Prévia do material em texto
Toxicologia do tabaco Profa Dra Ana Carolina Costa Toxicologia do Tabaco Toxicologia do Tabaco TABAGISMOEpidemiologia do tabagismo Exposição é maior que imaginamos. Dados mundiais: 43 ,9% dos domic í l ios têm a lgum fumante 55 ,8% dos espaços públicos possuem PTA (Poluição tabágica ambiental) 46,5% dos adolescentes do mundo têm pelo menos um dos pais fumantes para 17,9% dos adolescentes o(a) melhor amigo(a) é fumante Empregados fumantes custam anualmente 25% a mais que os não fumantes. TABAGISMOTabagismo Passivo üFumantes passivos em ambientes fechados inalam mais de 4 0 0 substâncias ü Maior risco de câncer de pulmão e I A M ; üCrianças têm maior risco de: otites, amidalites, bronquiolites, infecções respiratórias de repetição e crises de asma; üA nicotina tem ações maléficas para a saúde do bebê durante o período gestacional. O hábito de fumar na gravidez eleva o risco de recém-nascidos com baixo peso, natimortos e abortos espontâneos. O tabagismo causa diminuição da pressão de oxigênio materno, comprometendo assim a perfusão correta da placenta e a diminuindo a absorção de nutrientes para o bebê ; TABAGISMODroga e dependência Características da dependência Tolerância: necessidade crescente para mesmo efeito; efeito diminuído com mesma quantidade. Síndrome de Abstinência: consumo para aliviar ou evitar sintomas desagradáveis. Desejo persistente: abandono de atividades em detrimento do consumo; consumo mesmo sabendo dos riscos. TABAGISMO Fumaça entra nos pulmões. Nos alvéolos, a fumaça é absorvida para a corrente sanguínea. O coração bombeia o sangue com as substâncias do cigarro para todo o corpo, inclusive para o cérebro. Absorção da Nicotina Inalada Ação da nicotina no cérebro ü No cérebro, a nicotina interage com receptores colinérgicos nicotínicos (nAchR). ü A ligação da nicotina com esses receptores promove alterações conformacionais, facilitando o influxo de íons – principalmente Na+ e Ca+2. Isso impede que a acetilcolina se ligue a eles, o que ocorreria fisiologicamente ü Essa despolarização oriunda da passagem de íons faz com que o impulso nervoso se propague até o sistema de recompensa cerebral.à resulta na liberação principalmente de dopamina ü Esse sistema consiste em neurônios dopaminérgicos na área tegmental ventral do mesencéfalo e seus neurônios-alvo em regiões cerebrais mais anteriores, como o núcleo accumbens No sistema de recompensa cerebral, a despolarização oriunda dos neurônios da área tegmental ventral resulta na liberação principalmente de dopamina Além do estímulo à secreção de neurotransmissores, a nicotina inibe as enzimas monoamino- oxidases A e B (MAO’s A e B), enzimas responsáveis pela degradação de monoaminas, especialmente da dopamina ligadas à tolerância, aumento da fissura e disforia em função da absWnência nicoXnica No tabagismo, a dopamina produz um efeito de reforço positivo. Considerando estudos mais amplos em relação à dependência, todas as drogas que induzem à dependência têm em comum proporcionar euforia e prazer, atuando assim, como reforçadoras positivas Além da liberação de dopamina e da inibição da MAO, a nicoWna causa aumento nas concentrações de noradrenalina e adrenalina circulantes, aumento na liberação de vasopressina, β-endorfina, hormônio adrenocorWcotrófico (ACTH) e corWsol. É provável que esses hormônios contribuam para o efeito esWmulante do sistema nervoso central (SNC) TABAGISMOTratamento do tabagismo: Enfrentando os desafios Influências genéticas e comportam entais Dependência Fatores psicológicos Hábitos – Estímulos não nicotínicos Tabagismo crônico, upregulation dos receptores de nicotina, ativação→ aumento número receptores) A relação dose-resposta da nicotina e o desenvolvimento de tolerância, pela administração repetida da droga, GERA A NEUROADAPTAÇÃO QUE É REPRESENTADA PELO AUMENTO DO NÚMERO DE RECEPTORES NICOTÍNICOS NO CÉREBRO Síndrome de Abstinência 1. No entanto, ao mesmo tempo, o ato de fumar mantém concentrações de nicotina suficientes para inativar parte dos receptores nicotínicos à pois a nicotina impede a ligação da ach ( acetilcolina ) 2. Após a exposição prolongada, esses receptores nicotínico passariam de um estado de dessensibilização para um estado inativo. Em uma tentativa do organismo retornar à homeostasia, ocorreria um aumento do número de receptores. Dessa forma, fumantes têm excesso de receptores nAch. síndrome de abstinência tem como sintomas : fissura, bradicardia, desconforto gastrointestinal, aumento do apetite, ganho de peso, dificuldade de concentração, ansiedade, disforia, depressão e insônia Intoxicação o álcool é uma substância psicotrópica depressora do nervoso central (SNC), que promovesistema alteração gerando simultânea de inúmeras vias neuronais, profundo impacto neurológico e etraduzindo-se em diversas alterações biológicas comportamentais. Álcool •Neurotransmissão GABAérgica e glutamatérgica: causadora de dependência, quando a ingestão é feita por longos períodos de tempo. • Após a ingestão, o etanol vai contrariar a ação destes neurotransmissores, do GABA A e do glutamato, e por isso dar-se-á o aumento da atividade do GABA e diminuição da do NMDA. Álcool- Etanol • Alteração da atividade sináptica, em particular, ao nível dos receptores: ácido gama- aminobutírico do tipo A (GABA A), N-metil-D-aspartato (NMDA), da glicina, e 5-hidroxitriptamina de tipo 3. • Receptor da dopamina: causa excitação e dependência. • consumo crônico de bebidas alcoólicas provoca um aumento na densidade dos receptores NMDA. Na retirada da droga, em conseqüência desse aumento, ocorre uma resposta aumentada ao neurotransmissor fisiologicamente liberado. Acontece, então, uma hiperatividade de receptores NMDA glutamatérgicos, responsáveis pelo aparecimento das crises convulsivas características do período de abstinência e possivelmente também pela morte neuronal O etanol afeta pra,camente todos os sistemas neuroquímicos cerebrais de forma simultânea e até mesmo intera,va, alterando o equilíbrio entre as vias inibitórias e excitatórias no cérebro. A exposição aguda ao álcool potencializa a ação do GABA nos receptores de GABA A. O etanol inibe a capacidade do glutamato de abrir os canais ca,ônicos associados ao sub,po N-me,l-d-aspartato (NMDA) de receptores de glutamato, influenciando em diversos aspectos da função cogni,va, incluindo a aprendizagem e a memória. Os períodos de perda da memória que ocorrem com altos níveis de álcool, os blecautes podem resultar da inibição da a,vação dos receptores de NMDA Abstinência • O álcool é um depressor do sistema nervoso central que aumenta a libertação do GABA no cérebro, nomeadamente a de GABA A. • Uma exposição permanente ao álcool resulta numa adaptação do cérebro aos seus efeitos depressores, o que faz com que sejam precisas doses maiores para exercer efeitos semelhantes. Reduções nos níveis de álcool no sangue produzem uma resposta contrária. • Sintomas incluem: ansiedade, insónias, tremores, sudore se, vómitos, frequência cardíaca acelerada e febre ligeira. Sintomas mais graves podem incluir convulsões, alucinações, e delirium tremens. • Os sintomas têm início cerca de seis horas após a última bebida, pioram passadas 24 a 72 horas e melhoram em sete dias. Outros Mecanismos de Ação Estudos que avaliam funções cognitivas associam a ingestão crônica de etanol com a redução na concentração cerebral de acetilcolina, causada por degeneração do tecido cerebral. A exposição crônica ao etanol pode resultar em uma modificação na estrutura da proteína G estimulatória (Gs) ou alterar as interações entre as subunidades da proteína G. Essas alterações interferem na estimulação da adenilato ciclase e na produção de AMPc, e parecem estar relacionadas ao desenvolvimento da tolerância ao álcool. • O consumo contínuo gera tolerância: resposta diminuída ao álcool ao longo da exposiçãorepetida ou prolongada. • Depois de beber continuamente, o consumo de uma quantidade constante de álcool produz um efeito menor ou quantidades crescentes de álcool são necessárias para produzir o mesmo efeito. • 1. após 1-2 semanas de consumo diário, é possível se verificar tolerância metabólica ou farmacocinética, com um aumento de 30% da taxa de metabolização hepática do etanol. Esta alteração desaparece quase tão rápido como se desenvolve; • 2. tolerância celular ou farmacodinâmica desenvolve-se através de alterações neuroquímicas que mantêm o funcionamento fisiológico relativamente normal, apesar da presença de álcool. Subsequentes diminuições nos níveis sanguíneos contribuem para os sintomas de abstinência; • 3. os indivíduos aprendem a adaptar o seu comportamento e, por isso, conseguem funcionar melhor sob o efeito do álcool. Dependência •A dependência do álcool é associada a alterações na transmissão dopaminérgica do circuito mesolímbico cerebral, no sistema opióide do SNC, na neurotransmissão glutamatérgica e GABAérgica, no sistema serotoninérgico e no sistema neuroendócrino. •Para além destas modificações, alterações genéticas parecem também estar associadas a este fenómeno de dependência. •No entanto, este fenómeno de dependência não ocorre quando um indivíduo ingere álcool uma única vez ou irregularmente, isto acontece quando há um consumo prolongado Tratamento •Auxilio respiratório •Beta-bloqueadores •Benzodiazepínicos O termo ressaca refere-se a cefaléia, náusea, vômitos, mal-estar, nervosismo, tremores e sudorese que podem ocorrer em qualquer pessoa após ingestão alcoólica breve porém excessiva. Tratamento Revisao Questões O uso intenso e constante de cigarros aumenta a probabilidade de ocorrência de algumas doenças como por exemplo a pneumonia, câncer de pulmão, problemas coronarianos, bronquite crônica, além de câncer em regiões do corpo que entram em contato direto com a fumaça como garganta, língua, laringe e esôfago. Explique o efeito viciante do tabaco associado a Nicotina Drogas depressoras são substâncias capazes de diminuir as atividades do sistema nervoso central. Assinale a alternativa em que todas as substâncias são depressoras do sistema nervoso central. a) Álcool etílico; barbitúrico; opioide b) Etanol; opiáceo; maconha c) Opiáceo; maconha; barbitúrico d) Álcool etílico; cocaína; benzodiazepínico e) Opiáceo; LSD (Dietilamina do Ácido Lisérgico); barbitúrico O termo ressaca refere-se a cefaléia, náusea, vômitos, mal-estar, nervosismo, tremores e sudorese que podem ocorrer em qualquer pessoa após ingestão alcoólica breve porém excessiva.