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Sarcoptes scabiei

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Sarcoptes scabiei
- Filo Arthropoda
- Classe Arachnida
- Ordem Sarcoptiformes
- Família Sarcoptidae
- Gênero Sarcoptes
- Espécie Sarcoptes scabiei
Características Gerais
- Ácaro causador da escabiose
- Popularmente conhecida como sarna.
- Doença Tropical Negligenciada, com alta prevalência em áreas tropicais
- Afeta mais de 200 milhões de pessoas por ano, com prevalência nos países
em desenvolvimento, e com casos esporádicos nos países desenvolvidos.
- Esta ectoparasitose é causada pela fêmea do ácaro Sarcoptes scabiei, que
penetra na pele do hospedeiro e provoca lesões (túneis escavados) em forma
de vesículas, sulcos ou pápulas, onde deposita seus ovos.
- As lesões apresentam alta infectividade e transmissibilidade pelo contato com
pessoas infectadas, e pode tornar o ambiente parasitado propício a infecções
secundárias, devido às feridas provocadas pelo intenso prurido produzido
pelo parasito.
Etiologia
- Existem diversos gêneros e espécies de ácaros que podem causar
escabiose, mas no Homo sapiens somente o Sarcoptes scabiei, variante
hominis, provoca a doença.
- Esse ectoparasito é hematófago; logo, não sobrevive por muito tempo fora do
hospedeiro.
- Os ácaros causadores de escabiose em animais domésticos não penetram
na pele humana; porém, pelo contato podem causar dermatite temporária.
Ciclo biológico
- Apresenta quatro estágios de desenvolvimento: ovo, larva, ninfa e adulto.
- A fêmea grávida escava túneis e se enterra na epiderme humana, onde
coloca entre dois e três ovos por dia.
- Após cerca de 3 dias, os ovos eclodem em larvas com seis patas, que
amadurecem em 4 dias, evoluindo para ninfas octópodes, um pouco maior
que as larvas.
- O processo de maturação do parasito dura em torno de 15 dias, do ovo à
forma adulta, quando as fêmeas podem ser fecundadas pelos machos,
repetindo o ciclo.
- Os ácaros podem sobreviver fora do hospedeiro, por cerca de 24 a 36 horas
a 21°C e em umidade relativa de 40 a 80%; durante esse tempo, são
capazes de causar infestação.
- Na forma adulta, o S. scabiei apresenta formato ovoide.
- A fêmea mede aproximadamente 0,40 mm de comprimento e o macho algo
em torno de 0,25 mm, ambos com oito patas.
- A maioria das pessoas é infectada por 10 a 15 ácaros
Imunologia e patologia
- O processo de adoecimento por S. scabiei é resultante da ação do patógeno
e da resposta imune do hospedeiro, na medida em que esta última causa
hiper-responsividade com significativa reação inflamatória envolvendo os
tecidos, provocando intenso prurido e descamação da pele.
- Tais manifestações podem persistir por 2 a 4 semanas após o tratamento,
como resultado de reação alérgica à saliva do ácaro ou a restos do parasito
morto na pele.
- Com o passar do tempo, a hiperresponsividade diminui, impedindo que o
hospedeiro adquira imunidade contra reinfestação.
- Na escabiose é possível identificar os quatro tipos de reação de
hipersensibilidade, sendo as respostas dos tipos I, II, III, humorais, e a
resposta tipo IV, celular.
Aspectos clínicos
- Existem diversos gêneros de ácaros causadores de sarna, porém,
considera-se que apenas o Sarcoptes scabiei, variante hominis, causa a
doença no ser humano.
- As variedades canis, cati e suis, pelo fato de não penetrarem a pele humana
quando ocorre o contato, podem causar apenas uma dermatite.
- Após ser fecundada, a fêmea do S. scabiei escava um túnel através da
epiderme, onde vai depositar seus ovos. Esses túneis são chamados de
galerias escabióticas e têm aproximadamente 1 cm de comprimento, com
cerca de 0,3 mm de largura.
- A sarna crostosa, conhecida como sarna norueguesa, é uma variante da
infestação do ácaro que ocorre quando o número de parasitos fêmeas é
muito grande, centenas e até milhares por hospedeiro, causando
exacerbação dos sintomas e aumentando muito a possibilidade de contágio.
Tal acometimento é mais comum em idosos e imunocomprometidos.
- Este tipo de manifestação, se não tratada, apresenta alta letalidade, devido à
sepse secundária.
- Em uma primoinfecção, o parasito, as fezes e os ovos provocam resposta
imune do hospedeiro, iniciando os sintomas normalmente após 2 meses.
- No caso de reinfecção, o início dos sintomas pode aparecer em até 1
semana.
- A transmissão da doença não depende da presença de manifestações
clínicas; quando o parasito está presente, mesmo em indivíduo
assintomático, a moléstia pode ser transmitida.
- Os sintomas são acompanhados de erupções cutâneas com prurido intenso,
que, somados ao ato de coçar, causam dermatite, com agravamento dos
sinais e sintomas, visto que pode propiciar o surgimento de infecções
secundárias como impetigo, foliculite e furúnculo.
- O prurido é o sintoma mais comum, havendo piora durante a noite devido ao
aumento da temperatura e da atividade do ácaro.
- É também comum o surgimento de vesículas, pústulas e pápulas em função
da ação de escavar do parasito.
- As áreas mais afetadas nos adultos são as pregas cutâneas, regiões
interdigitais, axilas, região dorsal, nádegas, região plantar e região palmar.
- Em crianças, o acometimento pode ser maior, frequentemente afetando couro
cabeludo, face e pescoço.
- A apresentação da doença varia muito em função da resposta imune do
hospedeiro, da higiene e do tratamento.
Diagnóstico
- Devido aos dados epidemiológicos, às características de contágio e aos
sintomas causados pela presença do ácaro, como prurido intenso, vesículas
ou galerias escabióticas, a escabiose pode ser identificada pela anamnese
dirigida – buscando os fatores de risco aos quais o paciente esteja exposto –
e pela ectoscopia no exame físico.
- Alguns diagnósticos diferenciais, como dermatite de contato, eczema,
foliculites e picadas de insetos, devem ser considerados para obtenção do
diagnóstico correto.
- Com a possibilidade de o paciente ser acometido pela doença, podem ser
solicitados alguns exames laboratoriais para evidenciar a presença de
ácaros, ovos ou de suas fezes nas lesões.
- Essa identificação pode ser realizada por meio de exames como o raspado
de pele, no qual se obtém uma amostra da cútis do enfermo, ou a fita
gomada, que deve ser fixada diretamente na lesão.
- Esses materiais devem ser levados ao microscópio para analisar a presença
de ácaros.
- Técnicas como reação em cadeia da polimerase (PCR) e ensaio
imunoenzimático (ELISA) também podem ser utilizadas, mas estas são
pouco acessíveis e de custo mais elevado; além de não oferecerem
vantagens para um resultado mais preciso.
- O diagnóstico por via de detecção de anticorpos ainda não apresenta uma
sensibilidade satisfatória para ser empregado em larga escala.
Tratamento
- O tratamento da escabiose depende de alguns fatores, como o diagnóstico
correto da condição mórbida, a tolerância do paciente ao medicamento, a
adesão ao tratamento e as instruções corretas e detalhadas sobre como
proceder durante o processo terapêutico.
- Cuidados e medicamentos devem ser estendidos às pessoas que
mantiveram contato com o doente por até 1,5 mês antes do diagnóstico, uma
vez que o tempo de incubação da doença pode durar de 1 dia a 6 semanas,
período em que pode ocorrer a transmissão
- Limpeza adequada do quarto e da residência, além da desinfecção dos
objetos pessoais, como escovas de cabelo e relógio de pulso.
- Lavagem das roupas de uso pessoal e de cama e toalhas de banho, de
preferência com água quente, pois os ácaros não resistem a altas
temperaturas.
- Evitar o contato com pessoas infectadas.
- Os medicamentos para o tratamento da escabiose são chamados de
escabicidas e podem ser encontrados nas formas oral (ivermectina,
antibióticos no caso de infecções secundárias e anti-histamínicos para aliar o
prurido) ou de uso tópico (benzoato de benzila, crotamitona, enxofre, lindano,
permetrina).
- Nos casos em que os sinais e sintomas persistirem após 2 semanas de
tratamento, deve-se considerar falha do tratamento e reavaliá-lo.
- Nas situações de reaparecimento das manifestações da escabiose, deve-se
considerar uma reinfestação.
Profilaxia e controle
- Evitar o contatodireto com uma pessoa infectada
- Higiene pessoal.
- Os ácaros se nutrem de sangue e, por isso, normalmente não sobrevivem por
mais de 3 dias longe de um hospedeiro.
- Para a prevenção de novos casos, é essencial a orientação do paciente e
das pessoas que com ele residem quanto às seguintes práticas:
● Limpar o quarto do paciente e, se possível, aspirar o recinto
diariamente
● Indicar tratamento para as pessoas que residem com o paciente ou
mantiveram contato sexual com ele
● Lavar roupas comuns, íntimas, de cama e toalhas, se possível com
água quente (temperatura maior que 60°C), já que o agente causador
não resiste a altas temperaturas; e, quando possível, evitar o uso
antes de 3 dias da troca.
● Utensílios de uso pessoal que não possam ser lavados devem ser
isolados em sacos plásticos por 7 dias
● Caso o paciente resida em alojamentos, como creches e asilos,
recomenda-se seu isolamento por até 24 horas após o tratamento.
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