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Doenças Infecciosas II - Parvovirose Canina

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Parvovirose canina
Parvovirus
- Família Parvovoridae, gênero Protoparvovirus;
- DNA linear de fita simples;
- Não-envelopado > vírus mais resistente no ambiente;
- 25nm > muito pequeno;
- Capsídeo icosaédrico;
- Replicação intranuclear > lesão muito grave > faz lise celular:
· Corpúsculos de inclusão = restos da multiplicação viral.
- Genoma de 4-6 kb;
- Atual parvovírus canino evoluiu do parvovírus do gato (que foi mutando a ponto de infectar cães);
- Possui várias variantes (mesmo vírus com alterações genéticas):
· Vacina nem sempre protege contra todas as variantes.
- Estáveis > resistem pH entre 3,0 e 9,0;
- Inativação: 56°C/60’; igual para
- Tratamento com solventes orgânicos; qualquer vírus
- Ambiente > meses a anos; não-envelopado
- X em células de alta atividade = divisão; 
- Atividade hemaglutinante.
- Vírus consegue ser transmitido via fômites;
- Muitos receptores para células intestinais e gástricas;
- Infecção em animais já nascidos > neurônios não se multiplicam > não causa sinais neurológicos;
- Vírus na medula óssea (constante divisão celular) > causa depleção das células;
- Antibioticoterapia > não é contra o vírus, mas sim para o que vem junto com ele;
- Hemaglutinina > aglutina hemáticas = faz com que as hemácias percam a capacidade de fazer trocas de oxigênio > efeito final parecido com a coagulação.
- PCR > identificar com o segmento genômico (primer) que está sendo identificado > garantia do resultado, sem confundir com outras coisas;
- Teste rápido.
- Tropismo muito grande para células de alta atividade mitótica;
- Ciptas intestinais, perto de nódulos linfoides e veias, artérias;
- Causa hemorragia (destruição do tecido).
Tecido intestinal normal x tecido intestinal lesado.
- Animal não consegue absorver os nutrientes e fazer uma secreção adequada.
- Mucosa hiperêmica, hemorrágica por conta da citólise. 
Epidemiologia
Primeiras descrições
- Década de 1970/1978 – primeira panzootia:
· Europa, Austrália, EUA – CPV-2;
· Problemas reprodutivos em cães.
- No início: neonatos com doença generalizada;
- Hoje: gastroenterite (Ac presentes!).
Variantes predominantes no tempo e espaço
- CPV2/2ª/2b/2c.
Período de incubação
- 5 dias (2-10d).
Pico de incidência
- 6 semanas – 6 meses (média canina) > não é comum em animais com mais de um ano de idade (sistema imune mais desenvolvido);
- Verão ou meses quentes.
Via de eliminação
- Fezes;
- Um grama de fezes: 10¹² partículas infectantes;
- Necessário 1000 partículas para infectar o animal.
Transmissão direta
- Horizontal;
- Vertical – parvovírus precisa infectar a gestante e entrar na placenta > abortamento por parvovírus canino.
Transmissão indireta
- Fômites;
- Solo;
- Vetores mecânicos.
Fezes de
- Animal doente;
- Animal convalescente;
- Animal com doença subclínica.
Porta de entrada
- Via oral > via fecal-oral mais comum;
- Via respiratória.
Fatores predisponentes
- Co-infecção parasitária/outros vírus;
- Qualquer coisa que estimule a alta produção de células da cripta;
- Algumas raças (EUA).
Patogenia
- Cães que já tiveram parvovirose e não morreram, possuem uma imunidade duradoura;
- Não eliminam mais o vírus no ambiente (IgG permanente);
- Animais pós-parvo necessitam de suplementação por conta da necrose do intestino (não absorve nutrientes).
- Logo que o indivíduo nasce, titulação de anticorpos maternais é alta > com o tempo, diminui;
- Anticorpos de interferência (interfere com a vacina) > pode causar falha vacinal (é difícil, mas não incomum). 
- 1ª dose da vacina geralmente coincide com o início da faixa de suscetibilidade.
Miocardite
- Geralmente infecção na primeira semana de vida.
Sinais clínicos
- Anorexia, apatia, febre;
- Vômito;
- +/- dois dias: diarreia:
· Estrias de sangue;
· Hemorrágica/partículas da mucosa.
- Desidratação:
· Morte;
· Recuperação > síndrome de má-absorção (perda/fusão das visolidades).
Diagnóstico
Clínico
- Anamnese + sinais clínicos;
- História pregressa;
- Histórico de vacinação;
- Aumento dos linfonodos regionais, desidratação, secreções em nariz e olhos, vômitos.
Laboratório clínico
- Hematócrino alto;
- Leucopenia acentuada (+/- 1000);
- Recuperação: linfócitos.
Etiológico
- Fezes: hemaglutinação (HA);
- Imunocromatografia;
- PCR.
Sorológico
- Inibição da hemaglutinação (HI);
- ELISA;
- Vírus-neutralização.
Tratamento/prognóstico
- Hidratação;
- ATM;
- Soro hiperimune: 8-10mL/kg/IV, dose única;
- Soro anti-endotoxina: bactérias gram-negativas > início;
- Probióticos.
- Desidratação + leucócitos + estado geral.
Profilaxia
- Inespecífica: ambiente;
- Específica: vacinação.
Limpeza e desinfecção ambiental
- Remoção mecânica prévia (limpeza/fricção) sempre é necessária;
- Adequar conforme ambiente e probabilidade de permanência do vírus/agente:
· Superfícies e volumes;
· Sequência lógica;
· Intervalos e frequências;
· Tipo de desinfetante.
Variáveis a considerar:
- Incidência solar e/ou desinfecção por calor > flambagem, vassoura de fogo, vapor de água;
- Desinfecção com produtos químicos > imersão, pulverização, aspersão, fumigação.
Hipoclorito de sódio:
Solução a 1% ou 10.000 ppm de cloro ativo (10 minutos)
Solução a 2,5% ou 25.000 ppm de cloro ativo (5 minutos)
Necessária fricção.
Amônia quaternária:
- Verificar diluição/bula (diferentes concentrações no mercado);
- Mínimo 5 minutos;
- Incompatível com detergentes.
Cal virgem:
- Piso de cimento (1kg/m2) - hidratar - 2 horas;
- Piso de terra (0,5kg/m2) - hidratar - 2 horas;
- Pintura das instalações – cal hidratada ou cal virgem > 2,5 l de água para 9,0 kg de cal.
- Requer uso de equipamentos de proteção (botas, máscara, luvas, óculos) e recipiente adequado que não derreta com o calor liberado.
Vacinas
- Proteção cruzada total: CPV-2; CPV-2ª;
- Maioria com CPV-2b;
- Diminui incidência da doença clínica (exterior):
· No Brasil: muitos acometidos.
- Inoculação SC;
- Óctupla, Décupla...
Protocolo vacinal
- Primovacinação + reforços:
· 30 + 21 + 21;
· 30+ 15 + 15 + 15;
· 45 + 15 + 15;
· Ler a bula!
- Reforços anuais.