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INTRODUÇÃO A ANDROLOGIA VETERINÁRIA

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Exame ginecológico em grandes
REVISÃO ANATÔMICA
· Porca: Cornos uterinos mais compridos, espiral (gestam mais filhotes).
· Vaca: Voltado para o ventre da cavidade.
· Égua: voltado ao dorso da cavidade.
OBJETIVO
· Diagnóstico transtornos reprodutivos em animais com histórico de infertilidade.
· Avaliação prévia à aplicação de biotécnicas da reprodução e acasalamento.
· Avaliação pós-parto (involução uterina), recuperação da fêmea pós parto. 
· Avaliação de anormalidades no trato reprodutivo.
· Diagnóstico de gestação e anormalidades.
· Determinação de fase do ciclo estral.
PROTOCOLO DO EXAME
· Nome e número.
· Espécie e raça.
· Idade.
· Peso.
· Raça.
ANAMNESE
· Histórico reprodutivo do animal.
· Situação do rebanho.
· Manejo sanitário.
· Tratamentos.
EXAME CLINICO GERAL
· 
· FC, FR, TPC, MR, MC, TR.
· Glândula mamária.
· Sistema locomotor.
· Pele e anexos.
· Linfonodos.
· Mucosas.
· Dentição.
· ECC.
EXAME ESPECIFICO EXTERNO
· Desenvolvimento, posição, formato, coaptação dos lábios vulvares.
· Aumentos de volume, cicatrizes, prolapsos e lesões.
· Distensão e tensão abdominal (pequenos).
· Avaliação de escoriações ossos pélvicos.
· Exame da região perineal (vulva, cauda).
· Presença de secreção (características).
· Inspeção e palpação externa.CURIOSIDADES
· Vacas apresentando falha de pelo na bacia é indicativo de cio (monta).
· Entre o 5° mês de gestação, fêmea em cio e com sangramento não se faz IA de novo. 
AVALIAÇÃO GENITÁLIA EXTERNA 
Animais que emagrecem ou envelhecem ocorre a tração do ânus, isso puxa a vulva e deixa ela em posição horizontal, ficando propenso a contaminação fecal ou má coaptação. Em uma fêmea saudável e nova a vulva é vertical. 
· Muco cristalino é decorrente do hormônio estradiol (é normal). 
· Femea em cio está sob ação do hormônio estradiol.
· O muco ajuda no transporte dos espermatozoides. 
PALPAÇÃO RETAL
A palpação retal serve para se fazer a avaliação de cérvix, útero, ovários e tubas uterinas, para fazer isso deve-se saber as particularidades do sistema reprodutor de cada espécie. Dessa forma, seguindo os passos da palpação retal, a primeira estrutura a ser observada é a vulva, logo após a vulva observa-se a vagina, seguindo adiante com a mão inserida pode-se perceber a cérvix (uma estrutura cartilaginosa), cranialmente a cerviz tem o corpo do útero com sua bifurcação, logo após os cornos uterinos e na ponta se encontram os ovários. 
É importante salientar que os tubos uterinos não são sentidos na palpação retal, a não ser que haja problema nestes que os fazem ficarem aumentados de tamanhos. Para se fazer a palpação retal é imprescindível o uso dos seguintes objetos: 
· Lubrificação adequada.
· Contenção adequada 
· Trajes apropriados.
· Unhas ralas.
CURIOSIDADES
· Se houver corpo lúteo é animal está ovulando.
· Se não houver o animal não está cíclico.
· Folículo (secreta estradiol).
AVALIAÇÃO DA CERVIXNOVILHAS X ADULTAS
Em novilhas a cérvix não tem nenhuma tortuosidade, diferente de uma animal que já pariu, por exemplo, em parto sistólico.
· 
· Conformação (tortuosidade)
· Tamanho (7-10cm).
· Novilhas x adultas.
· Assoalho da pelve.
· Consistência.
· Mobilidade.
AVALIAÇÃO UTERINA
· Ventralmente na cavidade abdominal, podendo se deslocar a direita (rúmen).
· Avaliar a grossura, simetria, consistência e contratilidade.
· Novilhas sobre a crista púbica.
Se os corpos estão simétricos é porque não há liquido dentro, sinalizando que o animal esta vazio (não gestante), se houver assimetria pode ser gestação ou infecção uterina. Além disso é importante saber que se a vaca tiver na fase folicular o útero estará contraído (por ação do estradiol), enquanto que a vaca em anestro o útero está flácido. 
ESPESSURA DOS CORNOS
· GI: 1 dedo.
· GII: 2 dedos.
· GIII: 3 a 4 dedos.
· GIV: O útero pode ser delimitado pela mão.
· GV: O útero quase é delimitado pela mão, curvatura maior não totalmente palpada.
· GVI: O útero não mais delimitado com a mão e a curvatura maior está fora do alcance.
CORNOS
· + AS = corno esquerdo ligeiramente maior que o oposto.
· AS+ = corno direito maior que o esquerdo.
· S = simétrico (ambos os cornos).
· AS = assimétrico.
· + = assimetria discreta 
· ++ = assimetria moderada 
· +++ = assimetria acentuada
AVALIAÇÃO UTERINA - CONTRAÇÃO
Como se classifica a contratilidade? A contratilidade ocorre em decorrência da presença de conteúdo e da consistência. 
· CI: Relaxado e flácido.
· CII: Contratilidade média.
· CIII: Fortemente contraído. 
OVÁRIOS
· Comparar estruturas ovarianas com a contração uterina: fase do ciclo estral.
· Podem ser encontrados folículos e corpo lúteo. 
· Avaliar em forma, tamanho e consistência.
· Podem ser encontrados cistos. 
· Anestro.
Tamanhos:
· 
· PA: ovo de pata (folic. pré ovulatório).
· G: ovo de galinha (puberdade).
· N: noz (pré púbere, anestro).
· GA: ovo de gansa (cistos).
· P: ovo de pomba.
· A: azeitona.
· E: ervilha.
· F: feijão.
Consistência dos folículos: Folículo é uma estrutura que vai ter liquido dentro, no momento da ovulação ele se rompe e libera ovócito secundário. Folículo pre ovulatório é bem grande e da pra sentir flutuação quando se apalpa (como se apertasse uma gelatina).
1. Firme e tensa, sem flutuação.
2. Flutuação tensa.
3. Flutuação nítida.
4. Flutuação intensa, molefolículo maduro.
Vaginoscopia: 
Se a cérvix estiver um pouco aberta, significa que a vaca está na fase de estro (ação do estradiol, esperando a fêmea receber o macho). Se tiver cérvix aberta, com folículos no útero ela está em estro. Se a cérvix estiver fechada é sinal de gestação. 
· Volume, aspecto e odor da secreção.
· Freemartinismo: vagina mais curta. 
· Coloração da cérvix e vagina.
· Cérvix aberta ou fechada.FREEMARTIN
Gestação gemelar vai dar problema quando se tem macho e femea, toda parte dos hormônios do macho passa para a fêmea e essa vai nascer infértil por conta disso, quando se coloca um vaginoscopio e ele mal entra significa que a femea é freemartin, ou seja, que é infértil (ocorre descarte deste animal). 
Formato da cérvix:
· E: Espalhada.
· P: Pendular.
· C: Cônica.
· R: Roseta.
Coloração da mucosa:
· A: Pálida.
· B: Rosa pálida.
· C: Hiperêmica.
· D: Vermelho patológico. 
Abertura cervical:
· 0: Fechada
· 1: Abertura mínima.
· 2: Diâmetro de lápis.
· 3: um dedo.
· 4: dois dedos.
· 5: três dedos.
Grau de umidade da vagina e cérvix:
I. Seca.
II. Ligeiramente seca.
III. Umidade media (estro)
IV. Muito úmida.
V. Coleção de muco.
Características do muco da vagina e cérvix:
· Mp: Muco purulento.
· As: Sanguinolento.
· P: Purulento. 
· Cl: Claro.IMPORTANTE SABER:
· Abertura grande da cérvix: Desconfiar de laceração ou patologia com liquido.
· Conteúdo na vagina com a cérvix aberta provavelmente é de origem uterina. 
· Se observar vagina com sangue e cérvix fechada provavelmente é vaginite.
EXAMES COMPLEMENTARES
· 
· Citologia vaginal e uterina.
· Cultura microbiológica.
· Biópsia endometrial.
· Dosagem hormonal.
· Citologia aspirativa.
· Ultrassonografia.
· Doppler colorido.
· Endoscopia.
· Metricheck.
· RX.
Ultrassonografia: Em porcas e bovinos podem ser utilizados a trans abdominal, mas vai depender da fase de gestação que o animal está. Em ovinos e suínos é muito difícil achar ovário.
· Dinâmica ovariana (avaliar a evolução dos folículos).
· Avaliação da viabilidade, idade e sexagem fetal.
· Trans retal deve-se fazer a remoção das fezes.
· Patologias ovarianas e uterinas.
· DG precoce. 
Metricheck: Insere na vagina da vaca e quando puxa para fora ele traz todo o conteúdo vaginal (para avaliação).
Citologia vaginal e uterina: Avaliação de grau de processo inflamatório, fibrose e presença de cistos (endometrite, endometriose). Se houver cistos o embrião encontra barreira para movimentação (o embrião se movimenta, é assim que os animais sabem que estão prenhe) se houver cistos, ele não consegue fazer essa movimentação.
· Muito utilizado em éguas para avaliação de endometrite, metrite, e alterações celulares. 
· Cytobrush: escovinha que se insere na vagina e faz a raspagem do local. 
· Porcentagem deneutrófilos PMN.
· Lavagem uterina.
· Via transvaginal.BACTÉRIAS
· Streptococcus zooepidemicus.
· Pseudomonas aerogionosa
· Klebsiella pneumoniae 
· Straphilococcus aureus
· Escherichia coli
· Proteus sp.
Microbiológico:
· Mais utilizado em éguas e pequenos animais.
· Não muito utilizado em vacas.
· Cultura e agente etiológico.
· Antibiograma.
Endoscopia:
· Dilatação uterina com fluído ou ar.FUNGOS
· Aspergilus sp
· Candida sp.
· Visualização do endométrio.
· Utilizado mais em éguas.
· Cistos endometriais.
· Conteúdo purulento.
· Corpos estranhos.
· Aderências.
· Lesões.
Doppler:
· Se o corpo lúteo é muito irrigado, vai conseguir manter a gestação. 
· Muito utilizado em bovinos para ver perfusão do corpo lúteo.
· Perfusão do trato reprodutivo, corpo lúteo e folículos.
· Avaliação do fluxo sanguíneo. 
Exame ginecológico em pequenos
EXAMES CLINCIOS E FISICOS
· 
· Radiografia (40 a 45 dias de gestação).
· Palpação abdo.: aumento severos.
· Palpação digital: próximo ao parto.
· Laparoscopia: sem diagnóstico.
· Laparotomia: sem diagnóstico.
· Dosagem hormonal.
· Citologia aspirativa.
· Ultrassonografia.
Vaginoscopia:
· Semelhante ao das mulheres.
· Diferença no aparelho.
Citologia vaginal: Insere um swab, gira na vagina, passa na lâmina e cora. 
· Importante para ver fase do ciclo estral.
· Baixo custo.
Preparo para citologia vaginal:
1. Preparar as extensões sanguíneas e deixar secar em temperatura ambiente.
2. Submergir as lâminas na solução nº 1, mantendo um movimento contínuo de cima para baixo ou para os lados durante 5 segundos (5 imersões de 1 segundo cada) e deixar escorrer bem.
3. Submergir as lâminas na solução nº 2, mantendo um movimento contínuo de cima para baixo ou para os lados durante 5 segundos (5 imersões de 1 segundo cada) e deixar escorrer bem.
4. Submergir as lâminas na solução nº 3, mantendo um movimento contínuo de cima para baixo ou para os lados durante 5 segundos (5 imersões de 1 segundo cada) e deixar escorrer bem.
5. Lavar com água deionizada (de preferência tamponada a pH 7), secar ao ar na posição vertical e com o final da extensão voltado para cima.
Não vai cobrar as imagens de micro (vai cobrar: se houver tal célula está em qual ciclo).
Ultrassonografia e raio x: 
· Utilizado para contagem de fetos (raio x), ultrassonografia para piometra e gestação.
· Diagnostico de gestação em raio x (DG): Entre 40 a 45 dias (mineralização óssea).
· Diagnostico de gestação na ultrassonografia (DG): entre 23 a 35 dias de gestação.
Dosagem hormonal:
· Mais utilizada para identificação da fase do ciclo estral e diagnostico de gestação (mede o hormônio relaxina).
Diagnóstico de gestação
RELEMBRANDO
O retorno ao cio significa que está havendo luteólise, ou seja, lise do corpo lúteo, isso ocorre no décimo quinto dia e o hormônio que causa a luteólise é o prostaglandina. 
· A vaca tem 280 dias de gestação.
· A porca leva 21 dias para ciclar.
· A vaca leva 21 dias para ciclar.
OBJETIVOS
· Permitir uma estimativa aproximada da idade fetal pelas dimensões fetais.
· Certificar animais para venda ou com finalidade de seguros.
· Identificar animais vazios o mais rápido possível.
· Determinar o número de fetos em uma ninhada.
· Reduzir gastos com programas de reprodução.
· Colaborar no manejo econômico.
· Informar sobre a viabilidade fetal.
· Patologias da gestação.
· Sexagem fetal.
TECNICAS DE DIAGNÓSTICO 
· Palpação abdominal (manual em pequenos; balotamento externo em grandes).
· Palpação retal: características anatômicas, vacas e éguas.
· Dosagens hormonais: endocrinologia de cada espécie.
· Não retorno ao cio: espécies poliéstricas.
· Ultrassonografia: mais versátil.
· Radiografia: caninos e felinos.
PRINCIPIOS DA ULTRASSONOGRAFIA
Técnica complementar específica para avaliação de tecidos moles, sendo uma técnica não invasiva, inócua para o paciente e operador que permite documentar o exame.
· Modo B: Imagem em tempo real.
· Modo A: Ausculta de som.
O termo anecoico significa ausência de eco, onde a imagem formada é de coloração preta, já o termo ecoico é relacionado com a presença de eco e a tonalidade pode variar entre cinza ou branco (hiperecoico), como é o caso dos ossos. É importante lembrar que a frequência do transdutor é inversamente proporcional a profundidade (penetração) e diretamente proporcional a qualidade de imagem. 
· Imagem mais superficial colocar frequência em 7,5.
· Imagem mais profunda colocar frequência em 3,6.
DURAÇÃO DA GESTAÇÃO
	ESPÉCIE
	DIAS
	Bos taurus
	280 a 285 dias
	Bos indicus (zebuínos)
	292 dias
	Ovelha e cabra
	145 a 150 dias
	Porca
	114 dias
	Égua
	335 a 340 dias
	Gata
	56 e 63 dias
	Cadela
	60 a 66 dias
RECONHECIMENTO MATERNO
Na espécie bovina o embrião secreta a proteína trofoblastica bovina (ou interferon tau), isso avisa o organismo da mãe que não é pra secretar prostaglandina. Já nos equinos o embrião secreta estrógenos e ocorre a migração do embrião, enquanto que nos ovinos ocorre a mesma coisa que nos bovinos e nos suínos os embriões secretam estradiol.
	ESPÉCIE
	FATOR DE RECONHECIMENTO
	Bovina
	Proteína trofoblasta bovina
	Equina
	Estrógenos e migração
	Ovina
	Proteína trofoblasta ovina
	Suína
	Estradiol
	Cadela e gata
	?
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EM BOVINOS
· Nova inseminação ou descarte (para animais que já estão tentando há muito tempo).
· A palpação retal deve ser feita a partir dos 45 dias (segurança para saber certo).
· Permite identificar alterações, suspeitas de infertilidades em touros ou vacas.
· Para realizar a palpação é imprescindível que haja contenção.
· Características anatômicas e endócrinas. 
· Eficiência de biotécnicas reprodutivas.
Sinais de gestação: Para perceber os sinais de gestação deve-se ter conhecimento da anatomia dos bovinos, além disso, é recomendado a procura destes sinais a partir de 45 dias por ser mais seguro e rápido. Para que o bovino possa ser considerado gestante é necessário que haja ao menos dois dos seguintes sinais:
· Reflexo de parede dupla (dar uma beliscada, dá pra sentir duas paredes).
· Placentonio (pequenas petéquias envolta do útero).
· Vesícula amniótica (contendo um liquido).
· Feto.
Cuidar para não confundir os sinais de gestação com outros problemas como por exemplo, sinal de liquido no útero também pode ser puerpério recente (animal que pariu, leva de 40 a 45 dias para a vaca se limpar por dentro). Se tiver um ovário com cisto, este vai estar aumentado, podendo ser confundido com placentonio. Piometra e hidrometra também levam a liquido no útero, podendo ocorrer confusão. Casos de mumificação (feto seca) e maceração (contaminação bacteriana, se dissolve ficando só os ossos) são casos de morte fetal.
· 
· Mumificação e maceração fetal
· Patologias ovarianas.
· Puerpério recente.
· Tumores
	DIAS DE GESTAÇÃO
	DIAMETRO CORNO
	CROWN RUMP
	POSIÇÃO DO ÚTERO
	SINAIS DE PRENHEZ
	30 dias
	2 a 4 cm
	0,8 a 1 cm
	Pelve
	Vesícula amniótica (VA)
	40 dias
	4 a 6 cm
	1,75 a 2,5 cm
	Pelve
	Parede dupla e VA
	50 dias
	5 a 7 cm
	3,5 a 5,5 cm
	Pelve
	Parede dupla e VA
	60 dias
	6 a 9 cm
	6 a 8 cm
	Pelve
	Parede dupla, VA e feto
	70 dias
	7 a 10 cm
	7 a 10 cm
	Pelve e abdominal
	Feto, placenta e placentoma
	80 dias
	9 a 12 cm
	8 a 13 cm
	Pelve e abdominal
	Feto, placenta e placentoma
	90 dias
	10 a 13 cm
	13 a 17 cm
	Pelve e abdominal
	Feto e placentomas 
	120 dias
	13 a 18 cm
	22 a 32 cm
	Pelve e abdominal
	Feto e placentomas
	150 dias
	18 a 23 cm
	30 a 45 cm
	Assoalho abdominal
	Feto (difícil) e placentomas
	180 dias
	
	40 a 60 cm
	Abdominal
	Feto (difícil) e placentomas
	210 dias
	
	55 a 75 cm
	Feto subindo
	Feto e placentomas
	240 dias
	
	60 a 85 cm
	Feto subindo
	Feto e placentomas
	270 dias
	
	70 a 100 cm
	Feto insinuado
	Feto e placentomas 
O placentonio (ou placentomas) é a união da carúncula materna com o cotilego fetal, esse placentonio tem como objetivo a passagem de nutrientes para o feto, é importante ressaltar que numa cesárea nunca devemos cortar em cima dos placentonio porque eles são muito vascularizados (risco de hemorragia). 
É importante ter em mente quenunca se deve diagnosticar uma femea como não prenhe caso identifique o útero vazio, sempre alertar o proprietário que pode ser possível a prenhez não detectável a palpação (é raro, mas acontece). Sobre possíveis reabsorção ou abortos em bovinos é normal que 3 a 4% das vacas diagnosticadas com prenhez não dão a luz. 
· Causas de reabsorção fetal: leptospirose, balanço energético negativo, etc.
Ultrassonografia: 
· Programas de IATF (inseminação artificial em tempo fixo), TE (transplante de embrião).
· Útero quando não gestante parece gominhos de bergamota, sem liquido, vazio.
· A designação de feto ocorre a partir do momento que há formação óssea. 
· Útero com embrião: dentro do liquido deve haver um pontinho branco. 
· Presença do concepto, líquido e placentomas.
· Diagnóstico de gestação precoce: 30 dias.
· Patologias do sistema reprodutivo.
· Sexagem fetal.
Sexagem:
· Com ultrassom dá para medir diâmetro da cabeça número e ver a estimativa de idade fetal.
· Se for macho haverá um tubérculo na área prepucial, posterior ao umbigo (bolinha).
· Se for fêmea haverá um tubérculo genital, abaixo da cauda (bolinha).
· Migração do tubérculo genital: 48 - 55 dias.
· Período: 55 - 75 dias pós-serviço.
Dosagens hormonais:
· Proteína específica da prenhez B (PSPB), disponível na placenta 28d até o parto.
· Glicoproteínas associadas a prenhez PAGs: pode ser medido em 34 dias.
· Progesterona pode ser medido entre 21 a 24d.
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EM PEQUENOS RUMINANTES
É importante lembrar que os pequenos ruminantes não retornam ao estro (cio) fora da estação, estarão em anestro até a estação. Lembrando que as ovelhas ciclam quando ocorre foto período negativo, ou seja, no inverno com a diminuição da luz ocorre a estação reprodutiva. O método de diagnostico em ovelhas ocorre através da ultrassonografia, podendo ser trans retal (mais acurácia no início da gestação) ou abdominal (maior acurácia em gestações mais avançadas, entre 40 a 75 dias).
· O placentonio na ovelha parece um feijão (fica convexo). 
· O placentonio na vaca tem formato bem redondo.
Sexagem: 
Os tubérculos serão na mesma localização que nos bovinos, entretanto, nas ovelhas pode-se fazer a ultrassonografia a partir de 50 dias de gestação.
· Macho: tubérculo genital na área prepucial, posterior ao umbigo.
· Migração do tubérculo genital: 41 - 47 dias.
· Fêmea: tubérculo genital abaixo da cauda.
· Período: 50 - 70 dias pós-serviço.
Dosagens hormonais:
· As dosagens hormonais podem ser feitas, mas não é muito utilizado em ruminantes.
· Glicoproteínas associadas a prenhez (PAG) aumentam em torno de 21 dias.
· Progesterona circulante entre 16 a 19 dias na ovelha.
· Progesterona circulante entre 19 a 23 dias na cabra.
· Sulfato de estrona circulante entre 40 a 50 dias.
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EM SUÍNOS
Os suínos ciclam o ano todo, por conta disso a taxa de não retorno é uma possibilidade na estação, podendo ocorrer entre 17 a 24 dias. Em relação a ultrassonografia, normalmente é utilizado a via trans abdominal a partir dos 22 dias, onde será encontrado presença de fluido alantoideano. Em suínos também pode ser feito a dosagem hormonal para saber se há gravidez, mas também é pouco utilizado, se a progesterona estiver baixa a porca não estará prenha, mas se estiver alto, sabe-se que o animal estará gestante. 
Dosagens hormonais:
· Sulfato de estrona circulante entre 25 a 30 dias (1° pico) e em 70 a 80 dias (2° pico).
· Progesterona circulante entre 17 a 24 dias, acima de 5ng/ml.
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EM EQUINOS
Em éguas a partir de 14 dias já se consegue sentir a vesícula, essa vesícula estará na base do corno uterino e terá entre 3,5cm, mas com o passar do tempo essa vesícula vai subindo o corno, entre 42 a 45 dias estará na metade do corno e aos 60 dias estará ocupando todo o corno. Em equinos o diagnóstico de prenhez ocorre quando a vesícula está aparecendo, não precisa necessariamente haver o ponto branco como nos ruminantes.
· Aos 85 dias o feto é palpável.
· Aos 120 dias ficará cranial à pelve, abdominal.
· Em 150 dias não é possível palpar o feto
· De 5 a 7 meses o feto estará ventral ao abdome.
· Entre 8 a 11 meses o feto estará facilmente palpável.
Dosagem hormonal:
ECG é um hormônio gonadotrofina, secretado somente pela égua pelos cálices que irão se formar, utilizado em protocolos de bovinos para IATF.
· Gonadotrofina coriônica equina (ECG) circulante entre 40 a 120 dias.
· Se a progesterona estiver inferior a 1ng/ml significa não gestante.
· Progesterona circulante entre 18 a 21 dias.
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EM CADELAS
A cadela estando gestante ou não o corpo lúteo vai durar ao mesmo tempo, não sendo possível dosar a progesterona, neste caso é utilizado o hormônio relaxina (auxilia o corpo lúteo na fabricação de progesterona).
· Não dá pra fazer contagem fetal no ultrassom (sobreposição fetal).
· Ultrassonografia em modo B pode ser feita depois de 21 dias. 
· Palpação abdominal pode ser feita depois de 21 a 35 dias.
· Avaliação hormonal (relaxina) depois de 25 dias.
Em relação a radiografia, é utilizada para determinar o numero de fetos (ninhadas pequenas), se este for feito antes de 35 dias pode ser prejudicial à saúde dos bebes, sendo recomendado fazer a partir de 45 dias (possui relação com a mineração óssea).
EIXO HIPOTALÂMICO HIPOFISÁRIO
Quando o animal atinge a puberdade (primeiro cio), e está com boas condições nutricionais e a presença de machos no local, o hipotálamo libera GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), este hormônio age na hipófise anterior e a partir desse estimulo a hipófise fará a liberação de outros dois hormônios: o FSH e o LH.
O FSH (hormônio folículo estimulante) vai agir no ovário e estimular o crescimento folicular, um dos vários folículos irá se tornar dominante, este folículo dominante vai produzir estradiol, nisso os outros folículos irão sofrer atresia (atresia folicular), e o estradiol produzido pelo folículo irá fazer a fêmea entrar no cio. 
Para o folículo dominante ovular e se tornar corpo lúteo, o folículo precisa de LH, a hipófise liberar este LH, ela precisa do feedback positivo do estradiol para fazer o pico de LH (bomba de lh), o pico de LH leva a ovulação e luteinização, com isso, o folículo dominante vai se romper e se transformar em corpo lúteo. 
Se a vaca tiver com feto no útero, o feto irá produzir interferon para sinalizar a mãe que esta prenha. Se não estiver nada, o útero irá produzir prostaglandina que vai acabar com o corpo lúteo, recomeçando todo o ciclo novamente.
Alterações do trato reprodutivo da fêmea
TRANSTORNOS FUNCIONAIS
ANESTRO
O anestro é a ausência de estro (cio), ou seja, não ocorre o crescimento folicular e nem corpo lúteo funcional e consequentemente não ocorre atividade cíclica ovariana, podendo ser uma condição fisiológica ou patológica. Existe dois tipos de anestro:
· Anestro falso: Falha na detecção do estro ou prenhez.
· Anestro verdadeiro: Insuficiente estimulo hormonal.
Existem 3 causas de anestro:
· Anestro fisiológico: Estacional, por exemplo, a influência de fotoperíodo em éguas e ovelhas. 
· Anestro pós parto: Período que a vaca se recupera (puerpério), retorno entre 30 a 40 dias.
· Anestro patológico: Pode ser por causa orgânica, hormonal, nutricional ou manejo. 
Anestro patológico:
· Causas nutricionais ou manejo: Falhas alimentares, minerais, animais com baixo escore.
· Causas hormonais: Transtornos na produção e liberação de gonadotrofinas.
· Causas orgânicas: Defeitos genéticos ou tumores.
Diagnóstico: 
· Palpação retal (ovários pequenos, endurecidos e sem estruturas).
· Histórico.
Tratamento:
· Causas nutricionais e de manejo o tratamento é a correção com suporte nutricional.
· Causas hormonais o tratamento é dosagem hormonal, terapia ou protocolo ATF.
· Causas hereditárias ou orgânicas são irreversíveis, o tratamento é a remoção.
DOENÇA OVARIANA CÍSTICA
A doença ovariana cística é uma causa importante de ineficiência reprodutiva em vacas, pode ocorrer cistos simples ou múltiplos e mais raramente ocorrem degenerações císticas de todo o ovário (cistospequenos e numerosos). Alterações com persistência de um folículo anovulatório, maior que 20mm por período superior a 7 dias acompanhados por ciclo estral irregular e ausência de corpo lúteo. 
CISTO FOLICULAR:
Este tipo de cisto possui alta frequência bovinos, principalmente vacas leiteiras de alta produção (visto que estes animais são melhorados geneticamente para produção de leite, fazendo com que a reprodução seja deixada de lado, sintetizam mais rápido os hormônios que faz com que acarrete em falhas na fisiologia hormonal). Apresentação de um ou mais folículos normalmente de grande tamanho (diâmetro ≥ 2,5cm) que permanece no ovário por períodos relativamente longos (+ de 10 dias) com ausência de corpo lúteo.
· Se suspeita de cisto quando houver ausência de corpo lúteo e presença da estrutura.
Etiologia: Causado por uma deficiência da descarga ovulatória de LH, o folículo dominante que iria ovular vira um cisto (pois não se consegue ovular) e fica secretando estradiol. A etiologia pode ser de origem:
· Hipotalâmica: diminuição na produção ou liberação de GnRH.
· Ovariana: falha mecanismo de retroalimentação positivo E2.
· Hipofisária: produção ou liberação insuficiente de LH.
· Exógena: corticoide
Sinais clínicos: Folículo dominante secretando estradiol, faz o animal apresentar:
· Excesso secreção muco (mucometra)
· Cios frequentes e irregulares.
· Relaxamento ligamentos.
· Anestro (mais comum).
· Edema vulva.
· Ninfomania.
Tratamento: O tratamento é a utilização de hormônios que irão induzir a ovulação ou luteinização (visto que o folículo vai ficar secretando estradiol e nunca vai ovular), normalmente se utiliza LH, hCG ou análogos de GnRH, após 7 dias se utiliza PGF2 para induzir a luteólise e com a resolução do quadro se utiliza um indutor de ovulação no momento da próxima cobertura ou inseminação artificial. Além da utilização de hormônios, se houver apenas um folículo pode-se fazer a aspiração do cisto.
· Aspiração do cisto, quando houver apenas um.
· Utilização de hormônios para induzir ovulação.
Diagnóstico:
· Na palpação se encontra parede fina, preenchido com fluido.
· Pode-se utilizar a palpação retal ou ultrassonografia. 
· Níveis baixos de P4 (progesterona) no sangue.
CISTO LUTEÍNICO:
Etiologia: A etologia deste tipo de cisto se deve através da falha no mecanismo de ovulação, essa falha se deve a liberação precoce ou níveis inadequados de LH, que são insuficientes para determinar a ovulação, porém produzem certo grau de luteinização. O tecido luteinizado produz progesterona, que leva o animal a um quadro de anestro. 
Diagnóstico:
· Na ultrassonografia as paredes apresentam-se finas com presença de liquido.
· Corpo lúteo cavitário: possui parede espessa com um pouquinho de liquido.
· Corpo lúteo normal é apenas uma massa, sem liquido dentro. 
· Não confundir cisto luteínico com corpo lúteo cavitário.
Tratamento: Se houver boa luteinização, ou seja, se o cisto estiver produzindo progesterona, aplica-se PGF2α, entretanto, se não houver boa luteinização se aplica análogos de GnRH, hCG ou LH para induzir a luteinização e após 7 dias administra-se PGF2α (protaglandina).
· Possui um grau de luteinização, mas não é um corpo lúteo total.IMPORTANTE
Lembre-se que além do tratamento do cisto existente, deve-se prevenir o aparecimento de um novo cisto no ciclo seguinte, sendo indispensável à aplicação de um indutor de ovulação (GnRH, hCG, LH) no primeiro ciclo após o cisto
ESTRO SILENCIOSO
No estro silencioso ocorre a atividade cíclica ovariana (ovulação) sem a manifestação dos sinais de estro, é um processo muito comum em vacas leiteiras e em éguas e ovelhas no primeiro cio (visto que são fotoperíodos, e com isso, até o animal regular todo o eixo o primeiro cio é silencioso).
Diagnóstico:
· Palpação retal repetida verificando corpo lúteo em lugares distintos.
· Hemorragia de metaestro, sem a observação de sinais de estro.
· Devido ao nível de estradiol pode ocorrer sangramento na vaca.
· A vaca esta ciclando mas não apresentou sinais de cio.
Tratamento:
· IATF.
ESTRO ANOVULATÓRIO
Apresentação de um estro, porém não acompanhado de ovulação, acontece que o folículo dominante sofre regressão no final do estro, não ocorrendo a ovulação, normalmente é atribuído a uma disfunção hormonal relacionada a descarga de LH.
· Não tem pico de lh por conta de algum defeito.
· Por não haver pico de lh não tem corpo lúteo.
· Tem estro, mas não tem ovulação.
Diagnóstico:
· Palpações retais repetidas, verificando-se a presença de folículo no estro.
· Ausência do posterior corpo lúteo.
Tratamento:
· Implantes de progesterona associados a estradiol com suporte de eCG (300 a 400UI).
· Ajudam a estimular o desenvolvimento folicular (protocolo de IATF completo).
ESTRO DURANTE GESTAÇÃO
Em bovinos ocorre com alguma frequência, principalmente durante o 4° ou 5° mês de gestação, visto que ocorre queda na progesterona no momento de transição entre a produção ovariana e placentária. Também conhecido como cio do encabelamento por ocorrer no período em que o feto começa a desenvolver pelos.
· Não inseminar novamente, isso remove o tampão e desencadeia aborto.
VACAS REPETIDORAS DE CIO
Clinicamente não apresentam qualquer alteração e que retornam ao estro após coberturas por várias vezes antes de desenvolverem uma gestação. Normalmente a maioria das vacas tidas como repetidoras de cio, são na verdade animais portadores de patologias não diagnosticadas (endometrites subclínicas etc..).
ESTRO FREQUENTE (NINFOMANIA)
Síndrome neuroendócrina traduzida por prolongamento do estro, por estros frequentes e irregulares, podendo chegar ao estro permanente, ocorre com maior frequência na vaca e na égua. A etiologia do estro frequente é pouco definida e por ser múltipla, podendo decorrer desde cisto folicular até tumores. 
Etiologia:
· Doses de estrógeno mal empregados que podem produzir o quadro temporariamente.
· Causas extra ovarianas como transtorno de adrenais (mais frequentes nas éguas).
· Degenerações císticas do ovário ou tumores das células da granulosa.
· Desequilíbrio na produção de FSH e LH com predomínio do FSH.
Sinais clínicos:
· Basicamente ocorre os sinais do estro (cio).
· Relaxamento dos ligamentos pelvianos.
· Aceitação macho a todo momento.
· Quadro de hiperestrogenismo.
· Efetua a mímica coital.
· Presença de muco.
· Inquietação.
Tratamento:
· Avaliação para estabelecer o grau das lesões provocadas.
· Normalmente é aconselhável o descarte do animal.
VIRILISMO
O virilismo é a inversão sexual tardia que ocorre principalmente em vacas, a etiologia dessa doença é decorrente de um excesso de substancias androgênicas normalmente de origem suprarrenal ou ovariana (tumores).
Sinais clínicos:
· Morfologia semelhante ao macho, com pescoço grosso e pelos ásperos.
· Comportamento sexual masculino com agressividade.
Tratamento:
· Não há recuperação para este tipo de transtorno, são utilizadas como rufiões. 
· Rufião: animal não castrado para detectar se a femea está no cio.
PATOLOGIAS CONGÊNITAS NO OVÁRIO
AGENESIA 
Agenesia é a ausência de um ou ambos ovários, o animal poderá produzir ciclo somente em casos de aplasia bilateral, que normalmente se encontra associada ao não desenvolvimento ou desenvolvimento parcial do trato genital, a agenesia é uma patologia rara e normalmente associada a outros defeitos maiores.
· Se for bilateral (nenhum dos ovários) não haverá ciclo.
· Se for unilateral, terá uma vida reprodutiva normal.
· Diagnóstico por palpação retal.
· Etiologia desconhecida.
HIPOPLASIA
A hipoplasia é a falta de desenvolvimento ovariano, o que acontece é que no desenvolvimento do embrião, as células germinativas irão determinar se o animal vai ser macho ou femea, quando estas células são em menor número, ocorre a falta de desenvolvimento ovariano, ou o chamado ovário infantil, e essa diminuição no número de células pode ocorrer por falha no processo de migração ou multiplicação. Ocorre com comumente e pode ser uni ou bilateralmente.
· Etiologia: Manifestação de um gene recessivo.
· Diagnóstico ocorre através dapalpação retal.
· Não existe tratamento, se faz o descarte.
PATOLOGIAS ADQUIRIDAS DOS OVÁRIOS
HIPOTROFIA
É a regressão no tamanho dos ovários, é um transtorno de atuação direta sobre hipotálamo e/ou hipófise provocando uma disfunção ou afuncionalidade que gera uma deficiência na síntese ou liberação de FSH ou LH, tornando o nível sérico desses hormônios incapazes de estimular a funcionalidade dos ovários, a frequência desta anomalia é alta.
Causas:
· Insuficiência alimentar ou super alimentação.
· Causas indiretas (endógenas e exógenas).
· Deficiência de luz (animais fotoperíodo).
· Desequilíbrio hormonal no puerpério.
· Dificuldades de aclimatação.
· Temperatura elevada.
· Doenças crônicas.
· Partos distócicos.
Diagnóstico:
· Palpação retal (confirmação da falta de estruturas).
· Anamnese (histórico de anestro).
Tratamento:
· Eliminação dos fatores causais.
ADERENCIAS
Ocorre em decorrências de ooforites, peritonites ou hemorragias, observam-se aderência entre a tuba, ovário e ligamento ovariano, bem como área alaranjada na superfície do ovário. Não tem como apalpar, normalmente é achado de frigorifico. 
TUMORES OVARIANOS
Animais com tumores endócrinamente ativos podem apresentar estro permanente, ciclicidade irregular, aciclia persistente ou virilismo. Estes tumores podem ser uni ou bilaterais e na vaca o tamanho normalmente é superior a 4,0cm, podendo chegar a vários quilogramas. Se o tumor for unilateral pode ser corrigido através de ovariectomia do lado afetado, caso contrário o animal vai para descarte.
TUMORES DA GRANULOSA E TECA
São mais comuns em éguas e vacas e geralmente são hormonalmente ativos produzindo andrógenos e/ou estrógenos, fazendo com que estes animais tenham comportamento de macho ou estro contínuo. Podem ser luteinizados, produzindo progesterona e pode haver atrofia do ovário contralateral em função da retroalimentação negativa sobre a hipófise (em função do nível de estrógeno ou inibina produzidos).
· Podem ser observados tumores sólidos ou multicísticos.
PATOLOGIAS CONGÊNITAS DOS OVIDUTOS
As patologias congênitas dos ovidutos é de difícil diagnóstico em casos de lesões iniciais (adesões e salpingites), estudos em abatedouros sugerem que 10% ou mais das vacas podem ter patologia em uma ou em ambas tubas uterinas, sendo a forma congênita menos comum que as formas adquiridas. É importante lembrar que não existe tratamento, apenas aproveitamento em FIV (fertilização in vitro).
· Pode ocorrer agenesia (ausência uni ou bilateral de ovidutos) ou aplasia segmentar.
APLASIA SEGMENTAR
É a ausência de porções ou parte do oviduto podendo ser uni ou bilateralmente, é determinado por uma displasia dos ductos paramesonéfricos e é de frequência rara. 
· Diagnostico ocorre por exame retal ou necropsia.
· Etiologia é de característica recessiva.
PATOLOGIAS ADQUIRIDAS DOS OVIDUTOS
ADERÊNCIAS
São frequentes, principalmente nos quadros de perimetrites (origem ascendente é mais comum) ou quadro de peritonites, ou seja, secundário a uma inflamação. O diagnóstico é difícil e normalmente encontrado na necropsia. 
HIDROSSALPINGE
É o acumulo de liquido no oviduto, geralmente secundário a obstrução, por conta do liquido ocorre a distensão do oviduto prejudicando a fertilização (visto que a fertilização ocorre na ampola do oviduto).
PIOSSALPINGE
É o acumulo de pus no oviduto, geralmente secundário a endometrite seguido de obstrução, infecções persistentes do endométrio durante o pós parto podem envolver as tubas uterinas (salpingite), a piossalpinge pode ser uni ou bilateral.
Diagnóstico:
· Palpação retal.
· Laparotomia.
· Ultrassom.
Tratamento:
· Prostaglandina (PGF2a).
· Antibioticoterapia.
OBSTRUÇÕES
Normalmente é secundária a processos infecciosos uterinos que não tiveram uma resolução em tempo hábil. A infusão de volume excessivo de produtos usados em infusão uterina pode determinar lesão e aderência das paredes do oviduto, causando obstrução. 
Diagnóstico:
· Palpação retal.
· Laparotomia.
· Ultrassom.
Tratamento:
· Avaliar cada animal.
· Descarte.
PATOLOGIAS CONGÊNITAS DO UTERO
Existem diferentes patologias que envolvem o útero, uma delas é a agenesia que nada mais é do que a ausência do útero. 
APLASIA SEGMENTAR
É a ausência de porções ou parte do corno uterino, podendo ser uni ou bilateralmente, é determinado por uma displasia dos ductos paramesonéfricos, a região afetada se apresenta na forma de um estreitamento fibroso, e a frequência desta patologia é baixa. A etiologia é característica recessiva. 
Diagnóstico:
· Palpação retal.
· Ultrassom.
Tratamento:
· Avaliar cada animal.
· Descarte.
UTERO UNICÓRNIO
Ocorre a ausência ou aplasia de um corno uterino, essa patologia é compatível com uma gestação no corno normal, sendo o animal subfértil e de frequência rara, a etiologia é e característica recessiva. 
Diagnóstico:
· Palpação retal.
· Ultrassom.
ÚTERO DIDELFO
É a ausência do corpo do útero (útero duplo), determinado pela falha na fusão dos ductos paramesonéfricos e a frequência é rara.
Diagnóstico:
· Palpação retal.
· Ultrassom.
PATOLOGIAS ADQUIRIDAS DO UTERO
PÓLIPOS
Os pólipos são pequenas projeções de glândulas endometriais dentro do lúmen uterino, sendo uma ocorrência comum em cadelas e gatas (principalmente se forem mais velhas), estes pólipos são de causa desconhecida, mas podem estar relacionados à idade, além disso, podem produzir obstrução do lúmen produzindo hidrometra.
· Diagnóstico feito através de ultrassom.
· Tratamento é a castração do animal.
CISTOS ENDOMETRIAIS
São comuns em éguas e geralmente não interferem na fertilidade, mas podem afetar questões de reconhecimento materno, visto que o embrião precisa migrar e se houver cistos ele não irá conseguir, quando isso acontece a mãe libera prostaglandina e o embrião acaba sendo absorvido.
LESÕES TRAUMÁTICAS, RUPTURAS E DILACERAÇÕES
Além das patologias citadas acima, pode ocorrer laceração de parede uterina, laceração de endométrio e miométrio que podem induzir a produção de fibrose localizada, no caso da presença de contaminação, isso permite a instalação de abcessos de parede e dependendo da evolução pode acarretar em quadros de endometrites e peritonites.
· Tratamento: antibiótico com anti-inflamatório.
HIDROMETRA E MUCOMETRA
Hidrometra é o acúmulo de líquido asséptico (ou seja, não infeccioso) no lúmen uterino associado à persistência do corpo lúteo, nestes casos ocorre a perda embrionária ou fetal com permanência do corpo lúteo.
A mucometra é caracterizada pelo acumulo de líquido mucoso estéril no interior do útero, pode ocorrer pela má formação do sistema tubular do aparelho genital da fêmea que leva ao acúmulo de conteúdo uterino, ou pela permanência prolongada de cistos foliculares nos ovários. Através do ultrassom pode-se observar uma parede uterina sem membranas e sem placentônios, com líquido anecoico no interior e sem presença do concepto, já pela palpação retal identifica-se o útero com flutuação, parede fina e ausência de reflexo de parede dupla, placentônios e concepto.
· A diferença entre mucometra e hidrometra é a consistência do conteúdo.
· Conteúdo com celularidade, liquido não muito limpo.
· Tratamento para ambos os casos é prostaglandina. 
· Conteúdo hipoecoico (mucometra).
· Conteúdo anecoico (hidrometra).
PATOLOGIAS CONGÊNITAS DA VAGINA E VULVA
HIPOPLASIA
É a falta de desenvolvimento de vulva ou vagina, sendo de frequência rara, a etiologia dessa patologia não é determinada e o diagnóstico é clinico.
PATOLOGIAS ADQUIRIDAS DA VAGINA E VULVA
CISTOS DE GARTNER E BARTOLIN
Ocorre acumulo e secreção determinado pela obstrução do ducto (desaparece após o nascimento), o diagnostico é clinico, pode-se enxergar cistos pequenos em forma de cordões no assoalho da vagina ou grandes na lateral do vestíbulo. 
· O tratamento é feito através da punção.
FÍSTULA RETO VAGINAL E LACERAÇÃO DE PERÍNEO
Ocorre comunicação entre o conduto vaginal e reto, determinadas por partos distócicos, inabilidade obstétrica e principalmente por episiotomias mal direcionadas. Quando a lesão for muito extensa, deve-se realizar a reduçãoem etapas, e sempre lembrar de manter alimentação laxante, para evitar a ruptura dos pontos
MÁ POSIÇÃO DA VULVA
Horizontalidade do espelho vulvar pode ocasionar o refluxo de urina ou entrada de fezes para o interior do conduto vaginal, determinando vaginites ou infecções uterinas. O quadro é relativamente comum em vacas velhas, animais com baixo escore de condição corporal e portadores de cistos foliculares.
· Pode-se tentar tratamento cirúrgico pela liberação da aderência existente.
PNEUMOVAGINA
Determinados por reações cicatriciais de lacerações provocadas por partos laboriosos de fetos demasiadamente grandes, redução imperfeita de episiotomias ou simplesmente má conformação. O diagnóstico ocorre ao introduzir o dedo na comissura dorsal da vulva, elevando-a e observando se ocorre a entrada de ar, o tratamento é através da vulvoplastia. 
UROVAGINA
Retenção de urina no conduto vaginal decorrente do mau posicionamento da vulva, a etiologia é relacionada com a conformação, fêmeas com idade avançada e relacionado também com condição corporal. O diagnóstico ocorre através da presença de urina observada através de vaginoscopia ou durante exame retal, já o tratamento é através da correção cirúrgica.
VAGINITE
Infecções venéreas específicas, inespecíficas, traumas e irritações físico-químicas, os sinais clínicos mais comuns são mucosa Hiperêmica com secreção mucopurulenta e o prognóstico geralmente favorável. O tratamento ocorre através da utilização de solução anti-séptica com administração de antibióticos.
PATOLOGIAS CONGÊNITAS DA CERVIX
CERVIX DUPLA
Determinada por falha na fusão dos ductos paramesonéfricos na região cervical, é de frequência baixa, sendo causa frequente de distocias. Geralmente existe dupla abertura cervical no fundo de saco vaginal, sendo um dos canais dotado de fundo cego ou de comunicação cranial convergindo para apenas um canal, essa anomalia pode originar problemas na inseminação artificial. 
· Etiologia de característica recessiva.
· Diagnóstico através de vaginoscopia.
· Tratamento é o descarte.
CERVIX TORTA
Ocasiona problemas na inseminação, o diagnostico ocorre através da vaginoscopia e não existe tratamento para este tipo de anomalia, sendo recomendado o descarte do animal. 
PATOLOGIAS ADQUIRIDAS DA CERVIX
CERVICITE
· Fazer o uso de antibiótico e anti-inflamatório.
· Associado ou não a infecções uterinas.
LESÕES TRAUMÁTICAS
· Procedimentos de auxilio ao parto inadequadamente conduzidos 
· Ruptura durante o parto.
HERMAFRODITISMO
· Pseudo hermafrodita: Gônadas de um sexo e órgãos reprodutivos de outro.
· Verdadeiro: Tecido ovariano e testicular na mesma gônada.
· Ambos os casos são inférteis.

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