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Apostila de Atualidades para PMPA - ATUALIZADA 2023 - 02

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ATUALIDADES 
Prof.: ROGÉRIO SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6.DESENVOLVIMENTO DO OESTE PARAENSE E AS 
RESERVAS INDÍGENAS: 
A formação econômica das três macrorregiões paraenses, 
oeste, nordeste e sudeste está fortemente ligada aos meios de 
transporte de mercadorias e pessoas utilizados ao longo da história 
da humanidade na idade moderna. 
Na região oeste, para reprimir holandeses e ingleses que 
haviam se estabelecido nas proximidades da foz do rio Xingu e no 
Marajó, os portugueses subiram o Amazonas e fundaram vários 
fortes militares às margens do grande rio, que deram origem as 
principais cidades da região: entre eles Gurupá, Óbidos e 
Santarém.(...) 
(...) A região oeste do Pará, constituída pelas mesorregiões 
do Baixo Amazonas e Sudoeste paraense, foi a área menos 
antropizada até o final do século XX, quando a perspectiva de 
asfaltamento da rodovia Cuiabá-Santarém e Transamazônica, nos 
anos recentes, já tem dado mostra de reprodução do processo 
verificado na banda leste do Estado, sem bem que ainda bem 
distante do quadro oriental. Apesar da formação econômica e social 
ter origem ainda no período colonial e a economia da região ter sido 
alavancada principalmente pela exploração dos recursos florestais: 
drogas do sertão (século XVII), cacau (século XVIII), borracha, juta, 
madeira, pau rosa e pimenta do reino (século XX), essa região, em 
função da conexão com Belém e o Sul do Brasil se dar somente por 
via fluvial e aérea, permaneceu, até a década de 1980, de certa 
forma protegida de exploração mais intensiva de seus recursos 
florestais, como ocorreu na Bragantina e no sudeste do Pará.(...) 
(...) Porém, em finais da década de 1970, com a descoberta do 
ouro no vale do Tapajós, a abertura das rodovias Transamazônica e 
Cuiabá Santarém esse quadro de relativa proteção natural começou 
a mudar no oeste paraense, principalmente na parte mais ocidental, 
polarizada por Itaituba e Altamira, onde a taxa de crescimento médio 
anual da população, entre 1970 e 2007, cresceu praticamente no 
mesmo ritmo alucinante do sudeste paraense, 7% ao ano, ritmo muito 
superior à média do Pará (3,3 %) e do Brasil (1,9%) no mesmo 
período. 
(PAPERS DO NAEA Nº 226. HISTÓRIA REGIONAL E 
PARTICIPAÇÃO SOCIAL NAS MESORREGIÕES PARAENSES 
Fábio Silva e Luciene de J. M. da Silva,2008) 
 A Importância de Santarém; 
A professora de história, Liduína Maia, descreve um pouco dos 
marcos destes lugares no município, desde a fundação feita pelo Padre 
João Felipe Bettendorf, em 22 de junho de 1661. 
A Praça Rodrigues dos Santos é considerada o berço da 
cidade, a praça foi a grande Ocara (praça na língua indígena) da Aldeia 
dos Tapajós. Foi no local, que o fundador de Santarém, Padre Bettendorf, 
encontrou os chefes indígenas e decidiu construir a primeira Capela de 
Nossa Senhora da Conceição. A praça é o marco zero da cidade de 
Santarém e está em cima, literalmente, da história dos índios Tapajós. 
Segundo Liduína, ali havia ocas indígenas que formavam um meio círculo 
de frente para praia. Na área, havia uma elevação de terra que 
possibilitava ver quem chegava à aldeia, portanto o local era considerado 
a área central dos indígenas. 
Economia: A História Econômica de Santarém tem seus 
primórdios nas atividades econômicas desenvolvidas pelos índios 
tupaius, que antes do conquistador português chegar realizavam a 
agricultura de subsistência, considerada a mais importante, segundo 
relato do escritor Felisberto Sussuarana. Este autor afirma que os 
principais produtos cultivados eram o algodão, o cará, a batata doce, 
o crajirú, o urucu, o cunambi, o timbó, a pupunha e, principalmente o 
milho e a mandioca. A pesca e o extrativismo animal também 
constituíam a economia local do período. 
O primeiro “ciclo” econômico de Santarém foi o das “drogas 
do sertão” – na Amazônia – cacau, cravo, salsaparrilha, baunilha, 
manteiga de ovo de tartaruga, pimentas variadas, bálsamo de 
copaíba, puxuri, anil, guaraná. A mão de obra indígena foi primordial, 
pois os índios tupaius, além de exímios caçadores e pescadores, 
eram excelentes coletores das drogas do sertão. 
 Segundo ciclo econômico, o “Ciclo” do Cacau a partir de 
1734. O terceiro “ciclo” econômico, o Ciclo da Borracha, impulsionado 
pela descoberta da vulcanização, em 1839. O quarto ciclo 
econômico, o Ciclo da Juta. Para os mercados interno e regional de 
fabricação de sacarias para embalagens 
 Na década de 70 tivemos o quinto ciclo econômico, o Ciclo 
da Pimenta do Reino, desenvolvida pelos colonos japoneses. O sexto 
ciclo econômico, o Ciclo dos Investimentos patrocinados pelo 
Governo Federal que viabilizaram a construção de estradas (BR-
163/Santarém Cuiabá e BR-230/Transamazônica), etc., 
 O sétimo ciclo econômico, o Ciclo do Ouro, que ocorreu nos 
anos 80 e trouxe mudanças socioeconômicas bastante significativas. 
(...) Atualmente a economia de Santarém está assentada 
nos setores de comércio e serviços, no ecoturismo, nas indústrias 
leves e de beneficiamento (madeireiras, movelarias, olarias, 
panificadoras, agroindústrias, beneficiamento do látex, de arroz e 
castanha, casas de farinha, beneficiamento do pescado, torrefações, 
fábricas de refrigerantes, fábricas de gelo e sabão, marcenarias, 
pequenas unidades artesanais, vestuário etc) e, principalmente, no 
setor agropecuário.*. 
 
 TURISMO: 
Manifestação cultural: Çairé: A festa do Çairé, realizada 
sempre no mês de Setembro, é uma mistura de elementos religiosos 
e profanos. Começa com o ritual mais antigo, a festa religiosa, onde a 
população da vila se divide entre homens e mulheres e entram na 
floresta para escolher uma árvore que sirva de mastro, cada grupo 
enfeita o seu com flores e frutas e os levantam na praça do sairé. A 
procissão é feita com ladainha, após tem torneios esportivos, shows 
musicais, “varrição da festa”, seguida da derrubada dos mastros e da 
“Cecuiara” (almoço de confraternização com pratos típicos de 
culinária santarena.) 
Atrativos Naturais: O encontro das águas na orla da 
cidade de Santarém é possível divisar o espetáculo das águas ocre-
argilosas do rio Amazonas e as verdes azuladas do rio Tapajós que 
correm paralelamente por alguns quilômetros sem se misturarem, por 
conta da densidade, temperatura e velocidade de cada uma*. 
Alter do Chão: Um dos distritos 
administrativos do município de Santarém, está localizado na 
margem direita do Rio Tapajós e dista do centro da cidade cerca de 
37 quilômetros. É o principal ponto turístico da cidade, abrigando a 
mais bonita praia de água doce do mundo segundo 
o jornal inglês The Guardian, ficando conhecida popularmente como 
"Caribe Brasileiro". 
* Tânia Mara Moraes Amazonas –Pós-Graduada Em Planejamento 
do Desenvolvimento Regional Pelo NAEA/UFPA) 
 
 A Soja em Santarém: 
A chegada da soja no estado do Pará, representa mais um 
grande marco na história da região, que já passou por diversos ciclos 
econômicos até a chegada do agronegócio globalizado. Em sua 
expansão, a implementação da soja passou por outras regiões até 
encontrar no Pará, a sua principal fonte de recursos terras para o 
plantio de soja. 
 Essa vasta imensidão de território disponível, que 
apresenta condições favoráveis para seu sucesso, fez com que o 
Governo Estadual, vislumbrasse na soja a possibilidade de crescer 
 
 
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economicamente e se destacar no cenário nacional, abrindo portas 
para os mercados internacionais. Para se instalar na região, o 
agronegócio globalizado da soja, contou com apoio governamental, 
que através da elaboração do Plano Plurianual do Estado do Pará, no 
ano de 1995, foram dados os primeiros passos para a chegada da 
soja no estado.(...) 
 (...) Dessa forma, o estado deu seus primeiros passos na 
produção globalizada da soja, onde os municípios de Paragominas,Ulianópolis e Santarém passaram a produzir suas primeiras colheitas 
na safra 2006/2007. (...) a partir de 1999, na elaboração do Plano 
Plurianual (PPA) 2000-2003, que levou o nome de Avante Pará: 
agronegócio o Pará investe nisso! Já colocavam a região como área 
apropriada para a expansão do agronegócio globalizado da soja, 
devido as condições de solo e clima, que favoreciam à sua 
implementação. As ações deste plano, foram traçadas através do 
Programa Pão Nosso, do Governo do Estado, e contou com apoio de 
grupos e interesses da iniciativa privada. 
(...) Com incentivos governamentais, a soja passou a se 
expandir pelo estado, levando consigo o discurso do crescimento 
econômico, bem como enaltecendo o potencial de desenvolvimento 
que tais empreendimento trariam para a região, resolvendo boa parte 
dos problemas encontrados no estado. 
Em Santarém, a soja chega na década de 1990, ocorreu 
através do grupo Quincó, que contou com apoio do Governo do Pará, 
responsável por contratar uma empresa de consultoria para introduzir 
novas variedades do grão no município . Além de incentivos do 
Estado, a soja também contou com incentivos por parte do governo 
municipal, que direcionou sua expansão para ao longo das rodovias 
Santarém – Curuá-Una (PA-370) e Santarém – Cuiabá (BR-163), 
fazendo com que a cidade de Santarém se tornasse a principal porta 
de entrada da fronteira agrícola do agronegócio globalizado da soja 
na região Oeste do Pará. Em Santarém, a soja começou a ser 
cultivada a partir do ano de 1997, e teve como um marco importante 
para a sua expansão, a construção do porto da Cargill, em 2003 
Ainda sobre o plantio de soja em Santarém, Barros (2018) 
aponta que o Banco da Amazônia (Basa) é o principal financiador do 
agronegócio no município, junto a recursos do Fundo Constitucional 
do Norte (FNO), tem financiado a logística do agronegócio na região 
Oeste do Pará. 
 Os conflitos: 
- Disputas dos latifundiários com pequenos produtores, gerando 
conflitos por conta do uso da terra. 
- Deslocamento populacional e de famílias que venderam suas terras 
para sojicultores, sendo obrigados a migrarem para outras 
comunidades, bairros, e até mesmo para outras cidades da região 
norte. 
- As transformações ambientais estão ligadas ao desmatamento da 
floresta, no uso de agrotóxicos, e consequentemente na 
contaminação de cursos de água, pois para cultivar a soja é 
necessária uma vasta área de terras, o que implica no 
desmatamento, de preparo do solo e controle de pragas, onde existe 
necessidade de uso de agrotóxicos. 
- Transtornos no cotidiano das comunidades tradicionais, que 
sobrevivem principalmente da produção familiar, nesse contexto, os 
conflitos se tornam inevitáveis, pois para estas comunidades, a soja 
não trouxe progresso, mas sim, destruição. 
(Adaptado: AS POLÍTICAS DE ESTADO PARA A INTRODUÇÃO DA 
SOJA EM SANTARÉM, PARÁ6 Marcus Vinícius da Costa Rodrigues, 
UFOPA) 
 Itaituba: 
Sua população em 2010 era de 97 343 habitantes (em 2020 
é 101.395) de acordo com o IBGE. Sabe-se que a demanda do 
município está em fase de crescimento por conta da implantação de 
Portos Graneleiros. 
A origem do nome é tupi, significando “ajuntamento de água 
da pedra”, através da junção dos termos itá (“pedra”), ‘y (“água”) e 
tyba (“ajuntamento”) 
 Francisco Caldeira Castelo Branco que, em 1616, fundou a 
cidade de Belém. Com a fundação da capitania, o governo expulsou 
os estrangeiros, tendo sido organizada várias expedições, para 
destruir os estabelecimentos que haviam sido criados e, dentre 
essas, quanto ao Município de Itaituba, a do capitão Pedro Teixeira, 
em 1626, é a mais importante, pois atingiu, pela primeira vez, o rio 
Tapajós, entrando em contato amigável com os nativos, em um sítio 
que, hoje em dia, é considerado como sendo a baía de Alter-do-
Chão. 
 Um forte, na foz desse rio, foi estabelecido por Francisco da 
Costa Falcão, em 1697, tendo os Jesuítas instalado, sucessivamente, 
as aldeias de São José ou Matapus, em 1722, São Inácio ou 
Tupinambaranas, em 1737, e Borari e Arapiuns, que se destacaram 
pelo desenvolvimento apresentado. 
Com base na documentação histórica existente, sabe-se 
que, em 1812, o lugar de Itaituba já existia, pois foi mencionado na 
relação de viagem de Miguel João de Castro no rio Tapajós, como 
centro da exploração e comércio de especiarias do Alto Tapajós. 
Com a Cabanagem e os acontecimentos ocorridos no 
período, fundou-se a Brasília Legal, em 1836, como posto de 
resistência, à margem esquerda do Tapajós., Itaituba era um 
aldeamento de índios, da dependência do Grão Pará, para onde foi 
enviado um pequeno destacamento. O tenente-coronel Joaquim 
Caetano Corrêa, por ter sido um precursor do desbravamento da 
região tapajônica, sendo considerado, inclusive, o fundador do 
Município. 
 Emancipação política: Com a Lei 266, de 16 de outubro de 
1854, a Brasília Legal recebeu a categoria de vila e, como não 
correspondeu à expectativa, a Lei 290, de15 de dezembro de 1856, 
transferiu para Itaituba a sede do Município, somente instalado em 3 
de novembro do ano seguinte. 
 A Lei 1 152, de 4 de abril de 1883, desmembra parte do 
município de Itaituba, para constituir o de Aveiro, que havia sido 
criado com a elevação da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição 
de Aveiro à condição de Município. 
Composição econômica: Outros destaques na economia de 
Itaituba são o setor industrial, a mineração, e o agropecuário. Na 
indústria é marcante a produção de produtos baseados no calcário 
(matéria-prima abundante no subsolo do município), sendo a cidade 
uma das PIB principais produtoras de cimento no País. 
 No setor de mineração, destacam-se as atividades de 
exploração de ouro no Vale do Tapajós. A instalação de grandes 
conglomerados ligados à atividade de mineração. Em meados da 
década de 1980 e início da década de 1990, tinha sua economia 
fortemente baseada na extração do ouro no Vale do Tapajós, maior 
região aurífera do oeste paraense. Nesse período, estima-se que 
tenham sido exploradas da região mais de 500 toneladas de ouro. 
 
 
 
 
 
 
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Em virtude do garimpo, o Aeroporto de Itaituba teve um dos maiores 
movimentos em pousos e decolagens de aeronaves no mundo. Com 
a decadência da exploração do ouro (no início da década de 90), a 
cidade começou a ver surgir empreendimentos ligados principalmente 
ao setor agropecuário e madeireiro. 
No setor agropecuário figuram as atividades de agricultura 
familiar e a pecuária de pequeno porte. O destaque no setor é a Feira 
Agropecuária do município, o qual movimenta milhões de reais em 
transações comerciais todos os anos no município, sendo um dos 
maiores evento do gênero no Oeste do Pará. 
 Um dos grandes entraves ao desenvolvimento econômico 
da região foi o abastecimento de energia, que até fins dos anos 1990 
representava um problema crônico para a cidade. Em 1998, a cidade 
de Itaituba passou a ser atendida pelo Projeto Tramoeste, o qual que 
leva energia produzida na Hidrelétrica de Tucuruí para diversas 
cidades no oeste paraense. 
 
 Oriximiná e Projeto Trombetas: 
Gentílico: ORIXIMINAENSE, Mesorregião: BAIXO AMAZONAS 
Microrregião: ÓBIDOS, População estimada: 74.016 - 2020 
O nome Oriximiná é de origem indígena, de procedência 
tupi, significando "o macho da abelha", o zangão. No entanto, frei 
Protásio Frinckel, conhecedor da região e de seus diversos núcleos 
de habitantes primitivos, inclina-se pela derivação de Eruzu-M'Na 
que significa "muitas praias". 
Região de grande concentração Quilombola,datam de 
1877 as primeiras notícias do desbravamento feito pelo padre José 
Nicolino de Souza, natural de Faro, neste Estado, a esta parte de 
terras firmes, situadas à margem esquerda do rio Trombetas, onde 
fundou uma povoação, designando-a Uruã-Tapera ou Mura-Tapera, 
a qual, em 1886, foi elevada à categoria de freguesia de SantoAntônio do Uruã-Tapera, pelo Dr. Joaquim da Costa Barradas, 
presidente da Província do Pará e desembargador do Maranhão. 
São imprecisos os dados quanto à vida da freguesia do 
período de sua criação até 9 de junho de 1894, quando o então 
governador do Estado, Dr. Lauro Sodré, elevou-a à categoria de 
vila, já com a denominação de Oriximiná, criando o município 
cuja instalação deu-se a 5 de dezembro de 1894 Seus limites 
agrangiam o rio Trombetas, igarapé Sapucuá e Maria Pixi, com 
respectivo lago, até a boca do igarapé Timbó, seguindo ao Centro. 
Com a extinção de Oriximiná, em 1900, o seu território foi dividido 
entre os municípios de Faro e Óbidos. 
Em 1900 foi extinto a vila de Oriximiná, sendo seu território 
anexado ao município de Óbidos, 
Foi elevado novamente à categoria de município com a 
denominação de Oriximiná, pelo Decreto Estadual n.º 1.442, de 24-
12-1934. (data de comemorações na cidade) 
Na década de 1970 ocorreu a implantação do projeto 
Trombetas, com a construção de rodovias, ferrovia, porto e uma 
company town, a vila de Porto Trombetas. 
A principal atividade econômica do município de Oriximiná 
corresponde a indústria extrativa mineral, abrigando a maior 
produtora de bauxita do Brasil com 18 milhões de toneladas anual 
(2016). Segundo o Ministério de Minas e Energia, Oriximiná possui a 
maior quantidade de reservas conhecidas no Brasil. Na década de 
1960 foram descobertas grandes reservas de bauxita na região norte 
do Brasil. 
 
 
Com isso, em 1967 foi confirmado a descoberta da bauxita 
de valor comercial às margens do Rio Trombetas através da 
Aluminas, subordinada da maior empresa de alumínio do Canadá 
Aluminium Limited of Canada (ALCAN). O interesse da ALCAN pela 
bauxita Amazônica está amplamente ligado com as mudanças 
políticas ocorridas no país em 1964. 
 
A queda do preço do alumínio em 1971 inviabilizou os 
planos de instalação de novas minas pela ALCAN. Portanto, em 
1972, a ALCAN juntamente com a Companhia Vale do Rio Doce, que 
representava o governo brasileiro, começaram as negociações com 
a intenção de prosseguir com a continuidade da implementação do 
projeto, o que culminou na criação de uma joint venture formada 
pela coligação de oito empresas sob o controle da Vale e da ALCAN 
em 1974, vigorosamente relacionado com o capital japonês. 
 Desse modo, nota-se o grande interesse da exploração 
para o mercado externo. O estabelecimento da empresa Mineração 
Rio do Norte (MRN) concretizou a exploração das jazidas de bauxita. 
 Atualmente, as comunidades indígenas e quilombolas da 
região buscam o reconhecimento oficial de seus territórios 
tradicionais. 
 
 RESERVAS INDÍGENAS: 
 Até novembro de 2010, a FUNAI registrou sessenta e nove 
(69) Terras Indígenas reconhecidas oficialmente no Pará, ocupando 
uma extensão total de 29.572.982 hectares. Do total das 69 TIs 
reconhecidas pela FUNAI, 47% (33) estão homologadas, 12% (8) 
estão identificadas e delimitadas; 29% (20) estão em estudo para 
demarcação; 6% (4) estão somente demarcadas; o restante 6% (4) 
está em situação especial. 
 
 Mesorregião Indígena: Santarém/Itaituba: 
As oito Terras Indígenas oficialmente reconhecidas e 
delimitadas pela FUNAI (Praia do Mangue, Praia do Índio, 
Munduruku, Sai Cinza, Andirá-Marau, Kaybi, Bragança-Marituba e 
Munduruku--Taquara) da mesorregião Santarém/Itaituba não 
possuem grandes extensões territoriais quando comparadas a outras 
TIs das mesorregiões Redenção e Oriximiná/Tumucumaque. Sua 
área totaliza 2.386.443 hectares, representando 8% da extensão 
territorial das TIs do Pará. 
Essas Terras Indígenas estão localizadas nos municípios de 
 
 
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Aveiro, Barreirinha (AM), Itaituba, Jacareacanga, Santarém, Distrito 
de Alter do Chão, Belterra e Trairão. A população das oito TIs perfaz 
um total de 14.327 indígenas, o maior agregado populacional 
indígena do estado. 
A microrregião de Itaituba é habitada por índios das etnias 
Sateré Mawé, Kayabi, Apiaká e Munduruku; e a de Santarém 
habitada pelas etnias Arara Vermelha, Arapium Borari, Tapajó, 
Tupaiu, Tapuia, Kumaruara, Munduruku-Taquara, Apiaká, Jaraqui e 
Tupinambá.(...) 
A distribuição espacial das TIs dessa região é diversificada. 
Podemos encontrar terras indígenas de diminuta e mediana extensão 
territorial onde a maioria se encontra dispersa em forma de 
fragmentos territoriais, como na microrregião de Santarém. Além de 
outras poucas contíguas, tais quais às da microrregião de Itaituba na 
fronteira Pará/Mato Grosso. 
 Já as TIs Praia do Mangue e Praia do Índio possuem 
pequenas dimensões territoriais e estão situadas no perímetro urbano 
da cidade de Itaituba, sendo que os indígenas aí se fixaram após 
terem se afastado do seu hábitat natural, distante 400 km do Rio 
Tapajós, estando sob influência direta dos impactos e pressões da 
Rodovia Federal BR-163. 
As Terras Indígenas de Kaybi e Munduruku estão 
ameaçadas pela possível implantação de projeto de um grande 
complexo hidrelétrico (Teles Pires), a ser implementado na divisa dos 
estados do Pará e Mato Grosso, afetando diretamente os municípios 
de Paranaíta, Jacareacanga e Alta Floresta. 
 
 Mesorregião: Tumucumaque/ Oriximiná: 
Na mesorregião Tumucumaque/ Oriximiná, localizada no 
extremo norte do Pará, podemos encontrar 5 (cinco) Terras 
Indígenas: Trombetas-Mapuera, Nhamundá-Mapuera, Parque do 
Tumucuma que, Zo’é e Paru de Este) com grandes dimensões 
territoriais, perfazendo um total 9.961,269 hectares, representando 
aproximadamente 34% do total dos territórios indígenas do Estado do 
Pará. 
A população compreende 4.924 indígenas, sendo formada 
por diversificados povos, tais quais: Aparai, Akuriyó, Kaxuyana, Tiriyó, 
Wayana, Hixkaryana, Waiwai, Katuena, Zo’e, Mawayana e Xerew 
Wapyxana, os Tiriyó, Tunayana e índios isolados, em sua grande 
maioria falantes de línguas e dialetos pertencentes à família 
linguística Karib, com exceção dos Zo’é, falantes de uma língua da 
família Tupi--Guarani do tronco Tupi. 
A maior porção dessas Terras Indígenas está localizada nos 
municípios paraenses de Oriximiná, Almeirim, Óbidos, Monte Alegre, 
Alenquer, Faro, e uma pequena porção em municípios de outros 
estados, tais como: Caroebe (RR), São João da Baliza (RR) Urucará 
(AM), Nhamundá (AM). 
As TIs dessa região também formam um grande mosaico 
de áreas protegidas (Mosaico da Calha Norte) estando articuladas a 
Terras de Quilombos e Unidades de Conservação de diversificadas 
categorias, e sendo administradas em sua maioria pelo Governo 
Estadual. 
As UCs estaduais: Florestas Estaduais de Faro, Trombetas 
e Paru, Estação Ecológica (ESEC) do Grão Pará e Reserva Biológica 
(REBIO) Maicuru totalizam mais de 12 milhões de hectares de áreas 
protegidas no bioma amazônico. Estas UCs estaduais somadas às 
UCs federais e às Terras Indígenas existentes nessa região, formam 
o maior bloco de florestas protegidas do mundo, área que 
corresponde a 22 milhões de hectares. 
Esse mosaico de áreas protegidas da Calha Norte liga o 
Corredor Central da Amazônia ao Corredor de Biodiversidade do 
Amapá, formando o maior corredor de biodiversidade do planeta. 
Desta forma, estas Terras Indígenas estão inseridas num vasto 
projeto político de conservação, que incluem a interface e os 
relacionamentos entre diferentes corredores ecológicos, 
proporcionando o intercâmbio ecossistêmico e possibilitando o fluxo 
gênico entre espécies animais e vegetais. 
 
 Algumas Reservas do Oeste Paraense: 
 Zoé: área de 668572.9867ha, situação declarada, na cidade de 
Óbidos; 
 Parque do Tumucumaque: área de 3071067.8764 ha, situação 
regularizada e fica na região das cidades: Alenquer, Almeirim, 
Óbidos, Oriximiná e Laranjal do Jari(AM), 
 Rio Paru D´Este: área de 1195785.7917ha, Regularizada nas 
cidades de Alenquer, Almeirim, Monte Alegre. 
 Andirá-Marau: área de 788528 ha, regularizada, região de Aveiro, 
Itaituba,Barreirinha(AM), Maués(AM), Parintins(AM); 
 Munduruku com área de 2381795.7765 ha, regularizada, na 
cidade de Jacareacanga; 
 
 EXERCÍCIOS: 
01. (Prof. Walter) O principal e mais populoso município do Oeste do 
paraense é: 
A) Altamira 
B) Oriximiná 
C) Paragominas 
D) Santarém 
E) Marabá 
 
02. (Prof. Walter) O maior município da região oeste do Pará e que 
passou por grandes transformações com a obra de uma gigantesca 
Usina é: 
A) Altamira 
B) Oriximiná 
C) Vitória do Xingu 
D) Santarém 
E) Jacareacanga 
 
03. (Prof. Walter) O município da região Oeste do Pará e que se 
destaca pela produção de bauxita é: 
A) Altamira 
B) Oriximiná 
C) Vitória do Xingu 
D) Santarém 
E) Jacareacanga 
 
04. (Prof. Walter) A rodovia federal que corta a região no sentido sul-
norte e se constitui num vetor de expansão da fronteira agrícola na 
região oeste do Pará é a 
A) Transamazônica 
B) PA 150 
C) Cuiabá-Santarém 
D) Cuiabá-Porto Velho 
E) Ferrogrão 
 
 
 
 
 
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05. (FADESP-CFOPM) O mapa abaixo representa uma tendência da 
fragmentação territorial do Estado do Pará. 
 
 A respeito da mesma, constata-se que 
A) se trata de uma tendência econômica, que configura uma nova 
regionalização pautada nas frentes de expansão recentes. 
B) indica propostas de criação de novos estados a partir do território 
paraense, todas resultantes do processo de reestruturação 
socioeconômica e política do espaço. 
C) corresponde a uma divisão político-administrativa que tende a 
substituir as mesorregiões geográficas para fins de planejamento e 
gestão. 
D) corresponde a nova tendência de configuração do ecossistema 
florestal, alterado a partir do processo de devastação ocorrido nas 
últimas décadas no espaço paraense. 
 
06. (FADESP-PMU-2016) Uma das causas mais evidentes da 
violência contra os povos indígenas no Brasil e a (o): 
(A) luta interna entre as nações indígenas adversarias. 
(B) agilização da demarcação das terras indígenas. 
(C) preconceito na forma de racismo contra as diversas etnias. 
(D) aculturação tecnológica dos índios. 
 
07. (SD-PM-PA-21) A política de ocupação de terras devolutas ou 
povoadas por indígenas na região amazônica foi bastante 
controversa. Conflitos entre posseiros, indígenas e grileiros a serviço 
de latifundiários causaram muitas mortes e devastação da floresta. 
Essa dura realidade levou os irmãos Villas Boas e o marechal 
Rondon a trabalharem junto ao governo federal para o 
desenvolvimento de um programa de proteção aos povos indígenas. 
O resultado desse esforço político e coletivo, durante o século 20, foi 
o (a) 
a) plano federal de doação e ocupação das terras indígenas para os 
latifundiários. 
b) retirada de todos os grileiros da região amazônica. 
c) retirada dos povos indígenas da região norte do Brasil. 
d) reforma agrária ampla na região amazônica. 
e) criação de reservas indígenas. 
 
 
 
08. (SD-PM-PA-21) O Serviço Especial de Mobilização de 
Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA), como órgão do governo 
encarregado do recrutamento e do encaminhamento de nordestinos 
para a Amazônia, teve como determinantes primários para a sua 
proposição iconográfica a economia de guerra e a obtenção de 
a) ouro. 
b) prata. 
c) borracha. 
d) ferro. 
e) madeira. 
 
09. Quanto às características gerais do Oeste Paraense podemos 
afirmar: 
a) Todos os seus municípios destacam-se economicamente pelo forte 
setor terciário, destacando-se Juruti com a transformação da Bauxita 
em Alumínio. 
b) Os municípios de São Felix do Xingu e Marabá são destaque 
nacionais quanto à pecuária, sendo os maiores exportadores de boi 
vivo do Estado, no entanto, tudo isso trouxe consequências sociais 
para as populações indígenas. 
c) Senador José Porfírio no Baixo Amazonas destaca-se 
negativamente no cenário estadual, apresentando altas taxas de 
homicídios nos últimos anos, por outro lado, Altamira apresentou 
baixas taxas de homicídios no mesmo período. 
d) Quatro cidades têm destaques econômicos: Oriximiná (com 
exploração de Bauxita) e Santarém (forte no Turismo) no Baixo 
Amazonas; Altamira (produção energética) e Itaituba (exploração do 
ouro) no Sudoeste. 
e) A região passa nos últimos anos por grande desenvolvimento 
econômico, acarretando o aumento do PIB per capita e assim 
diminuindo as desigualdades sociais, destaque para três cidades 
nesse processo: Santarém, Altamira e Jacareacanga. 
 
10. Quanto às reservas indígenas do Oeste Paraense é correto 
afirmar: 
a) A mesorregião tumucumaque/Oriximiná destaca-se pela grande 
população residente, dentre eles os grupos kayapó, que vivem em 
constantes migração para o nordeste do Estado. 
b) A mesorregião tumucumaque/Oriximiná possui 10 terras indígenas, 
sendo duas na aérea urbana de Itaituba e possuindo a maior área de 
preservação ambiental do Estado. 
c) A mesorregião tumucumaque/Oriximiná apresenta terras indígenas 
com grandes dimensões territoriais, localiza-se na área de fronteira 
com Mato Grosso, formando assim o maior corredor de 
biodiversidade do planeta. 
d) A mesorregião Itaituba/ Santarém possui 5 terras indígenas, 
caracterizando-se principalmente com apresentar um mosaico de 
áreas de preservação ambiental, como exemplo a floresta nacional 
do Tumucumaque. 
e) A mesorregião Itaituba/ Santarém apresenta 8 terras indígenas, 
inclusive com grande número na região de Jacareacanga e apresenta 
o maior agregado populacional indígena do estado. 
 
7. MOVIMENTOS SOCIAIS NA AMAZÔNIA: 
Há algumas décadas, os movimentos sociais passaram por 
um processo de aumento de importância frente ao cenário político 
mais amplo. Especialmente nos últimos vinte anos, verificamos o 
crescimento numérico e em termos de visibilidade das organizações 
que podem ser chamadas de ‘associações sem fins lucrativos’, 
 
 
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‘organizações não governamentais’, ‘movimentos populares’ ou 
mesmo ‘movimentos sociais’. A nomenclatura utilizada pelas 
instituições é expressiva de uma história que remonta à década de 
1970 (iniciativas como ‘educação de base’, ‘educação popular’, 
‘promoção social’, por exemplo). Nos anos 1990, a nomenclatura 
passa por reformulações importantes rumo à institucionalização, 
quando o termo privilegiado passa a ser ‘organizações da sociedade 
civil’ ou ‘não governamentais’. 
Nas últimas década, algumas organizações (especialmente 
as da Amazônia) se fortaleceram com relativa profusão de recursos e 
financiamentos internacionais, fruto de acordos bilaterais obtidos no 
contexto da ECO-921 . O processo de profissionalização dos 
movimentos sociais, sem dúvida é fruto da necessidade de 
gerenciamento destes recursos e do estabelecimento de diálogos 
internacionais. 
Enfocar os movimentos sociais – sua formação, o modus 
operandi e suas estratégias – como possibilidade de compreender a 
Amazônia me parece um caminho importante. Entendendo como 
‘movimento social’ as formas associativas e reivindicativas que 
demandam ações por parte de setores da administração pública, 
torna-se possível contribuir para a discussão acerca dos processos 
de formação do Estado , bem como suas configurações próprias, 
contextuais e históricas. Ademais, o estudo da dinâmica dos 
movimentos sociais permite acompanhar o caminho rumo ao 
desdobramento e à especificação de direitos, cujo ponto nodal é o 
pertencimento identitário. 
(Paula Mendes Lacerda Universidade Federal do Rio de 
Janeiro/Museu Nacional RJ) 
 Principais Movimentos na Amazônia: o Movimento dos 
Trabalhadores Sem Terra, Xingu Vivo, Atingidos pelas Barragens, dos 
Seringueiros, Movimento das Comunidades Tradicionais, Sindicato 
dos Trabalhadores Rurais, dos Quilombolas, dos Povos Indígenas; 
 
 Atingidos Por Barragens: 
 O Movimento dos Atingidos por Barragens tem uma longa história de 
resistência, lutas e conquistas.Nasceu na década de 1980, por meio 
de experiências de organização local e regional, enfrentando 
ameaças e agressões sofridas na implantação de projetos de 
hidrelétricas. Mais tarde, se transformou em organização nacional e, 
hoje, além de fazer a luta pelos direitos dos atingidos, reivindica um 
Projeto Energético Popular para mudar pela raiz todas as estruturas 
injustas desta sociedade. Enquanto organização, somos fruto de um 
longo trabalho de construção coletiva. Por não aceitarmos injustiças, 
a destruição da natureza e termos certeza de que podemos viver de 
uma forma melhor, nós nos organizamos e lutamos, com muito 
sacrifício, enfrentando inimigos poderosos que só nos exploram, 
oprimem e nos expulsam de nossas comunidades.( 
https://mab.org.br/quem-somos) 
 
 XINGU VIVO: 
 O Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) é uma 
organização social que desde 2008 atua na região de Altamira e nas 
áreas de influência do projeto da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. 
É uma das principais forças que se opuseram à instalação da usina 
no rio Xingu, atuando com organizações territoriais, comunidades 
tradicionais, pescadores, ribeirinhos, movimentos de mulheres, 
trabalhadores e moradores das periferias, entre outros, contando com 
o apoio de organizações locais, estaduais, nacionais e 
internacionais. 
 Após o término da construção de Belo Monte, o Movimento 
Xingu Vivo segue acompanhando as comunidades afetadas, 
denunciando violações de direito, trabalhando com os Núcleos 
Guardiões, o Conselho Ribeirinho do Xingu e os movimentos de 
mulheres da região, além de acompanhar, monitorar e pressionar os 
órgãos e políticas públicas em Altamira e na Volta Grande do Xingu. 
 
Quantas pessoas foram afetadas pela hidrelétrica? 
 Além dos mais de 300 mil habitantes dos municípios de 
Altamira, Senador José Porfírio, Porto de Moz, Anapu, Vitória do 
Xingu, Medicilândia, Gurupá, Brasil Novo, Placas, Uruará e Pacajá, 
das 14 mil pessoas que vivem nas Resex do Rio Iriri, Riozinnho do 
Anfrísio, Verde para Sempre e Médio Xingu, e das 21 comunidades 
quilombolas da região, pescadores, pequenos agricultores, 
garimpeiros e outros que são afetados pela usina. 
De acordo com o projeto inicial da obra, cerca de 20 mil pessoas 
foram desalojadas de suas terras e casas, mas o número pode 
chegar a 40 mil pessoas, de acordo com especialistas que 
acompanham o projeto. 
 
Quantas terras indígenas são afetadas por Belo Monte? 
 A Bacia do Xingu é habitada por 24 etnias que ocupam 30 
Terras Indígenas (TIs), 12 no Mato Grosso e 18 no Pará. Todas estas 
populações foram direta ou indiretamente afetadas à medida que o 
Xingu e sua fauna e flora, além do seu entorno, são alterados pela 
usina. Na região de influência direta da usina, são diretamente 
impactadas: a TI Paquiçamba, dos índios Juruna, e a área dos Arara 
da Volta Grande, que se situam no trecho de 100 km do rio que teve 
sua vazão drasticamente reduzida. 
 Já a área indígena Juruna do KM 17 fica às margens da 
rodovia PA 415, e foi fortemente impactada pelo aumento do tráfego 
na estrada e pela presença de um dos canteiro de obras. Por outro 
lado, as TIs Trincheira Bacajá, Koatinemo, Arara, Kararaô, Cachoeira 
Seca, Arawete e Apyterewa, Xipaya e Kuruaya também sofrem 
impactos como escassez de pesca, pressão de desmatamento, 
pressão da migração de não-índios, pressão fundiária, epidemias de 
dengue e malária, entre outros. 
 Segundo o governo, há ainda registros de grupos indígenas 
isolados em três áreas do Xingu: na Terra do Meio, entre os rios Iriri e 
Xingu e a Transamazônica; entre os rios Iriri e Curuá e daí até a Br-
163; e na Bacia do rio Bacajá. Tratam-se de grupos que vêm sendo 
pressionados pelo avanço da ocupação da região. 
 Comunidades de 5 municípios trancam a Transamazônica 
por liberação de água no Xingu. 9 de novembro de 2020. 
Em protesto contra vazão ineficiente para que ocorra a 
piracema – período em que os peixes migram para a cabeceira dos 
rios para se reproduzirem – 150 pessoas impediram o fluxo de 
automóveis no km 27 da BR-230. Nível do rio é controlado pela 
barragem da hidrelétrica de Belo Monte. Escassez de água, além de 
impedir a piracema, dificulta navegação no Rio Xingu e produção de 
alimentos pelas comunidades locais. 
 Na manhã desta segunda, 9, cerca de 150 pescadores, 
ribeirinhos, pequenos agricultores e indígenas Curuaya e Xipaya dos 
municípios de Altamira, Senador José Porfírio, Brasil Novo, 
Anapu e Vitória do Xingu ocuparam o KM 27 da Transamazônica 
em um protesto contra a Norte Energia, concessionária da hidrelétrica 
de Belo Monte no Pará. De acordo com os manifestantes, o ato exige 
a liberação, entre novembro de 2020 e março de 2021, de água 
suficiente para possibilitar a ocorrência da piracema (reprodução dos 
peixes) em 2021 na Volta Grande do Xingu. 
 
 
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 A vazão normal da Volta Grande do Xingu, um trecho de 
cerca de 100 km do rio, foi alterada drasticamente desde o início do 
funcionamento de Belo Monte, uma vez que as águas são desviadas 
para as turbinas da usina. A Norte Energia propôs a liberação de um 
volume de água considerado de longe insuficiente para a reprodução 
da fauna. 
 De acordo com os manifestantes, o baixo nível de água da 
Volta Grande impediu a ocorrência da piracema nos últimos dois 
anos, o que está provocando um vertiginoso despovoamento de 
peixes do rio e uma consequente crise na segurança alimentar e na 
renda de quem vive da pesca.(...) 
 Ainda segundos os manifestantes, o protesto desta 
segunda exige que o Ibama suspenda a Licença de Operação de 
Belo Monte até que a Norte Energia garanta uma vazão mínima de 
16.000 m³/s na Volta Grande do Xingu para que a reprodução da 
fauna e da flora seja garantida no período da piracema. 
 
 MST: 
 O MST existe formalmente desde 1984, e veio para o Pará 
já dentro de um esforço nacional do movimento, então recém-
constituído. Nesse período, no Estado, já existiam lutas pela terra, de 
forma espontânea. O que caracterizava os conflitos aqui era a luta 
posseira, para a garantia da sobrevivência: uma família, o lote e a 
arma. A violência foi uma das características fundantes do Pará. A 
disputa pelo território. 
 É importante lembrar que na década de 1970 vários 
projetos de colonização foram implementados no Estado, 
principalmente no sul e sudeste e na região do Baixo Amazonas, por 
governos da ditadura militar. Eles procuravam garantir a presença 
física na Amazônia, com objetivos como salvaguardar a fronteira da 
invasão estrangeira. 
 Mas um elemento fundamental nessa região é a presença 
da grande pecuária e da indústria madeireira, que num projeto 
consorciado procuraram ocupar o território. Tanto é que eles foram 
responsáveis por crimes ambientais e trabalho escravo em todo o 
Pará. 
 O MST, então, vem para a região com uma proposta nova. 
De construção dos assentamentos, mas não somente eles. Com o 
objetivo de construir comunidades que se auto-organizem e façam do 
território um espaço de gestão que vai entrar em disputa com esse 
grande projeto do capital. 
As primeiras ocupações do MST não tinham essa 
característica dos assentamentos como comunidades com atuação 
em diversas esferas da vida humana, em áreas como educação, 
produção organizada, cultura popular e saúde comunitária. Nós 
fomos agregando esses elementos no decorrer de nossa história, 
desde 1990, quando houve a primeira ocupação no município de 
Conceição do Araguaia, um assentamento de 100 famílias. 
 esses assentamentos procuram ser comunidades 
embrionárias de um novo projeto de desenvolvimento para a 
Amazônia. Porém, nós estamos enfrentando um cerco muito grande. 
Isso porque aquela ocupação de território na Amazônia, antes 
capitaneada pela indústria madeireira e pela pecuária de corte, vem 
cedendo lugar a uma nova forma de ocupação. 
O capital se aperfeiçoou nessa região, e atualmentequem 
procura disputar território com as comunidades camponesas são as 
indústrias transnacionais, que ganharam espaço na década de 90, 
com o neoliberalismo. 
 Casos como o da Cargill, empresa que tem um porto maior 
do que o porto da Companhia Docas do Pará, na cidade de 
Santarém. Também existem aqui as grandes mineradoras, como a 
Alcoa, que inaugurou uma indústria de bauxita na região de Juruti. As 
empresas estão disputando território hoje na Amazônia. 
 
 SERINGUEIROS: 
 O movimento dos seringueiros tem sido interpretado como 
um movimento local, que eclodiu no Brasil em torno de questões 
fundiárias. Naquele período, a Amazônia passava por um processo 
de "modernização", marcado pela implementação de projetos 
respaldados por instituições internacionais, prejudicando a situação 
dos seringueiros. Inicialmente, estes atores mobilizaram-se pelos 
seus direitos pela terra. Mas sua percepção alterou-se nos anos 80, 
na medida em que entraram em contato com atores externos ao 
movimento e formaram redes transnacionais em torno de uma 
questão entendida à época como um problema global: o 
desmatamento da floresta tropical. Estas redes trabalharam juntas 
em campanhas, pressionando o governo brasileiro por meio de 
instituições internacionais com o objetivo de preservar a Amazônia. 
 Caso Chico Mendes: A substituição da borracha pela 
pecuária (dec. 70) levou à especulação fundiária e ao desmatamento 
de grandes extensões de terras impedindo a permanência nos 
seringueiros na floresta. 
 Em 1976, sob a liderança de Wilson Pinheiro, os 
seringueiros inventaram os “empates às derrubadas”: eles reuniam 
suas famílias, iam para as áreas ameaçadas de desmatamento, 
desmontavam os acampamentos dos peões e paravam os 
motosserras. Em decorrência desse movimento de resistência, em 
1980 Wilson Pinheiro foi assassinado dentro da sede do Sindicato, 
em Brasiléia. 
 Em 1983 Chico foi eleito presidente do STR de Xapuri e 
intensificou sua luta pelos direitos dos seringueiros, pela defesa da 
floresta e pela luta política contra a ditadura e pelos direitos dos 
trabalhadores. 
 Entre 1987 e 1988 Chico Mendes ganhou o Global 
500,Eprêmio da ONU, na Inglaterra, e a Medalha de Meio Ambiente 
da Better World Society, nos Estados Unidos e deu entrevistas aos 
principais jornais do mundo. Mas ao mesmo tempo em que Chico 
conquistava o respeito internacional, era mais ameaçado em Xapuri. 
Os empates terminavam em prisão. As promessas de regularização 
dos conflitos fundiários não se concretizavam. A ideia de criação de 
reservas extrativistas se arrastava na burocracia federal. 
 Em 22 de dezembro de 1988, em uma emboscada nos 
fundos de sua casa, ele foi assinado a mando de Darly Alves, grileiro 
de terras com história de violência . A forte reação e pressão da 
opinião pública levaram à condenação dos criminosos em 1990, fato 
inédito na justiça rural no Brasil. 
 As primeiras Reservas Extrativistas foram criadas em março 
de 1990 eliminando conflitos, concretizando o sonho de Chico 
Mendes de ver a floresta valorizada e assegurando uma perspectiva 
de futuro aos filhos dos seringueiros e extrativistas. 
 
 QUILOMBOLAS 
Apesar dos grandes avanços registrados, persistem muitas 
dificuldades no efetivo controle e na participação social das 
organizações quilombolas na elaboração, acompanhamento e 
monitoramento das políticas públicas para as suas comunidades. 
Nesse sentido, vários esforços têm sido demandados nas últimas 
décadas, envolvendo diferentes atores sociais, sejam eles 
 
 
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governamentais em suas diferentes esferas (federal, estadual e 
municipal), ou agentes da sociedade civil (organizações não 
governamentais, universidades, quilombolas, população indígena 
etc), para que os direitos desse grupo e dos demais, que formam a 
sociedade brasileira, sejam garantidos. 
Propriedade Quilombola são terras ocupadas por 
remanescentes das comunidades dos quilombos e utilizadas para a 
garantia de sua reprodução física, social, econômica e cultural 
(Decreto 4.887, de 20 de novembro de 2003). Consideram-se 
remanescentes das comunidades dos quilombos os grupos étnico-
raciais, segundo critérios de auto atribuição, com trajetória histórica 
própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção 
de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão 
histórica sofrida. A caracterização dos remanescentes das 
comunidades dos quilombos será atestada mediante autodefinição da 
comunidade. 
 No Pará, um dos agentes ativos na luta pela garantia dos 
direitos dos quilombolas tem sido o Núcleo de Altos Estudos da 
Amazônia – NAEA/UFPA. As pesquisas desse Núcleo têm orientado 
muitas discussões no Estado e balizado a atuação de várias 
comunidades e governantes. Além desse e demais centros de 
estudos, o Pará contava com o Programa Raízes, criado em 12 de 
maio de 2000 através do decreto nº 4.054, que orientava suas ações 
a partir de “quatro eixos principais: titulação das terras de quilombo; 
apoio a projetos sustentáveis em terras indígenas e quilombolas; 
projetos de valorização da cultura e de capacitação em educação 
para quilombolas e povos indígenas; e infraestrutura física e social. 
Agrega-se a essas instituições, o Instituto de Terras do Pará – 
ITERPA. 
 . 
 Sujeitos envolvidos nos Conflitos: 
 Posseiros são agricultores que cultivam pequenos lotes, 
geralmente há muitos anos, mas não possuem o título de 
propriedade da terra. Eles têm a posse da terra, mas não os 
documentos legais registrados em cartórios, que garantem a sua 
propriedade. São vítimas de fazendeiros e empresas. 
• Grileiros são agentes de grandes proprietários de terras que se 
apropriam ilegalmente de extensas porções de terras, mediante a 
falsificação de títulos de propriedade. Com a ajuda de capangas e 
jagunços, expulsam posseiros e índios das terras. As terras “griladas” 
passam ao controle dos novos “proprietários”. 
• Empresários são pessoas ou empresas que adquirem enormes 
extensões de terra na Amazônia, algumas vezes com títulos de 
propriedade duvidosos. 
• Jagunços são homens armados, contratados por grileiros, 
empresários ou empreiteiros para patrulhar suas terras e expulsar 
posseiros ou indígenas. 
• Empreiteiros são pessoas que contratam os trabalhadores para as 
grandes fazendas. São também chamados de “gatos” ou 
intermediários. 
• Peões são trabalhadores rurais, recrutados pelos “gatos”. Ganham 
baixos salários e, muitas vezes, trabalham sem carteira assinada, 
não se beneficiando dos direitos trabalhistas. Eles se iludem com 
promessas de um enriquecimento que nunca acontece e ficam 
sempre devendo ao patrão, não podendo deixar o emprego. 
 
 
 
 
 EXERCÍCIOS: 
01. (FADESP-SDPMPA-2016) Os movimentos sociais na Amazônia, 
de modo geral, têm como uma de suas características 
A) formas de mobilização fortemente influenciadas pela igreja 
católica. 
B) modelos de ação que comumente convergem para a violência. 
C) a inexistência de vínculos com a realidade ambiental da região. 
D) a formação de lideranças com orientação ideológica maoísta. 
 
02. (IADES-SUDAM) Entre os anos de 1970 e 2000, a população 
amazônica quase triplicou, em decorrência de elevadas taxas anuais 
de crescimento, sempre superior à média brasileira. 
 Acerca das características demográficas da Amazônia 
Legal, assinale a alternativa correta. 
A) Em termos de composição da população por sexo, há predomínio 
da população masculina, que representa aproximadamente 56 % da 
população. 
B) O crescimento da população tem sido maior no meio rural que no 
urbano. 
C) A criação de novos municípios após a Constituição de 1988 gerou 
um processo de desconcentração urbana e deslocou parte do 
crescimento urbano para cidades médias e pequenas. 
D) Após 1970, não foram verificados dados significativos em relação 
à migração inter-regional para composição da população. 
E) A distribuiçãoentre os estados apresenta um perfil concentrador, 
em que o estado do Amazonas contribui com mais de 25% da 
população da região amazônica. 
 
03. (IADES-SUDAM) Em relação às áreas em destaque no mapa 
acima apresentado, assinale a alternativa que apresenta a região na 
qual se concentram as unidades de conservação e terras indígenas. 
 
A) Centro-Oeste. B) Norte. C) Nordeste. D) Sudeste. E) Sul. 
 
04. (FADESP-SDPM) Um dos fatos mais relevantes da Amazônia 
pode ser considerado o fato de 
A) possuir um dos processos de desmatamento mais baixos do 
mundo, diminuindo, sobretudo, entre 1991 e 2004. 
B) ter a atividade turística como principal fonte de captação de 
recursos e estratégia de desenvolvimento sustentável. 
C) abrigar a maioria dos povos indígenas do Brasil, inclusive com a 
existência de grupos sem contato com o mundo exterior. 
D) possuir e executar uma complexa política de deslocamento de 
pessoas e cargas, por meio de uma extensa logística intermodal de 
transportes. 
 
 
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05. (FGV) Segundo dados da Comissão da Pastoral da Terra, em 
2018 houve um aumento no número de conflitos pela terra na Região 
Amazônica. Segundo a CPT, os conflitos sinalizam o avanço da 
fronteira agrícola. 
 
 Sobre a elevação do número de pessoas envolvidas em 
conflitos na Região Amazônica, é correto afirmar que as populações 
mais atingidas pela violência são 
a) os sem-terra, as populações tradicionais, os indígenas e os 
posseiros. 
b) os mineradores, os campesinos, os empresários e os banqueiros. 
c) os quilombolas, os indígenas, os caiçaras e os grileiros. 
d) os fazendeiros, os mineradores, os posseiros e os silvícolas. 
e) os posseiros, os caiçaras, os grileiros e os madeireiros. 
 
 
 
06.(SD-PM-PA-21) Na região amazônica, os seringueiros, 
confrontados com a expansão da criação de gado e com a 
transferência de títulos de propriedade da floresta em que 
trabalhavam, criaram um método de resistência que alcançava 
resultados cada vez melhores, o empate. 
MOCELLIN, Renato; CAMARGO, Rosiane. História em debate. vol.1. 
4. ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2016, com adaptações 
 Com base nessas informações, o movimento denominado 
empate é melhor representado pela (o) 
a) criação de grupos de guerrilhas para eliminar os latifundiários. 
b) fim da exploração comercial da borracha amazônica. 
c) formação de partido político para enfrentar os latifundiários. 
d) defesa coletiva de um modo de vida constituído de lutas. 
e) treinamento de brigadas de incêndio para combater o fogo na 
floresta. 
 
07. “Balas de borracha foram usadas em ação que deixou cerca de 
20 feridos. Região de Carajás é alvo de disputas judiciais por uso do 
território. Empresa de segurança e a VALE afirmam terem agido em 
legítima defesa”. 
https://reporterbrasil.org.br/2020/06/novo-ataque-de-segurancas 
 De acordo com a reportagem, a questão agrária no Pará e 
seus conflitos podemos concluir que: 
a) A violência é um marco na região e tem hoje uma das maiores 
incidências de conflitos agrários do país e a atuação da Vale 
contribui para esse cenário. 
b) São constantes os conflitos entre a mineradora e o MST, por 
disputas de reservas minerais em Oriximiná e Juruti. 
c) As relações entre as mineradoras que atuam no Pará e os 
movimentos sociais sempre são harmoniosas e pacificas. 
d) A mineradora citada sempre está envolvida em conflitos violentos 
no Estado do Pará, o grande exemplo disso foi o caso do 
Massacre de Eldorado dos Carajás. 
e) Desde a década de 70 as mineradoras e milícias armadas no 
sudeste paraense se envolvem em violentos confrontos com o 
movimento dos trabalhadores sem-terra. 
 
08. Na região Amazônica travam-se conflitos pela apropriação e uso 
dos recursos naturais. Eles se tornam intensos a partir da década de 
1970 e 1980, quando os grandes projetos de exploração e 
beneficiamento mineral, metalúrgico, energético e agropecuário se 
estabelecem nesta parte do território nacional. Desde então, o capital 
nacional e internacional, o Estado, grupos e movimentos sociais 
organizados disputam a apropriação e o uso do subsolo, do solo, da 
água, dos bens da floresta, entre outros recursos. 
Sobre a atuação das organizações e dos movimentos 
sociais nessa região é correto afirmar: 
A) Desde a década de 1970, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) 
representa os interesses de trabalhadores rurais, posseiros e peões, 
visto que, naquele período, as lideranças populares no campo e na 
cidade eram alvo da repressão política. A regularização fundiária é a 
sua principal reivindicação e foi somente conquistada a partir do 
programa Amazônia Terra Legal do Governo Federal. 
B) O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) é um dos 
movimentos sociais críticos à matriz energética implantada na 
Amazônia, que constrói complexos hidrelétricos para atender as 
demandas dos grandes projetos de exploração e beneficiamento 
mineral, tais como Albrás/Alunorte. Sua principal reivindicação é a 
utilização de recursos renováveis como a biomassa da floresta. 
C) O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde 
1990 atua no Sudeste do Para, quando dirige as primeiras 
ocupações. Dentre suas reivindicações está a reforma agrária de 
mercado, pela qual o Movimento pressiona o Estado para que haja 
desapropriação e indenização das terras improdutivas e para que 
sejam vendidas a preços de mercado para os trabalhadores rurais. 
D) A Aliança dos Povos da Floresta é um movimento social que 
congrega povos indígenas, seringueiros, ribeirinhos, camponeses, em 
suma, todos os que têm nos recursos da floresta seu principal 
sustento. Esse movimento nasce como resposta à implantação de 
grandes projetos de exploração mineral e madeireira, e de 
beneficiamento energético, agropecuário e rodoviário, que ameaçam 
a reprodução da floresta, de seus recursos e povos. 
 
09. CARTA DOS MOVIMENTOS DO XINGU CONTRA O MODELO 
DE MINERAÇÃO BRASILEIRO: Movimentos sociais, estudantes e 
trabalhadores se reúnem em Altamira (PA) para se solidarizarem com 
as vítimas do crime da Vale em Brumadinho (MG). 
mab.org.br/2019/02/01/carta-dos-movimentos-do-xingu 
 Os movimentos sociais da Amazônia afirmam que: 
a) Expressaram preocupação com a possível instalação do projeto 
de extração de ouro da canadense Belo Sun na Volta Grande do 
Xingu. 
b) São defensores dos direitos humanos, movimentos e 
organizações populares da região Transamazônica e Médio Xingu 
são solidários às famílias e aos povos tradicionais atingidos pelo 
rompimento da barragem da Vale em Mariana (MT). 
c) Preocupam-se imensamente com a situação no Brasil, por 
apresentar 23 barragens consideradas de alto risco e alto dano 
potencial, com precárias situações estruturais, segundo a Agência 
Nacional de Mineração (ANM). 
 
 
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d) Preocupam-se com a possível liberação da implementação do 
Projeto S11D de mineração da empresa VALE, que pretende 
explorar 150 toneladas de ouro, na maior mina de ouro a céu 
aberto do país, no município de Senador José Porfírio. 
e) Exigem que sejam descomissionadas todas as barragens que 
estão em baixo risco de rompimento e que todos os projetos de 
mineração sejam paralisados. 
 
10. Quanto aos conflitos sociais e suas vítimas na Amazônia julgue 
os itens corretos: 
I – A chacina de Pau D'Arco ocorreu em 2017, dez trabalhadores 
rurais foram assassinados durante uma ação policial na 
fazenda Santa Lúcia, sudeste paraense. 
II - No ano de 2011 ocorreu o assassinato dos ambientalistas José 
Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, em Nova Ipixuna. 
III – Irmã Dorothy Stang (missionária norte-americana assassinada no 
Pará em 2005), cidade de Anapu, no assentamento Esperança. 
IV - O Massacre de Eldorado dos Carajás, 1996,ocorreu na curva do 
S, em Eldorado do Carajás, o objetivo era marchar até Belém, mas 
21 camponeses foram mortos pela Polícia Estadual. 
a) Apenas I e II. b) Apenas II e III. c) Apenas I e III. 
d) I, II e IV. e) Todos. 
10. ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS: BELÉM, 
ANANINDEUA, CASTANHAL, TUCURUÍ, MARABÁ, 
ALTAMIRA, SANTARÉM E BREVES. 
 
 1-BELÉM: 
1-História: 
Fora durante o período conhecido como “União Ibérica” 
(1580-1640), no qual ocorrera a unificação das monarquias ibéricas 
sob a direção da Coroa espanhola, que os luso-brasileiros fundaram 
a cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, em 12 de janeiro de 
1616. Após a expulsão dos franceses de São Luís, o comandante 
português Alexandre de Moura determinara que fosse realizada uma 
expedição militar para ocupar as terras do rio Amazonas, chefiada por 
Francisco Caldeira Castelo Branco. 
Iniciada em 25 de dezembro de 1615, penetrando no rio 
Pará (braço do rio Amazonas), Castelo Branco e seus companheiros 
adentraram a baia de Guajará e desembarcaram em uma ponta de 
terra da margem direita da baía, construíram um forte de madeira 
chamado de Presépio, portanto, fundado em 12 de janeiro de 1616 a 
cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará. 
O Brasil da primeira metade do século XIX passava por 
momentos muito tensos, após a abdicação de D. Pedro Primeiro foi 
instalada a Regência , Nesse período, também tivemos várias outras 
revoltas no Maranhão a Balaiada, na Bahia a Sabinada e no Rio 
Grande do Sul a Farroupilha. 
Em Belém houve a tomada do poder pelos Cabanos 
ocorreu no dia 7 de janeiro de 1835, nesse período, ainda funcionava 
a regência Trina, mas, em abril de 1835, a grande missão de sufocar 
o movimento caiu nas mãos do primeiro Regente único, o Padre 
Antônio Feijó, que depois renunciou em setembro de 1937, outro 
regente assumiu o poder, Araújo Lima, o qual foi o responsável pela 
derrota da revolução em 1840. Já que o movimento foi plural 
socialmente, automaticamente, suas causas e objetivos também 
foram diversos: Liberdade para os escravos; Questões Sociais; Luta 
contra a Regência; Eventos da Adesão do Pará e exploração secular; 
Conflitos entre elites; Autoritarismo do Presidente Provincial; 
Vingança pela Morte de Batista Campos; 
 
Já no final do século XIX e início do XX o período de apogeu 
da borracha produziu em Belém, um processo de transformação, 
adotando as feições urbanas de suas pretensas congêneres às 
margens do Tamisa e Sena. 
A capital paraense passou a ser, na época do Boom gomífero, 
o porto por onde saía a maior parte da produção amazônica da 
borracha para ser exportada para o exterior tanto que, em 1906, o 
Pará exportou 5.259.000 libras do produto dos quais 15.000.000 de 
libras exportadas por toda a região. Essas condições fizeram de 
Belém o maior centro cosmopolita da região: os personagens que 
circulavam na cidade, revestidas de fachadas Art Noveau trajavam-se 
segundo o melhor figurino do Deandy e bely-anti e, durante o período 
da guerra, cumprimentavam-se quando se cruzavam tocando as abas 
das cartolas, e saldando-se com um leve, porém, enfático, Vive La 
France! 
Belém, portanto, tornou-se sobre certos aspectos uma 
capital agitada, bem mais europeia que brasileira, dominando o 
francesismo especialmente no aspecto intelectual, reflexo da 
dependência europeia na Amazônia durante o período gomífero. De 
um lado, a dependência financeira e comercial da Inglaterra e, uma 
relação cultural intensa pela França. 
 
2-Demografia: 
População em 2021: 1.506.420 habitantes. 
Homens: 703.310 e Mulheres: 803.110. 
Taxa de fecundidade - 2021:1,34. 
 
3-Economia: 
PIB –2018 : R$32.405 bi 
Salário médio mensal - 2020: 3,5 salários. 
Mesorregião: Metropolitana e Microrregião: Belém. 
A economia de Belém é bastante diversificada. Suas 
atividades se baseiam nas atividades de comércio, prestação de 
serviços, turismo e atividade industrial – com destaque para 
indústrias alimentícias, navais, metalúrgicas, químicas, entre outras. 
A cidade de Belém é bastante dinâmica e integrada ao país. 
A cidade conta com os portos mais próximos da Europa e 
dos Estados Unidos, que movimentam muitas mercadorias 
exportadas, além de ferrovias e hidrovias que passam pela capital. 
Outra fonte rentável da economia belenense é o turismo, que 
anualmente atrai muitos turistas do país. Destaca-se na cidade as 
diversas possibilidades de cultura e lazer, relacionado ao turismo 
religioso – com destaque para procissão do círio de Nazaré-, cultural, 
gastronômico e o turismo fluvial – já que a cidade tem várias ilhas em 
seu entorno. 
Antes da pandemia o emprego formal na capital paraense 
apresentava saldos positivos, em 2019 com 1.002 pessoas admitidas 
no mercado de trabalho, de acordo com estudo realizado pelo 
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos 
do Pará (Dieese Pará), que mantém uma parceria com a Prefeitura 
de Belém para realizar serviços de pesquisa ao município. 
O supervisor técnico do Dieese, economista Roberto Sena, 
avalia que mesmo diante da situação em que o País se encontra, 
com baixa empregabilidade, Belém fecha o ano com crescimento de 
empregos. “No segundo semestre foi muito forte essa ocupação, 
principalmente no setor de serviço e no do comércio, que geraram 
muitos empregos. Isso fez com que Belém apresentasse crescimento 
e voltasse para o ranking do top dos dez municípios que mais 
geraram empregos no estado”, disse. 
 
 
 
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Os dados do Dieese apontam a movimentação do emprego 
formal por setores econômicos de atividades de janeiro a novembro 
de 2019. Ainda na análise de Sena, o que contribuiu para este saldo 
positivo foi mais dinheiro injetado na economia e mais investimento. 
“No segundo semestre tivemos um grau de recurso muito forte com a 
liberação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), do 13º 
salário, PIS (Programa de Integração Social), festividade do Círio de 
Nazaré, e isso foi elevando o grau de renda na economia fortemente. 
 
4- Social: 
IDHM 2010: 0,746 
Mortalidade Infantil [2021]: 15,40 óbitos por mil nascidos vivos. 
Segurança- 2021: 23,03 homicídios por cem mil habitantes. 
Prefeito: Edmilson Rodrigues. 
 
 2-ANANINDEUA: 
1-História: 
Ananindeua vem do tupi e ganhou esse nome por conta da 
grande quantidade de árvore chamada Anani, que produz a resina de 
cerol utilizada para lacrar as fendas das embarcações. De grande 
porte, a planta tem propriedades medicinais, serve para calafetar 
embarcações, ensebar cordas e é utilizada até mesmo na fabricação 
de tochas. 
Já o sufixo deua tem diversas significações de origem 
popular: uma diz que vem de abundância e outra que quer dizer “dar”, 
por exemplo “Deu Ananin”. A terceira versão, mais aceita entre os 
moradores, conta que ao invés de ser utilizado um ‘D’ na grafia da 
palavra era para ter sido utilizado um ‘T’, ficando ‘teua’ ao invés de 
‘deua’. 
As terras onde está situado o município de Ananindeua são 
provenientes do antigo território da circunscrição belenense, ficando 
mesmo bastante vizinhas da capital do estado. A localização de 
Ananindeua é das mais convenientes e importantes, pois, além da 
vantajosa proximidade de Belém, a atração de argumentos 
populacionais, bem como as acessíveis possibilidade de trabalho e a 
ocorrência de vias fáceis de transportes são fatores relevantes para a 
posição que ocupa. 
O primeiro registro de ocupação de Ananindeua data de 
1790, através de um engenho de cana de açúcar de propriedade do 
Conde Antônio Koma de Melo, às margens do rio Guamá (atual 
Colônia Agrícola do Abacatal). 
Na década de 1850, ribeirinhos estabeleceram-se nas 
margens do rio Maguari-Açu, fugindo do confronto da Cabanagem 
(próximo ao Distrito Industrial de Ananindeua). 
Na mesma década chegam os primeiros proprietários de 
terra, que começaram a se estabelecerem diversos pontos do 
município, tais como: Maguary, área do Distrito Industrial, 
Mocajutuba, Tropiqueira, São Sebastião (Quinta da Carmita). 
A partir de 1890, tem-se o povoamento das ilhas de 
Sassunema (1894), Ilha do Roldão (atual ilha de Santa Rosa) (1895), 
Ilha do Mutum (1896). 
Em 1883, antes da inauguração do primeiro trecho da 
Estrada de Ferro de Bragança (EFB), iniciou-se a instalação de uma 
espécie de oficina do trens, que depois houve a necessidade de se 
construir uma vila de casas para os operários da manutenção 
(localizada na área próxima a sede da Prefeitura) a Vila operária deu 
origem ao povoado de Ananindeua. 
A sua evolução remonta quando surgiu ali uma parada da 
extinta Estrada de Ferro de Bragança com o citado nome e teve 
continuidade, depois de constituída em freguesia e mais tarde em 
distrito de Belém. 
Ao longo da história Ananindeua passou por várias 
configurações administrativas, vejamos algumas: 
- 1920: Ananindeua figura no município de Belém. 
- 1936 e 1937: o distrito de Ananindeua, figura no município de Santa 
Isabel. 
- 1939-1943: o distrito Ananindeua figura no município de Belém. 
- Elevado à categoria de município com a denominação de 
Ananindeua, pelo decreto-lei estadual nº 4505, de 30-12-1943, cuja a 
instalação ocorreu em 3 de janeiro de 1944. desmembrado de Belém, 
e João Coelho (ex-Santa Isabel). 
-1961: Desmembra do município de Ananindeua, os distritos de 
Benevides, Benfica e Santa Bárbara, para constituir o novo de 
Benevides. 
 
2-Demografia: 
População em 2021: 540.410 hab. 
Homens: 255.781 e mulheres: 284.629 
Taxa de fecundidade 2021: 1,41. 
 
3-Economia: 
PIB – 2018:R$ 8.165 bi 
Salário médio mensal – 2020: 1,8 salário mínimos; 
Mesorregião: Metropolitana e Microrregião: Belém 
O Distrito: O Distrito Industrial de Ananindeua/PA, sendo 
este criado no ano de 1979 a partir do II Plano de Desenvolvimento 
Amazônico (II PDA) e teve por objetivo proporcionar o crescimento 
econômico do município pela introdução de um setor dinâmico. 
Passado trinta anos de sua criação esse empreendimento encontrou-
se muito longe daquilo que podia representar em termos de elemento 
impulsionador da economia local. Observamos, contudo, que o 
município ao longo de trinta anos cresceu economicamente não em 
função do empreendimento em foco e sim a custa da diversificação 
da sua base produtiva, a qual não teve relação com o respectivo 
Distrito Industrial. 
No ano de 2005 existiam 89 empresas no Distrito, sendo 
que destas, 40 empresas estavam trabalhando ativamente, enquanto 
que 39 estavam inativas, sem benfeitoria ou em comercialização e 10 
em construção, (SEDIC - 2005). Muitas empresas já entraram e 
saíram do Distrito, ao longo dos anos de sua existência. Por falta de 
infraestrutura básica, que deveria ser construída pelo poder público, 
essas empresas faliram ou mudaram-se para outros 
empreendimentos fora do Estado. 
 (Adaptado: Breve análise de trinta anos do Distrito Industrial de 
Ananindeua/Pa .1979 - 2009 Francisco Sergio Silva Araújo) 
 PRINCIPAIS INDÚSTRIAS: Mobiliárias, de alimentos e 
bebidas, farmacêuticas, couro, plástico, minerais não metálicos, 
papel, metalurgia, mecânica, transporte, borracha, química, de 
transporte e perfumaria: Tem marcas como Sococo, Terraplena, 
Sindmóveis, Brascomp e Juruá Florestal, entre outras. Distribuídas 
em uma área de 470 mil hectares. 
 
4- Social: 
IDHM 2010: 0,718 
Saúde: Mortalidade Infantil [2021]:15,61 
Segurança - 2021: 30,90 taxa de homicídios. 
Prefeito: Dr. Daniel – MDB 
 
 
 
 
 
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 3-CASTANHAL: 
1-História: 
O desenvolvimento do Núcleo de Castanhal começou 
mesmo a partir do momento em que o Governo decidiu dar início ao 
Projeto de construção da ferrovia que ligaria Belém e Bragança, cuja 
obra conforme a região passou a ser chamada de Estrada de Ferro 
de Bragança. 
Em 1885, os trilhos chegaram à localidade de ITAQUI às 
proximidades de APEÚ, com o coronel ANTONIO DE SOUZA LEAL, a 
quem o Governo confiara o comando de tão importante obra, a 
epidemia da febre amarela que se propagava por toda a região, esta 
última, principalmente, fez com que o Governo suspendesse por 
tempo indeterminado a referida obra. 
A chegada dos trilhos, que muitos já não acreditavam mais, 
deu um impulso espetacular para esse acontecimento, o Núcleo de 
Castanhal, por força da Lei nº. 646, de 06-06-1899, passou a 
categoria de Vila. Sua instalação solene só se deu a 15-08-1901, 
justamente na data comemorativa a Adesão do Pará à 
Independência. 
A incorporação do então território de Castanhal, ao 
município de Belém, através da lei nº. 957, de 01-11-1905. A 
conclusão da Estrada de Ferro de Bragança, que aconteceu a 01-12-
1900, constituiu-se num dos fatos mais importantes do Governo do 
Dr. AUGUSTO MONTENEGRO, ainda na 1ª. República. 
A Estação Ferroviária, cujo lançamento da pedra 
fundamental ocorreu em 02 de maio de 1904, sendo inaugurada em 
15 de agosto de 1909. Depois, através do Decreto nº. 1.276, criou o 
Grupo Escolar da Vila, a sua inauguração deu-se a 12-10-1904. 
Já na década de 30, pouco depois de um ano que Getúlio 
Vargas assumia o Poder ainda como Chefe do Governo Provisório, 
em novembro de 1930, Castanhal ganhava a sua autonomia 
municipal, através do Dec. lei de 28-01-1932, assinado pelo Major 
Interventor JOAQUIM DE MAGALHAES CARDOSO BARATA e pelo 
1º Ten. ISMAELlNO DE CASTRO. Esse mesmo Decreto revogava o 
de nº. 565, de 30-12-1931, pelo qual havia sido criado o Município de 
Santa Izabel e criava o de Castanhal. Pois na época a Vila de 
Castanhal já reunia maiores condições quanto ao desenvolvimento 
econômico. Esse ato de MAGALHÃES BARATA fez com que o povo 
castanhalense saísse às ruas ainda pequenas e agrestes, para 
festejar com muita alegria e justiça. 
Hoje Castanhal está entre as cinco principais cidades do 
Estado e figura como uma espécie de metrópole da região Nordeste 
do Pará. 
A cidade modelo tem privilegiada posição geográfica no 
mapa do Pará, sendo cortada pela rodovia federal BR-316 – a 
principal via de ligação entre a capital paraense e as regiões 
Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, item indispensável para o 
escoamento da produção. Além disso, está há um pouco mais de 60 
quilômetros de distância do porto, aeroporto e da Alça Viária, na 
região metropolitana de Belém. 
 
2-Demografia: 
População em 2021: 205.667 hab. 
Homens: 99.769 e mulheres: 105.898. 
Taxa de fecundidade:1,75. 
 
3-Economia: 
PIB – 2018: R$ 4.040 bi. 
Salário médio mensal - 2020: 1,6. 
Mesorregião: Metropolitana e Microrregião: Castanhal. 
Castanhal é o município mais desenvolvido 
economicamente no Nordeste paraense, com destaque para o 
crescimento nas áreas do comércio e indústria. De acordo com o 
IBGE, Castanhal possui 2.800 estabelecimentos comerciais e um 
número total de pessoal ocupado de 33.546, dentre os quais 30.414 
são assalariados. 
. Entre 2010 e 2016,o PIB municipal dobrou, superando a 
marca de R$ 3,6 bilhões de reais. O setor de serviços é responsável 
por cerca de metade da economia do município (56%), onde o 
comércio é a principal atividade econômica desenvolvida, incluindo o 
abastecimento de cidades adjacentes. Existe também a participação 
da administração pública (21%), do setor industrial (17%) e da 
agropecuária (5%). Por conta de suas propensões técnico-
econômicas, Castanhal tem acordos de cooperação mútua com 
cidades-irmãs, dentre elas Kochi (Japão), Cotia (Brasil), Fresno 
(Estados Unidos), Kitami (Japão), Surabaia (Indonésia) e Kuching 
(Malásia). 
Com solo, clima e temperatura favoráveis ao 
desenvolvimento, em Castanhal encontram-se sistemas de cultivos 
agropecuários formados por lavouras, pastagens, florestas e 
sistemas agroflorestais. As principais culturas produzidas em 2016 
foram cacau, dendê (12.000 ton), coco-da-baía, banana, laranja, 
limão, mamão, maracujá, pimenta-do-reino,urucum (FAPESPA, 
2017), além de outras culturas como: abacate, açaí, acerola, caju, 
cupuaçu, goiaba, graviola, pupunha, tangerina, bergamota, mexerica, 
criação de bovinos, aves, equinos, caprinos e suínos. O setor conta 
com maquinário e equipamentos como tratores, semeadeiras, 
plantadeiras e adubadeira 
 
4-Social: 
IDHM 2010: 0,673. 
Mortalidade Infantil [2021]: 11,00. 
Segurança-2021: 35,49 taxa de homicídios. 
Prefeito eleito: Paulo Titan. 
 
 4-TUCURUÍ: 
1-História: 
Tucuruí é um município brasileiro do estado do Pará. 
Localiza-se na microrregião de Tucuruí e na Mesorregião do Sudeste 
Paraense. O município é famoso por abrigar a maior usina 
hidrelétrica totalmente brasileira e a quarta do mundo: a Usina 
Hidrelétrica Tucuruí, construída e operada desde 22 de novembro de 
1984 pela Eletronorte. 
O nome Tucuruí é de origem Tupi. Língua essa das várias 
tribos indígenas que habitavam a região. Para alguns autores o 
vocábulo viria de Tucura – gafanhoto e Y – rio; assim, Tucura + y 
seria rios do gafanhotos. Fundamentado em Luiz Caldas Tuibiriça no 
“Dicionário de Topônimos Brasileiros de Origem Tupi” o verbete 
Tucurí viria de Tycu – roy – líquido frio, gelado”. 
A história de Tucuruí antes da formação do município é 
marcada pela história, dos grupos indígenas que viveram e lutaram 
nas margens dos rios que atravessam a região. As constantes 
migrações indígenas tornam essa história difícil de ser relatada. 
Somando os relatos dos missionários, bandeirantes e militares que 
viajaram pelo Tocantins nos séculos XVII e XVIII, são citadas 13 
etnias indígenas, algumas das quais se extinguiram desde aquela 
época. Quando da formação do município (antes da barragem), três 
etnias estavam presentes na região. Assurini, Parakanã (que falam 
uma língua ligada ao Macro Tupi) e Gaviões (que falam uma língua 
ligada ao Macro Jê). Nos primeiros séculos de colonização, muitas 
 
 
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expedições e exploradores desceram o rio Tocantins na tentativa de 
explorá-lo/conhece-lo. Algumas das mais conhecidas: Expedições 
francesas exploram o Tocantins, em 1610 chegam até a cachoeira do 
Itaboca; Frei Cristóvão de Lisboa, da ordem dos Capuchinhos, desce 
o rio Tocantins em 1625 (...). 
A realidade de Tucuruí depende de dois momentos 
históricos. O primeiro foi a implantação da Estrada de Ferro do 
Tocantins (1907-1973) que visava superar as corredeiras e 
cachoeiras do rio e a segunda foi a construção da “maior escultura do 
capital internacional da Amazônia” – Hidrelétrica de Tucuruí. Desses 
projetos decorreram inúmeros condicionamentos que influenciaram 
até os hábitos dos moradores de Tucuruí. 
 Divisão Administrativa: 
- 1870: Distrito criado com a denominação de Alcobaça, subordinado 
ao município de Baião. 
- 1943, o distrito de Alcobaça passou a denominar-se Tucuruí. 
- Elevado à categoria de município com a denominação de Tucuruí, 
pela lei estadual nº 62, de 31-12-1947 (período de comemorações de 
aniversário da cidade) desmembrado de Baião. 
- Sede no antigo distrito de Tucuruí. Constituído do distrito sede. 
Instalado em 25-05-1948 
- Pela lei estadual nº 158, de 31-12-1948, é criado o distrito de 
Remansão e anexado ao município de Tucuruí. 
 
2-Demografia: 
População em 2021: 116.605 hab. 
Homens: 57.441 e mulheres: 59.164. 
Taxa de fecundidade - 2021: 1,51. 
 
3-Economia: 
PIB – 2018: R$ 5.318 bi. 
Salário médio mensal – 2020: 2,5 salários mínimos. 
Mesorregião: Sudeste e Microrregião: Tucuruí. 
O Setor Terciário é majoritário no Município, 
compreendendo as atividades comerciais de venda no varejo e 
atacado e de prestação de serviço. O Comércio apresenta um 
comércio bem diversificado e distribuído, com estabelecimentos de 
gêneros alimentícios, postos de combustíveis, oficinas mecânica, 
agências bancárias, farmácias, perfumarias, casa lotérica, grandes e 
pequenos magazines, butiques, sapatarias, revendedores de 
veículos, lanchonetes, livrarias e papelarias, distribuidoras de 
bebidas, salões de beleza, lojas de autopeças, eletrodomésticos, etc. 
Os Serviços De um universo de 100% de estabelecimentos 
comerciais, 39,9% são estabelecimentos de serviços, isto representa 
o universo de 871 prestadores de serviços segundo o Departamento 
de Tributos da Prefeitura de Tucuruí (2012). 
 O Setor Secundário: Em consequência da UHE, o setor 
industrial cresceu aceleradamente no município, onde pode-se 
destacar as seguintes indústrias: Indústria de Transformação: A 
energia gerada pela Usina Hidroelétrica de Tucuruí beneficia parte da 
região Norte e algumas cidades do Nordeste. É importante ressaltar 
que a maior parte desta energia é destinada para grandes projetos 
minério-metalúrgicos, tais como: Albrás/Alunorte e o Grande Projeto 
Carajás, etc. Existe, além da UHE, acima descrita, a DOW 
CORNING Metais, instalada no vizinho município de Breu Branco, 
gera cerca muitos empregos diretos, que beneficiam diretamente o 
município de Tucuruí, graças à facilidade de acesso entre as cidades. 
Indústria Primitiva Manufatureira ou Artesanal: Compreendem 
trabalhos de artesanatos como os artigos de cerâmicas, artigos 
indígenas, cestas, balaios, jarras, esteiras, móveis e outros. 
Atualmente a produção artesanal de Tucuruí está em vias de 
valorização e reconhecimento com a criação da Associação dos 
Artistas Plásticos e Artesãos de Tucuruí. 
Setor Primário: A economia do município em épocas 
passadas era baseada unicamente na castanha-do-pará, pesca, e 
madeira. Hoje está voltada para a exportação de madeiras, indústria 
de leite, agricultura, pesca, pecuária, extração de argila, areia, couro, 
etc. O Extrativismo Vegetal Compreende trabalhos de extração de 
madeiras de lei, que são exportadas para diversos pontos do mundo, 
como Europa, América do Norte, Ásia e África, as espécies mais 
comercializadas: angelim vermelho, angelim pedra, jaguará vermelho, 
maçaranduba, estopeiro, cumarú, jatobá, curupixá, cedrarana, 
muiracatiara, bacuri, copaíba, andiroba, faveira, amarelão, ipê, 
roxinho, tatajuba, entre outras. O Extrativismo Animal: Com a 
formação do lago artificial da UHE, a atividade pesqueira obteve 
100% de crescimento. São retiradas do lago de 120 a 150 toneladas 
de peixe por mês, principalmente o tucunaré, a pescadas, o mapará, 
o jacundá, entre outros. 
 
4- Social: 
IDHM-2010: 0,666. 
Mortalidade Infantil - 2021: 15,03. 
Segurança: 29,19 homicídios por cem mil habitantes. 
Prefeito eleito: Alexandre Siqueira. 
 
 5-MARABÁ: 
1-História: 
 O povoamento da bacia do Itacaiúnas tem na formação do 
município um papel importante, porque apesar dessa região ter sido 
explorada pelos portugueses ainda no século XVI, permaneceu sem 
ocupação definitiva durante quase 300 anos. Somente a partir de 
1892 é que, de fato, o espaço foi ocupado por colonizadores. 
A denominação Marabá tem origem indígena e significa filho do 
prisioneiro ou estrangeiro, ou ainda o filho da índia com o branco. 
 Criado em 27 de fevereiro de 1913 por reivindicação da 
comunidade marabaense, o município só foi instalado formalmente 
em 05 de abril do mesmo ano, data que passou a ser comemorada 
como seu aniversário e só recebeu o título de cidade em 27 de 
outubro de 1923, através da lei 2207. 
 Em 1929, a cidade já se encontra iluminada por uma usina 
à lenha e em 17 de novembro de 1935 o primeiro avião pousa no 
aeroporto recém inaugurado na cidade. Nesse período, a cidade era 
composta por 450 casas e 1500 habitantes fixos. 
Com a abertura da PA-70, em 1969, Marabá é ligada à 
rodovia Belém-Brasília. E em 1980 a cidade é assolada pela maior 
enchente da sua história. Já restaurada, em 1988 dá início aos 
preparativos para a instalação de indústrias siderúrgicas, para 
produção de ferro-gusa, negócio que veio trazer grandes benefícios e 
expansão para o município. 
 
2-Demografia: 
População em 2021: 287.664 hab. 
Homens: 146.303 e Mulheres: 141.361

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