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Resumo Teoria das Relações Internacionais

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Teoria das Relações Internacionais:
	As relações internacionais se preocupam com questões que desde o ínicio da humanidade pautaram o pensamento humano: a cooperação e o conflito. Porém apenas em 1919 com a criação da disciplina, que bebe de várias outras ciências tanto em sua genese como em seus preceitos teóricos e até mesmo seus autores, foi possivel definir um objeto e uma ferramenta; seriam esses o meio internacional e seus diversos atores e as Teorias da Relações Internacionais.	
Mas afinal para o que é e para que serve uma Teoria?
Uma teoría, em suma, é uma ferramente que serve para analísar, compreender e em alguns casos ate mesmo prever uma reação, no mundo em que vivemos. Porém embora vivam no mesmo mundo se observado de uma maneira levada em conta o microcosmos de cada ser humano, cada visão será feita de um modo diferente, levando então à "Teorias das Relações Internacionais" e não "A Teoria de Relações Internacionais". Não existe portanto, uma Teoria Realista ou uma Teoria Neoliberal, por exemplo, mas sim um conjunto de teória que por serem próximas foram demoninadas como tal.
No estudo de TRI destacam-se dois grupos de teorias, as que visam explicar e compreender a realidade em que vivemos e as que visão prever acontecimento futuros baseados em fatos e suposições.
Por final cabe ressaltar que uma das riquezas do estudo da ciência de relações internacional dá-se exatamente por não existir uma teoria certa a ser seguido, ou uma errada, mas sim aquela que melhor se adapta a sua análise e pensamento. 
Idealismo:
	A primeira corrente de estudos de relações internacionais, nasce com o fim da primeira guerra mundial, momento em que o mundo passou a estudar relações internacionais (1919) e se propôs a teorizar sobre os motivos que levam a guerra e em como alcançar a paz, é importante frisar o trauma que o mundo viveu com o conflito que até então havia sido o maior da história
	Os idealista beberam muito de fontes iluministas e de pensadores como groicius, kant, montesquieu, locke e rousseau. 
Os idealistas acima de tudo anseavam a paz, a paz em proporções globais, visto o conflito que a pouco se acabara. Acreditavam no sistema internacional como um sistema anarquico e isso deixava todos os Estados em situação de medo e alerta constante, e isso era o estopim para todos os conflitos, mas que essa anarquia podia ser diminuida por meio instutições que promovessem normas reguladores internacionais, entre elas o direito internacional
	Quando se fala em idealismo, fala-se da moralização dos atos estatais, e que os mesmos deveriam agir guiados pro sua moral, assim como os humanos (segundo os idealistas) o fazem; ainda versando sobre o homem: os idealistas acreditavam na ideia rousseuaneana do bom selvagem, de que o homem é bom em seu Estado Natural, por o homem ser bom, os Estados também deveriam o ser, pois afinal de contas um Estado nada mais é do que a máquina burocrática criada por homens para adminsitrar seus pares nacionais.
	Os idealistas acreditam no comércio (doce comércio de Kant) como um dos meios de promover a paz; uma vez que um Estado depende de outro economica ou materialmente, esse deixará de ser hostil a este visto que ambos ganham com a cooperação economica. Outro ponto importante para os idealistas é a noção da democracia evitar conflitos, segundo eles, os governos domésticos são sensíveis a pressão interna, e a pressão interna sempre anseará pela paz.
	A corrente idealista defende mais do que um sistema, uma sociedade internacional. A diferenteça básica entre sistema e sociedade é que os entes inseridos em uma sociedade compartilham de costumes, valores e preceitos éticos. Ao passo que um sistema se forma pelo simples contato entre diferentes Estados, e esse poderá se dar pela guerra por exemplo. Ademais os idealistas teorizavam sobre a Sociedade Mundial, sendo esta uma Sociedade que enxergasse o ser humano como um todo, como uma raça. Nesta situação hipotética um indiano e um brasileiro, por exemplo, compartilhariam dos mesmos valores e disporiam dos mesmos valores, a Sociedade Mundial pressupõe a ausencia de fronterias. Um dos passos mais importante à Sociedade Mundial foi a criação da Declaração dos Direitos Humanos e a adoção deste como valor universal. 
Realismo 
Nasce como uma resposta ao idealismo presente até então nas RI, idealismo esse que não foi capaz de prevenir o crescente aumento de violência, nacionalismo, facismo e agressão internacional que culminou na Segunda Guerra Mundial. Os até então conceitos do idealismo de construção de uma sociedade pautada no respeito mutuo e no direito internacional mostram-se falhos e sua instituição mor, a Liga das Nações, se mostrou incapaz de conter o avanço de conflitos no mundo.
Os dois principais nomes do Realismo Moderno são E.H.Carr e Hans Morghentau, com seus livros “Vinte anos de crise” (1939) e “Politica entre as nações” (1948). O primeiro trata basicamente de uma critica ao pensamento liberal e traz uma retomada do pensando realista de séculos anteriores, o segundo atualiza o Realismo Clássico e funda o que hoje é conhecido como Realismo, vertente que se tornou base das politicas exteriores de grande parte das nações pelos próximos 30 anos.
Realismo - Edward Hallett Carr
Dois pontos são muito importantes na obra de Carr: o foco no Estado como único ator relevante nas relações internacionais e o foco no poder como fator motivador das ações do Estado.
Ambos pontos são muito relevantes à época, pois são um contraponto aos pensamentos Idealistas imperantes até então. Principalmente o fato do Estado ser tido como o único ator das relações internacionais. Segundo Carr, o governo é a única autoridade legítima dentro de um pais e externamente dialoga em seu próprio nome com os seus demais pares em condições de igualdade. O Estado buscar acima de tudo o seu interesse nacional, ou seja, o beneficio próprio, e para tal necessita de Poder para por meio deste importa sua vontade, seu interesse.
As nações podem ter interesses distintos e podem os defender a qualquer custo. À época de Carr foi vista essa afirmação em sua plenitude com a Ascensão do nacionalismo e do fascismo.
Carr define o poder em três categorias:
*Poder militar: a mais alta expressão do poder (high politics)
*Poder econômico: submete-se ao poder militar
*Poder sobre a opinião: a parte da persuasão como essência do politico.
Os poderes não podem ser lidos como coisas isoladas e separadas, na verdades todos são partes complementares de um todo e apenas analisando-os em detalhe é possível mensurar o poder. O poder militar é habita a esfera das high politics e o econômico a das low politics, essa distinção aparece pelo Estado estar sempre predisposto a guerra, não como um objetivo, mas como seu ultimo recurso de sobrevivência.
	Portanto se a central preocupação dos Estados é a sobrevivência, tão importante é o meio de assegura-la, dai entram em tona a força militar, aquela que em ultima instancia é capaz de mantê-lo vivo. Ao passo de que a força econômica é complementar e está ligada aos objetivos da politica do Estado. Da mesma forma o Poder sobre a opinião é complementar ao militar, pois diz respeito a influência e a capacidade de negociação do estado, é a capacidade do estado fazer guerra por meio de palavras e por meio de suas figuras politicas. Segundo Maquiavel é importante que o príncipe seja estimado tanto por sua população quanto pelos outros líderes nacionais. Por outro lado um líder fraco, pode fazer os outros Estados pensarem que o Estado também é fraco e por meio disto tentar domina-lo.
A retomada do Realismo Clássico por Carr deixa claro que mesmo nos tempos modernos a arena internacional é essencialmente dominada pela força. Logo a segurança internacional não pode ser alçada simplesmente com o uso de normas e regras internacionais, mas sim pelo uso de forças no sistema, e isso é aceito nas relações internacionais, tanto que muitas vezes na história apenas a ameaça do uso da força resultou em processo de paz.
Realismo - Hans Morgenthau
Propôs-se a investigaras relações entre as nações as forças de poder envolvidas nisto, buscou também delimitar como seria a política-externa estadunidense no pós guerra, segundo Morgenthau o contexto seria de:
1- Substituição do multipolaridade para a bipolaridade, com centro fora da Europa Ocidental
2- Divisão da “unidade moral” em dois sistemas antagonicos que disputariam entre si a lealdade dos homens.
3- Desenvolvimento da tecnologia nuclear, que poderia destruir a raça humana.
O terceiro ponto trata de uma nova e destrutiva força bélica, que pela primeira vez na história seria capaz de apagar uma cidade ou até mesmo um pais por completo do mapa, tal tecnologia passa a entrar com força nos cálculos racionais feito pelos Estados.
Para Morgenthau a paz mundial só seria alcançada por meio de um mecanismo chamado equilíbrio de poder O termo expressa uma doutrina que busca impedir um único Estado de tornar-se forte o suficiente para impor a sua vontade sobre os demais Estados, segundo Morguenthau a competição entre diversas potencias leva ao fato de elas se equilibrarem, tal principio vem do instinto de auto-preservação do Estado, que busca sempre ser mais poderoso que os demais, e quando os faz os outros repetem sua ação para não ficarem defasados o que leva a um equilíbrio recorrente
O autor também descreve os chamados 6 princípios da doutrina Realista:
1- A politica segue leis objetivas como a busca pela sobrevivência e o poder, que são fruto da natureza humana e isso se reflete na conduta dos Estados. Este principio retrata que tanto a nossa natureza humana como a política não são mudados de tempos em tempos, mas obedecem a leis objetivas.
2- O interesse dos Estados é sempre definido em termos de poder. Como unidade básica da politica internacional os Estados buscarão sempre seus interesses pois por eles são governados, ou seja, buscam maximizar os ganhos e reduzir os riscos.
3- O conceito de interesse traduzido e poder é uma constante na história mundial. Mesmo que não houvesse a figura do Estado moderno, as cidades ou divisões políticas disputariam o poder entre si
4- Os princípios morais individuas não podem ser aplicado aos atos dos Estados, a ética é diferente na politica domestica e na politica externa. O julgamento da ação estatal deve passar pelo crivo da análise racional da reação de poder e sobrevivência mesmo que isso resulte internacionalmente em uma ação que possa ser considera imoral. A principal virtude do Estado é a Prudência e com esta deve ser capaz de medir as suas ações no cenário internacional.
5- As aspirações morais de uma nação não pode ser identificadas como preceitos morais universais, pois a política é guiada pelo poder, e para tal usa-se os preceitos morais para justificar ações estatais. Vide: nazismo alemão, comunismo soviético e imperialismo americano.
6- A esfera politica é autônoma, ou seja, não é subordinada a nenhuma outra esfera. A politica internacional em nada depende da economia e do direito, sendo assim, a politica externa toda suas decisões com suas próprias logicas e leis.
O poder é classificado da seguinte forma:
Utilizável e Não Utilizável: Utilizável é aquele que pode ser expresso como forma militar e armamentista em uma guerra.
Armas nucleares são um exemplo de Poder Não Utilizável pois mesmo que um Estado as tenha provavelmente não as utilizará, ainda mais quando em disputa com outro Estado que também as possua, sob o risco da mutua destruição. MAD (Mutual Assured Destruction) “loucura” em inglês.
Poder legítimo e ilegítimo:
Legítimo é moralmente justificável, como uma guerra de autodefesa, de apoio aos aliados ou com aprovação da ONU.
Ilegítimo é todo aquele que não encontra respaldo legal ou moral, como ações de guerrilha ou guerras desencadeadas por ações expansionistas de um Estado.
Morgenthau aprofunda-se mais no conceito de poder e conclui que o exercício da violência física é valido e compreende que o exercício desse poder é fundamental para entender a força e o poder de uma nação.
Quanto aos tipos de politica externa dos Estados:
Politica de status quo: visa conservar o poder evitar mudanças no sistema internacional que auterem sua situação. Ex: Uruguai.
Politica de imperialismo: politica voltada a aquisição de mais poder mediante a alteração da estrutura atual. Ex: China
Política de prestígio: baseada na ostentação como forma de manter, aumentar, ou em ultimo caso, mostrar um poder não existente. Ex: USA ao utilizar duas bombas atômicas no já derrotado Japão na Segunda Guerra Mundial.
Escola Inglesa
	Movimento intelectual surgido com a criação do Comitê Britânico de Teoria de Politica Internacional em 1948, tem como seus mais fortes nomes Hedley Bull e Martin Wigth, autores ditos pluralistas por mesclarem princípios do realismo e idealismo.O comitê buscava compreender, identificar e repensar os fenômenos internacionais, tais como: diplomacia, politica externa, conflitos internacionais, para tal utilizava-se de aspectos que envolviam ideias tanto realistas quanto idealistas.
* Sistema Internacional (Hobbes/Maquiável): Tange aspectos relativos ao poder e aos interesses nacionais, em um cenário anárquico os próprios Estados se equilibrariam com a Balança de Poder, principalmente no abrange os aspectos militares. Nesse quesito a EI (Escola Inglesa) é bastante similar ao realismo. Guerras, comércio e quaisquer outras formas de convívio e noção de coexistência no globo terrestre por parte dos Estados forma um Sistema Internacional
*Sociedade Internacional (Groitius): Basicamente sugere que os Estados assim como as pessoas, estão inseridos e compõem certas sociedades, sociedades estas que os moldam e são moldadas por eles. Quando os Estados não forma meramente um Sistema Internacional e passam a dar espaço para um maior diálogo e contém regras e instituições comuns, tem-se então a criação de uma Sociedade Internacional. Essa visão está muito ligada o conceito de normatização de Groitius que via no Direito Internacional o modo para a criação de uma sociedade de convívio mútuo entre os Estados. A União Europeia é um exemplo de Sociedade Mundial, visto os interesses, as regras e as instituições comuns aos membros.
*Sociedade Mundial (Kant): é a ideia da existência de valores e normas aceitas e respeitadas por indivíduos internacionalmente, transcendendo os limites geográficos do Estado. Parte do mesmo preceito de Sociedade Internacional, mas a centralizada na figura humana, dando ênfase à humanidade e a o indivíduo; admitindo-se que compartilhem certas instituições e valores comuns(vida,DH,etc). Desprezando fronteiras geográficas impostas pela sociedade e soberanias nacionais, considerando a raça humana como um todo. Tem em seus objetivos a manutenção da paz e da justiça, tanto social quando econômica; proteção ambiental, proteção aos Direitos Humanos e intervenção em caso de violação dos mesmos. Parte-se da premissa que um ser humano tem responsabilidade com/pelo outro, visto que todos são parte integrante de um nação maior, a nação humana.
Escola Inglesa - Martin Wigth
Responsável pelos "três erres" da Escola Inglesa: realismo, racionalismo e evolucionismo.
*Realismo: parte mais ligada ao positivismo e ao Sistema Internacional, busca analisar as relações de poder e sobrevivência entre Estados. Segundo tal, o anarquismo do cenário internacional leva à busca de sobrevivência por parte dos Estados, logo leva a um sucessiva e recorrente tentativa de balanceamento de Poder. Logo a Balança de Poder tende ao equilíbrio.
*Racionalismo: é associado à Sociedade Internacional, ou seja, ao maior díalogo entre as partes nacionais e díalogo do Estado com seus pares. O estudo das relações internacionais será feito com base nessa comunicação estatal a nivel internacional, lógicamente, quando mais próxima a cultura de um Estado for a de outro, mas facilmente será dada essa comunicação, Wigth era grande defensor da visão ''histórica'' em contraponto à visão "cientifica" dada às relações internacional pelos estadunidenses.
*Revolucionismo: ligado à Sociedade Mundial e a centralidadedo índividuo nas relações internacionais. É ao mesmo tempo ideal e contemporâneo. Ideal por ser um objetivo a ser atingido no futuro e contemporâneo por estar sendo atingido pouco a pouco, visto a presença de assuntos internacionais que tangem os individuos e a raça humana como um todo, como IDH, DH e intervenções humanitárias estarem em pauta na agenda global.
Escola Inglesa - Headley Bull
	Autor do livro "A sociedade anarquica", lançado em 1977. Começa seu livro discutindo o que é ordem, e a define como algo relacionado entre si e que forme uma estrutura básica, a água em forma de gelo seria um exemplo de ordem. A seguir faz distinções mais pontuais e aplicáveis às relações internacionais.
Ordem Internacional é definida como um conjunto de ações e fatores que mantém a o Sistema Internacional coeso e permita que ele se desenvolva e atinja seus objetivos elementares.
Mas quais são os objetivos de uma Ordem Internacional? em primeiro lugar, todas as sociedades procuram garantir que a vida seja protegida [...]. Em segundo lugar, todas as sociedades procuram a garantia de que as promessas feitas sejam cumpridas [...]. Em terceiro lugar, todas as sociedades perseguem a meta de garantir que a posse das coisas seja em certa medida estável [...].”
Ordem Mundial é vista como um conceito mais amplo que Ordem Internacional, dessa vez envolvendo não somente Estados, mas também indíviduos OING's, ITN's, etc. Pode ser definido como "padrões ou disposições da atividade humana que sustentes os objetivos elementares ou primários da vida social na humanidade considerada em seu conjunto."
Ordem no Sistema Internacional Bull argumenta que segundo o Realismo uma Sociedade Internacional seria impossível de se manter devida a anarquia que rege o mundo - falta de um governo mundial central - embora não discorde da existência da anarquia, sustenta que a formação de uma Sociedade Internacional é possível mesmo em ambientes anárquicos. Segundo Bull os Realista erraram em dizer que para existir Ordem seria necessário um Governo, pois esqueceram que existem outro fatores que não hierárquicos que levam os homens a coexistirem socialmente dentro de um Estado: sentimento de comunidade e hábito só como exemplos.
A ordem dentro do Sistema de Estados é mantida basicamente por:
* Interesses em comum: A noção de que um Estado é seu par e que os interesses de ambos são compartilhados, sabendo o interesse do outro Estado o primeiro medirá racionalmente suas ações. 
* Regras: As regras nada mais são do que as vontades comuns expressas legalmente sendo o Direito Internacional é o responsável. Basicamente é noção de que o Sistema é ordenado e os que fugirem do normatizado irão responder, orienta então a ação estatal.
* Instituições: O papel central das instituições é garantir que as regras sejam cumpridas, servindo então de forum de debate onde as regras são feitas, interpretadas, aplicadas e protegidas.
ademais a ordem muitas vezes é mantida por ser considerada um valor da conduta internacional e segundo Bull o Direito Internacional serve como uma "cola moral" que mantém a relação entre Estados.
Quanto ao Equilíbrio de poder:
Bull não ignora o e equilíbrio de poder e admite que durante a história se mostrou eficaz em não permitir que o sistema de Estados fosse conquistado e transformado em um império global, com o equilibro de poder as instituições - direito, diplomacia, comércio- mantiveram-se estáveis e ajudaram a garantir a ordem internacional. Headley Bull delega papel especial às potencias no papel de mantenedoras da ordem, segundo Bull se todos tivessem o mesmo poder seria dificil resolver os conflitos, pois os Estados não se temeriam. Em suma o equilibrio de poder supre a lacuna deixada pelo Direito Internacional.
Bull sugere ainda um série de alternativas para o sistema manter a ordem:
* Mundo desarmado: um cenário onde os armamentos fosse restritamente controlados por uma força mundial. Sem armas, sem guerras.
* Solidariedade entre os Estados: o cumprimento a risca da carta da ONU e dos tratados internacionais.
* Mundo com muitas potências nucleares: garantindo o direito ao armamento nuclear por grande parte dos países criaria-se uma série de potências militares, potências estas que não entrariam em conflito devido a possibilidade de respostas de seus pares, igualmente armados.
*Homogeneidade Ideológica: um mundo onde todos pensassem igual seria um mundo menos propenso ao conflito, o Liberalismo e o Comunismo são apontados como possíveis saídas, embora seja difícil pensar em tal uniformidade ideológica.
E possíveis cenários sem o Sistema Internacional:
1 - Sistema mas não uma Sociedade: significaria a ausência de interesses e regras comuns. Haveriam conflitos internacionais e tentativas de equilíbrio de poder a nível regional, haveriam potencias, mas não uma potencial dominante em escopo global.
2- Estados mas não um sistema: uma série de Estados estariam isolados ou semi-isolados, poderia até ver um contato regional, mas não um em escala mundial.
3- Governo Mundial: seria celebrado uma espécie de contrato social entre os Estados, que delegariam a um a um "Estado" o controle mundial, uma espécie de republica universal.
4-Neo-Medievalismo: nenhum Estado ou governante tem soberania completa sobre um terminado espaço geográfico, os governantes teriam de compartilhar a autoridade com uma complexa rede hierárquica, ou seja, um sistema de lealdade múltiplas e sobrepostas autoridades. 
Neo Liberalismo:
	É uma corrente que bebe das mesmas fontes idealistas, porém parte da premissa de adapta-las ao momento histórico vivido (pós guerra fria) e traz nova óptica ao assuntos tratados no idealismo, se pondo porém, de maneira mais mais "realista" e menos utópica. Teve como seus principais expoentes Nye e seu parceiro de pesquisas Keohane.
	Os neoliberais embora concordem com a idéia de anarquia pensada por Hobbes no século XVII a adaptam aos tempos atuais, tendo em vista que o estado de "guerra de todos contra todos" não existe mais, uma vez que o mundo encontra-se, de certo modo, ordenado. Considera-se então, as instituições internacionais como os meios ordenadores do sistema internacional, vide: ONU, OMC, FMI, etc.
	A premissa basica da corrente defente que para que os Estados possam se relacionar corretamente e como entes de um mesmo sistema, é necessário a construção de instituições que facilite a comunicação e a intereção interestatal. Preocupa-se, então, em estudar como as instituições internacionais irão balizar o comportamento dos Estados e defente que para os Estados cooperarem é necessário o interesse mútuo e institucionalização das relações reciprocas, assim sendo, o poderio militar, sob a optica neoliberal, perde força; sendo usados então novos meios de 'combate', meios esses pautados por instituições e regras internacionais. Quando isto não acontece volta-se ao pensamento realista/neorealista, onde a força impera. Devido a interdependencia entre os Estados, estes tendem a ser menos belicosos entre sí, visto que a cooperação é positiva para os dois, ademais acreditam em ganhos absolutos
	Os neoliberais acreditam que os relações transnacionais (leia-se relações que envolvem outros atores que não somente o Estado) transformam as relações internacionais. Por exemplo uma maior preocupação a nivel global devido a pressões de ONGs. 
. 
Globalismo (Marxismo)
	Corrente baseada no pensando de Marx e em sua metodologia epistemológica: o materialismo histórico, ainda que Marx não tenha escrito propriamente sobre relações internacionais, ele tinha bastante clareza sobre as relações de exploração e da dimensão global do capitalismo. Segundo os globalistas as mudanças históricas se dão a partir de mudanças na estrutura econômica. Dai a célebre frase: a Economia é o motor da história começou a ganhar maior a partir dos anos 90 quando as teorias realista e liberais começavam a perder força devido a falta de explicações frente as questões da época.
	Tem como seu principal expoente o Vladimir Lenin que reconstruiu e reformulou os pensamentosde Marx, desta vez os aplicando ao escopo global, que escreve em 1916 “O imperialismo: o estágio mais avançado do capitalismo”. Segundo o autor no imperialismo o capital financeiro – entenda-se por como a fusão do capital industrial e bancário - havia adquirido importância fundamental ao servir de meio de prestação de serviço à classe burguesa e haveria uma necessidade proeminente do capital financeiro se internacionalizar, de modo a conseguir auferir mais lucros e essa corrida pela conquista de novos mercados consumidores leva ao encontro diferentes interesses que por sua vez levariam ao conflito, isso significa que enquanto houve a tentativa de maiores lucros haverá a guerra, sendo então o comunismo a fonte da real e verdade paz internacional.
	Segundo os globalistas a função primordial do Estado é assegurar a estabilidade da ordem capitalista, permitindo o acumulo de capital. O Estado por sua vez é marionete da elite da burguesia nacional, que relacionando-se com outros Estados, leia-se elites da burguesia exterior, busca o lucro e acumulo de capital no além fronteiras. Baseia-se na ideia de que a burguesia nacional domina a prole nacional e buscará dominar de forma predatória a burguesia exterior, formando-se assim relações de subordinação e dominação entre Estados, ou seja, a politica visa simplesmente implementar a economia e aumentar o seu escopo de atuação
	Segundo as teorias marxistas os capitalistas exploram seus trabalhadores, pagando a eles baixos salários e logrando enormes ganhos sobre seu trabalho, o que levou a um excesso de produção, pois o mercado interno já não era capaz de absorver os bens produzidos devido a baixa remuneração nacional; assim a saída lógica é a escoação dos bens de produção através de novos campos consumidores.
	Os Marxistas também enfatizam a Divisão Internacional do Trabalho, segundo eles, os países se especializam na produção de determinados produtos com baixou ou alto nível de tecnologia agregado, ex: Brasil commodities, Japão carros. Quanto mais desenvolvida é uma nação menor são as taxas de lucratividade na venda de seus produtos para os seus nacionais, por isso se torna necessário buscar novos mercados de forma predatória, mercados esse que se encontram em relativo atraso tecnológico.

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