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Livro-Texto - Unidade III (4)

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82
Unidade III
Unidade III
5 MUDANÇAS ESPERADAS E OBSERVADAS NA GESTÃO 4.0: RECURSOS 
HUMANOS, LOGÍSTICA, MARKETING E FINANÇAS
Conhecido o contexto geral da indústria 4.0, nesta unidade estudaremos áreas específicas, 
sugerindo diferentes estratégias para usar novas tecnologias e adaptá-las de uma área para outra em 
sinergia. Não devemos nos prender ao conhecimento de uma única área, pois é comum a migração 
de profissionais de mercados distintos. Dada a alta competitividade do mercado atual, é necessário 
estar cada vez mais preparado.
De acordo com Migliori (2020), gestões tradicionais estão ultrapassadas para o novo mundo, que 
cresce com a transformação digital. Portanto, cabe a questão: Como conduzir as organizações para essa 
passagem? Como transformá-las para uma nova era na economia, nos negócios e na sociedade? Uma 
boa estratégia é reciclar o modelo tradicional, e não necessariamente recomeçá-lo.
Sociedade corporativa 
(século XX)
Presidente
Assistente da 
presidência
Diretoria 
comercial
Diretoria 
administrativa
Diretoria 
financeira
Clientes
Sociedade em rede (século 
XXI)
Personagem 
principal
Figura 31 – Sociedade corporativa nos séculos XX e XXI
Fonte: Migliori (2020, p. 47).
As mudanças do mercado também alteram nossa forma de trabalhar. Bancos virtuais, por 
exemplo, apontam tendências importantes: o bancário tradicional mantinha um relacionamento 
pessoal com o cliente, sabia seu nome, conhecia suas características pessoais e necessidades, 
baseadas no relacionamento diário. A tecnologia hoje, por permitir transferências virtuais e menos 
contato físico, dispensou a cumplicidade pessoal entre profissional e cliente (ÁRTICO, 2020). Este já 
não precisa ir ao banco resolver pendências; basta utilizar ferramentas como internet banking ou 
aplicativos de celular.
83
INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
Mas como atender novos clientes com diferencial? O bancário foi obrigado a mudar a forma de 
trabalhar e a aprimorar competências para o novo cenário. A digitalização passou milhões de clientes 
para o atendimento virtual, o que melhorou muito a condição deles, dada a oportunidade de administrar 
a própria conta de forma rápida e prática. Com a facilidade da tecnologia, sobra mais tempo para ficar 
com a família, aproveitar o dia de sol, fazer academia, enfim, viver com mais qualidade.
O banco ainda precisa conhecer o cliente e analisar suas características para oferecer serviços 
direcionados, mas como fica a relação pessoal? Hoje é comum ter o telefone pessoal e o perfil do 
WhatsApp do gerente; o que parecia um absurdo agora aproxima dois extremos. Portanto, mudança é 
uma realidade para todos – empresas, funcionários e clientes. Organizações mudam porque precisam 
sobreviver, o cliente muda porque a tecnologia facilita sua vida, e o funcionário muda porque quer 
continuar empregado.
 Observação
Todos os segmentos empresariais estão passando por mudanças 
tecnológicas que afetam o perfil profissional de cada trabalhador. Fique 
atento e sempre se atualize.
Vamos iniciar pela área de recursos humanos. A ordem das áreas não está atrelada à importância; 
todas são necessárias para o bom funcionamento de uma organização.
5.1 Recursos humanos
A gestão de pessoas há muito tempo vem se transformando, valorizando cada vez mais o ativo mais 
importante da empresa: o colaborador. É com esse pensamento que uma empresa consegue evoluir e 
criar um ambiente propício para a inovação.
Funções fundamentais serão criadas, relacionadas com o apoio aos colaboradores para lidar com 
a indústria 4.0 implementada. Apoio psicológico será essencial para colaboradores se adaptarem ao 
novo ambiente de trabalho, assim como treinamentos que fomentem as competências necessárias para 
trabalhar com novas tecnologias (LIMA; MANZELA, 2020).
Ao valorizar o capital humano, o gestor de pessoas torna-se um gestor de talentos, pois lida com 
o desenvolvimento humano e de projetos. A gestão de pessoas na indústria 4.0 deve se tornar ainda 
mais participativa e humanista, de forma que os colaboradores se motivem e cumpram suas tarefas, 
contribuindo tanto para o crescimento empresarial quanto profissional (LIMA; MANZELA, 2020). 
A tecnologia também impõe mudanças nas habilidades profissionais, e algumas delas devem ser 
desenvolvidas para o colaborador se tornar cada vez mais eficaz.
84
Unidade III
A seguir, as principais habilidades do profissional do futuro (ÁRTICO, 2020):
• elasticidade mental;
• solução complexa de problemas;
• negociação;
• pensamento crítico;
• orientação de serviço;
• criatividade;
• julgamento e tomada de decisões;
• gestão de pessoas;
• inteligência emocional;
• conhecimento interdisciplinar;
• coordenação de colaboradores.
A maioria dessas habilidades não pode ser adquirida por robôs, pois são intrínsecas ao ser humano, 
e devem contribuir com o profissional do futuro. O sucesso depende de como as usamos.
 Lembrete
Por mais que a tecnologia avance, sempre será necessário capacitar 
seres humanos, portanto não devemos temer a substituição dos robôs, e 
sim nos qualificar.
5.1.1 Análise estatística de dados (people analytics)
É uma tecnologia da inteligência artificial em recursos humanos que pode criar planos de carreira, 
contratações, demissões, promoções e outras atribuições, aprimorando a compreensão de perfis e sua 
influência no local de trabalho.
Uma atividade muito desgastante para os recursos humanos é selecionar e contratar profissionais, 
tanto para o departamento quanto para o próprio profissional avaliado. A inteligência artificial 
pode analisar dados, otimizar tarefas e reduzir os custos, detectando com mais facilidade o perfil do 
candidato ideal.
85
INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
5.1.2 Home office
Também chamado de teletrabalho, é outra mudança significativa nos recursos humanos. Em vez 
de controlar o funcionário segundo horas trabalhadas, hora de almoço, produtividade, atraso, falta, 
afastamento, entre outros, a indústria 4.0 aplica software e hardware adequados a cada situação, 
incluindo ferramentas de KPI.
Ainda há muito a desenvolver para o home office ser de fato eficaz, e essa mudança precisa ocorrer 
no comportamento dos profissionais, principalmente dos líderes do futuro. Veja os desafios dos recursos 
humanos na aplicação do home office:
Quadro 3 – Desafios de recursos humanos
Acesso à tecnologia Gestão de tarefas Comunicação
Acesso a equipamentos adequados Engajar equipes Comunicar-se de forma eficaz
Boa conexão com a internet Organizar e acompanhar tarefas individuais Estimular a equipe a participar de 
reuniões virtuais
Inclusão digital pelo celular Conhecer as ferramentas disponíveis Evitar desengajamento em reuniões 
demoradas 
Infraestrutura básica de home office Ter clareza de tarefas, responsáveis e prazos Qualidade das interações
Acesso em comunidades rurais Conciliar trabalho e família Dominar ferramentas de 
comunicaçãoBaixas habilitantes diante das 
alternativas de softwares e aplicativos
Adaptado de: Leite (2020).
Portanto, a indústria 4.0 é uma grande aliada dos dilemas e das mudanças nos recursos humanos 4.0.
5.2 Logística
Por ser uma área percebida tanto pelo cliente interno (colaborador) quanto externo, é mais fácil 
enxergar suas mudanças, como na união de tecnologias integradoras, com sistemas de gestão que 
centralizam uma alta quantidade de dados ricos, otimizam o ecossistema e conquistam os seguintes 
resultados (O QUE É TECNOLOGIA…, 2021):
• melhor nível de serviço;
• mais qualidade de entrega;
• maior capacidade de entregar;
• mais confiabilidade de entrega;
• melhor flexibilidade de entrega.
86
Unidade III
Uma dessas tecnologias é a realidade aumentada, que eleva a quantidade e diminui o tempo de 
resposta a defeitos de manutenção em equipamentos, com um ótimo nível de confiabilidade. Ela também 
pode gerar participação dos clientes durante a fabricação, corrigindo pontos de qualidade e interagindo 
com eles sobre a personalização do produto.
Outro segmento muito importantena logística é o transporte, geralmente um dos mais 
onerosos; hoje percebe-se que novas ferramentas podem mudar esse cenário. Drones (figura 32) 
e veículos autodirigíveis (figura 33), por exemplo, já são realidade, reduzem custos e diminuem a 
contratação de pessoal.
Figura 32 – Drone
Disponível em: https://cutt.ly/eXsjxnc. Acesso em: 15 ago. 2022.
Figura 33 – Veículo autodirigível
Disponível em: https://cutt.ly/aXslWUZ. Acesso em: 15 ago. 2022.
87
INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
5.2.1 Internet das coisas e computação em nuvem
Internet das coisas é uma importante tecnologia na logística, pois conecta equipamentos do dia 
a dia à internet. Alguns deles já são automatizados e seguem apenas as orientações estipuladas pelos 
sistemas, aumentando a produtividade e reduzindo custos operacionais e riscos com profissionais.
A computação em nuvem também aperfeiçoa serviços logísticos, pois permite o acesso a dados 
em diferentes localidades, coletando, armazenando e disponibilizando-os rapidamente, facilitando 
seu gerenciamento.
5.2.2 Gêmeos digitais
Eles podem ser usados em diversas aplicações ao longo de toda a cadeia logística, como na gestão 
de redes de contentores, ao monitorar embarques ou elaborar sistemas de logística. Sensores da internet 
das coisas em contentores individuais, por exemplo, mostram sua localização e monitoram eventuais 
danos e contaminações. Esses dados fluem para um gêmeo digital da rede de contentores, que usa 
machine learning para garantir que se movimentem da forma mais eficiente possível (MESQUITA, 2019).
Gêmeos digitais podem ser aplicados não apenas para ativos individuais, mas também para redes 
e ecossistemas inteiros, como locais de armazenamento, combinando um modelo 3D das instalações 
físicas com dados operacionais e de estoque. Assim o sistema é capaz de fornecer uma visão geral do 
estado das máquinas e da disponibilidade dos produtos, além de prever problemas e tomar decisões 
autônomas com relação ao estoque e às entregas. O mesmo princípio se aplica aos centros logísticos de 
grande porte ou às redes globais de logística (MESQUITA, 2019).
5.3 Marketing
O mercado está em constante evolução, assim como as exigências dos consumidores. Marketing 
é a área que busca aumentar a demanda de compra, e hoje o marketing digital assume uma posição 
estratégica na organização, com a finalidade de atrair clientes a uma marca, seguindo estratégias 
específicas, em busca de uma comunicação mais intensa com o consumidor.
Alguns exemplos:
• Search engine optimization (SEO): proporciona o melhor posicionamento orgânico de um site 
nas pesquisas do Google ou outras plataformas de busca na internet.
• Search engine marketing (SEM): coloca em evidência anúncios pagos para buscas relacionadas 
ao produto.
• Inbound marketing (marketing de atração): acompanha o cliente até a conversão do produto.
• Redes sociais: promovem a marca em ambientes virtuais com postagens e anúncios, 
comunicando-se diretamente com o público.
88
Unidade III
Para essas estratégias funcionarem, é necessária uma tecnologia que colete, filtre dados e 
transforme-os em informação – ela é chamada de big data analytics.
Um relatório chamado Digital 2020: Brazil, elaborado pelas agências We Are Social e Hootsuite 
(KEMP, 2022), revela o panorama digital no mundo e no Brasil, incluindo quanto tempo os brasileiros 
passam online, aplicativos mais acessados, hábitos de consumo no e-commerce e muito mais.
O documento registra uma população mundial de 7,93 bilhões de pessoas (abril de 2022), e 57% delas 
residem em área urbana. Usuários móveis totalizam cerca de 5,32 bilhões de pessoas, o que equivale 
a 67% da população global. Smartphones representam 4 em cada 5 aparelhos móveis em uso hoje. 
Apesar do aumento constante (quase 200 milhões de novos usuários em relação ao ano anterior), ainda 
existem diferenças notáveis na qualidade do acesso à internet, com graves disparidades a depender dos 
países analisados.
Usuários de mídia social totalizam 4,65 bilhões, o que equivale a 58,7% da população global; no 
entanto, se filtrarmos apenas o público elegível (13 anos ou mais), os dados sugerem que cerca de três 
quartos de todas as pessoas capacitadas para usar mídias sociais já o fazem.
De acordo com o relatório, o Brasil detém 165,3 milhões de usuários de internet, indicando um 
aumento de 5,3 milhões (3,3%) em relação ao ano anterior.
De acordo com Volpato (2022), as 10 redes sociais mais usadas no Brasil em 2022 são:
1. WhatsApp (165 mi)
2. YouTube (138 mi)
3. Instagram (122 mi)
4. Facebook (116 mi)
5. TikTok (73,5 mi)
6. Messenger (65,5 mi)
7. LinkedIn (56 mi)
8. Pinterest (30 mi)
9. Twitter (19 mi)
10. Snapchat (7,6 mi)
89
INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
O relatório aponta que brasileiros passam em média 3 horas e 47 minutos por dia nas redes sociais, 
ficando atrás apenas de nigerianos, filipinos e sul-africanos, mas por poucos minutos; a tendência é que 
esse tempo aumente ainda mais. Temos outras consolidações no cenário, como a adoção generalizada 
do TikTok, que conquistou de vez celebridades e jovens no país.
O uso de aplicativos tem aumentado muito nos últimos anos e mudado o comportamento do 
consumidor, o que deve ser considerado por empresas, principalmente de marketing.
 Lembrete
As redes sociais devem ser usadas de forma consciente e respeitosa, 
pois, como o próprio nome diz, são uma rede de comunicação social.
Figura 34 – WhatsApp: rede social mais utilizada no Brasil
Disponível em: https://cutt.ly/eXsCtOE. Acesso em: 15 ago. 2022.
 Saiba mais
O relatório Digital 2020: Brazil traz informações muito interessantes 
sobre o comportamento dos usuários de internet no país. Leia-o na íntegra 
para se aprofundar no assunto.
KEMP, S. Digital 2020: Brazil. Datareportal, 17 Feb. 2020. Disponível em: 
https://cutt.ly/2K5GTX4. Acesso em: 4 jul. 2022.
90
Unidade III
A quantidade de informações tratadas pelo marketing é enorme, por isso o big data é essencial para 
o sucesso. O site Totvs exemplifica sete modelos de big data utilizados no marketing:
7 exemplos de Big Data aplicados no varejo para aderir já
[...]
1. Previsão de demandas e tendências
Uma companhia norte-americana de serviços de cartão de crédito utiliza o big data para 
gerar informações sobre os cancelamentos dos clientes. O objetivo é identificar as principais 
causas e encontrar maneiras de reduzir esses índices.
Para tanto, a empresa desenvolveu ferramentas com modelos preditivos. Elas fazem o 
registro dos históricos de transações dos consumidores e utilizam mais de 115 variáveis para 
verificar potenciais cancelamentos do serviço. Essa é uma forma de gestão encontrada para 
prever as tendências dos clientes e utilizar opções para reverter a saída deles da empresa. […]
2. Estratégias de marketing e fidelização dos clientes
Os dados coletados pelas ferramentas que utilizam big data são determinantes para 
avaliar a interação dos consumidores com a empresa. A tecnologia é capaz de coletar dados 
pessoais dos clientes, como nome, idade e gênero, e fazer uma conexão deles com o perfil 
de compra, as preferências e a frequência das visitas.
Por exemplo: se uma mulher está grávida, a ferramenta faz essa identificação pelo 
padrão de compra na loja (roupas, adereços, fraldas) e a comparação com a sua idade. Assim, 
a equipe de marketing consegue desenvolver estratégias para fazê-la retornar mais vezes 
para aproveitar promoções específicas, enviando ofertas para o e-mail e as mídias sociais. 
Essa é uma das estratégias que podem ser aplicadas para obter a fidelização de clientes.
O big data também permite integrar as informações do cliente com as suas mídias 
sociais para identificar o comportamento e o sentimento dele em relação à marca. Essa 
aplicabilidade gera insights valiosos para o time de marketing desenvolver campanhas 
específicas para atrair e reter os consumidores com o perfil do estabelecimento.
3. Otimização do e-commerce
As grandes redes de lojas virtuais do Brasil e domundo já utilizam o big data para 
ampliar as oportunidades de vendas e direcionar alguns produtos baseados no perfil de 
busca do consumidor.
Isso pode ser observado quando a empresa mostra informações como “o que os outros 
também compraram”, “esses materiais também podem interessar”. A Amazon, por exemplo, 
91
INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
sugere opções conforme as preferências de compra do cliente e os itens visualizados. Dessa 
maneira, a corporação consegue ampliar o tempo de permanência do consumidor no site e 
aumentar as oportunidades de vendas.
4. Mudanças no layout da loja
Os dados de sensores e do código de barras podem ser usados para rastrear o tráfego 
de visitantes na loja e os hábitos de compra a cada período do mês. Dessa maneira, a loja 
consegue criar promoções mais atrativas para os períodos de menor volume de vendas, 
além de otimizar os seus espaços para chamar a atenção do consumidor.
Um supermercado, por exemplo, utiliza essas informações para realizar ofertas mais 
expressivas nos períodos em que o cliente não tem muito dinheiro disponível. Ele também 
expõe placas maiores para identificar os preços diferenciados e estimular a compra por 
impulso. A ferramenta ainda contribui para verificar quais são os produtos que não têm 
bom índice de vendas e que podem ser retirados das prateleiras. […]
5. Personalização da oferta
A Netflix é um exemplo de empresa que sabe usar o big data a favor do usuário. Com base 
nos filmes e nas séries vistas por ele e na sua avaliação (curtiu ou não curtiu), a plataforma 
faz novas indicações de conteúdos similares. Assim, o consumidor não precisa perder muito 
tempo para procurar programas que sejam de seu interesse.
6. Redução de custos
A United Parcel Service usa o big data para otimizar as suas operações logísticas. A 
frota da empresa conta com telemetria e rastreamento por satélite para coletar dados. Eles 
são interpretados e usados para evitar a ociosidade dos veículos e também para realizar o 
agendamento preventivo das frotas. Essa é uma maneira de reduzir custos e aperfeiçoar as 
atividades da empresa.
7. Aumento das vendas
Um hotel pode ampliar ou reduzir o seu número de reservas de acordo com a previsão 
do tempo, as condições do trânsito e outros fatores que influenciam o turismo.
O Red Roof Inn conseguiu utilizar os dados do big data a seu favor. A rede de hotéis 
acompanha os cancelamentos de voos e a gravidade do clima e identifica um potencial de 
clientes que precisam de um lugar para dormir entre uma ponte aérea e outra. Dessa forma, 
ela realiza anúncios em plataformas mobile para atrair os viajantes e facilitar a reserva de 
um hotel mais próximo. […]
Fonte: 7 exemplos… (2018).
92
Unidade III
5.4 Finanças
Como todas as áreas, as finanças têm suas particularidades e sua importância dentro da organização, 
ainda mais por tratar de questões monetárias. É comum essa área ter foco somente operacional, 
passando dados do que acontece dentro da empresa. O ideal é que seja uma área consultiva, que 
resolva demandas e possibilite melhores oportunidades, agindo rapidamente e conhecendo o negócio 
e suas necessidades para analisar todas as formas de agregar valor ao cliente, utilizando, entre outras 
ferramentas, sua massa de dados.
Podemos adaptar às finanças algumas reflexões da contabilidade. De acordo com Álvaro Ricardino.
Não sei se algum país no mundo passou por experiência similar, mas tais 
situações servem para demonstrar a competência e a versatilidade dos 
profissionais da contabilidade brasileiros. A cada troca de moeda, novas 
regras foram estabelecidas, e nossos profissionais superaram cada uma 
dessas etapas e seguiram em frente. Não é de surpreender. Uma “simples” 
troca de moeda chega a ser nada para aqueles profissionais que, quase que 
diariamente, têm que se adequar às alterações das regras fiscais e tributárias 
que ocorrem em nosso país (apud PRADO; PEDRONI, 2016, p. 39).
Portanto, não é de hoje que presenciamos períodos de mudança no trato do dinheiro e dos 
profissionais envolvidos nessa gestão. A figura 35, por exemplo, aponta a cronologia da moeda 
brasileira, desde 1500.
Figura 35 – Moedas oficiais do Brasil
Fonte: Prado e Pedroni (2016, p. 38).
93
INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
A evolução que por séculos foi física, hoje, é digital; e precisamos nos adaptar a ela. Atualmente é 
impossível profissionais e empresas serem competentes sem o auxílio de novas tecnologias. O mundo 
é outro, e as informações são outras e enormes. O big data pode cruzar informações financeiras e 
demais dados relevantes da empresa, transparecendo o processo e aprimorando decisões, mesmo que 
num mercado estável como o financeiro.
Outra característica importante é a substituição de máquinas por softwares, permitindo ao 
profissional utilizar seu conhecimento de forma mais estratégica e agilizando processos. Além disso, 
com a indústria 4.0, as finanças têm à disposição uma série de ferramentas de controle financeiro. 
Alguns exemplos:
• Inteligência artificial: pode ser aplicada por softwares de gestão financeira, realizando desde 
operações repetitivas até simular a capacidade humana, aliada à consultoria de profissionais 
capacitados. A inteligência artificial estabelece padrões, identifica falhas e projeta estimativas, 
entre outras aplicações.
• Computação em nuvem: graças a tecnologias como computação em nuvem, os dados financeiros 
do negócio podem ser acessados e administrados de forma online e remota. O sistema de gestão 
é armazenado em uma única plataforma, proporcionando mais transparência, segurança e 
integração com as demais áreas.
• Blockchain: conhecida há pouco mais de 10 anos, é uma espécie de livro contábil digital 
que registra transações por blocos de dados interligados, protegidos por complexas provas 
criptográficas. Seu sistema descentralizado permite negociações mais ágeis e confiáveis entre 
parceiros comerciais.
Outras vantagens em utilizar novas tecnologias no segmento financeiro:
• emitir cobranças e notas fiscais;
• criar relatórios periódicos;
• enviar dados da empresa para o contador;
• controlar receitas e despesas, fluxo de caixa e plano de contas;
• agendar contas a pagar.
Uma empresa com finanças estáveis e transparência nos processos aumenta a confiança dos 
funcionários e presta um serviço de excelência, sem precisar intervir em situações como aumento na 
capacidade de processar dados ou número de pessoas envolvidas.
94
Unidade III
6 OUTROS EXEMPLOS DE MUDANÇA: COMÉRCIO EXTERIOR, GESTÃO 
COMERCIAL, QUALIDADE E PROCESSOS GERENCIAIS
6.1 Comércio exterior
Para Cohene (2021), o ano de 1993 para exportação e o de 1997 para importação marcaram o Brasil 
como pioneiro na tecnologia, quando o país lançou, em 1992, o Sistema Integrado de Comércio Exterior 
(Siscomex) para integrar etapas operacionais muito burocráticas. Até 2012, era offline e deveria ser 
instalado localmente; hoje é possível acessá-lo com uma versão online, e os players aguardam ainda 
mais mudanças na desburocratização da área.
A mesma autora aponta diversos benefícios em utilizar novas tecnologias no comércio exterior. 
Por exemplo:
• No setor operacional: diminuem custos, otimizam tempo, contêm falhas e desperdícios, 
fomentam sustentabilidade, organizam processos, reduzem retrabalho, possibilitam personalização 
e mitigam riscos.
• No setor comercial: melhor prospecção, mais detalhes de possíveis clientes, assertividade ao 
contratar, benchmarking, transparência e conexão entre setores.
Antes de 1992, o comércio exterior não era integrado, o que dificultava negócios não só no Brasil, 
mas em outros países também. Assim, o Siscomex trouxe mais informações e tecnologia para o setor. 
Em 2014 foi criado o Portal Único Siscomex, com o objetivo de diminuir burocracia, reduzir custos e 
tempo para importar e exportar.
Figura 36 – Página inicial do Siscomex
Disponível em: https://cutt.ly/5ZgAWt0. Acesso em: 28 jul. 2022
95
INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
O Portal Siscomex tem formatode central eletrônica e mostra processos e controles de importadores, 
exportadores, transportadores, depositários, despachantes aduaneiros, terminais portuários, entre 
outros, contemplando as principais ações de importação e exportação, como autorizações, certificações 
e licenças.
Mas a plataforma e o portal não são suficientes para as empresas brasileiras competirem 
internacionalmente; é necessário inovar, e a indústria 4.0 trouxe algumas possibilidades:
• Big data: o comércio exterior precisa aderir à inteligência de dados, com coletas, administração, 
organizações e interpretação, transformando-os em informação estratégica e aperfeiçoando decisões.
• Automação: é essencial no comércio exterior, pois reduz serviços manuais e elimina tarefas que a 
máquina pode fazer sozinha. Com a velocidade de dados e a grande quantidade de intervenientes 
em uma operação logística, a administração manual de informações é inviável. Atualmente, 
muitos portos, aeroportos e terminais de países desenvolvidos já são autônomos e eliminaram 
grande parte da interação humana.
• Inteligência artificial: pode identificar erros, por exemplo, numa documentação, na tomada de 
decisão, na escolha de uma rota, na armazenagem de uma carga, na necessidade de redestinar um 
produto para outro terminal, na precificação de frete internacional etc.
• Blockchain: muito além de criptomoeda, é um sistema descentralizado e capaz de identificar 
informações. Pode ser utilizado tanto para pagamentos quanto para controlar um embarque, 
atestar a veracidade de um produto ou comercializar bens.
• Internet das coisas: rede de sistemas que podem interagir entre si e com o mundo real 
para fornecer dados úteis ao controle e à gestão. Em 2019 o Porto de Roterdã embarcou um 
equipamento com essa tecnologia, chamado Container 42, equipado com sensores capazes 
de identificar e coletar dados das condições do ambiente dentro e fora dele. Mas por que 42? 
É uma referência ao livro de Douglas Adams, O guia do mochileiro das galáxias, considerado um 
dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, cujo capítulo 42 seria a resposta para o 
“significado da vida, ou o universo e tudo o que ele faz”.
96
Unidade III
 Saiba mais
Ficou curioso sobre o livro de Douglas Adams? Então assista a 
esta resenha:
O GUIA do mochileiro das galáxias, Douglas Adams (#58). 2016. 
1 vídeo (8 min). Publicado pelo canal Ler Antes de Morrer. Disponível 
em: https://cutt.ly/4LoV4M9. Acesso em: 7 jul. 2022.
Quer saber o motivo do número 42? Então confira esta explicação:
POR QUE 42 é a resposta para tudo? 2017. 1 vídeo (3 min). Publicado 
pelo canal Nerdizmo. Disponível em: https://cutt.ly/tLoBfiT. Acesso em: 
7 jul. 2022.
Para visualizar o container, acesse o link a seguir:
CONTAINER 42: the smartest container on the planet. Mas 
Container, 5 fev. 2022. Disponível em: https://cutt.ly/BXs0j7Z. Acesso 
em: 15 ago. 2022.
Comércio exterior é um mercado muito competitivo, porém uma das grandes mudanças que a 
Quarta Revolução Industrial promete são economias mais colaborativas, com parcerias em vez de 
concorrências agressivas, objetivando o sucesso de todos os envolvidos.
6.2 Gestão comercial
O comércio antecede a moeda. Inicialmente, a humanidade comercializava produtos pela troca de 
uma mercadoria em relação ao tempo e à força de trabalho para produzi-la. No decorrer dos séculos 
o processo mudou, e hoje a gestão comercial busca o equilíbrio entre vendas e marketing, ou seja, o 
melhor meio para satisfazer o consumidor (BOECHAT, 2015). Segundo Queiroz (2008, p. 37), “Essa ciência 
torna-se profunda na medida em que, de modo hábil, a maximização de resultados é requerida e o 
volume e a intensidade de fazer comércio crescem”.
Partindo da premissa de que o consumidor pode mudar e tem poder de escolha, o comércio precisa 
de todos os meios possíveis para satisfazê-lo, oferecendo tantas facilidades quanto possível para ele 
adquirir o bem ofertado (QUEIROZ, 2008). Por isso é necessário planejar ações e programações, controlar 
e monitorar áreas comerciais, garantindo a qualidade do serviço, proporcionando entrega rápida, com 
flexibilidade e sempre conferindo a eficácia do serviço (SOUZA; TABAH; BITTAR, 2020).
97
INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
 Observação
Para atender cada vez melhor o consumidor, é importante sempre 
analisar seu comportamento, pois tende a mudar com o passar do tempo; 
e com o avanço cada vez mais intenso da tecnologia as mudanças são cada 
vez mais imediatas.
A estrutura organizacional mudou: o nível mais importante dentro de uma empresa hoje é o 
cliente. É a partir dele – suas decisões, comportamentos e atitudes – que se estrutura o atendimento. 
A figura 37 retrata a organização com foco no cliente.
Organograma 
Foco no cliente
Cliente
Comercial
Dupla de atendimento
Técnica/sinistros
Diretoria
Figura 37 – Organograma da estratégia foco no cliente
O consumidor está mudando, seja no modo de comprar, vender, negociar, transferir dinheiro e até de 
pagar. A gestão comercial precisa entender essas mudanças e se adaptar para atendê-lo.
6.2.1 Decisões otimizadas
Buscar dados sobre o cliente ou mercado é uma tarefa relativamente simples, que não exige 
muitos recursos nem expertise; basta transformar dados em informação. Para isso, é necessário 
utilizar a tecnologia certa para customizar informações e transformá-las em decisões customizadas 
ou otimizadas, ou seja, direcionadas a cada grupo de consumidores.
Big data analytics é uma ferramenta que proporciona essa customização, aliada ao customer 
relationship management (CRM), que cruza e analisa dados. Se bem analisados, aperfeiçoam decisões 
de forma rápida e eficaz, uma vez que são reais, atualizados em tempo real e confiáveis, sendo mais 
prático planejar e tirar do papel estratégias eficientes para vender mais.
98
Unidade III
O big data pode aumentar a qualidade do atendimento, aperfeiçoando-se do início ao final do 
processo. Também monitora e controla a reação do consumidor com a compra – o que se chama de 
pós-venda, uma forma de se relacionar com o cliente, propondo que ele avalie a qualidade do produto 
(ou serviço), além de outras garantias ou auxílios, a depender do que foi vendido (DIAS, 2020). O objetivo 
dessa estratégia é fidelizá-lo e convencê-lo a comprar mais com a mesma empresa.
Quanto mais dados e fontes disponíveis para coleta, mais informações são extraídas pela inteligência 
artificial. Somados ao histórico de vendas, são capazes de estabelecer relações, padrões e identificar 
gargalos, abrindo vantagem competitiva. Além de implementar esses processos, é papel dos gestores 
garantir que as equipes utilizem os sistemas da melhor forma possível e trabalhem integradas.
É visível, portanto, a relevância das novas tecnologias para a gestão comercial, monitorando clientes 
já fidelizados e outros em potencial.
Exemplo de aplicação
Para concluir o assunto, leia a crônica a seguir, de Luiz Fernando Verissimo, disponível em: 
https://cutt.ly/0XdwFeo.
Já passamos de 2020, mas o que Verissimo previu de fato aconteceu? Talvez estejamos no 
caminho desse atendimento e relacionamento. Hoje alguns comportamentos da crônica já podem ser 
identificados. E você, o que acha?
6.3 Qualidade
Assim como outras áreas da organização, a qualidade tem suas peculiaridades e sua importância. 
Talvez seja uma das áreas que revelem com mais clareza acertos e erros, por ser responsável pela análise 
final de um produto, cuja falha pode custar caro. Portanto, ferramentas e estratégias que busquem 
qualidade podem e devem passar por reformulações com as novas tecnologias – progressão que pode 
ser resumida em quatro temas (QUALIDADE…, [s.d.]):
• Qualidade como inspeção: por muito tempo o avanço da qualidade de um produto dependia da 
má qualidade de itens produzidos anteriormente, mas métodos inovadores de controle estatístico 
de processos ajudaram operadores a determinar se a variação se devia a causas aleatórias 
ou especiais.
• Qualidade como projeto: inspiradospela recomendação de cessar a dependência da inspeção, 
métodos mais holísticos surgiram para projetar a qualidade e evitar problemas de qualidade antes 
de ocorrerem.
• Qualidade como empoderamento: total quality management (TQM) e six sigma defendem 
uma abordagem holística da qualidade, tornando-a responsabilidade de todos e capacitando 
colaboradores em nome da melhoria contínua.
99
INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
• Qualidade como descoberta: em um ambiente adaptável e inteligente, a qualidade depende 
da rapidez com que podemos descobrir e agregar novas fontes de dados, com que eficácia 
podemos descobrir as causas e como descobrir novos conhecimentos sobre nós mesmos, nossos 
produtos e organizações.
Ainda que as necessidades da indústria 4.0 sejam outras, empresas que não implementarem essas 
mudanças dificilmente conseguirão competir no mercado. A seguir, outras características com as quais 
é possível potencializar a qualidade de um projeto:
— Aumentar (ou aperfeiçoar) a inteligência humana.
— Aumentar a velocidade e a qualidade da tomada de decisão.
— Melhorar a transparência, a rastreabilidade e a auditabilidade.
— Antecipar mudanças, revelar preconceitos e se adaptar a novas 
circunstâncias e conhecimentos.
— Evoluir nos relacionamentos, nos limites organizacionais e no 
conceito de confiança para revelar oportunidades de melhoria 
contínua e novos modelos de negócios.
— Aprender a cultivar a autoconsciência e outras consciências como 
habilidades (QUALIDADE…, [s.d.]).
Para isso, ferramentas típicas da indústria 4.0 precisam ser usadas, mas agora aplicadas a processos 
que busquem aumentar a qualidade:
— Inteligência artificial: visão computacional, processamento de 
linguagem, chatbots, assistentes pessoais, navegação, robótica, 
tomada de decisões complexas.
— Big data: infraestrutura (como bancos de dados MapReduce, 
Hadoop, Hive e NoSQL), acesso mais fácil a fontes de dados, 
ferramentas para gerenciar e analisar grandes conjuntos de dados 
sem ter que usar supercomputadores.
— Blockchain: aumenta a transparência e a auditabilidade das 
transações (para ativos e informações), monitorando as condições 
para que as transações não ocorram a menos que os objetivos de 
qualidade sejam atingidos.
— Aprendizagem profunda: classificação de imagens, reconhecimento 
de padrões complexos, previsão de séries temporais, geração de 
texto, criação de som e arte, criação de vídeo fictício a partir de 
vídeo real, ajuste de imagens com base em heurísticas (faça uma 
pessoa carrancuda aparecer em uma foto sorrindo, por exemplo).
100
Unidade III
— Tecnologias facilitadoras: sensores e atuadores acessíveis, 
computação em nuvem, software de código aberto, RA, realidade 
mista, RV, fluxo de dados (como Kafka e Storm), redes 5G, IPv6, 
internet das coisas.
— Aprendizado de máquina: análise de texto, sistemas de 
recomendação, filtros de spam de e-mail, detecção de fraude, 
classificação de objetos em grupos, previsão.
— Ciência de dados: a prática de reunir conjuntos de dados 
heterogêneos para fazer previsões, executar classificações, encontrar 
padrões em grandes conjuntos de dados, reduzir grandes conjuntos 
de observações a preditores mais significativos, aplicar técnicas 
tradicionais sólidas (como visualização, inferência e simulação) 
para gerar modelos e soluções viáveis (QUALIDADE…, [s.d.]).
6.4 Processos gerenciais
Todas as áreas são importantes dentro de uma organização, mas muitas infelizmente não têm 
departamentos específicos de processos gerenciais, ainda que estes estejam fortemente presentes em 
inúmeros processos. O profissional dessa área deve ter postura empreendedora, saber lidar com plano de 
negócios, ter visão sistêmica e estratégica, e tomar as melhores decisões diante das novas tecnologias. 
É o responsável por planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, visando maximizá-los e alcançar 
objetivos organizacionais, como o melhor custo-benefício em todos os setores, podendo atuar com 
planejamento estratégico, marketing, finanças, comercial e logística.
A indústria 4.0 contribui muito com o avanço das empresas, reduzindo custos de produção e de 
transporte, aumentando a conectividade, fomentando decisões em tempo real, entre outros benefícios. 
Além disso, torna os processos mais previsíveis, gerando menos erros na cadeia produtiva. Portanto, o 
profissional de processos gerenciais deve se atentar às mudanças da organização e principalmente às 
novas propostas em voga no mercado.
6.4.1 Outras áreas
A maioria das áreas empresariais que se beneficiariam com a indústria 4.0 já foi abordada, e a 
necessidade de atualização constante já foi reforçada tanto por parte das organizações quanto 
dos profissionais. Todavia, cabe mencionar algumas outras áreas que também podem usufruir das 
novas tecnologias:
• análise e desenvolvimento de sistemas;
• ciência de dados;
• design de interiores;
101
INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
• estética e cosmética;
• gestão ambiental;
• gestão de serviços jurídicos, notariais e de registro;
• gestão pública.
 Saiba mais
Agora que você já conheceu a maioria das áreas de atuação da 
indústria 4.0, sugerimos que confira na prática algumas dessas tecnologias. 
Selecionamos cinco vídeos que tratam dessas inovações. Assista a todos 
para se aprofundar no que foi discutido até aqui:
EXEMPLO de indústria 4.0 – manufatura avançada. 2019. 1 vídeo 
(10 min). Publicado pelo canal Edson Gestão Sustentável. Disponível em: 
https://cutt.ly/zLw0T8f. Acesso em: 5 jul. 2022.
INDÚSTRIA 4.0 – exemplo de planta totalmente automatizada. 2019. 
1 vídeo (6 min). Publicado pelo canal Edson Gestão Sustentável. Disponível 
em: https://cutt.ly/vLw0NOE. Acesso em: 5 jul. 2022.
INSTRUÇÃO de trabalho, processo de produção, chão de fábrica e 
qualidade 4.0. 2019. 1 vídeo (1 min). Publicado pelo canal Edson Gestão 
Sustentável. Disponível em: https://cutt.ly/LLw2pgw. Acesso em: 5 jul. 2022.
JIDOKA – detecção e separação automática de produto não conforme. 
2019. 1 vídeo (19 s). Publicado pelo canal Edson Gestão Sustentável. 
Disponível em: https://cutt.ly/HLw2bJx. Acesso em: 5 jul. 2022.
MANUTENÇÃO 4.0. 2019. 1 vídeo (1 min). Publicado pelo canal Edson 
Gestão Sustentável. Disponível em: https://cutt.ly/FLw238L. Acesso em: 
5 jul. 2022.
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Unidade III
 Resumo
A gestão tradicional está ficando ultrapassada diante do novo mundo 
que cresce com a transformação digital, principalmente com a inteligência 
artificial (MIGLIORI, 2020). A tecnologia hoje, por permitir transferências 
virtuais e menos contato físico, dispensou a cumplicidade pessoal entre 
profissional e cliente (ÁRTICO, 2020). Por exemplo, este já não precisa ir 
ao banco resolver pendências; basta utilizar ferramentas como internet 
banking ou aplicativos de celular.
Inúmeras áreas estão se transformando nesse processo. Uma mudança 
significativa nos recursos humanos, por exemplo, é o home office; em vez 
de controlar o funcionário segundo horas trabalhadas, hora de almoço, 
produtividade, atraso, falta, afastamento, entre outros, a indústria 4.0 aplica 
software e hardware adequados a cada situação, incluindo ferramentas 
de KPI. Em logística, temos a realidade aumentada, que eleva a produção 
e diminui o tempo de resposta a defeitos de manutenção, com ótimos 
níveis de confiabilidade. Já o marketing e a gestão comercial usam o big 
data analytics, que coleta e filtra dados e os transforma em informação. Em 
finanças e comércio exterior, temos o blockchain, um sistema descentralizado 
e capaz de identificar informações, atestando a veracidade de um produto ou 
comercializando bens.
A indústria 4.0 contribui muito com o avanço das empresas, reduzindo 
custos de produção e transporte, aumentando a conectividade, fomentando 
decisões em tempo real, entre outros benefícios. Além disso, torna os 
processos mais previsíveis, gerando menos erros na cadeia produtiva.
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INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
 Exercícios
Questão 1. Leia o texto a seguir.
Transformação digital precisaser entendida como evolução digital pelas empresas
Figura 38
Disponível em: https://cutt.ly/JZoRcdL. Acesso em: 26 jul. 2022.
A transformação digital já deixou de ser só ideia há alguns anos. Aliás, já deixou até de ser novidade 
há algum tempo. O brasileiro gasta, em média, 3 horas e 39 minutos nas redes sociais todos os dias, 
segundo relatório da We Are Social. O mesmo relatório mostra que 45% da população compra online, 
com 66% de penetração da internet, e os números crescem a cada ano.
Apesar disso, ainda não são todas as empresas que conseguiram inserir com sucesso o 
mindset de transformação digital em suas operações de negócios diárias. O grande desafio da 
transformação digital é o menos tangível e também o mais complicado de vencer: a mentalidade 
dos gestores na hora de aplicar os conceitos. Deve-se começar a pensar essa transformação 
como evolução digital.
Quais as maiores dificuldades das empresas frente à transformação digital
Aplicar a transformação digital não é opcional para as empresas que pretendem estar ativas daqui 
a 5, 10 ou 20 anos. O mundo mudou, os hábitos das pessoas se adaptaram e, hoje, o digital é parte 
da vida de todos.
Essa mudança é parte de um ciclo infinito. O ser humano sempre vai buscar soluções novas para seus 
problemas e encontrar formas diferentes de conduzir sua vida.
Na prática, isso quer dizer que todas as áreas do cotidiano estão em constante mudança. Primeiro, 
essas mudanças são incrementais, depois, exponenciais. É do segundo caso que surgem os fenômenos 
como a transformação digital.
104
Unidade III
Eles são avassaladores e sem volta: é adaptar-se ou sair de cena. E quem busca se fortalecer no 
mercado precisa se adaptar mais rápido do que nunca. Para isso, é vital dar atenção a problemas 
como os descritos a seguir.
Conflito homem × máquina
O primeiro problema que precisa ser resolvido vem de um entendimento distorcido do que a 
transformação digital deve ser. Para muitas empresas, as pessoas precisam sair para dar lugar às máquinas.
É verdade que, em tarefas manuais e repetitivas, como em linhas de montagem, isso faz todo sentido. 
Mas não se trata de eliminar os seres humanos do processo produtivo inteiro e, sim, de mudar onde eles 
atuarão e de que forma.
De nada adianta aplicar os sistemas tecnológicos mais eficazes se não houver pessoas qualificadas 
para usá-los dentro de uma estratégia que funciona.
Para ilustrar, podemos comparar o processo de transformação digital com um atleta de 
fisiculturismo. Algumas empresas pensam que bastam injeções de esteroides para construir um corpo 
apto a competir nessa modalidade.
Na mente de alguns gestores, é só aplicar uma dose alta o suficiente de tecnologia na empresa, por 
meio da adoção de sistemas e processos eletrônicos, para ver o crescimento aumentar em ritmo acelerado.
Mas o que realmente faria o efeito desejado é um programa de treinamento intensivo. Além dos 
suplementos corretos, também entram em cena o treino pesado, a alimentação regrada e o descanso 
apropriado – e tudo isso depende mais do atleta do que dos suplementos em si.
O mesmo vale para o ambiente dos negócios. Não se trata de substituir pessoas por máquinas e sistemas 
avançados, mas de equipar e qualificar os colaboradores para que usem esses sistemas da melhor maneira.
Mudança de cultura do negócio
A segunda dificuldade das empresas é a cultura equivocada que ainda as permeia. A transformação 
digital não favorece exclusivamente quem tem maior verba ou ferramentas mais novas. Aliás, o mercado 
é tão dinâmico que novas ferramentas surgem a cada dia. Entrar nessa batalha é praticamente uma 
guerra fria com a concorrência. Antes, o segredo está na cultura empresarial.
Enquanto muitas empresas se orgulham de difundir uma cultura digital, a verdade é que nem todas 
compreendem o escopo real disso. Por exemplo, se a empresa não tem uma ideia clara de como os 
clientes usam o mundo digital e de como pode se relacionar com eles nesses canais, é pouco provável 
que tenha uma cultura digital tão forte quanto pensa.
Nesse sentido, não tem outra solução senão deixar para trás os conceitos superficiais e se aprofundar 
na pesquisa sobre os clientes e o mercado em que atua. Só assim será possível mapear as reais 
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INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
oportunidades inexploradas e montar planos de ação práticos para dominar seu respectivo segmento 
com força total no digital.
Evolução digital é o caminho a se seguir
Ao observar problemas como os mostrados anteriormente, a própria ideia de transformação digital 
está equivocada na visão de alguns tomadores de decisão. Nesse sentido, forças que deveriam trabalhar 
em conjunto, ou seja, humanos e a tecnologia, são feitas rivais.
O principal componente para uma transformação saudável e bem-sucedida refere-se a pessoas 
qualificadas operando tecnologia de ponta dentro de uma estratégia completa, e é deixado de lado por 
gestores que pensam só em robôs substituindo pessoas. Como resolver isso?
Não se trata de injetar tecnologia para implementar essa transformação e, sim, de mudar a maneira 
como encaramos a relação dos humanos com essa tecnologia. Quando pensamos em transformar algo, 
podemos imaginar um processo que tem começo, meio e fim. Mas a transformação digital não é um 
evento pontual, e sim um esforço contínuo.
Adaptado de: MORAES, D. Transformação digital precisa ser entendida como evolução digital pelas empresas. 
Rock Content, 17 nov. 2019. Disponível em: https://cutt.ly/TZoUjYc. Acesso em: 25 maio 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I – Embora uma parcela significativa da população brasileira faça compras online, há empresas que 
não introduziram, de modo eficaz, a transformação digital nos seus processos rotineiros de negociações.
II – Recomenda-se que, paulatinamente, humanos sejam substituídos por máquinas no ambiente 
de negócios.
III – Empresas que têm verbas vultosas são sempre as mais favorecidas pela transformação digital, 
pois elas tendem a adquirir ferramentas de tecnologia da informação (TI) que não envelhecem.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa A.
106
Unidade III
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: de acordo com o texto, segundo relatório da We Are Social, quando a reportagem 
foi publicada, cerca de 45% da população comprava online. No entanto, “ainda não são todas as 
empresas que conseguiram inserir com sucesso o mindset de transformação digital em suas operações 
de negócios diárias”. Além disso, alerta-se para o fato de que “o grande desafio da transformação digital 
é o menos tangível e, também, o mais complicado de vencer: a mentalidade dos gestores na hora de 
aplicar os conceitos”.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: de acordo com o texto, “não se trata de substituir pessoas por máquinas e sistemas 
avançados, mas de equipar e qualificar os colaboradores para que usem esses sistemas da melhor 
maneira”. Além disso, “o principal componente para uma transformação saudável e bem-sucedida 
refere-se a pessoas qualificadas operando tecnologia de ponta dentro de uma estratégia completa, e é 
deixado de lado por gestores que pensam só em robôs substituindo pessoas”.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: de acordo com o texto, “a transformação digital não favorece exclusivamente quem tem 
maior verba ou ferramentas mais novas”. Além disso, “o mercado é tão dinâmico que novas ferramentas 
surgem a cada dia”.
Questão 2. Leia o texto a seguir.
SEO: tudo sobre search engine optimization
O que é SEO?
Você certamente já ouviu falar do Google, certo?
Então, toda vez que uma página é publicada na internet, o Google (e outros buscadores) procuram 
indexá-la de modo que seja encontrada por quem a procura.
Mas existem milhares de páginas sendo publicadas todos os dias na internet, e isso faz com que haja 
bastante concorrência. Portanto, como fazer com que uma páginafique à frente de outras?
É aí que entra o SEO (search engine optimization). Como a própria tradução já sugere, SEO é uma 
otimização para os motores de busca, isto é, um conjunto de técnicas que influenciam os algoritmos dos 
buscadores a definir o ranking de uma página para determinada palavra-chave pesquisada.
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INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
Como o Google funciona
Já parou para pensar em tudo o que acontece entre você digitar a sua pesquisa e clicar nos 
resultados do Google? O que acontece nesse período é o segredo do sucesso do gigante das buscas. A 
qualidade e a velocidade da sua classificação transformaram a empresa no maior buscador do mundo, 
massacrando os concorrentes, mesmo com a participação somada.
Para se ter uma ideia, o domínio é tão grande que, nos Estados Unidos, existe o verbo to google, 
usado em frases como “He googled you” (ele pesquisou a respeito de você no Google).
A seguir, entenda melhor o trabalho por trás das páginas de resultados mais acessadas do mundo.
Algoritmo e atualizações
Mesmo que você nunca tenha trabalhado com SEO, provavelmente já ouviu falar do algoritmo do 
Google ou de redes sociais como Facebook e Instagram.
Esses algoritmos são responsáveis por filtrar o que é mais relevante para você, e não simplesmente 
jogar todo o conteúdo disponível na página, sem nenhum critério de classificação.
O Google usa mais de 200 fatores de ranqueamento para definir a ordem das páginas apresentadas 
ao usuário para cada busca realizada. Para melhorar cada vez mais as informações apresentadas ao 
usuário e sua relevância, esse algoritmo está em constante atualização.
Adaptado de: SILVA, E. SEO: tudo sobre search engine optimization. Resultados Digitais, 19 fev. 2021. 
Disponível em: https://cutt.ly/PZoFPfx. Acesso em: 26 jul. 2022
.
Com base na leitura e no seu conhecimento, avalie as afirmativas.
I – SEO opera com um conjunto de técnicas que objetivam posicionar uma página nos primeiros 
resultados gerados por ferramentas de buscas online, como o Google.
II – A qualidade e a velocidade com que o Google executa a classificação dos termos de busca 
fizeram dessa empresa o maior buscador do mundo. Sua participação nesse mercado supera a soma 
dos concorrentes.
III – Visto que o Google utiliza mais de 200 fatores de ranqueamento para definir a ordem com 
que o usuário visualiza as páginas a cada busca que faz, o algoritmo usado não necessita de tantas 
atualizações quanto as realizadas por outros buscadores.
108
Unidade III
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: de acordo com o texto, “toda vez que uma página é publicada na internet, o Google 
(e outros buscadores) procuram indexá-la de modo que seja encontrada por quem a procura”. Nesse 
contexto, o SEO faz com que “uma página fique à frente de outras”.
Além disso, o “SEO é uma otimização para os motores de busca, isto é, um conjunto de técnicas 
que influenciam os algoritmos dos buscadores a definir o ranking de uma página para determinada 
palavra-chave pesquisada”.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: de acordo com o texto, “a qualidade e a velocidade da sua classificação transformaram 
a empresa [Google] no maior buscador do mundo, massacrando os concorrentes, mesmo com a 
participação somada”.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: de acordo com o texto, “o Google usa mais de 200 fatores de ranqueamento para 
definir a ordem das páginas apresentadas ao usuário para cada busca realizada”. No entanto, é dito que, 
“para melhorar cada vez mais as informações apresentadas ao usuário e sua relevância, esse algoritmo 
está em constante atualização”.

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