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Criação de bezerras leiteiras - Rehagro

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E-BOOK
CRIAÇÃO DE 
BEZERRAS LEITEIRAS
Vol. 1: Primeiros cuidados e principais doenças
INTRODUÇÃO
Assim como em qualquer outra fase, as práticas corretas de 
manejo sanitário durante a recria são essenciais para que haja 
sucesso na criação de bezerras leiteiras. Ações providenciais 
realizadas logo após o nascimento, como a colostragem e a cura 
de umbigo, se tornam imprescindíveis para garantir a saúde dos 
animais. Caso estas ações não sejam realizadas corretamente, as 
taxas de morbidade e mortalidade aumentam consideravelmente, 
trazendo prejuízos à propriedade. Apresentando impactos não 
somente à curto prazo, mas o processo de determinadas doenças 
ocasiona em alterações permanentes nos animais, de forma a 
impactar no seu desenvolvimento, produção e vida futura.
O intuito do volume 1 deste e-book sobre criação de bezerras 
leiteiras é abordar os primeiros cuidados a serem realizados logo 
após o nascimento e as principais doenças que acometem os 
animais durante a fase inicial de vida.
PRIMEIROS 
CUIDADOS
PRIMEIROS 
CUIDADOS
COLOSTRAGEM
O QUE É O COLOSTRO?
O colostro consiste na primeira secreção láctea dos mamíferos 
logo após o parto, sendo responsável principalmente por fornecer 
energia e imunidade passiva devido aos seus elevados teores 
de gordura (6,7%), proteína (14%) e imunoglobulinas (6%) – 
principalmente IgG. Estas funções do colostro são extremamente 
importantes para o neonato, uma vez que o tipo de placenta dos 
bovinos (sindesmocorial) não permite a passagem de grandes 
moléculas para o feto e os bezerros recém-nascidos possuem 
pouca reserva energética no organismo e um sistema imune inato 
imaturo.
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PILARES DE UMA COLOSTRAGEM ADEQUADA
Basicamente, os quatro pilares da colostragem adequada 
envolvem qualidade imunológica, qualidade sanitária, quantidade 
de colostro e tempo de fornecimento de colostro a partir do 
nascimento:
Todos os quatro pilares impactam diretamente na eficiência de 
colostragem das bezerras e no nível de proteção conferido a elas.
 
Casos em que, por exemplo, o colostro é ofertado após 6 horas 
do parto e/ou apresenta baixa concentração de IgG e alta 
contaminação microbiológica, elevam consideravelmente os 
riscos das doenças perinatais. 
Pilar Condição ideal
Qualidade imunológica Mínimo 50 g/L IgG e > 22° Brix
Qualidade sanitária CBT < 100.000 UFC/mL e coliformes < 10.000 UFC/mL
Quantidade 10% PC (1ª*) e 5% PC (2ª**)
Tempo Até 6 horas após o parto
CBT – Contagem Bacteriana Total; UFC – Unidades Formadoras de Colônia; 
PC – Peso Corporal; * - 1ª colostragem; ** - 2ª colostragem 
PILAR: TEMPO
O tempo máximo de 6 horas estipulado para realização do processo 
de colostragem se deve à circunstância de que, após este período, 
as vilosidades da mucosa intestinal reduzem a permeabilidade de 
moléculas grandes, como os anticorpos.
Em eventos onde a bezerra não mame o colostro de forma 
espontânea através da mamadeira, é preciso providenciar a 
colostragem via sonda esofágica, de forma a garantir sua ingestão. 
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PILAR: QUALIDADE IMUNOLÓGICA E SANITÁRIA
A qualidade do colostro ofertado às bezerras é influenciada de 
modo multifatorial. As influências vão desde o período da vaca no 
pré-parto, até o modo como o colostro é ordenhado e armazenado. 
Raça, idade da vaca, ordem de parto duração do período 
seco, manejo alimentar no pré-parto e vacinação constituem 
alguns dos fatores que interferem na qualidade imunológica 
do colostro bovino, que pode ser avaliada conforme a tabela.
Já o perfil sanitário do colostro depende das práticas de higiene 
adotadas durante os processos de obtenção, armazenamento 
e fornecimento, podendo ser avaliado através dos exames de 
cultivo microbiológico (CBT e coliformes).
MÉTODO DE AVALIAÇÃO
QUALIDADE IMUNOLÓGICA COLOSTRÔMETRO REFRATÔMETRO
Boa > 50 g/L > 22° Brix
Média 21 – 50 g/L 18 – 22° Brix
Baixa < 20 g/L < 18° Brix
Adaptado de Godden, Lombard, Woolums, 2019
PILAR: QUANTIDADE
O modelo atual de criação de bezerras leiteiras recomenda um 
plano de colostragem baseado em duas ofertas de colostro ao 
longo das primeiras 24 horas de vida, sendo a primeira ingestão 
do colostro materno em até 6 horas (10 a 12 % do PC) e a segunda 
oferta ocorrendo 12 horas após a primeira colostragem (5% do PC). 
Uma alternativa interessante para a segunda oferta consiste no 
resfriamento do volume excedente utilizado para a primeira 
colostragem. 
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As possíveis formas de oferta de colostro para as bezerras envolvem 
o colostro fresco, colostro refrigerado, colostro congelado e colostro 
em pó. Visando estocar colostro de alta qualidade imunológica, é 
utilizada a estratégia de armazenamento do material nas formas 
refrigerado e congelado.
 Uma alternativa interessante para o aproveitamento de colostro de 
baixa qualidade constitui na sua associação a um colostro de boa 
qualidade, processo conhecido como enriquecimento de colostro. 
Em situações de escassez de colostro de alta qualidade imunológica, 
o enriquecimento com colostro em pó se torna uma alternativa 
interessante.
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A avaliação da eficiência de colostragem é feita através da 
dosagem das proteínas séricas totais da bezerra, verificando assim, 
a transferência de imunidade passiva. 
Uma amostra individual de sangue deve ser coletada entre 48 horas 
e 7 dias após a realização da colostragem, sendo armazenada em 
um tubo sem anticoagulante. Após o processo de coagulação ter 
ocorrido, pingar uma gota de soro no prisma de um refratômetro 
de g/dL ou Brix, ambos podendo ser óptico ou digital. 
Resultados iguais ou superiores a 6,2 g/dL ou 9,4° Brix, indicam que 
a colostragem foi realizada da forma correta, oferecendo proteção 
ideal por anticorpos colostrais à bezerra. 
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CATEGORIAS 
PROPOSTAS
NÍVEIS DE IgG
PROPOSTOS
EQUIVALENTE DA 
CONCENTRAÇÃO DE 
PROTEÍNA SÉRICA 
TOTAL (g/dL)
EQUIVALENTE DA 
CONCENTRAÇÃO 
SÉRICA DE BRIX (%)
Excelente > 25,0 g/L > 6,2 g/dL > 9,4 %
Ótimo 18,0 – 24,9 g/L 5,8 – 6,1 g/dL 8,9 – 9,3 %
Bom 10,0 – 17,9 g/L 5,1 – 5,7 g/dL 8,1 – 8,8 %
Ruim < 10,0 g/L < 5,1 g/dL < 8,1 %
CONFIRA NA TABELA ABAIXO OS NOVOS PARÂMETROS PARA 
O MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA DE TRANSFERÊNCIA 
DE IMUNIDADE PASSIVA (TIP):
Uma boa meta para a transferência de imunidade passiva é a de que 
90% das bezerras avaliadas apresentem eficiência na colostragem,
ou seja, valores iguais ou superiores a 6,2 g/dL ou 9,4° Brix.
Adaptado de Lombard et al., 2020
CURA DE UMBIGO
ANATOMIA UMBILICAL
A anatomia umbilical dos bezerros é composta por uma veia, duas 
artérias e um úraco.
Logo após o nascimento e rompimento dos anexos fetais, a 
estrutura do umbigo configura uma porta de entrada de infecções 
para o organismo do animal. Desta forma, a cura do umbigo é um 
procedimento fundamental a ser realizado com as bezerras recém-
nascidas.
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VEIA ARTÉRIAS
ÚRACO
Processos de onfalite nem sempre ficam restritos somente ao 
umbigo, ocasionando alterações em outras áreas do organismo 
das bezerras. Além da possibilidade de acarretar alterações 
físicas e fisiológicas, estudos demonstram que a ocorrência dos 
distúrbios gerados pelas infecções umbilicais possuem correlação 
com redução da produção de leite, já na primeira lactação.
Onfalites não diagnosticadas e/ou não tratadas tendem a se 
complicar, ocasionando septicemia e levando os animais a óbito. 
O esquema a seguir demonstra algumas das possíveis alterações 
que podem ocorrer de acordo com a estrutura umbilical afetada:
Hepatite Pneumonia
Cistite
Abcessos hepáticos Artrites
Piúria
O ideal éque a cura de umbigo seja realizada imediatamente após 
o nascimento da bezerra, podendo ser feita com tintura de iodo 
de 7 a 10%. O processo recomendado é imergir o cordão umbilical 
até a sua base na tintura de iodo durante aproximadamente 30 
segundos, adotando uma frequência mínima de 2 vezes por dia 
até o dia em que o umbigo seque e se desprenda do abdômen. 
A conservação da tintura de iodo ao abrigo da luz solar e da matéria 
orgânica é essencial para garantir o seu desempenho, visto que o 
contato do produto com esses fatores reduz a sua bioeficiência. 
São por esses motivos que se indica o armazenamento do iodo 
em um recipiente âmbar (reduz a passagem de radiação solar) do 
tipo copo, sem retorno (evita a volta da sujidade do ambiente para 
a tintura). 
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PRINCIPAIS
DOENÇAS
PRINCIPAIS
DOENÇAS
Dentre as doenças que afetam as bezerras durante a fase de 
recria, as que tem maior ocorrência são as diarreias, as infecções 
umbilicais, os problemas respiratórios e a tristeza parasitária 
bovina. Dados de campo têm demonstrado quais são os períodos 
críticos para a ocorrência destas doenças, servindo como 
informações valiosas que auxiliam na prevenção, monitoramento 
e definição de estratégias que visam a redução da morbidade e da 
mortalidade.
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DIARREIA
A diarreia consiste em uma das principais razões pelas quais as 
bezerras adoecem e morrem. Durante a fase de aleitamento, 
as bezerras são altamente susceptíveis à ocorrência de 
diarreias, devido ao sistema imunológico não estar plenamente 
desenvolvido. Isso contribui para que uma ampla diversidade 
de agentes patogênicos ocasione distúrbios intestinais de graus 
variáveis.
Todavia, há aquelas diarreias de origem não infecciosa que se 
desenvolvem mediante situações que prejudicam a absorção 
intestinal, fazendo com que solutos se acumulem na luz do órgão, 
promovam atração hídrica e aumentem a fluidez das fezes.
As causas das diarreias não infecciosas envolvem principalmente 
erros no manejo alimentar das bezerras, como a má higienização 
dos utensílios e a oferta de sucedâneos de baixa digestibilidade.
A diarreia ocasiona no animal, principalmente, quadros de 
desidratação, levando a perdas eletrolíticas e desequilíbrio ácido-
básico. Estes efeitos podem se apresentar em níveis variados, 
porém, sempre possuem como característica o comprometimento 
do estado geral do animal e, consequentemente, facilitam a 
entrada de novos agentes infecciosos. 
Portanto, assim como em qualquer outra doença/distúrbio, na 
diarreia o ideal é que o diagnóstico seja feito precocemente e o 
tratamento comece a ser realizado o mais rápido possível, a fim de 
evitar maiores complicações no organismo do animal. 
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As principais doenças causadoras de diarreia durante a fase de 
aleitamento são a Cripstosporidiose, Coccidiose, Salmonelose, 
Colibacilose, Clostridiose, Coronavirose, Rotavirose e Diarreia Viral 
Bovina.
Todos eles possuem as vias orais e fecais como potenciais meios de 
transmissão, sendo que a higiene das instalações e do ambiente 
constituem medidas básicas e essenciais de profilaxia. 
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As tabelas a seguir apresentam os principais agentes com os 
respectivos períodos de ocorrência:
PROTOZOÁRIOS
AGENTE PATOGÊNCIO Cryptosporidium sp. Eimeria sp.
PERÍODO MÉDIO DE 
OCORRÊNCIA (DIAS)
3 – 33 dias A partir de 21 dias
VÍRUS
AGENTE PATOGÊNCIO Coronavírus Rotavirus Diarreia viral bovina
PERÍODO MÉDIO DE 
OCORRÊNCIA (DIAS)
1 – 30 dias 1 – 32 dias 2 – 30 dias
BACTÉRIAS
AGENTE PATOGÊNCIO Salmonella sp.
Escherichia 
coli
E. coli K99
Clostridium 
perfringens
PERÍODO MÉDIO DE 
OCORRÊNCIA (DIAS)
1 – 30 dias 1 – 31 dias 1 – 10 dias Até 10 dias
Adaptado de Blanchard, 2012
PATOGENIA DA DIARREIA
E. coli 
Rotavírus
Produção de 
enterotoxinas
Atrofia de 
vilosidades
Rotavírus
CoronavírusSalmonela
INFLAMAÇÃO
HIPERSECREÇÃO
INTESTINAL
MÁ DIGESTÃO
MÁ ABSORÇÃO
Eimeria
Cryptosporidium
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Fonte: Rehagro Consultoria
NÚMERO DE CASOS DE DIARREIA EM BEZERROS LEITEIROS 
DE ACORDO COM A IDADE (DIAS)
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PONTO CRÍTICO
1.406 Casos clínicos
INFECÇÕES UMBILICAIS
Conforme já abordado, o processo de cura do umbigo representa 
um dos primeiros cuidados que se deve realizar com as bezerras 
logo após o nascimento, visto que o umbigo do recém-nascido 
ainda está aberto e corresponde a uma grande porta de entrada 
de microorganismos. 
Caso uma quantidade considerável de bactérias alcance as 
estruturas umbilicais intra-abdominais e se dissemine pelo 
organismo, várias alterações podem ser desencadeadas, dentre 
elas a septicemia, a pneumonia, abcessos pulmonares e hepáticos, 
poliartrites, endocardites, encefalites etc. Além destas alterações, 
o umbigo curado inadequadamente ou não curado representa 
um excelente atrativo de moscas que desencadeiam processos de 
miíases.
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Um dos métodos mais eficazes para avaliação da eficiência da cura 
de umbigo consiste na realização da palpação umbilical. Neste 
método se objetiva o reconhecimento manual das estruturas 
umbilicais, que as classifica em escores de 0 a 2:
ESCORE CONDIÇÃO UMBILICAL
0 Umbigo normal
1 Onfalite externa
2 Onfalite interna
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Uma meta ideal é de que no mínimo 90% das bezerras 
avaliadas expressem escore umbilical 0, ou seja, sem 
alterações. 
DOENÇA RESPIRATÓRIA 
BOVINA (DRB)
A patogênese das doenças respiratórias bovinas normalmente 
envolve a associação de fatores que comprometem os mecanismos 
de defesa do organismo, facilitando a infecção primária das vias 
respiratórias por um ou mais microorganismos, que geralmente 
são vírus, bactérias e/ou micoplasmas.
Sinais clássicos de problemas respiratórios em bezerras leiteiras 
envolvem corrimento nasal, tosse, aumento da frequência 
respiratória, alteração do padrão respiratório, letargia e febre 
(temperatura retal igual ou superior a 39,3°C).
Dentre a diversidade das doenças respiratórias bovinas, a 
broncopneumonia é a mais frequente. Quadros crônicos de 
pneumonia possuem a característica de provocar consolidação do 
parênquima pulmonar, reduzindo assim, a capacidade respiratória 
do animal de forma permanente e irreversível.
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Além de uma boa colostragem, assegurar uma qualidade do 
ar adequada nas instalações se torna fundamental para evitar 
quadros de pneumonia. O ambiente onde as bezerras são alojadas 
deve ser seco, arejado e livre de odores e resíduos. 
Conforme já mencionado anteriormente, a correta cura de 
umbigo também constitui um ponto importante para prevenção 
de pneumonia em animais recém-nascidos, visto que a barreira 
química formada no cordão umbilical impede a disseminação 
microbiana pelo organismo.
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Estudos demonstram que a ocorrência de doença respiratória 
em bezerras com até 60 dias de vida pode impactar na redução 
de até 525 litros de leite na primeira lactação.
Fonte: Rehagro ConsultoriaNÚMERO DE CASOS DE PNEUMONIA EM BEZERROS 
LEITEIROS DE ACORDO COM A IDADE (DIAS)
0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 90 96 10
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PONTO CRÍTICO
PONTO CRÍTICO 2
4.628 CASOS CLÍNICOS
TRISTEZA PARASITÁRIA 
BOVINA
A tristeza parasitária bovina se baseia em uma doença de 
grande ocorrência nacional. Os seus impactos são extensos, 
principalmente em propriedades que não realizam prevenção e 
monitoramento, como a queda nos índices zootécnicos, redução 
do ganho de peso e aumento da idade ao primeiro parto, aumento 
nos gastos com medicamentos/tratamentos e mortalidade dos 
animais acometidos. Visando reduzir os impactos da doença, é 
necessário adotar estratégias de monitoramento dos animais, 
buscando identificar de forma precoce aqueles que necessitam de 
tratamento.
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A tristeza parasitária bovina consiste em um complexo de 
doenças causadas por agentes intraeritrocitários obrigatórios 
representados pela bactéria do gênero Anaplasma (espécie mais 
comum: marginale) e pelo protozoário do gênero Babesia (espécies 
mais comuns: bovis e bigemina). 
Tanto a anaplasmose quanto a babesiose podem ser transmitidas 
através do uso de instrumentos perfurocortantes contaminados 
(agulha, bisturi etc). O agente Anaplasma marginale ainda pode 
ser transmitido via picada de insetos hematófagos, como moscas 
e mutucas. A Babesia sp. pode ser veiculada via repasto sanguíneo 
de carrapatos infectados.
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Os sinais clássicos da doença incluem febre (temperatura retal 
igual ou superior a 39,3°C), letargia, apatia, alteração na coloração 
das mucosas (ictéricas, pálidas e/ou com presença de petéquias), 
corrimento lacrimal e perda de apetite. 
O monitoramento da doença pode ser feito através de avaliação 
clínica do animal, aferição da temperatura retal (atentar para > 
39,3°C), esfregaço sanguíneo e hematócrito, sendo os dois últimos 
os mais indicados para se realizar o diagnóstico.
O diagnóstico precoce contribui substancialmente para o sucesso 
do tratamento, além de reduzir a taxa de mortalidade do rebanho. 
Durante as fases críticas de criação, como a recria, o monitoramento 
e os cuidados devem ser redobrados a fim de garantirem a saúde 
do rebanho, maximizarem o bem-estar e a produtividade animal. 
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Fonte: Rehagro Consultoria
NÚMERO DE CASOS DE TPB EM BEZERROS LEITEIROS 
DE ACORDO COM A IDADE (DIAS)
1 8 14 20 26 32 38 44 50 56 62 68 74 80 26 92 98 10
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150
100
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PONTO CRÍTICO
100 – 170 DIAS
15.940 CASOS CLÍNICOS
VAMOS EM FRENTE?
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AUTORESAUTORES
BRUNO MARINHO MENDONÇA GUIMARÃES
Médico Veterinário formado pela PUC Minas. Pós-graduando em 
pecuária leiteira pelo Rehagro. Técnico em Agropecuária pela 
UFV. Atua no Grupo Rehagro desde 2019.
RAFAEL SANTANA FERRAZ
Médico Veterinário formado pela UFMG. Mestrando em ciência 
animal na área de clínica e cirurgia pela UFMG. Especialista em 
pecuária leiteira pelo Rehagro. Atua no Grupo Rehagro desde 2014.
JOÃO LÚCIO REZENDE SÃO JOSÉ DINIZ
JOSÉ ZAMBRANO 
Médico Veterinário formado pela UCLA/ Venezuela 2008. 
Mestre em Ciência Animal na área de Clínica de Ruminantes – 
UFMG 2013. Doutor em Ciência Animal na área de Clínica de 
Ruminantes – UFMG 2018. Atua no Grupo Rehagro desde 2017.
Médico Veterinário formado pela PUC Minas. Pós-graduando em 
pecuária leiteira pelo Rehagro. Trainee em Sanidade. Atua no 
Grupo Rehagro desde 2019.
THALLYSON THALLES TEODORO OLIVEIRA 
SANDRA GESTEIRA COELHO
Graduando em Medicina Veterinária pela UniBH - Belo Horizonte. 
Estagiário da Equipe Sanidade Rehagro. Atua no Grupo Rehagro 
desde 2018.
Médica Veterinária formada pela UFMG. Mestre em Medicina 
Veterinária pela UFMG. Doutora em Ciência Animal pela UFMG. 
Professora titular da Escola de Veterinária da UFMG.
REFERÊNCIAS
BITTAR, Carla M. M.; PORTAL, Rafaela N. S.; PEREIRA, Anna Carolina 
F. C. Criação de Bezerras Leiteiras. ESALQ/USP, 1ª Ed. Piracicaba, 
2018.
BLANCHARD, Patricia C. Diagnostics of Dairy and Beef Cattle 
Diarrhea. Vet. Clin. Food Anim., v. 28, p. 443–464, 2012.
CHO, Yong-Il, et al. Case–control study of microbiological etiology 
associated with calf diarrhea. Veterinary Microbiology, 2013.
DUNN, T. R., et al. The effect of lung consolidation, as determined 
by ultrasonography, on first-lactation milk production in Holstein 
dairy calves. Journal of Dairy Science, v. 101, n. 6, 5404–5410, 
2018.
FOSTER, D. M.; SMITH, GEOF W. Pathophysiology of Diarrhea in 
Calves. Vet. Clin. Food Anim., n. 25, 13-36, 2009.
GODDEN, Sandra M.; LOMBARD, Jason E.; WOOLUMS, Amelia R. 
Colostrum Management for Dairy Calves. Vet. Clin. Food Anim, n. 
35, 535-556, 2019.
REFERÊNCIAS
HODGINS, D.C.; CONLON, J.A.; SHEWEN, P.E. Respiratory Viruses 
and Bacteria in Cattle. In: Polymicrobial Diseases. Brogden KA, 
Guthmiller JM, editors. Washington (DC): ASM Press. 2002.
 
PRITCHETT, L.C; GAY, C.C; HANCOCK, D.D; BESSER, T.E. Evaluation 
of the hydrometer for testing immunoglobulin G1 concentration 
in Holstein colostrums. Journal Dairy Science, v. 77, 1761-1767, 
1994.
SMITH, DAVID R. Field Disease Diagnostic Investigation of Neonatal 
Calf Diarrhea. Vet. Clin. Food Anim., n. 28, 465-481, 2012. 
Tel: (31) 3343-3800
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