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Instrutor Rafael de Jesus Moraes Socorrista USA SAMU Telêmaco Borba Acadêmico da Graduação em enfermagem UniFateb. Coordenador Operacional SOSVIAS. Instrutor Controle Avançado De Hemorragias - STOP THE BLEED credenciado pelo colegio americano de Cirurgiões. Socorrista desde 2008 "O destino dos feridos está nas mãos daqueles que aplicam o primeiro curativo." —Nicholas Senn, MD (1844-1908) Cirurgião Americano (Chicago, Illinois) Fundador da Associação de Médicos Militares dos EUA Atendimento Inicial ao Politraumatizado: Avaliação Primária (XABCDE) em Suporte Básico e Avançado de vida. Objetivos Ao final desta aula, o participante deverá ser capaz de: • Reconhecer a necessidade de proteção individual; • Definir Avaliação Primária; • Conhecer os princípios da Avaliação Primária; • Identificar as prioridades vitais da vítima de trauma; • Conhecer as principais abordagens do atendimento inicial ao politraumatizado. Uso de equipamentos de proteção individual • Luvas; • Máscara; • Óculos de proteção; • Botas; • Avental descartável. Definição A Avaliação Primária é a abordagem inicial ao paciente, identificando as lesões com risco de morte e realizando as manobras de reanimação de forma coordenada, de acordo com as competências técnicas da equipe. Abordagem Primária A abordagem primária começa no acionamento da ocorrência , aonde vitima é triada por uma central de atendimento, antes de ser repassada para a equipe de salvamentos de urgência e emergência. Abordagem Primária Assim que regulador decidir qual VTR vai para a ocorrência , a equipe é acionada via radio ou via celular, é repassada a ocorrência e o médico decide se vai deslocar com prioridade o não prioridade . Emergência - código (1) Todos os sinais luminosos e sonoros. Urgência - código (2) somente sinais luminosos. Ao chegar na ocorrência a equipe deve priorizar a segurança da cena e da equipe, usando todos recursos de sinalização, exemplos: cones, fitas, e até as próprias viaturas, antes de iniciar o atendimento. Abordagem Primária O objetivo do atendimento inicial da vitima é identificar rapidamente situações que: Coloquem a vida em risco e demandem atenção imediata pela equipe de socorro. Deve ser rápido, organizado e eficiente, permitindo decisões quando ao atendimento e ao transporte adequado, assegurando a vítima maiores chances de sobrevivência. Abordagem Primária Etapas do Atendimento Divide-se em cinco etapas sequenciais. 1) controle de cena. 2) Abordagem primária. 3) Reavaliação 4) Abordagem secundária. 5) Sinais vitais. Abordagem Primária Protocolo de atendimento Internacional X A B C D E É um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define prioridades na abordagem. Ou seja, é uma forma rápida e fácil de memorizar todos passos que devem ser seguidos no atendimento. Abordagem Primária (X) – Exsanguinação Controle de hemorragias externas grave, a abordagem deve ser antes mesmo do manejo das vias aéreas uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves. Abordagem Primária (A)-Vias aéreas com controle cervical. No A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. Para manutenção das vias aéreas utiliza-se das técnicas: “chin lift”: elevação do queixo, uso de aspirador de ponta rígida, “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel). No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares. A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso, uma prancha rígida deve ser utilizada. Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos multissistêmicos! Abordagem Primária (A)-Vias aéreas com controle cervical. Jaw thrust chin lift Abordagem Primária (B) – Boa Ventilação e Respiração No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia, turgência jugular e observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase. Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado. Abordagem Primária (B) – Boa Ventilação e Respiração Deve- se atentar para alguns tópicos pois você precisará saber ao passar o caso ao Médico. Ver, Ouvir e sentir. Frequência: Normal, Lento ou Rápido. Rítimo: Regular ou Irregular. Obs. Vítima Inconsciente ( Solicitar USA), Cânula Orofaríngea e O2 12 a 15L/min. REGRA Toda vítima de Trauma, consciente ou inconsciente deve ser fornecido Oxigênio 12 a 15L/min. na cena em até 2 minutos. Abordagem Primária (C) – Circulação com Controle de Hemorragias No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A Hemorragia é a principal causa de morte no trauma. A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma (pelve, abdomem e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e comprometimento do nível e qualidade de consciência. Abordagem Primária (C) – Circulação com Controle de Hemorragias Classificando o Choque Hipovolêmico Abordagem Primária (C) – Circulação com Controle de Hemorragias QUAIS SOLUÇÕES EMPREGAR NA REPOSIÇÃO VOLÊMICA? O Soro Ringer com Lactato é a solução isotônica de escolha, contudo, soluções cristaloides não repõem hemácias, portanto, não recupera a capacidade de carrear O2 ou as plaquetas necessárias no processo de coagulação e controle de hemorragias. O controle rápido do sangramento continua sendo a medida mais importante no tratamento do choque hemorrágico. Neste contexto, a hipotensão permissiva é uma estratégia cada vez mais utilizada na reanimação de pacientes com hemorragias traumáticas. Abordagem Primária (C) – Circulação com Controle de Hemorragias Devemos evitar... Abordagem Primária (C) – Circulação com Controle de Hemorragias Abordagem Primária (C) – Circulação com Controle de Hemorragias Abordagem Primária (C) – Circulação com Controle de Hemorragias Abordagem Primária (C) – Circulação com Controle de Hemorragias Vamos aos parâmetros do pulso no APH: Frequência: Normal, Lento ou Rápido. Qualidade: Forte ou Fraco Rítimo: Regular ou Irregular. Abordagem Primária (D) – Disfunção Neurológica No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas. Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de coma de Glasgow atualizada. Abordagem Primária (D) – Disfunção Neurológica Abordagem Primária (E) – Exposição Total do Paciente No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na peleetc. A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente. Abordagem Secundária Abordagem Secundária Abordagem Secundária Abordagem Secundária Abordagem Secundária Abordagem Secundária Abordagem Secundária Abordagem Secundária Abordagem Secundária Errata Nº de respiração e Pulso, contar por 60 segundos. Abordagem Secundária Abordagem Secundária Abordagem Primária Vamos colocar em prática oque aprendemos?
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