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1 TEXTOS LITERÁRIOS 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 2. HISTÓRIA...............................................................................................................4 3. TEXTOS LITERÁRIOS...........................................................................................7 4. ABORDAGENS DE ENSINO DE LÍNGUAS........................................................10 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................16 CONCLUSÃO................................................................................................21 REFERÊNCIAS..........................................................................................................27 4 1. INTRODUÇÃO Inglês (English) é uma língua germânica ocidental que surgiu nos reinos anglo-saxônicos da Inglaterra e se espalhou para o que viria a tornar-se o sudeste da Escócia, sob a influência do reino anglo medieval da Nortúmbria. Após séculos de extensa influência da Grã-Bretanha e do Reino Unido desde o século XVIII, através do Império Britânico, e dos Estados Unidos desde meados do século XX, o inglês tem sido amplamente disperso em todo o planeta, tornando-se a principal língua do discurso internacional e uma língua franca em muitas regiões. O idioma é amplamente aprendido como uma segunda língua e usado como língua oficial da União Europeia, das Nações Unidas e de muitos países da Commonwealth, bem como de muitas outras organizações mundiais. É o terceiro idioma mais falado em todo o mundo como primeira língua, depois do mandarim e do espanhol. Historicamente, o inglês originou-se da fusão de línguas e dialetos, agora coletivamente denominados inglês antigo, que foram trazidos para a costa leste da Grã-Bretanha por povos germânicos (anglo-saxões) no século V, sendo a palavra english derivada do nome dos anglos e, finalmente, de sua região ancestral de Angeln (no que é agora Schleswig-Holstein). Um número significativo de palavras em inglês são construídos com base nas raízes do latim, visto que esse idioma foi, de alguma forma, a língua franca da Igreja Cristã e da vida intelectual europeia. O inglês foi mais influenciado pela língua nórdica antiga, devido a invasões viquingues nos séculos VIII e IX. A conquista normanda da Inglaterra no século XI originou fortes empréstimos do franco-normando e as convenções de vocabulário e ortografia começaram a dar a aparência superficial de uma estreita relação do inglês com as línguas românicas, o que agora é chamado de inglês médio. A Grande Mudança Vocálica, que começou no sul da Inglaterra no século XV é um dos eventos históricos que marcam o surgimento do inglês moderno a partir do inglês médio. https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_germ%C3%A2nicas_ocidentais https://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra_anglo-sax%C3%A3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra https://pt.wikipedia.org/wiki/Esc%C3%B3cia https://pt.wikipedia.org/wiki/Anglos https://pt.wikipedia.org/wiki/Medieval https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Nort%C3%BAmbria https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Gr%C3%A3-Bretanha https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Brit%C3%A2nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Anglofonia https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_franca https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_l%C3%ADngua https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_oficial https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Europeia https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Commonwealth https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_l%C3%ADnguas_por_total_de_falantes https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_mandarim https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_espanhola https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingl%C3%AAs_antigo https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A3-Bretanha https://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_germ%C3%A2nicos https://pt.wikipedia.org/wiki/Anglo-sax%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Anglos https://pt.wikipedia.org/wiki/Schleswig-Holstein https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Crist%C3%A3 https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_n%C3%B3rdica_antiga https://pt.wikipedia.org/wiki/Danelaw https://pt.wikipedia.org/wiki/Conquista_normanda_da_Inglaterra https://pt.wikipedia.org/wiki/Empr%C3%A9stimo_(lingu%C3%ADstica) https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_normanda https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_rom%C3%A2nicas https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingl%C3%AAs_m%C3%A9dio https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Mudan%C3%A7a_Voc%C3%A1lica https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingl%C3%AAs_moderno 5 Devido à assimilação das palavras de muitos outros idiomas ao longo da história moderna, o inglês contém um vocabulário muito grande. O inglês moderno não só assimilou palavras de outras línguas europeias, mas também de todo o mundo, incluindo palavras do hindi e de origens africanas. O Oxford English Dictionary lista mais de 250 000 palavras distintas no idioma, não incluindo muitos termos técnicos, científicos ou gírias. https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_da_Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hindi https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_africanas https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxford_English_Dictionary https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxford_English_Dictionary https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%ADria 6 2. HISTÓRIA O inglês é uma língua germânica ocidental que se originou a partir dos dialetos anglo-frísio e saxão antigo trazidos para a Grã-Bretanha por colonos germânicos de várias partes do que é hoje o noroeste da Alemanha, Dinamarca e Países Baixos. Até essa época, a população nativa da Bretanha Romana falava língua celta britânica junto com a influência acroletal do latim, desde a ocupação romana de 400 anos. Uma das tribos germânicas que chegaram à Grã-Bretanha foram os anglos, que Beda acreditava terem mudado completamente a Bretanha. Os nomes england (de Engla land ou "terra dos anglos") e english (do inglês antigo englisc) são derivados do nome dessa tribo; no entanto saxões, jutos e uma variedade de povos germânicos a partir das costas da Frísia, Baixa Saxônia, Suécia e Jutlândia do Sul também se mudaram para a Grã-Bretanha nesta época. Inicialmente, o inglês antigo era umgrupo diverso de dialetos, o que reflete as origens variadas dos reinos anglo-saxões da Grã-Bretanha, mas um desses dialetos, o saxão ocidental, eventualmente passou a dominar e é neste que o poema Beowulf foi escrito. O inglês antigo mais tarde foi transformado por duas ondas de invasões. O primeiro foi por falantes do ramo linguístico germânico setentrional, quando Haldano e Ivar, o Desossado começaram a conquista e a colonização do norte das Ilhas Britânicas, nos séculos VIII e IX (ver Danelaw). A segunda foi por falantes do normando antigo, uma língua românica, no século XI com a conquista normanda da Inglaterra. O normando desenvolveu-se para anglo-normando e depois para anglo- francês, quando introduziu uma nova gama de palavras, especialmente através dos tribunais e do governo. Além do alargamento do léxico com palavras escandinavas e normandas, estes dois eventos também simplificaram a gramática e transformaram o inglês em uma linguagem de empréstimo, mais aberta para aceitar https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_germ%C3%A2nicas_ocidentais https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_anglo-fr%C3%ADsias https://pt.wikipedia.org/wiki/Sax%C3%A3o_antigo https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A3-Bretanha https://pt.wikipedia.org/wiki/Germ%C3%A2nicos https://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinamarca https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixos https://pt.wikipedia.org/wiki/Brit%C3%A2nia_(prov%C3%ADncia_romana) https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_celta https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_brit%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romano https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribos_germ%C3%A2nicas https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A3-Bretanha https://pt.wikipedia.org/wiki/Anglos https://pt.wikipedia.org/wiki/Beda https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingl%C3%AAs_antigo https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingl%C3%AAs_antigo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sax%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Jutos https://pt.wikipedia.org/wiki/Fr%C3%ADsia https://pt.wikipedia.org/wiki/Baixa_Sax%C3%B4nia https://pt.wikipedia.org/wiki/Baixa_Sax%C3%B4nia https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A9cia https://pt.wikipedia.org/wiki/Jutl%C3%A2ndia_do_Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingl%C3%AAs_antigo https://pt.wikipedia.org/wiki/Dialeto https://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra_anglo-sax%C3%A3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Beowulf https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_germ%C3%A2nicas_setentrionais https://pt.wikipedia.org/wiki/Haldano_(filho_de_Ragnar) https://pt.wikipedia.org/wiki/Ivar,_o_Desossado https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhas_Brit%C3%A2nicas https://pt.wikipedia.org/wiki/Danelaw https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_rom%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Conquista_normanda_da_Inglaterra https://pt.wikipedia.org/wiki/Conquista_normanda_da_Inglaterra https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_normanda https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_anglo-normanda https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Anglo-franc%C3%AAs&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Anglo-franc%C3%AAs&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9xico https://pt.wikipedia.org/wiki/Empr%C3%A9stimo_(lingu%C3%ADstica) 7 novas palavras de outras línguas. As mudanças linguísticas no inglês após a invasão normanda produziu o que é agora conhecido como inglês médio, sendo The Canterbury Tales, de Geoffrey Chaucer, a obra mais conhecida. Durante todo este período o latim, de alguma forma, era a língua franca da vida intelectual europeia, em primeiro lugar o latim medieval da Igreja Cristã, mas depois o latim humanista da Renascença e aqueles que escreveram ou copiaram textos em latim comumente cunharam novos termos do idioma para se referir a coisas ou conceitos para os quais não havia nenhuma palavra nativa existente no inglês. O inglês moderno, que inclui as obras de William Shakespeare[28] e a Bíblia King James, é geralmente datado de cerca de 1550, e quando o Reino Unido se tornou uma potência colonial, o idioma serviu como língua franca das colônias do Império Britânico. No período pós-colonial, algumas das nações recém- criadas que tinham várias línguas nativas optaram por continuar a empregar o inglês como língua franca para evitar as dificuldades políticas inerentes à promoção de qualquer língua própria acima das outras. Como resultado do crescimento do Império Britânico, o inglês foi adoptado na América do Norte, Índia, África, Austrália e em muitas outras regiões, uma tendência alargada com o surgimento dos Estados Unidos como uma superpotência em meados do século XX, nomeadamente após a Segunda Guerra Mundial. O inglês deixou de ser uma "linguagem inglesa", no sentido de pertencer apenas às pessoas que são etnicamente inglesas. O uso do idioma está crescendo ao redor do mundo para a comunicação internacional. A maioria das pessoas aprendem inglês por razões práticas, em vez de ideológicas. Muitos falantes do inglês na África tornaram-se parte de uma comunidade linguística "afro-saxã" que une africanos de diferentes países. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingl%C3%AAs_m%C3%A9dio https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Canterbury_Tales https://pt.wikipedia.org/wiki/Geoffrey_Chaucer https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_franca https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim_medieval https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Crist%C3%A3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Humanista https://pt.wikipedia.org/wiki/Renascen%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingl%C3%AAs_moderno https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia_King_James https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rios_coloniais https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_franca https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Brit%C3%A2nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Norte https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica https://pt.wikipedia.org/wiki/Austr%C3%A1lia https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Superpot%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/Ingleses https://pt.wikipedia.org/wiki/Africanos 8 O inglês moderno, por vezes descrito como a primeira língua franca global, também é considerado como a primeira língua mundial. O idioma é o mais usado do mundo em publicações de jornais e livros, nas telecomunicações internacionais, na publicação científica, no comércio internacional, no entretenimento de massa e na diplomacia. O inglês é, por um tratado internacional, a base para as línguas naturais controladas. Seaspeak e Airspeak são utilizadas como línguas internacionais auxiliares de navegações marítimas e da aviação. O inglês substituiu o alemão como língua dominante na pesquisa científica e atingiu paridade com o francês como uma língua diplomática após as negociações do Tratado de Versalhes em 1919. Na época da fundação da Organização das Nações Unidas no fim da Segunda Guerra Mundial, o inglês tornou-se proeminente e é agora a principal língua em todo o mundo das relações internacionais, além de ser uma das seis línguas oficiais das Nações Unidas. Muitos outras organizações internacionais em todo o mundo organizações, como o Comitê Olímpico Internacional e a União Europeia, especificam o inglês como sua língua de trabalho ou oficial. Apesar de na maioria dos países o inglês não ser uma língua oficial, é atualmente a língua mais frequentemente ensinada como língua estrangeira. https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_franca https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_francahttps://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_natural_controlada https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_natural_controlada https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_auxiliar https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_auxiliar https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_alem%C3%A3 https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_francesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Versalhes_(1919) https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_internacionais https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%B5es_internacionais https://pt.wikipedia.org/wiki/Comit%C3%AA_Ol%C3%ADmpico_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Europeia https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_oficial 9 3. TEXTOS LITERÁRIOS É observado nas salas de aula de cursos livres de inglês que atividades repetitivas e sem criatividade não despertam o interesse dos alunos, por não lhes apresentarem desafios. Isso ocorre na prática das quatro habilidades da língua e implica na falta de motivação e interesse em realizar as atividades, o que conseqüentemente se reflete no aprendizado. Em decorrência da experiência como professora de inglês, esta pesquisadora pode ilustrar a falta de interesse dos alunos em trabalhar com diversas atividades como, por exemplo, as voltadas à leitura e interpretação de textos, já que muitas das atividades propostas por vários materiais didáticos de língua inglesa são praticamente as mesmas ao longo do curso, mudando muitas vezes apenas o grau de dificuldade do texto, mas mantendo o estilo de atividade que envolve perguntas e respostas prontas relacionadas com o texto. As atividades envolvendo a habilidade escrita também são tidas em muitos casos como repetitivas, pois os temas propostos para serem desenvolvidos abordam, na maioria das vezes, assuntos que não estimulam os alunos a usar imaginação e criatividade quando escrevem. Os tópicos para discussões são alvo de críticas, já que os alunos também debatem assuntos desinteressantes e que não proporcionam desafio, ou que não propiciam a interação entre eles. Tais tópicos não despertam interesse dos alunos por muitas vezes não estarem de acordo com sua realidade, o que não só dificulta a participação durante a prática oral como também prejudica a interação com os outros alunos. Com relação às atividades auditivas, estas exploram, em vários exercícios, objetivos que são comuns aos alunos, isto é, exploram o que eles estão habituados a resolver, o que acarreta falta de motivação nas atividades propostas. Algumas dessas atividades se limitam a marcar verdadeiro ou falso, bem como responder as perguntas de acordo com a fita. Em outras palavras, perguntas-roteiro e facilmente destacadas do texto não estimulam o senso crítico. 10 Logo, o uso de atividades criativas é importante para estimular os alunos a realizálas e, conseqüentemente, desenvolver o aprendizado. Além disso, atividades com foco diferente ou que abordem assuntos diferenciados, como os exemplificados ao longo deste trabalho, são importantes para quebrar a rotina da grande parte de exercícios propostos nos cursos de inglês. Como uma alternativa para tais propostas, pode-se destacar a literatura (termo que usaremos para nos referirmos a poemas, contos, romances ou peças) uma vez que esta representa uma nova forma de aprendizado que engloba um universo de informações desconhecidas por muitos, como: a linguagem poética (figuras de linguagem, sonoridade, ritmo), diversos estilos de escrita, questões culturais, entre outros. Isso contribui como uma nova ferramenta para o aprendizado da língua através de uma prática mais estimulante das quatro habilidades. O uso de gêneros literários pode despertar o interesse dos alunos por ressaltar a subjetividade e proporcionar uma visão mais ampla e rica de informações. Dessa forma, o aluno está apto a usar a sua criatividade em atividades interessantes e diferenciadas que proporcionam desenvolvimento no aprendizado do idioma. Como dito anteriormente, tais atividades envolvendo textos literários podem ser aplicadas usando as quatro habilidades da língua, o que facilita o aprimoramento do idioma. Segundo Richards (2001), o ensino de línguas no mundo hoje depende, em grande parte, do uso de materiais comercializados. Os materiais são componentes chave em programas de ensino de línguas e servem de base para o estímulo que os alunos recebem para a prática em sala de aula. Os materiais também ajudam o professor inexperiente por propor idéias de como planejar e ministrar aulas. Cunningsworth (1995) declara que o material didático no ensino de língua é fonte de sugestões de atividades que englobam as quatro habilidades da língua: fala, compreensão auditiva, leitura e escrita, além de proporcionar recursos de atividades comunicativas e interativas. O autor acrescenta que os materiais são fonte de estímulo e idéias para atividades que propiciam 11 processos de aprendizagem progressivos e que balanceiam as habilidades, além de trabalhar com gramática, vocabulário e pronúncia. Já que a literatura ressalta a criatividade através dos inúmeros recursos, seria então interessante o seu uso em atividades no ensino de língua inglesa. Uma vez que a bibliografia deste assunto sugere que as atividades sejam criativas e diversificadas, faço as seguintes perguntas de pesquisa: a) Os materiais didáticos de língua inglesa utilizados nos cursos livres de Fortaleza trazem a literatura como suporte e instrumento para o aprendizado de língua inglesa? b) Se a literatura está presente nos materiais, que tipos de textos literários são encontrados nestes? c) Tais livros didáticos utilizam a literatura de forma adequada e criativa ressaltando a subjetividade dos alunos? A pesquisa é, portanto relevante, porque propõe o uso da literatura como instrumento no aprendizado de língua inglesa, visto que esta possui recursos que podem incentivar o aluno a realizar atividades que estimulem o uso da criatividade e da imaginação, o que certamente desenvolverá seu aprendizado. Para Ur (1996), o uso de textos literários no ensino de língua inglesa pode ser muito útil, já que esta desenvolve o vocabulário, sugere tópicos para discussões e redações, apresenta diferentes estilos de escrita, entre outros. Duff e Maley (2003) comentam que a literatura quebra o uso de atividades comuns em sala de aula. A pesquisa também é relevante porque propõe a análise das atividades que fazem uso da literatura contidos nos materiais didáticos de língua inglesa. Através dessa análise, poderemos questionar se a literatura está sendo explorada de forma adequada e criativa nestes materiais, já que a bibliografia deste assunto sugere que as atividades sejam diferenciadas e desafiadoras. Para este trabalho foi utilizada a pesquisa descritiva tendo como corpus os seguintes materiais didáticos: American Inside Out, New interchange, a coleção Gateways, Transitions, Explorations e Distinction. 12 4. ABORDAGENS DE ENSINO DE LÍNGUAS Segundo Duff e Maley (2003), a literatura é vista na língua inglesa como algo remoto e distante da linguagem comum. Entretanto, não devemos considerá- la como algo que não faz parte da língua, pois pode ser uma ferramenta muito útil no ensino de língua inglesa, já que dispõe de vários recursos como a sonoridade, o uso de figuras de linguagem, o estilo de escrita, vocabulário variado, que também podem ser explorados nas aulas dos cursos livres de inglês para aprimorar o aprendizado dos alunos em relação ao idioma, evitar atividades repetitivas e ao mesmo tempo enriquecer o conhecimento de mundo dos alunos. Aebersold e Field também falam sobre o texto literário. Vejamos o comentárioabaixo: “Achamos o texto literário muito útil para melhorar as habilidades dos alunos, ajudá-los a compreender diferenças culturais e ampliar oportunidades para seu crescimento pessoal. Usar vários tipos de textos desafiará e enriquecerá tanto o professor como também os alunos.” (Aebersold e Field, 1997, p. 165) Para Brumfit e Carter (2000), a literatura proporciona a mais acessível e rica forma de integração entre o passado e o presente. Isso se dá a partir de cada leitor através do contato com a linguagem literária que por sua vez abrange informações sobre vários aspectos como: filosofia, política, arte, religião de outros países, além de promover o contato com outras formas de pensamento e tradição cultural. O aprendizado da língua não estaria vinculado apenas à aquisição desta, mas também com o aprendizado de outras culturas. É válido salientar que não só os textos literários trazem informações sobre a cultura de outros países; contudo, tais textos proporcionam ao aluno um contexto e uma linguagem que despertam o interesse em descobrir mais sobre determinada cultura ou povo e podem confrontá-la com aspectos de sua própria cultura. Através dos textos literários, o aluno é colocado em um contexto diferente do que está 13 habituado em se tratando do aprendizado de uma língua estrangeira. Este universo com que o aluno se depara torna-se algo novo, o que o motiva a perceber novas informações. Lazar afirma que: “A Literatura expõe o aluno a temas complexos, novos e formas não esperadas da língua. Um bom romance ou uma estória curta pode particularmente ser fascinante, já que envolve os alunos a desenrolar o enredo. Este envolvimento pode ser melhor assimilado pelos alunos do que as falsas narrativas freqüentemente encontradas nos materiais de línguas”. (Lazar, 2004 p.15) Brumfit e Carter (1995) ressaltam que o uso da literatura no ensino de língua inglesa vem sendo discutido com mais frequência e implantado aos poucos, já que traz benefícios não só linguísticos como também culturais. Mckay (1995) apresenta o desenvolvimento da criatividade dos alunos como um desses benefícios e salienta que existe uma transferência de imaginação do universo literário para os aprendizes. Essa transferência enriquece o conhecimento de mundo do aluno que através da exposição a uma nova forma de aprendizado é estimulado a usar sua criatividade com mais freqüência, bem como participar com mais empenho das atividades propostas. Muitas vezes, a criatividade dos alunos não é estimulada o suficiente em sala de aula, pois em alguns casos o estilo de atividades desenvolvidas pelo material ou pelo professor já é conhecida pelos alunos e isso retrai muitas vezes a participação e uso do lado criativo. Duff e Maley explicam essa questão: “As atividades devem apresentar amplas oportunidades para os alunos de contribuir e dividir suas próprias experiências, percepções e opiniões. Pela sua própria natureza o texto literário dá acesso a várias experiências pessoais que cada aluno possui”. (Duff e Maley, 2003, p.6) Lazar (2004) cita várias razões para o uso de textos literários no ensino de língua inglesa: a) ajudam o aluno a entender outras culturas; b) encorajam os aprendizes a expor suas opiniões e sentimentos; c) estimulam a aquisição da língua 14 d) desenvolvem a capacidade de interpretação dos alunos; e) constituem material autêntico; f) podem ser encontrados em vários níveis; g) têm valor educacional; h) são apreciados pelos alunos; i) são motivadores. Sobre o aspecto cultural da literatura, Lazar (2004) exemplifica que os textos litarários são uma forma contextualizada do aluno ter conhecimento de como um indivíduo, membro de uma determinada sociedade, agiria ou se comportaria em uma situação específica. A descrição de uma fazenda localizada na Austrália, por exemplo, familiarizaria os alunos com o cenário típico da região, bem como o tipo de estrutura social que pode ser encontrada. Os alunos poderiam ter uma visão de como seriam os relacionamentos, emoções e atitudes dos habitantes do local. É válido ressaltar que os traços culturais de outros povos são suscetíveis de avaliações, discussões e questionamentos por parte dos alunos que, como indivíduos, podem dar suas opiniões e expressar seus sentimentos acerca de tais traços. Outro ponto comentado por Lazar (2004), e que de certa forma relaciona- se com o item anterior, é que o uso dos textos literários promove situações onde os alunos, ao participarem expressando seus sentimentos e opiniões, aceleram o processo de aquisição da língua. Lazar exemplifica que crianças com nível básico de inglês, ao serem estimuladas a lerem um pequeno poema em voz alta, acrescentando gestos ou mímica, podem fixar melhor o vocabulário, alguns padrões gramaticais e a entonação. Sobre o desenvolvimento das habilidades de interpretação, Lazar comenta que ao trabalhar textos literários com os alunos, estes desenvolvem sua capacidade, já que tais textos são muitas vezes ricos em ambigüidades ou figuras de linguagem que ajudam no desenvolvimento da habilidade leitora, por estimularem os alunos a deduzirem as informações implícitas 15 no texto. Brumfit e Carter também falam sobre a riqueza do texto literário: “... Primeiro, o texto literário é um texto autêntico com linguagem real dentro de um contexto. Ele oferece um conteúdo cuja exploração e discussão do conteúdo (o qual, se apropriadamente escolhido, pode ser importante na motivação para estudo) leva a uma percepção natural da linguagem usada”. (Brumfit e Carter, 2000, p. 15) Além disso, os textos literários proporcionam exemplos de recurso de linguagem usados em sua totalidade, ou seja, de diversas formas. O leitor, por sua vez, exerce um papel de interação ao trabalhar com tais textos e compreender melhor a língua. Sobre a autenticidade do material, Brumfit e Carter (2000) afirmam que o texto literário é o único tipo de texto onde diversas formas de linguagem podem ser usadas e mescladas ao mesmo tempo. Sobre esse aspecto Cook (2000) acrescenta que uma das características do texto literário é o uso de neologismos, arcaísmos, figuras de linguagem que tornam os textos literários ainda mais interessantes, pois os alunos podem interagir com uma nova forma de linguagem que não estão habituados. Entretanto, os textos a serem trabalhados com os alunos não devem ser tão marcados por estas características para não dificultar a leitura dos alunos, como veremos mais adiante. De acordo com as observações e exemplos acima descritos, pode-se concluir que o uso da literatura também envolve razões lingüísticas e metodológicas. Duff e Maley (2003) ainda observam que os textos literários se apresentam de diversas formas, ou seja, os alunos têm contato com amostras de vários gêneros de escrita como peças, contos, poemas e romances. Isso traz benefícios para os aprendizes que se deparam com outras formas de apresentação da linguagem escrita, além de quebrar a rotina de atividades em sala de aula. Lazar (2004) exemplifica e descreve alguns aspectos positivos de se trabalhar com peças ou extrato de peças em sala de aula. Este tipo de gênero literário é rico em diálogos, logo, usá-los com os alunos é uma forma motivadora de focar a linguagem oral. É claro que os diálogos dos personagens nas peças diferem da linguagem do dia-a-dia, mas são ricos em 16 pausas, interrupções, hesitações, que podem enfatizar aspectos importantes da língua em si. É válido mostrar aos alunos que o idioma não é estático, ou seja, há traços como entonação, pronúncia, hesitação, que devem ser levados em consideração na fala. O uso de peças também promove a interação entre os alunos, fazendo com se sintam fortemente engajados, o que reflete positivamente na sua participação. Além disso, os conflitos de ordemhumana, moral e política que normalmente fazem parte do enredo das peças, tornam-se recursos valiosos que unem os estudantes intelectualmente e emocionalmente, gerando temas para discussão. A autoconfiança dos alunos também pode ser melhorada através das peças. Até mesmo os alunos mais tímidos que sentem dificuldades em improvisar, podem participar através do texto escrito, praticando a pronúncia e a entonação dos diálogos. Gareis (2000), que também defende o uso da literatura em sala de aula de língua inglesa, enfatiza que os próprios alunos solicitam a leitura de textos literários. Ela ainda sugere o uso de adaptações fílmicas como complemento e suporte para atividades em sala, já que muitos romances foram adaptados para o cinema. Acrescenta, ainda, que os alunos podem desenvolver vídeos com base na leitura. Muitos alunos não demonstram interesse em ler determinado texto e resistem a realizar as atividades sugeridas pelo professor. Sobre esse aspecto, Duff e Maley afirmam que: “O aluno é um agente ativo em sala de aula e não um receptor passivo. É essencial para nós que as atividades provoquem interação entre leitores e texto [...], e entre os leitores mesmos, incluindo o professor”. (Duff e Maley, 2003, p.5) É válido salientar que o texto literário promove este tipo de interação, já que está aberto a vários tipos de interpretação, dando suporte ainda para outras atividades como explicam Holmes e Moulton (2001) ao discorrerem sobre as vantagens do uso da poesia em sala de aula de língua inglesa, pois incentivam o uso deste gênero literário não somente para desenvolver a habilidade leitora como também a habilidade escrita. Segundo as autoras, a poesia é um veículo importante 17 não só para a prática de estruturas gramaticais, mas também pode ser muito útil na prática das habilidades da língua, bem como no desenvolvimento de vocabulário, pronúncia, escrita, apreciação literária, entre outros. As autoras enumeram ainda as vantagens de incentivar os alunos a escreverem poemas. Além do aspecto cultural, elas destacam: uso de vocabulário familiar aos alunos; descoberta de novas palavras através do uso do dicionário; prática de estruturas como frases, ordem de palavras e tempos verbais; desenvolvimento da autoconfiança em compartilhar idéias na escrita; uso da criatividade e imaginação; prática de pronúncia e escrita de palavras, etc. Tal prática pode ser utilizada em todos os níveis e todas as idades, porém, de acordo com a realidade cultural de cada país, ou seja, os alunos devem ser estimulados a escrever sobre assuntos que lhes sejam familiares. Pignatari (1981) também fala sobre o uso da poesia. É válido ressaltar que o autor não se refere ao uso da poesia no ensino de língua inglesa, mas através do seu comentário podemos também direcioná-lo para tal fim, já que existem muitos outros aspectos como a sonoridade, o uso de figuras de linguagem, o ritmo, a rima, etc., que também podem ser levados em consideração ao se trabalhar este tipo de texto literário em sala de aula de língua inglesa. Vejamos o comentário abaixo: “Em poesia você observa a projeção de uma analógica sobre a lógica da linguagem projeção de uma gramática analógica sobre a gramática lógica. É por isso que a simples análise gramatical de um poema é insuficiente. Um poema cria a sua própria gramática. E o seu próprio dicionário. Um poema transmite a qualidade de um sentimento. Mesmo quando parece estar veiculando idéias, ele está é transmitindo a qualidade de um sentimento dessa idéia. Uma idéia para ser mantida, e não apenas entendida, explicada, destacada. A maior parte das pessoas lê poesia como se fosse prosa. A maior parte quer conteúdos, mas não percebe formas. Em arte, forma e conteúdo não podem ser separados. Perguntava o poeta Yeats: Você pode separar 18 o dançarino da dança? Quem se recusa a perceber formas não pode ser artista. Nem fazer arte”. (Pignatari,1981) Poesia é a arte do anti-consumo. A palavra “poeta” vem do grego poetes = aquele que faz”. Faz o que? Faz linguagem. E aqui está a fonte principal do mistério. (Pignatari,1981). O objetivo de trabalhar com poemas é exatamente fugir dos padrões que os alunos estão acostumados. Padrões de perguntas e respostas prontas, circular verbos, adjetivos, pronomes etc. A razão de se trabalhar a literatura é justamente fazer o aluno ir além do que está acostumado, enxergar outras formas de aprendizado, poder usar sua imaginação e criatividade com mais freqüência. E é isso que queremos dizer com usar a literatura de forma adequada e como ferramenta no ensino de língua inglesa. Verifica-se, portanto, que o uso da literatura na sala de aula de língua inglesa pode ser muito útil, pois o professor pode explorar as quatro habilidades da língua dentro do universo literário, o que daria aos alunos mais criatividade para a escrita, mais estímulo para a leitura, mais subsídios e interesse para a fala e atividades mais interessantes envolvendo a habilidade auditiva. 19 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A literatura tem potencial de descortinar um universo de fantasias, retratando sobre o papel ou sobre a tela de plataformas tecnológicas, inumeráveis narrativas que nos levam à imaginar, recriar, recontar, interpretar e com isso aprender. Os PCN (BRASIL, 1998, p.55) neste sentido, propõem que: [...] para além da memorização mecânica de regras gramaticais ou das características de determinado movimento literário, o aluno deve ter meios para ampliar e articular conhecimentos e competências que possam ser mobilizadas nas inúmeras situações de uso da língua com que se depara na família, entre amigos, na escola, no mundo do trabalho. A partir deste entendimento podemos depreender que o ensino de Língua Estrangeira Inglês pode utilizar textos literários, proporcionando aos estudantes contato com as diversas formas de gêneros textuais. Collie and Slater (1987) sugerem que o estudante exposto ao texto literário pode ter um ganho substancial na habilidade de escrita, na formação e funcionamento das sentenças, nas diferentes formas de conectar as ideias e uma variedade de estruturas possíveis. A leitura propriamente dita é uma atividade e uma habilidade a ser desenvolvida, “Reading” e sua prática possibilita ainda a leitura do texto por parte do professor, alcançando assim mais uma habilidade, o “listening”. Reading a substantial and contextualised body of text, students gain familiarity with many features of the written language – the formation and function of sentences, the variety of possible structures, the different ways of connecting ideas – which broaden and enrich their own writing skills. 20 (COLLIE&SLATER, 1987,p. 5). A leitura propriamente dita é uma atividade e uma habilidade a ser desenvolvida, “Reading” e sua prática possibilita ainda a leitura do texto por parte do professor, alcançando assim mais uma habilidade, o “listening”. De acordo com Lazar (2005, p.138): Since most plays are rich in dialogues, using a play with students is a useful and exciting way of focussing on conversational language. A leitura de uma peça de teatro com os alunos seria uma forma útil e interessante para focar na pratica da conversação, desenvolvendo assim mais uma habilidade, o “speaking”. Área de Concentração: Estudos Literários em Língua Inglesa. Luiz Antônio Marcuschi afirma que “Os gêneros que aparecem nas seções centrais e básicas, analisados de maneira aprofundada, são sempre os mesmos. Os demais gêneros figuram apenas para enfeite e até para distração dos alunos.” (MARCUSHI, 2008, P. 207) De modo que quase que invariavelmente encontramos em materiais didáticos de Língua Inglesa, textos publicitários ou de opinião, enquanto textos literários de autores consagradosnão são explorados didaticamente para aprimorar as práticas discursivas, a saber: reading, speaking, listening e o writing. Justificativa: A literatura, ensinada em L1 que permite ao aluno ampliar a sua compreensão da linguagem conotativa, experimentar diferentes formas de cognição e a possibilidade de conhecer novos autores, diferentes gêneros e estilos, de diferentes épocas e contextos sócio-culturais, formando um olhar crítico sobre a linguagem e seus processos de aquisição. Tema: Introdução do texto literário no ensino de Inglês. 21 Através da literatura é possível promover discussões a fim de compreender as relações politicas, econômicas, ideológicas e culturais de uma sociedade para edificação de um sujeito crítico, conforme afirma Cavalcante (2004). A literatura como um mundo (microcosmos) em que se representa a realidade, podendo ser fonte de sabedoria e de vida. É procurar fazer com que o aluno desenvolva habilidades para compreender, decodificar sistemas de signos e símbolos, ideologia (s). (CAVALCANTE, 2004, p. 138). Analisar e interpretar textos são, portanto, habilidades fundamentais em qualquer idioma, não poderia ser diferente para o estudante de uma L2. Objetivos: - Estimular a prática da leitura e a compreensão de textos através da literatura, de diferentes gêneros textuais, como o conto por exemplo. Ampliar a visão dos alunos sobre autoria e clássicos consagrados da literatura. Ampliar o vocabulário e aperfeiçoar a escrita e a produção de textos. _ Orientar os alunos quanto à profusão de diferentes culturas, hábitos e costumes, quer sejam contemporâneos ou de diferentes épocas. - O texto literário, por não ter sido criado especificamente para fins didáticos, é rico e genuíno. Uma seara de vocabulário e expressões idiomáticas. 3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO Durante o Estágio, realizado no curso de Letras Inglês modalidade Flex, foram observadas aulas na Educação Básica, Ensino Médio (3 Ano) na Escola De Educação Básica Adolpho Konder em Blumenau Santa Catarina. Os dados técnicos e teóricos relacionados neste trabalho são frutos de uma extensa pesquisa bibliográfica acerca do tema proposto. Para este trabalho, fez-se um recorte: 22 (1) dos fundamentos teóricos, (2) do que foi observado e realizado em sala e, ainda, (3) das considerações/compreensões possibilitadas pela experiência. As técnicas utilizadas durante o Estágio foram a observação e o diário de campo e a regência. Após coletados os dados a partir do diário, realizou-se uma reflexão a partir dos aportes teóricos – esses resumidamente apresentados na seção anterior. Em especial, os conceitos de gêneros do discurso, letramento, práticas de leitura e escrita levando em conta as necessidades reais dos estudantes em sociedade. Tal reflexão foi potencializada a partir da disciplina Estágio Curricular Supervisionado III – uma das disciplinas da grade de Formação em Letras-Inglês (FLX) –, que tem o objetivo de realizar um trabalho reflexivo apoiado nos estudos das disciplinas do curso, em especial, o Estágio. Durante o período de regência de classe foram trabalhados os gêneros do discurso, por exemplo, Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde (O Médico e o Monstro) (1886) de Robert Louis Stevenson através do qual os alunos puderam compreender o uso dos gêneros textuais, seu lugar e contexto, a narrativa enquanto gênero e estilo literário, o uso da língua inglesa, sua estrutura gramatical e lexical. 4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (considerações finais) A experiência da sala de aula – observação e regência – contribuiu sobremaneira para a observação de conceitos da área de Letras na prática. Além disso, essa vivência demonstrou a recepção dos alunos em relação às práticas pedagógicas que se apoiem em concepções de letramento/gêneros do discurso. Da mesma maneira, a aplicação das cinco aulas trouxe contribuições para a formação do acadêmico de Letras. A experiência do estágio contribuiu muito para a troca de experiências – teórica e prática – entre professor de sala e estagiário. Além de termos recebido relatos orais bastante significativos por parte dos alunos daquela turma. Assim, os professores devem estar cientes de que o papel dos professores de LE não é somente ensinar a língua – gramática, sintaxe e etc – mas 23 poder também fazer com que a LE interaja com outras disciplinas, valorizando assim o aspecto inter e multidisciplinar. Aprendemos muito com esse processo e plantamos uma semente, que ao germinar pode gerar como frutos novos leitores, disseminadores da prática da leitura e especialmente formados para a vida acadêmica, social e profissional. 24 REFERÊNCIAS O teatro das moralidades. Recanto das Letras. ↑ Ir para:a b A interação entre Christopher Marlowe e William Shakespeare no contexto do drama elisabetano. Por Mail Marques de Azevedo. Travessias, vol. 2, n° 2 (2008). Unioeste. ↑ "Evolução" do teatro medieval. Por Alexandre Mate. Laboratório- Portal teatro sem cortinas. ↑ Teatro Medieval. ↑ Christopher Marlowe. Encyclopædia Britannica Online. Encyclopædia Britannica Inc., 2013. http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/1531307 https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_inglesa#cite_ref-Mail_2-0 https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_inglesa#cite_ref-Mail_2-1 http://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/download/3002/2350 http://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/download/3002/2350 https://pt.wikipedia.org/wiki/Unioeste https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_inglesa#cite_ref-3 http://www.teatrosemcortinas.ia.unesp.br/Home/HistoriadoTeatroMundial33/03.htm.0001---genero-teatrais-do-teatro-medieval.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_inglesa#cite_ref-4 http://www.coladaweb.com/literatura/teatro-medieval https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_inglesa#cite_ref-5 http://www.britannica.com/EBchecked/topic/365890/Christopher-Marlowe
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