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Poder Executivo e Legislativo

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12/06/2023, 17:29 Poder Executivo e Legislativo
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02709/index.html# 1/36
Poder Executivo e Legislativo
Prof. Thiago Aleluia Ferreira de Oliveira
Descrição
A organização dos Poderes Legislativo e Executivo e sua importância na
perpetuidade da democracia brasileira.
Propósito
O estudo da organização dos Poderes Legislativo e Executivo é um dos
temas mais fascinantes da teoria constitucional, uma vez que mescla
conceitos como a teoria tripartite de Montesquieu, mecanismos de
freios e contrapesos, democracia e direitos fundamentais, os quais são
pilares para a manutenção de um Estado democrático de direito.
Preparação
Antes de iniciar este conteúdo, tenha à mão a Constituição Federal para
entender os termos específicos da área.
Objetivos
O Poder e a Divisão das Funções Estatais
Listar as Teorias do Poder e a Divisão das Funções Estatais.
O Poder Legislativo e seus mecanismos de controle
Identificar as atribuições, a estrutura, o funcionamento do Poder
Legislativo e seus mecanismos de controle.
Os sistemas de governo, os processos e as classificações
conceituais
Reconhecer os sistemas de governo, os processos e as
classificações conceituais em torno do Poder Executivo.
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Introdução
A palavra “poder” vem do latim potere, que se relaciona a termos
que exprimem força, controle, autoridade, dispondo, ao longo de
séculos, de várias interpretações, conforme o cenário histórico,
político e social de cada época. Dentre os conceitos, destaca-se o
de poder político, sendo uma preocupação permanente dos seres
humanos o controle de seu exercício abusivo.
A importância da limitação do poder político tem sido objeto de
estudo durante a história por grandes sociólogos, filósofos e
jurisconsultos, com destaque a Aristóteles, Locke, e Montesquieu,
culminando no clássico modelo tripartite, bastante difundido nas
democracias ocidentais, a partir das revoluções americana e
francesa, e consagrado, na Constituição Federal de 1988, como
princípio fundamental, considerado como cláusula pétrea.
O modelo tripartite atual consiste em atribuir a três órgãos
independentes e harmônicos entre si as funções Legislativa,
Executiva e Judiciária, com função típica e atípica, materializando
a fórmula dos "freios e contrapesos" (check and balances), como
garantia da perpetuação do Estado democrático de direito.
Nesse contexto, os Poderes Legislativo e Executivo exercem um
importante papel na consolidação da jovem democracia
brasileira. Assim, resta-se fundamental o estudo das atribuições,
estrutura e funcionamento desses Poderes, bem como as
prerrogativas dos seus titulares, que lhes asseguram liberdade
para promoverem a satisfação do bem comum.
1 - O Poder e a Divisão das Funções Estatais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de listar as Teorias do Poder e a Divisão das Funções
Estatais.

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Teoria do Poder e Divisão das
Funções Estatais
O que é poder?
O vocábulo poder (potere) relaciona-se à capacidade de fazer algo, à
faculdade de exercer a autoridade, de impor a vontade.
Etimologicamente, é um termo que sempre remete à:
Força;
Persuasão;
Controle;
Regulação.
O Direito, a Sociologia e a Filosofia tem discutido, ao longo de séculos,
modos e teorias sobre o poder, apresentando diferentes definições,
conforme o cenário histórico, político e social de cada época.
O poder constitui uma força que intervém nas relações
sociais desde o início da sociedade humana. É algo tão
natural e necessário que não se pode compreendê-la
sem que essa esteja sustentada sobre as bases da
obediência civil e do poder.
Veja a seguir, o que Max Weber, Karl Marx, Pierre Bourdieu e Norberto
Bobbio pensam sobre poder:
Sociólogo alemão, para ele, o poder consiste na
imposição da vontade de uma pessoa ou instituição sobre
os indivíduos. Essa imposição é direta e deliberada e pode
ter aceitação como força de ordem ou não. Quando as
pessoas que são sujeitas ao poder de alguém aceitam a
ordem, existe uma transição de forças da esfera do poder
para a esfera da dominação, isto é, a pessoa que aceita a
imposição de ordem se subjuga à autoridade da outra.
MAX WEBER (2009, P.33) 
KARL MARX (2010, P.16) 
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Filósofo e economista, para ele o poder assenta naquele
que tem os meios materiais de produção de capital, o que,
em sua época, consistiam nas fábricas e nas terras.
Através da posse dos meios de produção, o proprietário
sujeita seus empregados ao seu poder.
Por sua vez, o sociólogo francês Pierre Bourdieu (2004,
p.349) entende o poder dentro de uma esfera social e
coletiva circundada pelo que chamou de habitus, o qual é
um conjunto de valores, normas, regras, gostos e
elementos culturais, como religião, arte etc., que
influenciam a sociedade e possui a capacidade de unir e
de separar indivíduos.
O jurista classificou o poder em três formas:
1. Poder econômico: Desempenhado por quem tem
posse dos bens materiais e da riqueza.
2. Poder ideológico: Empreendido por aquele que
possui a capacidade de criar ideias e ideologias e,
assim, influenciar os outros.
3. Poder político: Poder oficial que controla o Estado e
ostenta o direito de uso da força física contra os
membros de uma comunidade política. O poder
político é legítimo, desde que procure atingir os fins
de uma comunidade política.
Sem dúvida, o campo em que o poder ganha seu papel mais crucial é o
da política. É esse modelo que será estudado no próximo tópico, o qual
compete coordenar e impor regras e limites em função dos fins
pretendidos pelo Estado, fundamentando-se em sua soberania. Em
PIERRE BOURDIEU (2004, P.349) 
NORBERTO BOBBIO (1999, P.11) 
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outras palavras, o Estado é a institucionalização do poder político para
satisfação do bem comum.
Aristóteles e Locke: bases teóricas da separação dos Poderes
O controle da potencial utilização abusiva e autoritária do poder político
desempenhado pelo Estado tem sido uma preocupação permanente
dos seres humanos. Desde a antiguidade, surgem inúmeras teorias com
o propósito de limitar os poderes, como garantia de proteção de direitos
e liberdades das pessoas contra o arbítrio estatal.
A origem da teoria da separação dos Poderes encontra-se em
Aristóteles (1991, p. 93). Na sua obra, A Política, o pensador
compreendia que o poder soberano se manifestava através de três
funções distintas:
Função deliberativa
Editar normas gerais de observância para todos.
Função executiva
Aplicar essas normas ao caso concreto.
Função julgadora
Resolver os conflitos advindos da execução das aludidas normas.
Observa-se que tais funções, apesar de diferentes, ainda se
concentravam, para o pensador, na figura de uma única pessoa, o
soberano.
Aristóteles já profetizava a necessidade de novas mudanças e
aperfeiçoamentos na arte de se fazer política e governo. Contudo, ele
não cuidou da funcionalidade dessa separação, isto é, não formulou a
independência entre Poderes, o que só fora feito posteriormente por
Montesquieu.
L´etat c´est moi (O Estado sou eu).
A famosa frase de Luís XIV traduz claramente o poder ilimitado que se
encontrava nas mãos dos monarcas à época.
Locke (1994, p. 171), pensador inglês, influenciado pelos importantes
eventos ocorridos nas revoluções do século XVII, também cuidou da
evolução da teoria, através da obra Segundo Tratado do Governo Civil,
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publicada em 1690, delineando de forma maisprecisa, a ideia em torno
de uma demarcação sobre os Poderes do Estado.
Na sua ótica, não existia poder deliberativo, mas sim Poder Legislativo, o
qual tinha a incumbência de editar leis, as quais não poderiam ser feitas
em benefício próprio nem com intervenção da propriedade.
Incluía também, dentro das funções do legislativo, a de resolver os
conflitos, como julgador. Mencionava ainda a presença do Poder
Executivo, o qual aplicava a força pública para fazer cumprir as normas,
e o Poder Federativo, que mirava as relações com outros Estados,
especialmente, por meio de alianças.
Segundo esse teórico, esses últimos Poderes, embora distintos, não
poderiam ser divididos, uma vez que uma possível separação
constituiria uma perigosa fonte de conflitos, por ambos utilizarem a
força armada. O pensador ainda reconhece o poder da prerrogativa
como sendo uma das funções também do Poder Executivo, o qual o
incumbiria de decidir como atuar nos casos de omissões legislativas ou
em situações extraordinárias.
Por �m, para Locke, o legislativo era o poder supremo, de
forma que os demais Poderes dele derivam e a ele estão
subordinados.
Ao identificarem as três funções distintas desempenhadas pelo Estado,
Aristóteles e Locke apresentaram um grande contributo para o
pensamento político, construindo as bases teóricas da chamada
separação de Poderes.
Montesquieu: a consolidação da tripartição de Poderes
É com Montesquieu, na consagrada obra, Espírito das Leis, no século
XVIII, que efetivamente inaugura a doutrina da separação dos Poderes,
marcada pela ideia de uma divisão funcional do Poder em prol da
liberdade e segurança individuais, contrapondo-se ao absolutismo.
Em sua teoria, identifica-se, não só a existência das três funções
estatais, mas sua autonomia e independência entre si. Cada função
corresponderia a um órgão, não mais se concentrando nas mãos únicas
do soberano (MONTESQUIEU, 2000, p. 168).
Na estrutura de sua teoria da separação dos Poderes, haveria divisão
em três esferas, quais sejam:
Poder Legislativo
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Tem a função de fazer as leis.
Poder Executivo
Tem a prerrogativa de julgar as demandas e os conflitos entre
particulares.
Poder Judiciário
Fica com a aplicação das leis e resoluções geradas pelo segundo.
Para Montesquieu, todo aquele que se encontra nesses Poderes tende a
deles abusar.
O exercício dessas três funções precisa ser confiado a órgãos e
pessoas diferentes, para que cada Poder freie o outro, impedindo, assim,
a arbitrariedade. É a fórmula dos “freios e contrapesos” (check and
balances), segundo a qual a cada poder, além de sua função típica,
caberia uma função atípica de controle do outro.
Nota-se ainda que Montesquieu insere, entre os Poderes, o de julgar, o
que não fazia Locke. Mas o faz reconhecendo, neste poder, nulidade,
uma vez que não se tem como atribuir permanentemente a função de
julgar a qualquer pessoa.
Resumindo
Montesquieu idealizou a construção de modelo de separação de
Poderes que garantisse a moderação no exercício do poder político,
evitando sua utilização abusiva e, principalmente, assegurando a
liberdade e os direitos dos indivíduos.
Atualmente, há uma crítica nessa divisão tripartite de Poderes de
Montesquieu, visto que o Poder é uno e indivisível, porém, quem o detém
é o Estado, e não os Órgãos que executam as diferentes funções. Em
última análise, seu titular é o povo que o delega por contrato a um
governo em troca de segurança e de sobrevivência de sua espécie.
Apesar disso, é inegável a importância da teoria de Montesquieu para o
desenvolvimento de diversos movimentos, como as revoluções
americana e francesa, constituindo ainda hoje a base da organização do
governo nas democracias ocidentais, inclusive, a brasileira, tema do
próximo tópico
Separação dos poderes
No vídeo, o professor aborda o que é a Teoria da Separação dos
Poderes, suas bases e tratar de como é a incidência da divisão de
funções e Poderes estatais no Brasil.
Divisão das funções estatais na Constituição Federal de 1988

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A Constituição Federal de 1988, objetivando, especialmente, evitar o
abuso e o desrespeito aos direitos fundamentais do homem,
contemplou a existência dos Poderes do Estado como independentes e
harmônicos entre si, repartindo entre eles as funções estatais e
dispondo prerrogativas e imunidades para que bem pudessem
desempenhá-las, bem como criando instrumentos de controles
recíprocos, como garantia da manutenção do Estado democrático de
direito.
Assim, foram atribuídas as funções estatais de soberania aos três
tradicionais Poderes de Estado: Legislativo, Executivo e Judiciário.
Resgatando a ideia da tripartição de poderes de Montesquieu, o art. 2º
da Carta da República dispõe que: “São Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário”.
Além disso, no Brasil, a separação de Poderes é cláusula
pétrea prevista no art. 60, § 4º, III, da CF/88, logo, não pode
ser objeto de emenda tendente a abolir essa garantia.
As atribuições asseguradas não poderão ser delegadas de um Poder
(órgão) a outro. É o princípio da indelegabilidade de atribuições. Um
órgão só poderá desempenhar as funções de outro, ou da natureza
típica de outro, quando tiver expressa previsão e, diretamente, quando
existir delegação pelo poder constituinte originário, como ocorre, por
exemplo, com as leis delegadas do art. 68 da CF/88, cuja atribuição é
transmitida do Legislativo ao Executivo.
Cada Poder, além do exercício de funções típicas, inerentes à sua
natureza, exercem outras denominadas de funções atípicas, as quais
são próprias de outros Poderes. Essa repartição de tarefas é feita de
maneira equilibrada, impedindo que um Poder avance sobre as
atribuições dos demais e exceda os limites fixados pela Constituição
sem que haja contenção. Existe, assim, um controle recíproco entre os
diferentes Poderes, materializado no sistema de freios e contrapesos.
Veja a seguir:
Função legislativa: Integra todas as espécies normativas
previstas no art. 59 da CF/88, à exceção das medidas provisórias
e das delegadas.
Função fiscalizadora: Atuando no campo da fiscalização das
atividades dos outros Poderes, sobretudo do Executivo, seja
mediante as Comissões Parlamentares de Inquérito – CPIs –
seja pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária e
patrimonial prevista no arts. 70 a 75 da CF/88, auxiliando o
Tribunal de Contas da União.
Função de fiscal da constitucionalidade dos atos normativos:
Desempenhada pelo Senado Federal quando suspende a
execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional
Funções típicas do Poder Legislativo 
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em decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (art. 52, X, da
CF/88).
Função administrativa: Desempenhada pelo Legislativo ao dispor
acerca de sua organização, polícia, provendo cargos e serviços,
concedendo férias aos seus servidores etc. (art. 51, IV e art. 52,
XIII, da CF/88).
Função de julgar: A ser exercida pelo Senado Federal, nos crimes
de responsabilidade, o presidente da República e o vice-
presidente da República, além dos ministros de Estado em
crimes conexos, o ministro do Supremo Tribunal Federal, os
membros do Conselho Nacional do Ministério Público e do
Conselho Nacional de Justiça, o advogado-geral da União e o
Procurador Geral da República (art. 52, I e II, da CF/88).
Função de chefe de Governo: Refere-se à representação interna e
à gerência dos negócios internos, tanto de natureza política
(participação no processo legislativo), como de natureza
predominantemente administrativa, além de desempenhar a
liderança da política nacional.Nessa função, nomeia e exonera
ministros; sanciona, veta promulga e faz publicar as leis; decreta
estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal, dentre
outros. (A título de exemplo: art. 84, I, III, IV, V, IX, XXIII e XXIV).
Função de chefe de Estado: Engloba o papel de representar o
país nas relações internacionais, mantendo relações com
Estados estrangeiros e acreditando seus diplomatas; celebrando
tratados, convenções; exercendo o comando supremo das forças
armadas; celebrando a paz e declarando guerra no caso de
agressão estrangeira, dentre outros. (A título de exemplo: art. 84,
VII, VIII, XIX, XXI e XXII da CF/88).
Função de chefe da Administração: Corresponde à gerência dos
atos internos de cunho administrativo. Exerce ainda, com o
auxílio dos ministros de Estado, a direção superior da
administração federal. Mediante decreto, pode dispor sobre
organização e funcionamento da administração pública, quando
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos. Nessa função, provê e extingue cargos públicos
na forma da lei. (A título de exemplo: art. 84, II, VI e XXV, da
CF/88).
Função legislativa: Ao editar medidas provisórias e as leis
delegadas (arts. 62 e 68 da CF/88).
Função de julgar: Quando decide contencioso administrativo.
O Poder Judiciário, ao lado do Legislativo e Executivo, compõe o
clássico princípio da tripartição de Poderes.
Funções atípicas do Poder Legislativo 
Funções típicas do Poder Executivo 
Funções atípicas do Poder Executivo 
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É a judicial, caracterizada por aplicar o direito aos casos
concretos, de modo imparcial, através de processo, substituindo
a vontade das partes na resolução de conflitos. Nessa função, o
Judiciário ainda protege os direitos fundamentais e defende a
normatividade da constituição.
Função administrativa: Quando o Judiciário concede férias,
licenças aos seus membros e serventuários ou ainda quando
procede ao provimento de cargos dos juízes. É o denominado
autogoverno dos tribunais. Nessa função, o próprio poder
judiciário exerce seus órgãos diretivos. (ex.: art. 96, I, “f” e “c”, da
CF/88).
Função legislativa: Exercida pelo Judiciário, ao criar seus
regimentos internos, disciplinando acerca da competência e o
funcionamento de seus órgãos jurisdicionais e administrativos
(ex.: art. 96, I, “a”, da CF/88).
Feita essa introdução sobre as funções típicas e atípicas, cabe agora
examinar a organização concreta dos Poderes e de suas competências
– iniciando pelo Poder Legislativo – à luz da Constituição de 1988.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Em sua obra O Espírito das Leis, Montesquieu aborda um princípio
que se encontra expresso na Constituição de 1988 e tem natureza
de cláusula pétrea:
Função típica do Poder Judiciário 
Funções atípicas do Poder Executivo 
A Soberania popular.
B Autonomia dos estados da Federação.
C Autonomia do Poder Judiciário.
D Separação dos Poderes.
E Federação.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
O autor francófano fora pioneiro na doutrina ao defender a
separação dos Poderes, juntamente com o sistema de freios e
contrapesos no controle recíproco entre esses. E, assim, previu o
constituinte brasileiro, estabelecendo tal separação como sendo
cláusula pétrea. Vejamos:
“Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir:
III - a separação dos Poderes.”
Questão 2
Em relação à organização dos Poderes e do sistema de freios e
contrapesos no Direito Constitucional brasileiro, assinale a
alternativa correta:
Parabéns! A alternativa C está correta.
Aristóteles, apesar de identificar as distintas funções do estado,
não cuidou da funcionalidade dessa separação, concentrando-as
ainda na figura de uma única pessoa, o soberano; o princípio da
indelegabilidade de atribuições é regra, mas há exceções como as
funções atípicas conferidas a cada Poder; é função típica do
Legislativo fiscalizar o Poder Executivo, sendo função atípica desse
último poder a edição de medidas provisórias e leis delegadas.
A
Utilizada em inúmeros países, entre eles o Brasil, a
ideia de tripartição dos Poderes do Estado em
segmentos distintos e autônomos entre si,
Legislativo, Executivo e Judiciário, foi instituída por
Aristóteles.
B
A Constituição Federal adotou o princípio da
indelegabilidade de atribuições de maneira absoluta,
não havendo nenhuma exceção a essa regra.
C
A elaboração de medidas provisórias pelo
presidente da República constitui função atípica do
Poder Executivo.
D
As funções atípicas permitem que o Poder
Legislativo fiscalize o Poder Executivo.
E
A edição de leis delegadas integra o rol de funções
típicas do presidente da República.
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2 - O Poder Legislativo e seus mecanismos de controle
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as atribuições, a estrutura, o
funcionamento do Poder Legislativo e seus mecanismos de controle.
Poder Legislativo
Estrutura e composição
Estruturalmente, o Poder Legislativo da União é um órgão bicameral,
composto por duas casas legislativas, — a Câmara dos Deputados, que
representa o povo, nos termos do art. 45 da CF/88 — e o Senado Federal,
representando a vontade dos estados e Distrito Federal, a teor do art. 46
da CF/88, sem haver primazia de uma casa sobre a outra. A junção
dessas duas casas forma o que se denomina de Congresso Nacional.
O bicameralismo federativo originou-se nos Estados Unidos, e se baseia
na ideia de divisão entre os representantes do povo e dos estados, com
o objetivo de evitar à época, que, nas colônias mais populosas, fosse
concentrado o Poder Legislativo da federação em detrimento dos
estados menores. Por isso, há uma forte ligação entre federação,
Senado Federal e Poder Legislativo.
Câmara dos Deputados
É formada por 513 deputados eleitos pelo sistema proporcional, nos
estados, nos territórios federais e no Distrito Federal, cujo mandato é de
quatro anos. O número de deputados irá variar conforme a população de
cada unidade federativa, contudo, não será inferior a oito, nem superior a
70.
O deputado federal deve ser brasileiro (nato ou naturalizado), maior de
21 anos e estar em pleno exercício dos direitos políticos.
É importante lembrar que, atualmente, não existem territórios, mas,
como é possível sua criação mediante lei complementar (art. 18 da
CF/88), se existirem, poderão eleger quatro deputados.
Senado Federal
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O Senado Federal é composto de 81 senadores, sendo que cada estado
e o Distrito Federal possuem o número fixo de três senadores e dois
suplentes, os quais serão renovados parcialmente a cada quatro anos
na proporção de 1/3 e 2/3, resultando em um mandato total de oito
anos.
Os senadores são eleitos pelo sistema majoritário simples, que
determina a vitória de quem recebeu o maior número de votos na
eleição. Cada senador deve ser brasileiro (nato ou naturalizado), maior
de 35 anos e estar no gozo pleno dos direitos políticos.
Os territórios federativos e municípios não possuem representantes no
Senado.
Poder Legislativo nos Estados e Distrito Federal
Nos Estados, diferentemente do que ocorre na União, o Poder
Legislativo é unicameral, pois é formado por apenas uma casa, que é a
Assembleia Legislativa, conforme previsão do art. 27 da CF/88. No
Distrito Federal (DF), o Poder Legislativo também é unicameral. O órgão
legislativo do DF é chamado de Câmara Legislativa, conformeprevê o
art. 32 da CF/88.
O número de deputados desses órgãos equivale ao triplo da
representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o
número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os
deputados federais acima de doze.
Saiba mais
Será de quatro anos o mandato dos deputados estaduais e distritais,
aplicando-lhe as regras da Constituição sobre sistema eleitoral,
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença,
impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
Poder Legislativo nos municípios
Seguindo essa linha, nos municípios, o Poder Legislativo repete o
modelo unicameral, cuja representação é feita pela Câmara Municipal
ou Câmara de Vereadores.
Atenção!
O número de vereadores será fixado conforme o número de habitantes
de cada município, até os limites máximos prescritos no art. 29, IV, nos
termos da redação dada pela EC n. 58/2009.
Funcionamento e atribuições da Câmara dos Deputados e
Senado Federal
Conforme o art. 57 da CF/88, o Congresso Nacional reunir-se-á,
anualmente, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de
dezembro. Esse período anual é denominado de sessão legislativa.
Já a legislatura corresponde ao período de 4 anos de funcionamento do
Poder Legislativo, nos termos do art. 44 da CF/88. Assim, a legislatura é
composta de quatro sessões legislativas ordinárias.
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Nos períodos de 18 a 31 de julho e 23 de dezembro a 1º de fevereiro, há
o recesso parlamentar, quando poderá ocorrer a convocação
extraordinária do Congresso Nacional, a teor do art. 57, §6º, da CF/88.
Nesse chamamento, o Congresso apenas poderá deliberar sobre a
matéria para a qual foi convocado, salvo se houver medidas provisórias
em vigor, que serão automaticamente incluídas na pauta da
convocação.
Dentre os assuntos da sessão extraordinária, destacam-se a intervenção
federal, estado de defesa, de pedido de autorização para estado de sítio
e para o compromisso e a posse do presidente e do vice-presidente da
República. Na hipótese de urgência ou de interesse público relevante,
ainda é possível que o presidente da República, os presidentes da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal e ainda, a requerimento da
maioria dos membros de ambas as Casas, a sessão seja convocada
(art. 57, § 8º da CRFB/88).
Em razão da Emenda Constitucional 50/2006, não há mais pagamento
de parcela indenizatória nas sessões extraordinárias, como se vê no art.
57, § 7º da CRFB/88.
As sessões serão regidas consoante aos regimentos (regulação interna)
das Casas. O Congresso Nacional possui três regimentos:
O dele próprio.
O regimento da câmara.
O do senado, sendo o primeiro adotado nas hipóteses em que as
duas casas se reúnem conjuntamente.
Em relação aos órgãos diretivos, a mesa do Congresso nacional, na
forma do art. 57, § 5º da CF/88, será presidida pelo presidente do
Senado Federal (que também preside a mesa do Senado Federal), e os
demais cargos serão desempenhados alternadamente pelos ocupantes
de cargos assemelhados na Câmara dos Deputados e no Senado
Federal.
Atenção
Vale registrar que cada uma das Casas também tem o seu próprio órgão
diretivo, formado por seus respectivos pares. Tradicionalmente, os
regimentos das Casas e do Congresso estabelecem os seguintes
cargos: um presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro
suplentes de secretários. No total, são sete membros titulares e quatro
suplentes.
Em relação às atribuições, as atividades legislativas do Congresso
Nacional estão regidas no art. 48 da CRFB/88 (em rol não exaustivo),
mas exigem a coparticipação do Executivo (mediante a sanção) para a
formação das leis. A atividade deliberante, que dispensa a participação
do Poder Executivo, está presente nos arts. 49 da CF/88 (matérias de
competência do Congresso Nacional).
Atribuições da Câmara dos Deputados
O art. 51 da CF/88, dispõe sobre a competência privativa da Câmara dos
Deputados, reguladas por meio de Resolução, dispensando sanção e o
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veto do chefe do Executivo:
Frise-se que essas matérias acima são reguladas por meio de
Resoluções, que dispensam sanção e o veto do chefe do Executivo.
Atribuições do Senado Federal
Já os assuntos de competência privativa do Senado encontram-se no
art. 52, I a XV da CF/88, as quais, da mesma forma que a Câmara dos
Deputados, dispensam a participação do Poder Executivo, senão
vejamos:
Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de
processo contra o presidente e o vice-presidente da
República e os ministros de Estado. Nesse caso, a Casa do
povo faz o juízo de admissibilidade das acusações contra o
presidente da República, seja em razão de crime comum ou
de responsabilidade (art. 86 da CF/88).
Proceder à tomada de contas do presidente da República,
quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. Este
dispositivo está em conformidade ao art. 84, XXIV da CF/88
que obriga o presidente da República à prestação de contas.
Elaborar seu regimento interno. Cada uma das Casas, dentro
da estrutura de sua autonomia, poderá se auto-organizar,
sem intromissão uma da outra, ou de outro âmbito de do
poder.
Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para �xação da
respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Essa matéria
é também fruto da autonomia da Casa Legislativa.
Eleger membros do Conselho da República, nos termos do art.
89, VII da CF/88.
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Comissões
As comissões são subconjuntos de parlamentares organizados com o
objetivo de tratar de um tema específico, as quais são constituídas na
forma e atribuições dispostas nos regimentos do Congresso Nacional,
da Câmara dos Deputados e do Senado ou no ato que resultar sua
instituição.
Para fins de classificação, há as seguintes comissões:
Comissões Parlamentares de Inquérito
As Comissões Parlamentares de Inquérito consistem no principal
instrumento de fiscalização político-administrativa a ser desempenhada
pelo Poder Legislativo e estão dispostas no art. 58, §3º, da CF/88.
Para a criação, necessita preencher os seguintes requisitos:
1. Requerimento de um terço dos membros da Câmara e/ou um terço
das assinaturas de senadores; podendo ser a CPI instaurada em
1.
Processar e julgar o presidente e
o vice-presidente da República
nos crimes de responsabilidade,
bem como os ministros de
Estado e os comandantes da
Marinha, do Exército e da
Aeronáutica nos crimes da
mesma natureza conexos com
aqueles. Vale notar que os
ministros de Estado e
comandantes das Forças
Armadas somente serão
processados e julgados pelo
Senado Federal caso estejam
envolvidos nos mesmos atos
praticados pelo presidente da
República, pois, caso não haja
conexão, serão julgados pelo
STF, nos termos do art. 102, I, c
da CF/88.
2.
Processar e julgar os ministros
do Supremo Tribunal Federal, os
membros do Conselho Nacional
de Justiça e do Conselho
Nacional do Ministério Público, o
procurador-geral da República e
o advogado-geral da União nos
crimes de responsabilidade.
Esse dispositivo foi inserido pela
EC 45/2004.
1) Comissões Temporárias
Como as Comissões
Parlamentares de Inquérito (art.
58, §3º, da CF/88).
2) Comissões Permanentes
Aquelas cujo início se dá com o
começo de cada legislatura,
como as comissões temáticas e
a de Constituição e Justiça.
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uma das Casas ou nas duas,desde que o requerimento seja
subscrito por deputados e senadores;
2. Apuração de fato determinado, isto é, tem que tratar de alguma
situação específica; nada impede que os fatos surgidos durante as
investigações que tenham relação com o fato principal também
sejam apurados;
3. Prazo certo, mas conforme orientação do STF são admissíveis
prorrogações sucessivas do prazo inicialmente fixado para uma
CPI, desde que durante o período relativo à legislatura em que se
iniciou.
Atenção
São conferidos às Comissões Parlamentares de Inquérito poderes para
ampla investigação, bem como meios de torná-los efetivos, devendo, no
entanto, o seu exercício ocorrer com a devida observância aos direitos e
garantias individuais, isto é, respeitando os direitos.
Tomando como base a Constituição Federal e a jurisprudência do STF, a
CPI pode, por autoridade própria, ou seja, sem a necessidade de
qualquer intervenção judicial, desde que haja fundamentação,
observadas todas as formalidades legais:
Autorizar quebra de sigilo de dados bancário, telefônico e
�scal dos indiciados. Nesse ponto, é importante o “sigilo das
comunicações telefônicas” e o sigilo dos dados telefônicos. O
primeiro refere-se à captação e gravação de conversas
telefônicas de um indivíduo (conhecida como interceptação
telefônica ou “grampo”, a qual depende de ordem judicial). Já
a quebra do sigilo de dados telefônicos constitui o acesso ao
histórico de chamadas, data, horário, duração, en�m, ao
extrato impresso da conta telefônica de um indivíduo, o qual
pode ser quebrado pela CPI.
Requisitar aos órgãos públicos documentos e informações
necessárias para a investigação.
Ouvir testemunhas, sob pena de condução coercitiva. As
testemunhas prestarão compromisso de dizer a verdade, sob
pena de falso testemunho. A elas é também garantida a
prerrogativa contra a autoincriminação, garantindo-se o
direito ao silêncio, ou quando deva guardar sigilo em razão de
função, ministério, ofício ou pro�ssão, salvo se, desobrigadas
pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho (arts.
207 do CPP e art. 388, II, do CPC/2015 — cf. HC 79.598/STF).
Ouvir investigados ou indiciados. A CPI, contudo, deverá
respeitar o direito ao silêncio do investigado ou indiciado, que
poderá deixar de responder às perguntas que possam
incriminá-lo (HC 80.584-PA, Rel. Min. Néri da Silveira,
08.03.2001).
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Por outro lado, a CPI não possui poderes ilimitados, há temas que estão
protegidos pela chamada cláusula de reserva de jurisdição, isto é,
apenas por ordem judicial tais atos podem ser determinados. Desse
modo, a CPI não pode:
Vale ainda registar que as CPIs não têm atribuição para investigar fatos
de competência dos estados, Distrito Federal e dos municípios, tendo
em vista o princípio federativo, devendo tais fatos serem investigados
por CPIs estaduais, distrital ou municipais.
Eventuais abusos ou ilegalidades realizadas por essas comissões
poderão ensejar demanda no Supremo Tribunal, nos termos do art. 102,
I, “i”, da CF/88.
Imunidades
Imunidades parlamentares
Após assistir ao vídeo, você será capaz de definir as imunidades, seu
papel na divisão dos Poderes, tratar das espécies de imunidades e seus
limites. Veja!
As imunidades parlamentares são prerrogativas conferidas aos
congressistas pela Constituição, asseguradoras do exercício do
Convocação de autoridades como ministros de Estado para
prestar esclarecimentos, a teor do art. 50 da CF/88.
1) Realizar atos de natureza
cautelar
Como exemplos, podem ser
citados: arresto, sequestro,
proibição de se ausentar da
comarca ou do país,
indisponibilidade de bens;
ambos necessitam de ordem
judicial.
2) Determinar a
interceptação telefônica
Os “grampos” apenas podem ser
autorizados por ordem judicial, a
teor do art. 5º, XII, da CF/88.

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mandato com plena liberdade. Constituem verdadeiros instrumentos de
independência do Poder Legislativo e de garantia da democracia.
Tais prerrogativas não são privilégios nem violam o princípio de
igualdade, pois não são concedidas em virtude da pessoa do
parlamentar, mas em razão da importante função por ele exercida.
Tanto é que subsistem durante o estado de defesa e o estado de sítio,
somente podendo ser suspensas, no último caso, pelo voto de dois
terços dos membros da Casa respectiva e para atos incompatíveis com
a execução daquela medida (art. 53, §8º, CF/88).
As imunidades podem ser de dois tipos: imunidade
material e imunidade formal.
Imunidade material (Freedom of Speech)
Conforme o art. 53 da Constituição Federal dispõe, os deputados e os
senadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos.
Trata-se da chamada imunidade material, também chamada de
inviolabilidade parlamentar, que enseja a irresponsabilidade civil e penal
do parlamentar por suas palavras, opiniões e votos, assegurando que o
congressista desempenhe sua atividade com ampla liberdade de
manifestação. Não abrange agressão física.
Saiba mais
O Supremo Tribunal Federal, contudo, tem atribuído um tratamento
diferente entre opiniões, palavras e votos prolatados dentro e fora do
recinto parlamentar. Dessa forma, para as manifestações realizadas fora
da Casa Legislativa, a Corte maior tem exigido que sejam realizadas no
exercício do mandato ou em razão dele, ou seja, deve ter relação com o
mandato parlamentar. Já aquelas dentro do recinto parlamentar, estão
presumivelmente amparadas pela imunidade, independentemente de
qualquer comprovação de conexão com o mandato.
Cumpre ter presente que as opiniões ofensivas proferidas por
deputados federais e veiculadas por meio da imprensa, em
manifestações que não guardam nenhuma relação com o exercício do
mandato, não estão abarcadas pela imunidade material prevista no art.
53 da CF/88 e são aptas a gerar dano moral.
Registre-se, ademais, que a imunidade material é de
ordem pública, não podendo existir renúncia pelo
parlamentar.
Imunidade formal (Freedom from arrest)
A imunidade formal divide-se em três espécies:
Imunidade em relação à prisão
Desde a expedição do diploma, os parlamentares federais não poderão
ser presos, salvo em flagrante delito de crime inafiançável. Diante disso,
os congressistas não poderão sofrer prisão preventiva, temporária, bem
como de natureza civil.
Atenção
No caso da prisão em flagrante, os autos deverão ser remetidos à Casa
Parlamentar respectiva no prazo de 24 horas, para que, pelo voto da
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maioria absoluta de seus membros, resolva sobre a prisão. Então, a
aprovação pela Casa é condição indispensável para a manutenção da
prisão em flagrante delito de crime inafiançável (prisão processual ou
cautelar) já realizada.
Quanto às medidas cautelares, o STF entende ser possível a aplicação
delas contra os congressistas. Se houver restrição direta ou
indiretamente do mandato, estas devem ser encaminhadas também à
Casa respectiva para deliberação (ADI 5526/DF, 2017).
É importante afirmar que a votação dos congressistas
não mais será secreta, consoante regra anterior à EC n.
35/2001, e sim pelo voto aberto, implementando-se,
por meio dessa nova sistemática, a transparência que
deve sempre imperar nesse tipo de apreciação.
Além disso, é possível a prisão de parlamentares federais em razão da
sentença judicial transitada em julgado (ou seja, quando não mais
couberem recursos), o Tribunal entendeu que as penas impostas
poderão ser executadas imediatamente.
Imunidade em relação ao processo
Atualmente, a partir da Emenda Constitucional 35/2001, para a
instauração de processo criminal contra parlamentares federais, não há
mais necessidade de autorização legislativa.
Desse modo, oferecida a denúncia, oprocesso contra parlamentares
tramita normalmente, podendo a casa a que pertence o denunciado
deliberar sobre a sua sustação. Conforme o texto constitucional, a
deliberação pode ser feita até a decisão final do processo (trânsito em
julgado) e deve, obrigatoriamente, ser apreciada no prazo de 45
(quarenta e cinco) dias a contar do recebimento do pedido pela Mesa
Diretora.
Os legitimados para solicitarem a sustação de ações criminais contra
parlamentares são quaisquer partidos políticos com representação na
Casa do denunciado do parlamentar acusado.
Comentário
Cumpre ressaltar que somente há imunidade em relação a processo
acerca de crimes praticados, após a diplomação, porém aqueles
praticados anteriormente não gozam de imunidade.
Prerrogativa de função
De acordo com o art. 53, §1º, da CF/88, os deputados e senadores,
desde a diplomação, estão sujeitos a julgamento, em relação aos
processos penais, perante o Supremo Tribunal Federal.
No entanto, na Ação Penal 937, o Supremo Tribunal Federal, por maioria
de votos, decidiu que o foro por prerrogativa de função atribuído aos
deputados federais e senadores se aplica somente aos crimes
cometidos durante o exercício do cargo e em razão das funções a ele
relacionadas.
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Nesse julgamento, definiu-se ainda que, após o final da instrução
processual pela Corte, com a publicação do despacho de intimação para
apresentação de alegações finais, a competência para processar e
julgar as ações penais não será mais modificada em razão de o agente
público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer
que seja o motivo, ocorrendo a perpetuação do foro perante o STF.
A prerrogativa, no entanto, não se estende à improbidade
administrativa. Atualmente, não há dúvida de que a
competência é do juízo de 1º grau (ADI 2860 e 2797).
Imunidades dos deputados estaduais, distritais e vereadores
Segundo o STF, os deputados estaduais e distritais gozam das mesmas
imunidades formais e materiais previstas para os parlamentares
federais no art. 53 da CF/88 (ADI 5823 MC/RN, julgado em 8/5/2019
(Info 939).
Já para os vereadores, a imunidade material somente é configurada se a
manifestação tiver sido praticada in officio ou propter officium e na
circunscrição municipal (art. 29, VIII, da CF/88 e RE 600063/SP, STF, rel.
Min. Barroso).
Obrigação de testemunhar e Forças Armadas
Os parlamentares federais não serão obrigados a testemunhar acerca
de informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do
mandato, tampouco sobre pessoas que lhe confiarem ou deles
receberam informações (art.53, §5º, da CF/88). Cuida-se de ato
discricionário atribuído ao congressista (não é obrigado a testemunhar)
e não engloba o direito de testemunhar na qualidade de cidadão
comum, uma vez que nessa modalidade é obrigado a testemunhar.
A incorporação às Forças Armadas de deputados e
senadores, embora militares e ainda que em tempo de
guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
Perda do mandato
O art. 55 lista as hipóteses de perda do mandato do parlamentar, dentre
os casos, a doutrina distingue as situações de cassação e extinção do
mandato. A cassação refere-se à perda do mandato em razão do
parlamentar ter cometido falta funcional, já a extinção do mandato diz
respeito à ocorrência de ato ou fato que torne automaticamente
inexistente o mandato, como morte, renúncia etc. Veja a seguir:
1) Violação das proibições determinadas no art. 54 da CF/88.
2) Falta de decoro parlamentar (É incompatível com o decoro
parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o
abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso
Nacional ou a percepção de vantagens indevidas, por exemplo.).
3) Condenação transitada em julgado.
Nesses casos, a perda do mandato dependerá da deliberação
por maioria absoluta da respectiva Casa Legislativa, através de
HIPÓTESES DE CASSAÇÃO (ART. 55, I, II E VI) 
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voto secreto (art. 55, §2º, da CF/88).
1) Deixar de comparecer injustificadamente a 1/3 das sessões
ordinárias em cada sessão legislativa.
2) Perder ou tiver suspensos os direitos políticos e por decisão
da Justiça Eleitoral.
3) Por determinação da Justiça Eleitoral, nos casos previstos na
Constituição.
Nessas situações, a perda do mandato independe de votação da
Casa, sendo declarada pela Mesa respectiva de ofício ou por
provocação de qualquer dos seus membros ou de partido
político representado no Congresso Nacional (art. 55, §3º, da
CF/88).
Em todos os casos, serão assegurados a ampla defesa e o contraditório.
Atenção
Por fim, registre-se que a renúncia de parlamentar submetido a processo
que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo,
terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Pedro, deputado federal, após iniciar um debate para defesa de um
projeto de lei acabou por agredir a honra de Carlos, senador da
República, ao acusá-lo de fato descrito como crime. Carlos, que,
além de político, é jornalista, acabou por utilizar o espaço do seu
programa de tv semanal para ofender a honra de Pedro, com
acusações que, igualmente, não guardam relação com o mandato
parlamentar.
Com base no caso hipotético e das imunidades parlamentares
conforme a jurisprudência do STF, assinale a opção correta.
HIPÓTESES DE EXTINÇÃO (ART. 55, III, IV E V) 
A
Não há imunidade material na conduta praticada por
Pedro.
B
Não há imunidade material na conduta praticada por
Carlos..
C
A imunidade material para o crime não se estende
para a ação de reparação civil.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
As manifestações realizadas fora da Casa Legislativa, para que
sejam protegidas pela imunidade, exigem que sejam realizadas no
exercício do mandato ou em razão dele, ou seja, deve ter relação
com o mandato parlamentar. Já aquelas dentro do recinto
parlamentar, estão presumivelmente amparados pela imunidade,
independentemente de qualquer comprovação de conexão com o
mandato, razão pela qual Carlos não tem imunidade. Não há
imunidade em agressão física. Por fim, segundo o STF, os
deputados estaduais e distritais gozam das mesmas imunidades
formais e materiais previstas para os parlamentares federais no art.
53 da CF/88.
Questão 2
(FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVII - Primeira
Fase). Ocorreu um grande escândalo de desvio de verbas públicas
na Administração Pública Federal, o que ensejou a instauração de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), requerida pelos
deputados federais de oposição. Surpreendentemente, os
oponentes da CPI conseguem que o inexperiente deputado M seja
alçado à condição de presidente da Comissão. Por não possuir
formação jurídica e desconhecer o trâmite das atividades
parlamentares, o referido presidente, sem consultar os assessores
jurídicos da Casa, toma uma série de iniciativas, expedindo ofícios e
requisitando informações a diversos órgãos. Posteriormente, veio à
tona que apenas uma de suas providências prescindiria de efetivo
mandado judicial. Assinale a opção que indica a única providência
que o deputado M poderia ter tomado, prescindindo de ordem
judicial.
D
O regime jurídico das imunidades dos
parlamentares federais não se estende aos
deputados estaduais.
E A imunidade material engloba agressão física.
A
Determinação de prisão preventiva de pessoas por
condutas que, embora sem flagrância, configuram
crime e há comprovado risco de que voltem a ser
praticada.
B
Autorização, ao setor de inteligência da Polícia
Judiciária, para que realize a interceptação das
comunicaçõestelefônicas (“escuta”) de prováveis
envolvidos.
C
Quebra de sigilo fiscal dos servidores públicos que,
sem aparente motivo, apresentaram público e
notório aumento do seu padrão de consumo.
D
Busca e apreensão de documentos nas residências
de sete pessoas supostamente envolvidas no
12/06/2023, 17:29 Poder Executivo e Legislativo
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Parabéns! A alternativa C está correta.
A Comissão Parlamentar de Inquérito poderá: Determinar as
diligências, as perícias e os exames que entenderem necessários,
bem como requisitar informações e buscar todos os meios de
prova legalmente admitidos; determinar a quebra dos sigilos fiscal,
bancário e telefônico do investigado. Cabe ressaltar que a quebra
do sigilo telefônico não se confunde com as interceptações
telefônicas. A quebra do sigilo telefônico incide sobre os registros
telefônicos da pessoa. Além disso, não tem poder de decretar
preventiva nem busca e apreensão, uma vez que são medidas que
estão na reserva de jurisdição, necessitando de ordem judicial.
3 - Os sistemas de governo, os processos e as classi�cações
conceituais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os sistemas de governo, os processos e
as classi�cações conceituais em torno do Poder Executivo.
Poder Executivo
Sistemas de governo: Presidencialismo e Parlamentarismo
A chefia do Poder Executivo foi confiada pela Constituição Federal ao
presidente da República, a quem compete seu exercício, auxiliado pelos
ministros de Estado, compreendendo, ainda, o braço civil da
administração (burocracia) e o militar (Forças Armadas), concentrando
na figura de uma única pessoa a chefia dos negócios do Estado e do
Governo.
Poder Executivo constitui órgão constitucional cuja função precípua é a
prática dos atos de chefia de Estado, de Governo e de Administração. A
acumulação dessas funções revela que o legislador constituinte adotou
o sistema de governo denominado de presidencialismo, tema que será
tratado a seguir.
esquema de desvio de verba.
E Nenhuma das alternativas.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/02709/index.html# 25/36
No sistema de governo, há uma preocupação de como se dá a relação
entre os Poderes Executivo e Legislativo, subdividindo-se em duas
espécies:
Nesse sistema, há uma maior independência entre o Poder
Executivo e o Legislativo.
É característica do presidencialismo o presidente da República
acumular as funções de chefe de Estado (na esfera
internacional) e chefe de Governo (na esfera interna), além de ser
o chefe da Administração Pública Federal. Assim, a chefia do
Executivo é unipessoal.
Além disso, o governante tem um mandato com prazo certo,
sendo que a principal vantagem desse sistema de governo é a
maior legitimidade do chefe do Executivo.
Aqui, há uma colaboração entre o Executivo e o Legislativo. O
chefe do Executivo, que é chefe do Estado, escolhe o primeiro-
ministro, o qual exercerá a função de chefe de Governo,
permanecendo na chefia enquanto obtiver a maioria parlamentar,
pois depende do apoio do Parlamento. Ao perdê-los, será
destituído do cargo, havendo, por consequência, a necessidade
de se construir um novo governo.
A principal vantagem desse sistema de governo é a propensão
da construção de uma relação harmoniosa entre o Legislativo e o
Executivo.
Eleição e mandato do presidente da República
De acordo com o art. 77 da CF/88, a eleição do presidente e do vice-
presidente da República serão realizadas simultaneamente no primeiro
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro,
em segundo turno (se houver) do ano anterior ao do término do
mandato presidencial vigente.
Para concorrer ao cargo de presidente, o indivíduo precisa ser brasileiro
nato, contar com idade mínima de 35 anos, ter filiação partidária e estar
em gozo dos direitos políticos (art. 14, §3º, VI, “a”, da CF/88).
Sistema Presidencialista 
Sistema Parlamentarista 
12/06/2023, 17:29 Poder Executivo e Legislativo
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Será considerado eleito presidente o candidato que obtiver a maioria
absoluta de votos, não computando os em branco e os nulos (art. 77,
§2º, da CF/88). O presidente e o vice são eleitos pelo sistema eleitoral
majoritário, isto é, ganha quem obtiver a maioria dos votos válidos.
Atenção
Se nenhum candidato obtiver a maioria absoluta dos votos válidos no
primeiro turno, será realizar nova eleição em até 20 dias (segundo
turno), concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se
eleito aquele que alcançar maioria dos votos válidos. Caso haja empate,
vencerá o mais idoso.
A posse ocorrerá, segundo o art. 78 da CF/88, do presidente e do vice-
presidente da República em sessão solene, prestando o compromisso
de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover
o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a
independência do Brasil.
Impedimento e vacância
Ao vice-presidente compete substituir o presidente nas situações de
impedimento (licença, férias etc.) e lhe suceder na hipótese de morte,
renúncia e impeachment, bem como auxiliá-lo sempre que for
convocado para missões especiais, como outras atribuições outorgadas
por lei complementar.
Veja a seguir, a diferença entre impedimento e vacância:
Impedimento
O impedimento tem natureza temporária, por exemplo,
necessidade de se afastar em virtude de uma viagem ou
tratamento para a saúde.
Vacância
Já a vacância é ocasionada por uma impossibilidade permanente.
Na situação de impedimento do presidente e do vice-presidente ou
vacância dos cargos, serão sucessivamente convocados ao exercício da
presidência:

Presidente da Câmara dos Deputados

Presidente do Senado Federal

12/06/2023, 17:29 Poder Executivo e Legislativo
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
Ministro presidente do Supremo Tribunal
Federal
Registre-se que somente o vice-presidente da República possui
legitimidade para suceder o presidente, ou seja, ocupar esse cargo de
forma definitiva, as autoridades acima elencadas deverão assumir o
cargo apenas de maneira provisória.
Desse modo, ocorrendo de ambos os cargos ficarem abertos
temporariamente (presidente está em viagem e o vice está licenciado
para tratamento médico, por exemplo), as autoridades listadas ocuparão
o cargo temporariamente, até que o presidente retome ou o vice esteja
liberado para assumir interinamente a vaga.
Da mesma forma, se ambos os cargos ficarem definitivamente vagos
(vacância permanente dos cargos de presidente e de vice-presidente da
República), os residentes da Câmara, do Senado ou do Supremo Tribunal
Federal, somente assumirão a presidência provisoriamente, até que
ocorra a nova eleição.
Atenção
Nenhum deles se tornará presidente da República em definitivo, isso
porque não foram eleitos para este fim, assim assumirão o cargo de
modo contingencial, para preencher momentaneamente o vácuo de
poder ocorrido pela dupla vacância; constituem, portanto, substitutos
eventuais.
Agora, no caso de ambos os cargos ficarem vagos, a solução é a
realização de novas eleições. Há duas regras sobre esse tema:
Eleição direta
No prazo de noventa dias de aberta da última vaga, quando a
vacância se der nos dois primeiros anos do mandato presidencial.
Eleição indireta
No prazo de trinta dias de aberta a última vaga, pelo Congresso
Nacional, quando a vacância se der nos dois últimos anos do
mandato presidencial.
Registre-se que, em ambas as situações, os recém-eleitos assumirão o
cargo apenas para cumprir o tempo que restou do mandato de seus
antecessores, na forma do art. 81, § 2º da CF/88. Trata-se do que se
denomina de “mandato tampão”.
Por fim, de acordo com o art. 83 da CF/88, o presidente e o vice-
presidente da República não poderão, sem licença do Congresso
Nacional,ausentar-se do país por período superior a quinze dias, sob
pena de perda do cargo. Essa norma é de observância obrigatória no
âmbito dos estados e municípios.
Atribuições do chefe do Poder Executivo Federal
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O art. 84 da CRFB/88 traz o quadro exemplificativo de atribuições do
chefe do Executivo Federal, as quais dividimos em três categorias. Tais
funções inclusive já objeto de apreciação nesse material, no entanto,
vale listá-las mais uma vez, para fins de aprendizagem no resumo e
tabela abaixo:
Che�a de Estado
Art. 84, VII, VIII, XIV, XV, XVI, primeira parte, XVIII, segunda parte, XIX, XX,
XXI, XXII.
Che�a de Governo
Art. 84, I, III, IV, V, IX, X, XI, XII, XIII, XVIII, primeira parte, XXIII, XXIV e
XXVII.
Che�a da Administração Federal
Art. 84, II, VI, XVI, segunda parte, XXIV e XXV.
Veja a seguir, as atribuições do presidente da República:
Chefe de Estado Chefe de Governo
Chefe da
Administraç
Pública
Convocar e
presidir o
Conselho de
Defesa Nacional.
Nomear
ministros do STF
e dos Tribunais
Superiores, por
ser função de
magistratura
suprema.
Nomear um terço
dos membros do
TCU.
Nomear
magistrados: TRF,
TRT, TRE, órgãos
de outro Poder.
Declarar guerra,
no caso de
agressão
estrangeira;
Celebrar a paz.
Conferir
condecorações e
distinções
honoríficas.
Permitir que
forças
estrangeiras
transitem pelo
território nacional
ou nele
Nomear e
exonerar os
ministros de
Estado.
Iniciar o
processo
legislativo, na
forma e nos
casos
previstos na
Constituição.
Sancionar,
promulgar e
fazer publicar
as leis, bem
como expedir
decretos e
regulamentos
para sua fiel
execução.
Vetar projetos
de lei, total ou
parcialmente.
Decretar o
estado de
defesa e o
estado de
sítio.
Decretar e
executar a
intervenção
federal.
Exerce
auxílio
ministr
Estado
direção
superio
admini
federa
Dispor,
median
decreto
organiz
funcio
da
admini
federa
quando
implica
aumen
despes
criação
extinçã
órgãos
público
Extinçã
funçõe
cargos
público
quando
Nomea
advoga
geral d
presta
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Chefe de Estado Chefe de Governo
Chefe da
Administraç
Pública
permaneçam
temporariamente.
Remeter
mensagem e
plano de
governo ao
Congresso
Nacional por
ocasião da
abertura da
sessão
legislativa.
Conceder
indulto e
comutar
penas.
anualm
ao Con
Nacion
contas
referen
exercíc
anterio
Prover
extingu
cargos
público
federa
forma 
Tabela: Esquema de Direito Constitucional.
Adaptado de Masson, 2017.
Há atribuições do presidente da República que podem ser delegadas
aos ministros de Estado, ao PGR e ao AGU:
1. Possibilidade de expedir decretos autônomos sobre: organização e
funcionamento da administração pública, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
e extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
2. Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário,
dos órgãos instituídos em lei;
3. Prover os cargos públicos federais, na forma da lei.
Imunidades e prerrogativa de foro do presidente da República
É importante ressaltar que, diferentemente do Poder Legislativo, a
Constituição não atribuiu ao presidente da República a inviolabilidade
quanto às palavras, opiniões (imunidade material).
Apesar disso, a Carta da República contempla um conjunto de
prerrogativas formais, relativas à prisão, ao processo e à inibição da
responsabilidade penal durante o seu mandato, por atos estranhos à
função presidencial. Passa-se, nesse momento, à análise de cada um
isoladamente.
A imunidade formal do presidente da República pode ser:
Uma vez que o art. 86, caput da CRFB/88 preceitua que compete
à Câmara dos Deputados a realização de juízo de
admissibilidade das acusações por crimes comuns e de
responsabilidade contra o presidente da República, cuja
aprovação demanda pelo menos 2/3 dos votos favoráveis de
seus membros. Essa imunidade constitui uma blindagem contra
o processo, seja criminal ou político do presidente da República.
Em relação ao processo 
Em relação à prisão 
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O art. 86, § 3º da CRFB/88 prevê que, enquanto não sobrevier
sentença condenatória, nas infrações comuns, o presidente da
República não estará sujeito à prisão. Isto é, o presidente não se
submete a nenhuma prisão processual, somente definitiva.
O art. 86, §4º, da CF/88 dispõe ainda acerca inibição de
responsabilidade penal, também chamada de imunidade formal
“temporária” ou irresponsabilidade penal relativa, ao determinar que o
presidente, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado
por atos estranhos ao exercício de suas funções. Por isso, não poderá
ocorrer processo criminal contra o presidente da República durante o
seu mandato por crime ocorrido antes da diplomação ou durante o
mandato, mas sem relação com as funções presidenciais.
Quanto à prerrogativa de foro, o Supremo Tribunal Federal, é o tribunal
competente para processar e julgar o presidente da República por
crimes comuns e apenas o Senado Federal tem a competência para o
processamento e julgamento dele pela prática de crime de
responsabilidade, dependendo, em ambas as hipóteses, como já visto,
de autorização de 2/3 pela Câmara dos Deputados.
Registre-se que o governador de estado não goza de
imunidade formal e de imunidade material na mesma
extensão que o presidente da República.
Responsabilização do presidente da República: crimes de
responsabilidade e crimes comuns
Responsabilidade do chefe do
executivo
Ao assistir ao vídeo, você entenderá quando o presidente pode ser
responsabilizado e saberá mais sobre o impeachment.
O presidente da República pode ser responsabilizado por crimes de
responsabilidade e crimes comuns.
Os crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas,
de natureza política, praticadas no exercício da função pública,
dispostas na Lei 1.079/50, sujeitando-se os infratores ao processo de
impeachment.
Por outro lado, o art. 85 da Constituição Federal prevê ainda outra lista
de atos cometidos pelo presidente tidos como crimes de
responsabilidade.
O processo de impeachment tem as seguintes fases:

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Conforme o art. 86, §§ 1º e 2º da CF/88, o presidente da República
ficará suspenso de suas funções: nas infrações penais comuns, se
admitida a acusação pelo Senado Federal. Decorrido o prazo de cento e
oitenta dias e o julgamento não estiver concluído, encerrará o
afastamento do presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do
processo.
Vale lembrar que, no caso da ex-presidente Dilma, o Senado decidiu que
as penas não são cumulativas e, apesar de condená-la à perda do cargo,
manteve os seus direitos políticos, seguindo o disposto no art. 68 da Lei
1.079/50.
Quanto aos crimes comuns, o Supremo Tribunal Federal já assentou,
pacificamente, englobar todas as modalidades de infrações penais,
estendendo-se aos delitos eleitorais, os crimes contra a vida e as
próprias contravenções penais (STF, RTJ 33/590, HC 69.344-RJ, Rel. Min.
Néri da Silveira).
Propositura
Qualquer cidadão, no exercício dos direitos políticos, é
considerado parte legítima para ofertar acusação à Câmara
dos Deputados, a teor do art. 14 da Lei 1.079/50.
Juízo de Admissibilidade
A Câmara dos Deputados deverá autorizar, por 2/3 dos seus
membros, a instauração de processo contra o presidente da
República. Registre-se que, nesse juízo inicial, a Câmara
analisará a existência de provas e indícios do crime, bem
como a conveniência e oportunidade da medida naquele
momento político específico.Processamento
Autorizada a instauração do processo contra presidente por
2/3 da Câmara dos Deputados, haverá sua remessa ao
Senado Federal para deliberação, o qual se transformará em
um tribunal político de colegialidade heterogênea, a ser
presidido pelo ministro presidente do STF. A todo momento,
na Câmara e no Senado, são assegurados ao chefe do
Executivo a ampla defesa e o contraditório.
Julgamento
A condenação somente ocorrerá se houver voto de 2/3 dos
membros do Senado Federal e resultará em duas sanções: a
perda do cargo e inabilitação por oito anos, para o exercício
de função pública, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
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Nessa modalidade, o presidente da República será processado e julgado
pelo Supremo Tribunal Federal, depois que a Câmara dos Deputados
declarar procedente a acusação (art. 86 da Constituição Federal),
exercendo um juízo de admissibilidade político, conforme já analisado
no caso de crimes de responsabilidade. A necessidade de licença não
impede o inquérito policial, nem o oferecimento da denúncia, contudo,
somente impede o seu recebimento, que é o primeiro ato de
prosseguimento praticado pelo Supremo Tribunal Federal.
A decisão prolatada no julgamento realizado no STF pode ser pela
absolvição ou pela condenação. Na última situação, será aplicada uma
pena a ser cumprida e o presidente poderá vir a ser preso, a teor do art.
86, § 3º, CF/88.
Atenção!
A perda do mandato pode se dar como consequência reflexa e indireta
da condenação, por aplicação do constante no art. 15, III, CF/88, que
prevê que haverá a suspensão dos direitos políticos na hipótese de
condenação criminal transitada em julgado. Cuida-se de um efeito
extrapenal da sentença condenatória.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Sobre o Poder Executivo, a Constituição Federal determina que:
A
O presidente e o vice-presidente da República não
poderão, sem licença do Congresso Nacional,
ausentar-se do país por prazo superior a 5 dias, sob
pena de perda do cargo.
B
Em caso de impedimento do presidente e do vice-
presidente da República, ou vacância dos
respectivos cargos, serão sucessivamente
chamados ao exercício da presidência o presidente
do Supremo Tribunal Federal, o da Câmara dos
Deputados e o do Senado Federal.
C
O presidente da República tomará posse em sessão
do Congresso Nacional, sendo dispensável a
participação do vice-presidente da República.
D
Será considerado eleito presidente da República o
candidato que, registrado por partido político, com
idade mínima de 35 anos, obtiver a maioria absoluta
de votos, não computados os votos brancos e nulos.
E
Se houver vacância no cargo de presidente e vice-
presidente da República ocorrida nos dois primeiros
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Parabéns! A alternativa D está correta.
A posse ocorrerá, segundo o art. 78 da CF/88, do presidente e do
vice-presidente da República em sessão solene, prestando o
compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição,
observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar
a união, a integridade e a independência do Brasil. Para concorrer
ao cargo de presidente, o indivíduo precisa ser brasileiro nato,
contar com idade mínima de 35 anos, ter filiação partidária e estar
em gozo dos direitos políticos (art. 14, §3º, VI, “a”, da CF/88). Será
considerado eleito presidente o candidato que obtiver a maioria
absoluta de votos, não computando os votos branco e nulos (art.
77, §2º, da CF/88). Na situação de impedimento do presidente e do
vice-presidente ou vacância dos cargos, serão sucessivamente
convocados ao exercício da presidência: presidente da Câmara dos
Deputados, presidente do Senado Federal e ministro presidente do
Supremo Tribunal Federal.
Questão 2
(FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira
Fase) Em determinado órgão integrante da administração pública
federal, vinculado ao Ministério da Fazenda, foi apurado que
aproximadamente 100 (cem) cargos estavam vagos. O presidente
da República, mediante decreto, delegou ao ministro da Fazenda
amplos poderes para promover a reestruturação do aludido órgão
público, inclusive com a possibilidade de extinção dos cargos
vagos.
Sobre a hipótese, com fundamento na ordem jurídico-constitucional
vigente, assinale a afirmativa correta:
anos de mandato, ocorrerá eleição indireta.
A
Somente mediante lei em sentido formal é admitida
a criação e extinção de funções e cargos públicos,
ainda que vagos; logo, o decreto presidencial é
inconstitucional por ofensa ao princípio da reserva
legal.
B
A Constituição de 1988 atribui exclusivamente ao
presidente da República a possibilidade de,
mediante decreto, dispor sobre a extinção de
funções ou cargos públicos, não admitindo que tal
competência seja delegada aos ministros de
Estado.
C
O referido decreto presidencial se harmoniza com o
texto constitucional, uma vez que o presidente da
República pode dispor, mediante decreto, sobre a
extinção de funções ou cargos públicos, quando
vagos, sendo permitida a delegação dessa
competência aos ministros de Estado.
A Constituição de 1988 não permite que cargos
públicos legalmente criados, ainda que vagos, sejam
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Parabéns! A alternativa C está correta.
O presidente da República poderá delegar algumas atribuições aos
ministros de Estado, PGR, e ao advogado-geral da União. Essas
atribuições estão elencadas no § único do art. 84 da CF/88, como a
organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos e a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Considerações �nais
Como vimos, não é possível compreender uma sociedade sem que
esteja firmada sobre as bases do poder, afinal ele é algo tão essencial e
necessário como a existência do próprio Estado.
Na realidade, o que se buscou ao longo da história, de Aristóteles a
Montesquieu, é a forma de distribuição e limitação desse poder,
consolidando-se na figura da tripartição dos Poderes. Na
contemporaneidade, a ideia de controle, de fiscalização e de
coordenação recíprocos tornou-se o foco na separação dos Poderes.
Não há como conceber um Estado democrático de direito desprovido de
Poderes de Estado e Instituições, independentes e harmônicos entre si,
bem como da previsão de direitos fundamentais e instrumentos que
propiciem a fiscalização e a perpetuidade desses requisitos.
Apesar das críticas conceituais, o modelo tripartite continua assim
cumprindo o seu papel unificador da ordem jurídica e constitucional,
fixando e, ao mesmo tempo, aumentando o campo de competência dos
Poderes do Estado. Além disso, tem se revelado como princípio de
moderação, racionalização e limitação do poder político em prol da paz,
da liberdade e da democracia.
Podcast
Agora, o Professor Thiago Aleluia Ferreira de Oliveira encerra o conteúdo
trazendo suas considerações sobre os principais tópicos a respeito do
poder lesgilativo e executivo.
D extintos, ressalvada a excepcional hipótese de
excesso de gastos orçamentários com pessoal;
portanto, o decreto presidencial é inconstitucional.
E
A Constituição Federal permite apenas que a
reestruturação do aludido órgão público,
inclusivamente com a possibilidade de extinção dos
cargos vagos, mediante lei de iniciativa privativa do
presidente da República..

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Para saber mais sobre como o STF vem apreciando a imunidade
parlamentar, confira uma compilação sobre o tema em:A Constituição e
o Supremo. Portal do STF.
Referências
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
BARCELLOS, A. P. de. Curso de direito constitucional. Rio de Janeiro:
Forense, 2018.
BARROSO, L. R. O  novo  direito  constitucional 
brasileiro:  contribuições  para  a  construção  teórica e prática da
jurisdição constitucional no Brasil. Belo Horizonte: Fórum, 2012.
BOBBIO, N. Intelectuais e vida política na Itália. In: BASTOS, E. R.; RÊGO,
W. D. L. (Org.). Intelectuais e política: a moralidade do compromisso.
São Paulo: Olho d’água, 1999.
BOURDIEU, P. Estrutura, habitus e prática. In: MICELI, Sérgio (Org.). A
economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2004.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil e outros escritos.
Petrópolis: Vozes, 1994.
MARX, K. O capital: crítica da economia política. Livro I. 27. ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
MASSON, N. Manual de Direito Constitucional. 5. ed. Bahia: Juspodivm,
2017.
MONTESQUIEU. O espírito das leis. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
MORAES, A. de. Direito Constitucional. 33. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
SILVA, J. A. da. Curso de direito constitucional positivo. 37. ed. São
Paulo: Malheiros, 2014.
WEBER, M. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia
compreensiva. Tradução de Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. 4.
ed. São Paulo: UNB, 2004.
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