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RESUMO PARASITO Trichuris trichiura, Wuchereria bancrofti

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Trichuris trichiura
Morfologia
Vermes adultos
● forma típica semelhante a um chicote (extremidade esofagiana afunilada e extremidade
posterior alargada)
● Machos < Fêmeas
● Dióicos, dimorfismo sexual
● Machos→ extremidade posterior encurvada
Ovos
● formato elíptico
● 3 camadas distintas: camada lipídica externa, uma camada quitinosa intermediária e uma
camada vitelínica interna
Hábitat
● parasitas do intestino grosso
● infecções leves e moderadas→ principalmente ceco e cólon ascendente
● infecções graves→ + cólon distal, reto, porção distal do íleo
“T. trichiura é considerado por muitos autores um parasito tissular, pois toda a região
esofageana do parasito penetra na camada epitelial da mucosa intestinal do hospedeiro,
onde ingere muco e células, principalmente restos dos enterócitos lisados pela ação de
enzimas proteolíticas secretadas pelas glândulas esofageanas do parasito.”
“Alguns autores demonstram a presença de sangue no esôfago de vermes adultos, sugerindo a
possível utilização de sangue do hospedeiro como fonte alimentar.”
Ciclo Biológico
● ciclo monoxênico
● geoparasitas
“Os ovos contendo uma larva de primeiro estágio são infectantes para o hospedeiro, sendo
geralmente ingeridos juntamente com alimentos sólidos ou água contaminados.”
“As larvas de T. trichiura eclodem através de um dos poros presentes nas extremidades do ovo, no
intestino delgado do hospedeiro. Estudos in vitro indicam que o processo de eclosão das larvas
do parasito é estimulado pela exposição sequencial dos ovos aos componentes do suco gástrico e
do suco pancreático.”
O desenvolvimento das larvas de T. trichiura no intestino do hospedeiro ainda apresenta aspectos
bastante controversos e desconhecidos, especialmente nos primeiros dias de infecção. Diferentes
estudos mostram que:
“[...] as larvas recém-eclodidas penetram no epitélio da mucosa intestinal na região duodenal,
pela base das criptas de Lieberkuhn, permanecendo nesta localidade nor 5 a 10 dias, e
posteriormente estas larvas ganham a luz intestinal e migram para o ceco e o cólon onde
completam seu desenvolvimento.”
… ou que:
“[...] as larvas podem penetrar na mucosa em várias regiões do intestino, mas esta penetração
ocorre principalmente no intestino grosso, e não foram encontradas evidências de que as larvas
que penetram no duodeno completam seu desenvolvimento, ou mesmo que ocorra uma
posterior migração das larvas do duodeno para o intestino grosso. Assim as larvas LI penetram
preferencialmente nas criptas cecais, penetrando na mucosa intestinal onde as larvas habitam
células da camada epitelial, formando túneis sinuosos na superfície epitelial da mucosa. Durante
este período as larvas se desenvolvem em vermes adultos, passando pelos quatro estágios larvais
típicos do desenvolvimento dos nematódeos.”
Mudas
Entre 9 e 11 dias→ 17 dias → 22 dias → 32 dias
1ª muda → 2ª muda → 3ª muda → 4ª muda
“Apenas uma pequena parte (5 a 22%) dos ovos infectantes de T. trichiura ingeridos completam
o desenvolvimento até vermes adultos. Estima-se que o período pré-patente da tricuríase em
humanos, tempo entre a infecção até a eliminação dos ovos pelas fezes do hospedeiro, é de
aproximadamente 60 a 110 dias”
Patogenia
● infecções leves→ assintomático ou sintomatologia intestinal discreta ou pouco específica
● infecções moderadas→ dor de cabeça, dor epigástrica, diarreia, náusea, vômitos
● infecções intensas
→ síndrome disentérica crônica
○ diarreia intermitente com presença de muco e, algumas vezes, sangue
○ dor abdominal com tenesmo (vontade intensa de evacuar, mas a sensação é de não
ocorrer esvaziamento completo ou nem ocorrer a evacuação)
○ anemia
○ desnutrição grave
○ prolapso retal (parte do reto se projeta para fora do ânus)
→ colite e apendicite
→ comprometimento da microbiota intestinal
→ em crianças: comprometimento do desenvolvimento físico e intelectual
É importante relembrar que, além da intensidade da infecção, a idade do hospedeiro e o estado
nutricional também influenciam o desenvolvimento da sintomatologia:
“[...] sendo relatados na literatura casos de crianças desnutridas com sintomatologia grave sem
necessariamente ter uma infecção intensa ou de adultos bem nutridos com infecção
intensa, mas sem sintomatologia correspondem”
● como não existe migração sistêmica das larvas pelo corpo do indivíduo, as lesões da mucosa
se restringem ao trato intestinal, causando:
○ aumento na produção de muco pela mucosa intestinal
○ áreas de descamação da camada epitelial
○ infiltração de células mononucleares na lâmina própria
○ Eosinofilia na região dos esticossomos (glândulas na região esofageana) dos vermes
Wuchereria bancrofti
Filariose linfática
Morfologia
As formas evolutivas que parasitam os hospedeiros humanos são os vermes adultos e os embriões
denominados microfilárias. O estágio larvário se desenvolve no mosquito vetor.
Verme Adulto Macho
Corpo delgado e branco-leitoso. Extremidade anterior afilada e posterior encurvada.
Verme Adulto Fêmea
Corpo delgado e branco-leitoso. Maior que o macho.
Microfilária
É o embrião. É posta pela fêmea adulta grávida. Tem uma bainha de revestimento que é diferencial
e permite fazer o diagnóstico da doença.
Larva
É encontrada no inseto vetor. A microfilária se transforma e dá origem à larva L1, que dá origem à
larva L2 e à larva infectante, L3.
Hábitat
“Os vermes adultos machos e fêmeas permanecem juntos nos vasos e gânglios linfáticos,
vivendo, em média, de 8 a 10 anos.”
“As regiões do corpo humano que normalmente abrigam as formas adultas são: pélvica
(atingindo pernas e escroto), braços e mamas (mais raramente). São frequentemente localizados
nos vasos linfáticos do cordão espermático.”
“As microfilárias eliminadas pelas fêmeas saem dos ductos linfáticos e ganham a circulação
sanguínea do hospedeiro.”
Periodicidade
Durante o dia, as microfilárias se localizam nos capilares profundos, principalmente nos
pulmões. Durante a noite, as microfilárias se localizam nos vasos sanguíneos periféricos, com
pico de microfilaremia por volta da meia-noite, decrescendo novamente até final da madrugada.
Por causa disso, as microfilárias podem não serem detectadas no sangue periférico no início do
dia.
“O pico da microfilaremia periférica coincide, na maioria das regiões endêmicas, com o horário
preferencial de hematofagismo do principal inseto transmissor”
Ciclo Biológico
● heteroxênico
Ciclo no Mosquito
A fêmea do mosquito é a Culex quinquefasciatus. Ela pica pessoas parasitadas e ingerem as
microfilárias. As microfilárias, no estômago do mosquito, perdem a bainha e vão para a cavidade
geral e músculos torácicos, onde se transformam em larva L1.
dia 0→ 6 a 10 dias→ 10 a 15 dias
L1 → L2 → L3
1ª muda 2ª muda
Larva L3 migra pelo inseto até alcançar a boca. O inseto pica um indivíduo e libera larva L3 nos
vasos linfáticos.
O ciclo total no mosquito dura de 15 a 20 dias.
Ciclo no Ser Humano
Meses depois as larvas amadurecem e se transformam em vermes adultos com sexos distintos. As
fêmeas grávidas após fecundadas produzem microfilárias que migram para o sangue do hospedeiro
vertebrado. O período pré-patente, que vai desde a infecção humana (penetração de larva
infectante) até o encontro de microfilárias no sangue do hospedeiro, é longo e varia em torno de 7
a 9 meses.
Transmissão
A transmissão é unicamente pela picada do mosquito fêmea Culex quinquefasciatus, que pode ser
estimulada pelo calor e umidade da pele do ser humano.
“Como a vida média de um mosquito do gênero Culex é de pouco mais de 1 mês e o ciclo
biológico do parasito no inseto (de microfilária ingerida até larva L3) ocorre entre 15 e 20 dias, é
curto o período de tempo no qual o vetor é capaz de transmitir o parasito ao ser humano.”
Manifestações Clínicas
“Os pacientes assintomáticos ou com manifestações discretas podem apresentar alta
microfilaremia, e os pacientes com elefantíase ou outras manifestações crônicas não apresentam
microfilaremia periférica ou esta é bastante reduzida.”
Manifestações subclínicas/assintomáticasPacientes assintomáticos são aqueles com microfilárias no sangue e sem sintomatologia aparente.
Porém, exames revelam danos nos vasos linfáticos ou no sistema renal
É a maioria dos casos
Manifestações agudas
Febre, mal-estar
Linfangite — inflamação dos vasos linfáticos — principalmente nos membros, que evoluem no
sentido centrífugo: da raiz do membro para a extremidade
Linfadenite — inflamação dos gânglios linfáticos —, principalmente na região inguinal, axilar e
epitrocleana
Manifestações Crônicas
Linfedema (edema linfático)
Hidrocele (acúmulo de líquido dentro do escroto)
Quilúria (urina com aspecto leitoso)
Elefantíase — acometendo principalmente os membros inferiores e região escrotal
Sequência de eventos da elefantíase
1. linfangite
2. linfadenite
3. linfangiectasia (dilatação e hipertrofia dos vasos linfáticos)
4. linforragia (extravasamento de linfa)
5. linfedema
6. esclerose (endurecimento) da derme
7. hipertrofia da epiderme
8. aumento do volume do órgão (principalmente pernas, escroto e mamas)
Eosinofilia Pulmonar Tropical (EPT)
Síndrome decorrente da hiper-resposta imunológica do paciente a antígenos filariais, causando
asma brônquica, com tosse e falta de ar
Manifestação rara
Patogenia
● A evolução da doença é lenta e os sintomas associados geralmente são devido a dilatação
dos vasos linfáticos.
● Alguns pacientes permanecem assintomáticos por anos, mesmo após a morte dos vermes
adultos. Em outros, com a morte dos parasitos, tem início a fase inflamatória
● Quando há ruptura dos vasos linfáticos dilatados, ocorre derramamento de linfa que se
acumula na parte afetada do organismo
○ acúmulo no testículo: hidrocele (líquido é amarelo claro) ou quilocele (quando tem
aspecto leitoso)
○ acúmulo no trato urinário: comprometimento renal com quilúria
○ acúmulo na derme: linfedema, contribuindo para infecções bacterianas ou fúngicas
secundárias, que torna a doença crônica (linfedema crônico), podendo resultar em
elefantíase em cerca de 10 a 15 anos
Nas mulheres, a elefantíase ocorre mais frequentemente nos membros inferiores, provocando
deformações em uma ou ambas as pernas, raramente afetando as mamas e a região genital.
Nos homens, a hidrocele testicular é mais prevalente, e se tomando crônica progride para
elefantíase da região escrotal, podendo também acometer o pênis.

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