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Estudo dirigido aquicultura

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1- Aquicultura é a produção de organismos aquáticos – como peixes, moluscos, crustáceos, camarões, plantas aquáticas, etc – para a utilização e consumo do homem. Os ramos da aquicultura são: piscicultura, ranicultura, malacocultura, carcinicultura e produção de algas.
2- Sistema extensivo: É praticada em reservatórios de pequenas ou grandes dimensões, naturais ou artificiais. Neste sistema, o número de peixes por unidade de área é baixo, a alimentação é restrita ao alimento naturalmente existente e não há controle sobre a reprodução. Em outras palavras, esses reservatórios foram construídos para outra finalidade, por exemplo, para armazenar água para irrigação, para bebedouro de animais, energia elétrica, etc (Figuras 1 e 2). A piscicultura aparece como um aproveitamento a mais desses reservatórios.
Nesta modalidade de piscicultura não se alimentam os peixes regularmente e não se fertiliza a água com fertilizantes orgânicos ou inorgânicos.Os peixes se alimentam dos organismos presentes no próprio ambiente. A produção é baixa e varia de 100 a 1000Kg/ha/ano.
A produção de peixes nesta modalidade depende principalmente de dois fatores:
a) capacidade de suporte alimentar do ambiente, ou seja, da produtividade natural da água que depende da quantidade de nutrientes (fosfatos, nitratos e materiais orgânicos) da água e do solo;
b) escolha de espécies adequadas, taxa de povoamento e sobrevivência do povoamento efetuado.
Sistema semi-intensivo: Os viveiros geralmente medem de 1.000 a 60.000 m2 com troca diária de água de 5% a 10%. Este sistema se caracteriza pela maximização da produção de alimento natural (fito e zooplâncton, bentos e macrófitas), a partir do aporte de minerais que pode ser feito com adubos orgânicos (esterco de bovinos, suínos, eqüinos, etc.) ou químicos (fontes de nitrogênio e fósforo), para servir como principal fonte de alimento dos peixes.
Para aumentar diretamente a produção ou o crescimento dos peixes usam-se “alimentos artificiais” (alimentos artificiais são todos os alimentos que não são produzidos nos viveiros) que o piscicultor coloca no viveiro.
No sistema semi-intensivo a piscicultura é praticada em viveiros construídos estritamente para se criar peixes. Estes viveiros são totalmente drenáveis, uma ou mais vezes por ano. Os viveiros são povoados somente com peixes de cultivo. Todo esforço é feito para impedir a penetração de peixes selvagens indesejáveis (esses peixes selvagens competem com os peixes de cultivo por alimentos naturais e consomem valiosos alimentos artificiais). Os peixes selvagens carnívoros colocam em risco o povoamento dos peixes de cultivo, nesse tipo de sistema.
Sistema intensivo: Tal qual no sistema semi-intensivo os viveiros são planejados, escavados com máquinas e possuem declividade para facilitar o escoamento da água e despesca dos animais. A diferença está na renovação da água, para suportar a biomassa de pescado estocada e carrear as excretas para fora.
Dependendo da disponibilidade e da qualidade da água pode-se estocar entre 1 a 10 peixes por metro quadrado. O fluxo de água é controlado para manter, no mínimo, um teor de oxigênio dissolvido (OD) de 8 ppm.
Como a densidade de estocagem de peixes é alta, o alimento natural não é capaz de manter sozinho o desenvolvimento completo dos animais. Portanto, se faz necessário o fornecimento de uma ração balanceada.
Com adubação podem-se alcançar produtividades de até 3.500 kg/ha/ano. Se for utilizada ração balanceada e aumentada a renovação da água pode-se alcançar produtividades de até 6.000 kg/ha/ano. É realizado em viveiros especialmente construídos para essa finalidade (Figura 4), geralmente em monocultivo (somente uma espécie).
Sistema superintensivo: Usam-se tanques de pequeno porte, geralmente de alvenaria, com grande fluxo de água de boa qualidade para promover a renovação total da água em um curto período de tempo (Figuras 5 e 6).
Nesse sistema os peixes são estocados em alta densidade em um longo tanque que exige um contínuo fluxo de água (Figura 7), que garante para o pescado um fornecimento de oxigênio dissolvido suficiente, e elimina os dejetos metabólicos. Aqui a densidade de estocagem não é considerada por unidade em m2 e sim por biomassa em m3.
No sistema superintensivos os peixes são alimentados somente com alimento comprimidos (peletes) ou semelhante, balanceados com tipos e teores de proteínas, minerais, vitaminas e outros ingredientes indispensáveis para o seu crescimento.
Este tipo de alimento é bastante caro, por isso cultivam- se peixes de alto valor de mercado. Nesta modalidade de piscicultura não se pode contar com os alimentos naturais da água.
3- Água de abastecimento, filtros, procedência de ovos, larvas e alevinos, manutenção e análise da qualidade da água, dieta completa e balanceada, cuidados no armazenamento das rações, quarentena, densidade de estocagem, manejo dos viveiros, cuidados com a adubação dos viveiros, evitar a entrada de outros animais, retirar os peixes mortos, isolar os peixes moribundos e levar ao laboratório especializado, controle da atividade aquícola, manipulação mínima dos peixes/jejum, conscientização do pessoal responsável pela criação, evitar o transporte de animais e o manejo em épocas frias, assepsia dos equipamentos e utensílios utilizados e necessidade de um certificado ictiossanitário e o programa de vacinação. 
4- A atividade encontra-se pouco estruturada no Brasil. Há dificuldade na obtenção de licenças, carência de assistência técnica, manejo inadequado, falta de padronização, insuficiência de pacotes tecnológicos e grande necessidade de capital de giro. Esses mesmos gargalos, porém, podem ser vistos como oportunidades. Uma política de P&D para espécies promissoras e a modernização e profissionalização do setor podem significar uma inflexão no desenvolvimento do setor no Brasil.
5- O consórcio entre peixes e suínos surgiu como uma alternativa ao destino dos dejetos dos suínos. Esse consórcio é utilizado principalmente na região Sul devido ao grande número de suínos criados nesta região. Os dejetos destes animais servem como fonte de enriquecimento da água, que leva ao crescimento de algas e líquens (produção primárias) que são utilizados como alimento pelos peixes. Utiliza-se em média, cerca de 50 suínos por lâmina d’água e tem-se uma produtividade média de 500 a 2.500 kg/ha/ano.
6- A adubação orgânica é feita com subprodutos agrícolas e esterco (de suínos, equinos, bovinos..), enquanto a adubação inorgânica é feita com compostos químicos à base de fosfato e nitrato. A adubação orgânica utiliza uma menor quantidade de produtos, com maior quantidade de nutrientes. Além disso, a liberação de nutrientes da adubação inorgânica na água é imediata e consome menos oxigênio dissolvido na água.
7- Temperatura, pH, alcalinidade, dureza, transparência, quantidade de amônia e nitrito, de coliformes fecais, de oxigênio dissolvido e de gás carbônico.
8- Tanque-rede 
A produção em tanques-rede consiste no cultivo de peixes em gaiolas numa grande coleção de água o  que possibilita uma eficiente troca de água e remoção dos dejetos. Uma grande vantagem do sistema de tanques-rede é a sua eficiência econômica. Mas como em outros sistemas de cultivo, os tanques-rede usam diretamente os recursos aquáticos, promovendo impactos ambientais, assim como a introdução de patógenos. Além disso, os tanques ocupam  espaço e podem dificultar a navegação, alterar as correntes e aumentar as taxas de sedimentação, em algumas regiões (Beveridge, 1996), portanto é necessário o acompanhamento das alterações ambientais, como forma de normatizar o desenvolvimento da atividade.
Criação em tanques-rede ou gaiolas. Com alta concentração de indivíduos por unidade de área e pela exigência de renovação contínua da água de cultivo. A piscicultura em tanque-rede tem como vantagem o aproveitamento de ambientes aquáticos já existentes ou em corpos d’ água onde a prática da piscicultura convencional não é viável. Peixes permanecem confinados não podendo explorar o alimento natural disponívelno reservatório condiciona essa modalidade de cultivo ao uso de rações nutricionalmente completas, colocadas em comedouros.
Deve-se escolher áreas protegidas de ventos e com baixa velocidade de corrente e evitar, igualmente, águas barrentas ou muito verdes; estas entopem as malhas, prejudicando a circulação da água e diminuindo, dessa forma, o oxigênio para os peixes (deve-se usar aeradores).
- Estocagem: Alevinos: 500.000 a 3.000.000/ha; Engorda: 25 – 150 kg/ m3;
- Taxa mínima de 30 Kg/m3 e máxima entre 80 a 180 kg/m3;
- Variáveis: biomassa final na despesca, condições físico-químicas da água e condições gerais do ambiente (vazão, ventos, etc.)
9- As rações devem ser armazenadas em salas específicas, longe da parede (para evitar umidade), sem contato direto com o solo (utilização de um estrato de madeira, por exemplo) e locais onde não haja a entrada de roedores e outros animais.
10- Não se reproduzam naturalmente nos tanques sem que se adote algumas medidas - facilitando-se assim o controle populacional, desde que haja condições, apresentam facilidade de desova pelo processo artificial, produzindo uma grande quantidade de alevinos - aceitam facilmente alimentação artificial, adaptam-se as variações bruscas de temperatura, de fácil manejo, resistência à doenças e à baixos níveis de oxigênio e aos vários sistemas de cultivos comumente empregados na sua criação.
11- ?
12- Dificuldades na criação de peixes carnívoros, tendo como principais fatores limitantes: o acentuado canibalismo, a utilização de técnicas inadequadas de preparo e monitoramento do alimento a ser administrado e a inabilidade destes peixes em aceitar voluntariamente rações convencionais.
13- Ração extrusada: é a ração que passa por um processo chamado extrusão. Neste processo, a ração é submetida a  alta temperatura(mais ou menos 105º C), umidade e pressão em uma máquina chamada extrusora, que tem uma rosca sem-fim onde a ração é processada. Depois ela passa por uma matriz que dá a forma a ração(ossinho, pata, triangulos, etc) e é cortada. Após o corte, a ração passa por secagem, onde a temperatura diminue e a umidade é retirada até chegar a cerca de 12%. A ração é submetida ao banho de óleo, com óleos de origem animal e palatabilizantes. Depois a ração é embalada.  Ração Peletizada: é a ração que passa por um processo chamado peletização, onde é submetida a umidade e calor (menos intensos que da extrusão), passa por uma matriz peletizadora, que é uma chapa redonda cheia de furos que dá forma a ração (macarrão) e é cortada em pellets de 3-5 mm.  Rações fareladas: são rações que não sofreram processamento nenhum, apenas houve a mistura dos ingredientes. 
As rações peletizadas, extrusadas e trituradas, como passaram por processamento por calor, tem algumas propriedades de seus ingredientes modificadas, tornado os nutrientes mais digestíveis. Então, fala-se que estas rações tem maior digestibilidade, ou seja, o animal aproveita melhor.
14- a) jejum antes da despesca e do transporte; b) tratamento dos peixes para eliminação de parasitos (extremamente importantes no preparo de pós-larvas e alevinos para o transporte); c) manutenção dos peixes em ambiente adequado para finalizar a depuração (esvaziamento do trato digestivo) antes do transporte.
15- Os alimentos naturais são aqueles provenientes da natureza como algas, plânctons e fitoplânctons que são essenciais na alimentação de animais jovens. Já os alimentos artificiais, as rações são aquelas mais utilizadas na engorda dos peixes, é ideal que ela seja completa e balanceada de acordo com cada exigência nutricional de cada animal.
16- Seleção e melhoramento genético, difusão de tecnologia, utilização de tanques-redes, oferta de produtor e aumento do marketing.
17-  Hipofisação é denominada uma técnica usada na reprodução artificial de peixes que visa a otimização da produção de peixes em escala comercial. Além disso, a técnica garante uma maior taxa de sobrevivência, quando comparadas com as condições naturais na qual os peixes se reproduzem. A técnica é baseada na desova por indução em peixes migradores, a partir da aplicação de hormônios naturais presentes na hipófise de peixes maduros. Extrato hipofisário de carpa, salmão e curimba que deve ser retirado na época da reprodução.
18- Por ser um peixe detritivo (que se alimenta de detritos), apresenta um grande sabor de barro o que é indesejável no mercado (off flavor).
19- Off Flavor é aquele gosto de “barro”, “inseticida”, “mofo”, que muitas vezes encontramos nos peixes, o gosto é tão forte que por vezes sentimos também o cheiro. Isto se deve a presença de substancias na água que fazem com que o pescado adquira este odor e/ou sabor. Estas substâncias chamadas de Gesosmina (GEO) e o 2-Metilisoborneol (MIB), são compostos orgânicos que conferem o sabor e odor na água, e deve-se pela proliferação de algas nos mananciais com alto índice de nutrientes, e é ampliada por fatores como luz, poluição, temperatura e chuvas.  São totalmente prejudiciais a saúde quando em excesso. A presença destes compostos é muito comum em tanques/açudes que não possuem controle de qualidade de água, ração, vazão e abastecimento. São propriedades que captam água de mananciais com alterações físicas e químicas causadas pela ação do homem, e como não possuem controle ou mesmo estrutura para tratamento da mesma, o pescado produzido nesta propriedade torna-se impróprio para consumo.
20- Os principais problemas enfrentados pelos produtores que criam o pirarucu em cativeiro dizem respeito à alimentação e à reprodução. Os pirarucus não conseguem reproduzir em cativeiro, o que diminui a oferta de alevinos e aumenta a sua procura e o seu preço.
21- Porque as fêmeas possuem alta prolificidade, possuem 2 ciclos de reprodução por ano, a reversão sexual é feita para que não haja tanta perda de energia na reprodução. Faz a reversão sexual para terem apenas machos.
22- As técnicas de monosexo que podem ser utilizadas são: a reversão sexual (ou inversão sexual), que consiste na utilização do hormônio 17-alfa-metiltestosterona na ração ou na água de alevinos fêmeas para a produção dos super machos; a hibridização que consiste no cruzamento das espécias O. niloticus (fêmea) x O. homorum (macho) que resulta apenas em alevinos machos ou pelo método de seleção sexual, que é uma técnica trabalhosa e que apresenta erros e consiste na seleção dos machos a partir da não observação do oviduto.
23- Coleta de nuvens, onde os alevinos que são capturados, e coleta de ovos na boca das fêmeas. A coleta de ovos é a mais utilizada porque na coleta de nuvens pode ter alevinos de diferentes tamanhos não dando eficiência a reversão sexual.
24- Porque a truta necessita de baixas temperaturas (15-20ºC) para a sua criação.
25-  - carpa alemã (Cyprinus carpio); - carpa cabeça grande (Aristichthys nobilis); - carpa capim (Ctenopharyngodon idella); - carpa comum (Cyprinus spp.); - carpa espelho (Cyprinus carpio var. specularis); - carpa húngara (Cyprinus spp.); - carpa prateada (Hypophythalmichthys molitrix); 
26- Pequenas propriedades, baixo investimento incial, grande número de espécies de peixes ornamentais, potencial do Brasil.
27- Porque o clima é favorável, tem boa disponibilidade hídrica, as espécies nativas são valorizadas e a mão-de-obra é barata.
28- Maior parte dos peixes são provenientes do extrativismo, pouco investimento do governo, a pesca se dá por pessoas de baixa renda (pescadores) e o manejo é, na maioria das vezes, inadequado.

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