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Apostila - Agente Administrativo (Vestcon)

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Prévia do material em texto

Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Júlio Lociks • Marcelo Andrade • Jorge Fernando
Welma Maia • Edgard Antônio Lemos Alves • Fabrício Sarmanho • Eduardo Muniz 
Machado Cavalcanti • Gladson Miranda • Anderson Lopes • Élvis Corrêa Miranda
Júlio César Gabriel • Paulo Roberto Martins da Cunha
2017
Língua Portuguesa • Matemática • Noções de Informática • Noções de Legislação
Noções de Administração Pública • Noções Gerais da Igualdade Racial e de Gênero
Conhecimentos Específicos - Agente Administrativo
Este eBook foi adquirido por MARISE ANDRADE - CPF: 251.974.285-20.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
© 2017 Vestcon Editora Ltda.
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida a 
reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da edi-
tora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, reprográficos, 
microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem 
como às suas características gráficas.
Título da obra: Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A – Embasa
Assistente de Saneamento - Agente Administrativo
Conhecimentos Gerais e Específicos – Nível Médio
Atualizada até 2-2017 (AE120)
(De Acordo com o Edital Embasa nº 01/2017 – IBFC)
Língua Portuguesa • Matemática • Noções de Informática • Noções de Legislação
Noções de Administração Pública • Noções Gerais da Igualdade Racial e de Gênero
Conhecimentos Específicos - Agente Administrativo
Autores:
Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Júlio Lociks • Marcelo Andrade
Jorge Fernando • Welma Maia • Edgard Antônio Lemos Alves
Fabrício Sarmanho • Eduardo Muniz Machado Cavalcanti • Gladson Miranda
Anderson Lopes • Élvis Corrêa Miranda • Júlio César Gabriel • Paulo Roberto Martins da Cunha
GESTÃO DE CONTEÚDOS 
Welma Maia
PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Érida Cassiano
CAPA
Lucas Fuschino 
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Marcos Aurélio Pereira
Adenilton da Silva Cabral
www.vestcon.com.br
Este eBook foi adquirido por MARISE ANDRADE - CPF: 251.974.285-20.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
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avaliação e, a partir dela, reformulam os conteúdos, aprofundam as abordagens, acrescentam 
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Este eBook foi adquirido por MARISE ANDRADE - CPF: 251.974.285-20.
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Compreensão e interpretação de textos ............................................................................................................................... 3
Tipologia textual .................................................................................................................................................................... 6
Ortografia oficial .................................................................................................................................................................. 19
Acentuação gráfica .............................................................................................................................................................. 28
Emprego das classes de palavras ......................................................................................................................................... 31
Emprego do sinal indicativo de crase .................................................................................................................................. 58
Sintaxe da oração e do período ..................................................................................................................................... 65/75
Pontuação ............................................................................................................................................................................ 84
Concordância nominal e verbal ........................................................................................................................................... 91
Regência nominal e verbal .................................................................................................................................................. 97
Significação das palavras ............................................................................................................................................... 9/101
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
EMBASA
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Língua Portuguesa
Ernani Pimentel / Márcio Wesley
Ernani Pimentel
COMPREEnSÃO E InTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS
Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significa 
tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em 
português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de 
frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de 
ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... 
INTELECÇÃO (OU COMPREENSÃO)
Intelecção significa entendimento, compreensão. Os 
testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito 
voltada para o que realmente está escrito.
Comandos para Questão de Compreensão 
O narrador do texto diz que... 
O texto informa que...
Segundo o texto, é correto ou errado dizer que...
De acordo com as ideias do texto...
Questão
1. Assinale a opção correta em relação ao texto.
O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur-
sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do 
Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O 
Programa originou-se da exitosa experiência do PRO-
ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, 
com ênfase no fortalecimento institucional de todosos 
atores envolvidos com a ges tão dos recursos hídricos 
no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas 
viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, 
ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional 
dos recursos hídricos.
(http://proagua.ana.gov.br/proagua)
a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de-
rivados do PROÁGUA/Nacional.
b) A expressão “sua missão estruturante” (l. 5) refere-
-se a “Banco Mundial” (l. 3).
c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os 
atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos 
é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido.
d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/
Nacional promovem o uso racional dos recursos 
hídricos. 
e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do 
ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am-
biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional.
Gabarito 
d
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10
InTERPRETAÇÃO
Interpretação significa dedução, inferência, conclusão, 
ilação. As questões de interpretação não querem saber o 
que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou 
deduzir do que está escrito.
Comandos para Questão de Interpretação
Da leitura do texto, infere-se que...
O texto permite deduzir que...
Da fala do articulista pode-se concluir que...
Depreende-se do texto que...
Qual a intenção do narrador quando afirma que...
Pode-se extrair das ideias e informações do texto que...
Questão 
1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo:
(www.fotolog.com/rosearaujocartum)
Infere-se que o humor da tirinha se constrói:
a) pois a imagem resgata o valor original do radical que 
compõe a gíria bombar.
b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente 
no sentido de “bombear”.
c) pois reflete o problema da educação no país, em 
que os alunos só se comunicam por gírias, como é 
o caso de fessor.
d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na 
norma culta o regionalismo fessô.
e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado.
 
Gabarito
a
Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar. 
Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode 
“deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque 
isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con-
cluir que, por exemplo, ele esteja preo cupado, ou tímido, em 
função de estar de cabeça baixa.
Comandos para Medir Conhecimentos Gerais 
 Tendo o texto como referência inicial... 
 Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
 Enfocando o assunto abordado no texto... 
Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de 
vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o 
conhecimento do candidato a respeito daquela matéria. 
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Questões 
Texto para os itens de 1 a 11.
Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, 
mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas 
regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea-
nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas 
nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais 
frequentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam 
não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, 
mas a alarmante escalada das agressões impingidas 
aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do 
Greenpeace mostra que a concentração de material 
plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Se-
gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 
46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros 
quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que 
a substância já responde por 70% da poluição marinha 
por resíduos sólidos.
Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a 
amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5.
1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das 
mais conhecidas organizações não governamentais 
cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na 
melhoria das condições de vida das populações mais 
pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no 
setor secundário da economia.
2. Por se decompor muito lentamente, o plástico pas-
sa a ser visto como um dos principais responsáveis 
pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o 
movimento de conscientização das pessoas para que 
reduzam o consumo desse material.
3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien-
tífico que caracteriza a civilização contemporânea, é 
correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase 
nada da natureza resta para ser desvendado.
4. A exploração científica da Antártida, que enfrenta enor-
mes dificuldades naturais próprias da região, envolve 
a participação cooperativa de vários países, mas os 
elevados custos do empreendimento impedem que 
representantes sul-americanos atuem no projeto.
5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas 
(ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação 
e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da 
segurança internacional, também se volta para temas 
que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio 
ambiente.
Gabarito
Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos.
Comandos para Medir Conhecimentos 
Linguísticos 
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue 
os itens.
Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical.
Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos 
da norma culta.
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15
Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama-
tical do candidato e pode abordar assuntos de morfologia, 
sintaxe, semântica, estilística, coesão e coerência... 
Questões
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os 
itens seguintes.
6. No trecho “até hoje se sabe” (l.2), o elemento linguís-
tico “se” tem valor condicional.
7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões 
mais recônditas” (ls.2-3) é complemento da forma 
verbal “sabe” (l.2).
8. A palavra “recônditas” (l.3) pode, sem prejuízo para 
a informação original do período, ser substituída por 
profundas.
9. O termo “mas” (l.8) corresponde a qualquer um dos 
seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.
10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos” 
justifica-se pela regência do termo “impingidas”.
11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente 
“plástico” (l.11).
Gabarito
Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos.
Erros Comuns de Leitura
Extrapolação ou ampliação
A questão abrange mais do que o texto diz.
O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es-
tavam felizes.
A questão diz: Os alunos estavam felizes.
Explicação: o significado de “alunos” é muito mais amplo 
que o de “alunos de um único colégio”.
Redução ou limitação 
A questão reduz a amplitude do que diz o texto.
O texto disse: Muitos se predispuseram a participar do 
jogo.
A questão diz: Alguns se predispuseram a participar do 
jogo.
Explicação: o sentido da palavra “alguns” é mais limitado 
que o de “muitos”.
Contradição 
A questão diz o contrário do que diz o texto.
O texto disse: Maria é educada porque é inteligente.
A questão diz: Maria é inteligente porque é educada. 
Explicação: no texto, “inteligente” justifica “educada”; na 
questão se inverteu a ordem e “educada” é que justifica 
“inteligente”.
Desvio ou Deturpação 
O texto disse: A contratação da funcionária pode ser 
considerada competente.
A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi-
derada competente.
Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra-
tação” e não a “funcionária”.
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Leia o Texto
Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per-
sonalidade artística como por suaobra, foi alvo de intensas 
polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom-
preensão estética e o preconceito antissemita também o 
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros 
que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe-
nharam na apresentação de suas obras. [...]
Julgue os itens a seguir.
1. Deduz-se do texto que Gustav Mahler foi alvo de inten-
sas polêmicas.
2. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) 
foi um compositor.
3. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) 
era de origem judaica.
4. Pode-se deduzir do texto que o personagem central 
(Mahler) foi um compositor de músicas eruditas. 
5. Pode-se inferir do texto que só depois de se terem 
passado algumas ou várias décadas desde sua morte 
é que Mahler acabou por ser admirado artisticamente 
e deixou de ter sua obra segregada. 
6. Pode-se inferir do texto que hoje a avaliação positiva da 
obra de Mahler constitui uma unanimidade nacional.
7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação 
objetiva das informações que o texto traz abertamente, 
explicitamente. 
8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção 
do texto é resultado de raciocínio aplicado, permitindo 
captar-lhe tanto as informações explícitas, quanto as 
implícitas.
9. A aplicação do raciocínio lógico às informações contidas 
no texto, expostas ou subentendidas, permite ao leitor 
tirar dele conclusões ou interpretá-lo corretamente.
10. A leitura de um texto deve levar em consideração o mo-
mento e as circunstâncias em que foi construído, bem 
como à finalidade a que se propõe. 
11. Segundo opinião dedutível do texto, os críticos que 
desprezaram o compositor estavam errados.
Gabarito Comentado
1. Errado. Por quê? Esta informação – “foi alvo de in-
tensas polêmicas” – não “se deduz” do tex-
to, está claramente expressa nele.
2. Certo Por quê? Esta dedução se origina da infor-
mação de que “maestros” apresentaram 
obras dele.
3. Certo Por quê? A informação de que ele foi alvo 
de ”preconceito antissemita” leva à conclu-
são de que ele era “de origem judaica”.
4. Certo Por quê? A palavra “maestro” tem uma co-
notação diferente (sem vírgula) de “cantor”, 
“compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes-
tro pressupõe erudição, por sua própria for-
mação acadêmica; por isso, “pode-se dedu-
zir que as músicas sejam eruditas, pois ‘eru-
ditos’ se empenham na sua apresentação”. 
O “pode-se deduzir” é aceitável, porque não 
impõe que seja uma “dedução obrigatória”.
5. Certo Por quê? Essa inferência (dedução) nasce 
da informação de que “foram raros os ma-
estros que, nas décadas que se seguiram à 
sua morte, se empenharam na apresenta-
ção de suas obras.”
6. Errado Por quê? Primeiro, o texto não abrange as-
sunto nacional, mas internacional. Segun-
do, não se pode deduzir que haja unanimi-
dade, mas uma boa ou grande aceitação.
7. Certo
8. Certo
9. Certo
10. Certo
11. Certo Por quê? Conforme o texto, tais críticos, 
além de não compreenderem o lado esté-
tico do artista, incorreram em preconceito.
IDEIA PRInCIPAL E SECUnDÁRIA
Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per-
sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas 
polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom-
preensão estética e o preconceito antissemita também o 
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros 
que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenha-
ram na apresentação de suas obras.
Julgue os itens.
12. O parágrafo lido constitui-se de dois períodos, residindo 
a ideia principal no segundo.
13. A ideia principal está contida no primeiro período, 
representando o segundo um desenvolvimento das 
ideias do primeiro.
14. Qual a ideia principal do texto?
a) Mahler foi um compositor.
b) Mahler tinha origem judaica.
c) Mahler compunha música erudita.
d) O valor de Mahler só foi reconhecido devidamente 
a partir de algumas décadas após seu falecimento. 
e) A finalidade do texto é dizer que boa parte da críti-
ca foi contrária a Mahler.
Gabarito Comentado
12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto.
13. Certo
14. d
Nesta questão 14, todas as cinco alternativas exprimem 
informações contidas no texto dado. Contudo, entre as 
ideias lançadas em qualquer texto, existe uma hierarquia, 
uma gradação de importância. Daí os conceitos de IDEIA 
CENTRAL OU PRINCIPAL e IDEIAS SECUNDÁRIAS OU PERIFÉ-
RICAS. A ideia central ou principal será a responsável pelo 
TEMA, que não se define por uma só palavra, mas por uma 
AFIRMAÇÃO. Pode-se dizer que o tema do trecho lido é a 
valorização póstuma da obra mahleriana. As demais ideias, 
secundárias, servem para dar maior compreensão ao texto 
e propiciar ao leitor uma visão mais detalhada do assunto.
COMO ACHAR A IDEIA PRInCIPAL OU O TEMA
Tratando-se de texto expositivo, argumentativo, os exa-
minadores buscam avaliar no candidato a capacidade de 
captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo 
na prova e precisa responder a uma questão que indaga 
sobre o tema ou a ideia central de um longo texto, ou de 
um texto completo, basta concentrar-se na leitura do último 
parágrafo. Necessariamente lá está a resposta da questão.
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Normalmente, num parágrafo, a ideia principal se encon-
tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, 
em forma de explicação, detalhamento, exemplificação etc.. 
Essa ideia principal também é conhecida por TÓPICO FRASAL. 
Mais raramente, pode ser encontrada no final do parágrafo, 
sob a forma de conclusão das informações ou explanações 
que a antecedem. Repetindo: a ideia central ou principal de 
um parágrafo se situa no início ou no final. Nas outras partes, 
aparecem os argumentos.
Quando a abordagem é não apenas de um parágrafo, 
mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se 
encontra no último parágrafo, podendo também aparecer 
no primeiro, conhecido como parágrafo introdutório. Os 
parágrafos centrais são reservados às argumentações, que 
contribuem para dar suporte à principal ideia.
InTERTEXTUALIDADE
Chama-se intertextualidade a relação explícita ou implí-
cita de um texto com outro. 
Quando Chico Buarque diz, na música Bom Conselho, “de-
vagar é que não se vai longe”, “quem espera nunca alcança”, 
cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares 
“devagar se vai ao longe” e “quem espera sempre alcança”.
Veja a estrofe seguinte:
Minha terra tem palmares 
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
(Oswald de Andrade)
E responda C (certo) ou E (errado):
( ) Esses versos lembram “Minha terra tem palmeiras, / 
Onde canta o sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não 
gorjeiam como lá. /”, de Gonçalves Dias.
( ) A criação de Oswald de Andrade constitui um combate 
à estética romântica.
( ) trata-se de bom exemplo de intertextualidade.
Gabarito
C, C, C 
IMPLíCITOS: PRESSUPOSTOS E SUBEnTEnDIDOS
Implícitos
Implícitos constituem informações que não se encontram 
exteriorizadas (ou escritas ou pronunciadas) no texto, estando 
apenas sugeridas por um ou outro índice linguístico. É a leitura 
atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que 
ficou implícito, ou se mostra apenas nas entrelinhas.
Pressupostos
Os pressupostos são identificados por estarem sugeridos 
por palavras ou outros elementos do texto, não são difíceis 
de encontrar-se e não podem ser desmentidos pelo uso do 
raciocínio lógico.
Ex.: Teresa voltou da Índia.
Pressupostos: ela foi à Índia (indiscutível); a viagem teve 
início há mais que dois dias (indiscutível). 
Subentendidos 
Os subentendidos se formam por dedução subjetiva do 
leitor, pois baseiam-se em sua visão de mundo, por isso são 
discutíveis.
Ex.: Teresa voltou da Índia.
Subentendidos: Teresa gastou muito (discutível, pois 
pode alguém ter pago tudo);ela é uma felizarda, aproveitou 
bastante (discutível, porque pode ter ido a trabalho, com 
pouco dinheiro, e ter ficado hospitalizada o tempo todo).
Exercícios
Assinale C ou E nos parênteses.
Na frase Carlos mudará de profissão,
1. ( ) tem-se como pressuposto que ele ganha pouco.
2. ( ) tem-se como pressuposto que ele tem profissão.
3. ( ) é possível que ele esteja contrariado.
4. ( ) é possível que ele tenha profissão.
Gabarito
1. E 2. C 3. C 4. E
TIPOLOgIA TEXTUAL
Narração ou história
Texto que conta uma história, curtíssima ou longa, tendo 
personagem, ação, espaço e tempo, mas o tempo tem de 
estar em desenvolvimento.
Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As 
ações acontecem em sequência)
Descrição ou retrato 
1. Texto que mostra um ambiente. 
 O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas 
escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os 
galhos das árvores e o capim absolutamente parados.
2. Texto que mostra ações simultâneas.
 Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho-
rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no 
mesmo momento, o tempo está parado)
Dissertação ou ideias 
Texto construído não para contar história ou fazer um 
retrato, mas para desenvolver um raciocínio.
É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de 
seu próprio medo.
Na prática, um texto pode misturar as tipologias, por isso 
é comum classificá-lo com base em qual tipologia predomina, 
ou seja, para atender a qual tipologia o texto foi feito.
O tipo DISSERTAÇÃO modernamente vem sendo subs-
tituído, conforme o caso, por Argumentação, Exposição, ou 
Injunção: 
• Argumentação: apresenta argumentos na defesa 
de um ponto de vista:
 A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes 
dos países vizinhos, não só porque dispunha de extensa 
rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por-
que detinha maiores recursos para investimento.
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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
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• Exposição: apenas expõe as ideias, sem apresentar 
argumentos:
 A Bulgária se tornou membro da União Europeia em 
janeiro de 2007, após dez anos de negociação. 
• Injunção: orienta o comportamento do receptor:
 Manuais de utilização de equipamentos. Orientações 
de como tomar um remédio. Como ligar e desligar a 
irrigação do jardim... 
Exercícios 
Use as letras iniciais das cinco frases seguintes para identificar 
nos parênteses, os cinco textos que as acompanham. 
N. Constitui exemplo de narração. 
D. Predomina o caráter de descrição. 
I. Tem como base um parágrafo injuntivo. 
E. Exemplifica dissertação expositiva. 
A. Classifica-se como dissertação argumentativa.
Atenção para as partes em itálico.
Texto 1 (EP).
( ) Quando Clarice se mostrou chateada com algumas es-
trias no seio, Rogério prontamente informou: 
 – Tenho solução para isso.
 – É verdade que você tem?
 – Claro!
 – Então me ensina.
 – Ponha duas colheres de sopa de azeite numa frigi-
deira. Amasse três dentes de alho, depois de tirar a 
casca, e misture-os ao azeite. Deixe a mistura no fogo 
médio por cinco minutos e apague o fogo. Aguarde que 
ela esfrie um pouco até a temperatura ficar suportável 
ao tato. Durante oito minutos, embeba quantas vezes 
necessárias um algodão naquele azeite, e passe-o su-
avemente em movimentos circulares no seio estriado. 
Vá ao espelho e veja o resultado. 
 – As estrias vão embora? 
 – Podem ir, mas se não forem, você pode estrear um 
peitinho a alho e óleo.
Texto 2 (EP).
( ) Paulo abriu a porta devagar, observou com calma o 
ambiente, caminhou pé ante pé até a janela, abriu a 
cortina, esperou que os olhos se acostumassem à clari-
dade que invadiu o quarto, só então deitou-se no chão 
e vasculhou com os olhos a parte embaixo da cama. 
Teve certeza de que o bicho não estava lá.
Texto 3 (EP).
( ) Berenice percebeu que André não lhe estava sendo fiel 
porque ele dissera não conhecer Isaura, mesmo depois 
de ter dormido na casa dela. Além disso, as duas vezes 
que Berenice citou o nome de Isaura, André desviou 
primeiro o olhar, em seguida mudou de assunto. Sem 
falar no perfume que o acompanhava quando entrou 
em casa: o preferido de Isaura. 
Texto 4.
( ) Para investigadores, há indícios de que parte do dinheiro 
desviado tenha sido usado por Collor para compra de 
carros de luxo em nome de empresas de fachada. Al-
guns desses automóveis foram apreendidos pela Polícia 
Federal na Operação Politeia, um desdobramento da 
Lava Jato, realizada em 14 de julho.
Texto 5.
( ) A manhã estava radiosa e cálida. Sequer uma nuvem. 
As folhagens das árvores, dos arbustos e das gramíneas 
oscilavam suavemente. Juritis, sabiás e bemtevis har-
monizavam seus cantares, vez por outra salpicados por 
latidos um tanto quanto lentos e preguiçosos. O perfu-
me do jasmim ocupava a beira da piscina, envolvendo 
o tom rosado da pele de Janaína.
( ) Ponha nestes parênteses o número do texto que faz uso 
do diálogo em sua organização.
Gabarito
Texto 1 (I)
Texto 2 (N)
Texto 3 (A)
Texto 4 (E)
Texto 5 (D)
Texto 1
níVEIS DE FORMALIDADE/InFORMALIDADE
Níveis de Fala (Tipos de Norma)
Registro formal ou adloquial
No registro formal (adloquial, culto, padrão), as circuns-
tâncias exigem do emissor postura concentrada e adequada 
a um grupo sofisticado de falantes. Tende ao uso da norma 
culta (também chamada de padrão, ou erudita), que se 
estuda nas gramáticas normativas.
Por favor, entenda que seria importante para nós sua 
presença.
Registro informal ou coloquial
A informalidade ou coloquialismo acontece quando o 
ambiente permite ao emissor uma postura mais à vontade, 
sem preocupações gramaticais.
Vem, que sua presença é importante. (A gramática orien-
ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...)
Na informalidade, a língua é usada na forma de cada 
região, profissão, esporte, gíria, internet...
Registro vulgar
Normalmente envolve uso de calão ou gíria.
Oi, cara, pinta lá no pedaço. 
Registro de baixo calão
É o nível das gírias pesadas e dos palavrões.
Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra. 
Cada texto deve obedecer a um nível de formalidade 
ou informalidade, com a escolha do vocabulário e de cons-
truções frásicas adequada ao público e ao ambiente a que 
se destina.
Variação linguística
Uma língua se realiza na fala de grupos diferentes, no 
tempo (compare os escritos da carta de Caminha, de José 
de Alencar e de hoje), no espaço (veja as diferenças de ex-
pressão das várias regiões brasileiras), nas profissões (atente 
para seus jargões ou expressões características), em grupos 
de relacionamentos (cada um com suas gírias e constru-
ções frásicas identificadoras: DJs, políticos, cantores de rap, 
religiosos, surfistas, tatuadores, traficantes, escaladores...)
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Já houve o tempo em que se considerava certo apenas o 
uso da norma então conhecida como culta ou erudita, porém a 
sociolinguística substituiu o conceito de certo/errado pelo de 
adequado/inadequado. Em termos de comunicação, fala-se 
em o emissor adequar seu código ao do receptor para se 
fazer entender bem. Por isso, tanto o “nós vai”, como o 
“nós vamos” podem ou não estar adequados, dependendo 
do ambiente ou do grupo de falantes a que se destine, bem 
como da intenção do comunicador, que pode justamente 
pretender comunicar que pertence a outro grupo.
FUnÇÕES DA LIngUAgEM
Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, 
atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância 
a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep-
tor, referente, canal, código ou mensagem). Descobrir qualelemento está em destaque é definir a função da linguagem.
Função Emotiva (ou Expressiva)
Predomina em importância o emissor e é muito usada 
em textos líricos, amorosos, autobiográficos, testemunhais... 
Constitui uma característica de subjetividade.
Emissor: aquele que fala, representado por eu, nós, a 
gente (no sentido de “nós”). 
São índices desta função:
1. sujeito emissor – Eu vi Mariana chegar. A gente viu 
Mariana chegar. Nós vimos Mariana chegar.
2. uso de exclamação – Mariana chegou!
3. uso de interjeição – Ih! Mariana chegou.
Função Conativa (ou Apelativa)
Predomina em importância o receptor e é frequente em 
linguagem de publicidade e de oratória.
Receptor: com quem se fala, representado por tu, vós, 
você(s), Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa... 
São índices desta função:
1. sujeito receptor – Você sabia que Mariana chegou?
2. vocativo – Paulo, tu estás correto.
3. imperativo – Por favor, venha cá. Beba guaraná.
Função Referencial (ou Informativa)
Predomina em importância o referente e é empregada 
nos textos científicos, jornalísticos, profissionais – correspon-
dências oficiais, atas... É uma característica de objetividade.
Referente: de que ou de quem se fala, representado por 
ele(s), ela(s), Sua Excelência, Sua Majestade, Sua..., ou por qual-
quer substantivo ou pronome substantivo de terceira pessoa. 
É índice desta função:
1. sujeito referente – Mariana chegou. Ele chegou. Sua 
Senhoria chegou. Quem chegou?
Função Fática
Predomina em importância o canal e normalmente 
aparece em trechos pequenos, dentro de outras funções.
Canal: meio físico (ar, luz, telefone...) e psicológico (a 
atenção) que interliga emissor e receptor. 
Usa-se a função fática para:
1. testar o funcionamento do canal – Um, dois, três... 
Alô, alô...
2. prender a atenção do receptor – Bom dia. Como vai? 
Até logo. Certo ou errado?
3. distrair a atenção do receptor –
 Ele: Onde você estava até esta hora?
 Ela: Por favor, ligue agora para o José e lhe deseje 
sorte. (Ela desviou a atenção do assunto dele)
Função Metalinguística
Predomina o assunto “língua”, é o uso da língua para 
falar da própria língua. 
Língua: tipo de código usado na comunicação.
Os dicionários, as gramáticas, os livros de texto, de re-
dação, as críticas literárias são exemplos de metalinguagem.
Função Poética (ou Estética)
Predomina em importância a elaboração da mensagem.
Mensagem, fala ou discurso: é o como se diz e não o 
que se diz.
As frases “Você roubou minha caneta” e “Você achou 
minha caneta antes de eu a perder”, embora tenham o mes-
mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos 
diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no 
receptor.
A função poética valoriza a escolha das palavras, ora pela 
sonoridade, ora pelo ritmo (Quem casa quer casa. Quem tudo 
quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido), 
ora pelo significado inusitado (Penso, logo desisto), ora por 
mais de uma dessas ou outras características.
Obs.: todas essas funções podem interpenetrar-se no 
texto, mas uma (qualquer uma) tenderá a ser predominante. 
No caso de um texto poético ou estético, as demais funções 
ocupam o segundo plano.
TIPOS DE DISCURSO
Discurso Direto
Reprodução exata da fala do personagem.
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Pode vir entre aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.”
Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua 
resposta. 
Discurso Indireto
O narrador traduz a fala do personagem.
Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta 
dele.
Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele.
Discurso Indireto Livre
A fala do personagem se confunde com a do narrador.
Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava 
naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto...
Discurso do Narrador 
É a fala de quem conta a história.
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Monólogo
Fala de um personagem consigo mesmo.
Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no 
que acabei de ver”.
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Diálogo
Conversa entre dois ou mais personagens.
– Você devia ser mais suave na sua fala.
– Vou tentar.
gÊnEROS DO DISCURSO, gÊnEROS TEXTUAIS
Desde os estudos de Bakhtin até os de Koch, chegou-se 
à percepção de certas sequências relativamente estáveis de 
enunciados, voltadas a atender necessidades diferentes da 
vida social, sequências essas definidoras do que se conven-
cionou chamar Gêneros do Discurso, adaptáveis à sociedade 
e seus comportamentos.
Gêneros primários
São os que se desenvolvem primeiro, realizados em situa-
ções de comunicação, no âmbito social cotidiano das relações 
humanas: diálogo, telefonema, bilhete, carta, piada, oração, 
comando militar rápido, situações de interação face a face..
Gêneros secundários
Referentes a circunstâncias mais complexas, públicas, de 
interação social, muitas vezes escritas, monologadas, capazes 
de incorporar e transmutar os gêneros primários. Necessitam 
de instrução formal e aparecem sob a forma de 1. Gêneros 
literários: provérbios, crônicas, contos, novelas, romances, 
dramas...; 2. Gêneros oficiais: cartas, ofícios, memorandos, 
anais, tratados, textos de lei, documentos de escritório...; 3. 
Gêneros científicos: pesquisas, relatórios, críticas, análises, 
teses, ensaios... 4. Gêneros Jornalísticos: notícia, matéria, 
entrevista, charge ... 5. Gêneros outros como dos círculos 
artísticos, sócio-políticos, retóricos, jurídicos, políticos, 
publicísticos, esportivos...
Eis alguns tipos explorados em provas elaboradas pelo 
Cespe:
Crônica
Texto curto dissertativo, comentando fato ou situação 
do momento.
Conto
História curta com poucos personagens em torno de um 
núcleo de ação.
Novela
História mais longa que o conto e que também envolve 
só um núcleo de ação.
Romance
História longa e complexa em que os personagens atuam 
em torno de vários núcleos de ação. As chamadas novelas de 
televisão literariamente são romances porque revezam vários 
núcleos temáticos, revezando também como protagonistas 
grupos diferentes de personagens.
Parábola
Narrativa que transmite uma mensagem indireta, geral-
mente de cunho moral, por meio de comparação ou analogia.
Cristo falava por parábolas, como a do Filho Pródigo e a 
do Joio e do Trigo.
Fábula
Tipo de parábola curta, em prosa ou verso, que apresenta 
animais como personagens e que ilustra um ensinamento 
moral. Famosas são as fábulas de Esopo, como A Raposa e 
as Uvas, O Lobo e o Cordeiro.
Sátira
Texto crítico, picante, sarcástico, maledicente, irônico, 
zombeteiro para criticar instituições, costumes ou ideias.
Apólogo
Narrativa didática, em prosa ou verso, em que se animam 
e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo é o texto de 
Machado de Assis intitulado A Agulha e a Linha.
Lenda
História com base em informações imaginárias. São len-
dários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça...
Anedota
História curta engraçada ou picante.
Paródia
Imitação artística, jocosa, satírica, bufa; arremedo de 
outro texto. Vejam-se os segundos textos.
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Quem confere ferro, com ferro...
Penso, logo existo.
Penso, logo desisto.
Paráfrase ou frase paralela
É um texto criado na tentativa de reproduzir o sentido 
de outro. É um texto sinônimo, de sentido semelhante. Veja 
o segundo texto.
Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às três 
horas da manhã / Me sorri um sorriso pontual / E me beija 
com a boca de hortelã... (Chico Buarque)
Dia após dia ela faz as mesmas coisas. Me tira da cama 
às três da madrugada. Me dá um sorriso rotineiro e um beijo 
com gosto de pasta de dente...
Obs.: a paráfrase sempre altera algo no sentido subjetivo 
do texto.
Epígrafe
Inscrição que antecede um texto (no frontispício de um 
livro, no início deum capítulo, de um poema, de uma crô-
nica...).
Título: EPICÉDIO III
Epígrafe: À morte apressada de um amigo
 
Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo
 Quanto apesar de meu letargo, e pejo,
 Me intentas persuadir, ó sombra muda,
 Que tudo ignora quem te não estuda.
(Cláudio Manuel da Costa)
SEMÂnTICA
Sema 
É unidade de significado. A palavra “garotas” tem três 
semas:
1. garot é o radical e significa ser humano em formação;
2. a é desinência e significa feminino;
3. s é desinência e significa plural.
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Monossemia ou unissignificação
É o fato de uma expressão ter no texto apenas um sig-
nificado.
Polissemia ou plurissignificação
É o fato de uma expressão, no texto, ter múltiplos sig-
nificados. 
Ambiguidade ou anfibologia 
Significa duplo sentido.
Denotação
Sentido objetivo da palavra – Teresa é agressiva.
Conotação
Sentido figurado da palavra – Teresa é um espinho.
Campo Semântico
Área de abrangência ou de interpenetração de 
significado(s).
Chuteira, pênalti, drible, estádio... pertencem ao campo 
semântico do futebol.
Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân-
tico da música.
Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se-
mântico da aviação.
Contexto
As palavras ou signos podem estar soltos ou contextua-
lizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que a 
palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, 
fora de um contexto, desperta vários sentidos (polissemia) 
e os dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada 
um dos sentidos (monossemia) ligado a um determinado 
contexto. 
No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 significa-
dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada 
um desses contextos, a monossemia prevalece.
Nos textos literários ou artísticos, ambiguidade e po-
lissemia são valores positivos. O texto artístico pode ser 
considerado tão mais valioso quanto mais plurissignificativo.
Nos textos informativos (jornalísticos, históricos, cien-
tíficos... ), a monossemia é valor positivo, enquanto a ambi-
guidade e a polissemia devem ser evitadas.
Sinonímia
Existência de palavras ou termos com significados con-
vergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, brilho e 
luminosidade, branquear e alvejar...
Antonímia
Existência de palavras ou termos de sentidos opostos: 
claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo e feio...
Homonímia
Palavras iguais na escrita ou no som com sentidos dife-
rentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal (pássaro), 
cardeal (principal)...
Paronímia
Palavras parecidas: eminência e iminência, vultoso e 
vultuoso...
QUALIDADES DO TEXTO
Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades. 
A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e, 
também, seu defeito, o oposto.
Clareza
Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente 
entendido. Obscuridade é o seu antônimo.
Questões
O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes 
o que o fez ficar triste.
Assinale C para certo e E para errado.
1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e 
objetiva.
2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude 
do mau uso do pronome oblíquo “o”.
3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu-
ralizar “ficar triste” (o que os fez ficarem tristes) e a 
clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir 
a ambos, “o menino” e “seu pai”.
4. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez 
este ficar triste ), também se elimina a ambiguidade, 
passando a significar que só o pai ficou triste.
5. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que 
fez aquele ficar triste) comete-se uma incorreção 
gramatical.
6. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que 
fez aquele ficar triste) resolve-se também a obscu-
ridade, pois afirma-se que só o menino ficou triste, 
porque o demonstrativo “aquele” refere-se ao subs-
tantivo mais distante.
Gabarito
Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados.
 
Coerência
Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em 
termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an-
tônimo é ilogicidade, incoerência.
Questões
I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a 
uma, mostra-lhe suas qualidades. 
II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a 
uma, mostra-lhe seus defeitos. 
Assinale C para certo e E para errado.
1. ( ) O texto I exemplifica raciocínio incoerente.
2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente.
3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágrafos.
4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes.
5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e 
coerente.
6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca por 
incoerência.
Gabarito
Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos.
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Concisão
Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. 
O seu oposto é prolixidade.
Questões
I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no 
meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. 
II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e 
mos apresentou. 
Assinale C para certo e E para errado.
1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informativo.
2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma 
vírgula e um ponto final).
3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto 
final).
4. ( ) A última oração da frase II deve ser corrigida para 
“e nos apresentou”.
5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e 
direto, porque representa a fusão de dois pronomes 
oblíquos átonos (me + os).
Gabarito
Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado.
Correção Gramatical
Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão 
gramatical. Tradicionalmente as provas sempre visaram a 
medir o conhecimento da norma culta (também chamada de 
erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem 
para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, 
estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a 
essa norma culta.
 
Questões
I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué. 
II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos. 
Assinale C ou E, conforme julgue a afirmação certa ou errada.
a) O texto I está correto em relação ao padrão popular 
regional e errado relativamente ao culto.
b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e 
errado se a referência for o popular regional.
Gabarito
Ambas as afirmações estão corretas.
Coesão
Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes 
de um texto. Seu antônimo é a incoesão ou desconexão.
COESÃO E COnECTORES 
Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes 
de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos 
coesivos. 
Coesão gramatical (ou coesão referencial 
endofórica)
Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin-
do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão 
referencial endofórica, ou coesão gramatical. Além do uso das 
preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe-
rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores:
nominalização
Substantivo que retoma ideia de verbo anteriormente 
expresso.
Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação 
lhes trouxe euforia.
Elemento coesivo: “aprovação” retoma “foram apro-
vados”.
Pronominalização
Pronome retomando ou antecipando substantivo.
Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”.
Repetição vocabular
Repetição de palavra. 
A mulher se apoia no homem e o homem na mulher. 
Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os 
substantivos “homem” e “mulher”.Sintetização
Uso de expressão sintetizadora.
Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos-
tra o mundo.
Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte-
tiza “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”.
Uso de numerais 
São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo 
sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber 
o que fala.
Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e 
“terceira” retomam o cardinal “três”.
Uso de advérbios 
Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar 
escondida a resposta.
Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto 
de Raquel”.
 
Elipse
Omissão de termo facilmente identificável.
Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos.
Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o 
sujeito “nós” expresso na primeira oração.
Sinonímia
Palavras ou expressões de sentidos semelhantes.
O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas. 
A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte-
resse geral.
Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex-
pressão “discurso”.
Hiperonímia
Hiperônimo é palavra cujo sentido abrange o de outra(s). 
Roupa constitui hiperônimo em relação a calça, vestido, 
paletó, camisa, pijama, saia...
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Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... 
Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente.
Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os 
substantivos anteriores.
Hiponímia
Hipônimo é palavra de sentido incluído no sentido de 
outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho, bola de gude... 
são hipônimos de brinquedo. 
Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o 
Flamengo se pronunciou.
Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a 
palavra “times”.
Anáfora
chama-se anafórico ao elemento de coesão que retoma 
algo já dito.
O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, 
com temor.
Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo” 
e “cordeiro”.
Catáfora
Palavra ou expressão que antecipa o que vai ser dito. 
Não se esqueça disto: já estamos comprometidos.
Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta-
mos comprometidos”.
Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons-
titui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão.
DOMínIO DOS MECAnISMOS DE COESÃO 
TEXTUAL
Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos 
outros, como uso dos pronomes, regência, concordância, 
colocação... 
Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 co-
esões bem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma 
padrão oficial.
Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con-
sideração os mecanismos de coesão textual?
1. a) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; 
enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela 
balia.
b) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; 
enquanto aquele relinchava, esse grasnava e esta 
balia. 
 
2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”.
b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”.
3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda 
parte.
b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda 
parte. 
4. a) Encontrei o artigo que você falou.
b) Encontrei o artigo de que você falou. 
5. a) Foi essa a frase que você falou.
b) Foi essa a frase de que você falou. 
6. a) Era uma situação que ele fugia.
b) Era uma situação de que ele fugia. 
7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão.
b) Estamos diante de um texto a que falta coesão. 
8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido 
o dinheiro.
b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon-
dido o dinheiro.
9. a) Veja o local onde você chegou.
b) Veja o local aonde você chegou.
10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos 
estão presentes.
b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão 
presentes.
Gabarito
1. b. Uso dos demonstrativos: aquele, para o mais dis-
tante; esse, para o intermediário; este, para o mais 
próximo.
2. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se 
vai falar; esse, ao que já foi dito.
3. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se 
vai falar; esse, ao que já foi dito.
4. b (falar de um artigo).
5. a (falar uma frase).
6. b (fugir de algo).
7. b (falta coesão a algo).
8. a (o dinheiro estava escondido no quarto).
9. b (você chegou a um local).
10. b (cujo não vem seguido de artigo). 
OUTROS COnCEITOS
Barbarismo
Erro no uso de uma palavra.
1. Erro de pronúncia ou grafia: Ele é adevogado e co-
nhece o pograma.
2. Erro de flexão: Eu reavi os leitães. (O certo é reouve 
os leitões)
3. Troca de sentido: tráfico x tráfego, estrutura x esta-
tura, ascendente x descendente...
Cacofonia
Som desagradável ou ambíguo. 
Meus afetos por ti são (tição). Louca dela (cadela), por 
não perceber que dedico a ti (quati) o meu amor.
Eco ou Colisão
Rima na prosa. 
Depois da primeira porteira, encontrou a costureira 
descendo a ladeira da goiabeira.
Estrangeirismo
Uso de palavras ou expressões estrangeiras.
Internet, slow motion, pick-up, abat-jour, débauche, 
front-light...
Solecismo
Erro sintático.
1. De regência: Emprestei de você um calção. Ele obede-
ceu o pai.
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2. De concordância: Nós vai... A gente pensamos... As 
menina... 
Arcaísmo
Uso de palavras ou expressões antigas.
Palavras adrede escolhidas (especialmente). Brincavam 
de trocar piparotes (petelecos).
neologismo
Palavra recém-inventada.
– O que ele está fazendo? 
– Ah! Deve estar internetando.
Preciosismo
Preocupação exagerada com a construção do texto.
FIgURAS DE LIngUAgEM
Podem-se subdividir em Figuras de Pensamento, Figuras 
de Sintaxe, Figuras de Sonoridade, e ainda Tropos (Uso de 
Sentido Figurado ou Conotação).
Figuras de Pensamento 
São as figuras que atuam no campo do significado.
Antítese
Aproximação de ideias opostas – O belo e o feio podem 
ser agressivos ou não.
Paradoxo
Aparente contradição – Esta sua tia é uma beleza de 
feiura.
Ironia
Afirmação do contrário – O animal estava limpo, com 
os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado!
Eufemismo
Suavização do desagradável – Passou desta para a me-
lhor (= morreu).
Hipérbole
Exagero – Já repeti cem mil vezes.
Perífrase
Substituição de uma expressão mais curta por uma mais 
longa e pode ser estilisticamente negativa ou positiva, de-
pendendo do contexto.
 
Texto: Apoio sinceramente sua decisão.
Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você 
me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros 
sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações.
Também constitui perífrase o uso de duas ou mais pala-
vras em vez de uma: 
titular da presidência (= presidente); a região das mil e 
uma noites (= Arábia)
Figuras de Sintaxe 
São as figuras relacionadas à construção da frase.
Elipse
Omissão de termo facilmente identificável – (eu) cheguei, 
(nós) chegamos.
Zeugma
Elipse de termo já dito. 
– Comprei dois presentes; ela, três.
– José chegou cedo; Maria, não.
Hipérbato
Inversão da frase – Para o pátio correram todos.
Pleonasmo vicioso
Repetição desnecessária de ideia – Chutou com o pé, 
roeu com os dentes, saiu para fora, lustro de cinco anos...
Pleonasmo estilístico
A mim, não me falaste. Aos pais, lhes respondi que...
Assíndeto
Ausência de conjunção coordenativa – Chegou, olhou, 
sorriu, sentou.
Polissíndeto
Repetição de conjunção coordenativa – Chegou, e olhou, 
e sorriu, e sentou.
gradação
Sequência de dados em crescendo – Balbuciou, sussur-
rou, falou, gritou...
Paralelismo Sintático
Obediênciaa um mesmo padrão.
Sem paralelismo: Quero de você admiração, honestidade 
e que me obedeça.
Ela é alta, inteligente e tem beleza.
Com paralelismo: Quero de você admiração, honestidade 
e obediência. (todos, substantivos)
Ela é alta, inteligente e bela. (todos, adjetivos)
Silepse
Concordância com a ideia, não com a palavra.
Silepse de Gênero: Vossa Senhoria está cansado?
Silepse de Número: E o casal de garças pousaram tran-
quilamente.
Silepse de Pessoa: Todos deveis estar atentos.
Figuras de Sonoridade
São as figuras relacionadas ao trabalho com os sons das 
palavras.
Aliteração
Repetição de sons consonantais próximos – “Gil engendra 
em Gil rouxinol” (Caetano Veloso).
Assonância
Repetição de sons vocálicos próximos – Cunhã poranga 
na manhã louçã.
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Onomatopeia
Tentativa de imitação do som – coxixo, tique-taque, zum-
-zum, miau...
Paronomásia ou trocadilho
Contudo... ele está com tudo.
Tropos (Uso do Sentido Figurado ou 
Conotação)
Comparação ou Analogia
Relação de semelhança explícita sintaticamente.
Ele voltou da praia parecendo um peru assado.
Teresa está para você, assim como Júlia, para mim.
Corria qual uma lebre assustada.
Sua voz é igual ao som de panela rachada.
Metáfora
Relação de semelhança subentendida, sem conjunção 
ou palavra comparativa.
Voltou da praia um peru assado.
A sua Tereza é a minha Júlia.
Correndo, ele era uma lebre assustada.
Sua voz era uma panela rachada.
Metonímia
Relação de extensão de significado, não de semelhança.
Continente x conteúdo
Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não o copo)
Origem x produto
Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche)
Causa x efeito
Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda)
Autor x obra
Vamos curtir um Gilberto Gil? (Curtir a música)
Abstrato x concreto
Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em Veneza)
Símbolo x simbolizado
A balança impôs-se à espada. (Justiça... Forças Armadas)
Instrumento x artista
O cavaquinho foi a grande atração. (O artista)
Parte x todo
Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses)
Catacrese
Metáfora estratificada, que já faz parte do uso comum.
Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de 
bule, pé de limão...
Prosopopeia ou Personificação
O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras 
sussurravam aos nossos ouvidos.
POnTO DE VISTA DO AUTOR
Todo e qualquer autor, ao produzir um texto, falado, 
cantado ou escrito, seja para descrever uma cena, narrar 
um fato, ou desenvolver um raciocínio, coloca nesse texto, 
mesmo que não o perceba, sua visão de mundo, sua posição 
política, religiosa, artística, econômica, social etc., além de 
sua preferência por este ou aquele assunto, este ou aquele 
personagem. A linguística textual levanta com base nos vo-
cábulos escolhidos e na organização dos enunciados, o que 
se denomina Ponto de Vista do Autor.
InTEnCIOnALIDADE
Paralelamente ao ponto de vista, o autor também mani-
festa uma intencionalidade, ou tendência psicológica, a favor 
ou contra determinada realidade, personalidade ou atitude, 
o que se pode deduzir, também, das palavras utilizadas e/ou 
da organização das frases. Nos cartazes das ruas e da im-
prensa, duas frases usando as palavras “impeachment” e 
“golpe” se opuseram insistentemente: 1) Impeachment sem 
crime é golpe e 2) Impeachment não é golpe. Por trás de 
cada uma está a intencionalidade do emissor. A intenção da 
frase 1 é impedir o impeachment, enquanto a frase 2 tem 
como propósito a sua aprovação.
Leia com atenção o depoimento de duas testemunhas 
sobre o fato que presenciaram.
Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida, 
consciente da importância de sua postura no convencimento 
dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras que convencia os 
presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração 
de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão 
Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os 
dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo 
e com dificuldade foram separados pelos outros.
Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro 
voou pra cima dele com um soco armado que passou no 
vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao 
agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente, 
segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa, 
sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o 
subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada 
no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os 
dois e os separamos.
Exercícios
Veja agora como os pontos de vista das duas testemunhas são 
diferentes, respondendo C ou E para as afirmações seguintes 
e conferindo suas respostas com as do gabarito.
1 ( ) O fato motivador de ambas as narrativas foi o mes-
mo: uma briga entre dois indivíduos. 
2 ( ) Ambas as narrativas indicam que as duas testemu-
nhas demonstram bom nível de escolaridade pelo 
domínio do padrão linguístico apresentado. 
3 ( ) No trecho “o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arre-
pendida, consciente da importância de sua postura 
no convencimento dos irmãos, desfiava um rosário 
de mentiras”, a testemunha A descreve psicologica-
mente Antônio como frio, calculista e mentiroso. 
4 ( ) as expressões “o irmão”, “Madalena arrependida”, 
“dos irmãos”, ”rosário”, “o irmão”, “outros irmãos” 
e a própria repetitividade, refletem repertório reli-
gioso e caracterizam o autor do texto como conviva 
do mesmo grupo dos demais personagens.
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5 ( ) No segundo período a testemunha A indica que 
Antônio agrediu moralmente com “um esboço de 
sorriso vitorioso” a Lauro, tendo provocado a briga. 
6 ( ) A testemunha A se mostrou imparcial.
7 ( ) Com a descrição psicológica (item 3) e a agressão 
moral (item 5), pode-se perceber, na testemunha A, a 
tendência para construir a culpabilidade de Antônio.
8 ( ) A testemunha A narra em 3ª pessoa, como obser-
vadora dos acontecimentos.
9 ( ) O tratamento “Seu” usado em “Seu Antônio” e “Seu 
Lauro” indica pouca intimidade e distanciamento 
respeitoso da testemunha B.
10. ( ) A linguagem da testemunha B não indica ponto de 
vista religioso, mas de quem entende ou convive 
com ambiente de luta (“voou pra cima dele com 
um soco armado que passou no vazio”, “mais forte 
e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou”, 
“dominou completamente”, “montada completa”, 
“desferir golpe” , “subjugado” ).
11. ( ) Segundo a testemunha B, “Seu Lauro” agrediu duas 
vezes “Seu Antônio”: uma fisicamente (“voou pra 
cima dele com um soco armado”) e outra física e 
moralmente (“uma cusparada no rosto”).
12. ( ) A testemunha B mostrou-se imparcial.
13. ( ) Pode-se perceber na testemunha B a intencionali-
dade de culpar “seu Lauro”.
14. ( ) A testemunha B, como narrador de 1ª pessoa (Eu 
e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois 
e os separamos), coloca-se na cena como um dos 
personagens, ou seja, como narrador participante.
Gabarito
1. V
2. V
3. V
4. V
5. V
6. F
7. V
8. V
9. V
10. V
11. V
12. F
13. V
14. V
Conclusão:
Pela leitura dos dois textos, percebem-se pontos de vis-
ta diferentes dos dois autores, no caso os dois narradores.
Ponto de vista do narrador A: usa a 3ª pessoa, fala 
como observador, visão de fora; demonstra bom domínio 
linguístico; posta-se como integrante de uma irmandade; 
considera agressor e provocador o “irmão Antônio””.
Ponto de vista do narrador B: usa a 1ª pessoa, fala como 
umdos personagens; demonstra bom domínio linguístico; 
posta-se como entendedor de luta; mostra distanciamento 
e pouca intimidade com os envolvidos na briga; considera 
agressor e provocador o “Seu Lauro”.
Questões de Provas
Texto 1
Estojo escolar
(Carlos Heitor Cony)
Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns 
caras oferecendo maravilhas eletrônicas, bastava telefonar 
e eu receberia um notebook capaz de me ajudar a fabricar 
um navio, uma estação espacial.
Minhas necessidades são mais modestas: tenho um PC 
mastodôntico, contemporâneo das cavernas da informática. 
E um laptop da mesma época que começa a me deixar na 
mão. Como pretendo viajar esses dias, habilitei-me a com-
prar aquilo que os caras anunciavam como o top do top em 
matéria de computador portátil.
No sábado, recebi um embrulho complicado que neces-
sitava de um manual de instruções para ser aberto. Depois de 
mil operações sofisticadas para minhas limitações, retirei das 
entranhas d isopor o novo notebook e coloquei-o em cima 
da mesa. De repente, como vem acontecendo nos últimos 
tempos, houve um corte na memória e vi diante de mim o 
meu primeiro estojo escolar. Tinha cinco anos e ia para o 
jardim de infância.
Era uma caixinha comprida, envernizada, com uma 
tampa que corria nas bordas do corpo principal. Dentro, ar-
rumados em divisões, havia lápis coloridos, um apontador, 
uma lapiseira cromada, uma régua de 20 cm e uma borracha 
para apagar meus erros.
Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que nun-
ca esqueci e que tonteava de prazer. Fechei o estojo para 
proteger aquele cheiro, que ele ficasse ali para sempre, 
prometi-me economizá-lo. Com avareza, só o cheirava em 
momentos especiais.
Na tampa que protegia estojo e cheiro havia gravado 
um ramo de rosas muito vermelhas que se destacavam do 
fundo creme. Amei aquele ramalhete – olhava aquelas rosas 
e achava que nada podia ser mais bonito.
O notebook que agora abro é negro, não tem rosas 
na tampa e, em matéria de cheiro, é abominável. Cheira 
vilmente a telefone celular, a cabine de avião, ao aparelho 
de ultrassonografia onde outro dia uma moça veio ver como 
sou por dentro. Acho que piorei de estojo e de vida.
1. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) A partir 
da leitura atenta do texto, é correto afirmar que o autor:
a) considera que as “maravilhas eletrônicas” são es-
senciais à humanidade.
b) revela seu interesse pelas tecnologias, sobretudo as 
da área de informática.
c) critica as tecnologias em função do alto preço que, 
em geral, possuem.
d) externa seu posicionamento negativo em relação às 
novas tecnologias.
2. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) Ao con-
frontar o notebook com o estojo escolar, o autor ex-
plora, predominantemente, a percepção de duas sen-
sações. São elas:
a) tátil e auditiva
b) visual e auditiva
c) olfativa e visual
d) visual e tátil
3. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) Em “te-
nho um PC mastodôntico” (2º), o termo em destaque 
foi empregado pelo autor para marcar expressividade 
indicando tratar-se de um objeto:
 Assinale a alternativa correta.
a) raro
b) caro
c) frágil
d) antigo
4. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) O texto 
lido é uma crônica e explora a variante informal da lín-
gua para aproximar-se do leitor. Desse modo, assinale 
a opção cujo fragmento transcrito comprove essa afir-
mativa.
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a) “E um laptop da mesma época que começa a me 
deixar na mão.” (2º §)
b) “No sábado, recebi um embrulho complicado” (3º §)
c) “Com avareza, só o cheirava em momento especiais.” 
(5º §)
d) “Na tampa que protegia estojo e cheiro havia gra-
vado um ramo de rosas” (6º §)
5. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) A flexão 
de grau do substantivo em “da caixinha vinha um cheiro 
gostoso” (5º) revela, além da ideia de tamanho, um 
sentido de:
a) ironia
b) afetividade
c) exagero
d) desprezo
6. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) Em “Fe-
chei o estojo para proteger aquele cheiro” (5º §), o ter-
mo em destaque relaciona duas orações introduzindo, 
na segunda, um sentido de:
a) causa
b) finalidade
c) consequência
d) condição
7. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) O autor 
emprega a expressão “Noite dessas” para introduzir 
seu texto marcando certa imprecisão temporal. Tal ex-
pressão, morfologicamente, cumpre papel:
a) substantivo
b) pronominal
c) adjetivo
d) adverbial
8. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) Ao falar 
sobre o ramalhete, o autor o caracteriza por meio:
a) de uma impressão pessoal.
b) de uma constatação objetiva.
c) da percepção de outros.
d) da representação propagandística.
9. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) Dentre as 
opções abaixo, assinale aquela cuja vocábulo, transcrito 
do fragmento acima, possua classificação gramatical 
diferente dos demais.
a) “gravado”
b) “ramo”
c) “rosas”
d) “fundo”
10. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) Em “vi 
uns caras oferecendo maravilhas eletrônicas” (1º §), 
considerando o contexto, percebe-se que o autor em-
prega a seguinte figura de linguagem.
a) metáfora
b) ironia
c) personificação
d) metonímia
11. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) Ao ana-
lisar os morfemas da palavra “envernizada” (4º §), 
conclui-se que ela foi formada pelo seguinte processo:
a) sufixação
b) prefixação
c) composição por justaposição
d) derivação parassintética
Texto II
Disponível em: http://tecnologia.uol.com.br/album/
20081219_tirinhas_album.htm. Acesso em 13/03/16)
12. (IBFC/Prefeitura Municipal de Várzea Grande) A tirinha 
explora o humor e intitula-se “Tecnologia engraçada”. 
Esse humor é marcado, sobretudo, em função:
a) de retratarem uma tecnologia que apita.
b) de o telefonema ser interrompido pelo início da reu-
nião.
c) dos falantes tratarem de realidades distintas no di-
álogo.
d) da sugestão de uma crítica ao desgaste provocado 
pelo trabalho.
Leia o texto abaixo e responda, a seguir, às questões pro-
postas.
O imperativo da exportação, sugerido a todos os países 
como uma espécie de solução salvadora, é uma verdade ou 
apenas um mito? Afirma-se, com muita força, que os países 
que não exportam não têm presente nem futuro, sem explicar 
cabalmente por quê. A doutrina é tão forte que, embora isso 
não seja sempre reconhecido, chega-se ao paroxismo de agir 
como se o próprio território devesse também ser exportado.
Comecemos pela definição de território, na verdade 
uma redefinição. Consideremos o território como o conjunto 
de sistemas naturais mais os acréscimos históricos materiais 
impostos pelo homem. Ele seria formado pelo conjunto in-
dissociável do substrato físico, natural ou artificial, e mais 
o seu uso, ou, em outras palavras, a base técnica e mais as 
práticas sociais, isto é, uma combinação de técnica e de polí-
tica. Os acréscimos são destinados a permitir, em cada época, 
uma nova modernização, que é sempre seletiva. Vejam-se 
os exemplos das ferrovias na segunda metade do século 19 
e das infovias hoje.
A partir da constituição do Estado moderno, tudo isso 
era considerado como base da soberania nacional e da com-
petição entre nações. O exemplo mais eloquente é o de Col-
bert, ministro de Luís 14, engenheiro, geógrafo, economista, 
estrategista e estadista, preocupado com o traçado das es-
tradas e canais na velha França, base, ao mesmo tempo, do 
crescimento do país e da sua competição com os vizinhos 
e com a Inglaterra. O território, assim visto, constituía um 
dado essencial da regulação econômica e política, já que do 
seu manejo dependiam os volumes e os fluxos, os custos e 
os preços, a distribuição e o comércio, em uma palavra, a 
vida das empresas e o bemestar das populações. Era por 
meio desses instrumentos incorporados ao território que o 
país criava sua unidade e funcionava como uma regiãodo 
Estado. “Regio” tanto significa região quanto reger, governar.
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Com a globalização, o território fica ainda mais impor-
tante, ainda que uma propaganda insidiosa teime em decla-
rar que as fronteiras entre Estados já não funcionam e que 
tudo, ou quase, se desterritorializa. Na verdade, se o mundo 
tornou possível, com as técnicas contemporâneas, multiplicar 
a produtividade, somente o faz porque os lugares, conheci-
dos em sua realidade material e política, distinguem-se exa-
tamente pela diferente capacidade de oferecer às empresas 
uma produtividade maior ou menor. É como se o chão, por 
meio das técnicas e das decisões políticas que incorpora, 
constituísse um verdadeiro depósito de fluxos de mais-valia, 
transferindo valor às firmas nele sediadas. A produtividade 
e a competitividade deixam de ser definidas devido apenas 
à estrutura interna de cada corporação e passam, também, 
a ser um atributo dos lugares. E cada lugar entra na conta-
bilidade das empresas com diferente valor. A guerra fiscal é, 
na verdade, uma guerra global entre lugares.
Por isso, as maiores empresas elegem, em cada país, 
os pontos de seu interesse, exigindo, para que funcionem 
ainda melhor, o equipamento local e regional adequado e o 
aperfeiçoamento de suas ligações mediante elos materiais e 
informacionais modernos. Isso quanto às condições técnicas. 
Mas é também necessária uma adaptação política, mediante 
a adoção de normas e aportes financeiros, fiscais, trabalhistas 
etc. É a partir dessas alavancas que os lugares lutam entre 
si para atrair novos empreendimentos, os quais, entretanto, 
obedecem a lógicas globais que impõem aos lugares e paí-
ses uma nova medida do valor, planetária e implacável. Tal 
uso preferencial do território por empresas globais acaba 
desvalorizando não apenas as áreas que ficam de fora do 
processo, mas também as demais empresas, excluídas das 
mesmas preferências.
(Campos, Milton. A guerra dos lugares. In: Folha de São Paulo. 
Caderno Mais, 8.9.1999.)
13. (TCM-RJ) No primeiro parágrafo do texto, referindo-se 
ao “paroxismo de agir como se o próprio território de-
vesse também ser exportado”, o autor critica o seguinte 
comportamento doutrinário:
a) Antinomia conceitual.
b) Anarquia social.
c) Cientificismo teórico.
d) Dogmatismo extremado.
e) Paradoxismo especulativo.
14. (TCM-RJ) De acordo com o texto, o conceito de território 
implica a correferência dos seguintes fatores:
a) Espaço geográfico e limites políticos.
b) Base sistêmica física e ação humana.
c) Intercâmbio cultural e densidade demográfica.
d) Demarcação física e técnica industrial.
e) Regulação econômica e bem-estar da população.
15. (TCM-RJ) A referência a Colbert cumpre o seguinte papel 
textual:
a) Constitui um exemplo da capacidade organizacional 
da sociedade moderna referida no segundo parágrafo.
b) Serve como índice da competitividade entre nações 
desenvolvidas a que se refere o autor.
c) Remete a um fato que será especificado no quarto 
parágrafo do texto.
d) Confronta a tese do autor com um contra-argumento 
sobre a exploração do meio natural.
e) Fornece uma evidência que corrobora o conceito de 
território defendido pelo autor.
16. (TCM-RJ) Entre as afirmações abaixo, a que não se en-
contra no texto é:
a) A globalização não inibiu a existência de fronteiras 
territoriais.
b) O território é fator primordial para o desenvolvimen-
to econômico do país.
c) Os diferentes territórios não gozam da mesma ava-
liação para as empresas empreendedoras.
d) O Estado moderno erigiu relações internacionais 
infensas à competitividade.
e) Não há como explorar as vantagens de um território 
sem a correspondente sustentação política.
17. (TCM-RJ) Há no texto uma correlação entre os seguintes 
conceitos:
a) Modernização e regulação.
b) Distribuição e soberania.
c) Produtividade e diversidade.
d) Exportação e doutrina.
e) Propaganda e empreendimento.
18. (TCM-RJ) De acordo com o texto, as empresas, quando 
desejam instalar-se em dado país, podem exigir condi-
ções específicas para o desenvolvimento da atividade 
empresarial. Dentre as alternativas abaixo, a que nÃO 
expressa uma dessas possíveis condições é:
a) Financiamento estatal.
b) Garantia de mercado.
c) Benefícios fiscais.
d) Infraestrutura adequada.
e) Reforma trabalhista.
19. (TCM-RJ) “Com a globalização, o território fica ainda 
mais importante, ainda que uma propaganda insidiosa 
teime em declarar que as fronteiras entre Estados já 
não funcionam (...)”
 Nesse trecho do texto, o termo em destaque expressa 
o seguinte valor semântico:
a) Consequência.
b) Comparação.
c) Companhia.
d) Concessão.
e) Causa.
20. (TCM-RJ) Os termos infovia e desterritorializa, presen-
tes no texto, constituem exemplos, respectivamente, 
dos seguintes processos de formação de palavras:
a) Composição e derivação.
b) Hibridismo e derivação.
c) Composição e regressão.
d) Conversão e regressão.
e) Regressão e derivação.
21. (TCM-RJ) Em cada alternativa abaixo, promove-se uma 
modificação na estrutura frasal. A nova redação é ina-
ceitável em norma escrita, mas aceitável segundo a 
norma oral contemporânea em:
a) Os acréscimos são destinados a permitir, em cada épo-
ca, uma nova modernização, que é sempre seletiva.
 É destinado acréscimos a permitir, em cada época, 
uma nova modernização, que é sempre seletiva.
b) Mas é também necessária uma adaptação política, 
mediante a adoção de normas e aportes financeiros, 
fiscais, trabalhistas etc.
 Mas é também necessário uma adaptação política, 
mediante a adoção de normas e aportes financeiros, 
fiscais, trabalhistas etc.
c) Ele seria formado pelo conjunto indissociável do 
substrato físico, natural ou artificial, e mais o seu 
uso, ou, em outras palavras, a base técnica e mais 
as práticas sociais.
 Ele seria formado pelo conjunto indissociável dos 
substratos físico, natural ou artificial, e mais o seu 
uso, ou, em outras palavras, a base técnica e mais 
as práticas sociais.
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d) Vejam-se os exemplos das ferrovias na segunda me-
tade do século XIX e das infovias hoje.
 Veja-se os exemplos das ferrovias na segunda me-
tade do século XIX e das infovias hoje.
e) Os acréscimos são destinados a permitir, em cada épo-
ca, uma nova modernização, que é sempre seletiva.
 Os acréscimos são destinados a permitirem, em cada 
época, uma nova modernização, que é sempre seletiva.
22. (TCM-RJ) “Ele seria formado pelo conjunto indissociável 
do substrato físico, natural ou artificial.” Esta frase do 
texto, se transposta para a voz ativa, toma a seguinte 
estrutura:
a) Formariam-no pelo conjunto indissociável do subs-
trato físico, natural ou artificial.
b) Formaria-se ele pelo conjunto indissociável do subs-
trato físico, natural ou artificial.
c) Formá-lo-ia o conjunto indissociável do substrato 
físico, natural ou artificial.
d) Haveriam de formá-lo pelo conjunto indissociável 
do substrato físico, natural ou artificial.
e) Poderiam formá-lo pelo conjunto indissociável do 
substrato físico, natural ou artificial.
23. (TCM-RJ) A palavra alavancas, usada no último pará-
grafo do texto, mantém uma referência anafórica com 
o seguinte termo:
a) Maiores empresas.
b) Cada país.
c) Novos empreendimentos.
d) Lógicas globais.
e) Condições técnicas.
24. (TCM-RJ) “A doutrina é tão forte que, embora isso não 
seja sempre reconhecido, chega-se ao paroxismo de 
agir como se o próprio território devesse também ser 
exportado.” Entre as modificações impostas a essa frase 
do texto, a que altera significativamente seu sentido 
original é:
a) A doutrina

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