipiente plástico transparente contendo 500 grãos de feijão; y Cédulas de brinquedo: 1 de cem reais, 2 de 50 reais, 3 de 20 reais, 4 de 10 reais; y Imagem impressa com caixas de lápis de cor (Complemento 1); y Imagem impressa de duas figuras com ponti- nhos (Complemento 2); y Conto impresso “O pote vazio” (Complemento 3); y 56 envelopes com um cartão dentro: 7 azuis, 7 roxos, 7 vermelhos, 7 laranja, 7 amarelos, 7 verdes, 7 brancos e 7 pretos; y 7 toalhas coloridas ou bandeiras (das cores: azul, roxo, vermelho, laranja, amarelo, verde e branco) para identificar as estações; CIRCUITO DOS NÚMEROS UNIDADE 6 VAMOS À FAZENDA, P. 115 42 y Links para páginas a serem abertas no computador: Áudio do conto “O pote vazio”. Disponível em: https://radios.ebc.com.br/bibi-vem-historia- ai/2019/10/ouca-o-conto-o-pote-vazio-uma- fabula-sobre-falar-verdade. Acesso em: 2 out. 2020. Material dourado virtual. Disponível em: https:// www.educacaodinamica.com.br/ed/views/ game_educativo.php?id=13&jogo=Mate rial%20Dourado%20Virtual. Acesso em: 2 out. 2020. Jogo Sequência numérica. Disponível em: https://www.cokitos.pt/sequencia-numerica/ play/. Acesso em: 2 out. 2020. Proposta de atividade Os alunos passarão por 7 estações de aprendiza- gem, nas quais terão a oportunidade de colocar em prática várias habilidades desenvolvidas, tais como compor e ordenar números, comparar e es- timar quantidades. Portanto, devem ser formados 7 grupos com os alunos da turma. Caso haja poucos alunos, podem ser formados menos grupos e ainda assim manter as 7 estações. O professor pode modificar e/ou di- minuir as estações de acordo com os recursos que tenha e as necessidades da turma. Os grupos receberão um desafio em cada uma das estações e terão um tempo determinado para realizá-lo. Nas estações, procuramos diversificar os tipos de experiências e recursos: há estações com jogos, com áudio, com imagens e com obje- tos manipuláveis. Espera-se que essa atividade seja motivadora e leve os alunos a aperfeiçoaremhabilidades de- senvolvidas ao longo da unidade 6. Sendo assim, essa proposta deve ser realizada ao término des- sa unidade, pois é importante que os alunos es- tejam familiarizados com os números maiores do que 100. Aula Tempo da aula Etapas Quando deve ocorrer 1 1h40 min Contextualização, etapa 1, etapa 2 e etapa 3 Ao término da unidade 6 2 40 min Etapa 4 e finalização No mesmo dia ou no dia seguinte à aula anterior Preparação Organize as 7 estações de forma circular, com uma certa distância (principalmente a estação do áudio), de modo a facilitar a circulação dos grupos. Cada estação deve ter uma cor, que pode ser identificada por uma toalha ou bandeira. Os recursos de cada estação devem ser preparados, conforme descrição a seguir: y Estação Azul: Computador com o jogo Se- quências Numéricas (caso sejam abertas automaticamente janelas de publicidade, lem- bre-se de fechá-las). Um envelope azul por grupo contendo um cartão com a pergunta: “Qual é a quantidade de objetos que apare- cem na montanha ao final da atividade? ________________” y Estação Roxa: Imagem impressa dos lápis. Um envelope roxo por grupo contendo um cartão com a pergunta: “Qual é a quantidade de lápis que aparecem na imagem? ________________” y Estação Vermelha: Cédulas de brinquedo: 1 de cem reais, 2 de 50 reais, 3 de 20 reais, 4 de 10 reais. Um envelope vermelho por grupo con- tendo um cartão com a pergunta: 43 “Qual é a quantidade total de reais que há na mesa? ________________” y Estação Laranja: Computador com o recurso Material Dourado Virtual (feche as janelas de publicidade). Um envelope laranja por grupo contendo um cartão com a pergunta: “Qual é a quantidade de estrelas acesas no final de todos os desafios? ________________” y Estação Amarela: Imagem impressa das bo- linhas. Um envelope amarelo por grupo con- tendo um cartão com a pergunta: “Qual é a quantidade de bolinhas a mais na segunda imagem em relação à primeira? ________________” y Estação Verde: Recipiente plástico transpa- rente contendo 500 grãos de feijão. Um en- velope verde por grupo contendo um cartão com a pergunta: “Qual é a quantidade de grãos de feijão den- tro do recipiente? ________________” y Estação Branca: Computador com o aúdio do conto “O pote vazio” e a cópia do conto im- pressa. Um envelope branco por grupo con- tendo um cartão com a pergunta: “Qual é a quantidade de palavras que formam o conto? ________________” y Os 7 envelopes pretos devem permanecer com o professor. Em seus cartões, consta a pergunta: “Qual é o maior número? ________________” Contextualização Tempo sugerido: 10 minutos Faça uma roda de conversa com os alunos e pergunte a eles em que situações de suas vi- das eles tiveram que utilizar números. Explique que utilizarão os números nessa atividade de diferentes maneiras. Passarão por diversas es- tações de aprendizagem: estações com jogos, com áudio, com imagens e com objetos mani- puláveis. Em algumas situações eles deverão contar quantidades e, em outras, deverão esti- má-las. Divida a turma em 7 grupos e leve-os ao local das estações. Cada grupo deve levar uma caneta e eleger um coordenador. O coordena- dor terá a função de conduzir o grupo nas trocas de estações e será o responsável por organizar o grupo no momento da abertura dos envelopes e nos registros, bem como na exposição ao tér- mino da rotação. Desenvolvimento Etapa 1 – Fase de exploração Tempo sugerido: 40 minutos Explique aos alunos que, nessa primeira fase, eles vão explorar todas as estações, uma por vez. Em cada estação eles devem fazer o que é proposto: se for áudio, devem ouvi-lo; se for um jogo, devem jogá-lo; se for uma imagem ou um objeto, devem observá-lo. Nesta etapa, eles não devem abrir os envelopes coloridos que estão nas estações. O professor direciona aleatoriamente cada grupo para uma estação e marca 5 minutos para que cada grupo permaneça nela. Assim que o professor avisar que se passou o tempo, cada grupo deve passar para a próxima estação, considerando o sentido horário, como mostra a imagem a seguir. Isso deve se repetir até que todos os grupos tenham passado por todas as estações. 44 Etapa 2 – Fase dos desafios Tempo sugerido: 40 minutos Os grupos passarão novamente por todas as estações. Agora devem pegar um envelope sobre a mesa e resolver um desafio. Terão apenas 5 minutos em cada estação, novamente. O que se espera em cada estação está descrito a seguir: y Estação Azul: Os alunos participarão de um jogo sobre sequências numéricas. A cada eta- pa concluída, surgirá um objeto sobre a mon- tanha (prédios, árvores, etc.). Os alunos devem registrar quantos objetos há na imagem ao fi- nal da última etapa. y Estação Roxa: A imagem contém caixas com uma dezena de lápis (Complemento 1). Espera-se que os alunos contem de 10 em 10 e registrem a quantidade de lápis na imagem. y Estação Vermelha: Os alunos devem contar quantos reais há sobre a mesa e registrar no cartão. y Estação Laranja: Ao realizar cada desafio do Material Dourado Virtual, uma estrela se acende. Os alunos devem registrar quantas estrelas foram acesas ao final de todos os desafios. y Estação Amarela: Há duas imagens (Complemento 2). Os alunos devem perceber que a primeira imagem é semelhante à segunda, porém algumas linhas foram apagadas. A quantidade de bolinhas que aparecem a menos na primeira imagem corresponde à metade da quantidade de bolinhas na segunda imagem. Sendo assim, o número de bolinhas a mais corresponde ao número de bolinhas da primeira imagem e os alunos devem registrar essa quantidade no cartão. y Estação Verde: Os alunos devem estimar e registrar o número de feijões do pote (o pote deve ser transparente e os alunos devem fa- zer a estimativa sem abri-lo). y Estação Branca: Os alunos devem estimar e registrar o número de palavras do conto (Complemento 3). Etapa 3 – Envelope preto Tempo sugerido: 10 minutos Assim que todos os grupos passarem por todas as estações e cumprirem os desafios, entregue o envelope preto para cada grupo, que contém um cartão com a pergunta: “Qual o maior núme- ro? __________” Espera-se que os alunos decidam qual o maior nú- mero dentre os que foram registrados nos demais envelopes. Peça aos alunos que coloquem o nome do coor- denador do grupo nos envelopes e recolha todos. Etapa 4 – Sistematização Tempo sugerido: 30 minutos Faça novamente uma roda de conversa com to- dos os alunos. Mostre todos os envelopes azuis e comente as respostas apresentadas. Deixe que os alunos expressem suas impressões e dificuldades encontradas nessa estação. Depois revele o que se esperava deles nesse desafio. Faça o mesmo para as demais cores. 45 Respostas dos envelopes: Azul: 12. Roxo: 200. Vermelho: 300. Laranja: 15. Amarelo: 400. Verde: 500. Branco: 605 (contando com o título). Preto: 605. Finalização Tempo sugerido: 10 minutos Converse com os alunos sobre as dificuldades que encontraram para compreender os desafios, para traba- lhar em grupos ou outras que surgiram. Espera-se que, ao término dessa atividade, os alunos sejam capazes de comparar e ordenar números naturais (até a ordem de centenas); fazer estimativas por meio de estratégias diversas a respeito da quantidade de objetos de coleções e registrar o resultado da contagem desses objetos (até 1 000 unidades); comparar quantidades de objetos de dois conjuntos, indicando, quando for o caso, quantos a mais e quantos a menos; compor e decompor números naturais de até três ordens, com suporte de material manipulável. Referências bibliográficas y AUSUBEL, D. P.; NOVAK, Joseph D.; HANESIAN, Helen. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Editora Interamericana, 1980. y BACICH, L. et al. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. In: L. BACICH et al., Ensino híbrido: personalização etecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. y BARBOSA, E. F.; MOURA, D. G. Metodologias ativas de aprendizagem na educação profissional e tecnológica. B. Tec. Senac, Rio de Janeiro, v. 39, n. 2, p. 48, 2013. y BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2016. y BLIKSTEIN, P. Digital Fabrications and “making” in education the democratization of invention. In: HERMANN, W.; BUCHING, J. Fablabs of machines, makers and inventors. New York: Transcript Publishers, 2013. y CARRAHER, D. W.; SCHLIEMANN, A. D.; CARRAHER, T. N. Na vida dez, na escola zero. 3 ed. São Paulo: Cortez Editora, 1989. y CHRISTENSEN, C. M. M.; HORN, M. B.; STAKER, H. Ensino híbrido: uma inovação disruptiva? Uma in- trodução à teoria dos híbridos. São Paulo: Clayton Christensen Institute, 2013. y D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus, 1996. y DEWEY, J. El hombre y sus problemas. Buenos Aires: Editorial Paidos, 1952. y _______. Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo, uma reexposição. São Paulo: Nacional, 1979. 46 y CARRAHER, D. W.; SCHLIEMANN, A. D.; CARRAHER, T. N. Na vida dez, na escola zero. 3 ed. São Paulo: Cortez Editora, 1989. y FARDO, Marcelo Luis. “A gamificação aplicada em ambientes de aprendizagem”. Revista Renote. Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 2, 2013. y FILATRO, A.; CAVALCANTI, C. C. Metodologias Inovativas na educação presencial, a distância e cor- porativa. São Paulo: Saraiva, 2018. y Flipped Learning Network (FLN). The four pillars of F-L-I-P. South Bend. In: Flipped Learning, 2014. Dis- ponível em: https://flippedlearning.org/definition-of-flippedlearning/. Acesso em: 5 maio 2020. y FURIÓ, D. et al. “The effects of the size and weight of a mobile device on educational game”. Journal Computers & Education, v. 64, p. 24-41, 2013. y GOUVÊA, E. P. et al. “Metodologias ativas: uma experiência com mapas conceituais”. Educação, Ges- tão e Sociedade: Revista da Faculdade Eça de Queiros, v. 6, n. 21, p. 4, 2016. Disponível em: http:// uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170509162602.pdf. Acesso em: 13 fev. 2020. y GURUCEAGA, A.; GARCÍA, F. GONZÁLEZ. “Aprendizaje significativo y educación ambiental: análisis de los resultados de una prática fundamentada teoricamente”. Enseñanza de las Ciencias, v. 22, n. 1, p. 115-136, 2004. y HOFFMANN, J. M. Avaliação mediadora: uma prática de construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 1993. y LEONTIEV, Aléxis N. “Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil”. In: VIGOTSKII, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1988. y LORENZIN, M. P. Sistemas de atividade e STEAM: possíveis diálogos na construção de um currículo globalizador para o Ensino Médio. Choices USP, 2017. Disponível em: https://sites.usp.br/choices/sis temas-de-atividade-e-steam-possiveis-dialogos-naconstrucao-de-um-curriculo-globalizador-para-o- ensino-medio/. Acesso em: 5 maio 2020. y LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1996. y MAURI, T. O que faz com que o aluno e a aluna aprendam os conteúdos escolares? In: C. COLL et al. O construtivismo na sala de aula. 6. ed. São Paulo: Ática, 2003. y MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002. y MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; CONSED; UNDIME. Base nacional comum curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2017. y MORAN, J. (Org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico- --prática. Porto Alegre: Penso, 2018. y MOREIRA, M. A. Mapas conceituais e aprendizagem significativa. Revista Chilena de Educação Científica, v. 4, n. 2, p. 1, 2005. Disponível em: www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf. Acesso em: 13 fev. 2020. 47 y OKUDA, M. M. Curso de metodologia de avaliação. Alfenas: Unifenas, 2001. Disponível em: http:// tiu.unifenas.br/metodo/avaapren.pdf. Acesso em: 25 nov. 2010. y PARO, Vitor H. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001. p. 13-31. y PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regularização das aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1998. y PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. 24. ed. rev. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999. y SANT’ANNA, I. M. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. Petrópolis: Vozes, 1995. y SANTOS, Vinício de Macedo. Ensino de matemática na escola de nove anos: dúvidas, dívidas e desafios. São Paulo: Cengage Learning, 2014. y VALENTE, J. A. A sala de aula invertida e a possibilidade do ensino personalizado: uma experiência com a graduação em midialogia. In: L. BACICH; C. S. VASCONCELLOS. Avaliação: concepção dialé- tico-libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1994. y VIRGENS, Wellingnton P. das. A resolução de problemas de aritmética no Ensino Primário: um estudo das mudanças no ideário pedagógico (1920-1940). Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo. Guarulhos, 2014. y WIGGINS, G.; McTIGHE, J. Planejamento para a compreensão: alinhando currículo, avaliação e ensino por meio do planejamento reverso. Porto Alegre: Penso, 2019. y ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.