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GRAN CONCURSOS
DIRETORIA DE PRODUÇÃO EDUCACIONAL
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIVERSOS
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
GRANCURSOSONLINE.COM.BR
CÓDIGO:
2612023855
TIPO DE MATERIAL:
E-book
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
1/2023
3
Prof. Diogo Surdi
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
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Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................4
LEI DAS ELEIÇÕES ........................................................................................................5
1. DISPOSIÇÕES GERAIS ..............................................................................................5
2. COLIGAÇÕES ..............................................................................................................9
3. CONVENÇÕES PARA A ESCOLHA DE CANDIDATOS ..........................................12
4. REGISTRO DE CANDIDATOS ....................................................................................14
5. ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS ..................................................22
6. PRESTAÇÃO DE CONTAS .........................................................................................32
7. PESQUISAS E TESTES ..............................................................................................36
8. PROPAGANDA POLÍTICA ..........................................................................................38
9. SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO ...................................................................56
10. MESAS RECEPTORAS .............................................................................................57
11. CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS ............................................58
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Prof. Diogo Surdi
LEIS DAS ELEIÇÕES ESQUEMATIZADAS
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APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal! Tudo bem? Espero que sim!!
Nas provas em que a disciplina de Direito Eleitoral é exigida, uma das mais importantes 
normas é a Lei das Eleições (Lei n. 9.504/1997).
Não é exagero afirmar, dessa forma, que praticamente todas as provas de Direito Elei-
toral contam com pelo menos uma questão acerca da Lei das Eleições, visto que é a 
norma responsável por regular a imensa maioria das regras relacionadas com o processo 
eleitoral. Logo, seu estudo é imprescindível para todos aqueles que quiserem fazer uma 
excelente prova de concurso.
Nesse contexto, este material foi elaborado com a finalidade de abordar os principais 
pontos da Lei das Eleições, auxiliando na preparação e otimizando o processo de apro-
vação nas provas de concurso público.
Fico à disposição, desde já, para sanar todas as dúvidas que eventualmente surgirem.
Um grande abraço a todos!
Diogo Surdi
Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos 
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita 
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do 
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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LEI DAS ELEIÇÕES
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
A Lei n. 9.504/1997, popularmente conhecida como a Lei das Eleições, é, atualmente, 
o principal diploma exigido em provas de concurso. E o motivo para isso é de fácil compre-
ensão: no Direito Eleitoral, diversos são os institutos e as peculiaridades, mas todos, sem 
exceção, possuem como objetivo final garantir que o processo democrático seja exercido 
sem a interferência ou abuso do poder econômico.
Em outras palavras, o Direito Eleitoral tem como principal preocupação garantir que a 
vontade do povo se reflita nos candidatos diretamente eleitos, sem a interferência do poder 
econômico e de outras formas de coação.
Para uma correta compreensão das “disposições gerais” da Lei das Eleições, é necessá-
rio, em um primeiro momento, termos uma visão geral acerca dos sistemas eleitorais existen-
tes em nosso ordenamento jurídico.
Dois são os sistemas eleitorais adotados em nosso ordenamento jurídico: o sistema 
majoritário e o sistema proporcional.
O sistema majoritário é aquele utilizado para a eleição dos Chefes do Poder Executivo 
(Prefeitos, Governadores, Presidente e respectivos Vices) e para os cargos de Senador.
Esse sistema é bem tranquilo de entender, de forma que o candidato que receber mais 
votos sempre será aquele escolhido para ocupar o cargo em disputa.
No entanto, temos que fazer uma pequena diferenciação entre os cargos que podem 
ou não ter segundo turno. No caso de Governadores e Presidente, sempre poderemos ter 
segundo turno, sendo que essa possibilidade ocorre quando nenhum dos candidatos 
alcançar a maioria absoluta (mais que 50%) dos votos válidos.
No caso dos cargos de Senador, em sentido oposto, a eleição sempre será concluída em 
um único turno de votação. Logo, exige-se a obtenção da maioria simples dos votos.
Para a eleição dos Prefeitos, temos que fazer uma distinção:
a) Nos municípios com menos de 200 mil eleitores, a eleição resolve-se com apenas um 
turno de votação, sendo que aquele que obtiver mais votos é eleito para o cargo em disputa.
b) Nos municípios com mais de 200 mil eleitores, por outro lado, as regras a serem 
adotadas são as mesmas das eleições para Governador e Presidente, ou seja, caso nenhum 
dos candidatos alcance a maioria absoluta dos votos válidos, teremos segundo turno, con-
correndo os dois candidatos de maior votação.
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Eleições majoritárias 
absolutas
Eleições majoritárias 
simples
Presidente Senadores
Governadores Prefeitos em municípios com menos de 200 mil eleitores
Prefeitos em municípios com 
mais de 200 mil eleitores
O sistema proporcional adota uma sistemática completamente diferente daquela ado-
tada nas eleições majoritárias, de forma que nem sempre o candidato de maior votação será 
o eleito para o cargo em disputa.
Esse sistema tem por objetivo fazer com que os pequenos partidos políticos consigam 
eleger seus candidatos, em plena consonância com o fundamento constitucional do plu-
ralismo político.
A lógica é bem simples de entender: se todas as eleições fossem realizadas pelo sistema 
majoritário, certos partidos ou coligações (normalmente os de maior poder econômico) pode-
riam eleger seus candidatos para todas as cadeiras em disputa.
No sistema proporcional, diversos passos são adotados até chegarmos à relação dos 
candidatos eleitos, como a determinação dos votos válidos, a determinação do quociente 
eleitoral e a determinação do quociente partidário.
Neste momento, temos que memorizar, apenas, que os cargos escolhidos por meio do 
sistema proporcional são os seguintes: Vereador, Deputado Estadual ou Distrital e Depu-
tado Federal.
Inicialmente, devemos saber que as eleições sempre serão realizadas, em primeiro turno, 
no primeiro domingo de outubro. Em caso de necessidade de segundo turno, novas elei-
ções serão realizadas no último domingo de outubro do mesmo ano.
No entanto, não são todos os cargos que terão as eleições realizadas no mesmo ano. 
Em sentido oposto, as eleições serão realizadas, alternativamente, para os cargos de âmbito 
nacional/estadual e municipal.
Serão realizadas simultaneamente as eleições:
a) para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governa-
dor de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e 
Deputado Distrital;
b) para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.
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Os Chefes do Executivo serão escolhidos de acordo com as regras do sistema majori-
tário. Logo, será considerado eleito o candidato ao cargo de Presidenteou Governador que 
obtiver a maioria absoluta dos votos válidos. A maioria absoluta é alcançada quando um can-
didato consegue obter mais de 50% dos votos válidos.
Percebam que não estamos diante da maioria dos votos da eleição, mas sim apenas dos 
votos válidos. Por votos válidos, podemos entender todos os votos dados na respectiva elei-
ção, com a exclusão dos votos nulos ou em branco.
E o que ocorre caso nenhum dos candidatos alcance a maioria absoluta dos votos 
na primeira eleição (em primeiro turno)?
Nesse caso, será realizada uma nova eleição (segundo turno), no último domingo de 
outubro, com os dois candidatos mais votados. Aqui, será eleito o candidato que obtiver a 
maioria simples dos votos, não havendo necessidade de maioria absoluta.
Entre a realização do primeiro e do segundo turno, há um lapso de tempo. Nesse perí-
odo, é inegável que há a possibilidade de ocorrer algum motivo que impeça os candidatos 
de participarem da eleição. Assim, a Lei das Eleições estabelece que, se antes da realização 
do segundo turno, houver morte, desistência ou impedimento legal de candidato, será convo-
cado, dentre os remanescentes, o de maior votação.
Além disso, devemos memorizar que, nas específicas situações em que dois ou mais 
candidatos possuírem a mesma votação (empatados), participará do segundo turno o candi-
dato mais idoso.
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Devemos saber que a chapa eleitoral, nas eleições majoritárias, é considerada indivisí-
vel. Logo, a eleição do Presidente importará a do candidato a Vice-Presidente com ele regis-
trado. O mesmo se aplica à eleição de Governador e, conforme veremos oportunamente, à 
eleição de Prefeito.
Nas eleições municipais, ainda que o sistema eleitoral adotado para a escolha do Chefe 
do Poder Executivo seja o majoritário, devemos fazer uma distinção entre os municípios com 
mais de 200 mil eleitores e os demais.
Nos municípios com mais de 200 mil eleitores, as mesmas regras aplicadas às elei-
ções do Presidente e dos Governadores são aplicadas, ou seja:
a) eleição em primeiro turno quando algum candidato obtiver a maioria absoluta dos 
votos válidos;
b) não havendo maioria absoluta, segundo turno entre os dois candidatos mais votados;
c) em caso de morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocação, dentre 
os remanescentes, do de maior votação;
d) em caso de empate, qualificação do candidato mais idoso.
Nos demais municípios (aqueles que não contem com mais de 200 mil eleitores), será 
considerado Prefeito aquele que obtiver a maioria simples dos votos válidos. Nesses muni-
cípios, não há segundo turno. Logo, em linhas gerais, o candidato mais votado no primeiro 
turno será eleito como Prefeito Municipal.
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Não são todos os partidos políticos que poderão participar das eleições. Para que a 
participação seja possível, deverá a agremiação partidária observar determinadas regras e 
prazos, conforme verificado no gráfico a seguir:
Prazo Medida a ser adotada
Até seis meses antes da 
eleição
Registro do estatuto partidário 
junto ao TSE
Até a data da convenção 
partidária
Ter órgão de direção constituído 
na circunscrição eleitoral
2. COLIGAÇÕES
Nas palavras de José Jairo Gomes, a coligação partidária pode ser definida como o 
“consórcio de partidos políticos formados com o propósito de atuação conjunta e coo-
perativa na disputa eleitoral”.
Estabelece o artigo 6º da Lei das Eleições que “é facultado aos partidos políticos, dentro 
da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária”.
Esse artigo, objeto de alteração por força da Lei n. 14.211/2021, está em sintonia com 
as disposições da Emenda Constitucional n. 97/2017, segundo a qual a possibilidade de 
coligação está vedada para as eleições proporcionais, apenas sendo possível para as 
eleições majoritárias.
Para fins de prova, memorize que as coligações partidárias apenas podem ser cele-
bradas para as eleições majoritárias, não sendo admitidas nas eleições proporcionais.
A coligação funcionará como um só partido durante o período de realização das eleições, 
sendo a ela atribuídas todas as obrigações e prerrogativas de partido político no trato com a 
Justiça Eleitoral.
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A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de todas as siglas dos 
partidos que a integram, sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido 
político no que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um só partido 
no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.
A denominação da coligação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou 
número de candidato, nem conter pedido de voto para partido político.
São eleitos pelo sistema majoritário os Chefes do Poder Executivo e os Senadores. Logo, 
na propaganda para tais cargos, além do nome da coligação, deverá obrigatoriamente apare-
cer a legenda de todos os partidos que a compõem. Ficaria mais ou menos assim:
“Coligação Alternativas de Concurso
Partidos A, B, C, D e E”
Na formação de coligações, devem ser observadas, ainda, as seguintes normas:
a) na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filiados a qualquer partido 
político dela integrante. Logo, como não poderia ser diferente, não poderão fazer parte da coli-
gação aqueles que não sejam filiados a uma agremiação partidária que faça parte da coligação.
b) o pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito por uma das seguin-
tes pessoas:
• presidentes dos partidos coligados;
• seus delegados;
• maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção;
• representante da coligação.
c) os partidos integrantes da coligação devem designar um representante, que terá 
atribuições equivalentes às de presidente de partido político no trato dos interesses e na 
representação da coligação, no que se refere ao processo eleitoral;
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d) a coligação será representada perante a Justiça Eleitoral de duas diferentes formas: 
pelo representante da coligação ou por delegados indicados pelos partidos que a com-
põem. No caso dos delegados, devemos memorizar que poderão ser nomeados, a depender 
do órgão da Justiça Eleitoral, um número diferente de membros, a saber:
• três delegados perante o Juízo Eleitoral;
• quatro delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral;
• cinco delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral.
A coligação partidária, que possui caráter temporário, funcionará como um só partido 
político perante a Justiça Eleitoral. Entretanto, a Lei das Eleições estabelece que poderá o 
partido político atuar de forma isolada no processo eleitoral.
Para que a atuação isolada seja possível, deverá o partido questionar a validade da pró-
pria coligação, medida que deverá ser adotada durante o período compreendido entre a data 
da convenção e o termo final do prazo para a impugnação do registro de candidatos.
A regra geral estabelece que todos os partidos coligados funcionem como um só 
partido perante a Justiça Eleitoral. Para que alguma agremiação atue de forma isolada, 
deverá ela questionar a validade da coligação, medida que deve ser adotada no perí-
odo compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a impugna-
ção do registro de candidatos.
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A responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes de propaganda eleitoral é 
solidária entre os candidatos e os respectivos partidos, não alcançando outros partidos, 
mesmo quando integrantes de uma mesma coligação
Logo, o pagamento da multa pode serexigido tanto do candidato quanto do respec-
tivo partido político, uma vez que a responsabilidade, no caso, possui caráter solidário. A 
norma não admite que o pagamento da multa seja exigido de outros partidos políticos, ainda 
que estes façam parte de coligação partidária com o partido do candidato penalizado.
3. CONVENÇÕES PARA A ESCOLHA DE CANDIDATOS
As convenções são o momento em que cada partido se reúne com a finalidade de esco-
lher quais dos seus filiados serão escolhidos para disputar as eleições.
As convenções, considerando que os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito 
privado, são estabelecidas internamente, no regimento de cada partido, com o único 
dever de observar as normas estipuladas pela Lei das Eleições. Logo, não pode o poder 
público interferir na forma como cada partido escolhe os seus representantes. O que pode 
ser feito, apenas, é a invalidação do processo quando não respeitadas as disposições legais.
A depender da esfera federativa em que a eleição será realizada, teremos três níveis de 
convenções: municipal, estadual e nacional.
Convenções Municipais Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores
Convenções Estaduais Deputados, Senadores, Governador e Vice-governador
Convenções Federais Presidente e Vice-presidente
Uma vez que as normas para a escolha dos candidatos, nas convenções, serão 
estabelecidas nos estatutos de cada esfera partidária, o que acontece se um partido de 
nível municipal ou estadual, por exemplo, não estabelecer como as convenções serão 
realizadas?
Nesse caso, caberá ao órgão nacional estabelecer essas normas e publicá-las no Diário 
Oficial da União com a antecedência mínima de 180 dias antes das eleições.
Nesse mesmo sentido, caso os órgãos partidários de nível municipal ou estadual se opu-
serem às regras estabelecidas pelo órgão nacional, este poderá anular as deliberações 
dos órgãos inferiores, com a obrigatoriedade de comunicar essas providências, à Jus-
tiça Eleitoral, no prazo de 30 dias após a data limite para registro dos candidatos.
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Caso, como resultado da anulação do órgão superior, haja a necessidade de escolha de 
novo candidatos, o pedido deverá ser feito nos 10 dias seguintes à deliberação.
No âmbito das convenções partidárias, a principal informação a ser memorizada refere-
-se ao prazo que deve ser observado, pelos partidos políticos, para a realização do proce-
dimento. Aqui, estamos diante de um ponto bastante explorado nas questões de concurso 
público. Logo, para fins de prova, memorize que:
a) a convenção partidária deve ser realizada no período de 20 de julho a 5 de agosto 
do ano em que se realizarem as eleições;
b) como resultado da convenção, teremos uma ata, que deverá ser rubricada pela Justiça 
Eleitoral e publicada, no prazo de 24 horas, em qualquer meio de comunicação.
A convenção partidária é um ato interno de cada partido ou coligação. Logo, para a reali-
zação das convenções de escolha de candidatos, os partidos políticos poderão usar gratuita-
mente prédios públicos, responsabilizando-se por danos causados com a realização do evento.
Ressalta-se que a utilização dos prédios públicos apenas poderá ser feita de forma gra-
tuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento. A ressalva fica por conta de eventuais 
danos causados com a realização da convenção, que deverão ser responsabilizados pela 
agremiação partidária.
Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva 
circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no 
mesmo prazo. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado, será consi-
derada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.
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4. REGISTRO DE CANDIDATOS
Uma das principais etapas do processo eleitoral é o registro dos candidatos. Através 
dela, a Justiça Eleitoral passa a verificar se o candidato escolhido pela agremiação partidária 
atende a todos os requisitos previstos em lei. Uma vez atendidos, pode o candidato registrado 
fazer uso de sua capacidade eleitoral passiva, ou seja, do direito de ser votado nas eleições.
As regras relacionadas com a quantidade de candidatos sofreram profundas alterações 
legislativas. Atualmente, a regra vigente estabelece que cada partido poderá registrar can-
didatos para Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, Assembleias Legislativas e 
Câmaras Municipais, total de até 100% do número de lugares a preencher mais um.
Logo, para fins de prova, devemos memorizar a importante informação de que cada par-
tido poderá registrar candidatos para as respectivas Casas Legislativas no total de 100% + 
1 dos lugares a serem preenchidos.
Como forma de assegurar a participação feminina nas eleições, a norma estabelece que 
“do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação 
preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”.
Com a previsão, todas as agremiações partidárias, no momento de registro, são obriga-
das a reservar uma cota de participação para as candidaturas de cada sexo. Destaca-se que, 
em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a meio, e igualada a 
um, se igual ou superior.
As convenções partidárias são o momento em que os partidos e coligações escolhem 
aqueles que vão disputar as eleições para os mais diversos cargos. No entanto, pode ocor-
rer das convenções, por diversos fatores, não indicarem o número máximo de candidatos. 
Nesse caso, devemos memorizar que os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão 
preencher as vagas remanescentes até 30 dias antes do pleito.
Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até 
as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
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Não é exagero afirmar que estamos diante de uma das informações mais exigidas com 
relação à Lei das Eleições. Além disso, temos que ter o cuidado para não confundir o prazo 
limite para o registro dos candidatos com o período determinado para a realização das con-
venções partidárias.
O pedido de registro dos candidatos deve ser instruído com os seguintes documentos:
a) cópia da ata da convenção partidária;
b) autorização do candidato, por escrito;
c) prova de filiação partidária;
d) declaração de bens, assinada pelo candidato;
e) cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato 
é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo 
legalmente previsto;
f) certidão de quitação eleitoral;
g) certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal 
e Estadual;
h) fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça Eleito-
ral, com o objetivo de identificar o candidato na urna eleitoral eletrônica;
i) propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente 
da República.
Dos documentos relacionados, um destaque maior deve ser dado à certidão de quita-
ção eleitoral. De acordo com a lei, a certidão de quitação abrangerá exclusivamente:
a) a plenitude do gozo dos direitos políticos;
b) o regular exercício do voto;
c) o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito;
d) a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não 
reemitidas;
e) a apresentação de contas de campanha eleitoral.
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Com a Reforma Eleitoral de 2017, o parcelamento das multas, para fins de quitaçãocom 
a Justiça Eleitoral, passou a ser um direito, a depender da natureza do débito, dos cidadãos, 
das pessoas jurídicas e dos partidos políticos. Podemos diferenciar as previsões em questão 
da seguinte forma:
Parcelamento das multas 
eleitorais
Parcelamento de multas eleitorais 
e de outras multas e débitos de 
natureza não eleitoral imputados 
pelo poder público
Direito dos cidadãos e das pessoas 
jurídicas, sendo que o parcelamento 
poderá ocorrer em até 60 meses.
Direito dos partidos políticos, sendo 
que o parcelamento poderá ocorrer 
em até 60 meses.
Se o valor da parcela ultrapassar 5% 
da renda mensal do cidadão ou 2% 
do faturamento da pessoa jurídica, o 
parcelamento poderá estender-se por 
prazo superior.
Se o valor da parcela ultrapassar o 
limite de 2% do repasse mensal do 
Fundo Partidário, o parcelamento 
poderá estender-se por 
prazo superior.
Para que os partidos e candidatos possam adotar as medidas que entenderem neces-
sárias com relação ao pagamento de débitos eventualmente existentes, a Lei das Eleições 
determina que a Justiça Eleitoral enviará aos partidos políticos, até o dia 5 de junho do ano 
eleitoral, a relação de todos os devedores de multas eleitorais.
15 de agosto é o último dia para que seja solicitado o registro dos candidatos. Até essa 
data, os Tribunais e Conselhos de Contas deverão tornar disponíveis à Justiça Eleitoral rela-
ção dos que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejei-
tadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente. A exceção 
fica por conta dos casos em que a questão esteja sendo submetida à apreciação do Poder 
Judiciário ou em que haja sentença judicial condenatória favorável ao interessado.
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Para não confundirmos, faremos uso do seguinte quadro sinótico:
Com relação aos documentos exigidos para registro dos candidatos, devemos conhecer, 
ainda, as seguintes informações:
a) A Justiça Eleitoral possibilitará aos interessados acesso aos documentos apresenta-
dos para fins de registro;
b) Caso entenda necessário, o Juiz Eleitoral abrirá prazo de 72 horas para diligências;
c) A Justiça Eleitoral observará, no parcelamento das multas e débitos, as regras de par-
celamento previstas na legislação tributária federal;
d) Fica dispensada a apresentação, pelo partido, coligação ou candidato, de documen-
tos produzidos a partir de informações detidas pela Justiça Eleitoral;
e) É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação 
partidária.
Na hipótese do partido ou da coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes 
poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, devendo observar, para isso, o prazo máximo de 
48 horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral.
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A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é veri-
ficada tendo por referência a data da posse, salvo quando fixada em 18 anos, hipótese em 
que será aferida na data-limite para o pedido de registro.
Dessa forma, a idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegi-
bilidade é verificada, como regra geral, tendo por referência a data da posse.
Assim, a título de exemplo, caso um candidato à Presidência da República tenha, no 
momento do registro, apenas 34 anos, poderá ele, desde que complete a idade de 35 anos 
até a posse, candidatar-se ao cargo pretendido.
A única exceção se refere ao cargo em que a idade mínima constitucionalmente fixada 
é a de 18 anos (Vereador). Nessa situação, a verificação da idade mínima é feita tomando 
por base a data limite para o pedido de registro dos candidatos, ou seja, até o dia 15 de 
agosto do ano eleitoral.
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No pedido de registro, cada candidato às eleições proporcionais indicará à Justiça Eleito-
ral o nome através do qual deseja ser identificado, até o limite de três opções, e a ordem 
de preferência que deseja se registrar. Os nomes indicados poderão ser o prenome, sobre-
nome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais conhecido, desde que:
a) não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade;
b) não atente contra o pudor;
c) não seja ridículo ou irreverente.
A indicação dos nomes é importante para evitar que ocorra confusão, por parte dos elei-
tores, no momento de votar para determinado candidato. Em caso de homonímia (nomes 
com a mesma pronúncia ou com a mesma escrita), a Justiça Eleitoral adotará as seguintes 
providências com o objetivo de solucionar o conflito:
a) havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por dada 
opção de nome indicada no pedido de registro;
b) ao candidato que, na data máxima prevista para o registro, esteja exercendo man-
dato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se 
tenha candidatado com um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no registro, 
ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;
c) ao candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado 
por um dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, obser-
vado, contudo, se não há outro candidato que já exerça ou tenha exercido, nos últimos quatro 
anos, mandato eletivo com o mesmo nome;
d) tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas regras elencadas, a 
Justiça Eleitoral deverá notificá-los para que, em 2 dias, cheguem a um acordo sobre os 
respectivos nomes a serem usados. Não havendo acordo, a Justiça Eleitoral registrará 
cada candidato com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada 
a ordem de preferência ali definida.
Ao decidir sobre os pedidos de registro, a Justiça Eleitoral publicará as variações de 
nome deferidas aos candidatos. Além disso, a Justiça Eleitoral organizará e publicará, até 30 
dias antes da eleição, duas relações de nomes para uso na votação e apuração.
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Importante questão se refere à possibilidade de substituição dos candidatos. Inicialmente, 
temos que saber que a regra é a possibilidade de substituição, de forma que os partidos 
e coligações podem perfeitamente substituir os candidatos. Essa substituição, no entanto, 
deverá ser registrada no prazo de 10 dias da ocorrência do fato gerador que deu ensejo 
à substituição, e desde que esse pedido seja feito com antecedência mínima de 20 dias 
da data da realização das eleições.
Exceção a essa regra são as hipóteses de falecimento de candidatos já registrados, 
situação em que a substituição poderá ocorrer a qualquer tempo (e não com a antecedência 
mínima de 20 dias das eleições).
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Nas eleições majoritárias, caso o candidato seja de coligação, a substituição deverá ser 
realizada por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos parti-
dos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que, 
para isso, o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.
A depender do cargo em disputa, os candidatos serão identificados numericamente de 
diferentes formas. A identificação é importante, haja vista que é por meio desses números 
que o eleitor, fazendo uso da urna eletrônica, vota em determinado candidato.
Candidatos Identificação Numérica
Chefes do Poder 
Executivo (Presidente, 
Governador e Prefeito)
Número do partido ao qual 
estiverem filiados. Total de 
dois dígitos.
Senadores
Número do partido acrescido 
de um algarismoà direita. 
Total de três dígitos.
Deputados Federais
Número do partido acrescido 
de dois algarismos à direita. 
Total de quatro dígitos.
Deputados Estaduais 
ou Distritais
Número do partido acrescido 
de três algarismos à direita. 
Total de cinco dígitos.
Vereadores
Numeração disciplinada por 
Resolução do TSE.
É importante conhecermos as regras a serem observadas com relação aos candidatos 
que estejam com o registro sub judice:
O termo sub judice refere-se aos registros que estão pendentes de julgamento pela Jus-
tiça Eleitoral. Nessas situações, e pautados pelo princípio da presunção de inocência, os 
candidatos poderão efetuar todos os atos do processo eleitoral, inclusive realizar campanha 
eleitoral, ter acesso gratuito à propaganda no rádio e na televisão e ter o seu nome inscrito na 
urna eletrônica. Essa regra se aplica, igualmente, ao candidato cujo pedido de registro tenha 
sido protocolado no prazo legal e ainda não tenha sido apreciado pela Justiça Eleitoral.
No entanto, o cômputo dos votos a esses candidatos (ou para o respectivo partido polí-
tico) apenas será estabelecido se eles tiverem seu registro deferido pela Justiça Eleitoral, 
ainda que posteriormente à realização da votação.
Por outro lado, caso o registro seja indeferido pela Justiça Eleitoral, todos os votos atri-
buídos ao candidato serão considerados nulos.
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5. ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS
Uma das principais questões acerca do Direito Eleitoral é a forma como ocorrerá a arre-
cadação e as despesas de campanha por parte dos candidatos e respectivos partidos 
políticos. É possível afirmar, inclusive, que a forma como a arrecadação de recursos deve 
ocorrer é tema que praticamente divide os doutrinadores.
Não há como negar que, por meio da arrecadação dos recursos, as agremiações parti-
dárias conseguem realizar a campanha eleitoral e angariar votos dos eleitores que se identi-
ficam com a ideologia e propostas defendidas pelos respectivos candidatos.
Por outro lado, partidos políticos de maior expressão tendem a obter mais recursos 
do que as pequenas agremiações partidárias, característica que, a longo prazo, pode 
colocar em risco o princípio do pluralismo político e da alternância de poder.
Inicialmente, devemos memorizar as seguintes informações:
a) O atual modelo de financiamento de campanha adotado em nosso ordenamento jurí-
dico é o misto, sendo que os partidos e candidatos podem fazer uso tanto de recursos 
públicos quanto de recursos privados.
b) Atualmente, apenas as pessoas físicas podem, desde que observados os limites 
legais, realizar doações para a campanha eleitoral. Consequentemente, é expressamente 
vedada qualquer tipo de doação oriunda de pessoa jurídica.
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Para termos uma visão geral acerca do processo de financiamento eleitoral, precisamos 
ter em mente que as agremiações e candidatos, no curso da campanha eleitoral, arrecadam 
recursos, realizam gastos e prestam contas à Justiça Eleitoral.
Assim sendo, a campanha eleitoral pode ser dividida, com relação aos recursos, em 
três grandes etapas, sendo elas a arrecadação (momento em que os partidos e candidatos 
obtêm recursos), os gastos (quando as despesas são realizadas) e a prestação de contas 
(quando as contas são apresentadas à Justiça Eleitoral para fins de verificação da legalidade 
das medidas).
Considerando que há a possibilidade de os partidos e candidatos fazerem uso de recur-
sos na campanha eleitoral, nada mais natural do que o estabelecimento, por meio da lei, de 
limites a serem observados no curso da campanha. Com a medida, evita-se que o abuso do 
poder econômico possa prejudicar a legitimidade do processo como um todo.
Logo, para fins de prova, temos que memorizar que os limites de gastos de campanha 
serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Todas as despesas efetuadas pelos candidatos e pelos partidos, desde que possam ser 
individualizadas, serão contabilizadas nos limites de gastos a serem observados.
Em caráter de exceção, os gastos advocatícios e de contabilidade referentes a con-
sultoria, assessoria e honorários, relacionados à prestação de serviços em campanhas elei-
torais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses 
de candidato ou partido político, não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites quando 
essa medida possa implicar imposição de dificuldades ao exercício da ampla defesa.
Muito cuidado: Não estamos afirmando que os gastos advocatícios e de contabili-
dade não estão sujeitos ao limite legal. A previsão é: em sentido diverso, nesses servi-
ços, quando a observância ao limite legal puder prejudicar o direito à ampla defesa do 
partido ou de candidato, não haverá necessidade de observar esse limite.
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Em outros termos, apenas quando a observância do limite legalmente estabelecido 
puder prejudicar a garantia da ampla defesa haverá a dispensa dessa obrigação. Em 
todas as demais situações, o limite de gastos deve ser observado.
Conforme verificado, os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulga-
dos pelo TSE. Essa é uma regra que vale para todos os cargos eletivos.
No entanto, com relação às eleições municipais (cargos de Prefeito e Vereadores), 
tivemos importantes alterações impostas pela Lei n. 13.878/2019. De acordo com a nova 
redação legal, o limite de gastos para esses cargos, para as futuras eleições, será o equiva-
lente ao limite para os respectivos cargos nas eleições de 2016, atualizado pelo Índice Nacio-
nal de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou por outro índice oficial.
Caso haja segundo turno nas eleições para Prefeito, o limite de gastos da respectiva 
campanha, no segundo turno, será de 40% do estabelecido para a campanha como um todo.
De acordo com a norma em estudo, o descumprimento dos limites de gastos fixados para 
cada campanha acarretará o pagamento de multa em valor equivalente a 100% da quantia 
que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso 
do poder econômico.
5.1. Administração da campanha
A administração da campanha eleitoral implica um conjunto de medidas destinadas a 
comprovar desde a origem dos recursos arrecadados até os gastos que foram realiza-
dos no período eleitoral.
Nesse sentido, a administração da campanha eleitoral é medida que deverá ser realizada 
diretamente pelo candidato ou, alternativamente, por pessoa por ele designada.
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Entretanto, ainda que haja a designação de um representante para a administração da 
campanha, será o candidato, ainda assim, solidariamente responsável pela veracidade 
das informações financeiras e contábeis de sua campanha. A medida tem por objetivo 
evitar que os candidatos se eximam da responsabilidade ante a designação de um represen-
tante de campanha.
5.2. Obrigações dos partidos
Basicamente, duas são as obrigações impostas pela lei aos partidos e candidatos no 
curso do processo da campanha eleitoral:
a) a abertura de conta bancária;
b) a inscrição no CNPJ.
No que se refere à abertura de conta bancária, a regra geral, de acordo com a Lei das 
Eleições, estabelece que: “É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta 
bancária específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha”. Prova 
disso é que o uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não pro-
venham da mencionada conta específica implicará a desaprovação da prestação de contas 
do partido ou candidato. Além disso, caso seja comprovado abuso de poder econômico, 
será cancelado o registro da candidatura oucassado o diploma, se já houver sido outorgado.
Medidas que devem ser adotadas pelos bancos com relação às contas destinadas 
à campanha eleitorais:
a) acatar o pedido de abertura dos candidatos escolhidos em convenção no prazo 
de três dias;
b) não condicionar a abertura da conta a qualquer tipo de depósito mínimo ou à 
cobrança de taxas ou despesas de manutenção;
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c) identificar nos respectivos extratos o CPF ou CNPJ do doador de recursos para 
a campanha;
d) encerrar a conta bancária ao final do ano eleitoral e transferir todo o saldo even-
tualmente existente para a conta do órgão de direção partidário indicado pelo partido.
Com relação à abertura de contas, devemos memorizar que essa medida, em caráter de 
exceção, não é exigida nos casos de candidatura para Prefeito e Vereador em Municí-
pios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
Além da abertura de conta bancária, os candidatos estão obrigados à inscrição no CNPJ, 
medida esta que facilita, em diversos aspectos, a identificação e a individualização das con-
dutas praticadas pelos candidatos.
O fornecimento do número do CNPJ de cada candidato é medida que deve ser realizada 
pela Justiça Eleitoral no prazo de até três dias úteis após o recebimento do pedido de 
registro de candidatura.
Após a abertura de conta bancária, e estando os candidatos regularmente inscritos no 
CNPJ, estarão eles autorizados a promover a arrecadação de recursos financeiros e a reali-
zar as despesas necessárias à campanha eleitoral.
Neste ponto da matéria, temos que ter uma atenção especial, haja vista que a Reforma 
Eleitoral de 2017 estabeleceu a possibilidade de arrecadação prévia de recursos por parte 
dos pré-candidatos. Assim, poderão os pré-candidatos, a partir de 15 de maio do ano elei-
toral, arrecadar recursos por meio de instituições que promovam técnicas e serviços de 
financiamento coletivo por meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros 
recursos similares (são as populares vaquinhas on-line, em que os particulares podem doar 
recursos para uma finalidade específica, que, no caso, é o financiamento de uma possível 
campanha eleitoral).
Observe que a medida, ainda que possa parecer uma espécie de “doação fora de época”, 
tem um claro objetivo: possibilitar que o candidato consiga mensurar a quantidade de 
recursos que vai dispor para uma eventual candidatura. Caso, por exemplo, seja verifi-
cado que os recursos arrecadados serão insuficientes para os gastos de campanha, poderá 
o pré-candidato desistir da disputa, devolvendo os recursos para os respectivos doadores.
Ainda que haja a possibilidade de arrecadação prévia a partir de 15 de maio do ano 
eleitoral, devemos memorizar que a liberação dos recursos apenas poderá ocorrer, por 
parte das entidades arrecadadoras, com a comprovação do registro da candidatura. 
Além disso, eventuais despesas de campanha apenas poderão ser realizadas no perí-
odo definido pelo calendário eleitoral.
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5.3. Doações
Um dos momentos mais importantes do processo de financiamento de campanha é a 
possibilidade de doação de recursos. Atualmente, os candidatos podem fazer uso, basica-
mente, de recursos oriundos das seguintes fontes:
a) recursos próprios;
b) doações de pessoas físicas;
c) recursos públicos.
Para fins de prova, toda e qualquer questão que afirme que poderão ser realiza-
das doações de recursos por parte de pessoas jurídicas deve ser considerada errada. 
Após o julgamento da ADI n. 4.650, o STF vedou expressamente a doação de recursos 
financeiros, para fins de campanha eleitoral, por parte das pessoas jurídicas.
As pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, desde que 
não excedam ao limite de 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.
Os candidatos também poderão utilizar recursos próprios na campanha eleitoral. Ainda 
assim, a utilização desses recursos estará limitada a 10% dos limites previstos para os 
gastos de campanha no cargo em que concorrer.
Em ambas as situações, a doação de quantia acima dos limites fixados nesse artigo 
sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% da quantia em excesso.
No entanto, o limite estabelecido para as doações não se aplica às doações estimá-
veis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do 
doador ou à prestação de serviços próprios, desde que, para isso, o valor estimado não 
ultrapasse R$ 40.000,00 por doador.
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As doações estimáveis em dinheiro a candidato específico, comitê ou partido deverão ser 
feitas mediante recibo, assinado pelo doador. As exceções ficam por conta das seguintes 
situações:
a) a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por 
pessoa cedente;
b) doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do uso 
comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser 
registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa;
c) a cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus paren-
tes até o terceiro grau para seu uso pessoal durante a campanha.
As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta bancária 
aberta pelos partidos e candidatos. Além disso, as doações apenas poderão ser realiza-
das das seguintes formas:
1. cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;
2. depósitos em espécie devidamente identificados até o limite legalmente estabelecido;
3. mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, 
permitindo inclusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos:
a) identificação do doador;
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
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4. instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por 
meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares, que 
deverão atender aos seguintes requisitos:
a) cadastro prévio na Justiça Eleitoral, que estabelecerá regulamentação para pres-
tação de contas, fiscalização instantânea das doações, contas intermediárias, se houver, e 
repasses aos candidatos;
b) identificação obrigatória, com o nome completo e o número de inscrição no Cadastro 
de Pessoas Físicas (CPF) de cada um dos doadores e das quantias doadas;
c) disponibilização em sítio eletrônico de lista com identificação dos doadores e das res-
pectivas quantias doadas, a ser atualizada instantaneamente a cada nova doação;
d) emissão obrigatória de recibo para o doador, relativo a cada doação realizada, sob a 
responsabilidade da entidade arrecadadora, com envio imediato para a Justiça Eleitoral e 
para o candidato de todas as informações relativas à doação;
e) ampla ciência a candidatos e eleitores acerca das taxas administrativas a serem cobra-
das pela realização do serviço;
f) não incidência em quaisquer uma das hipóteses de vedação ao recebimento de recursos;
g) observância do calendário eleitoral, especialmente no que diz respeito ao início do 
período de arrecadação financeira;
h) observância dos dispositivos relacionados com a propaganda na internet.
5. comercialização de bens e/ou serviços, ou promoção de eventos de arrecadação 
realizados diretamente pelo candidato ou pelo partido político.
A norma em estudo determina que o pagamento efetuado por pessoas físicas, candi-
datos ou partidos em decorrência de honorários de serviços advocatícios e de contabi-
lidade, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitoraise em favor destas, 
bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido 
político, não será considerado para a aferição do limite estabelecido para as doações 
de recursos, e não constitui doação de bens e serviços estimáveis em dinheiro.
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Sobre as doações de recursos, o texto legal estabelece algumas medidas a serem ado-
tadas pelo TSE e pela Receita Federal, a saber:
5.4. Gastos Eleitorais
A Lei das Eleições apresenta uma lista taxativa de despesas consideradas gastos eleitorais:
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
I – confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto 
no § 3º do art. 38 desta Lei;
II – propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada 
a conquistar votos;
III – aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
IV – despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das 
candidaturas, observadas as exceções previstas no § 3º deste artigo.
V – correspondência e despesas postais;
VI – despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços necessá-
rios às eleições;
VII – remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às 
candidaturas ou aos comitês eleitorais;
VIII – montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;
IX – a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;
X – produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propa-
ganda gratuita;
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
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XV – custos com a criação e inclusão de sítios na internet e com o impulsionamento de 
conteúdos contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede e foro 
no País; (Inclui-se entre as formas de impulsionamento de conteúdo a priorização paga de 
conteúdos resultantes de aplicações de busca na internet)
Ressalta-se que os gastos com alimentação do pessoal que presta serviços às candida-
turas ou aos comitês ficaram estipulados em 10% do total gasto na campanha. Da mesma 
forma, os gastos com aluguel de veículos automotores ficaram estabelecidos em 20% dos 
gastos totais.
A norma em estudo também apresenta uma lista de despesas que não são consideradas 
gastos eleitorais e não estão sujeitas à prestação de contas. Logo, devemos saber que não 
são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam à prestação de contas as seguintes des-
pesas de natureza pessoal do candidato:
a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha;
b) remuneração, alimentação e hospedagem do condutor do veículo usado pelo can-
didato na campanha;
c) alimentação e hospedagem própria;
d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o limite 
de três linhas.
Para o pagamento de todas as despesas eleitorais, poderão ser utilizados recursos de 
campanha (que podem ser objeto de doação de pessoas físicas), recursos próprios do 
candidato, recursos do Fundo Partidário e recursos do Fundo Especial de Financia-
mento de Campanha, que será estudado em momento posterior.
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6. PRESTAÇÃO DE CONTAS
Uma vez realizados os gastos de campanha, é necessária, pelos partidos e candidatos, 
a prestação de contas da campanha eleitoral. Essa prestação acontecerá a depender das 
eleições a que fizerem referência, ou seja, majoritária ou proporcional.
Como forma de possibilitar que a população e os demais interessados possam acompa-
nhar a evolução dos gastos de campanha, os partidos políticos, as coligações e os candida-
tos são obrigados, durante as campanhas eleitorais, a divulgar, em site criado pela Justiça 
Eleitoral para esse fim, com a indicação dos nomes, do CPF ou CNPJ dos doadores e 
dos respectivos valores doados:
a) os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em 
até 72 horas de seu recebimento;
b) no dia 15 de setembro, relatório discriminando as transferências do Fundo Partidá-
rio, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos 
realizados.
Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão com-
provados mediante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de 
viagem, quando for o caso, desde que informados os beneficiários, as datas e os iti-
nerários. Consequentemente, é vedada a exigência de apresentação de qualquer outro 
documento para esse fim.
Uma das principais novidades introduzidas pela Reforma Eleitoral de 2015 foi a possi-
bilidade de utilização do sistema simplificado de prestação de contas. A ideia, como o pró-
prio nome sugere, estipula que, em determinadas situações, o processo de prestação de 
contas seja mais célere e eficiente, sem a necessidade de observar o rito tradicional da 
prestação de contas.
Observa-se, dessa forma, que duas são as situações em que o procedimento simplifi-
cado será realizado, a saber:
a) na prestação de contas de candidatos que apresentarem movimentação financeira 
correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00;
b) nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de 50 mil eleitores.
Ainda que o sistema de prestação de contas seja, nessas hipóteses, simplificado, deverá 
ele conter, obrigatoriamente, as seguintes informações:
a) identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores 
e os respectivos valores recebidos;
b) identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos forne-
cedores de material e dos prestadores dos serviços realizados;
c) registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.
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O procedimento de prestação de contas compreende medidas a serem adotadas pelos 
comitês partidários, pelos candidatos, pelos partidos políticos e, por fim, pela Justiça Eleito-
ral. Para facilitar a compreensão, relaciono a seguir o fluxo a ser observado no momento da 
prestação de contas:
1º) Inicialmente, compete ao comitê partidário, após receber as prestações de contas e 
demais informações dos candidatos às eleições majoritárias e dos candidatos às eleições pro-
porcionais que optarem por prestar contas por seu intermédio, adotar as seguintes medidas:
a) resumir as informações contidas na prestação de contas, de forma a apresentar 
demonstrativo consolidado das campanhas;
b) caso não haja segundo turno, encaminhar à Justiça Eleitoral, até o 30º dia posterior à 
realização das eleições, o conjunto das prestações de contas dos candidatos e do próprio comitê;
c) havendo segundo turno, encaminhar a prestação de contas, referente aos dois 
turnos, até o 20º dia posterior à sua realização.
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2º) A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a 
diplomação dos eleitos, enquanto perdurar;
3º) Eventuais débitos de campanha não quitados até a data de apresentação da pres-
tação de contas poderão ser assumidos pelo partido político, por decisão do seu órgão 
nacional de direção partidária. Nesse caso, o órgão partidário da respectiva circunscrição 
eleitoral passará a responder por todas as dívidas solidariamente com o candidato, hipó-
tese em que a existência do débito não poderá ser considerada como causa para a rejei-
ção das contas;
4º) Após receber a prestação de contas, a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das 
contas de campanha, decidindo:
a) pela aprovação, quando estiverem regulares;
b) pelaaprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprome-
tam a regularidade;
c) pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
d) pela não prestação quando não apresentadas as contas após a notificação emitida 
pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no 
prazo de 72 horas.
Decisão da Justiça 
Eleitoral Situação Ensejadora
Aprovação Quando as contas estiverem regulares.
Aprovação com 
ressalvas
Quando forem verificadas falhas que não comprometam 
a regularidade.
Desaprovação
Quando forem verificadas falhas que comprometam a 
regularidade.
Não apresentação
Quando não apresentadas após a notificação emitida 
pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação 
expressa de prestar as contas no prazo de 72 horas.
5º) Dada a importância do assunto, a decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos 
será publicada em sessão até três dias antes da diplomação;
6º) Em caso de erros formais e materiais na apresentação das contas, caso eles sejam corri-
gidos ou não comprometam o resultado, não haverá motivo, por si só, para a rejeição das contas;
7º) Para efetuar os exames necessários, a Justiça Eleitoral poderá requisitar técnicos 
do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, 
pelo tempo que for necessário. De igual forma, havendo indício de irregularidade na pres-
tação de contas, a Justiça Eleitoral poderá requisitar do candidato as informações adi-
cionais necessárias, bem como determinar diligências para a complementação dos dados 
ou o saneamento das falhas;
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8º) Assim como ocorre com praticamente todas as etapas do processo eleitoral, a deci-
são da Justiça Eleitoral acerca da prestação de contas poderá ser objeto de recurso, no 
prazo de três dias, ao TRE. Posteriormente, em caso de necessidade, poderá ser inter-
posto recurso especial para o TSE no mesmo prazo de três dias.
Caso, ao término da campanha eleitoral, ocorra a sobra de recursos financeiros, deverá 
esta ser declarada na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao 
partido, de acordo com os seguintes critérios:
a) no caso de candidatos aos cargos de Prefeito, Vice-prefeito e Vereador, esses 
recursos deverão ser transferidos para o órgão diretivo municipal do partido na cidade 
onde ocorreu a eleição, o qual será responsável exclusivo pela identificação desses recur-
sos, sua utilização, contabilização e respectiva prestação de contas perante o juízo eleitoral 
correspondente;
b) no caso de candidatos aos cargos de Governador, Vice-governador, Senador, 
Deputado Federal e Deputado Estadual ou Distrital, esses recursos deverão ser transfe-
ridos para o órgão diretivo regional do partido no Estado onde ocorreu a eleição ou no 
Distrito Federal, se for o caso, o qual será responsável exclusivo pela identificação desses 
recursos, sua utilização, contabilização e respectiva prestação de contas perante o Tribunal 
Regional Eleitoral correspondente;
c) no caso de candidatos aos cargos de Presidente e Vice-presidente da República, 
esses recursos deverão ser transferidos para o órgão diretivo nacional do partido, o qual 
será responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabilização 
e respectiva prestação de contas perante o Tribunal Superior Eleitoral;
d) o órgão diretivo nacional do partido não poderá ser responsabilizado nem pena-
lizado pelo descumprimento das regras relacionadas com as sobras eleitorais, quando 
estas forem cometidas por parte dos órgãos diretivos municipais e regionais.
e) após as transferências devidas, as sobras de recursos financeiros de campanha serão 
utilizadas pelos partidos políticos, devendo esses valores serem declarados em suas pres-
tações de contas perante a Justiça Eleitoral, com a identificação dos candidatos.
Finalizando as disposições acerca da prestação de contas, a Lei das Eleições determina 
que toda a documentação relativa às contas de campanha deverá, como regra geral, ser 
conservada pelos partidos pelo prazo de 180 dias.
A ressalva fica por conta das situações em que os processos estiverem penden-
tes de julgamento, quando a documentação deverá ser conservada até a respectiva 
decisão final.
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7. PESQUISAS E TESTES
As pesquisas e testes realizados antes da eleição (pré-eleitorais) constituem, muitas 
vezes, fator decisivo no resultado do pleito. Dessa forma, faz-se necessária a existência de 
mecanismos de controle acerca da forma como esses processos devem ser realizados.
Dessa forma, sempre que as entidades e empresas forem realizar pesquisas de opinião 
pública relativas às eleições ou aos candidatos, deverão elas registrar, juntamente à Jus-
tiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, uma série de informações, a saber:
a) quem contratou a pesquisa;
b) valor e origem dos recursos despendidos no trabalho;
c) metodologia e período de realização da pesquisa;
d) plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível eco-
nômico e área física de realização do trabalho a ser executado, intervalo de confiança e 
margem de erro;
e) sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados 
e do trabalho de campo;
f) questionário completo aplicado ou a ser aplicado;
g) nome de quem pagou pela realização do trabalho e cópia da respectiva nota fiscal.
Aqui, o objetivo da norma é assegurar que apenas as pesquisas registradas e com uma 
série de informações possa ser divulgada aos eleitores. Evita-se, com a medida, que che-
guem ao conhecimento da população eventuais pesquisas realizadas de forma fraudulenta e 
com o único propósito de tentar insinuar um possível resultado para as eleições.
As informações relativas às pesquisas serão registradas nos órgãos da Justiça Eleitoral 
aos quais compete fazer o registro dos candidatos. Logo, se estivermos diante de uma elei-
ção municipal, o registro da pesquisa respectiva será feito perante o Juiz Eleitoral. Em caso 
de eleições estaduais ou federais, o registro ocorrerá no TRE. Nas eleições presidenciais, 
a pesquisa será registrada perante o Tribunal Superior Eleitoral.
Cargo a ser disputado Órgão onde a pesquisa será registrada
Prefeitos e Vereadores Juiz Eleitoral
Deputados Federais, Deputados 
Estaduais ou Distritais, Senadores e 
Governadores
Tribunal Regional Eleitoral
Presidente Tribunal Superior Eleitoral
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Para cumprir a regra da ampla publicidade, a Justiça Eleitoral afixará, no prazo de 24 
horas, no local de costume, bem como divulgará em seu site oficial, aviso comunicando o 
registro das informações relacionadas com pesquisa eleitoral, colocando-as à disposição 
dos partidos ou coligações com candidatos ao pleito, os quais a elas terão livre acesso pelo 
prazo de 30 dias.
A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações sujeita os respon-
sáveis à multa no valor de 50 mil a 100 mil UFIR.
A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de 6 
meses a 1 ano e multa no valor de 50 mil a 100 mil UFIR.
Com relação às enquetes ou sondagens, duas são as informações que devemos memo-
rizar para fins de prova:
Mediante requerimento à Justiça Eleitoral, os partidos poderão ter acesso ao sistema 
interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados das entidades que divul-
garam pesquisas de opinião relativas às eleições, incluídos os referentes à identificação 
dos entrevistadores e, por meio de escolha livre e aleatória de planilhas individuais, mapas 
ou equivalentes, confrontar e conferir os dados publicados, preservada a identidade dos 
respondentes.
Além disso, a comprovaçãode irregularidade nos dados publicados sujeita os responsá-
veis, além das penalidades legais, à obrigatoriedade da veiculação dos dados corretos no 
mesmo espaço, local, horário, página, caracteres e outros elementos de destaque, de 
acordo com o veículo usado.
Em relação aos crimes relacionados com a não observância das regras referentes às pes-
quisas e testes, podem ser responsabilizados penalmente tanto os representantes legais 
da empresa ou entidade de pesquisa quanto os do órgão veiculador.
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8. PROPAGANDA POLÍTICA
A propaganda política abrange um gênero dividido nas seguintes espécies: propa-
ganda eleitoral, propaganda intrapartidária e propaganda partidária.
A propaganda partidária é aquela realizada internamente pelos partidos políticos. Por 
isso mesmo, essa espécie de propaganda é disciplinada pela Lei dos Partidos Políticos, e 
não pela Lei das Eleições, tendo, por exemplo, os seguintes objetivos:
a) difundir os programas partidários;
b) transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, dos even-
tos com este relacionados e das atividades congressuais do partido;
c) divulgar a posição do partido em relação a temas político-comunitários;
d) promover e difundir a participação política feminina;
Já a propaganda intrapartidária é aquela realizada internamente, no âmbito de cada 
partido político, com a finalidade de escolher os seus representantes para a disputa eleitoral. 
Essa propaganda é realizada no período de 15 dias antes da realização das convenções 
partidárias.
Por fim, temos a propaganda eleitoral, destinada a apresentar ao eleitor as caracte-
rísticas de um determinado candidato com a finalidade de angariar votos. Como possui o 
claro objetivo de “conquistar” o eleitor, essa propaganda é permitida apenas no ano elei-
toral, e, ainda assim, apenas a partir de 16 de agosto do ano em que forem realizadas 
as eleições.
Não será permitido qualquer tipo de propaganda política paga (seja ela eleitoral ou 
intrapartidária) no rádio e na televisão.
Sendo assim, podemos sistematizar, para organizarmos o conhecimento, as três diferen-
tes formas de propaganda política admitidas pela doutrina:
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No âmbito da Lei das Eleições, o estudo é pautado, basicamente, nas regras da propa-
ganda eleitoral.
A propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da elei-
ção. Logo, é correto afirmar que apenas poderá ser realizada qualquer tipo de propa-
ganda eleitoral a partir do dia 16 de agosto do ano em que forem realizadas as eleições.
Toda e qualquer forma de propaganda eleitoral realizada fora do período eleitoral (ou 
seja, desde 16 de agosto até o dia de realização das eleições) é considerada propaganda 
extemporânea, ou seja, propaganda fora de época. Caso a propaganda seja realizada antes 
do dia 16 de agosto, estaremos diante da denominada “propaganda eleitoral antecipada”.
Conforme analisado, toda e qualquer propaganda eleitoral realizada antes do período 
eleitoral é considerada propaganda extemporânea (fora de época). Em caráter de exceção, 
no entanto, a Lei das Eleições estabelece situações em que a propaganda, mesmo que rea-
lizada antes do período eleitoral, não será considerada propaganda antecipada.
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Será considerada propaganda eleitoral antecipada a convocação, por parte do Pre-
sidente da República, dos Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Fede-
ral e do Supremo Tribunal Federal, de redes de radiodifusão para divulgação de atos 
que denotem propaganda política ou ataques a partidos políticos e seus filiados ou 
instituições.
Neste tópico, nada melhor do que sedimentarmos as situações que configuram ou não 
propaganda eleitoral antecipada.
Não é propaganda eleitoral antecipada É propaganda eleitoral antecipada
a) a participação de filiados a partidos políticos ou de 
pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros 
ou debates no rádio, na televisão e na internet, 
inclusive com a exposição de plataformas e projetos 
políticos, observado pelas emissoras de rádio e de 
televisão o dever de conferir tratamento isonômico;
b) realização de encontros, seminários ou congressos, 
em ambiente fechado e a expensas dos partidos 
políticos, para tratar da organização dos processos 
eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de 
governo ou alianças partidárias visando às eleições, 
podendo essas atividades serem divulgadas pelos 
instrumentos de comunicação intrapartidária;
c) realização de prévias partidárias e a respectiva 
distribuição de material informativo, a divulgação dos 
nomes dos filiados que participarão da disputa e a 
realização de debates entre os pré-candidatos;
d) divulgação de atos de parlamentares e debates 
legislativos, desde que não se faça pedido de votos;
e) divulgação de posicionamento pessoal sobre 
questões políticas, inclusive nas redes sociais;
a) convocação, por parte do 
Presidente da República, dos 
Presidentes da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal 
e do Supremo Tribunal Federal, 
de redes de radiodifusão para 
divulgação de atos que denotem 
propaganda política ou ataques a 
partidos políticos e seus filiados 
ou instituições.
f) realização, a expensas de partido político, de 
reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo 
ou meio de comunicação ou do próprio partido, em 
qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e 
propostas partidárias;
g) a campanha de arrecadação prévia de recursos por 
meio das “vaquinhas online”;
h) pedido de votos realizado em ambiente restrito de 
aplicativo WhatsApp;
i) elogio feito da tribuna da Casa Legislativa por 
parlamentar a postulante a cargo público;
j) ampla divulgação de ideias fora do período eleitoral, 
menção à pretensa candidatura e exaltação das 
qualidades pessoais dos pré-candidatos, desde que 
não envolvam pedido explícito de voto.
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Deve ser destacado que a comprovação do cumprimento das determinações da Justiça 
Eleitoral relacionadas a propaganda realizada em desconformidade com o disposto na 
Lei das Eleições poderá ser apresentada aos seguintes órgãos:
a) no Tribunal Superior Eleitoral, no caso de candidatos a Presidente e Vice-presidente 
da República;
b) nas sedes dos respectivos Tribunais Regionais Eleitorais, no caso de candidatos a 
Governador, Vice-governador, Deputado Federal, Senador da República, Deputados Esta-
dual e Distrital;
c) no Juízo Eleitoral, na hipótese de candidato a Prefeito, Vice-prefeito e Vereador.
Sempre que a propaganda for exercida nos termos da legislação eleitoral, não poderá 
ela ser objeto de multa nem cerceada sob alegação do exercício do poder de polícia ou 
de violação de postura municipal.
Como anteriormente estudado, um dos princípios que rege a propaganda eleitoral é o da 
liberdade, por meio do qual a propaganda, desde que observe os limites da lei, é livre e um 
direito dos particulares.
Em sintonia com esse princípio está a previsão da Lei das Eleições, que assegura, como 
regra geral, a ampla liberdade para a realização de qualquer ato de propaganda eleitoral.
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A norma legal estabelece uma lista de situações específicas em que a propaganda 
eleitoral pode ou não ser realizada. Essas previsões são constantemente exigidas nas 
provas de concurso. Assim, como forma de facilitar o entendimento e a compreensão de todas 
as situações apresentadas pela norma, elaborei um gráfico com cada uma das situações 
ensejadoras e respectivas características (permissão, vedação e consequências pela prática).Local de realização da propaganda Previsões legais
Nos bens cujo uso dependa de cessão 
ou permissão do poder público, ou que 
a ele pertençam, e nos bens de uso 
comum, inclusive postes de iluminação 
pública, sinalização de tráfego, viadutos, 
passarelas, pontes, paradas de ônibus e 
outros equipamentos urbanos
Bens de uso comum, para fins eleitorais, são 
os definidos pelo Código Civil e aqueles a que 
a população em geral tem acesso, tais como 
cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, 
templos, ginásios, estádios, ainda que de 
propriedade privada.
É vedada a veiculação de propaganda de 
qualquer natureza, inclusive pichação, 
inscrição a tinta e exposição de placas, 
estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e 
assemelhados.
A veiculação de propaganda em 
desacordo com esta previsão sujeita 
o responsável, após a notificação e 
comprovação, à restauração do bem e, 
caso não cumprida no prazo, a multa no 
valor de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00.
Bens públicos ou particulares
Como regra geral, não é permitida a 
veiculação de material de propaganda 
eleitoral. As exceções ficam por conta de:
a) bandeiras ao longo de vias públicas, 
desde que móveis e que não dificultem o 
bom andamento do trânsito de pessoas 
e veículos;
b) adesivo plástico em automóveis, 
caminhões, bicicletas, motocicletas e 
janelas residenciais, desde que não 
exceda a 0,5 m². Os adesivos poderão ter 
a dimensão máxima de 50 centímetros 
por 40 centímetros.
É importante destacar que a veiculação 
de propaganda eleitoral em bens 
particulares deve ser espontânea e 
gratuita, sendo vedado qualquer tipo 
de pagamento em troca de espaço para 
essa finalidade.
Nas dependências do Poder Legislativo
A veiculação de propaganda eleitoral fica 
a critério da Mesa Diretora.
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Local de realização da propaganda Previsões legais
Nas árvores e nos jardins localizados 
em áreas públicas, bem como em 
muros, cercas e tapumes divisórios
Não é permitida a colocação de propaganda 
eleitoral de qualquer natureza, mesmo 
que não lhes cause danos.
Nas vias públicas
É permitida a colocação de mesas para 
distribuição de material de campanha e a 
utilização de bandeiras, desde que móveis 
e que não dificultem o bom andamento 
do trânsito de pessoas e veículos.
A mobilidade mencionada estará 
caracterizada com a colocação e a retirada 
dos meios de propaganda entre 6h e 22h.
Propaganda eleitoral pela distribuição 
de folhetos, adesivos, volantes e outros 
impressos
a) Independe da obtenção de licença 
municipal e de autorização da Justiça 
Eleitoral;
b) Os folhetos devem ser editados sob 
a responsabilidade do partido, coligação 
ou candidato;
c) Todo material impresso de campanha 
eleitoral deverá conter o número de 
inscrição no Cadastro Nacional da 
Pessoa Jurídica – CNPJ ou o número de 
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas 
– CPF do responsável pela confecção, 
bem como de quem a contratou, e a 
respectiva tiragem;
d) Quando o material impresso veicular 
propaganda conjunta de diversos candidatos, 
os gastos relativos a cada um deles deverão 
constar na respectiva prestação de contas, 
ou apenas naquela relativa ao que houver 
arcado com os custos.
Nos veículos
É proibido colar propaganda eleitoral, 
exceto adesivos micro perfurados até 
a extensão total do para-brisa traseiro 
e, em outras posições, adesivos até a 
dimensão máxima de 50 centímetros 
por 40 centímetros.
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Local de realização da propaganda Previsões legais
Utilização de alto-falantes ou 
amplificadores de som
O funcionamento somente é 
permitido entre 8h e 22h, sendo 
vedados a instalação e o uso daqueles 
equipamentos em distância inferior a 
duzentos metros:
a) das sedes dos Poderes Executivo e 
Legislativo da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, das sedes 
dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e 
outros estabelecimentos militares;
b) dos hospitais e casas de saúde;
c) das escolas, bibliotecas públicas, igrejas 
e teatros, quando em funcionamento.
Realização de comícios e a utilização 
de aparelhagens de sonorização fixas
É permitido no horário compreendido 
entre 8h e as 24h, com exceção do 
comício de encerramento da campanha, 
que poderá ser prorrogado por mais 
duas horas.
Confecção, utilização ou distribuição 
de bens materiais que possam 
proporcionar vantagem ao eleitor 
(como camisetas, chaveiros, bonés, 
canetas, brindes ou cestas básicas)
Medidas vedadas na campanha eleitoral.
Realização de showmício e de evento 
assemelhado para promoção de 
candidatos, bem como a apresentação, 
remunerada ou não, de artistas com a 
finalidade de animar comício e reunião 
eleitoral
Medidas vedadas na campanha eleitoral.
Propaganda eleitoral mediante 
outdoors, inclusive eletrônicos
É vedada, sujeitando-se a empresa 
responsável, os partidos, as coligações 
e os candidatos à imediata retirada da 
propaganda irregular e ao pagamento 
de multa no valor de R$ 5.000,00 a R$ 
15.000,00.
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Local de realização da propaganda Previsões legais
Distribuição de material gráfico, 
caminhada, carreata, passeata ou 
carro de som que transite pela cidade 
divulgando jingles ou mensagens de 
candidatos
É permitida até às 22h do dia que 
antecede a eleição.
Considera-se carro de som qualquer 
veículo, motorizado ou não, ou ainda 
tracionado por animais, que transite 
divulgando jingles ou mensagens de 
candidatos.
Utilização de trios elétricos em 
campanhas eleitorais
A utilização é vedada, exceto para a 
sonorização de comícios.
Considera-se trio elétrico o veículo 
automotor que usa equipamento de som 
com potência nominal de amplificação 
maior que 20.000 (vinte mil) watts.
Circulação de carros de som e 
minitrios como meio de propaganda 
eleitoral
É permitida, desde que observado 
o limite de 80 decibéis de nível de 
pressão sonora, medido a sete metros 
de distância do veículo, e respeitadas as 
vedações legais, apenas em carreatas, 
caminhadas e passeatas ou durante 
reuniões e comícios.
Devemos memorizar as seguintes 
definições:
a) carro de som: veículo automotor que 
usa equipamento de som com potência 
nominal de amplificação de, no máximo, 
10.000 watts;
b) minitrio: veículo automotor que usa 
equipamento de som com potência 
nominal de amplificação maior que 
10.000 watts e até 20.000 watts;
No recinto das seções eleitorais e 
juntas apuradoras
É proibido aos servidores da 
Justiça Eleitoral, aos mesários e aos 
escrutinadores o uso de vestuário 
ou objeto que contenha qualquer 
propaganda de partido político, de 
coligação ou de candidato.
Consequentemente, aos fiscais 
partidários, nos trabalhos de votação, 
só é permitido que, em seus crachás, 
constem o nome e a sigla do partido 
político ou coligação a que sirvam, 
vedada a padronização do vestuário.
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Local de realização da propaganda Previsões legais
Utilização de símbolos, frases ou 
imagens, associadas ou semelhantes 
às empregadas por órgão de governo, 
empresa pública ou sociedade de 
economia mista
O uso constitui crime, punível com 
detenção, de 6 meses a 1 ano, com a 
alternativa de prestação de serviços à 
comunidade pelo mesmo período, e 
multa no valor de 10 mil a 20 mil UFIR.
No dia das eleições
a) É permitida a manifestação individual 
e silenciosa da preferência do eleitor por 
partido político, coligação ou candidato, 
revelada exclusivamente pelo uso de 
bandeiras, broches, dísticos e adesivos;
b) É vedada, até o término do horário 
de votação, a aglomeração de pessoas 
portando vestuário padronizado, bem 
como os instrumentos de propaganda 
referidos no caput, de modo a 
caracterizar manifestação coletiva, com

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