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Resumo Língua Portuguesa Laboratório de Texto

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Resumo: 
Língua Portuguesa: Laboratório de Texto 
 
O texto é uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza, 
evidentemente, com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua 
forma de organização, mas que requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes e sua 
reconstrução no interior do evento comunicativo. 
Podemos definir texto, hoje, como qualquer produção linguística, falada ou escrita, de qualquer 
tamanho, que possa fazer sentido numa situação de comunicação humana, isto é, numa situação 
de interlocução 
Nenhum texto tem sentido em si mesmo, todo texto pode fazer sentido numa dada situação, 
para determinados interlocutores. 
A coerência envolve tudo que influencia (auxilia, possibilita ou dificulta, impede) a 
interpretação do texto. 
Considerar um texto como coerente significa, então compreender – a partir dos conhecimentos 
e das habilidades de interpretação que possuímos – as relações (causa e 
consequência/comparação/oposição etc.) estabelecidas entre as ideias do texto e considerá-las 
compatíveis com nossos conhecimentos. 
A intertextualidade está relacionada ao uso de outros textos em nossos textos. 
Podemos encontrar as seguintes terminologias associadas à intertextualidade: polifonia e 
dialogismo. 
A intertextualidade está onipresente em nossos textos. 
A intertextualidade explícita ocorre quando há indicação da fonte e a implícita quando o leitor 
deve recuperar a fonte em sua memória. 
A presença da intertextualidade cumpre diversos papéis no texto: dar veracidade, credibilidade 
ao texto, mostrar aprovação ou reprovação em relação a algum fato etc. 
A situacionalidade refere-se ao conjunto de fatores que tornam um texto relevante para dada 
situação de comunicação corrente ou passível de ser reconstituída. 
A situacionalidade deve ser analisada a partir de duas perspectivas: da situação para o texto e 
do texto para a situação. 
A informatividade está relacionada ao grau de previsibilidade das informações que aparecem 
no texto. 
A intencionalidade está relacionada à maneira como o autor elabora seu texto a fim de alcançar 
suas intenções. 
A aceitabilidade é vista como a contraparte da intencionalidade 
A coesão é a ligação entre uma sentença e outra precedente com o objetivo de criar textos. 
A coesão e coerência são fenômenos distintos. 
A coerência não vem pronta no texto, mas é construída a partir dele. 
A coesão fornece as pistas para orientar o leitor na construção do sentido (explicita as relações 
estabelecidas entre os elementos linguísticos que formam o texto), porém, não é condição 
necessária, nem suficiente, para considerar que um texto seja um texto. 
Indicamos cinco mecanismos de coesão: referência, substituição, elipse, conjunção e coesão 
lexical e diferenciamos dois tipos de referência: a exofórica e a endofórica. 
Temos à disposição várias maneiras de estabelecer a coesão referencial ao longo do texto. 
Inicialmente, abordamos a referência exofórica (remissão para algum elemento fora do texto) 
e a endofórica (o referente está expresso no próprio texto). 
Depois, passamos a detalhar as formas remissivas gramaticais, que podem ocorrer tanto via 
anáfora (o referente precede o item coesivo) quanto via catáfora (o referente vem após o item 
coesivo). 
As formas remissivas gramaticais podem ser: 
Formas remissivas gramaticais presas: artigos definidos e indefinidos, pronomes adjetivos e 
numerais. 
Formas remissivas gramaticais livres: pronomes pessoais de 3a pessoa, elipse, pronomes 
substantivos, advérbios “pronominais” e expressões adverbiais. 
Formas remissivas gramaticais lexicais: expressões ou grupos nominais definidos, 
nominalizações, expressões sinônimas e hiperônimos. 
Os recursos coesivos foram assim organizados: inicialmente, verificamos alguns 
procedimentos de recorrência, como: reiteração de itens lexicais, paralelismo, paráfrase e 
recorrência de recursos fonológicos. 
A seguir, passamos aos articuladores textuais, observando as relações semânticas e 
argumentativas. Em relação às relações semânticas, trabalhamos com os conectores de 
condicionalidade, causalidade, disjunção, temporalidade e conformidade. 
Depois, ilustramos alguns operadores argumentativos de conjunção, disjunção argumentativa, 
contrajunção, explicação e comparação. 
É certo que não foram discutidas todas as possibilidades de recursos para estabelecer a coesão 
sequencial, porém, nossa expectativa é de que o assunto tenha despertado sua curiosidade e 
o(a) leve a ler mais a respeito. 
O parágrafo é a unidade do discurso que tem em vista atingir um objetivo. 
Cada parágrafo carrega consigo uma determinada ideia, portanto, sua extensão e sua 
complexidade estão atreladas ao pensamento que estamos desenvolvendo. 
A divisão do texto em parágrafos contribui para que o leitor não se perca num amontoado de 
linhas. 
Gêneros textuais são tipos relativamente estáveis de enunciados. 
Os gêneros são determinados pela situação social de interação. 
A noção de gênero não se confunde com a de tipo textual: esta relaciona-se às sequências 
narrativas, descritivas, argumentativas e expositivas. 
A sequência tipológica narrativa envolve uma série de ações, que se desenvolvem em um 
determinado tempo. 
São elementos da sequência narrativa: 
✓ personagens (protagonista, antagonista, secundária); 
✓ ambiente; 
✓ tempo (biológico, cronológico, histórico, psicológico); 
✓ foco narrativo (1a ou 3a pessoa); 
✓ enredo (linear e não linear); 
✓ discurso (direto, indireto e indireto livre) 
A sequência descritiva tem por função descrever um objeto, um ser, um sentimento etc. 
Sua principal diferença em relação à sequência narrativa é a ausência de relação de 
anterioridade ou posteridade entre os enunciados. 
Outras características: uso de verbos que indicam estado, do tempo verbal presente do 
indicativo. 
Conforme a finalidade a que se destinam, pode haver sequências descritivas técnicas ou 
literárias. 
A função das sequências de base argumentativa/opinativa é convencer o interlocutor a respeito 
de alguma questão polêmica. 
Para construir as sequências argumentativas/opinativas: 
Construímos argumentos capazes de sustentar nossa tese; 
Refutamos as possíveis opiniões divergentes; 
Evitamos os lugares-comuns. 
Além disso, empregamos tempo verbal presente do indicativo e fazemos uso intenso dos 
operadores argumentativos. 
A fim de obtermos sucesso em nosso texto, não podemos esquecer de que para convencer nosso 
interlocutor, precisamos conhecê-lo, para depois planejar o texto.

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