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apostila desenho técnico

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1
DESENHO TÉCNICO 
HERICA FREITAS SILVA 
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA
1
DESENHO TÉCNICO
HERICA FREITAS SILVA 
1
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
 Diretor Geral:Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo:William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes Leite 
 Carla Jordânia G. de Souza
 Guilherme Prado 
 
 Design: Aline De Paiva Alves
 Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Taisser Gustavo Soares Duarte
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br
2
DESENHO TÉCNICO
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
3
Herica Freitas Silva 
 Desenhista Técnico Mecânico pelo SESI/SENAI (2013 - 2014). SolidWorks e AutoCad 2D 
e 3D pela WKS Informática (2013). Bacharel em Engenharia Mecânica pela Faculdade Pitá-
goras de Ipatinga (2014 - 2018). Especialização em Engenharia de Materiais (2019 – 2020). 
Atualmente Programador de Computador pela empresa EDM Automação, com foco em 
controlar e monitorar os consumos, gastos e projetos de eficiência energética da planta 
Aperam Timóteo – MG. Pequena experiência com docência ministrando cursos validados 
pela faculdade Pitágoras e reconhecidos como material válido para hora extracurricular 
para os cursos de graduação.
4
LEGENDA DE
Ícones
São os conceitos, definições ou afirmações importantes 
aos quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
5
SUMÁRIO UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
1.1 Definição de desenho técnico ............................................................................................................................................8
1.2 Conceituação histórica do desenho técnico ...........................................................................................................12
1.3 Objetivos do desenho técnico ...........................................................................................................................................15
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................16
2.1 Utensílios e ferramentas ......................................................................................................................................................20
2.2 Desenvilvimento de caligrafia técnica e traços ..................................................................................................24
2.3 Desenho e observação..........................................................................................................................................................26
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................28
3.1 Representação por esquema.............................................................................................................................................32
3.2 Representação por croqui...................................................................................................................................................33
3.3 Rpresentação por desenho técnico..............................................................................................................................34
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................40
INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 
TÉCNICAS DE EXECUÇÃO DO DESENHO TÉCNICO 
UNIDADE 4
4.1 A importância da normatização do desenho........................................................................................................44
4.2 Principais normas da ABNT para o desenho técnico .....................................................................................45
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................52
REPRESENTAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO 
NORMATIZAÇÃO PARA O DESENHO TÉCNICO
UNIDADE 5
5.1 Escalas no desenho ténico .................................................................................................................................................56
5.2 Desenvolvimento de cotas.................................................................................................................................................60
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................63
SISTEMA DE ESCALAS E COTAS 
UNIDADE 6
6.1 Desenvolvimento de layout para desenho técnico............................................................................................67
6.2 Noções básicas de ergonomia para desenho ténico ......................................................................................72
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................75
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO.....................................................................................................................78
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................................................................79
NOÇÕES DE LAYOUT DE DESENHO E ERGONOMIA 
6
UNIDADE 1
A Unidade I retrata o conceito do desenho técnico, trazendo seu histórico, necessidade, 
aplicação e os principais objetivos do estudo dessa disciplina para a engenharia.
UNIDADE 2
A Unidade II explicita as principais técnicas de desenvolvimento do desenho. Iniciando 
com a apresentação dos utensílios e ferramentas para sua execução, juntamente com 
o desenvolvimento dos primeiros traços e as técnicas de observação e reprodução.
UNIDADE 3
A Unidade III apresenta os principais meios de reprodução do desenho técnico. 
Diferenciando um esquema de croqui e consequentemente o desenho técnico.
UNIDADE 4
A Unidade IV demonstra as principais normas para o desenvolvimento do desenho 
técnico, assim como o seu uso para apoio na execução dos mesmos.
UNIDADE 5
A Unidade V retrata itens muito importantespara o desenho técnico, que são o 
estudo das escalas e o desenvolvimento das cotas para representação e leitura do 
projeto.
UNIDADE 6
A Unidade VI trata de noções básicas de layout de desenho, passo a passo como 
desenvolver conforme normatização e também itens relacionados à ergonomia.
C
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
IV
R
O
7
INTRODUÇÃO AO DESENHO 
TÉCNICO
UNIDADE
01
8
1.1 DEFINIÇÃO DE DESENHO TÉCNICO
 Seria possível que o desenvolvimento tecnológico, da engenharia e a globalização 
avançasse sem a execução de projetos? Um projeto, seja se engenharia ou de outras áreas, 
envolve uma vasta gama de processos que executados em conjunto findam em um pro-
duto ou serviço. Uma das etapas de um projeto para um produto é o que se pode chamar 
de desenho técnico.
 O desenho técnico é sucintamente definido como uma representação gráfica (di-
ferente de ilustração), capaz de conceber formato, dimensão e a posição de um determi-
nado objeto em um espaço conforme cada situação. Pode também ser descrito como a 
“linguagem gráfica universal” das mais diversas áreas que ele atua, sendo necessário uma 
alfabetização geral de todos os falantes dessa “língua”.
 Assim como a alfabetização comum, aprendizado básico na educação, a linguagem 
do desenho técnico deve ser aprendida, desde os conceitos mais sucintos, até os mais 
complexos. O desenho técnico é a principal forma de comunicação entre diferentes proje-
tos nas áreas de mecânica, construção civil e arquitetura. Se essa linguagem não existisse, 
muito provavelmente seria impossível de executar certos projetos complexos nas áreas 
citadas.
 Conforme citam Ribeiro, Peres e Izidoro (2013) a compreensão do desenho técnico 
está além do que se pode ver, isto é, para que se possa interpretar essa linguagem é pre-
ciso que o leitor consiga imaginar as diversas variações do objeto no espaço. Isso porque 
grande maioria dos desenhos são impressos em duas dimensões (2D), e o leitor precisa ter 
a visão espacial desse objeto em três dimensões (3D).
 1.1.1 DESENHO TÉCNICO E ARTÍSTICO
 
 Diferentemente do desenho técnico, o artístico expressa o sentimento do autor. Sen-
do a interpretação livre conforme o tipo de observador, podendo ter diversos sentidos em 
uma única obra. Um exemplo clássico de representação artística é a pintura de um dos 
artistas, escultores, engenheiros, arquitetos e cientistas mais famosos do mundo, Leonardo 
Da Vinci. A Mona Liza, expressa na Figura 1, é uma pintura que possui diversos significados 
de observadores distintos (BOAS, 1940).
Figura 1: Mona Liza
Fonte: Da Vinci (1503, online)
9
 Desenhar é uma forma de comunicação, no caso do desenho artístico essa é livre, 
isto é, o artista pode utilizar qualquer tipo de técnica, ferramentas, instrumentos, traços e 
outros para expressar a sua ideia. Diferentemente do desenho técnico, que exige que uma 
regra seja aplicada, determina o tipo de instrumento para cada situação e classificação 
para todos os tipos de elementos utilizados em sua produção, dessa forma o desenhista 
técnico não é livre para expressar seus sentimentos, ou seja, precisa passar exatidão.
Em uma empresa de projetos mecânicos existe a demanda diária de desenhos técnicos de 
peças, todos os projetistas da planta realizam seu trabalho com perfeição, tanto em conheci-
mento técnico quanto em prático. Dos 6 projetistas apenas 2 conhecem as normas de layout, 
nomenclatura e simbologia técnica, já os 4 projetistas restantes fazem conforme acreditam 
ser certo, apesar de possuírem muito conhecimento prático e de mecânica, eles não possuem 
conhecimento das normas de padronização. Você acha que é uma tarefa fácil desvendar a 
interpretação pessoal dos 4 projetistas? O que poderia ser feito para que todos entrassem em 
um consenso? 
A. Treinamento de normas técnicas
B. Os 2 projetistas revisarem e refazerem todo projeto dos demais
C. Demissão dos 4 projetistas
D. Contratação de um sétimo projetista para revisão dos desenhos
VAMOS PENSAR?
 O desenho técnico possui sentido único, baseando-se claro na alfabetização indivi-
dual dos leitores. Um desenho técnico vai expressar a mesma informação para todos os 
seus observadores. Não obstante, um desenho técnico precisa transmitir de forma clara e 
exata sua proposta de execução. Essa proposta é construída através dos traçados, símbo-
los, elementos, numerações, nomenclaturas e outros componentes que fazem parte da 
construção de um desenho técnico. A Figura 2 apresenta uma vista em corte e frontal de 
uma peça com os componentes citados:
Figura 2: Vista frontal e em corte de uma peça mecânica
Fonte: Ribeiro, Peres e Izidoro (2013, p.87)
10
 Diferentemente da pintura de Da Vinci, nota-se uma padronização no desenho téc-
nico. O mesmo é composto de simbologias, números representando medidas, identifica-
ção de tipos de representação e linhas de apoio para a geometria do produto observado. 
Dessa forma espera-se que a leitura do desenho seja a mesma para distintos observadores, 
uma vez que todos conheçam as normas para representação gráfica técnica.
O desenhista técnico não precisa ter habilidade artística para exercer o cargo. O desenvolvi-
mento, leitura e interpretação de desenhos técnicos se dá principalmente pelo conhecimento 
das normas, técnicas e práticas relacionadas ao desenho técnico.
FIQUE ATENTO
 1.1.2 OS TIPOS DE DESENHO TÉCNICO
 Depois de definir desenho técnico e diferenciá-lo de artístico, é importante saber 
que existem dois diferentes grupos e em alguns casos, seus subgrupos. Pode-se dividir de-
senho técnico entre projetivos e não projetivos. A começar pelo desenho técnico não pro-
jetivo, que é a classificação que recebe cálculos algébricos, gráficos (Figura 3), esquemas 
matemáticos, diagramas, fluxogramas, histogramas e organogramas.
Figura 3: Gráfico combinado
Fonte: Desenvolvido pelo autor (2021)
 Já o desenho técnico projetivo é a definição que se dá às projeções de um deter-
minado objeto tanto em um como vários planos, chamadas de vistas ortogonais e pers-
pectivas geométricas. A Figura 4 demonstra a projeção de uma superfície circular sendo 
reproduzida em diferentes planos. 
Figura 4: Representação nos planos
Fonte: Ribeiro, Peres e Izidoro (2013, p.15)
11
 O desenho projetivo está presente todo segmento industrial no mundo, desse modo 
ele pode ser dividido em um subgrupo. Conforme Silva (2015) essa subdivisão se dá nas 
modalidades: desenho técnico projetivo mecânico, de máquinas, estrutural, arquitetônico, 
elétrico, eletrônico e de tubulações.
 O desenho projetivo mecânico é destinado aos projetos que envolvem máquinas, 
peças mecânicas, conjuntos mecânicos, motores e os demais componentes mecânicos da 
indústria. O desenhista mecânico utiliza em sua grande maioria softwares de desenho e si-
mulação com o intuito de possuir a maior quantidade de informações possíveis do projeto. 
 Já o desenho projetivo de máquinas é destinado aos projetos de máquinas de cons-
trução, como escavadeiras, caminhões, tratores e outras máquinas utilizadas na indústria 
de construção. O desenhista de máquinas normalmente utiliza softwares de simulação 
para assegurar o funcionamento da máquina projetada, tanto em trabalho quanto manu-
tenção e resistência mecânica.
 O desenho técnico estrutural é destinado aos projetos civis, como as estruturas físi-
cas de construções, dimensionamento e seleção dos elementos que compõem a planta. 
Esse tipo de projeto é complementar ao projeto arquitetônico, que é voltado para a repre-
sentação arquitetônica das construções. Ambos os tipos são utilizados dentro da mesma 
área de construção civil, entretanto um complementa o outro para a execução do projeto.
 Os desenhos técnicos elétricos e eletrônicos são destinados, como o próprio nome 
sugere, aos diagramas eletroeletrônicos. Esse tipo de desenho é conhecido pela vasta gama 
de simbologias técnicas, sendo bastante completo. Normalmente é utilizado no projeto de 
painéis eletroeletrônicos, parte elétrica da construção civil e de conjuntos mecânicos, etc.O desenho técnico de tubulações é destinado à representação esquemática de tu-
bulações em geral. Assim como o eletroeletrônico, esse tipo de desenho possui um grande 
número de símbolos para a representação. Um dos aspectos mais difíceis desse tipo de 
desenho técnico é a representação isométrica, mas que vêm sendo facilitada com os dife-
rentes softwares ao longo da era digital.
 Indiferente do tipo do desenho técnico projetivo, a base é a mesma e todos os mode-
los seguem as mesmas normas para desenvolvimento. Isso porque independente do seg-
mento, o desenho técnico projetivo deve seguir critérios de execução para que seja bem 
entendido sem nenhuma dificuldade pelos seus observadores. 
Conforme Ribeiro, Peres e Izidoro (2013), o desenho técnico projetivo é utilizado em todos os 
segmentos industriais, presentes na forma dos subgrupos aqui estudados. Para entender um 
pouco mais sobre cada tipo de desenho técnico projetivo, recomenda-se a leitura dos itens 1.3 
e 1.4 do Capítulo 1, obra: Curso de Desenho Técnico e AutoCad.
BUSQUE POR MAIS
Disponível na Biblioteca Pearson: 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/3624/epub/0
Acesso em 19 de Julho de 2021.
12
1.2 CONCEITUAÇÃO HISTÓRICA DO DESENHO TÉCNICO
 Ao fazer uma busca pelo passado, nota-se que a necessidade da comunicação atra-
vés do desenho é pré-histórica. Conforme os anos se passaram, o desenho passou a ser 
uma forma de comunicação, como é o caso dos hieróglifos (Figura 5) utilizados pelos egíp-
cios antigos. 
Figura 5: Hieróglifos egípcios entalhados em uma lápide
Fonte: Serra (2008, p,03)
 A concepção da geometria foi um grande marco na história da comunicação, que 
pode ser vista como a manifestação matemática mais antiga. Essa ciência foi empregada 
para auxiliar na construção de pirâmides em 3000 a.C. A partir desse ponto, Pitágoras e 
Platão associaram a geometria ao estudo da metafísica. Ela foi utilizada também na cons-
trução do conceito justo dos impostos sobre as grandes propriedades rurais (GONÇALVES 
et.al., 2007; ARAÚJO, 2007).
 Em meados do século XV Leonardo da Vinci desenvolveu sua teoria acerca da teoria 
do desenho. Essa teoria utilizada o desenho como o principal instrumento para a compre-
ensão da realidade. Através disso, da Vinci representou muitas de suas obras, projetos e 
inventos através de anotações gráficas (desenhos). Suas anotações gráficas, apresentavam 
seus projetos sob diversas perspectivas, condições e escalas (MEGA, 2003), como pode ser 
visto na Figura 6:
Zattar (2016) acredita que a comunicação global se torna difícil com a mais vasta gama de 
idiomas e ressalta a importância da padronização do desenho como forma de expressão, 
onde o estudo dessa disciplina agregará conhecimento técnico para sua interpretação inde-
pendentemente do idioma materno.
BUSQUE POR MAIS
Disponível na Biblioteca Pearson: 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/37454/epub/0
Acesso em 19 de Julho de 2021.
13
Figura 6: Projeto de máquinas voadoras por da Vinci
Fonte: Serra (2008, p.05)
 Pouco tempo depois, o desenho passou a ser visto como uma das primeiras formas 
utilizadas para a comunicação do homem. Utilizado para a construção de monumentos 
complexos, minuciosamente planejados e esboçados através do desenho. Mais adiante o 
desenho tomou a forma técnica, seguindo padrões e regras que foram impulsionadas pela 
revolução industrial (COSTA, 2000).
 Entretanto foi Gaspard Monge (1746-1818) que formalizou a geometria descritiva, 
apresentando uma sistemática de métodos representativos em planos. Sem essa teoria, a 
expansão industrial do século XIX não aconteceria. A geometria descritiva é a peça funda-
mental para a representação gráfica entre os planos (STAMATO et al., 1972).
 A definição sucinta de geometria descritiva, pode ser dita como a representação dos 
objetos em três dimensões num plano bidimensional. Essa representação consta com o 
objeto estático, onde os planos representam a geometria do observador conforme a posi-
ção do plano. Um exemplo claro dessa representação é a Figura 7:
Figura 7: Representação de um sólido utilizando a geometria descritiva
Fonte: Serra (2008, p.07)
 Na representação exemplo, o objeto em três dimensões é posicionado entre os pla-
nos. Cada plano age como um observador, enxergando e registrando a face que ele é capaz 
de assimilar. Dessa forma a representação bidimensional se torna um comporto de várias 
vistas de um objeto inteiro, essas vistas podem ser chamadas de: Vista superior, inferior, 
frontal, posterior, lateral esquerda e lateral direita. Esse conjunto de vistas recebe o nome 
de projeções ortogonais. A Figura 8 ilustra a seleção de vistas em um objeto em perspecti-
va 3D:
14
Figura 8: Representação das vistas de um objeto em 3D
Fonte: Desenvolvido pelo autor (2021)
 Nos primórdios da elaboração técnica das representações ilustrativas de elementos, 
utilizavam-se recursos manuais. O homem fazia a representação gráfica de um objeto a 
mão livre, respeitando algumas parametrizações já impostas. Com o passado dos anos, os 
desenhos a mão livre começaram a dar espaço para os desenhos com instrumentos técni-
cos, como réguas, escalas, compassos, diferentes espessuras de grafite e outros utensílios 
de desenho (MORAES, 2001).
 Com a chegada da tecnologia, após as revoluções industriais e da invenção do com-
putador, os desenhos manuais tomaram forma digital. Existem uma infinidade de softwa-
res disponíveis gratuitamente ou pagos para a realização de desenhos técnicos dos mais 
variados tipos. O conceito Projeto e Desenho Assistidos por Computador (CAD) do inglês 
Computer Aided Design cresceu e tomou conta do mercado de desenvolvimento de dese-
nho técnico no mundo inteiro.
 Dentre os programas mais utilizados pelo mercado de desenho técnico, podem-se 
citar: AutoCad, 3DS Max, Revit e Civil 3D da empresa Autodesk, SolidWorks da Dassault Sys-
tèmes S.A, SketchUp da Trimble Navigation, Inventor CAM da Solid CAM e o Maya da Alias 
Systems Corporation. São os principais programas disponíveis nos mais diversos sistemas 
operacionais e organizações de projetos e desenhos técnicos. Independente da moderni-
zação das práticas do desenho técnico, sua linguagem não sofreu alterações e o conceito 
de geometria descritiva continua sendo seu principal pilar.
 Ao longo de toda linha do tempo da evolução do desenho técnico, foram criadas ao 
redor do globo as normas técnicas para a execução dessa atividade. Cada país com seu 
órgão legal criou sua coletânea de normas a fim de atender as necessidades de padroniza-
ção do desenho. No Brasil o órgão normativo é a Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ou ABNT, como é popularmente conhecida. São dez as normas totais para padronização 
do desenho técnico no Brasil:
• NBR 16752/2020 Desenho técnico — Requisitos para apresentação em folhas de 
desenho;
• NBR 16861/2020 Desenho técnico — Requisitos para representação de linhas e es-
crita;
• NBR 12298/1995 Representação de área de corte por meio de hachuras em dese-
nhos;
• NBR 8404/1984 Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos;
• NBR 6158/1995 Sistemas de tolerâncias e ajustes;
15
• NBR ISO 463/2013 Especificações Geométricas dos Produtos (GPS) — Instrumentos de 
medição dimensional — Características metrológicas e de projeto de relógio compara-
dor mecânico.
 Com todo esse histórico o desenho técnico não poderia deixar de ser tão importante 
para a engenharia e para o crescimento industrial do mundo. A concepção da geometria 
descritiva e a normatização fazem dessa atividade umas das principais dos incontáveis 
projetos ao redor do globo. Por isso essa forma de expressão de linguagem deve ser es-
tudada e aprendida para que os projetos continuem sendo executados, fazendo o cresci-
mento industrial e tecnológico ainda maior no Brasil e no mundo.
1.3 OBJETIVOS DO DESENHO TÉCNICO
 Depois de ilustrar o histórico do desenho como ferramenta de comunicação, sua 
evolução através dos séculos e seu aperfeiçoamento pelohomem. Nota-se que o principal 
objetivo do desenho técnico é documentar e explicitar características físicas de um deter-
minado objeto. Demonstrando de forma clara os pontos cruciais dos projetos, atentando-
-se aos mínimos detalhes de cada peça, planta, circuito ou tubulação.
 Para a vida acadêmica na engenharia, o desenho técnico tem o objetivo de exercitar 
a capacidade de visualização do discente, abrindo sua visão do que “não existe” e aprimo-
rando sua capacidade crítica tanto nos projetos quanto em campo. Fazer a leitura e inter-
pretação de um desenho técnico é tarefa muito importante para um engenheiro, isso por-
que na grande maioria das áreas de atuação desse profissional existem a presença desses 
documentos para leitura, interpretação e análise de solução de problemas ou até mesmo 
desenvolvimento de novos.
 ssa disciplina torna-se fundamental para o desenvolvimento acadêmico do estudan-
do quanto planejador, gerenciador, executor e idealizador de novos projetos. Não obstante 
o desenho técnico é o primeiro passo para a carreira de projetista, isto é, idealizador de 
novos projetos para o mercado industrial.
16
1. Na prática, o ser humano utiliza a língua nativa para comunicação. Cada país possui sua 
língua, sendo possível o estudo e compreensão dos mais variados idiomas do mundo. O 
desenho técnico é uma forma de comunicação, ele pode ser sucintamente definido como: 
a) Representação teórica (diferente de ilustração), capaz de conceber formato, dimensão e 
a posição de um determinado objeto em um espaço conforme cada situação.
b) Representação artística, capaz de conceber emoção, cor e a definição de um determinado 
objeto em um espaço conforme cada situação.
c) Representação gráfica (diferente de ilustração), capaz de conceber formato, dimensão e 
a posição de um determinado ser humano em um espaço conforme cada situação.
d) Representação gráfica (diferente de ilustração), capaz de conceber formato, dimensão e 
a posição de um determinado objeto em um espaço conforme cada situação.
e) Representação ilustrativa (diferente de arte), capaz de conceber formato, dimensão e 
a posição de um determinado objeto imaginário em um espaço conforme cada situação.
2. Marque a alternativa que preenche as lacunas do texto abaixo:
Desenhar é uma forma de _________ no caso do desenho ___________ essa é livre, isto é, o 
artista pode utilizar qualquer tipo de __________, __________, __________, __________ e outros 
para expressar a sua ideia. Diferentemente do desenho _________, que exige que uma 
_________ seja aplicada, determina o tipo de _________ para cada situação e classificação 
para todos os tipos de _________ utilizados em sua produção.
a) comunicação – técnico – técnica – ferramentas – instrumentos – traços – artístico – regra 
– instrumento – elementos.
b) comunicação – artístico – técnica – ferramentas – instrumentos – traços – técnico – regra 
– instrumento – elementos.
c) expressão – artístico – emoção – cor – ferramenta – traços – artístico – regra – instrumento 
– elementos.
d) explicitação – técnico – técnica – ferramentas – instrumentos – traços – técnico – regra – 
instrumento – componentes.
e) comunicação – artístico – técnica – ferramentas – instrumentos – traços – artísico – regra 
– instrumento – componentes.
3. Sabe-se que o desenho técnico possui sentido único, baseando-se claro na alfabetização 
individual dos leitores. Um desenho técnico vai expressar a mesma informação para todos os 
seus observadores. Não obstante ele precisa transmitir de forma clara e exata sua proposta 
de execução. Essa proposta é construída através dos traçados, símbolos, elementos, 
numerações, nomenclaturas e outros componentes que fazem parte da construção de 
um desenho técnico. Assinale a alternativa abaixo que contém um exemplo de desenho 
técnico:
FIXANDO O CONTEÚDO
17
a) b) 
c) d) 
e) 
4. O desenho técnico para que seja compreendido é composto de um conjunto de padrões. 
Esses padrões são previstos por normas regulamentadoras que devem ser utilizadas para 
a alfabetização do observador. São exemplos de itens padronizados no desenho técnico:
a) simbologias, medidas, identificação, linhas e geometria.
b) símbolos, medidas, cores, números e letras.
c) tipo de papel, espessura de linha, cor de linha, borda e margem.
d) simbologia, métricas, identificação, grades e geometrias.
e) cores, espessura de linha e marcação no papel.
5. No estudo do desenho técnico, discute-se sobre os dois tipos presentes na sua execução, 
o desenho projetivo e não projetivo. Assinale a alternativa correta sobre a definição desses 
dois itens:
I. Desenho técnico não projetivo é a classificação que recebe cálculos algébricos, gráficos, 
esquemas matemáticos, diagramas, fluxogramas, histogramas e organogramas;
II. Desenho técnico projetivo é aquele realizado apenas para fins de projetos;
III. Desenho técnico projetivo são as projeções de um determinado objeto tanto em um 
como vários planos, chamadas de vistas ortogonais e perspectivas geométricas;
IV. Desenho técnico não projetivo é aquele que é realizadeo exclusivamente pelo projetista 
a) Todas estão corretas.
b) Apenas II e IV estão corretas.
c) Apenas III está correta.
d) Nenhuma está correta.
e) I, II, e III estão corretas.
18
6. O desenho técnico projetivo é a representação gráfica de um objeto em diversos planos 
em duas dimensões, possui normatização e padronização conforme norma e é utilizado 
para o desenvolvimento de novos produtos. São os principais tipos de desenho técnico 
projetivo:
a) Manutenção, de mecânico, estrutural, arquitetônico, elétrico, eletrônico e de canos.
b) Mecânico, de máquinas, estrutural, arquitetônico, elétrico, eletrônico e de tubulações.
c) Mecânico, de projetos, estrutural, arquitetônico, elétrico, eletrônico e de tubulações.
d) Manutenção, de máquinas térmicas, estrutural, arquitetônico, elétrico, eletrônico e de 
tubulações.
e) Mecânico, de ferrovias, estrutural, preditivo, elétrico, hidraulico e de tubulações.
7. Observe a definição:
“Representação dos objetos em três dimensões num plano bidimensional, em vários 
ângulos diferentes e por vários pontos no espaço do observador.”
Estamos falando da:
a) Geometria descritora
b) Geometria analítica
c) Geometria tridimensional
d) Geometria bidimensional 
e) Geometria descritiva
8. Dentro do estudo do desenho técnico é muito importante a padronização, como a 
gramática na língua portuguesa, pois para ser compreendido, um idioma deve possuir 
regras que facilitem sua disseminação pelo homem. No Brasil, o órgão regulamentador 
das normas para desenho técnico é?
a) ABNT
b) AWS
c) ISO
d) AWI
e) SAE
19
TÉCNICAS DE EXECUÇÃO DO 
DESENHO TÉCNICO
UNIDADE
02
20
2.1 UTENSÍLIOS E FERRAMENTAS
 Para a realização do desenho técnico, como visto, seguem-se uma lista de normas 
e padrões a fim de ser exato. Dentro do conceito de padronização e execução perfeita de 
um desenho técnico, faz-se necessário o uso de diversas ferramentas e utensílios a fim de 
otimizar o processo de desenvolvimento do desenho. As ferramentas podem ser divididas 
entre físicas e virtuais.
É fundamental que o projetista conheça todas as ferramentas e técnicas para desenho ma-
nual antes de executar qualquer projeto digital. Isso porque as ferramentas digitais (softwa-
res) baseiam-se rigorosamente nas técnicas e normas de desenho básico.
FIQUE ATENTO
 2.1.1 AS FERRAMENTAS DO DESENHO TÉCNICO MANUAL
 A prática de desenho técnico de forma manual é uma das mais antigas no ramo dos 
projetos, isto é, tudo se iniciou com o desenvolvimento manual das peças, conjuntos, plan-
tas e circuitos. Após o invento do computador, sua modernização e a criação dos mais di-
versos softwares de desenho técnico, essa prática manual é utilizada em sua grande maio-
ria para fins didáticos, ou seja, não é comum a realização de desenhostécnicos projetivos 
de forma manual nas organizações.
 Pensando no aprendizado, na forma didática do ensino do desenho técnico manu-
al, é necessário conhecer as principais ferramentas e utensílios que os discentes utilizam 
para seu desenvolvimento. Dentre os utensílios utilizados pelo desenhista técnico, se pode 
destacar: lápis (variadas espessuras), lapiseiras, papel (conforme ISO 216), borracha, jogo de 
esquadros, escalímetro (régua 3D), régua paralela (régua em T), gabarito de formas, com-
passo e transferidor.
 O lápis e a lapiseira são o principal utensílio do desenhista, com essas ferramentas o 
executor consegue fazer traçados e escrita técnica com perfeição. Os lápis possuem classi-
ficação de acordo com B (negritude), H (dureza), F (Espessura da ponta) e HB (Mescla de H 
com B). São classificados como duros médios e macios conforme a Figura 9:
Figura 9: Escala de classificação dos lápis
Fonte: Portal do Projetista (2021, s.p)
 Em suma, entre 9B e 4B ficam os lápis destinados aos traços escuros e espessos. No 
desenvolvimento de desenhos livres pode-se utilizas entre 3B e B. Para linhas médias e 
escrita padrão, recomenda-se HB e F. Lápis para desenho técnico projetivo ficam entre H 
e2H. Para desenho técnico não projetivo ou artístico 3H a 5H e para xilografia, xilogravura e 
desenhos especiais 6H a 9H (PORTAL DO PROJETISTA, 2021).
 As lapiseiras podem se subdividir de acordo com os milímetros do grafite, são elas: 
0,3mm, 0,5mm, 0,7mm e 0,9mm. Os grafites recebem a gradação conforme os lápis, des-
tinados da mesma forma. A espessura do grafite pode ser utilizada para diversos traçados 
diferentes, entretanto as mais utilizadas para o desenho técnico são 0,5 e 0,7mm, pois de-
21
pendendo da variação do grafite, o projetista consegue reproduzir um traçado similar ao 
0,3 e 0,9mm.
 O papel para desenho técnico é sulfite, branco e sem linhas. Suas dimensões variam 
de acordo com o padrão internacional ISO 216 que classifica os tamanhos em três grupos, 
A, B e C. No Brasil, entretanto utiliza-se mais a série A, sendo o papel A4, A3 e A0 os mais 
comuns. As dimensões dos papéis comumente utilizados no Brasil estão explícitas na Ta-
bela 1:
Série Centímetros Milímetros Polegadas Pixels
A4 21 x 29,7 210 x 297 8,3 x 11,7 2480 x 3508
A3 29,7 x 42 297 x 420 11,7 x 16,5 3508 x 4961
A0 84,1 x 118,9 841 x 1189 33,1 x 46,8 9933 x 14043
Tabela 1: – Dimensões de comuns da série A conforme ISO 216 
Fonte: Adaptado de ISO 216 (2007)
Legenda: Largura X Altura 
 Não existe um padrão normativo para borracha, nem uma classificação para o de-
senho técnico, no entanto as borrachas para o desenho técnico devem conseguir apagar 
o traço sem deixar marcas, sombras ou borrões. É ideal que ela seja rígida, para que não 
esfarele no ato de apagar, mas também seja dúctil o suficiente para que se possa lapidar 
novas arestas na borracha para apagar quinas e detalhes muito sutis.
 O jogo de esquadros, como ilustra a Figura 10, é composto por dois esquadros com 
angulações diferentes, um de 90° e 2x45° e o outro de 30°, 60° e 90°. Essa ferramenta é uti-
lizada para desenhar ângulos, linhas retas utilizando a régua paralela e são um auxílio para 
a confecção de margens e legenda.
Figura 10: Esquadros
Fonte: Cruz (2014, p.23)
 O escalímetro ou régua tridimensional (3D) é utilizado para a variação de escalar em 
um desenho, nessa ferramenta é possível encontrar seis tipos diferentes de escalas: 1: 20, 1: 
25, 1: 50,1:75,1: 100 e 1: 125. Essa é uma importante ferramenta principalmente para o dese-
nho técnico arquitetônico e estrutural (FRANCESCONI, 2010). Ela é apresentada conforme 
a Figura 11:
Figura 11: Escalímetro
Fonte: Cruz (2014, p.25)
22
 A régua paralela, ou em T é uma ferramenta utilizada em conjunto, normalmente 
presa a uma prancheta ou a uma mesa de desenho. Ela auxilia no desenvolvimento de li-
nhas paralelas horizontais e pode ser utilizada, como já visto, como auxílio para a utilização 
dos esquadros no desenvolvimento de linhas angulares e verticais.
 O gabarito de formas é um molde de variadas formas, pode ter diversos formatos 
diferentes. O projetista utiliza-o para a agilidade na hora de confeccionar formas pré-defi-
nidas, diminuindo o tempo total da produção do desenho, otimizando seu trabalho e dimi-
nuindo a chance de erro.
 O compasso, Figura 12, é a ferramenta utilizada para o desenho de circunferências e 
também para desenvolver o método dos traçados angulares. Já o transferidor de grau é a 
escala graduada de leitura de ângulos do projetista. 
Figura 12: Compasso
Fonte: Francesconi (2010, p.04)
 A prática de desenho técnico de forma manual é uma das mais antigas no ramo dos 
projetos, isto é, tudo se iniciou com o desenvolvimento manual das peças, conjuntos, plan-
tas e circuitos. Após o invento do computador, sua modernização e a criação dos mais di-
versos softwares de desenho técnico, essa prática manual é utilizada em sua grande maio-
ria para fins didáticos, ou seja, não é comum a realização de desenhos técnicos projetivos 
de forma manual nas organizações.
Montenegro (2001) acredita que por mais que os instrumentos sejam de qualidade, ainda sim 
existe um fator muito importante para o desenho técnico que é o nível de conhecimento do 
projetista. Dessa forma, ele explicita como utilizar as ferramentas estudadas anteriormente. 
Confira o Capítulo 2 de seu livro Desenho arquitetônico - 4ª Edição.
BUSQUE POR MAIS
Disponível em Minha Biblioteca: 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/172462/pdf/0
Acesso em 26 de Julho de 2021.
 3.1.1 AS FERRAMENTAS DO DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
 É esperado que com a evolução da tecnologia, as atividades de engenharia como 
cálculos, projetos, análises gráficas, estatísticas e outras passe a ser realizadas com o au-
xílio do computador e da internet. Com o desenho técnico não é diferente, é notório que 
23
as técnicas de desenho se adaptem às novas tecnologias e suas melhorias na engenharia. 
O desenho assistido por computador (CAD) é a inovação em desenho técnico, isto é, uma 
forma diferente de realizar determinado projeto dentro das mesmas padronizações exis-
tentes. Para o desenho técnico, como estudado no capítulo1, existem diversos softwares 
capazes de replicar com exatidão as técnicas de desenho manual obtidas pelo projetista.
Cada um com sua especialidade e particularidade. 
 A Autodesk disponibiliza uma série de softwares para CAD, um deles que é bastante 
conhecido é o AutoCad , com essa ferramenta é possível criar desenhos em 2D e 3D, sendo 
sólidos, superfícies ou malhas. De acordo com dados obtidos pela Autodesk a produtivi-
dade cresce cerca de 63% com a utilização desse software. Outro programa bastante fun-
cional, principalmente para a arquitetura é o 3DS Max, que realiza toda a parte de design 
e renderização gráfica. Já o Revit é bastante utilizado para a criação de projetos, principal-
mente pela área de construção civil. Por último, o Civil 3D é amplamente utilizado para os 
projetos de urbanização, como pavimentação.
 O SolidWorks da empresa Dassault Systèmes S.A, é um software de computação 
gráfica disponível para a criação de objetos em 3D. Através da idealização de um objeto 
sólido, é possível montar conjuntos complexos como o exemplo na Figura 13. A montagem 
de conjuntos é feita à partir do posicionamento no plano geométrico e no pareamento de 
faces sólidas.
 O SketchUp da empresa Trimble Navigation, é normalmente utilizado pelos profis-
sionais de arquitetura, sendo possível trabalhar com diversas ferramentas de design e de-
coração. Através da leitura de uma planta, o software é capaz de modelar um objeto em 3D 
e renderizar sua perspectiva. Nesse software também é possível importar plantas baixas 
desenhadas com o AutoCad. 
 O Inventor CAM da Solid CAM, é um programa muito útil para a indústria que realiza 
trabalhos por CNC (Comando numérico computadorizado). Nele, é possível fazer um dese-
nho técnico com as medidas padrão e exportar para um programa de leitura CNC,fazendo 
com que o torno ou a fresadora CNC reproduza esse sólido com mais perfeição nos deta-
lhes.
 O Maya, inicialmente da Alias Systems Corporation, mas vendido para a Autodesk é 
um software de design e desenvolvimento técnico. Normalmente é utilizado pela área da 
medicina e tecnologia de animações e games. Entretanto pode ser utilizado para a repro-
dução de objetos em duas e três dimensões. 
 Independente do software utilizado, o importante para a execução de um bom de-
senho técnico é, sem dúvida, o conhecimento técnico do projetista. Principalmente seu 
Figura 13: Montagem de um caminhão utilizando o programa SolidWorks
Fonte: Desenvolvido pelo autor (2021)
24
treinamento e sua familiaridade com o programa a ser trabalhado. Dessa forma, pode-se 
garantir produtividade, maior assertividade, correção de erros e revisão dos projetos cria-
dos.
2.2. DESENVOLVIMENTO DE CALIGRAFIA TÉCNICA E TRAÇOS
 Para o desenvolvimento das técnicas de desenho digital, é fundamental que o pro-
jetista passe pela experiência manual, independentemente do quão evoluída a tecnologia 
seja. É preciso primeiro saber executar com maestria as técnicas manuais, antes de execu-
tar projetos utilizando qualquer software CAD. Um bom começo para as técnicas de dese-
nho é conhecer a caligrafia técnica utilizada para o sistema de cotas e legenda.
 Para um bom desempenho na caligrafia técnica, é necessário que o projetista te-
nha em mente três parâmetros: seja legível, uniforme e adequada quando reproduzida. A 
escrita precisa respeitar a mesma largura para letras maiúsculas ou minúsculas, as linhas 
devem tocar-se preenchendo vazios entre intercessões. A NBR 16861/2020 descreve as di-
mensões em milímetros que devem ser utilizadas para cada tipo de caractere, como visto 
na Tabela 2: 
Característica Escala Dimensões (mm)
Altura de letras maiúsculas (h) 10/10 2,5 3,5 5 7 10 14 20
Altura de letras minúsculas (c) 7/10 - 2,5 3,5 5 7 10 14
Dist. entre caracteres (a) 2/10 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
Dist. entre linhas de base (b) 14/10 3,5 5 7 10 14 20 28
Dist. entre palavras (e) 6/10 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
Largura da linha (d) 1/10 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
Tabela 2: Dimensões de caracteres técnicos conforme NBR 16861/2020 
Fonte: Adaptado NBR 16861 (2020)
 Ainda conforme a NBR 16861/2020 é possível interpretar as dimensões tabeladas 
conforme o Figura 14 que apresenta uma exemplificação. Para interpretação da imagem 
pode-se fazer uma correlação entre as cotas e a característica na Tabela 2.
Figura 14: Aplicação das dimensões conforme NBR 16861/2020
Fonte: Adaptado NBR 16861 (2020)
 Além das dimensões tabeladas, a caligrafia técnica pode seguir dois padrões. Ela 
pode ser reta, ou seguir uma grafia itálica. Para a grafia no estilo itálico, é necessário definir 
um ângulo obrigatoriamente de 15 graus, isso em relação ao seu eixo vertical (CRUZ, 2014). 
A Figura 15 ilustra a angulação:
25
Figura 15: Modelo de caligrafia em itálico
Fonte: Jeronymo (2016, p.07)
 Para o desenvolvimento das técnicas de desenho digital, é fundamental que o pro-
jetista passe pela experiência manual, independentemente do quão evoluída a tecnologia 
seja. É preciso primeiro saber executar com maestria as técnicas manuais, antes de execu-
tar projetos utilizando qualquer software CAD. Um bom começo para as técnicas de dese-
nho é conhecer a caligrafia técnica utilizada para o sistema de cotas e legenda.
 Após o estudo da caligrafia, é necessário entender os tipos de traços (linhas) e deter-
minar em qual ocasião cada um é utilizado. A NBR 16861/2020 determina a nomenclatura 
das linhas, assim como sua aplicação dentro do desenho técnico. Para a leitura e interpre-
tação de um desenho, é extremamente importante que o projetista tenha cuidado com 
o traçado, desenhando cada tipo de linha em sua aplicação determinada, evitando assim 
que o observador se sinta confuso durante a leitura do desenho. O Quadro 1 apresenta os 
tipos de linha e sua aplicação:
Tipo de Linha Nomenclatura Utilização
Contínua larga • Contorno visível;
• Aresta visível.
Contínua estreita
• Linhas de interseção imaginárias;
• Linhas de cotas;
• Linhas auxiliares;
• Linhas de chamadas;
• Hachuras;
• Contornos de seções rebatidas na própria 
vista;
• Linhas de centros curtas.
Contínua estreita a 
mão livre
• Limites de vistas ou cortes parciais ou in-
terrompidas se o limite não coincidir com 
linhas traço e ponto.
Contínua estreita em 
ziguezague
• Desenhos confeccionados por máquinas.
Tracejada larga • Contornos não visíveis;
• Arestas não visíveis.
Tracejada estreita • Contornos não visíveis;
• Arestas não visíveis.
Traço e ponto estreita • Linhas de centro;
• Linhas de simetrias;
• Trajetórias.
Traço e ponto largo • Indicação das linhas ou superfícies com 
indicação especial.
26
2.3 DESENHO E OBSERVAÇÃO
Traço dois pontos 
estreita
• Contornos de peças adjacentes;
• Posição limite de peças móveis;
• Linhas de centro de gravidade;
• Cantos antes da conformação;
• Detalhes situados antes do plano de corte.
Quadro 1: Tipos de linha e aplicação conforme NBR 16861/2020
Fonte: Adaptado de NBR 16861/2020
 Importante salientar que a norma é válida tanto para desenhos técnicos feitos à 
mão, quanto para aqueles feitos utilizando qualquer um dos softwares licenciados. Duran-
te o aprendizado do desenho técnico, é interessante que o discente treine sua caligrafia 
técnica e seu traçado com os diferentes tipos de materiais e ferramentas já explicitados na 
seção 2.1.
Cruz (2014) complementa a tabela de linhas descritas pela NBR com a variação da sua no-
menclatura nos softwares CAD (desenho assistido por computador). Confira o Capítulo 5 de 
seu livro Desenho Técnico.
BUSQUE POR MAIS
Disponível em Minha Biblioteca: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536518343/pageid/41
Acesso em 26 de Julho de 2021.
 O desenho técnico existe para complementar um projeto, explicitar dimensões e 
detalhes de um produto e conversar com o observador, a fim de uma fiel reprodução dele. 
Mas e quando é preciso desenhar algo que já foi produzido? Nesse caso a observação é o 
fator fundamental na reprodução do desenho. 
 A prática de desenho e observação é comumente utilizada para o aprendizado. Nes-
se caso os discentes precisam reproduzir um objeto já existente, isto é, fazer a observação 
e utilizar a imaginação para construir a geometria descritiva daquele objeto. O observador 
precisa ser capaz de definir quantas 
vistas serão necessárias para deter-
minar a quantidade de detalhes do 
desenho, qual a escala é representa-
tiva e por fim reproduzir sua obser-
vação. A Figura 16 ilustra uma repro-
dução por observação:
Figura 16: Reprodução por observação 
Fonte: Desenvolvido pelo autor (2021)
27
 Nesse caso o desenhista observou a peça, imaginou sua representação conforme a 
geometria descritiva, definiu a quantidade de vistas necessárias para representar a maior 
quantidade de informações possíveis do objeto e passou para o papel o seu ponto de vis-
ta. Para esse caso, foram necessárias duas vistas, a vista superior e uma das vistas laterais, 
nesse caso a direita.
Com os estudos obtidos até o presente capítulo, criou-se o conceito de projeções ortogonais, 
onde representamos por meio de vistas em duas dimensões, objetos tridimensionais. Sabe-se 
que as projeções ortogonais seguem a avaliação técnica do observador, definindo como fron-
tal a vista que mais apresenta informações do objeto escolhido. Com base no estudo, observe 
os objetos abaixo e suas vistas e identifique suas vistas: frontal, posterior, superior e laterais 
(quando necessário).
a)
b) 
VAMOS PENSAR?
28
1. O discente que irá aprender o desenho técnico, precisa começar pelas práticas mais 
contemporâneas, o desenho manual. Para a execução do desenho técnico projetivo 
manual, existe a necessidade de uma variedade de materiais que por sua vez oferecem 
ao desenhista as características necessárias para desenvolver diferentes estilos. Dentre os 
utensílios utilizados pelodesenhista técnico, se pode destacar:
a) lápis (espessuras variadas), lapiseira (diversas medidas), caneta (esferográfica preta), 
papel (conforme ISO 216), borracha, jogo de esquadros, escalímetro (régua 3D), régua 
paralela (régua em T), gabarito de formas, compasso e transferidor.
b) lápis (única espessura), lapiseiras, papel (conforme ISO 9001), borracha, jogo de esquadros, 
escalímetro (régua 2D), régua paralela (régua em T), gabarito de formas, compasso e 
transferidor.
c) lapiseiras (obrigatório), papel (conforme ABNT), borracha, cola, tesoura, jogo de esquadros, 
escalímetro (régua 3D), régua paralela (régua em T), gabarito de formas, compasso e 
transferidor.
d) lápis, borracha, caneta, tesoura, cola, fita, papel e réguas.
e) lápis (variadas espessuras), lapiseiras, papel (conforme ISO 216), borracha, jogo de 
esquadros, escalímetro (régua 3D), régua paralela (régua em T), gabarito de formas, 
compasso e transferidor.
2. Observe a escala a seguir:
 
O lápis é fundamental para o desenhista, utilizando o material correto é possível realizar 
uma infinidade de traços. Os lápis possuem classificação de acordo com B (negritude), H 
(dureza), F (Espessura da ponta) e HB (Mescla de H com B). 
Visto isso, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
I - 9B e 4B ( ) – Linhas médias e escrita padrão
II - 3B e B ( ) – Xilografia Xilogravura
III - HB e F ( ) – Desenho técnico projetivo
IV - H e2H ( ) – Desenhos livres
V - 3H a 5H ( ) – Desenho não projetivo e artístico
VI - 6H a 9H ( ) - Traços escuros e espessos
a) III – IV – VI – II – V - I
b) III – VI – IV – II – V - I
c) IV – VI – I – III – II - V
d) V – II – I – VI – IV - III
e) III – II – I – V – IV - VI
FIXANDO O CONTEÚDO
29
3. Para a confecção de desenhos técnicos, o papel utilizado é o sufite (branco e sem 
pautas). As dimensões para desenho variam conforme a ISSO 216 em classificações A, B e 
C. Todavia, a classificação utilizada para o desenho é a A, sendo os tamanhos A4, A3 e A0 
os mais comuns.Com base no capítulo estudado, assinale a alternativa que apresenta as 
dimensões dos modelos A4, A3 e A0 respectivamente:
a) A4 (20 x 30), A3 (30 x 40) e A0 (85 x 119)
b) A4 (84,1 x 118,9), A3 (29,7 x 42) e A0 (21 x 29,7)
c) A4 (21 x 29,7), A3 (29,7 x 42) e A0 (84,1 x 118,9)
d) A4 (50 x 32), A3 (23,9 x 42,11) e A0 (85 x 118,95)
e) A4 (21 x 29,5), A3 (29,5 x 42) e A0 (84,1 x 119,9)
4. Esse instrumento é utilizado para medir e desenvolver uma variação de escala em um 
desenho, nessa ferramenta é possível encontrar seis tipos diferentes de escalas: 1: 20, 1: 25, 
1: 50,1:75,1: 100 e 1: 125. Essa é uma importante ferramenta principalmente para o desenho 
técnico mecânico, arquitetônico e estrutural que trabalham bastante com escalas de 
redução. O texto se refere ao:
a) Escalímetro
b) Borracha
c) Régua em T
d) Transferidor
e) Esquadro de 30 e 60°
5. Essa evolução é a inovação do desenho técnico, isto é, uma forma diferente de realizar 
projetos dentro das mesmas padronizações existentes.Existem no mercado, diversos 
softwares capazes de replicar com exatidão as técnicas de desenho manual obtidas 
pelo projetista. Cada um com sua especialidade e particularidade. Estamos falando das 
ferramentas de:
a) Desenho manual (CAD)
b) Desenho técnico no computador (CAD)
c) Desenho técnico projetivo por computador (CAD)
d) Desenho computadorizado automático (CAD)
e) Desenho assistido por computador (CAD) 
6. Observe o objeto ilustrado abaixo:
A vista frontal de um objeto deve ser determinada de acordo 
com o observador, ele a escolherá com base na maior 
quantidade de informação que a face possui. Assumindo 
essa afirmação, considere a vista frontal do objeto acima 
apontada pela seta e assinale qual a melhor representação 
bidimensional dessa vista:
30
a) b) 
c) d) 
e) 
7. A NBR 16861:2020 determina tanto nomenclatura quanto utilização das diferentes linhas 
contidas no desenho técnico. O projetista, no entanto, precisa saber com exatidão qual o 
tipo de linha deve ser aplicado em determinadas situações dentro do desenho técnico. Essa 
interpretação deve fazer parte não só da execução, mas também da leitura de projetos. 
Observe a afirmação a seguir:
“Essa linha é utilizada para a representação de limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas 
somente se o limite não coincidir com linhas traço e ponto. ”
A firmação acima é a aplicação da linha:
a) Ziguezague
b) Contínua Larga
c) Traço dois pontos estreita 
d) Contínua estreita a mão livre
e) Traço e ponto largo
8. De acordo com A NBR 16861:2020 e os tipos de linha para desenho técnico, associe a 
segunda coluna com a primeira.
I - ( ) - Tracejada larga 
II - ( ) - Contínua estreita em ziguezague
III - ( ) - Contínua estreita a mão livre
IV - ( ) - Contínua estreita
a) I – II – III - IV
b) IV – III – II - I
c) III – II – IV - I 
d) I – II – IV - III
e) IV – II – III - I
31
REPRESENTAÇÃO DO DESENHO 
TÉCNICO
UNIDADE
03
32
3.1 REPRESENTAÇÃO POR ESQUEMA
 Os termos empregados no desenho técnico são bastante variados, podem inclusive 
confundir os discentes que estejam cursando a disciplina. Para que não haja conflito entre 
os termos utilizados, a NBR 10067 (1995) os divide em diversos grupos conforme o aspecto 
geométrico da representação gráfica, grau de elaboração e pormenorização do desenho, 
material e execução e método de obtenção. 
 Dentro dessa classificação existem diversas definições para as mais variadas formas 
de expressão gráfica. Onde enquadram os termos de desenho técnico projetivo, não proje-
tivo, esboço, desenho preliminar, croqui, definitivo, desenho de componente, de conjunto, 
detalhado, desenho original e reprodução (NBR 10067, 1995).
 Um esquema representa um determinado objeto por traços simples, isto é, desen-
volve os elementos contidos nele por símbolos gráficos simples e diretos. Normalmente 
esse esquema contém as principais ideias e elementos básicos do objeto, a fim de passar 
ao leitor a maior quantidade de informação possível em menor tempo. 
 Não se deve confundir o esquema com a representação técnica do desenho, pois 
esse tipo não existe o emprego de cotas, escalas ou legendas. São representações mais 
simples, para serem executadas com um curto período de tempo, e mesmo que apresen-
tem a maior gama de informações possível são executados mais rapidamente porque não 
requerem um estudo tão avançado para serem reproduzidos.
 O esquema é uma representação não projetiva. Ele pode ser encontrado em sua 
grande maioria na representação de esquemas hidro-eletro-pneumáticos. Mesmo não 
sendo uma representação projetiva, o esquema possui simbologias, anotações e desta-
ques que serão o diferencial na leitura e interpretação do desenho. Um exemplo clássico 
desse tipo de representação é apresentado na Figura 17:
Figura 17: Exemplo de um esquema elétrico
Fonte: Mattede (2014, s.p)
 Outra área muito abrangente pelos esquemas, é a hidráulica. Os circuitos hidráulicos 
também são considerados representações por esquema. Bem similares aos elétricos, os 
esquemas hidráulicos possuem a maior quantidade de informação possível de um sistema 
hidráulico, representado através de simbologias técnicas e desenhos simples. A Figura 18 
demonstra um exemplo:
33
Figura 18: Exemplo de um esquema hidráulico
Fonte: Desenvolvido pelo autor (2021)
 As simbologias e representações esquemáticas utilizadas pela pneumática não é 
muito diferente da hidráulica. Em alguns casos o que difere são pequenas alterações indi-
cativas de robustez do equipamento, uma vez que a pneumática trabalha com ar compri-
mido e a hidráulica com fluidos líquidos (como óleos). 
 Apesar de se tratarem de representações simplificadas, todos os esquemas são 
executados baseando-se em normatização legal, principalmente para a reproduçãode 
simbologia técnica, que deve respeitar seu padrão para a interpretação do observador. A 
simbologia elétrica é ditada pela NBR 5410/2004 - Projetos elétricos, já a simbologia para 
elementos hidráulicos e pneumáticos é ditada pela NBR 8896/1985 – Símbolos gráficos 
para sistemas e componentes hidráulicos e pneumáticos.
3.2 REPRESENTAÇÃO POR CROQUI
 Croqui é um termo de origem francesa que traduzido para o português é o mesmo 
que esboço. Esses esboços representam os objetos de maneira rápida, sendo o estágio ini-
cial de um desenho técnico. Esse esboço pode representar os estágios iniciais e um projeto 
ou até mesmo representar componentes e elementos que façam parte de um sistema 
maior. Apresentam as ideias iniciais que cercam a representação a ser concluída, ou seja, é 
a fase inicial do desenho técnico (PACHECO; CONCÍLIO; FILHO, 2017).
 Os traços desse tipo de representação são simples, obrigatoriamente feito à mão 
livre, sem uma escala bem definida ou elementos obrigatórios como cotas, simbologias e 
outros. A medida que o desenhista idealiza e estuda o seu esboço, ele toma mais complexi-
dade, apresentando uma maior qualidade e também quantidade de informações a serem 
exibidas nele. A Figura 19 ilustra um croqui:
Figura 19: Exemplo de um croqui
Fonte: Pasini (2006, s.p)
34
O croqui não é um elemento obrigatório no desenvolvimento de um projeto, o autor pode 
ou não desenvolvê-lo. Todavia é uma ferramenta muito importante para dar forma a uma 
imaginação, colocar no papel e poder discutir as possíveis melhorias e mudanças no projeto. 
E mesmo que os desenhos técnicos não sejam manuais, isto é, sejam reproduzidos por CAD, 
pode-se fazer os croquis manuais para auxílio na hora da construção do projeto final do ob-
jeto idealizado inicialmente O croqui não é um elemento obrigatório no desenvolvimento de 
um projeto, o autor pode ou não desenvolvê-lo. Todavia é uma ferramenta muito importante 
para dar forma a uma imaginação, colocar no papel e poder discutir as possíveis melhorias e 
mudanças no projeto. E mesmo que os desenhos técnicos não sejam manuais, isto é, sejam 
reproduzidos por CAD, pode-se fazer os croquis manuais para auxílio na hora da construção 
do projeto final do objeto idealizado inicialmente..
FIQUE ATENTO
 Os esboços fazem parte não só do desenho mecânico ou automotivo, mas podem 
ser vistos também na construção civil, projetos de dutos, montagem de equipamentos 
complexos e também na arquitetura. Na Figura 20 têm-se um exemplo de um croqui feito 
por Óscar Niemeyer de um parque e um centro cívico em Vicência:
Figura 20: Croqui de Oscar Niemeyer
Fonte: Gouveia (1998, p.12)
 A representação do desenho em formato de esboço é o primeiro passo do desenho 
técnico, de um projeto e de uma execução. Através do esboço o autor consegue imaginar 
todos os detalhes, estudar cada intercepção do projeto e definir todos os pontos cruciais 
para o desenvolvimento do desenho técnico projetivo, que pode seguir a produção manu-
al ou não. 
3.3 REPRESENTAÇÃO POR DESENHO TÉCNICO
 A representação por desenho técnico é a etapa final desse projeto. Trata-se da re-
presentação gráfica de um objeto, apresentando formatos, elementos, tipos diferentes de 
traçados, simbologia, caligrafia técnica, cotas, legenda e margem. Todos esses elementos 
contidos no desenho técnico devem manter-se de acordo com a vigência das normas uti-
lizadas para sua padronização (MORAES, 2001).
 Essa representação é amplamente utilizada na engenharia, arquitetura e construção 
civil como a última etapa do projeto, ou seja, o arquivo base para a execução de um projeto 
nas áreas afins. Em alguns casos, a representação gráfica necessita do auxílio de diferentes 
vistas (posições) e uma perspectiva (bidimensional) do objeto. 
35
 Como visto, as vistas são projeções em duas dimensões de um objeto conforme a 
orientação do observador no espaço. Ela representa todas as faces do objeto, entretanto 
nem sempre se faz necessidade utilizar todas elas. A Figura 21 ilustra o conceito de proje-
ções ortogonais conforme posicionamento do observador em relação ao plano de exibi-
ção:
Figura 21: Rebatimento das projeções ortogonais em planos distintos
Fonte: Pedroso (2018, p.30)
 As projeções ortogonais podem ser apresentadas de duas formas, no primeiro die-
dro e no terceiro diedro. Os diedros são regiões limitadas por dois semi-planos que formam 
uma linha perpendicular entre si, esses diedros são enumerados conforme a posição an-
ti-horária (assim como um círculo trigonométrico) (PACHECO; CONCÍLIO; FILHO, 2017). A 
Figura 22 ilustra os diedros e sua numeração:
Figura 22: Diedros (1° ao 4°)
Fonte: Pessoa (2014, p.06)
 Em desenho técnico os dois diedros utilizados são o primeiro e o terceiro, sendo o 
primeiro utilizado pela maioria dos países do globo, incluindo o Brasil (recomendação pela 
ABNT). Já o terceiro diedro é utilizado por uma pequena parcela de países, como o Estados 
Unidos e o Canadá. A representação das vistas ortogonais em cada diedro difere uma da 
outra, sendo apresentada na Figura 23:
Figura 23: Representação das vistas ortogonais no 1° e 3° diedro
Fonte: Ribeiro, Perez e Izidoro (2013, p.31) 
36
 Nota-se claramente que as representações ortogonais tanto no primeiro quanto no 
terceiro diedro priorizam a vista frontal no dentro do desenho. O que diferencia ambos os 
diedros são as vistas ortogonais restantes, sendo que no primeiro projeta-se a vista no sen-
tido oposto do que é visto, já no terceiro diedro projeta-se a vista no mesmo sentido. Para 
leitura e interpretação o observador precisa ter em mente essas posições, entretanto existe 
uma simbologia obrigatória utilizada na legenda para identificar em qual diedro o projeto 
se encontra. Essa simbologia pode ser vista na Figura 24:
Figura 24: Simbologia técnica da representação dos diedros
Fonte: Pessoa (2017, p.07)
 Independente do diedro utilizado é preciso que as vistas possuam as dimensões 
reais do objeto, sem aproximações ou arredondamentos (mesmo quando em escalas de 
ampliamento e redução). Além disso, elas precisam estar devidamente espaçadas com a 
mesma distância entre elas e possuir todas as cotas (medições) necessárias para sua inter-
pretação.
Agora que você sabe o que são as vistas e o que são os diedros, vamos praticar um pouco. Ob-
serve os três objetos ilustrados nas alternativas A, B e C, reproduza em primeiro diedro as vistas 
frontal, superior e lateral esquerda:
a) b) c) 
VAMOS PENSAR?
Para melhor aproveitamento do conteúdo de relacionado às projeções ortogonais, sugere-se a 
resolução dos exercícios do Capítulo 3, obra: Curso de Desenho Técnico e AutoCad, por Ribeiro, 
Peres e Izidoro (2013).
BUSQUE POR MAIS
Disponível na Biblioteca Pearson: 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/3624/epub/0
Acesso em 28 de Julho de 2021.
37
 Uma perspectiva é a representação gráfica de um objeto de três dimensões em um 
plano de duas dimensões (papel), ela é criada com a finalidade de instruir o observador da 
representação real do objeto contido no desenho. Na perspectiva é possível representar 
largura, altura e profundidade dos objetos representados. Além do mais, essa represen-
tação classifica-se em três grupos e seus subgrupos: cavaleira (obliqua), axonométrica e 
cônica.
 A perspectiva cavaleira representa o objeto paralelo ao plano. Nesse tipo de repre-
sentação, tanto altura como largura são representadas com dimensões reais do objeto, 
enquanto a profundidade é reduzida. A perspectiva cônica, também conhecida como 
perspectiva do arquiteto, representa com maior precisão a realidade do olho humano. Sua 
principal diferença é a presença de linhas oblíquas ao objeto, chamadas de ponto de fuga 
(PF) (MORAES, 2001).
 Já a perspectiva axonométrica se subdivide em três tipos. A isométrica baseia-se em 
uma representação de três linhas (semi-retas) partindo de uma mesma origem (forman-
do ângulo de 120° entre elas). Aperspectiva dimétrica possui o mesmo conceito, porém 
apenas duas de suas semi-retas possuem ângulos iguais. A representação trimétrica é o 
resultado do ângulo diferente entre os três traçados (PACHECO; CONCÍLIO; FILHO, 2017).
A perspectiva axonométrica subdivide-se em três tipos: isométrica, dimétrica e trimétrica.
FIQUE ATENTO
Ainda existem dúvidas quanto representações isométricas? Recomenda-se a leitura e reso-
lução dos exercícios do Capítulo 4 do livro Manual de Desenho Técnico para Engenharia, de 
Leake e Borgerson (2015).
BUSQUE POR MAIS
Disponível em Minha Biblioteca: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-216-2753-1/
epubcfi/6/28[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter4]!/4
Acesso em 28 de Julho de 2021.
 Para que a representação seja um desenho técnico, como dito, existe a necessidade 
da presença de margens, legendas e o sistema de cotas do objeto. As margens e legendas 
formam o conjunto chamado de layout (leiaute), esse conjunto é determinado pela NBR 
16752/2020 - Desenho técnico — Requisitos para apresentação em folhas de desenho. A 
folha para desenho, como já estudado, pode ser sulfite (branca) ou papel com legenda e 
bordas já dimensionados.
 O tipo de papel mais usual na prática de desenho técnico é o classe A, mais popular-
mente os tamanhos, A4, A3 e A0. As margens do papel do tipo A utilizado para o desenho 
técnico devem obedecer às dimensões conforme a Tabela 3. 
38
Papel Margem Esquerda Margem Direita Espessura Linha
A0 20 mm 10 mm 1,0 mm
A1 20 mm 10 mm 1,0 mm
A2 20 mm 10 mm 0,7 mm
A3 20 mm 10 mm 0,7 mm
A4 20 mm 10 mm 0,7 mm
Tabela 3: Dimensões de margens para papel A conforme NBR 16752/2020
Fonte: Adaptado de NBR 16752 (2020)
 A folha pode ser utilizada nas duas orientações existentes, paisagem ou retrato, con-
forme necessidade do desenho. A margem à esquerda do desenho é por norma mais larga 
(o dobro) das demais, as margens superior e inferior replicam o padrão da direita. Utiliza-se 
a parte esquerda do papel para anexar desenhos em cadernos, por esse motivo a dimen-
são é dobrada, para que haja espaço para furações e amarrações do desenho. A contagem 
da dimensão das margens é feita da extremidade limite do papel para o centro, conforme 
a Figura 25:
Figura 25: Representação da margem conforme NBR 16752/2020
Fonte: Adaptado de NBR 16752 (2020)
 Independente da orientação, a legenda toma o canto inferior direito. Suas dimen-
sões são 178 milímetros de comprimento, e 100 de altura, essa configuração satisfaz legen-
das para tamanhos de papel, A4, A3 e A2. Para os formatos A1 e A0 utiliza-se por padrão 175 
milímetros de comprimento e 100 de altura (NBR 16752, 2020). A Figura 26 ilustra a repre-
sentação da legenda no formato paisagem:
Figura 26: Representação da legenda no formato paisagem conforme NBR 16752/2020
Fonte: Adaptado de NBR 16752 (2020)
 As cotas no desenho técnico existem com a finalidade de quantificar medidas. Elas 
definem a exatidão e mensura com precisão as dimensões do desenho apresentado. Sem 
as medidas, afinal, não seria possível reproduzir o desenho. O sistema de cotagem é regido 
39
pela NBR 10126/1998. Sua aplicação não tem restrição quanto a posição no desenho, entre-
tanto existe um padrão a ser seguido.
 A cotagem é representada por um par de linhas auxiliares puxadas da extremidade 
do desenho, que não o toquem, juntamente com uma linha paralela ao desenho e perpen-
dicular às linhas auxiliares (linha de cota). Normalmente na extremidade da linha de cota 
existe a presença de uma seta ou de um traço simples, a Figura 27 demonstra: 
Figura 27: Representação do formado da cota conforme NBR 10126/1998
Fonte: NBR 10126 (1998, p.04)
 A numeração das cotas exige o desenvolvimento da caligrafia técnica, podendo con-
ter números, letras e simbologia técnica. Esse caractere é o que recebe o nome de cota, ele 
é posicionado sempre na posição superior da cota ou à esquerda, sem tocar a cota e tam-
bém sem sofrer rotação, formando sempre um ângulo de 90° entre o caractere e a cota. A 
Figura 28 representa:
Figura 28: Representação de cotagem conforme NBR 10126/1998
Fonte: NBR 10126 (1998, p.03)
 Todas as cotas devem possuir o mesmo tamanho, posicionadas sempre no centro 
da linha de cota. As Linhas auxiliares e de cotagem são de espessura mais fina do que as 
margens do desenho, utiliza-se a linha continua estreita para a sua confecção.
 Com todos os elementos citados explora-se a representação do desenho técnico. 
Esse tipo de representação é mais complexa e deve ser fiel ao objeto, apresentando sem-
pre todas as informações necessárias para a execução dele. É importante que tanto proje-
tista quanto leitor estejam cientes das normas que envolvem a construção dessa represen-
tação.
40
1. A questão deverá ser substituída pela questão abaixo:
“De acordo com a NBR 17006:2021, quando vistas diferentes da vista principal são necessárias, 
incluindo cortes e seções, elas devem ser selecionadas de acordo com alguns critérios. 
Dentre esses critérios, podemos citar:
a) Limitar o número de vistas (inclusive cortes e seções) ao mínimo necessário, mas 
suficiente para representar completamente o objeto sem ambiguidade;
b) Repetir sempre que necessário os detalhes;
c) Desprezar as vistas com contornos visíveis;
d) Sempre utilizar uma quantidade ímpar de representações;
e) Maximizar a representação de arestas e contornos.
2. Leia atentamente a afirmação:
“Essa representação é uma forma básica das relações e funções de um objeto ou sistema, 
através da utilização de traços simples, sem o detalhamento de estruturas e componentes desse 
objeto/sistema. É uma representação muito utilizada para as áreas de eletrotécnica, hidráulica e 
pneumática. ”
A afirmação acima é a definição de um:
a) Croqui.
b) Esboço.
c) Desenho Técnico.
d) Esquema.
e) rascunho.
3. Leia atentamente a afirmação e faça o que se pede:
“É um termo de origem francesa que pode ser traduzido como esboço. É uma representação feita 
manualmente, contendo os detalhes cruciais para o projeto, não possui distinção de tipos de linhas, 
tipo de papel técnico ou necessita de legendas. É a etapa inicial do desenho técnico. Apesar de ser 
importante para o desenvolvimento, não é obrigatório. ”
A afirmação acima é a definição de um:
a) Esquema.
b) Desenho Técnico.
c) Rascunho.
d) Anotação Técnica.
e) Croqui.
4. Para que seja considerado um desenho técnico projetivo, é necessário que a representação 
gráfica respeite e reproduza normas e regras impostas pela disciplina e pela Associação 
FIXANDO O CONTEÚDO
41
Brasileira de Normas Técnicas. Sua execução deve respeitar os seguintes elementos:
a) Formas, cores, elementos, traços distintos, símbolos padrão, cotas, legenda, margem e 
carimbo.
b) Formato, elementos, diferentes tipos de traços, simbologia e caligrafia técnica, cotas, 
legenda e margem.
c) Geometria, elementos, diferentes tipos de traços, simbologia e norma técnica, cotas, 
legenda e margem.
d) Formato, elementos, único tipo de traços, simbologia e caligrafia técnica, cotas, legenda 
e margem.
e) Forma, diferentes tipos de traços, simbologia e caligrafia técnica, cotas, legenda, margem 
e carimbo.
5. Os diedros são regiões limitadas por dois semi-planos que formam uma linha 
perpendicular entre si, esses diedros são enumerados conforme a posição anti-horária, 
similar ao círculo trigonométrico na geometria. Cada intersecção desses planos (diedros) 
são utilizadas para representar as projeções ortogonais de objetos que estejam inseridos 
nele.
Nem todos os diedros são utilizados para 
representações técnicas, apenas dois deles são 
utilizados devido melhor representatividade. Na 
maioria dos países do mundo, assim como no 
Brasil utiliza-se qual diedro?
a) 3º Diedro
b) 1º Diedro
c) 2º Diedro
d) 1º e 3º Diedros
e) 4º Diedro
6. O primeiro diedro é mundialmente utilizado, 
com recomendações pela ABNT no Brasil. Essa 
representação é a primeira no sentido anti-horário na 
representação da intersecção entre os planos. Observe 
a figura:De acordo com a representação do primeiro diedro, enumere as projeções ortogonais com 
base no desenho.
( ) Vista frontal 
( ) Vista lateral posterior
( ) Vista superior
( ) Vista inferior
( ) Vista lateral esquerda
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( ) Vista lateral direita
a) 1 – 4 – 2 – 5 – 3 – 6
b) 1 – 6 – 5 – 2 – 3 – 4
c) 1 – 2 – 3 – 5 – 6 – 4
d) 1 – 5 – 2 – 6 – 3 – 4
e) 1 – 6 – 2 – 5 – 3 – 4
7. As projeções ortogonais são uma forma de apresentar ao 
observador maior quantidade de detalhes de um objeto. Através da 
confecção das vistas o desenhista traz ao observador a capacidade 
de imaginar o que não é visto. Entretanto em alguns casos não é 
necessário que se desenhe todas as vistas para que se tenha uma 
representação completa. Através dessa informação assinale a 
alternativa que contenha a representação correta da perspectiva ao 
lado:
a) b) c) 
 
 d) e) 
8. O papel utilizado na produção de um desenho técnico pode ser o sulfite branco, ou papel 
já fabricado com legenda e margens. A orientação do uso é livre, mas independentemente 
dessa orientação é obrigatório que a legenda seja exibida no canto direito inferior da folha. 
A dimensão da legenda pode sofrer alterações mínimas conforme o tamanho de folha, 
especificamente para os papéis A4, A3 e A2 as dimensões são:
a) 175 mm de comprimento e 100 de altura.
b) 173 mm de comprimento e 100 de altura.
c) 178 mm de comprimento e 115 de altura.
d) 178 mm de comprimento e 100 de altura.
e) 178 mm de comprimento e 102 de altura.
43
NORMATIZAÇÃO PARA DESENHO 
TÉCNICO
UNIDADE
04
44
4.1 A IMPORTÂNCIA DA NORMATIZAÇÃO DO DESENHO
 Imagine que você está dirigindo um carro, pense em quantas normas de trânsito 
existem. A indicação das luzes dos semáforos, as cores das faixas nas vias, as diferentes pla-
cas e indicações que os motoristas e pedestres conhecem e respeitam. Agora imagine que 
essas leis de trânsito vão mudar a estado do país que você visitar, ou seja, uma permissão 
para dirigir em Minas Gerais não é a mesma em Brasília ou Amazonas.
 Agora imagine na importância das leis de transito para o motorista, e como a vida 
dele seria mais complicada se fosse diferente em cada lugar que ele precisasse visitar. Pen-
se que sem a padronização existente, o motorista iria precisar aprender as novas regras, 
perdendo um tempo gigantesco para conhecer a nova padronização para permanecer 
poucos dias em um lugar em específico.
 A normatização para o desenho técnico segue a mesma linha de raciocínio, imagine 
várias empresas diferentes cada uma com a sua norma padrão para um desenho técnico. 
O desenhista ou leitor de desenhos precisaria aprender a cada nova empresa, as novas re-
gras para leitura e interpretação de desenhos dentro de suas diretrizes. A normatização é 
importante principalmente pela padronização da atividade, mas também na alfabetização 
do público que executa esse trabalho.
 Como visto anteriormente, o desenho técnico é uma forma de comunicação. Repre-
senta através de elementos gráficos as características físicas de um determinado projeto. 
Por se tratar de uma ferramenta de comunicação, é necessário que seja padronizado assim 
como a língua nativa de um país, ou como as regras de trânsito, como no exemplo dado.
 Assim como o idioma nativo de um país, as normas de desenho técnico podem ser 
diferentes dependendo do local em que se está. Para desenho técnico existem as normas 
internacionais, chamadas ISO (International Organization for Standardization), que são 
normas de padronização global, isto é, não muda independente do país em que se esteja. 
Existe também a normatização internacional, utilizada nos Estados Unidos e Canadá, cha-
mada ASME (American Society of Mechanical Engineers), e as normas brasileiras licencia-
das pela ABTN (Associação brasileira de normas técnicas).
Dentro das representações ortogonais, previstas por normatização alguns países sugerem a 
representação em primeiro diedro, entretanto existem em uma minoria a representação em 
terceiro diedro. Para fins de conhecimento e leitura do desenho técnico, faz-se necessário o 
estudo e memorização das posições ortogonais nos diferentes diedros. Qual das normas bra-
sileiras abaixo apresenta a simbologia e representação ortogonal em ambos os diedros?
A. NBR 16861:2020
D. NBR 16752:2020
C. NBR 14611:2000
D. NBR 12298:1995
E. NBR 10067/1995
VAMOS PENSAR?
45
4.2 PRINCIPAIS NORMAS ABNT PARA DESENHO
 As normas brasileiras para desenho técnico foram criadas devido a necessidade de 
padronização dessa atividade como linguagem gráfica mundial. No Brasil, o órgão respon-
sável pela distribuição desses documentos é a Associação Brasileira de Normas Técnicas, 
ou pela sua sigla ABNT que é mais popularmente conhecida. A ABNT distribui e supervisio-
na grande parte das normas utilizadas em diversos segmentos no país.
As normas, tanto padrão internacional quanto nacional, podem sofrer alterações, revisões 
e cancelamentos a qualquer momento. Por isso, quando existir a necessidade de pesquisar 
uma norma específica é interessante procurar saber sobre as versões mais recentes ou can-
celamento da mesma.
FIQUE ATENTO
 No Brasil, a norma global de desenho é a NBR 10067/1995, mas existem normas au-
xiliares que determinam diversas padronizações para a execução dessa atividade. São elas: 
NBR 16752/2020 Desenho técnico — Requisitos para apresentação em folhas de desenho; 
NBR 16861/2020 Desenho técnico — Requisitos para representação de linhas e escrita; 
NBR 12298/1995 Representação de área de corte por meio de hachuras em desenhos; NBR 
8404/1984 Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos; NBR 6158/1995 
 Sistemas de tolerâncias e ajustes; NBR ISO 463/2013 Especificações Geométricas dos 
Produtos (GPS) — Instrumentos de medição dimensional — Características metrológicas e 
de projeto de relógio comparador mecânico.
4.2.1 NBR 10067/1995 - PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO 
TÉCNICO
 Essa norma foi aprovada para utilização em junho de 1995, trata-se da norma que as 
terminologias utilizadas para o desenho técnico. É a primeira norma regulamentadora que 
se deve ser estudada para o início do aprendizado do desenho técnico. A Figura 29 apre-
senta as informações gerais da norma.
Figura 29: Capa da NBR 10067/1995
Fonte: NBR 10067 (1995)
46
 Em seus tópicos a norma explicita os termos utilizados para o desenho técnico, clas-
sificando-os quanto a geometria, elaboração do desenho, pormenorização, tipo de mate-
rial empregado, técnica e execução e o modo de obtenção (NBR 10067, 1995). São os con-
ceitos básicos que devem ser aprendidos antes do estudo prático do desenho técnico. 
 
4.2.2 NBR 16752/2020 - DESENHO TÉCNICO: REQUISITOS PARA APRESENTAÇÃO 
EM FOLHAS DE DESENHO
 Essa norma foi aprovada para utilização em janeiro de 2020, trata-se da norma que 
padroniza a leiaute de folha para a apresentação do desenho técnico. Desde a padroni-
zação das margens, legenda espaço para o desenho, texto, símbolos e posicionamento 
dos elementos dentro da página. Recomenda-se que para melhor aproveitamento das 
instruções previstas por norma, consulte-se as demais normas incluindo a norma geral 
10067/1995. A Figura 30 apresenta as informações gerais da norma:
Figura 30: Capa da NBR 16752/2020
Fonte: NBR 16752 (2020)
 Em seus primeiros tópicos essa norma dita: espaçamento para o desenho, para o 
texto e para a legenda da obra. As condições para espaçamento de desenho padronizam 
a representação tanto em retrato, quanto paisagem, assim como explana que o desenho 
principal deve ser posicionado acima e à esquerda da folha (NBR 16752, 2020). 
 Um exemplo clássico desse posicionamento seria um desenho das vistas ortogo-
nais sendo complementadas por uma perspectiva isométrica, onde a perspectiva (dese-
nho principal) tomaria o espaço esquerdo superior, enquanto as vistas ortogonais seriam 
reproduzidas