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ASPECTOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO uma revisão de literatura integrativa

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36
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO
PATROCÍNIO
Graduação em Enfermagem
ASPECTOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: uma revisão de literatura integrativa
Daiane da Silva Nunes
Patrocínio - MG
2022
daiane da silva nunes
ASPECTOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: uma revisão de literatura integrativa
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharelado em Enfermagem, pelo Centro Universitário do Cerrado Patrocínio.
Orientador: Profª Esp. Rafaela de Fátima Germano
Patrocínio-MG
2022
FICHA CATALOGRÁFICA
	Silva Nunes, DaianeCódigo de indexação
ASPECTOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: uma revisão de literatura integrativa. Daiane da Silva Nunes. – Patrocínio: Centro Universitário do Cerrado Patrocínio, 2022.
Trabalho de Conclusão de Curso – Centro Universitário do Cerrado Patrocínio.
 Orientador (a): Profª. Esp. Rafaela de Fátima Germano
1. Assistência de enfermagem 2. Oncologia 3. Neoplasias.
Centro Universitário do Cerrado Patrocínio Curso de Graduação em Enfermagem
Trabalho de conclusão de curso intitulado “ASPECTOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: uma revisão de literatura integrativa”, de autoria do graduando Daiane da Silva Nunes, aprovada pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores:
Profª Esp. Rafaela de Fátima Germano
Instituição: UNICERP
Prof. Titulação e nome completo do avaliador 1
Instituição: UNICERP
Prof. Titulação e nome completo do avaliador 2
Instituição: UNICERP
Data de aprovação: 
Patrocínio, de julho de 2022
DEDICO este Trabalho de Conclusão de Curso a Deus, que foi sempre minha fortaleza, aos meus familiares, por sempre me apoiarem; aos meus amigos por estarem sempre me auxiliando, e a minha orientadora Rafaela que não mediu esforços para me ajudar. É uma enorme felicidade que sinto em compartilhar com todos vocês mais uma vitória da minha vida. Obrigada por estarem sempre presentes.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pelo seu amor inesgotável e fidelidade sem limites. Por me amar e traçar planos além do que eu peço e penso para minha vida. 
Aos meus filhos e familiares. Obrigada pela compreensão e pelo apoio de vocês. Amo muito vocês.
À minha orientadora Profª Esp. Rafaela de Fátima Germano, muito obrigada por me orientar, apoiar, acreditar em mim e proporcionar à execução, com muito zelo e dedicação nas correções do meu trabalho. 
À coordenadora do curso Profª. Me. Daniela de Souza Ferreira, obrigada por me auxiliar em todos os momentos e por todos os ensinamentos. Um exemplo para a Enfermagem.
A todos os professores que passaram no decorrer do curso, dando sempre o melhor de si para cada um de nós, o meu muito obrigada.
A meus amigos Bruno e Lílian, obrigada pela amizade e aprendizados compartilhados. 
A todos que torceram e rezaram por mim, muito obrigada.
 “Há medicamentos para toda a espécie de doenças, mas, se esses medicamentos não forem dados por mãos bondosas, que desejam amar, não será curada a mais terrível das doenças: a doença de não se sentir amado.”
Madre Teresa de Calcutá
RESUMO
Câncer é um termo usado para descrever um crescimento descontrolado de células e se refere a um grupo de doenças, e não a uma única doença. Existem mais de 150 tipos de cânceres conhecidos hoje. Destes, existem definições primárias para o câncer, que são: os linfomas, que surgem de órgãos que auxiliam na defesa do organismo contra agentes nocivos, leucemias surgem de órgãos formadores de sangue e os sarcomas que surgem de ossos, músculos ou pele. O câncer tem aumentado nos últimos anos em todo o mundo, e atualmente é a segunda principal causa de morte no mundo, e possui uma ampla gama de consequências que afetam não apenas o paciente, mas também sua família, causando sofrimento emocional e social. O câncer é visto como um enigma na saúde pública no Brasil, e as estratégias para seu controle enfrentam desafios desde a sua concepção até a sua implementação. Embora os avanços científicos e tecnológicos tenham aumentado a expectativa de vida de muitas pessoas, as consequências a longo prazo dos tratamentos focados apenas na doença e seus efeitos continuam sendo uma questão crítica, pois alguns tipos de câncer são incuráveis. O enfermeiro tem papel primordial frente ao cuidado no tratamento a esses pacientes. O enfermeiro é o profissional qualificado para apoiar e orientar o paciente e sua família no processo de doença, tratamento e reabilitação, processo que afeta consideravelmente a qualidade de vida do indivíduo. O estudo teve como objetivo identificar quais são os aspectos que envolvem a assistência de enfermagem frente ao paciente oncológico, descritos em publicações científicas entre os anos de 2014 a 2021. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica integrativa. Esse método de pesquisa tem como propósito traçar uma análise acerca do conhecimento já elaborado em estudos anteriores a respeito de um determinado assunto. Definiu-se na coleta de dados como critérios de inclusão: estudos publicados na língua portuguesa, publicados entre o período de 2014 a 2021. Espera-se que os resultados do estudo possam nortear e direcionar as práticas e cuidados de enfermagem voltados aos pacientes com câncer, contribuindo para a melhoria da qualidade da assistência prestada. 
Palavras chave: Assistência de Enfermagem. Oncologia. Neoplasias.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO GERAL....................................................................................................12
2 OBJETIVOS....................................................................................................................... 14
2.1 Objetivo Geral....................................................................................................................14
ASPECTOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: uma revisão de literatura integrativa.....................................................15
RESUMO.................................................................................................................................15
ABSTRACT............................................................................................................................15
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................16MATERIAL E MÉTODOS....................................................................................................19
RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................20
CONCLUSÃO.........................................................................................................................29
REFERÊNCIAS......................................................................................................................29
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................34
REFERÊNCIAS......................................................................................................................34
1.INTRODUÇÃO
Câncer é um termo usado para descrever um crescimento descontrolado de células e se refere a um grupo de doenças, e não a uma única doença. Existem mais de 150 tipos de cânceres conhecidos hoje. Por ser uma doença caracterizada pela falta de controle sobre a multiplicação e amadurecimento das células, pode aparecer em qualquer parte do corpo. O estágio histológico, grau e tipo de câncer são usados para classificá-lo (LISBOA, 2003).
Existem definições primárias para o câncer, que são: os linfomas, que surgem de órgãos que auxiliam na defesa do organismo contra agentes nocivos, leucemias surgem de órgãos formadores de sangue e os sarcomas que surgem de ossos, músculos oupele. É importante destacar que o conhecimento sobre a etiologia e a história natural do tipo de câncer é fundamental no planejamento da assistência ao paciente, bem como na avaliação da evolução, prognóstico e sintomas físicos do paciente (LISBOA, 2003).
O câncer tem aumentado nos últimos anos em todo o mundo, e atualmente é a segunda principal causa de morte no mundo. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (BRASIL, 2018) estima que 625 milhões de novos casos de câncer seriam diagnosticados no Brasil a cada ano, entre 2020 e 2022. 
Segundo Silva e Cruz (2011), o câncer é uma das principais causas de morbidade e mortalidade, e possui uma ampla gama de consequências que afetam não apenas o paciente, mas também sua família, causando sofrimento emocional e social. A incidência de câncer está crescendo no Brasil, a uma taxa que corresponde ao envelhecimento da população. Essa característica é fruto de transformações globais nas últimas décadas, urbanização, estilo de vida, alimentação inadequada e hereditariedade.
O câncer é visto como um enigma na saúde pública no Brasil, e as estratégias para seu controle enfrentam desafios desde a concepção até a sua implementação. Em contrapartida, o aumento da expectativa de vida, o crescimento populacional e o desenvolvimento socioeconômico são todos equilibrados com a taxa de mortalidade, apesar da dificuldade em garantir o acesso pleno dos pacientes com câncer ao diagnóstico e tratamento precoce (OLIVEIRA et al., 2011). 
Embora os avanços científicos e tecnológicos tenham aumentado a expectativa de vida de muitas pessoas, as consequências a longo prazo dos tratamentos focados apenas na doença e seus efeitos continuam sendo uma questão crítica, pois alguns tipos de câncer são incuráveis e as opções de tratamento são limitadas. Além disso, muitos pacientes apresentam a doença em estádio avançado e incurável no momento em que o diagnóstico é realizado.
A influência das emoções, atitudes, valores e crenças no planejamento e na prática de enfermagem é dificultada pelo envolvimento com pacientes oncológicos e suas famílias. Desta forma, as práticas de enfermagem devem ser baseadas em conhecimentos teóricos, práticos e científicos. Além de fornecer o melhor suporte possível a esse paciente (SILVA; CRUZ, 2011).
O papel primordial da enfermagem é o de cuidar e educar esses pacientes e suas famílias, o que é um grande desafio. Como resultado, o enfermeiro é o profissional mais qualificado e disponível para apoiar e orientar o paciente e sua família no processo de doença, tratamento e reabilitação, processo que afeta consideravelmente a qualidade de vida do paciente (BARBOSA et al., 2012). 
Dentro deste contexto, apresenta-se a questão norteadora do estudo: Quais são os aspectos que envolvem a assistência de enfermagem frente ao paciente oncológico, descritos em publicações científicas entre os anos de 2014 a 2022?
Diante dessa problemática, acredita-se que há a necessidade de um atendimento qualificado e humanizado por parte da equipe de enfermagem frente à assistência do paciente oncológico. Desta forma, busca-se a descrição destas práticas em publicações científicas que orientem e respaldem as condutas e cuidados de enfermagem frente a este público. Espera-se que os resultados do estudo possam nortear e direcionar as práticas e cuidados de enfermagem voltados aos pacientes com câncer, contribuindo para a melhoria da qualidade da assistência prestada.
Justifica-se a realização do estudo pelo crescente número de pacientes acometidos pela doença no Brasil e no mundo, o que além de representar um grande problema de saúde pública, exige a aplicabilidade de práticas de enfermagem seguras frente a assistência e tratamento destes pacientes.
2.OBJETIVO
2.1 Objetivo geral
Identificar os aspectos que envolvem a assistência de enfermagem frente ao paciente oncológico, a partir de publicações científicas realizadas entre os anos de 2014 a 2022.
2.DESENVOLVIMENTO
ASPECTOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO: uma revisão de literatura integrativa
DAIANE DA SILVA NUNES
RAFAELA DE FÁTIMA GERMANO
RESUMO
Introdução: O câncer tem aumentado nos últimos anos em todo o mundo, e atualmente é a segunda principal causa de morte no mundo. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva estima que 625 milhões de novos casos de câncer serão diagnosticados no Brasil a cada ano, entre 2020 e 2022. Objetivos: O estudo teve como objetivo identificar os aspectos que envolvem a assistência de enfermagem frente ao paciente oncológico, a partir de publicações científicas realizadas entre os anos de 2014 a 2022. Material e Métodos: Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica integrativa. Realizado a busca de artigos nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed. Adotou-se como critério de inclusão artigos científicos publicados na íntegra nos anos de 2014 a 2021, disponíveis na língua portuguesa. Resultados: Após a análise das publicações selecionadas, foi realizado o levantamento de três categorias; Ações da equipe enfermagem frente a administração segura de quimioterápicos; Intervenções necessárias frente a apresentação de possíveis efeitos colaterais e reações medicamentosas; e Promoção da assistência humanizada ao paciente oncológico. Conclusão: Conclui-se com a realização do estudo que os aspectos que envolvem a assistência de enfermagem ao paciente oncológico vão além das ações da equipe enfermagem frente a administração segura de quimioterápicos; uma vez que também envolve as intervenções necessárias frente a apresentação de possíveis efeitos colaterais e reações medicamentosas; e a promoção de uma assistência humanizada ao paciente oncológico.
Palavras chave: Assistência de Enfermagem. Oncologia. Neoplasias.
ABSTRACT
ASPECTS OF NURSING ASSISTANCE TO ONCOLOGICAL PATIENTS: an integrative literature review
Introduction: Cancer has increased in recent years around the world, and is currently the second leading cause of death in the world. The José Alencar Gomes da Silva National Cancer Institute estimates that 625 million new cases of cancer will be diagnosed in Brazil each year, between 2020 and 2022. Objectives: The study aimed to identify the aspects that involve nursing care in the face of cancer patient, from scientific publications carried out between the years 2014 to 2022. Material and Methods: This is an integrative literature review research. A search for articles was carried out in the Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences (LILACS) and PubMed databases. Scientific articles published in full in the years 2014 to 2021, available in Portuguese, were adopted as inclusion criteria. Results: After analyzing the selected publications, a survey of three categories was carried out; Actions of the nursing team towards the safe administration of chemotherapy; Necessary interventions in the face of possible side effects and drug reactions; and Promotion of humanized care for cancer patients. Conclusion: It is concluded with the completion of the study that the aspects involving nursing care for cancer patients go beyond the actions of the nursing team in the face of safe administration of chemotherapy; since it also involves the necessary interventions in the face of possible side effects and drug reactions; and the promotion of humanized care for cancer patients.
Keywords: Nursing Care. Oncology. Neoplasms
2.1 INTRODUÇÃO
Câncer é um termo usado para descrever um crescimento descontrolado de células e se refere a um grupo de doenças, e não a uma única doença. Existem mais de 150 tipos de cânceres conhecidos hoje. Por ser uma doença caracterizada pela falta de controle sobre a multiplicação e amadurecimento das células, pode aparecer em qualquer parte do corpo. O estágio histológico, grau e tipo de câncer são usados para classificá-lo (LISBOA, 2003).
Existem definições primárias para o câncer, que são: os linfomas, quesurgem de órgãos que auxiliam na defesa do organismo contra agentes nocivos, leucemias surgem de órgãos formadores de sangue e os sarcomas que surgem de ossos, músculos ou pele. É importante destacar que o conhecimento sobre a etiologia e a história natural do tipo de câncer é fundamental no planejamento da assistência ao paciente, bem como na avaliação da evolução, prognóstico e sintomas físicos do paciente (LISBOA, 2003).
O câncer tem aumentado nos últimos anos em todo o mundo, e atualmente é a segunda principal causa de morte no mundo. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (BRASIL, 2018) estima que 625 milhões de novos casos de câncer seriam diagnosticados no Brasil a cada ano, entre 2020 e 2022. 
Segundo Silva e Cruz (2011), o câncer é uma das principais causas de morbidade e mortalidade, e possui uma ampla gama de consequências que afetam não apenas o paciente, mas também sua família, causando sofrimento emocional e social. A incidência de câncer está crescendo no Brasil, a uma taxa que corresponde ao envelhecimento da população. Essa característica é fruto de transformações globais nas últimas décadas, urbanização, estilo de vida, alimentação inadequada e hereditariedade.
O câncer é considerado uma doença crônico-degenerativa, e o recebimento deste diagnóstico juntamente com a necessidade de tratamento, afetam diretamente a qualidade de vida do paciente. Desta forma, a enfermagem desempenha um papel importante no acompanhamento e controle de pacientes com câncer, de modo a contribuir para uma melhor qualidade de vida (GUIMARÃES, et al. 2015).
Diante de um diagnóstico de câncer, a qualidade de vida de qualquer pessoa pode ser abalada. Há várias razões que promovem essa alteração, incluindo a incerteza sobre a expectativa de vida, as intervenções invasivas necessárias para realização do tratamento, mudando o conceito do paciente sobre saúde/doença (MACHADO, SAWADA, 2008).
A oncologia tem feito enormes avanços nas técnicas diagnósticas e terapêuticas, permitindo uma melhor sobrevida e qualidade de vida para os pacientes com câncer. O papel da enfermagem nesse contexto é o acompanhamento e o desenvolvimento da sua profissão por meio da pesquisa científica, principal recurso para a atualização do conhecimento sobre o cuidado ao paciente oncológico (HERCOS et al., 2014).
O câncer é visto como um enigma na saúde pública no Brasil, e as estratégias para seu controle enfrentam desafios desde a concepção até a sua implementação. Em contrapartida, o aumento da expectativa de vida, o crescimento populacional e o desenvolvimento socioeconômico são todos equilibrados com a taxa de mortalidade, apesar da dificuldade em garantir o acesso pleno dos pacientes com câncer ao diagnóstico e tratamento precoce (OLIVEIRA et al., 2011). 
Embora os avanços científicos e tecnológicos tenham aumentado a expectativa de vida de muitas pessoas, as consequências a longo prazo dos tratamentos focados apenas na doença e seus efeitos continuam sendo uma questão crítica, pois alguns tipos de câncer são incuráveis e as opções de tratamento são limitadas. Além disso, muitos pacientes apresentam a doença em estádio avançado e incurável no momento em que o diagnóstico é realizado.
A influência das emoções, atitudes, valores e crenças no planejamento e na prática de enfermagem é dificultada pelo envolvimento com pacientes oncológicos e suas famílias. Desta forma, as práticas de enfermagem devem ser baseadas em conhecimentos teóricos, práticos e científicos. Além de fornecer o melhor suporte possível a esse paciente (SILVA; CRUZ, 2011).
O papel primordial da enfermagem é o de cuidar e educar esses pacientes e suas famílias, o que é um grande desafio. Como resultado, o enfermeiro é o profissional mais qualificado e disponível para apoiar e orientar o paciente e sua família no processo de doença, tratamento e reabilitação, processo que afeta consideravelmente a qualidade de vida do paciente (BARBOSA et al., 2012). 
Dentro deste contexto, apresenta-se a questão norteadora do estudo: Quais são os aspectos que envolvem a assistência de enfermagem frente ao paciente oncológico, descritos em publicações científicas entre os anos de 2014 a 2022?
Diante dessa problemática, acredita-se que há a necessidade de um atendimento qualificado e humanizado por parte da equipe de enfermagem frente à assistência do paciente oncológico. Desta forma, busca-se a descrição destas práticas em publicações científicas que orientem e respaldem as condutas e cuidados de enfermagem frente a este público. Espera-se que os resultados do estudo possam nortear, sustentar e direcionar as práticas e cuidados de enfermagem voltados aos pacientes com câncer, contribuindo para a melhoria da qualidade da assistência prestada.
Justifica-se a realização do estudo pelo crescente número de pacientes acometidos pela doença no Brasil e no mundo, o que além de representar um grande problema de saúde pública, exige a aplicabilidade de práticas de enfermagem seguras frente a assistência e tratamento destes pacientes.
Segundo Almeida (2016), os enfermeiros devem se envolver tanto em medidas de prevenção da doença como de controle, além de apoiar os pacientes com câncer e familares no momento do diagnóstico, tratamento e recuperação/reabilitação. Além disso, realiza atividades educativas, atua em conjunto com outros profissionais, apoia medidas legislativas e identifica fatores de risco do paciente na sua prática profissional de cuidar. Portanto, a pesquisa em cuidados oncológicos é fundamental para criar uma base de conhecimento que sustente a prática clínica.
O estudo teve como objetivo identificar os aspectos que envolvem a assistência de enfermagem frente ao paciente oncológico, a partir de publicações científicas realizadas entre os anos de 2014 a 2022.
18
2.2 MATERIAL E MÉTODOS 
Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica integrativa, um recurso específico, que cita o passado da literatura empírica ou teórica, para proporcionar um entendimento mais amplo de um fenômeno especifico (BROOME, 2006). 
Esse método de pesquisa tem como propósito traçar uma análise acerca do conhecimento já elaborado em estudos anteriores a respeito de um determinado assunto. A revisão integrativa oportuniza a síntese de diversas pesquisas já publicadas, assegurando a geração de novas produções, relacionados aos resultados expostos pelos estudos anteriores (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
Realizado a busca de artigos nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed, utilizando os Descritores da Ciências da Saúde: “Assistência de Enfermagem”, “Oncologia” e “Neoplasias” e o operador booleano “AND”.
A partir da busca dos artigos foi elaborado um quadro contendo o nome dos autores, a revista, o título, os objetivos do estudo, os resultados e o ano de publicação da pesquisa.
Adotou-se como critério de inclusão artigos científicos publicados na íntegra nos anos de 2014 a 2021, disponíveis na língua portuguesa. Foram excluídos da amostra os artigos publicados em duplicidade, ou ainda que não tivessem relação com a questão norteadora do estudo.
Após a busca dos artigos e aplicação dos critérios de exclusão, foram selecionados 9 artigos que atenderam aos objetivos propostos no estudo. Desta forma, a amostra foi composta por nove publicações que se adequaram aos critérios de inclusão e que foram relevantes para este estudo.
2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
2.3.1 Composição da amostra 
Para a composição da amostra utilizou-se de um total de nove artigos, os quais foram distribuídos de acordo com os autores, ano de publicação, periódico, o título do artigo, objetivos do estudo e os resultados obtidos, conforme mostra o quadro a seguir: 
Quadro 1: Distribuição das publicações analisadas de acordo com autores, ano de publicação, título, periódico, objetivos do estudo e resultados obtidos.
	Autor / ano
	Título / Periódico
	Objetivos
	Resultado
	CESÁRIO, J.M.S.; FLAUZINO, V.H.P.; HERNANDES, L. O.; GOMES, D.M.; VITORINO,P.G.S. 
Ano: 2021
	Assistência de enfermagem aos pacientes com cardiotoxicidade induzidas por quimioterápicos.
Research, Society and Development.
	Descrever os fatores de risco para a cardiotoxidade por quimioterápicos e, mais especificamente, descrever os cuidados de enfermagem no paciente que apresentou cardiotoxicidade por quimioterápicos e radioterapia
	Os principais cuidados de enfermagem na cardiotoxidade induzida por quimioterápicos são: verificar sinais vitais, peso e altura; avaliar os resultados de exames; notificar o médico sobre complicações; intervir imediatamente na ocorrência de possíveis efeitos colaterais durante a medicação.
	COSTA, A.G.; COSTA, M.S.C.R.; FERREIRA, E.S.; SOUSA, P.C.; SANTOS, M.M.; LIMA, D.E.O.B.; RAMOS, A.M.P.C.
Ano: 2019
	Conhecimento dos Profissionais de Enfermagem sobre Segurança do Paciente Oncológico em Quimioterapia.
Revista Brasileira de Cancerologia
	Avaliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem quanto à segurança do paciente oncológico em tratamento quimioterápico
	Identificaram-se o conhecimento da equipe sobre as etapas do tratamento quimioterápico e percepções gerais acerca da segurança dos pacientes; além da administração segura de quimioterapia antineoplásica.
	HERCOS, T.M.; VIEIRA, F.S.; OLIVEIRA, M.S.; BUETTO, L.S.; SHIMURA, C.M.N.; SONOBE, H.M.
Ano: 2014
	O Trabalho dos Profissionais de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva na Assistência ao Paciente Oncológico.
Revista Brasileira de Cancerologia
	: Identificar os fatores que influenciam a atuação dos profissionais de enfermagem em unidades oncológicas e estratégias que favoreçam a assistência ao paciente oncológico na literatura
	Identificado o conflito entre o dever de manter a vida versus o processo de finitude. Há estratégias para minimizar os fatores estressantes como melhorar as condições de trabalho e suporte psicológico.
	SOUSA, S.R.P; SOUZA, A.C.
Ano: 2020
	Cotidiano de trabalho de auxiliares e técnicos de enfermagem na administração de quimioterápicos.
Revista Pró-UniverSUS
	Analisar como os processos de trabalho interferem na administração segura de quimioterápicos.
	Projeta-se desenvolver um protocolo de atendimento em quimioterapia, onde qualquer profissional de saúde possa recorrer e encontrar ali, todo padrão de atendimento ao que se refere a administração de quimioterápicos.
	RIBEIRO J.P.; CARDOSO L.S.; PEREIRA C.M.S., ET AL.
Ano: 2016
	Assistência de enfermagem ao paciente oncológico hospitalizado: diagnósticos e intervenções relacionadas às necessidades psicossociais e psicoespirituais.
Rev Fund Care
	Identificar os diagnósticos e intervenções de enfermagem acerca das necessidades psicossociais e psicoespirituais de pacientes oncológicos.
	Evidenciaram-se as intervenções de enfermagem voltadas para a melhora da autopercepção, promoção de esperança, melhora do enfrentamento, presença, fortalecimento da autoestima, manutenção do processo familiar, melhora da socialização, aumento da segurança, apoio emocional, escutar ativamente, apoio espiritual, melhoria da imagem corporal e administração de analgésico. 
	SALIMENA, A. M. O.; MELO, M. R.; THORFERHN, M. B.
Ano: 2019
	Assistência de enfermagem oncológica: reflexão sobre enfrentamento, riscos ocupacionais e qualidade de vida dos profissionais
Enfermagem Brasil
	Refletir sobre a assistência da equipe de enfermagem prestada ao portador de doença oncológica e suas implicações para a saúde destes profissionais
	Necessário que se tenha boa saúde física e mental para enfrentar a rotina laboral e prestar cuidados de enfermagem de modo integral, humanizado e de qualidade a pessoas acometidas por doença oncológica.
	ANACLETO, G.; CECCHETTO, F.H; RIEGEL, F.
Ano: 2020
	Cuidado de enfermagem humanizado ao paciente oncológico: revisão integrativa
Rev. Enferm. Contemp., Salvador
	Verificar de que forma a equipe de enfermagem promove o cuidado humanizado ao paciente oncológico. 
	Os fatores que promovem a assistência de enfermagem humanizada estão relacionados diretamente com atitudes e comportamento dos profissionais de enfermagem que assistem os pacientes orientados pela Política Nacional de Humanização da Saúde.
	FONSECA, G.; ROCHA, R. P.; TORRES, M.; SILVA, C. O.; LIMA, S. A.; GUIMARÃES, R. C. R. RITA.
Ano: 2015
	Enfrentamento do paciente oncológico frente quimioterapia: contribuições da enfermagem
Research, Society and Development
	Descrever o enfrentamento do paciente oncológico
	A enfermagem tem papel fundamental diante dos paradigmas que permeiam o enfrentamento do indivíduo acometido pela doença oncológica, visto que na maioria dos casos o doente necessita primordialmente de apoio assistencial.
	MEDEIROS, A. C. L. L.; et al.
Ano: 2021
	A assistência de enfermagem frente ao paciente oncológico: uma revisão integrativa.
Research, Society and Development
	Descrever a importância da assistência de enfermagem frente a pacientes oncológicos.
	A enfermagem tem em como fundamento o dever com a integralidade, o qual se realiza através do amparo, conexão e comunicação segura no reconhecimento das insuficiências na assistência exposta pelos usuários e sua família.
2.3.2 Assistência de enfermagem ao paciente oncológico
Após a análise das publicações selecionadas, a assistência de enfermagem ao paciente oncológico foi subdividida nas seguintes categorias: Ações da equipe enfermagem frente a administração segura de quimioterápicos; Intervenções necessárias frente a apresentação de possíveis efeitos colaterais e reações medicamentosas; e Promoção da assistência humanizada ao paciente oncológico.
2.3.3 Ações da equipe enfermagem frente a administração segura de quimioterápicos
A qualidade do cuidado em saúde tem ganhado forças a nível nacional e internacional, com o principal objetivo de garantir a assistência segura aos pacientes. Sendo assim, a Organização Mundial da Saúde criou a Aliança Mundial pela Segurança do Paciente, com o intuito de organizar os conceitos e as definições sobre a segurança do paciente e instituir medidas que visem a redução dos riscos de efeitos adversos decorrentes dos tratamentos instituídos (BRASIL, 2017). 
Nesse sentido, é importante destacar que a cultura de segurança do paciente precisa estar estruturada dentro das instituições de saúde, através de um processo de comunicação interpessoal adequado, confiança, aprendizado organizacional e comprometimento da equipe com os aspectos voltados para a segurança do paciente, liderança, importância da temática e abordagem não punitiva do erro (MACEDO et al., 2016). 
Na área da oncologia há uma preocupação maior em relação aos erros de administração de quimioterápicos, em decorrência dos efeitos provocados pelo seu uso, que mediante a presença de erros pode ser fatal. Os medicamentos antineoplásicos apresentam um baixo índice terapêutico, ou seja, a dose terapêutica é muito próxima da dose letal. O que torna a administração perigosa, exigindo uma atenção redobrada por parte dos profissionais no momento da prescrição, preparo, dispensação e administração (LIVINALLI, 2012). 
Estudos apontam que o quantitativo de óbitos provocados por eventos adversos na assistência à saúde são alarmantes. Esses eventos adversos podem acontecer em uma ou mais etapas do processo de assistência à saúde. Os erros associados a administração de medicamentos podem ser citados como um exemplo, que inclusive pode trazer consequências graves levando o paciente até mesmo a óbito. Desta forma, destaca-se o papel desempenhado pelo enfermeiro oncológico, envolvendo a aplicação de práticas e padrões de enfermagem oncológica da Oncology Nurse Society (NOS) e da American Nurse Association (ANA), desenvolvidos com o intuito de avaliar a assistência prestada dentro dos padrões de qualidade. Sendo assim, é necessário o preparo e qualificação da equipe quanto as particularidades envolvidas no mecanismo de ação dos medicamentos, no seu preparo e possíveis sinais de toxicidade do mesmo (BONASSA; GATO, 2012). 
A quimioterapia envolve o uso de um ou mais compostos para tratar ocâncer e doenças causadas por agentes biológicos, podendo ser utilizada concomitantemente com cirurgia ou a radioterapia. A quimioterapia pode ser dividida em: curativa, para eliminar completamente o tumor, adjuvante pós-operatório, para eliminar células residuais e possíveis metástases; neoadjuvante, usado como adjuvante à cirurgia e/ou radioterapia, para redução parcial do tumor antes da cirurgia; paliativa, usado para melhorar a qualidade de vida do paciente quando não há cura possível (INCA, 2018).
É importante destacar que o conhecimento dos riscos relacionados a administração de quimioterápicos pode evitar a ocorrência de reações agudas, bem como reduzir os efeitos psicológicos associados à ocorrência desses eventos adversos ou acidentes. Como exemplo é possível citar a prevenção do derramamento ou extravasamento do quimioterápico, que pode provocar graves comprometimentos de vasos sanguíneos e tecidos adjacentes (BARTLETT et al., 2018).
Destaca-se que a administração de quimioterápicos é de competência do enfermeiro conforme prática regulamentada na Resolução n°. 569 de 2018 do Cofen. O enfermeiro também deve desempenhar o papel de supervisão de sua equipe e promoção de ações de educação permanente, excluindo os possíveis riscos de exposição ocupacional, uma vez que esse tipo de droga possui ação mutagênica, carcinogênica e teratogênica (COFEN, 2018). 
A higienização adequada das mãos; o uso de equipamentos de proteção individual; a correta identificação do paciente; a dupla checagem dos quimioterápicos; o estabelecimento de uma comunicação eficaz com pacientes e familiares; e os registros de enfermagem adequados evitam e reduzem a ocorrência de incidentes, bem como garantem uma maior qualidade e segurança da assistência prestada (COSTA et al. 2019).
2.3.4 Intervenções necessárias frente a apresentação de possíveis efeitos colaterais e reações medicamentosas
Segundo Silva e Aguillar (2002) frente a experiência profissional no acompanhamento de pacientes oncológicos é possível observar uma alta frequência de efeitos colaterais em decorrência da administração de quimioterápicos. A enfermagem desempenha um papel de extrema importância no monitoramento e redução dos efeitos colaterais. Papel que pode desempenhar um impacto positivo no organismo e na adaptação geral dos pacientes por meio de cuidados sistemáticos, principalmente na implementação de intervenções precisas e eficazes contra esses efeitos colaterais.
O uso da quimioterapia evoluiu muito nos últimos anos, contribuindo significativamente para redução nos índices de mortalidade dos pacientes oncológicos, bem como para o processo de recuperação de milhares de pessoas. Entretanto, a maior possibilidade de sobrevivência desses pacientes não impediu que houvesse um aumento na incidência de efeitos colaterais, incluindo a cardiotoxicidade pelo uso de quimioterápicos, uma das principais causas das doenças cardiovasculares (GRIPP et al., 2018). 
Esse efeito colateral pode levar o paciente a graves comprometimentos cardíacos, condições que podem se tornar mais graves do que a própria doença, interferindo diretamente no tratamento e prognóstico do paciente. As diversas formas de manifestação da cardiotoxicidade envolvem as lesões valvulares, coronária ou pericárdica, as arritmias cardíacas, as disfunções ventriculares e a insuficiência cardíaca (ALMEIDA, 2016). 
Existem alguns quimioterápicos que podem provocar a cardiotoxicidade de acordo com o tempo de exposição do paciente à droga, bem como as dosagens acumuladas no organismo ao longo do tratamento. Essas drogas são denominadas antraciclinas (doxorrubicina, idarrubicina e epirrubicina), os efeitos colaterais desses quimioterápicos envolvem as lesões em células cardíacas e no espaço intersticial, provocando disfunção sistólica tardia e disfunção diastólica precoce (MAIA et al., 2015).
O enfermeiro exerce papel fundamental na avaliação do risco de cardiotoxicidade, na assistência ao paciente que se encontra em tratamento quimioterápico e na identificação dos sinais e sintomas sugestivos desta complicação (CESÁRIO et al., 2021). A equipe de enfermagem como um todo também desempenha papel importante na assistência ao paciente que se encontra em tratamento quimioterápico, atuando em todos os estágios da quimioterapia, e na orientação de pacientes e familiares quanto as etapas do tratamento. É importante a elaboração de planos assistenciais que visem a qualidade da assistência à saúde do paciente (CELESTE; MAIA, 2021).
A identificação precoce dos sinais e sintomas de um possível quadro de toxicidade é extremamente importante, uma vez que o paciente pode apresentar uma descompensação muito rápida e necessitar inclusive de cuidados intensivos (PEITER et al., 2016). Os principais sinais e sintomas desta complicação são: náuseas, fadiga, vômitos e diarreia, diminuição de massa muscular, anemia, alterações na coagulação sanguínea, aumento da atividade inflamatória, desidratação. Nesses casos é importante a manutenção da integridade da pele do paciente, uma vez que as alterações fisiológicas provocadas pela cardiotoxicidade podem levar a alteração da integridade tissular (GUIMARÃES et al., 2015).
A assistência de enfermagem frente ao paciente que apresenta sinais de cardiotoxicidade envolve a verificação de sinais vitais, peso e altura, a avaliação dos resultados de exames, a notificação do médico frente a possíveis alterações, a intervenção imediata frente a ocorrência de efeitos colaterais durante a administração dos quimioterápicos e a realização das anotações de enfermagem no prontuário médico de forma clara, objetiva, com todos os registros de intercorrências caso se façam presentes (BORGES et al., 2018). 
É importante o registro de informações no que se refere a identificação do paciente com o máximo de detalhes, o tipo de protocolo quimioterápico instituído, os sinais vitais, presença de comorbidades, os medicamentos de uso contínuo utilizados pelo paciente, descrição dos tipos e localizações dos cateteres implantados, descrição dos possíveis sinais de toxicidade que o paciente possa apresentar e as manifestações relacionadas ao trato gastrointestinal (BORGES et al., 2018). 
Os pacientes que desenvolvem a cardiotoxicidade pela quimioterapia apresentam uma predisposição maior para o surgimento de processos infecciosos, principalmente pelo comprometimento do sistema imunológico. Desta forma, é importante que a enfermagem desenvolva ações e cuidados com o intuito de prevenir o quadro de sepse, bem como realizar orientações sobre o autocuidado e sobre os fatores de risco e sinais de infecção, realizar consultas de enfermagem frequentes, estar atento a higienização rigorosa das mãos e aos cuidados com os cateteres e dispositivos implantados no paciente. É importante também a articulação com a equipe multiprofissional, como por exemplo a avaliação e orientação nutricional (OLIVEIRA; FONTES; SILVA, 2019).
Outro problema enfrentado pelos pacientes com cardiotoxicidade é a presença frequente de dor. A equipe de enfermagem pode desenvolver ações com o intuito de reduzir a dor, além das intervenções medicamentosas, como por exemplo a massagem terapêutica, o apoio espiritual, a promoção de medidas de conforto ao paciente. As condutas farmacológicas podem incluir o uso de opioides, com o intuito de controlar o desconforto provocado pela dor, de acordo com a avaliação proposta pela escala de analgesia. Desta forma, é importante a avaliação por parte da equipe de enfermagem frente aos padrões de sinais vitais, a estabilidade hemodinâmica e a classificação e manejo adequado da dor que o paciente pode apresentar (OLIVEIRA; SOBRINHO; CUNHA, 2016).
Sendo assim, é importante destacar que o tratamento do paciente com cardiotoxicidade requer da equipe de enfermagem um acompanhamento cuidadoso, sistemático e rigoroso, levando em consideração todos os aspectos biopsicosocioespirituais do paciente. O enfermeiro é responsável nesse âmbito pela administração dos quimioterápicos, pela elaboração de protocolos que visema prevenção, tratamento e redução de efeitos colaterais, além de ações de prevenção de riscos e agravos e de estratégias de educação em saúde envolvendo pacientes e familiares, contribuindo para uma melhor qualidade da assistência prestada e consequentemente por uma maior sobrevida do paciente (SOUZA et al., 2019).
2.3.5 Promoção da assistência humanizada ao paciente oncológico
O cuidado ao paciente com câncer requer do enfermeiro habilidades técnico-científicas que levem a uma maior efetividade dos cuidados terapêuticos, compreensão da patologia, suas opiniões, posições de apoio e propósitos (SOUZA; CAZOLA; PÍCOLI, 2018).
Entretanto, Sales et al. (2012) destaca que o cuidado de enfermagem não se limita apenas ao cuidado terapêutico do paciente e as habilidades técnico-científicas, mas deve se estender também aos seus familiares, por meio de medidas que visem incentivá-los a permanecer ao lado do paciente, apoiá-los durante o tratamento por meio de atividades saudáveis, obter as informações necessárias sobre o uso de medicamentos e os cuidados a serem realizados.
Segundo Fonseca (2000), o enfermeiro deve prestar cuidados que proporcionem suporte, conforto, cuidado holístico, cuidado humanizado aliado ao controle agressivo da dor e outros sintomas; orientando familiares à respeito do direito a uma morte pacífica e digna; ampliando a visão dos familiares sobre o contexto de morte, do medo e da dor. É dever da equipe de enfermagem preservar a autonomia do paciente, de forma que o mesmo possa exercer sua capacidade de cuidar de si, valorizando o paciente e sua família, para que participem ativamente das decisões a respeito do tratamento proposto e do cuidado ao paciente. 
O cuidado humanizado ao paciente com câncer e sua família consiste na criação de espaços que permitam a todos expressar seus sentimentos; identificando potenciais áreas problemáticas; auxiliando na identificação de recursos terapêuticos; fornecendo informações e ouvindo suas percepções; ajudando a encontrar soluções para problemas relacionados ao tratamento; auxiliando na tomada de decisões sobre o tratamento proposto; e implementando medidas de autocuidado no âmbito das suas possibilidades. As múltiplas intervenções de saúde necessárias para um cuidado que privilegia os aspectos psicológicos incluem a disponibilidade, a atitude de acolhimento e escuta, a criação e a manutenção de um ambiente terapêutico (BRASIL, 1995).
2.4 Conclusão
O presente estudo objetivou sobre identificar os aspectos que envolvem a assistência de enfermagem frente ao paciente oncológico, a partir de publicações científicas. Notou-se que os enfermeiros precisam adquirir conhecimentos aprofundados na área da oncologia, pois este estudo confirmou a relevância desse enfermeiro como educador em saúde para o tratamento oncológico. Além disso, o enfermeiro deve prestar atendimento individualizado, avaliando as necessidades específicas de cada paciente de acordo com os sintomas manifestados. Portanto, mais estudos sobre o cuidado de pacientes com câncer são necessários. É importante que as informações sobre riscos e medidas preventivas sejam discutidas, investigadas e divulgadas. Eles são promovidos pelos centros de educação continuada das instituições que atendem pacientes com câncer para prevenir a exposição e padronizar as medidas preventivas com o objetivo de minimizar os efeitos da exposição aos quimioterápicos antineoplásicos. A educação em saúde é uma forma pela qual os enfermeiros criam um espaço discursivo para os aspectos relevantes do assunto em discussão. Nesse sentido, o cuidador deve adotar uma abordagem holística do cuidado, levando em consideração os aspectos biológicos, sociais, culturais e psicológicos que afetam a população. Conclui-se com a realização do estudo que os aspectos que envolvem a assistência de enfermagem ao paciente oncológico vão além das ações da equipe enfermagem frente a administração segura de quimioterápicos; uma vez que também envolve as intervenções necessárias frente a apresentação de possíveis efeitos colaterais e reações medicamentosas; e a promoção de uma assistência humanizada ao paciente oncológico. Cabe ressaltar que o cuidado de enfermagem não se limita apenas ao cuidado terapêutico do paciente e as habilidades técnico-científicas, mas se estende também aos seus familiares, de forma que os mesmos possam participar ativamente das decisões a respeito do tratamento proposto e do cuidado ao paciente. 
2.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O campo da oncologia é uma especialização composta por diversos entraves decorrentes de pesquisas, cirurgias, modelos terapêuticos e inovações médicas contínuas, que, por ser de grande complexidade técnico-científica, exige preparo dos profissionais de saúde. Ressalta-se que a atuação do enfermeiro frente ao cuidado do paciente oncológico é primordial e sua qualificação é fundamental, pois a base prática e tecnológica, o controle, o comportamento, o comprometimento e a atuação clínica contribuem para a organização do cuidado ao paciente, e também na gestão e liderança da equipe. É necessário realizar uma investigação iminente para refinar a convivência do profissional de enfermagem em sua unidade de trabalho, auxiliando os usuários com câncer a restabelecer o bem-estar de toda a equipe que atende o cliente oncológico e seus familiares que consequentemente intervêm na norma e na a humanização do cuidado prestado.
 
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