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Interações fármacos

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Interações fármacos-nutrição enteral
Desafio
Maria, uma paciente de 85 anos, tem Doença de Parkinson e tem controle satisfatório dos sintomas do Parkinson (discinesias, tremores e rigidez) através do uso continuo do medicamento levodopa. No início da semana foi admitida em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido a hemorragia cerebral, sendo necessária a utilização de uma sonda nasogástrica para administração de dieta enteral e medicamentos. Porém, dois dias após a implementação da nutrição enteral, a equipe da enfermagem percebeu que a D. Maria estava apresentando os sintomas do Parkinson. Considerando que o hospital tem equipe multidisciplinar, na reunião da última terça feira o referido caso clinico foi colocado em pauta para discussão.
Você, profissional da saúde e membro da Equipe Multidisciplinar para Terapia Nutricional, recebeu a tarefa de explicar ao grupo quais seriam as prováveis causas relacionadas ao surgimento dos sintomas parkinsonianos mesmo a paciente estando fazendo uso de dosagens adequadas de levodopa.
Descreva as informações que você repassará a equipe, incluindo as causas, mecanismos envolvidos e estratégias para a minimização dos efeitos indesejados.
Padrão de resposta esperado
Causa:​​​​​​​ Maria, a paciente, tinha os sintomas da Doença de Parkinson sob controle e, ao receber doses do medicamento concomitante à nutrição enteral, começou a apresentar os sintomas da doença. A diminuição do controle dos sintomas da Doença de Parkinson, apesar da utilização do medicamento, sugere uma interferência da nutrição enteral na absorção de levodopa, levando a uma redução das concentrações plasmáticas e consequente diminuição dos efeitos terapêuticos.
Mecanismo da interação: Nesse caso, ocorreu uma interação farmacocinética entre proteínas da nutrição enteral e o medicamento.
Estratégias para diminuir o potencial de interação entre a nutrição entérica e a levodopa incluem: (a) separar as fontes de proteínas da administração de medicamentos. Recomenda-se que os medicamentos devam ser administrados 30 minutos até 2 horas antes da nutrição entérica ou 2 horas após a administração dos suplementos. (b) limitar a quantidade total de ingestão diária de proteína (o que poderia trazer uma desvantagem em termos da qualificação da oferta proteica ao doente); (c) aumentar a dose de levodopa, porém, predispõe o paciente a maior intensidade de efeitos adversos do medicamento.

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