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1 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA CONCEITOS BÁSICOS ANATOMIA ▪ O átrio direito (AD) é anterior e o átrio esquerdo (AE) é posterior. ▪ A espessura da parede do Ventrículo Esquerdo (VE) é maior do que a do Ventrículo Direito (VD), logo a massa do VE é de 2 a 3x maior do que a do VD. ▪ No AD, próximo à veia cava superior, localiza-se um conjunto de células autoexcitáveis (= células pálidas → são visivelmente mais brancas dos que as células ao seu redor) capazes de produzir um estímulo elétrico gerando a contração cardíaca. Esse conjunto de células é denominado Nó Sinoatrial ou sinusal. FISIOLOGIA ATIVAÇÃO ATRIAL: o nó sinoatrial, localizado no AD irá despolarizar o AD apartir do feixe de Bachmann’s, que posteriormente irá ativar o AE, resultando na onda P (ativação atrial AD → AE). Nó sinusal (células pálidas) = onda P (ativação atrial) Em seguida, essa corrente elétrica irá percorrer pelos feixes internodais, chegando ao Nó Átrio-ventricular, que possui uma propriedade denominada propriedade decremental = redução da velocidade da propagação do estímulo, permitindo que os átrios contraiam de maneira eficaz e somente em seguida haja a contração ventricular. ATIVAÇÃO VENTRICULAR: posteriormente, esse estimulo irá seguir através dos feixes de His, ramos esquerdos e ramos direitos até chegar nas fibras de Purkinje. Ativação Ventricular se dá por etapas: 1ª → região septal = onda Q 2ª → região da ponta e paredes livres do VD e VE = onda R 3ª → porções basais dos ventrículos = onda S ANA LUÍZA A. PAIVA – 7°P - 2023/1 2 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA NOMENCLATURA DO COMPLEXO QRS ▪ Onda negativa antes de R = Q ▪ Onda positiva = R ▪ Onda negativa após R = S Tudo se inicia no NSA e a capacidade de disparo dessas células é em torno de 60-100 disparos por minuto = ritmo sinusal. Porém se houver uma incapacidade do Nó sinoatrial, existe um sistema de Backup. O nó átrio- ventricular também é capaz de disparar e assumir o comando cardíaco, com uma frequência de disparo menor (40 a 60 disparos por minuto) = ritmo idiojuncional. Como a frequência do NSA é maior, quando ele está funcionando normalmente ele é capaz de inibir a ativação do NAV. Caso haja uma incapacidade do nó átrio-ventricular, existe outro sistema de backup, que é o sistema de His-Purkinje, que também é capaz de se despolarizar e se ativar com uma frequência de 8- 40 disparos por minuto = ritmo idioventricular. RESUMINDO 1. ATIVAÇÃO ATRIAL (AD → AE) = onda P 2. NAV = propriedade decremental 3. ATIVAÇÃO VENTRICULAR: Septo ventricular = onda Q Ponta e paredes livres do VD e VE = onda R Porções basais = onda S 4. REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR = onda T OBS: A despolarização atrial não é representada no ECG. Ou seja, são 4 processos, mas apenas 3 ondas onda R 3 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Na célula em repouso, existe uma maior concentração de cargas positivas no meio extracelular e uma menor concentração de cargas positivas no meio intracelular = polarização. Quando a células cardíaca recebe um estímulo elétrico (NSA), esse estímulo irá ser capaz de provocar um processo de despolarização, na qual haverá uma inversão, fazendo com que o meio interno se torne positivo e o meio externo negativo. Dipolo elétrico: frente de onda + e uma calda - = processo de ativação cardíaca Na ativação atrial, o AD formará um vetor para baixo e a ativação do AE formará um vetor para a esquerda, formando um vetor resultante da ativação atrial = SÂP, que estará apontando para baixo e para a esquerda. 4 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Já na ativação ventricular, a primeira região a ser ativada é a região septal (V1), na qual o vetor estará apontando para a direita, a segunda região será a ponta e paredes livres do VE e VD (V2), formando um vetor apontado para a esquerda e a terceira região ativada será as porções basais (V3), com vetor apontado para cima. Como a massa do VE é maior, consequentemente ele terá um maior vetor, coindidindo com vetor resultante. O vetor resultante da ativação do coração vai da direita para a esquerda, de cima para baixo e um pouco para trás. DERIVAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS – 12 DERIVAÇÕES DIFERENÇA DE POTENCIAL ENTRE 2 PONTOS (DERIVAÇÕES BIPOLARES) Diferença de potencial do braço direito para braço esquerdo = DI Diferença de potencial do braço direito para o pé = DII (+) Diferença de potencial do braço esquerdo para o pé = DIII POTENCIAL ABSOLUTO EM TRÊS PONTOS (DERIVAÇÕES UNIPOLARES) Voltagem do braço direito = aVR Voltagem do braço esquerdo = aVL (-) Voltagem do pé = aVF 5 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA SISTEMA HEXAXIAL DE BAILEY CONCEITOS IMPORTANTES ▪ Toda derivação unipolar é perpendicular a uma bipolar (forma um ângulo de 90°). Ex: aVL e DII, aVF e DI, aVR e DIII ▪ Ponto em comum = centro = coração ▪ Ponta da seta representa a parte positiva da derivação ▪ Graus positivos → parte de baixo ▪ Graus negativos → parte de cima 6 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA ▪ Podemos identificar se o coração está para cima ou para baixo, para a esquerda ou direita, mas não permite identificar se está para frente ou para trás ▪ Cada derivação enxerga a ponta cardíaca de uma posição DI: braço direito (-) ------------------------> braço esquerdo (+) Segue proporcional ao vetor resultante da ativação do coração → onda + DII: braço direito (-) --------------------------> pé (+) Segue proporcional ao vetor resultante da ativação do coração → onda + DIII: braço esquerdo (-) ---------------------------------> pé (+) Segue proporcional ao vetor resultante da ativação do coração → onda + aVR: Voltagem do braço direito em relação ao coração 7 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Segue inversamente ao vetor resultante da ativação do coração → onda - aVL: Voltagem do braço esquerdo em relação ao coração Segue quase perpendicular ao vetor resultante da ativação do coração → onda + e - aVF: voltagem do pé em relação ao coração Segue proporcional ao vetor resultante da ativação do coração → onda + 8 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA DERIVAÇÕES PRECORDIAIS – PLANOS HORIZONTAIS São derivações unipolares → determinam a voltagem em pontos específicos V1, V2, V3, V4, V5, V6 ATIVAÇÃO VENTRIICULAR – V1 → onda RS V1: ativação septal O vetor está aproximando de V1 = onda + V2: ativação da ponta e paredes livres do VD e VE O vetor está afastando de V1 = onda – V3: Ativação das porções basais 9 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Segue quase perpendicular a V1, não havendo registro eletrocardiográfico ATIVAÇÃO VENTRICULAR – V2 → onda RS ( o R é um pouco maior do que em V1) V1: ativação septal O vetor está aproximando de V1 = onda + V2: ativação da ponta e paredes livres do VD e VE O vetor está afastando de V2 = onda – V3: Ativação das porções basais Segue quase perpendicular a V1, não havendo registro eletrocardiográfico ATIVAÇÃO VENTRICULAR – V5 → onda QRS V1: ativação septal O vetor está afastando de V5 = onda – (Q) 10 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA V2: ativação da ponta e paredes livres do VD e VE O vetor está aproximando de V5 = onda + (R) V3: Ativação das porções basais O vetor está afastando de V5 = onda – (S) ATIVAÇÃO VENTRICULAR – V5 →onda QRS V1: ativação septalO vetor está afastando de V6 = onda – (Q) V2: ativação da ponta e paredes livres do VD e VE O vetor está aproximando de V6 = onda + (R) 11 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA V3: Ativação das porções basais O vetor está afastando de V6 = onda – (S) → é tão pequena que as vezes pode nem estra representada no tracado eletrocardiográfico PROGRESSÃO DE ONDA R A onda R inicia pequena em V1, aumenta um pouco em V2 e torna-se pronunciável em V5 e V6 V3 E V4: são complexos de transição 12 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS REGISTRO DE DI, DII E DIII, AVR, AVL E AVF. REGISTRO DE V1, V2, V3, V4 E V5 ▪ V1: 4° EIC direito, na borda do externo ▪ V2: 4° EIC esquerdo, na borda do externo ▪ V3: Metade da distância entre V2 e V4 ▪ V4: 5° EIC, na linha hemiclavicular ▪ V5: 5° EIC, na linha axilar anterior ▪ V6: 5° EIC, na linha axilar média OUTRAS DERIVAÇÕES 13 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA PAPEL DO ECG ▪ Cada quadradinho pequeno = 1mm ▪ A cada 5 quadradinhos a linha é mais espessa = quadrado grande = 5mm HORIZONTAL (TEMPO) ▪ Velocidade do papel = 25mm/s ▪ Cada quadradinho (1mm) é percorrido em 0,04 segundos (1/25) ou 40ms ▪ Cada quadrado grande (5mm) é percorrido em 0,2 segundos (0,04s x 5mm) VERTICAL (VOLTAGEM) ▪ 1mV = 10mm (padronização N) ▪ Cada quadradinho mede 0,1 mV (1mm) ▪ Cada quadrado grande mede 0,5mV (0,1mV x 5mm) PASSO A PASSO DO ECG t = d/V t = 1/25 t=0,04 s 14 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA 1° PASSO: IDENTIFICAÇÃO ▪ Nome do paciente ▪ Sexo ▪ Idade ▪ Biotipo ▪ Queixas ▪ Medicamentos em uso 2° PASSO: PADRONIZAÇÃO ▪ Ao final do traçado de alguns ECG, há um retângulo que ocupa 2 quadrados grandes (10 quadradinhos pequenos) = 10mm ▪ 1mm = 0,1 mV ▪ 10mm = 1mV ▪ N = 10mm/mV Outra maneira de identificar se o ECG está na padronização correta, é verificar o numero 10 na frente de cada derivação. Outra forma de avaliar a padronização, é avaliar a presença da letra N na frente de cada derivação A maioria das padronizações dos ECG vêm representada ao final do papel da seguinte maneira: 3° PASSO: FREQUÊNCIA CARDÍACA 15 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA RITMO REGULAR ▪ Velocidade do papel = 25mm/s ▪ FC = bpm ▪ 1min = 60 segundos ▪ 25 x 60 = 1500 mm ▪ Em 1min, o papel percorre 1500mm EX: 23mm ------------- 1 batimento cardíaco 1500mm ----------- x X = 1500/23 X = 65 bpm RITMO IRREGULAR ▪ Contar 30 quadrados grandes ▪ 1 quadradinho = 0,04 seg ▪ 1 quadrado grande = 0,2 seg ▪ 30 quadrados grandes = 6 seg (0,2 x 30) Ex: 1min = 60 seg 6 segundos ----------------8 batimentos (8 QRS) 60segundos --------------- X x = 80bpm 4° PASSO: RITMO CARDÍACO ▪ Ritmo cardíaco normal = ritmo Sinusal ▪ No traçado do ECG, o paciente deve apresentar pulso. Caso esteja ausente, representará uma atividade elétrica sem pulso. ▪ RITMO REGULAR: a distância entre os complexos QRS é praticamente a mesma ▪ RITMO IRREGULAR: a distância entre os complexos QRS varia ▪ Onda P + → DI, DII e aVF ▪ Onda P - → aVR ▪ A morfologia da onda P deve manter-se padronizada (arredondada) RITMO REGULAR FC = 1500/ n° de quadradinhos RITMO IRREGULAR Contar 30 quadrados grandes n° de QRS x 10 16 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA OBSERVAÇÕES ▪ Tudo negativo em DI (onda P, QRS e onda T) + QRS negativo em precordiais (V1 a V6) = dextrocardia ▪ Tudo negativo em DI (onda P, QRS e onda T) + QRS com progressão normal de onda R em precordias = troca de eletrodos EX 1: no ECG abaixo, a onda P em DI está – e em aVR está +, o que não faz parte do ritmo sinusal. Isso pode significar 2 coisas: houve troca da posição de eletrodos e o registro foi feito invertido ou o paciente pode ter uma dextrocardia (coração invertido). Para diferenciar essas 2 possibilidades, é importante avaliar a progressão da onda R nas derivações de V1 a V6, que nesse caso encontra-se alterada, visto que o complexo QRS foi mantendo-se negativo ao longo de todo o traçado. Ao realizar um RX de tórax do paciente, foi constatado uma dextrocardia. EX 2: no ECG abaixo, a onda P em DI está – e em aVR está +, o que não faz parte do ritmo sinusal. Isso pode significar 2 coisas: houve troca da posição de eletrodos e o registro foi feito invertido ou o paciente pode ter uma dextrocardia (coração invertido). Ao verificar as derivações de V1 a V6 constatou a progressão da onda R, logo, houve a troca de eletrodos. 17 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Ritmo Irregular + ausência de onda P = fibrilação atrial Onda P positiva em DI, DII e aVF e negativa em aVR, porém com ritmo irregular = arritmia respiratória (comum em pacientes jovens e atletas) 5° PASSO: EIXO ELÉTRICO ▪ EIXO ELÉTRICO NORMAL → entre - 30° e + 90° ▪ Ao calcular o eixo elétrico e ele estiver na área verde (- 30° a -90°), haverá um desvio do eixo para a esquerda ▪ Ao calcular o eixo elétrico e ele estiver na área azul (+ 90° a +180°), haverá um desvio do eixo para a direita ▪ Ao calcular o eixo elétrico e ele estiver na área vermelha (- 90° a -180°), haverá um desvio extremo do eixo 18 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA DETERMINAÇÃO DO SÂQRS (EIXO ELÉTRICO) 1° PASSO: DI e aVF ▪ DI + p/esquerda ▪ aVF + p/baixo ▪ DI + p/esquerda ▪ aVF - p/cima ▪ DI – p/direita ▪ aVF + p/baixo ▪ DI – p/direita ▪ aVF - p/cima EX: ▪ DI → complexo QRS está + (DI é postivo p/ direita) ▪ aVF → completo QRS está postivo (aVF é positivo p/ baixo) ▪ Logo, a interceção dessas 2 regiões, resulta no quadrante inferior esquerdo Quadrante inferior esquerdo (amarelo) Quadrante superior esquerdo (verde) Quadrante inferior direito (azul) Quadrante superior direito (vermelho) 19 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA 2° PASSO: Toma-se uma derivação que não passa pelo quadrante encontrado no passo 1, utilizando-se de sua negatividade ou positividade no ECG, determina-se o eixo. EX: DIII ou aVL Escolhendo o aVL, no traçado o complexo QRS é predominatemente negativo aVL é perpendicular a DII, logo DII corta aVL ao meio A interseção da região do passo 1 com a região do passo 2, resultará no eixo elétrico do ECG, que nesse caso encontra-se entre + 60° e + 90° DICAS IMPORTANTES ▪ Sempre que DI e DII for +, o eixo sempre estará entre -30° e mais 90°, ou seja, sempre será normal. 20 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA ▪ Podemos fazer o mesmo para a onda P e T SÂP: entre 0° e 90° SÂT: acompanha do SÂQRS DERIVAÇÃO ISODIFÁSICA Toda vez que tiver uma derivação isodifásica, deve-se olhar a sua derivação perpendicular. Ex: Em aVR, a fase positiva é igual a fase negativa ( 5 quadradinhos). A perpendicular de aVR é DII, que se encontra predominantemente +, logo, o eixo elétrico é exatamente o grau em que DIII encontra-se positivo = 120° 6° PASSO: ONDA P ▪ Despolarização Atrial (AD → AE) ▪ Ativação dos átrios: o vetor de P, no espaço, está dirigido para baixo, para a esquerda e um pouco para frente ▪ Na onda P, a primeira porção corresponde a ativação do AD e a segunda porção corresponde a ativação do AE. ▪ A onda P situa-se em torno de 60° no plano frontal, oscilando entre -30° e + 90° . ▪ A melhor derivação para olhar o eixo é aquela de maior positividade, em geral DII. ▪ DII longo: a ativação atrial ocorre praticamente em cima de DII, e por isso é o melhor para avaliar o ritmo cardíaco. 21 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA ▪ ONDA P EM V1: O primeiro vetor que representa a ativação do AD, ouseja, a 1ª porção da onda P está apontando para V1 (direita), logo, a 1ª porção da onda P em V1 é postiva. Já o vetor que irá ativar o AE, ou seja, a 2ª porção da onda P segue para trás e para a esquerda, fugindo de V1, logo a 2ª porção da onda P em V1 será negativa. ▪ Configuração arredondada, podendo possuir entalhes < 1mm ou 0,04seg. ▪ DURAÇÃO: cerca de 100ms (2,5 quadradinhos) em DII 22 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA ▪ AMPLITUDE: a maior amplitude é registrada em DII e não deve exceder 2,5mm ou 0,25mV (2 quadradinhos e meio) em DII. ▪ SÂP: Se onda P em DI > DIII → horizontalização (brevilíneo) Se onda P em DIII > DI → verticalização (longilíneo) ALTERAÇÕES DA ONDA P → SOBRECARGAS ATRIAIS SOBRECARGA ATRIAL DIREITA O vetor que representa a ativação atrial direita está para baixo, um pouco para frente e um pouco para a esquerda (apontando para DIII, aVF e DII), logo, quando há uma sobrecarga atrial direita, tende a ocorre um aumento desse vetor, representado pelo aumento da amplitude da altura da onda P, sobretudo em DII, DIII e aVF. ▪ Aumento da amplitude da onda P →altura >2,5 mm (2 quadradinhos e meio) em DII ▪ Onda P apiculada em DII, DIII e aVF ▪ Desvio do eixo (SÂP) para a direita → descolamento do vetor resultante para a direita ▪ Onda P pulmonale (P em DII maior que P em DI) Cardiopatias congênitas (onda P congênitale) 23 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Cardiopatias adquiridas (onda P pulmonale) ▪ Taquicardia → a medida que a FC aumenta, há uma tendência de ocorrer um aumento da amplitude da onda P SINAIS INDIRETOS DE SOBRECARGA ATRIAL DIREITA ▪ E se não houver onda P, ainda assim podemos pensar em sobrecarga atrial direita? Peñaloza-Tranchesi: complexo QRS de baixa voltagem em V1 e que aumenta de amplitude significativamente em V2 A medida que o AD vai aumentando, há uma tendência de V1 não “enxergar” o que está acontecendo no AE. Já V2 consegue enxergar bem o AE. Desse modo, em V1, o complexo QRS terá uma amplitude pequena, enquanto em V2, terá uma amplitude bem maior. SOBRECARGA ATRIAL ESQUERDA ▪ Aumento da duração da onda P (> 2,5mm) em DII ▪ Onda P mitrale (bífida) → a distância entre as duas partes deve ser > 40ms (> 1 quadradinho) Índice de Morris (fase negativa de V1 >1mm2) 24 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Em V1 a onda P costuma ser bífida com uma fase inicial positiva (AD) e uma fase negativa (AE). Porém, em uma sobrecarga atrial esquerda, há uma tendência em aumentar a fase negativa da onda P em V1 (> 1 quadradinho) Sobrecarga atrial esquerda → Desvio do eixo SÂP para a esquerda RESUMINDO DURAÇÃO NORMAL DA ONDA P AMPLITUDE NORMAL DA ONDA P menor que 0,1 seg (2 quadradinhos e meio) menor que 2,5mm (2 quadradinhos e meio) Se duração maior > 0,1s ou P mitrale > 0,04 s = Sobrecarga atrial esquerda Se amplitude > 2,5mm = Sobrecarga atrial direita 25 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA SOBRECARGA BIATRIAL A sobrecarga biatrial é a associação dos critérios SAE e SAD EXEMPLO 1: DII: aumento da amplitude da onda P → está mais apiculada = SAD OBS: durante uma taquicardia a onda P também pode ficar mais apiculada, mas não é o caso desse ECG Em caso de SAD, há um desvio do eixo (SÂP) para a direita Onda P positiva em DI → DI é positivo para a esquerda Onda P positiva em aVF → aVF é positivo para baixo Onda P positiva em DIII → DII é positivo para baixo e para a direita Onda P negativa em aVL → aVL é negativo para baixo e para a direita A interseção ficou entre 90° e 60°. A onda P fica próximo de DII, logo, há uma tendência do desvio da onda P para o lado direito = SAD EXEMPLO 2: Em DII, a onda P está com uma duração > 4 quadradinhos, além disso, o ápice dos mitrale está > 1 quadradinho = SAE Na SAE, o eixo da onda P tende há desviar para a esquerda Onda P positiva em DI 26 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Onda P negativa em aVF Há um desvio da onda P para esquerda, visto que o seu eixo normal se encontra próximo à DII EXEMPLO 3: Em V1, há uma fase positiva da onda P representando a ativação atrial direita e uma fase negativa representando a ativação atrial esquerda, porém a fase negativa encontra-se muito ampla (> 2 quadradinhos e meio) = Índice de Morris = SAE Em DII, há um aumento da duração da onda P = SAE e um aumento da amplitude da onda P = SAD → SOBRECARGA BIATRIAL 7º PASSO: INTERVALO PR Medida: início da onda P até inicio da primeira onda do QRS Duração: entre 0,12 e 0,20 seg ( 3 a 5 quadradinhos) 27 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Duração maior que 0,20 seg → BAV Duração menor que 0,12 seg → Intervalo PR curto INTEVALO PR LONGO - BLOQUEIOS ATRIOVENT RICULARES (BAV) Há 3 tipos de BAV 1° GRAU = TODOS OS IMPULSOS PASSAM PARA OS VENTRÍCULOS (Toda onda P gera um QRS, porém o intervalo PR vai estar alargado, porque vai demorar mais que o normal) -Alargamento do iPR > 0,20seg. -iPR constante OBS: pessoa que sempre chega atrasada, porém ela sempre vai 28 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA 2° GRAU = NEM TODOS OS IMPULSOS PASSAM PARA OS VENTRÍCULOS (situações em que a onda P gera um QRS e situações que a onda P não gera um QRS, sendo seguida de outra onda P) ▪ MOBITZ I – FENÔMERO DE WENCKEBACH” TÍPICO: o intervalo PR vai aumentando progressivamente (avisa que vai bloquear) até acontecer o bloqueio. Depois do bloqueio, o intervalo PR volta a aumentar progressivamente até o próximo bloqueio. OBS: Pessoa que atrasa, atrasa, atrasa, mas chega uma hora que ela falta Antes do bloqueio, o intervalo PR é maior do que o depois do bloqueio. O ciclo da onda P mantém-se constnte → a distância entre as ondas P é constante (sempre permanece a mesma) ▪ O intervalo PR aumenta, mas esse aumento é cada vez menor. ▪ Encurtamento do iPR → a câmera ventricular acelera (encurtamento entre as ondas R) 29 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA ▪ Sequência 5:4 (5 ondas P para 4 complexo QRS) ▪ Mais comum é 3:2 ou 4:3 (um P bloqueada para cada 3 ou 4 batimentos normalmente conduzidos) MOBITZ II – BLOQUEIO SÚBITO ▪ iPR constante, antes e depois da onda P bloqueada (não avisa que vai bloquear) ▪ Pelo menos dois iPR constantes antes e depois da pausa OBS: pessoa que sempre chega na hora e do nada ela falta sem avisar BAV 2:1 2 ondas P para 1 complexo QRS Obs: pessoa que vai 1 semanas e falta 1. 30 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA BAV AVANÇADO Combinação maior que 2:1 OBS: Pessoa que vai 1 dia e falta 5 3° GRAU OU BAV TOTAL = NENHUM IMPULSO PASSA PARA OS VENTRÍCULOS (Dissociação átrio ventricular) Um foco ectópico do sistema de Hiss-Purkinje vai assumir o comando ventricular, gerando um QRS, porém esse foco ectópico não tem nenhuma relação com a ativação atrial = Dissociação átrio ventricular (um foco comandando o átrio e outro comando os ventrículos) OBS: a pessoa que se perde totalmente nos horários ( a aula é hoje?) A frequência do sistema His-Purkinje é bem menor que o do NSA → maior número de onda P Todos os estímulos atriais são bloqueados e o coração se estimula à partir de um marcapasso ventricular → dissociação atrioventricular → o numero de ondas P vai ser bem maior do que os complexos QRS A onda P surge aleatoriamente ao longo do traçado, mas a distância entre as ondas P e entre os complexos QRS, permanecem a mesma. 31 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Quanto mais alargado o QRS, mais distante esta o focoectópico do NAV , menor é a FC e mais sintomático será e maior será a chance de evoluir para um BAVT. INTERVALO PR CURTO iPR curto = menor que 3 quadradinhos iPR: 120 a 200ms iPR curto pode ser variante normal = condução AV acelerada O NAV é a única comunicação entre átrios e ventrículos, que possui uma propriedade denominada de propriedade decremental, que permite que primeiro haja a contração atrial e somente depois haja a contração ventricular. Algumas pessoas podem nascer com uma comunicação entre átrios e ventrículos, que não seja o NAV e essa via anômala não possui a propriedade decremental e o estimulo vai passar direto dos átrios para os ventrículos, fazendo com que a contração atrial seja logo seguida da contração ventricular e consequentemente encurtando o intervalo PR (logo após a onda P já haverá um complexo QRS). INTERVALO PR CURTO (FEIXE DE KENT) iPR curto + onda delta (alargamento inicial do complexo QRS) + complexo QRS largo (3 ou mais quadradinhos) + alteração da repolarização ventricular = pré-excitação iPR curto → < 120ms Onda delta → condução elétrica pela via anômala Complexo QRS largo → resultado da fusão da onda delta com o complexo QRS 32 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA INTERVALO PR CURTO – SÍNDROME DE WOLF-PARKINSON – WHITE Ocorre quando o paciente apresenta o encurtamento do intervalo PR associado à sintomas SÍNDROME DE LOWN-GANONG-LEVINE Ocorre o encurtamento do intervalo PR (< 120ms), sem a pré-excitação (ausência de onda delta) = complexo QRS estreito 8° PASSO = COMPLEXO QRS NOMENCLATURA Toda 1ª onda negativa antes de R = q Toda onda positiva = R Toda onda negativa após uma onda R = s ***Geralmente a onda maior fica em maiúsculo e a onda menor em minúsculo 33 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA ANATOMIA Ramo esquerdo é mais espesso que o ramo direito Quanto maior a área, menor a resistência → o estimulo passa mais rapidamente → o ramo esquerdo ativa primeiro VETOR DE ATIVAÇÃO DO SEPTO MÉDIO: para frente e para a direita As câmaras cardíacas que estão à direita, são a direita e são anteriores As câmaras cardíacas que estão à esquerda, são à esquerda e posteriores VETOR DE ATIVAÇÃO DA PONTA: para frente e para à esquerda, frequentemente para baixo 34 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA VETOR DA ATIVAÇÃO DAS PAREDES LIVRES: para a esquerda, para trás) para cima ou para baixo) A massa do VE é 2-3x maior do que a do VD, logo o VE irá demorar mais para ativar. Vetor da ativação das porções basais: para trás e para cima VETORES DE ATIVAÇÃO VENTRICULAR – MORFOLOGIA Para facilitar o entendimento, é melhor avaliar por 3 vetores (figura 2) 1- Ativação do septo → F e D (0-20ms) 2- Ativação de pontas e paredes livres → B, T e E (40-60ms) 3- Ativação das porções basais T e C (80 -100ms) PLANO HORIZONTAL 35 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA V1: Rs ▪ Vetor 1 aproxima de V1 = + ▪ Vetor 2 afasta de V1 = - ▪ Vetor 3 é quase perpendicular a V1 = não aparece no traçado V6: qRs ▪ Vetor 1 afasta de V6 = - ▪ Vetor 2 aproxima de V6 = + ▪ Vetor 3 afasta de V6 = - PROGRESSÃO DE ONDA R 36 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Aumento progressivo da onda R, sendo maior em V5 e uma diminuição progressiva da onda S PLANO FRONTAL O vetor resultante dos 3 vetores da ativação ventricular seria basicamente o vetor de ativação da parede livre do VE (vetor 2), que é o de maior massa e maior força motriz. DI e DII são predominantemente positivos 37 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA DI DII aVR aVL aVF LONGILÍNEO X BREVILÍNEO ▪ No paciente Longilineo, o coração tende a ser mais verticalizado e o vetor resultante ficar mais proximo de aVF. ▪ No paciente brevilíneo, o coração tende a ficar mais horizontalizado e vetor resultante ficar mais proximo de DI. DURAÇÃO DO QRS – BLOQUEIOS INTRAVENTRICULARES ▪ Menor que 0,12 seg (menor que 3 quadradinhos) ▪ Maior ou igual a 0,12 seg (120ms) = pensar em bloqueio de ramo BLOQUEIO DE RAMO DIREITO → V1/V2/aVR V1 → rsR’ ▪ r = septo ▪ S = VE ▪ R’ = VD (em aposição ao VE) 38 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Para o VD se ativar, sai um vetor resultante do VE em direção ao VD, porém a ativação ocorre de célula a célula (lenta) para a direita e para frente → QRS alargado (maior ou igual a 0,12s) → presença de R’ alargada Esse vetor resultante é positivo pois ele sai da esquerda para a direita, apontando para V1 OBSERVAÇÕES ▪ rsR’ ou rSR’ em V1 com R’ alargado ▪ Ondas qR em aVR com R empastada ▪ Onda T assimétrica em oposição ao retardo final do QRS BLOQUEIO DE RAMO DIREITO → V6, V5 e aVL V6 → qrS R’ 39 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA ▪ q = septo ▪ r = ponta e parede livre ▪ S = ativação do VD (em oposição ao VE) V6 afasta do vetor resultante da ativação do VD → onda S alargada RESUMINDO QRS > 120ms (3 quadradinhos) BLOQUEIO DE RAMO DIREITO: em V1/V2 e aVR vai haver um alargamento de R’ (padrão orelha de coelho) e em V6/V5/ D1 e aVL vai haver um alargamento de S, ▪ Estimulo célula a célula (lento) → direita e gente ▪ Aponta para V1 e V2 e afasta de V5 e V6 ▪ Aponta para aVR e afasta de D1 e aVL 40 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA ATRASO FINAL DE CONDUÇÃO OU DISTÚRBIO DE CONDUÇÃO INTERVENTRICULAR → BRD 1° E 2° GRAU (BRD INCOMPLETO) ▪ QRS < 120ms (não ter alargamento) ▪ Pequena onda r em V1 e acentuação de S em V5 e V6 ▪ Onda R mais acentuada do que o primeiro r em V1 e onda S mais proeminente em V5 e V6 BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO- V1, V2 O vetor resultande da ativação do VE sai do VD, afastando de V1, logo a onda s será alargada e negativa BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO – V6 ▪ Vetor 1 não se forma → ausência da ativação septal (sem q em D1, aVL, V5 e V6) ▪ Afasta de V1, V2 e aVR: ondas S alargadas e negativas ▪ Aproxima de V6,D1 e aVL: ondas R alargadas e positivas ▪ Ativação de celula à celula para a esquerda e para trás Padrão rsR’ com QRS menor que 3 quadradinhos 41 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA EXEMPLOS OBSERVAÇÕES ▪ Onda “r” com crescimento lento de V1 a V3, podendo ocorrer QS; ▪ No BRE, o septo tem dificuldade para se ativar (má progressão de onda R) Início do QRS já alargado 42 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA Depressão de ST e T assimétrica em oposição ao retardo médio-terminal (ST-T aposto ao QRS) ATRASO FINAL DE CONDUÇÃO OU DISTÚRBIO DE CONDUÇÃO INTERVENTRICULAR → BRE 1° e 2° grau (BRE incompleto) MACETE Características de BRE, MAS QRS < 3 quadradinhos 43 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA AMPLITUDE DO QRS – SOBRECARGAS VENTRICULARES SOBRECARGA VENTRICULAR ESQUERDA Quando há uma sobrecarga ventricular esquerda, há um aumento da força de ativação para a esquerda e para trás, afastando de V1, gerando uma onda S negativa aumentada. Por outro lado, aproxima de V6, gerando uma onda R positiva aumentada CRITÉRIOS SIMPLIFICADOS SOKOLOW-LYON Somatória da amplitude da onda S de V1 com a onda R de v5 ou v6 (a que for maior) for maior ou igual 35 mm = sobrecarga ventricular esquerda Nos jovens (< 35 anos) esse limite pode ser 40mm SOBRECARGA VENTRICULAR DIREITA ONDA R > ONDA S EM V1 / ONDA R EM V1 > 6mm → Na sobrecarga ventricular direita, o vetor resultante vai da esquerda para a direita, aproximando de V1, logo terá um aumento da amplitude da onda R. Além disso, como as forças resultantes estão aumentadas para adireita, haverá um desvio do eixo elétrico para a direita (110°) = complexo QRS negativo em DI 44 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA V5/V6 – ONDA S AMPLA / S V5 > 10mm // S V6 > 3mm → Ao contrário, estará afastando de V5 e V6, formando uma onda S ampla SOBRECARGA BIVENTRICULAR ▪ Superposição dos critérios de SVE e SVD ▪ SVE em precordiais com desvio do eixo para direita ( sem BDPIE) ▪ SVD em precordiais com desvio do eixo para esquerda ▪ Complexo RS em precordiais (QRS isodifásico) com amplitude elevada (maior ou igual 50mm), conhecido com padrão ou sinal de Katz-Wachtel: CIU (+HP) VOLTAGEM BAIXA VOLTAGEM Nenhuma derivação do plano frontal houver deflexão com amplitude superior a 5mm e no plano horizontal nenhuma acima de 10mm. 9° PASSO: SEGMENTO ST ▪ Segmento ST nomal → ficar na linha de base do traçado 45 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA ▪ Principal causa de alteração do segmento ST – síndromes coronarianas agud SUPRADESNIVELAMENTO DE SEGMENTO ST Segmento ST está acima da linha de base do traçado eletrocardiográfico 1° ONDA T: isquemia → onda T simétrica (reversível) 2° ONDA ST: supra → lesão (reversível) ▪ DIII, aVF, DII: coronária descendente (parede inferior) ▪ V1 a V6: coronária descendente anterior (parede anterior) ▪ aVL e DI: coronária circunflexa (parede lateral) 3° COMPLEXO QRS: onda q patológica → necrose (não reversível) 10° PASSO: ONDA T É assimétrica e acompanha o QRS, ou seja, onde o QRS é predominantemente + , a onda T é + 46 CARDIOLOGIA – 7°PERÍODO – 2023/1 ANA LUÍZA A. PAIVA 1 1° PASSO: INTERVALO QT INTERVALO QT: começo do QRS até o final da onda T Triagem: avaliar a distância entre 2 QRS e marca mais ou menos o meio. Se a onda T estiver antes do meio = intervalo QT normal iQT varia de acordo com a FC FORMULA DE BAZZET FC entre 60 e 90 QTc = QT/√RR QT corrigido = n° de quadradinhos do segmento ST x 0,04 / √n° de quadradinhos do intervalo RR (distância entre 2 QRS) X 0,04 VALORES DE REFERÊNCIA ▪ Homens: até 450ms ▪ Mulheres: até 460ms ▪ Crianças: até 470ms EXEMPLO: ST: 9 quadradinhos x 0,04 = 0,36 RR: 19 quadradinhos x 0,04 = 0,76 QTc = 0,36/√0,76 QTc = 0,41 seg ou 410ms
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