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Testes de Identificação e Pureza Controle de qualidade Físico- Químico de Medicamentos Profa.: Drª Ana Carolina Costa Testes de Identificação Testes de Identificação Qual a diferença entre análises qualitativas e quantitativas? • Simplificando, a principal diferença entre pesquisa quantitativa e qualitativa é a seguinte: dados quantitativos apresentam os números que comprovam os objetivos gerais da pesquisa, enquanto dados qualitativos permitem compreender a complexidade e os detalhes das informações obtidas O que é isso? Quanto tem disso? Métodos de Identificação • Métodos analíticos de natureza qualitativa; • Confirmação da identidade da matéria- prima; • A validade desses métodos depende basicamente de sua especificidade; • Podem ser classificados em métodos químicos ou físicos e ainda em clássicos ou instrumentais REAÇÃO COLORIMÉTRICA Espectroscopia de absorção no IV Descreva suas característica s físicas? TESTES DE IDENTIFICAÇÃO Características físicas. Cristais, brancos ou incolores, massas cristalinas ou grânulos. Volatiliza-se lentamente à temperatura ambiente. Solubilidade. Pouco solúvel em água; muito solúvel em álcool etílico; facilmente solúvel em óleos fixos e voláteis. Faixa de fusão: 174 ºC a 179 ºC. Rotação óptica específica: +41 a +43 para a cânfora natural. Cânfora sintética é a forma racêmica, opticamente inativa. Determinar em solução a 10% (p/v) em álcool etílico. Testes químico: À cânfora pulverizada (obtida por tratamento com pequena quantidade de álcool etílico),juntar uma gota de vanilina 1,0% (p/v) e uma gota de ácido sulfúrico; aparecerá uma cor amarela, que passa gradativamente a roxo, violeta e azul. Esta prova é positiva somente para a cânfora natural. Método instrumental: No espectro de absorção no ultravioleta, na faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra a 0,1% (p/v) em álcool etílico, hámáximo de absorçãoem (289 ± 1)nm. https://www.gov.br/anvisa/pt- br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia- brasileira/arquivos/7987json-file-1 MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO • Métodos químico: • Baseados em reações químicas de grupos funcionais importantes presente nos insumos farmacêuticos; • Perceptível a olho nú; • Ensaios eliminatórios e não confirmatórios. Reações de Identificação de Cátions e Ânions Reações comuns de identificação de cátions e ânions Testes para identificação de THC TESTE COLORIMÉTRICO DE DUQUENOIS – LEVINE ü É um teste colorimétrico usado como método de triagem para identificação de THC (maconha) em grandes centros de perícias cientificas. ü O reagente de DUQUENOIS – LEVINE consiste em: 2,5 ml de acetaldeído 2g de vanilina 100 ml de Etanol a 95% Testes para identificação de THC Separar uma alícota da substancia suspeita. Colocar 0,5 ml de Duquenois Pelas paredes do tubo adicionar 0,2 ml de ácido clorídrico PA Testes para identificação de THC RESUMINDO RESUMINDO Métodos Instrumentais • Equipamentos que avaliam propriedades físicas: refratômetro, determinador do ponto de fusão, picnômetro, pHmetro. Esses métodos não são confirmatórios PONTO DE FUSÃO pHmetro picnômetro CONSTANTES FÍSICAS Métodos Instrumentais • Os métodos instrumentais são ensaios físicos de identificação, os quais podem ser baseados em espectros, cromatogramas, ou medidas diretas das propriedades físico- química, dependendo da variada complexidade da instrumentação utilizada. • Os métodos de identificação baseados em espectros são em geral confirmatórios---- impressão digital das substâncias. Isso não vale para misturas; Espectros são gráficos obtidos a partir da análise de substâncias por Espectroscopia, em equipamentos chamados Espectrofotômetro. Espectroscopia • Espectroscopia na região do infravermelho • Ressonância magnética nuclear • Espectroscopia de massas • Espectroscopia na região do ultravioleta Espectroscopia é um conjunto de técnicas analíticas que estudam as estruturas dos átomos e moléculas. O grande número de comprimentos de ondas emitidos por esses sistemas faz com que seja possível estudar sua estrutra em detalhes. Todas essas técnicas me dão um gráfico que permite a identificação das substâncias analisadas, quando não estão em uma mistura • O espectro no infravermelho (IV) é uma técnica muito poderosa que usa radiação eletromagnética na região do infravermelho para determinação e identificação de estruturas moleculares, além de possuir várias aplicações analíticas. Ácido acético Espectroscopia na Região do Infravermelho A espectroscopia no infravermelho, fornece evidencias da presença de vários grupos funcionais na estrutura orgânica devido à interação das moléculas ou átomos com a radiação eletromagnética em um processo de vibração molecular Interação das moléculas ou átomos com a radiação eletromagnética em um processo de vibração molecular Cada grupo absorve em freqüência característica de radiação na região do IV. Assim, um gráfico de intensidade de radiação versus freqüência, o espectrograma de IV, permite caracterizar os grupos funcionais de um padrão ou de um material desconhecido Espectroscopia na Região do Infravermelho • O espectro no infravermelho (IV) é uma técnica muito poderosa que usa radiação eletromagnética na região do infravermelho para determinação e identificação de estruturas moleculares, além de possuir várias aplicações analíticas. Espectroscopia na Região do Infravermelho • Espectro A possibilidade de dois compostos diferentes terem o mesmo espectro no infravermelho é improvável, é por este motivo, que cada função orgânica apresenta no espectro a região de impressão digital na faixa de 900 – 1300 cm-1 Espectroscopia na Região do Infravermelho • Vibrações moleculares: A energia fornecida pela radiação no infravermelho é da ordem de 2 a 15 Kcal e tende a afetar os níveis vibracionais de uma ligação química. Estiramento simétrico Estiramento assimétrico Tesoura Torção Balanço Rotação Espectrocopia na Região do Infravermelho SILVERSTEIN, Robert M.; WEBSTER, Francis X. (Autor). Identificação espectrométrica de compostos orgânicos. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2007. A possibilidade de dois compostos diferentes terem o mesmo espectro no infravermelho é improvável, é por este motivo, que cada função orgânica apresenta no espectro a região de impressão digital na faixa de 900 – 1300 cm-1 PERFIL ESPECTROSCÓPICO 28 1mg da amostra 99mg de KBr IR prestigie 21 - Shimadzu • Avaliar as freqüências vibracionais dos grupos funcionais característicos; • Alargamento de banda x Freqüência; • Pode se observar ligações de hidrogênio, interações iônicas e processos similares; • Maior massa, menor freqüência; • Mais forte ligação, maior a freqüência; • Maior distância internuclear, menor a freqüência; • Materiais cristalinos apresentam bandas mais finas; • Uso de bibliotecas de padrões para comparação. IR-FT 30 DRX Outras técnicas-Difração de Raios X • Dentre as várias técnicas de caracterização de materiais, a técnica de difração de raios X é indicada na determinação das fases cristalinas de insumos farmacêuticos. ü No estado cristalino, as unidades constituintes do sólido encontram-se ordenadas numa rede rígida, a rede cristalina. ü Estado amorfo contrariamente ao estado cristalino, consiste num arranjo desordenado de moléculas que não possui uma rede cristalina distintiva Devido ao aumento da mobilidade no sistema verifica-se então um aumento da solubilidade do fármaco amorfo. 1 e 4 polimorfo II Amostra 5 polimorfo I 1 e 4 polimorfo II Testes de pureza Impurezas inorgânicas • São geralmente decorrentes do processamento da matéria- prima ou produto, e os ensaios de pureza são associados com frequência (abundância) e/ou relevância docontaminante. • ÁGUA • ÍONS METÁLICOS • CLORETOS • SULFATOS E OUTROS ÂNIONS Ensaios de Pureza:CQ fitoterápicos granulometria Métodos quantitativos • Perda de substâncias solúveis e insolúveis totais • Teor de cinzas • Teor de substâncias voláteis e não voláteis • Teor de cinzas sulfatadas • Teor de cinzas insolúveis em ácido cloridríco Análises térmicas TG • A termogravimetria é a técnica de análise térmica em que a variação de massa da amostra é determinada como uma função da temperatura, ou tempo de aquecimento, utilizando um programa controlado de temperatura. TGA-60 shimadzu Figura 10:Aparelho de termogravimétrica Para a pesquisa POLIMORFOS: Avaliar a forma polimórfica que possui maior perda de massa DSC • A calorimetria exploratória diferencial é uma técnica que possibilita avaliar os fenômenos energéticos, físicos e/ou químicos produzidos durante o aquecimento (ou resfriamento) de uma substância. 42 DSC-60 Shimadzu DSC Ensaios quantitativos • Teor de umidade •Método gravimétrico • % de umidade= Pa- Ps/Pa • Pa é o peso da amostra, Os é o peso da amostra seca •Método volumétrico (Karl Fischer)- baseia-se na reação quantitativa entre a água e o reagente de Karl Fischer • Destilação azeotrópica Testes de Pureza pH . 2,0 a 2,6. Determinar em solução a 2% (p/v) da amostra em água isenta de dióxido de carbono; Metais pesados No máximo 0,002% (20 ppm). Perda por dessecação Determinar em 1 g da amostra. Dessecar em estufa a 60 ºC, sob pressão reduzida, por 3 horas. No máximo 1,0%. Resíduo por incineração(5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. No máximo 0,2% https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/arquivos/7987json-file-1 Espectroscopia de massas acoplada a cromatografia a gás • Estudo de sistemas pela formação de íons em fase gasosa, com ou sem fragmentação, que são caracterizados por suas relações massa/carga e abundâncias relativas. REFERÊNCIAS • Gil, Orlando, Matias e Serrano. Controle físico-químico de qualidade de medicamentos. 1a edição, Ediora Uniderp. 2010. • Conselho Federal de Farmácia. Manual de equivalência e correção / Conselho Federal de Farmácia. – Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2017.
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