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@laismazzini Matrizes De Decisão E Programa Mestre De Produção Após definir a demanda prevista (externo), a empresa deve realizar uma análise interna dos recursos e identificar sua capacidade produtiva atual, assim como a possibilidade de expansão das capacidades existentes. Esta análise, referente à demanda e oferta, deve levar a empresa a se posicionar estrategicamente com relação ao atendimento ou não da demanda, e com isso definir novos investimentos em plantas produtivas, maquinários e equipamentos, contratação e demissão, subcontratação, entre outros. A visão neste momento é a médio e longo prazo e é denominada como planejamento agregado (não sendo detalhado), sendo uma análise que engloba vários fatores como produção, finanças, estoque, etc. A disseminação destas informações (para a produção) ocorre inicialmente através do plano mestre de produção (PMP ou MPS = MASTER PRODUCTION SCHEDULE), um planejamento a médio e curto prazo que norteia diretamente a produção. Capacidade produtiva é a quantidade máxima de produtos que podem ser obtidos, ou produzidos, por uma determinada unidade produtiva durante um período de tempo. Planejamento agregado ocorre ainda de modo agregado, ou seja, ainda é feito de forma macro e as análises e decisões são feitas por grupos (famílias) de produtos. Segundo Tubino (2010), o planejamento agregado recebe este nome pelo fato de as informações (de vendas e produção) normalmente serem trabalhadas agrupadas em famílias de produtos (produtos e/ou processos similares). Ainda tendo como base Tubino (2010), as principais informações são: recursos (equipamentos, instalações, força de trabalho, taxa de produção), previsão da demanda (demanda prevista para as famílias de itens), políticas alternativas (subcontratações, turnos extras, postergar a produção, estoques, etc.), dados de custos (produção normal, armazenagem, subcontratações, turno extra, etc.) e estoques iniciais. Para a elaboração do planejamento agregado algumas técnicas podem ser utilizadas, sendo que algumas delas procuram soluções otimizadas, e outras utilizam-se da experiência e do bom senso dos gestores e/ou consultores. Desta forma, podemos classificar em: @laismazzini 1. Técnicas matemáticas que empregam a matemática aplicada para buscar a melhor alternativa (programação linear, programação por objetivos, simulação, algoritmos genéticos, etc.). 2. Técnicas informais, geralmente de tentativa e erro, e que empregam tabelas e gráficos para desenhar cenários e decidir a melhor alternativa. Como resultado do planejamento agregado, encontramos o plano de produção, no qual Tubino (2010) sugere alguns passos básicos para gerar o documento: 1. Agrupar os produtos em famílias afins; 2. Estabelecer o horizonte e os períodos de tempo a serem incluídos no plano; 3. Determinar a previsão da demanda destas famílias para os períodos, no horizonte de planejamento; 4. Determinar a capacidade de produção pretendida por período, para cada alternativa disponível (turno normal, turno extra, subcontratações, etc.); 5. Definir as políticas de produção e estoques que balizarão o plano (por exemplo: manter um estoque de segurança de 10% da demanda, não atrasar entregas, ou buscar estabilidade para a mão de obra para pelo menos 6 meses, etc.); 6. Determinar os custos de cada alternativa de produção disponível; 7. Desenvolver planos de produção alternativos e calcular os custos decorrentes; 8. Analisar as restrições de capacidade produtiva; 9. Eleger o plano mais viável estrategicamente. As estratégias que eu posso desenvolver no planejamento agregado são basicamente duas áreas de atuação: 1. Na oferta de recursos (em função da demanda): a) admitindo ou demitindo trabalhadores; b) realização de horas extras ou turnos extras; c) subcontratações (produzir externamente); d) gerar estoques em momentos ociosos para atender aos momentos de demanda excedente. 2. Na demanda (em função dos recursos/oferta): a) diminuir ou aumentar o preço de venda no intuito de incentivar ou diminuir a procura, b) promoção, c) atraso na entrega (com consentimento), negociar com o cliente a postergação e/ou entrega fracionada. O Planejamento Mestre de Produção (PMP) diferencia-se do plano de produção ou planejamento agregado, sob dois aspectos: o nível de agregação dos produtos e a unidade de tempo analisada. O plano de produção tratava de famílias de produtos, de modo agregado, já o PMP é voltado para a operacionalização da produção, tratará de produtos individuais. Da mesma forma, onde o plano de produção empregava meses, trimestres e anos, o PMP empregará uma unidade de planejamento mais curta, normalmente semanas, ou no máximo meses para produtos com ciclos produtivos longos. Na elaboração do PMP estão envolvidas todas as áreas que têm um contato mais direto com a manufatura @laismazzini Para facilitar o tratamento das informações e, na maioria dos casos, informatizar o sistema de cálculo das operações referentes à elaboração do PMP, empregamos um arquivo com as informações detalhadas por item que será planejado. Neste arquivo constam informações sobre a demanda prevista e real, os estoques em mãos e projetados e a necessidade prevista de produção do item. Vejamos um exemplo de um quadro de PMP na Figura. Referência: Gestão da produção - Leonardo Ferreira.
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