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A u la 0 4 C u r s o : D ire ito C o n s titu c io n a l – IC M S B A P r o fe s s o r : Jo n a th a s d e O liv e ira Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 2 de 83 Sumário 1- Organização político-administrativa ................................................ 3 2- Bens da União e dos Estados ......................................................... 10 3- Repartição de competências .......................................................... 13 4- Simetria constitucional .................................................................. 14 5- Competências constitucionais: União, Estados, Distrito Federal e Municípios ......................................................................................... 17 6- Outros aspectos: Estados federados, Municípios, Distrito Federal e Territórios ......................................................................................... 35 7- Questões Comentadas ................................................................... 49 8- Lista de Exercícios ......................................................................... 64 9- Gabarito ........................................................................................ 82 10- Referencial Bibliográfico .............................................................. 83 Salve guerreiros e guerreiras! Após uma aula light como a anterior, todos estão mais que dispostos para os próximos artigos da CF, confere? Para o candidato de primeira viagem: já estamos quase na metade do curso. Em breve virá aquela sensação de “matéria fechada” e é só partir para as revisões! Para os que já tiveram algum contato com o Direito Constitucional: teremos mais uma oportunidade de revisar um conteúdo que sempre é cobrado em diversos concursos. É aquela hora: “opa matéria, volta para a superfície da memória e fica aí que eu vou precisar de você!” Aos trabalhos que o sucesso se aproxima! Aula 04 – Constituição da República Federativa do Brasil: Organização político-administrativa. Repartição de competências. Competências constitucionais: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Outros aspectos: Estados federados, Municípios, Distrito Federal e Territórios. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 3 de 83 Começamos nossos estudos com o art. 18 da CF/88. Nossa Carta Magna inicia o Título III com a apresentação dos componentes do Estado Federal. Neste ponto, retomaremos implicitamente alguns conceitos que vimos previamente, como o de federalismo cooperativo, especialmente ao analisarmos a repartição de competências entre os entes. Importante também aqui resgatar o conceito de federalismo por agregação e desagregação. Costuma-se afirmar que no federalismo por agregação a formação da federação ocorre por aglutinação dos entes soberanos (que abrem mão de sua soberania e tornam-se autônomos) em um movimento centrípeto (de fora para dentro). Já no federalismo por desagregação a federação se forma a partir de um processo de segregação do ente unitário em um movimento centrífugo (de dentro para fora). E por que manter tais conceitos em mente? Porque tal conceito também se aplica à forma como ocorre a distribuição de competência entre os entes. Sob esse prisma, o federalismo centrípeto é aquele que converge para o centro, assim, progressivamente há uma predominância de atribuições para o ente central (no nosso caso, a União). Já o federalismo centrífugo é aquele que foge do centro, deste modo, viabiliza que os entes tenham maior autonomia. Sobre este aspecto nos ensina Dirley da Cunha Junior (2011): Quanto à maior ou menor concentração de poder, temos o Federalismo centrípeto, o centrifugo e o de equilíbrio. O centrípeto é o Federalismo que proporciona uma maior concentração de poder no governo central (foi o que ocorreu no Brasil, com a carta de 1967); o centrifugo implica numa maior descentralização, com redução dos poderes centrais e ampliação dos poderes regionais (EUA); e o de equilíbrio, que visa instaurar uma equilibrada e equitativa repartição de poderes entre o governo central e regionais (tendência da constituição brasileira de 1988). No trato do tema, identificamos outro aspecto. 1- Organização político-administrativa http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 4 de 83 Conforme nos ensinam Mendes e Branco (2010), no modelo federal a Constituição Federal atua como fundamento de validade das ordens jurídicas central e dos entes subnacionais. Ela, assim, confere unidade ao Estado Federal, traçando “um compromisso entre as aspirações de cada região e os interesses comuns às esferas locais em conjunto. A Federação gira em torno da Constituição Federal, que é o seu fundamento jurídico e instrumento regulador”. Além disso, a Constituição Federal deve ser rígida e ter o princípio federalista como cláusula pétrea, para prevenir que a União possa transformar a Federação em Estado unitário, ao mesmo tempo em que evita o separatismo dos demais entes. Por fim, deve-se destacar que, ao passo em que a Constituição Federal atribui a cada ente uma matéria que lhe seja própria – privativa, exclusiva, comum ou concorrente –, prevê também competências tributárias exclusivas de cada qual, além da repartição de rendas, a fim de viabilizar o desempenho de tais competências, o que veremos posteriormente. É sob tal prisma que devemos estudar este trecho a Constituição. NOTAS (1) Lembramos que a soberania é atributo da República Federativa do Brasil, ao passo que os entes federados são dotados de autonomia. É lugar comum dizer que os entes detêm autonomia OLGA (organizativa, legislativa, governamental e administrativa). Como nos explica Bastos (1999), soberania é atributo que se confere ao poder do Estado juridicamente ilimitado. Por exemplo, o Estado brasileiro não deve obediência jurídica a nenhum outro Estado. Já a autonomia é a margem de discrição sempre delimitada pelo próprio direito. Por isso se diz que a União, os Estados-Membros, o Distrito Federal o os municípios são pessoas jurídicas de direito público interno autônomas: TÍTULO III Da Organização do Estado CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º - Brasília é a Capital Federal. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 5 de 83 todos atuam dentro de uma moldura jurídica previamente definida pela Constituição Federal. (2) Brasília é a Capital Federal e não o Distrito Federal. Cuidado com as pegadinhas. 1- (FGV / Técnico da Defensoria Pública Estadual – RO / 2015) A Constituição da República Federativa do Brasil adotou, como forma de Estado, a federação. A existência dessa federação é caracterizada pela: a) subordinação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios à União, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil; b) autonomia política da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dosMunicípios, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil; c) subordinação dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil; d) concentração da autonomia política na União, que representa o Poder Público nas relações internas e internacionais; e) autonomia política da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil. Resolução: Alternativa E. O problema dos itens “A”, “C” e “D” é que não há hierarquia ou subordinação entre os entes federados, sendo estes autônomos. Quanto ao item “B”, cumpre destacar que os Territórios não possuem autonomia política. NOTAS (1) Para diversos constitucionalistas, como José Afonso da Silva (2005), os Territórios Federais são espécie de autarquia da União. (2) Atenção para o instrumento idôneo (lei complementar) ao referido processo. As hipóteses de regulamentação da Constituição por meio dessa espécie são taxativamente previstas na CF/88 e costumam ser cobradas vez ou outra. 2- (FGV / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 2007) Os territórios federais integram a União, e sua reintegração ao Estado de origem será regulada em lei: § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 6 de 83 Incorporar-se entre si Reorganização territorial dos Estados Subdividir-se Desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais Formação e/ou anexação Fusão Cisão a) complementar. b) ordinária. c) delegada. d) complexa. e) mista. Resolução: Alternativa A. Ficamos avisados? NOTA (1) Os conceitos acima são bem intuitivos. Veja-se alguns exemplos ilustrativos: Fusão Após a fusão os Estados primitivos “A” e “B” não existem mais, surgindo um novo Estado “C”. § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar- se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Estado A Estado B Estado C http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 7 de 83 Estado B Estado Y Estado Z Cisão Após a cisão o Estado primitivo “X” não existe mais, surgindo dois ou mais novos Estados. No nosso exemplo “Y” e “Z”. Desmembramento (formação) Após o Estado “A” perder parte de seu território, a parte perdida (desmembrada) forma um novo Estado, “B”. Desmembramento (anexação) Após o Estado “A” perder parte de seu território, outro Estado, “B”, a incorpora (na ilustração, antes da incorporação, o território de “B” não contemplava todo o círculo, mas apenas até a parte pontilhada). O processo está regulamentado pela Lei 9.709/98 e pode ser dividido em quatro fases (pressupondo aprovação plebiscitária da reorganização Estado X Estado A (Parte perdida) Estado B Estado A Parte perdida Estado B http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 8 de 83 territorial): NOTAS (1) Vamos distinguir alguns aspectos. Reorganização territorial de Estado-membro Reorganização territorial de Município Lei complementar federal Independe de Estudo de Viabilidade Demanda plebiscito Lei estadual dentro de período determinado por Lei complementar federal Depende de Estudo de Viabilidade Demanda plebiscito (2) Inobstante o exposto, no caso dos Municípios, a supracitada lei complementar federal até hoje não foi editada. “Mas professor, desde a promulgação da Constituição Federal dezenas e dezenas de Municípios foram criados! Como isso é possível?” Pois bem. Juridicamente não seria. Atento a isso, em 2008 o Congresso Nacional promulgou uma emenda à Constituição (EC nº 57/2008), inserindo um dispositivo no ADCT com o seguinte teor: Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação. Plebiscito Condição indispensável à fase seguinte Proposição do projeto de LC a qualquer Casa do Congresso Nacional Audiência das Assembleias Legislativas Não vincula o andamento da LC, mesmo havendo parecer desfavorável Aprovação da LC pelo Congresso Nacional É decisão discricionária, o CN não está obrigado a aprová-lo e nem o Pr esidente a sancioná-lo § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 9 de 83 Assim, e evitando-se maiores ações e discussões que poderiam gerar gravíssima insegurança jurídica, buscou-se dar certo verniz de constitucionalidade às criações de Municípios já efetuadas, muito embora tal solução até hoje seja por vezes questionada. 3- (FCC / Defensor Público Estadual – MA / 2015) Tramita perante as Casas do Congresso Nacional um projeto de decreto legislativo que visa à convocação de plebiscito para que o eleitorado de todo o Estado do Maranhão se manifeste sobre a criação, a partir do desmembramento de determinados Municípios de seu território, do chamado Estado do Maranhão do Sul. A proposição em questão é: a) compatível com a Constituição da República, que exige, para a formação de novo Estado, além da realização de plebiscito, aprovação do Congresso Nacional, por lei complementar. b) incompatível com a Constituição da República, pois a criação de ente político, nos moldes propostos, constituiria exercício de direito à secessão, em violação à forma federativa de Estado, assegurada como cláusula pétrea no texto constitucional. c) incompatível com a Constituição da República, pois o Congresso Nacional não possui competência para convocar plebiscito de âmbito regional, sob pena de ofensa à autonomia do Estado a ser atingido com a medida pretendida. d) incompatível com a Constituição da República, no que se refere à população a ser consultada em plebiscito, posto que deve se restringir à dos Municípios a serem desmembrados do Estado. e) compatível com a Constituição da República, que exige, para a formação de novo Estado, além da realização de plebiscito, a divulgação de estudos de viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei. Resolução: Alternativa A. Literalidade do disposto no §3º do art. 18. Basta fixarmos determinadas palavras-chave: população diretamente interessada + plebiscito+ Congresso Nacional + Lei complementar. 4- (CESPE / Advogado da União / 2015) Julgue o item seguinte, que se refere ao Estado federal, à Federação brasileira e à intervenção federal. Entre as características do Estado federal, inclui-se a possibilidade de formação de novos estados-membros e de modificação dos já existentes conforme as regras estabelecidas na CF. Resolução: Correto. Os Estados-membros podem se fundir, serem cindidos ou, ainda, serem desmembrados. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 10 de 83 NOTA (1) Os incisos I e II são absolutos. Vale dizer, a CF/88 não estabelece qualquer via de exceção ao texto acima posto. Já o inciso III apresenta certas particularidades. Isso porque o constituinte, na busca por isonomia, foi sensível à existência de diferenças socioeconômicas entre os entes federados subnacionais (Estados-membros, DF e Municípios). Assim, viabilizou certos mecanismos de tratamento diferenciado por parte da União em relação a estes. Por exemplo: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: [...] III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. [Art. 165] § 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II [fiscal e de investimento, no âmbito da União], deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Antes de partirmos para a análise da delimitação constitucional de competências, vejamos este tema que sempre costuma incidir em concursos. Bens da União (art. 20) Bens dos Estados (art. 26) os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das as terras devolutas não compreendidas entre as da União Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 2- Bens da União e dos Estados http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 11 de 83 fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios (ex.: Florianópolis/SC e Vitória/ES), exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União + as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva o mar territorial - os terrenos de marinha e seus acrescidos - os potenciais de energia hidráulica - os recursos minerais, inclusive os do subsolo - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré- históricos - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios - Observem que, ressalvado o caso das terras devolutas (terras que nunca integraram legitimamente o patrimônio de particular), os bens dos Estados são sempre residuais aos da União. Este é o grande macete aqui, memorizar por exclusão. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 12 de 83 5- (CESPE / TCE – RN – Conhecimentos básicos / 2015) No que concerne à organização político-administrativa, julgue o item a seguir. São bens dos estados-membros da Federação as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Resolução: Errado. Trata-se de bens da União. 6- (FCC / Técnico Judiciário do TRE – PB / 2015) Dentre as hipóteses elencadas, não constitui, como regra, bem da União: a) O rio que sirva de fronteira entre Estados-membros. b) O recurso mineral concentrado em um único Estado-membro. c) A cavidade natural subterrânea situada na área de um único Estado- membro. d) O sítio arqueológico situado em determinado Município. e) A ilha costeira que seja sede de Município. Resolução: Alternativa E. Não está incluso no conceito de ilha costeira que seja sede de Município aquela que apenas esteja dentro do território deste. Por exemplo, no território do Município de Vitória, temos, além da ilha principal (Vitória), a pequena ilha do Frade. Uma vez que a sede do Município encontra-se em Vitória, apenas esta não é bem da União. NOTAS (1) O parágrafo primeiro versa sobre a garantia de royalties e outras participações na exploração de recursos energéticos, minerais e hidrogeológicos. (2) Por sua vez, o parágrafo segundo é bastante intuitivo. A Constituição reservou à União a “guarda” de bens estratégicos ao Estado brasileiro, em [Art. 20] § 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. § 2º - A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 13 de 83 virtude da coordenação macro exigida para sua correta administração, assim como pela óbvia razão que é a sua distribuição física pelo território, perpassando as fronteiras de diversos entes subnacionais. O capítulo II da Constituição Federal discrimina dois grandes grupos de modalidades de repartição de competências legislativas e materiais (administrativas) entre os entes federados. Vale dizer, nosso federalismo cooperativo é estruturado de acordo com determinados critérios que lhe preservem o equilíbrio e a adequada articulação entre seus membros. E que critérios são esses? No Brasil, prevalece o princípiodo predomínio do interesse. Ou seja, o nosso constituinte entendeu que determinadas matérias apresentam, por sua natureza, interesse geral (nacional) devendo ser cuidadas (ao menos em termos de normas gerais) pela União. Outras repercutem em âmbito eminentemente regional, sendo distribuídas aos Estados-Membros e ao DF (que, ainda, acumula o interesse local). Por fim, determinadas questões são mais pontuais... locais, estando seu cuidado a cargo dos Municípios e ao DF (no acúmulo de competências municipais). Destaque-se que o critério de repartição de competências adotado pela Constituição não permite que se fale em superioridade hierárquica das leis federais sobre as leis estaduais, distritais ou municipais, de forma que haverá inconstitucionalidade tanto na invasão da competência da União pelo Estado- membro, pelo Município ou pelo Distrito Federal, como na hipótese inversa. Assim, ao contrário do que pensa o senso comum, não há, a princípio, hierarquia da União sobre os Estados ou, em outro exemplo, dos Estados sobre os Municípios. Segundo José Afonso da Silva (2005), podemos classificar as competências em: 3- Repartição de competências http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 14 de 83 Tendo essa distinção e o princípio da predominância do interesse em mente, podemos melhor compreender o texto “seco” da Constituição Federal. Podemos sintetizar diversos aspectos concernentes ao denominado “princípio” da simetria constitucional. Tal conceito, muito embora não seja um princípio constitucional formal – nem mesmo hermenêutico formal –, encontra forte resguardo na jurisprudência do nosso Supremo Tribunal Federal e dos demais Tribunais. A razão principal é sua eficácia como ferramenta resolutiva de questões que envolvam nosso federalismo e não tenham solução constitucional explícita ou evidente. Material Todos os entes podem exercê-la, sem qualquer preferência de ordem. Competência Exclusiva (art. 25, §§1º e 2º) Privativa (art. 22) Competência parcialmente delegável. A União prevalece ao legislar sobre as matérias. No entanto, pode, por Lei Complementar, autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas. Legislativa Concorrente (art. 24) suplementar complementar –existe lei federal sobre a matéria, os Estados e DF simplesmente as completam suplementar supletiva – inexiste lei federal; os Estados e o DF passam a dispor, temporariamente, de competência plena sobre a matéria Competência indelegável. Somente a União pode exercê- la, sem qualquer participação, mesmo subsidiária, dos demais entes. Exclusiva (art. 21) Comum (art. 23) Competência indelegável. Somente os Estados podem exercê-la, sem qualquer participação, mesmo subsidiária, dos demais entes. Todos os entes podem exercê-la, havendo a seguinte preferência de ordem: a União limita-se a legislar sobre normas gerais Suplementar (art. 24, §§2º e 3º) 4- Simetria constitucional http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 15 de 83 Grosso modo, o princípio da simetria constitucional traduz a ideia que os Estados-membros, o DF e os Municípios, no exercício de sua capacidade de auto organização (que se reflete em suas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas), devem observância aos limites e diretrizes estabelecidos na Constituição Federal, guardando correspondência (simetria) com os institutos jurídicos nela expressos. Por exemplo, o art. 83, da CF/88 dispõe que o Presidente da República e o Vice não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a 15 dias, sob pena de perda do cargo. “Ok, e os Governadores e Prefeitos?” A CF/88 nada fala. É silente. Todavia a jurisprudência entende que, por simetria, a regra do art. 83 também deve ser reproduzida nos Estados-membros, DF e Municípios. Assim, os Governadores e seus Vices são poderão se ausentar por mais de quinze dias sem autorização da Assembleia Legislativa e os Prefeitos e seus Vices também não o poderão fazer sem autorização das respectivas Câmaras Municipais/Legislativas. De todo modo, ATENÇÃO! A simetria não pode ser usada como forma a impelir os Estados, DF e Municípios a atuar de forma incoerente com as competências a eles expressamente conferidas pela CF/88. A simetria é utilizada como solução nas questões federativas sem determinação constitucional clara. E por que é importante saber disso? Vez ou outra – e isso é uma tendência crescente nos últimos anos –, poderemos nos deparar com perguntas envolvendo aplicação simétrica de normas constitucionais aos entes subnacionais (Estados, DF e Municípios). Além disso, no presente trecho da Constituição Federal, veremos que a Carta Magna estabelece que os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal (art. 25) e que os Municípios e o DF reger-se-ão por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal/Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição (arts. 29 e 32). Assim, havendo eventuais questionamentos a respeito da operacionalização das competências (que não esteja disposta na CF/88) e da forma de organização dos entes subnacionais, uma das soluções possíveis é buscar a resposta na aplicação da simetria. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 16 de 83 7- (CESPE / Procurador do Ministério Público junto ao TCU / 2015 / Adaptada) Segundo a jurisprudência predominante do STF, determinadas normas da CF/88 voltadas à União são consideradas de observância obrigatória para os demais entes da Federação, independentemente de previsão constitucional expressa para essa extensão, ao passo que outras, ao contrário, são tidas como não obrigatórias e até mesmo vedadas a esses mesmos entes. Diante de tais circunstâncias julgue o item abaixo. Embora não previsto expressamente, o princípio da simetria determina que todas as normas da CF voltadas à União devem, sem exceção, ser aplicadas também aos demais entes federativos, especialmente nos casos em que o texto constitucional for silente sobre tal extensão. Resolução: Errado. Por exemplo, a CF/88 prevê em seu art. 86, §4.º, que o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções, assim, possui irresponsabilidade penal relativa. Ou seja, em caso de crimes comuns, o Chefe do Executivo Federal, enquanto não cesse a investidura na presidência, apenas pode ser responsabilizado caso a infração tenha correlação com o exercício das funções presidenciais. Por exemplo, se o Presidente da República resolve agredir fisicamente um desafeto de infância, sem nenhum motivo, não poderá ser responsabilizado penalmente durante seu mandato. “Ok, entendi professor. Então, por simetria, os Governadores e Prefeitos também têm essa prerrogativa.” Errado. A irresponsabilidade penal relativa é um exemplo de norma não simétrica. Outro exemplo mais explícito de norma não totalmente simétrica é a estrutura do Poder Legislativo. Em âmbito federal, ele é bicameral (duas Casas, vale dizer, a Câmara dos Deputadose o Senado Federal). Já no âmbito dos Estados, DF e Municípios, ele é composto por apenas uma Casa (Assembleia Legislativa, Câmara Legislativa e Câmara Municipal, respectivamente). Deste modo, ao contrário do que aduz o enunciado, não são todas as normas da CF voltadas à União que devem, sem exceção, ser aplicadas também aos demais entes federativos. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 17 de 83 A Constituição Federal construiu a seguinte arquitetura na discriminação de competências: Ente Discriminação União Enumerada Estados Remanescente/residual Distrito Federal Enumerada + remanescente/residual Municípios Enumerada 8- (CESPE / Analista Judiciário do TJ – SE / 2014) A respeito da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, julgue os próximos itens. A repartição de competências entre os entes federativos atribui à União competência ampla e, aos estados, competência residual, motivo por que lei federal é hierarquicamente superior a lei estadual. Resolução: Errado. Não existe uma hierarquia nesse sentido. De acordo com a matéria, a competência pode ser privativa, exclusiva, comum ou concorrente, e, cada qual, pode ou não acarretar “influências” de um ente sobre o outro. 9- (FGV / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 2008) A técnica utilizada para a repartição de competências na Federação Brasileira é a que discrimina poderes: a) especificados para as unidades menores. b) indicados para os Municípios. c) enumerados para a União. d) remanescentes para a União. e) implícitos para os Estados-Membros. Resolução: Alternativa C. Vejamos agora na prática. 5- Competências constitucionais: União, Estados, Distrito Federal e Municípios Art. 21. Compete [EXCLUSIVAMENTE] à União: I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 18 de 83 II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII - emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; NOTA (1) Leitura tranquila até aqui, certo? O rol listado é de atividades que, por sua natureza, exigem políticas de âmbito nacional e coordenação federal, ok? Então prossigamos. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 19 de 83 NOTA (1) Incisos comumente cobrados, principalmente o XIII, fruto recente de alteração por emenda constitucional (EC nº 69/12). União organiza e mantém No Distrito Federal Nos Territórios Poder Judiciário Poder Judiciário Ministério Público Ministério Público - Defensoria Pública XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão; XVII - conceder anistia; XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios; Territórios e a Defensoria Pública dos XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 20 de 83 NOTA (1) Os incisos XVIII e XXV foram negritados, pois, geralmente são objetos de pegadinhas. Basicamente as bancas tentar atribuir as referidas competências aos Estados-membros. 10- (CESPE/ Juiz Substituto TJ – DFT / 2014 / Adaptada) Julgue o item abaixo acerca da distribuição de competências aos entes federados. Compete ao DF organizar a sua polícia civil, sua polícia militar e seu corpo de bombeiros militar, competindo à União prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos por meio de fundo próprio. Resolução: Errado. Compete exclusivamente à União organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio. 11- (ESAF / Analista de Informações – Ministério da Integração / 2012 / Adaptada) Julgue o item a seguir: Compete aos Estados e ao Distrito Federal planejar a defesa permanente contra as calamidades públicas e legislar sobre a correlata defesa civil e mobilização nacional. Resolução: Errado. O inciso XVIII do art. 21 é bastante cobrado em concursos. Nesse caso, trata-se de competência EXCLUSIVA da União.b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 21 de 83 Uma observação do que é mais comumente cobrado. 12- (FGV / Analista Judiciário do TJ - RJ / 2014) Determinado Estado, com o objetivo de zelar pela infância e pela juventude, bem como por inexistir lei federal que trate da matéria, decide editar lei disciplinando a data de vencimento das mensalidades escolares, dispondo que estas deveriam ser estabelecidas entre o dia 5 e o dia 10 de cada mês. Com isso, haveria tempo hábil para que os responsáveis recebessem seus salários, o que costuma ocorrer na referida época do mês, e efetuassem o respectivo pagamento. É correto afirmar que essa lei estadual é: a) inconstitucional, pois a data de vencimento das mensalidades escolares é matéria afeta ao direito civil, de competência privativa da União. b) constitucional, pois os Estados têm competência concorrente com a União para legislar sobre proteção à infância e à juventude. c) inconstitucional, pois a data de vencimento das mensalidades escolares deve observar as peculiaridades locais, indicativo de que a competência legislativa é dos Municípios. d) constitucional, pois é competência comum de todos os entes da Federação proporcionar os meios de acesso à educação e à cultura. e) inconstitucional, pois a data de vencimento das mensalidades escolares não é matéria afeta à lei, submetendo-se, portanto, à livre vontade dos contratantes. Art. 22, I Art. 24, I e XI Competência privativa da União Competência concorrente (União, Estados e DF) D. Civil D. Tributário D. Comercial D. Financeiro Direito Penitenciário D. Penal D. Processual Procedimentos em matéria processual D. Eleitoral D. Trabalho http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 22 de 83 Resolução: Alternativa A. Muito embora a questão se escore em jurisprudência específica (abaixo transcrita), é plenamente possível responde- la com base no art. 22, I, da CF/88. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 10.989/93 DO ESTADO DE PERNAMBUCO. EDUCAÇÃO: SERVIÇO PÚBLICO NÃO PRIVATIVO. MENSALIDADES ESCOLARES. FIXAÇÃO DA DATA DE VENCIMENTO. MATÉRIA DE DIREITO CONTRATUAL. VÍCIO DE INICIATIVA. 1. Os serviços de educação, seja os prestados pelo Estado, seja os prestados por particulares, configuram serviço público não privativo, podendo ser desenvolvidos pelo setor privado independentemente de concessão, permissão ou autorização. 2. Nos termos do artigo 22, inciso I, da Constituição do Brasil, compete à União legislar sobre direito civil. 3. Pedido de declaração de inconstitucionalidade julgado procedente. (STF - ADI: 1007 PE , Relator: EROS GRAU, Data de Julgamento: 31/08/2005, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJ 24-02-2006 PP-00005 EMENT VOL-02222-01 PP-00007). II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 23 de 83 NOTA (1) Pausa para respirar e fazer alguns apontamentos. Os incisos não destacados são bastante intuitivos (não é necessário que o candidato os tenha na ponta da língua, e sim que saiba identificá-los nas alternativas da questão), portanto, vamos focar no que foi negritado. Em relação ao inciso XXIII em particular, é válido observar que a seguridade social pode ser subdividida em três ramos: Ou seja, a CF/88 delega à União a competência sobre o sistema maior que é a seguridade. Contudo, o art. 24, logo adiante, apresenta uma especificidade: XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - sistemas de consórcios e sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII - seguridade social; Seguridade Social Previdência Social Assistência Social Saúde http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 24 de 83 NOTA (1) Art. 24, XII Competência concorrente (União, Estados e DF) Previdência Social e defesa da Saúde Art. 22, XXIII Competência privativa da União Seguridade Social XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; Art. 22, XXV Competência privativa da União Registros públicos Art. 24, III Competência concorrente (União, Estados e DF) Juntas comerciais XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX - propaganda comercial. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 25 de 83 NOTAS (1) Embora o parágrafo úniconão cite explicitamente o DF, subtende-se que este também pode ser polo passivo de delegação das competências do artigo. (2) Por fim, uma observação: a maior parte das bancas costuma cobrar bastante o rol de competências privativas da União. Considerem isso durante as revisões!!! 13- (CESPE/ Auditor – FUB / 2015) No que se refere à organização político-administrativa do Estado brasileiro, julgue o item seguinte. O constituinte brasileiro proibiu que a União delegasse aos estados e ao Distrito Federal a competência para legislar sobre matérias de sua competência privativa. Resolução: Errado. Diferentemente das competências exclusivas (que excluem as ações dos demais entes), o trato específico de questões relacionadas às competências privativas pode ser “delegado” aos Estados (e ao DF) mediante lei complementar. 14- (CESPE/ Técnico Judiciário do TRE – GO / 2015) Julgue o item subsecutivo, referentes aos direitos políticos e à organização político-administrativa do Estado brasileiro. É competência privativa da União legislar acerca do direito eleitoral. Resolução: Correto. Para além de memorizar mnemônicos, podemos pensar da seguinte maneira. A princípio, o direito eleitoral precisa da coordenação de uma instância nacional, assim, a competência privativa é da União. Porém, as eleições também acontecem nos entes subnacionais. Deste modo, os Estados e o DF também podem, mediante autorização de lei complementar da União, tratar a respeito de algumas especificidades dessa matéria. 15- (FCC / Analista Judiciário do TRF da 2ª Região / Área Administrativa / 2007) Compete privativamente à União legislar sobre: a) educação, cultura, ensino e desporto. b) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais. c) águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão. d) responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 26 de 83 e) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. Resolução: Alternativa C. Todas as demais opções apresentam competências CONCORRENTES! Ou seja, como regra, a União estabelece normas gerais e os Estados e o Distrito Federal (os Municípios não detêm tal prerrogativa) suplementam a normatização da matéria. 16- (FCC / Agente Fiscal de Rendas – SP / Área de Gestão Tributária / 2009) Lei estadual que versasse sobre questões específicas das condições para o exercício da enfermagem no âmbito do Estado seria: a) inconstitucional, uma vez que a Constituição da República assegura o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, independentemente do atendimento a qualificações profissionais estabelecidas em lei. b) compatível com a Constituição da República, desde que houvesse lei complementar que autorizasse os Estados a legislar sobre questões específicas da matéria. c) incompatível com a Constituição da República, que não reconhece aos Estados a competência para legislar em caráter suplementar, em se tratando de competência legislativa concorrente. d) constitucional, por se inserir dentro da competência legislativa residual inerente aos Estados-membros da federação brasileira. e) suspensa em sua eficácia, naquilo em que fosse contrária à lei federal superveniente sobre a matéria. Resolução: Alternativa B. Legislar sobre condições para o exercício de profissões é competência privativa da União, admitindo que lei complementar autorize os Estados (e o DF) a lapidar a matéria em pontos específicos. Art. 23. É competência COMUM da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 27 de 83 NOTA (1) O rol supracitado é de fácil assimilação, já que envolve basicamente interesses sociais gerais, porém básicos, justificando uma atuação solidária de todos os entes. 17- (FGV / Agente de Fiscalização de Paulínia – SP / 2016) Sobre as competências administrativas do Município em comum com a União e o Estado, analise as afirmativas a seguir. I. Cuidar da saúde e da assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. II. Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, exceto os sítios arqueológicos, de competência exclusiva da União. III. Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, inclusive os bens de valor artístico ou cultural. Está correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I e III, apenas. VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 28 de 83 Resolução: Alternativa E. O único problema com o item II é que a proteção dos sítios arqueológicos também é competência comum do Município com o respectivo Estado e a União. 18- (FGV / Analista Judiciário do TJ – BA / 2015) Em matéria de repartição de competências não legislativas (administrativas ou materiais) no plano federativo, a Constituição da República de 1988 estabelece que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: a) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas. b) organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local. c) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações. d) autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico e seus acessórios. e) explorar, diretamente ou mediante delegação, os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens. Resolução: Alternativa A. O problema da alternativa “B”, é que os itens listados tratam-se de competênciasprivativas dos Municípios. Por sua vez, as opções “C”, “D” e “E”, tratam de competências da União. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar CONCORRENTEMENTE sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 29 de 83 NOTAS (1) Esquema geral: (2) Em matéria de legislação concorrente, o candidato pode sempre usar como recurso mnemônico a competência concorrente em matéria tributária. A nossa lei de normas gerais nesse “ramo” do Direito é o Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966), trazendo, dentre outros elementos, a definição de tributos e de suas espécies, (em relação aos impostos discriminados na Constituição) os respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes, aspectos de obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários etc. É o que dispõe especificamente o parágrafo primeiro, logo abaixo mencionado. IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. REGRA Legislação concorrente Estados suplementam as normas gerais EXCEÇÃO (inexistência de lei federal de normas gerais) Superveniência de lei federal (normas gerais) Suspende a eficácia da lei estadual no que lhe for contrário União estabelece normas gerais Estados legislam plenamente § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 30 de 83 NOTA (1) Um exemplo clássico da competência suplementar dos Estados (e DF) é o caso do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O CTN foi silente em relação a esse tributo e, no vácuo da inexistente legislação, os Estados e o Distrito Federal passaram a exercer sua competência suplementar supletiva. O STF já se manifestou no sentido de que os Estados e o DF podem exercer a competência legislativa plena (suplementar supletiva), conforme dispõe o art. 24, §3º, da CF (AgRg 167.777/SP e RE 191.703 AgR/SP). Se porventura, a União editar lei federal sobre o tributo, toda a legislação dos demais entes, no que for contrário à lei de normas gerais, terá sua eficácia SUSPENSA (não é revogada!). No mais, um detalhe importante: o art. 24, §3º não fala em recepção das disposições que não forem contrárias. Desta forma, estas permanecerão em pleno vigor, como normas de origem estadual/distrital. 19- (FCC / Analista Judiciário do TRF da 3ª Região / 2016) A União, os Estados e o Distrito Federal possuem competência legislativa concorrente sobre todas as seguintes matérias: a) Direito agrário, financeiro, econômico e urbanístico; trânsito, transporte, custas de serviços forenses, produção e consumo. b) Direito do trabalho, tributário, financeiro, econômico e urbanístico; orçamento e juntas comerciais. c) Direito ambiental, do trabalho e econômico; desapropriação, trânsito e transporte. d) Direito agrário, financeiro, ambiental; seguridade social, proteção do patrimônio cultural e sistema de poupança popular. e) Direito tributário, financeiro, penitenciário, ambiental e econômico; proteção ao patrimônio cultural e à infância e juventude. Resolução: Alternativa E. Vejamos as incorreções: Direito agrário, do trabalho, trânsito e transporte, seguridade social, sistema de poupança Competência privativa da União § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 31 de 83 20- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 9ª Região / 2015) A competência legislativa em matéria ambiental é concorrente entre a União e os Estados-membros. Isso significa dizer que: a) os Municípios não podem, em nenhuma circunstância, legislar acerca da matéria. b) cabe à União editar a lei geral acerca da matéria, podendo os Estados- membros editar normas próprias, que prevalecerão sobre aquela nos limites espaciais de seu território. c) a edição de lei federal acerca do tema limita a liberdade legislativa dos Estados-membros, que deverão respeitar os contornos traçados por aquela norma. d) enquanto não for editada a lei federal, os Estados-membros têm plena liberdade legislativa, sendo certo que, sobrevindo aquela, caso algum dispositivo se mostre incompatível com regra traçada pela lei estadual esta última será considerada automaticamente revogada. e) ocorrendo divergência entre o teor da lei federal e da lei estadual, a preponderância de uma ou outra dependerá da natureza do interesse tutelado no caso concreto. Resolução: Alternativa C. Vejamos as demais. a) os Municípios não podem, em nenhuma circunstância, legislar acerca da matéria. O município é competente para legislar concorrentemente sobre meio ambiente com a União e o Estado no limite do seu interesse local e desde que tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados. b) cabe à União editar a lei geral acerca da matéria, podendo os Estados- membros editar normas próprias, que prevalecerão sobre aquela nos limites espaciais de seu território suplementares. d) enquanto não for editada a lei federal, os Estados-membros têm plena liberdade legislativa, sendo certo que, sobrevindo aquela, caso algum dispositivo se mostre incompatível com regra traçada pela lei estadual esta última será considerada automaticamente revogada suspensa. e) ocorrendo divergência entre o teor da lei federal e da lei estadual, a preponderância de uma ou outra dependerá da natureza do interesse tutelado no caso concreto. Em se tratando de legislação concorrente, a premência será da lei de normas gerais editada pela União. 21- (ESAF / Analista de Informações – Ministério da Integração / 2012) Sobre a repartição de competências comuns e concorrentes entre os entes da federação brasileira (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), é correto afirmar que: http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudênciae Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 32 de 83 a) no âmbito das competências concorrentes, compete aos Municípios a fixação de normas gerais de direito orçamentário. b) é competência constitucional concorrente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre defesa civil e gerenciamento de riscos e desastres. c) no âmbito das competências comuns, compete a todos os entes da federação brasileira legislar sobre sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais. d) é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio ambiente, combatendo os desastres nacionais de qualquer natureza. e) é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios preservar as florestas, a fauna e a flora. Resolução: Alternativa E. a) no âmbito das competências concorrentes, compete aos Municípios à União a fixação de normas gerais de direito orçamentário. b) é competência constitucional concorrente privativa à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre defesa civil e gerenciamento de riscos e desastres. c) no âmbito das competências comuns, compete a todos os entes da federação brasileira é competência privativa da União legislar sobre sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais. d) é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio ambiente, combatendo os desastres nacionais de qualquer natureza. 22- (FGV / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 2009) Na esfera das competências legislativas concorrentes, estabelecidas pelo artigo 24 da Constituição Federal, analise as afirmativas a seguir: I. A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. II. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. III. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende integralmente a eficácia da lei estadual. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 33 de 83 d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Resolução: Alternativa D. III. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende integralmente no que lhe for contrário, a eficácia da lei estadual. E os municípios em específico? Tendo em vista o princípio da predominância do interesse, assim estabeleceu a Constituição Federal: NOTAS (1) Cabe um adendo em relação ao inciso V. A competência dos Municípios em relação ao tópico abrange apenas a organização e prestação de serviços de transporte coletivo INTRAMUNICIPAL. Os demais pontos correlatos são de competência da União e (residualmente, ou seja, no caso do transporte INTERMUNICIPAL, dos Estados). Art. 30. Compete aos Municípios: [PRIVATIVAMENTE:] I - legislar sobre assuntos de interesse local; [SUPLEMENTARMENTE:] II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; [PRIVATIVAMENTE:] III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; REVISANDO Compete exclusivamente à União: Explorar (i) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; (ii) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; (iii) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; (iv) os portos marítimos, fluviais e lacustres; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 34 de 83 (2) No RE 596.489-AgR/RS, o STF declarou inconstitucional lei municipal que, “atravessando” competência legislativa concorrente, utilize- se do argumento do interesse local para restringir ou ampliar as determinações contidas em texto normativo de âmbito nacional. 23- (FCC / Técnico Judiciário do TRF da 4ª Região / Área Administrativa / 2010) A exploração dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros compete: a) aos Estados. b) aos Estados e aos países estrangeiros. c) aos Municípios. d) ao Distrito Federal. e) à União. Resolução: Alternativa E. Mais do que boa memória, esse é o tipo de questionamento que se resolve com uma dose de bom senso. Afinal, por exemplo, faz sentido que Municípios legislem sobre transporte rodoviário internacional ou criem um emaranhado de leis e regulamentações sobre transporte rodoviário interestadual? Claro que não! O que certamente se aplica aos Estados também. Assim, uma vez que a matéria exige uniformidade e coordenação de uma esfera superior a desses entes, ela recai sobre a União. 24- (FCC / Assessor Jurídico do TCE – PI / 2014) No âmbito da autonomia política constitucionalmente assegurada aos Municípios, inclui-se a competência para “criar, organizar e suprimir distritos”. Tal competência: a) somente cabe ser exercida em cidades com mais de vinte mil habitantes, pois veiculada mediante plano diretor. b) requer consulta prévia, mediante plebiscito, às populações das áreas envolvidas, para ser exercida nos casos de criação e supressão. c) tem caráter eminentemente administrativo, não compreendendo exercício de função legislativa, que compete, nessa matéria, apenas aos Estados e à União no âmbito da legislação concorrente sobre direito urbanístico. Instituir diretrizes para transportes urbanos; Estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação. Compete privativamente à União: Legislar sobre diretrizes da política nacional de transportes e trânsito e transporte. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 35 de 83 d) impede que legislação estadual determine a equiparação a distritos das áreas territoriais designadas, no âmbito do ordenamento municipal, como subdistritos. e) afasta legislação estadual voltada a definir princípios e diretrizes gerais sobre a organização dos distritos a serem criados pelos entes municipais. Resolução: Alternativa D. As opções “A” mostra-se incorreta simplesmente posto que a CF/88 não estabelece tal requisito mínimo, qual seja, um quantitativo de habitantes. Já a “B” erra uma vez que a CF/88 dispensa consulta prévia para os casos de supressão de Municípios. A “C”, por sua vez, é incorreta uma vez que tal competência expressa sim exercício de competência legislativa. Apenas devendo-se observar que A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual. Esta noção complementa nosso entendimento de por que a opção “E” também se mostra errada, uma vez que é a lei estadual que definirá princípiose diretrizes a serem observados pelos Municípios na criação de distritos. VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. 6- Outros aspectos: Estados federados, Municípios, Distrito Federal e Territórios CAPÍTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 36 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 NOTA (1) Como já dissemos em outras oportunidades, a União, os Estados federados, o DF (este, com certas restrições) e os Municípios gozam da denominada autonomia OLGA. Mais do que memorizar, a esta altura do campeonato é interessante que o candidato utilize este conceito como ferramenta de compreensão do tema. 25- (ESAF / Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental / 2013 / Adaptada) Julgue o item a seguir: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são autônomos e possuem capacidade de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração. Resolução: Correta! É importante assimilar tal conceito para evitarmos confusões ao fixarmos as competências dos entes federados. [auto] Organização Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições que adotarem Os Municípios e o DF, pelas suas Leis Orgânicas [auto] Legislação OLGA [auto] Governo [auto] Administração Arts. 27, 28, 32 e 125 Poder Executivo - chefiado pelo Governador/Prefeito Poder Legislativo - Assembleias Legislativas (DF → Câmara Legislativa; Municípios → Câmara Municipal) Poder Judiciário - Tribunal de Justiça, Justiça Militar estadual e juízes dos Estados (não há "Judiciário Municipal") Competência residual ou expressa: São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição, e aos Municípios diversas competências expressas. Os Estados, DF e Municípios organizam-se e regem-se pelas leis que adotarem § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 37 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 NOTA (1) Parágrafos cobrados de maneira bem literal. Cabe observar (tomando como ilustração o §2º) a possibilidade de, simetricamente à competência o Presidente da República, os Governadores editarem medidas provisórias. No que diz respeito ao §3º, a pegadinha comum das bancas é atribuir as referidas competências aos Municípios. NOTA (1) Para início de conversa, nenhuma unidade da Federação pode ter menos de 8 ou mais de 70 Deputados Federais (art. 45, §1º). Tendo essa informação em vista, vejamos um exemplo prático: Nº de Deputados Federais na Câmara dos Deputados Nº de Deputados na Assembleia/Câmara Legislativa TOTAL (Deputados Estaduais) 8 3 x 8 24 15 3 x 12 + 3 (nº acima de doze) 39 70 3 x 12 + 58 (nº acima de doze) 94 “Professor, reservei este horário para estudar Direito Constitucional... Não estou a fim de fazer conta”. Ok. Dificilmente as bancas cobrarão esses cálculos. Mas concurseiro bom é concurseiro prevenido, certo? Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais [...]. § 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. § 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 38 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 NOTA (1) Ao contrário do processo de confecção de leis complementares e ordinárias em âmbito federal e municipal via iniciativa popular, cujas diretrizes estão na própria CF/88, no caso dos Estados federados as linhas gerais desse instrumento de soberania cidadã não estão definidas na Carta Maior. NOTA (1) Os supracitados incisos (que serão estudados em momento oportuno), basicamente aplicam as seguintes disposições: NOTA (1) O dispositivo é praticamente idêntico ao que trata da organização do Distrito Federal: Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 [eleição do Presidente e do Vice-Presidente]. § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. O Governador pode assumir o cargo ou função na administração pública, mas deverá pedir afastamento temporário deste O tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais (inclusive previdenciários), exceto para promoção por merecimento § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa [...]. CAPÍTULO IV Dos Municípios Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveirawww.exponencialconcursos.com.br 39 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. E lembrem-se: as Leis Orgânicas dos Municípios não são fruto do poder constituinte derivado decorrente. Seu fundamento imediato de validade são as Constituições Estaduais. Já a Lei Orgânica do DF e as Constituições dos Estados são resultado do poder constituinte de 2º grau. Apesar disso, a autonomia OLGA também está presente no âmbito dos Municípios. 26- (FGV / Agente de Fiscalização do TCM – SP / 2015 / Adaptada) Na medida em que a existência da lei orgânica municipal está prevista na Constituição da República, sujeitando-se aos balizamentos ali estabelecidos, é correto afirmar que: a) as matérias passíveis de serem regulamentadas pela lei orgânica municipal podem ser restringidas pela Constituição Estadual, que pode uniformizar, livremente, a legislação dos Municípios situados em seu território. b) a lei orgânica municipal, como projeção da autonomia municipal, deve disciplinar a organização municipal consoante os balizamentos estabelecidos pela Constituição da República, não sendo possível que a Constituição Estadual o faça. c) as matérias passíveis de serem regulamentadas pela lei orgânica municipal podem ser livremente ampliadas pela Constituição Estadual, com o uso do instituto da delegação de competências legislativas. d) a relação de sujeição normativa decrescente identificada entre a Constituição da República, a Constituição Estadual e a lei orgânica municipal faz com que a última possa ser livremente comprimida pela expansão das duas primeiras. Resolução: Alternativa B. O Município possui autonomia para criar sua Lei Orgânica, a qual estabelecerá as diretrizes básicas da organização política do ente. Deve-se destacar que não é possível que a Constituição Estadual discipline a organização municipal, sob pena de violar sua autonomia, não havendo que se falar, necessariamente, em hierarquia de uma sobre a outra. Por essa razão principal, rejeitamos os itens “A” e “D”. Quanto ao item “C”, destacamos que o delineamento das competências dos entes está disposto na Constituição Federal, não podendo, por exemplo, a Constituição dos Estados, ampliar as atribuições normativas dos entes municipais. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 40 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 27- (FCC / Procurador Municipal – SP / 2008 / Adaptada) A produção de Lei Orgânica no âmbito municipal espelha o exercício da: a) autonomia municipal, consubstanciada em autogoverno, auto- administração e autojurisdição. b) função legislativa da Câmara Municipal com a sanção do Prefeito. c) capacidade de auto-organização conferida aos Municípios pela Constituição Federal de 1988. d) atribuição expressamente delegada aos Municípios pela Constituição do respectivo Estado-membro. Resolução: Alternativa C. O elemento [auto]Organização do conjunto “OLGA” diz com a capacidade de os Municípios regerem-se pelas Leis Orgânicas que adotarem. A alternativa “A” erra porque a produção de Lei Orgânica diz com a auto organização e porque simplesmente não existe Poder Judiciário Municipal. Já o erro principal do item “B” é que a processo de produção e promulgação da Lei Orgânica dispensa a interferência direta do Chefe do Executivo local. Por fim, o erro do item “D” é que o fundamento de tal competência é a própria Constituição Federal de 1988 e não as Constituições Estaduais. NOTA (1) As eleições dos Chefes do Executivo nos três níveis seguem um padrão, com apenas uma ou outra especificidade: Presidente Presidente República e Vice da Governador e Vice Governador de Estado ou do DF Prefeito e Prefeito Município Vice de Tempo de mandato 4 anos possibilidade de + 1 4 anos possibilidade de + 1 4 anos possibilidade de + 1 I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 41 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 reeleição subsequente reeleição subsequente reeleição subsequente Data do primeiro turno da eleição Primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder ou do término de mandato próprio (em caso de reeleição) Primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder ou do término de mandato próprio (em caso de reeleição) Primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder ou do término de mandato próprio (em caso de reeleição) Data do segundo turno da eleição Se houver, no último domingo de outubro do referido ano Se houver, no último domingo de outubro do referido ano Se houver, no último domingo de outubro do referido ano; e apenas no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores Posse 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição NOTA (1) Obviamente, o candidato não vai memorizar as alíneas “a” a “x” (!!!) do inciso IV. Basta saber que: NOTA (1) Subsídio é uma modalidade de remuneração obrigatória para os agentes políticos e para alguns servidores públicos de carreiras específicas, fixada em parcela única (vedados acréscimos como gratificações, adicionais, prêmios de produtividade etc., salvo parcelas indenizatórias) IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: Início: 9 Vereadores Municípios com até 15.000 habitantes Fim: 55 Vereadores Municípios com mais de 8.000.000 habitantes A gradação não é inteiramente proporcional V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal [...] http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 42 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 O que o candidato deve ter em mente é que a fixação do subsídio dos agentes políticos (Chefes do Executivo, Parlamentares, Ministros e Secretários de Estado, dentre outros): Em todos os casos depende de lei Esta é sempre de iniciativa das respectivas Casas Legislativas Mesmo para a fixação da própria remuneração (observados os limites constitucionais, Vereadores, Deputados Estaduais, Deputados Federais e Senadores, determinam o quanto irão receber) NOTA (1) É desnecessário memorizar todas as alíneas do inciso VI (a título de curiosidade, deem uma olhada na Constituição Federal...), basta atentar que: NOTA (1) Este parâmetro é geral, não importa a quantidade de habitantes do Município! Ver art. 29-A, caput. NOTA (1) Veremos mais adiante que os parlamentares federais gozam de dois tipos de imunidade:VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: Início: Municípios com até 10.000 habitantes limite do subsídio dos Vereadores = 20% do subsídio dos Deputados Estaduais Fim: Municípios com mais de 500.000 habitantes limite do subsídio dos Vereadores = 75% do subsídio dos Deputados Estaduais VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 43 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Material Imunidades dos parlamentares federais por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, desde que proferidas no exercício constitucional da função, independente da circunscrição Formal Os Deputados e Senadores dispõem de determinadas prerrogativas relativas a sua eventual prisão e às regras processuais pertinentes Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, Pois bem. Os parlamentares municipais não detêm imunidade formal. Além disso, a imunidade material dos Vereadores é limitada ao território do Município a que estão funcionalmente vinculados (AI 631.276/SP). NOTA (1) Iniciativa popular LO e LC Federal LO, LC e ECE/ELO Estadual/Distrital LO, LC e ELO Municipal Mínimo de 1% do eleitorado nacional (Distribuído por 5 estados, com + de 0,3% em cada um) *Apresentado à Câmara dos Deputados CE ou LO distrital disporá sobre o processo legislativo Mínimo de 5% do eleitorado IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembleia Legislativa; X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 44 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 * LO – Lei ordinária; LC – Lei Complementar; EC – Emenda à Constituição Estadual; ELO – Emenda à Lei Orgânica NOTA (1) Novamente: vamos evitar decorar dados sucessivos que envolvem números absolutos e proporções (a menos que a guerreira ou o guerreiro seja fã de números, claro...). Nesses casos, o melhor a fazer é “memorizar” os extremos: NOTA (1) Às vezes esses valores são diretamente cobrados em concursos. Contudo, é aquele tipo de questão normalmente errada pela maioria dos candidatos. Cada concurseiro tem que saber dosar o quantum de energia que vai dedicar a esses tópicos mais “cinzentos”. Para todos os efeitos, vamos revisar: Limite de despesa remuneração Vereadores com de Limites de despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos Limite de Câmara M folha de incluído o subsídio Vereadores despesa da unicipal com pagamento, gasto com o de seus 5% da receita do 7% e 3,5% (extremos) 70% da receita da Município das receitas e Câmara transferências tributárias Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159[repartições de receitas tributárias], efetivamente realizado no exercício anterior: Limite inicial: Municípios com até 100.000 habitantes 7% das receitas e transferências tributárias Limite final: Municípios com mais de 8.000.001 habitantes 3,5% das receitas e transferências tributárias § 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 45 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 28- (ESAF / Analista de Finanças e Controle da CGU / 2006 / Adaptada) Julgue o item a seguir. O valor máximo do subsídio de um vereador, previsto no texto constitucional, corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio de um Deputado Estadual, só sendo possível fixar esse valor se o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município. Resolução: Correta. Basta atentarmos que o escalonamento Deputado Federal Deputado Estadual Vereador (máximo) é de 100% 75% 75%, sendo, ainda, de 5% da receita do Município o limite da despesa com remuneração de Vereadores. NOTA (1) Crime de responsabilidade é uma conduta viciada de natureza político- administrativa, não penal (em sentido estrito). Vamos ver o que dizem os incisos dos supracitados parágrafos: 29- (CESPE / Juiz Federal Substituto do TRF da 5ª Região / 2015 / Adaptada) De acordo com o entendimento do STF, julgue o item a seguir. § 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: [...] § 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal [...] Efetuar repasse que supere os limites de despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos Prefeito Municipal Crime de responsabilidade Gastar mais de 70% de sua Presidente da Câmara Municipal receita com folha de pag amento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. Não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês Enviar repasse a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 46 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Os estados-membros podem legislar sobre a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento. Resolução: Errado. STF – Súmula Vinculante n.º 46 – A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da União. NOTA (1) No início do curso destacamos que o Poder Legislativo é o único que possui duas funções típicas: (i) legislar e (ii) realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder Executivo (controle externo). Atentem que a fiscalização também será realizada pelo próprio Executivo Municipal por meio de sistemas próprios (geralmente, a cargo das corregedorias). NOTA (1) Os Tribunais de Contas são órgãos autônomos (não fazem parte da estrutura de nenhum Poder) que auxiliam o Poder Legislativona sua função de controle/fiscalização externo. Mais à frente, trataremos esse ponto com calma... Conjugando os §1º e 2º temos que é possível a existência de Tribunais (ou Conselhos) de Contas que atuem sobre os Municípios (órgãos estaduais Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. § 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. § 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. § 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. § 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 47 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 que atuam sobre esses entes), porém não é permitida a criação de Tribunais de Contas Municipais em sentido estrito! Percebam a sutil diferença. Apesar de tal vedação, deve-se destacar que antes do advento da promulgação da CF/88, alguns Municípios (São Paulo e Rio de Janeiro) já haviam constituído tais órgãos. Desta forma, eles permaneceram em funcionamento, sendo absorvidos ao novo desenho disposto pela Carta de 1988. NOTA (1) O Distrito Federal também é unidade autônoma, muito embora de forma mais restrita que os Estados, uma vez que suas instituições policiais e defesa civil, seu Poder Judiciário e seu Ministério Público são organizados e mantidos pela União. 30- (FCC / Analista de Controle Externo do TCE – AP / 2012 / Adaptada) O Distrito Federal, conforme a Constituição Federal: a) elege Deputados Distritais para a Assembleia Legislativa e possui uma Constituição Distrital. b) rege-se por uma lei orgânica e elege Governador e Vice-Governador. c) exerce competências legislativas reservadas à União, aos Estados e aos Municípios e elege Deputados Federais. CAPÍTULO V DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS Seção I DO DISTRITO FEDERAL Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. § 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. § 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. § 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 48 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 d) possui uma Constituição Distrital e não pode dividir-se em Municípios. Resolução: Alternativa B. a) elege Deputados Distritais para a Assembleia Câmara Legislativa e possui uma Constituição Distrital Lei Orgânica. c) exerce competências legislativas reservadas à União, aos Estados e aos Municípios e elege Deputados Federais. d) possui uma Constituição Distrital Lei Orgânica e não pode dividir-se em Municípios. NOTAS (1) Ao contrário da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, os territórios não são autônomos. Como destacamos previamente, são uma descentralização administrativa (autarquia) da União. (2) Caso sejam criados (no momento, inexistem no Brasil), os Territórios elegerão representantes na Câmara dos Deputados (porém, não no Senado Federal): Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. [...] § 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. Seção II DOS TERRITÓRIOS Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto [nos artigos 29 a 31]. § 2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. § 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 49 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 31- (ESAF / Técnico Administrativo – DNIT / 2013) Em relação à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal, é correto afirmar que: a) estão entre as matérias de competência legislativa privativa da União desapropriação, registros públicos, propaganda comercial, juntas comerciais e proteção à infância e à juventude. b) são bens dos Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União. c) estão entre as matérias de competência legislativa concorrente da União, Estados, Distrito Federal e Municípios orçamento, procedimento em matéria processual, desapropriação e trânsito e transporte. d) compete aos Municípios e ao Distrito Federal explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei. e) ao Distrito Federal são atribuídas as competências reservadas aos Estados e aos Municípios, inclusive organizar e manter o seu Ministério Público e o seu Poder Judiciário. Resolução: Alternativa B. Questão bastante literal, como costumam ser as desse trecho da Constituição Federal. a) estão entre as matérias de competência legislativa privativa da União desapropriação, registros públicos, propaganda comercial, juntas comerciais e proteção à infância e à juventude. c) estão entre as matérias de competência legislativa concorrente da União, Estados, Distrito Federal e Municípios orçamento, procedimento em matéria processual, desapropriação e trânsito e transporte. d) compete aos Municípios e ao Distrito Federal Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei. e) ao Distrito Federal são atribuídas as competências reservadas aos Estados e aos Municípios, inclusive organizar e manter o seu Ministério Público e o seu Poder Judiciário No DF, o Poder Judiciário e o Ministério Público são organizados e mantidos pela União. 32- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 3ª Região / 2016) A incorporação e a fusão de Municípios deverão ser feitas por intermédio de lei: a) federal, em qualquer oportunidade, após consulta prévia, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos e autorização da 7-Questões Comentadas http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 50 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Assembleia Legislativa do Estado em que se encontrem as mencionadas unidades Federativas. b) estadual, dentro do período determinado por lei complementar editada pelo Estado, após consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos e aprovação das respectivas Câmaras Legislativas. c) federal, dentro do período determinado por lei complementar federal, após consulta prévia, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos. d) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, após consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos. e) estadual, em qualquer oportunidade, após consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos. Resolução: Alternativa D. Vale ainda destacar que também devem ser apresentados Estudos de Viabilidade Municipal, na forma da lei. 33- (ESAF / Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil / 2012) Uma Assembleia Legislativa de um dos Estados da Federação brasileira acolheu proposta de um dos seus deputados e emendou a Constituição Estadual, estabelecendo que o governador do Estado, na hipótese de viagem ao exterior, necessitaria de autorização prévia do Legislativo estadual, sempre que esse deslocamento ao exterior ultrapassasse o prazo de 7 (sete) dias. Considerando o enunciado, assinale a opção correta. a) A emenda implementada na Constituição estadual é constitucional sob qualquer ponto de vista, inclusive porque, dentro da autonomia legislativa do Estado, em alterar sua própria Constituição. b) A emenda é constitucional no âmbito da autonomia estadual, entretanto, somente pode ser considerada efetiva após a sanção do governador do Estado, considerando que sem ela o processo legislativo não se completa. c) A emenda é inconstitucional porque a Proposta de Emenda não poderia ser de autoria do deputado, e sim do governador, na medida em que se trata de tema que diz respeito a essa autoridade. d) A emenda é inconstitucional porque contraria o princípio da simetria constitucional, estabelecendo norma mais rígida do que aquela que a Constituição Federal estabelece para o Presidente da República, em casos de viagem ao exterior. e) A emenda é inconstitucional porque viola uma cláusula pétrea comum às Constituições estaduais. Resolução: Alternativa D. Grosso modo, o princípio da simetria constitucional traduz a ideia que os Estados-membros (assim como o DF e os Municípios), no exercício de sua http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 51 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 capacidade de auto organização (que se reflete em suas Constituições Estaduais), devem observância aos limites e diretrizes estabelecidos na Constituição Federal, guardando correspondência (simetria) com os institutos jurídicos nela expressos. Assim, se a CF/88 estabelece um prazo de 15 dias para tal caso, não pode Constituição Estadual estabelecer prazo inferior. 34- (FCC / Analista de Controle do TCE – PR / Área Jurídica / 2011) Conforme a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil: a) o Distrito Federal, por sua condição peculiar de capital federal, não possui autonomia e não pode ser dividido em Municípios. b) os Territórios Federais integram os Estados-Membros aos quais pertencem e suas competências são reguladas por lei complementar. c) a República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados-Membros, o Distrito Federal, os Municípios e os Territórios, todos dotados de autonomia. d) os Estados-Membros podem se subdividir, mas não podem se desmembrar para se anexarem a outros Estados-Membros, pois, neste caso, ofenderão o princípio constitucional que proíbe a secessão. e) o Distrito Federal rege-se por lei orgânica e possui competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. Resolução: Alternativa E. O erro da alternativa “A” é que o DF possui sim a autonomia de (auto) Organização, Legislação, Governo e Administração, muito embora a União tenha papel relevante na organização e manutenção do seu Poder Judiciário, Ministério Público, polícias civil e militar e corpo de bombeiros. O erro do item “B” é que os Territórios Federais integram a União, são espécie de autarquia desta. Além disso, não detêm autonomia. Portanto, errado também o item “C”. Por fim, não há qualquer impedimento Constitucional a que os Estados- membros sejam desmembrados, pelo contrário, conforme se extrai da leitura do art. 18, §3º. 35- (FCC / Procurador da Assembleia Legislativa – PB / 2013) Em relação à repartição constitucional em matéria de competência legislativa, é correto afirmar: a) Os Municípios possuem competência privativa taxativamente prevista na Constituição Federal. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 52 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 b) Os Estados poderão delegar sua competência privativa aos Municípios, desde que seja por lei complementar e se refira a ponto específico dentro de uma das matérias de sua competência privativa. c) A União possui competência privativa taxativamente prevista pela Constituição Federal. d) A União poderá delegar sua competência legislativa privativa aos Estados e Municípios, desde que seja por lei complementar e se refira a ponto específico dentro de uma das matérias de sua competência privativa. e) Os Estados possuem competência privativa taxativamente prevista na Constituição Federal. Resolução: Alternativa C. O erro da “A” é que, embora a CF preveja diversas competências privativas dos Municípios, a lista não é taxativa (numerus clausus). A respeito da alternativa “B”, a única delegação prevista pelo texto da Carta Maior é no sentido União Estados + DF, referente às competências privativas. Aliás, os Municípios não constam no polo passivo da possível delegação. Assim, errado também o item “D”. Por fim, em relação aos Estados, a CF/88 se baseou na técnica de competência residual. Nesse sentido é que são reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição. Os §§2º e 3º enumeram duas competências privativas. Contudo, a lista não é taxativa. 36- (ESAF / Assistente Técnico do Ministério da Fazenda / 2012) Assinale a opção incorreta. a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. b) É matéria de lei complementar a criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem dos Territórios Federais. c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferencias entre si. d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. e) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição. http://www.exponencialconcursos.com.br/Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 53 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Resolução: Alternativa E. Boa questão revisional. A soberania é atributo exclusivo da República Federativa do Brasil, ao passo que os entes federados são dotados de autonomia. Já os entes federados detêm autonomia OLGA (organizativa, legislativa, governamental e administrativa). 37- (ESAF / Procurador-Geral da Fazenda Nacional – SP / 2012) Sobre a repartição constitucional de competências entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, é incorreto afirmar que: a) no âmbito da competência privativa da União, lei complementar federal poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas. b) no âmbito da competência material comum aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, não está atribuída, exclusivamente, a competência de suplementar ou subsidiar as ações administrativas da União. c) no âmbito da competência material comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, leis complementares fixarão normas para a cooperação entre os diversos entes da federação, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e o bem-estar em âmbito nacional, sem prejuízo da eventual disciplina, por meio de lei, dos consórcios públicos e dos convênios de cooperação entre os mesmos entes federados. d) no âmbito da competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal para legislar, que inclui o direito tributário, o direito financeiro, a matéria orçamentária e os procedimentos em matéria processual, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena para dispor sobre situações urgentes e transitórias de suas peculiaridades administrativas. e) no âmbito da competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal, para legislar a competência federativa da União limitar-se-á ao estabelecimento de normas gerais, sem prejuízo da por igual competência da União para legislar, no mesmo ou em outro diploma legal, sobre a regulação específica de suas próprias ações administrativas. Resolução: Alternativa D. Mais uma questão bastante literal... d) no âmbito da competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal para legislar, que inclui o direito tributário, o direito financeiro, a matéria orçamentária e os procedimentos em matéria processual, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena para dispor sobre situações urgentes e transitórias de suas peculiaridades administrativas para atender a suas peculiaridades. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 54 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 38- (FCC / Analista de Controle do TCE – PR / Área Contábil / 2011) Acerca dos subsídios, é correto afirmar: a) O subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente. b) Em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a 60% dos subsídios dos Deputados Estaduais. c) O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de 7,5% (sete e meio por cento) da receita do Município. d) O aumento dos subsídios dos Deputados Estaduais autoriza automaticamente o reajuste dos subsídios dos Vereadores. e) Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal não enviar o repasse relativo aos subsídios dos Vereadores até o dia dez de cada mês. Resolução: Alternativa A. b) Em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a 60%75% dos subsídios dos Deputados Estaduais. c) O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de 7,5% (sete e meio por cento) 5% da receita do Município. d) O aumento dos subsídios dos Deputados Estaduais autoriza automaticamente o reajuste dos subsídios dos Vereadores. Incorreto, pois, o embora haja vinculação das remunerações, a CF determina que o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente. e) Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal não enviar o repasse relativo aos subsídios dos Vereadores até o dia dez vinte de cada mês. 39- (FCC / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 2014) Considere as proposições abaixo, relacionadas ao tema das competências no Federalismo brasileiro: I. A União tem competência legislativa privativa em matéria de nacionalidade, cidadania e naturalização, mas os Estados poderão legislar sobre questões específicas relacionadas a estes temas mediante autorização por lei complementar. II. A competência da União para autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico não pode ser delegada aos Estados, ao Distrito Federal e tampouco aos Municípios. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 55 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 III. A competência legislativa da União em matéria de educação, cultura, ensino e desporto está limitada ao estabelecimento de normas gerais. Está correto o que se afirma em: a) II, apenas. b) III, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. Resolução: Alternativa E. O melhor dos mundos é quando todas as questões são diretas. Vamos rever o texto da nossa CF/88: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...] XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; [...] Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Art. 21. Compete [exclusivamente] à União: [...] VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; [...] Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: [...] IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; [...] § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 56 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Atenção para o item III, em particular. A competência da União se limita à produção de normas gerais em relação aos aspectos concorrentes de educação, cultura, ensino e desporto (por exemplo, o ensino médio e fundamental nos Estados). No entanto, por óbvio se tratando de aspecto exclusivo relacionado à União (por exemplo, o ensino superior em instituições federais), esta poderá/deverá editar normas específicas. 40- (FGV / Auditor Substituto do TCE – RJ / 2015) Determinada Constituição Estadual, com o objetivo de assegurar padrões mínimos de eficiência na organização político-administrativa dos municípios situados no respectivo território, dispõe que: I - as secretarias municipais devem tera sua eficiência aferida junto à população e, no caso de pontuação insuficiente por três anos consecutivos, a respectiva secretaria será extinta; I - as leis orçamentárias municipais devem destinar 5% (cinco por cento) da receita corrente líquida a programas sociais voltados ao amparo dos moradores de rua; III - a convocação de Secretário Municipal, para prestar esclarecimentos ao Poder Legislativo Municipal, somente pode ser aprovada pelo Plenário, não pelas comissões, efetivas ou temporárias. Considerando o teor desses comandos e a funcionalidade da Constituição Estadual, é correto afirmar que: a) somente o comando (I) poderia ter sido nela inserido. b) somente o comando (II) poderia ter sido nela inserido. c) somente o comando (III) poderia ter sido nela inserido. d) nenhum dos comandos poderia ter sido nela inserido. e) todos os comandos poderiam ter sido nela inseridos. Resolução: Alternativa D. Inserir tais dispositivos na Constituição Estadual viola a autonomia dos Municípios, uma vez que está disciplinando questões que devem ser normatizadas na Lei Orgânica deste. A este respeito, veja-se a jurisprudência do STF: "Dar alcance irrestrito à alusão, no art. 29, caput, CF, à observância devida pelas leis orgânicas municipais aos princípios estabelecidos na Constituição do Estado, traduz condenável misoneísmo constitucional, que faz abstração de dois dados novos e incontornáveis do trato do Município da Lei fundamental de 1988: explicitar o seu caráter de 'entidade infraestatal rígida' e, em consequência, outorgar-lhe o poder de auto-organização, substantivado, no art. 29, pelo de votar a própria lei orgânica. É mais que bastante ao juízo liminar sobre o pedido cautelar a aparente evidência de que em tudo quanto, nos diversos incisos do art. 29, a Constituição da República fixou ela mesma os http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 57 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 parâmetros limitadores do poder de auto-organização dos Municípios e excetuados apenas aqueles que contém remissão expressa ao direito estadual (art. 29, VI, IX e X) – a Constituição do Estado não os poderá abrandar nem agravar. Emenda constitucional estadual e direito intertemporal. Impõem-se, em princípio, à emenda constitucional estadual os princípios de direito intertemporal da Constituição da República, entre os quais as garantias do direito adquirido e da irredutibilidade de vencimentos." (ADI 2.112-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 15-5-2002, Plenário, DJ de 18-5-2001.) 41- (CESPE / Procurador do Município – Salvador / 2015) No que diz respeito aos Municípios é correto afirmar: Com relação às competências dos municípios, assinale a opção correta. a) Cumpre aos municípios explorar os serviços locais de gás canalizado, sendo vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. b) De acordo com a CF, não compete aos municípios suplementar a legislação federal ou a legislação estadual. c) A competência dos municípios para legislar é residual, haja vista que será atribuição dos municípios disciplinar aquilo que não seja constitucionalmente atribuído à competência da União ou dos estados. d) São inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo máximo de permanência em filas de bancos comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela União. e) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde que observada a legislação estadual sobre a matéria. Resolução: Alternativa E. O erro da alternativa “A” é que tal competência recai sobre os Estados. Já a “B” é bastante literal, uma vez que, de acordo com o art. 30, I, da CF/88, cabe-lhes sim suplementar a legislação federal e estadual no que couber. Já a “C” erra posto que a competência dos municípios para legislar é taxativa, não residual. Por fim, a alternativa “D” é mais complicada, de elevado teor jurisprudencial. Vejamos: STF – Súmula Vinculante n.º 38 – É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. STJ – Súmula n.º 19 – A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 58 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 RE 610.221/SC – Os municípios têm competência para legislar sobre assuntos de interesse local, podendo editar lei que disponha sobre o tempo de espera de clientes em filas de bancos. 42- (CESPE / Delegado de Polícia Substituto da PC – GO / 2017) A respeito dos estados-membros da Federação brasileira, assinale a opção correta. a) Denomina-se cisão o processo em que dois ou mais estados se unem geograficamente, formando um terceiro e novo estado, distinto dos estados anteriores, que perdem a personalidade originária. b) Para o STF, a consulta a ser feita em caso de desmembramento de estado- membro deve envolver a população de todo o estado-membro e não só a do território a ser desmembrado. c) A CF dá ao estado-membro competência para instituir regiões metropolitanas e microrregiões, mas não aglomerações urbanas: a competência de instituição destas é dos municípios. d) Conforme a CF, a incorporação, a subdivisão, o desmembramento ou a formação de novos estados dependerá de referendo. Assim, o referendo é condição prévia, essencial ou prejudicial à fase seguinte: a propositura de lei complementar. e) Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos previstos em constituição estadual não precisam guardar estreita similaridade com aqueles previstos na CF. Resolução: Alternativa B. O mesmo vale no caso de desmembramento de Município. Vejamos as demais. a) Denomina-se cisão fusão/incorporação o processo em que dois ou mais estados se unem geograficamente, formando um terceiro e novo estado, distinto dos estados anteriores, que perdem a personalidade originária. c) A CF dá ao estado-membro competência para instituir regiões metropolitanas e microrregiões, mas não e também aglomerações urbanas: a competência de instituição destas é dos municípios. d) Conforme a CF, a incorporação, a subdivisão, o desmembramento ou a formação de novos estados dependerá de referendo plebiscito. Assim, o referendo plebiscito é condição prévia, essencial ou prejudicial à fase seguinte: a propositura de lei complementar. e) Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos previstos em constituição estadual não precisam guardar estreita similaridade com aqueles previstos na CF. Os "freios e contrapesos" admissíveis na estruturação das unidades federadas, sobre constituírem matéria constitucional local, só se http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 59 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 legitimam na medida em que guardem estreita similaridade com os previstos na Constituição da República. Deve haver simetria. 43- (CESPE / Agente de Polícia da Polícia Civil – PE / 2016) Com base no disposto na CF, assinale a opção correta acerca da organização político- administrativa do Estado. a) É da competência comum dos estados, do Distrito Federal e dos municípios organizar e manter as respectivas polícias civil e militar e o respectivo corpo de bombeiros militar. b) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal estabelecer normas gerais de organização das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares, assim como normas sobre seus efetivos, seu material bélico, suas garantias, suaconvocação e sua mobilização. c) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os estados, os territórios federais, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da CF. d) Os estados podem incorporar-se entre si mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de lei complementar. e) É facultado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios subvencionar cultos religiosos ou igrejas e manter com seus representantes relações de aliança e colaboração de interesse público. Resolução: Alternativa D. É a literalidade do art. 18, §3.º. Vejamos os erros. a) É da competência comum dos estados, do Distrito Federal e dos municípios organizar e manter as respectivas polícias civil e militar e o respectivo corpo de bombeiros militar. b) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal estabelecer normas gerais de organização das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares, assim como normas sobre seus efetivos, seu material bélico, suas garantias, sua convocação e sua mobilização. c) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os estados, os territórios federais, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da CF. e) É facultado vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios subvencionar cultos religiosos ou igrejas e manter com seus representantes relações de aliança e ressalvada, na forma da lei, colaboração de interesse público. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 60 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 44- (CESPE / Analista Judiciário do TRT da 8ª Região / 2016) No que se refere à organização político-administrativa do Estado, assinale a opção correta. a) A competência da União e dos municípios é expressa, sendo a competência dos estados remanescente ou residual. b) É possível, mediante emenda à Lei Orgânica do Distrito Federal, a criação de municípios nessa unidade da Federação, atendidos os princípios estabelecidos na CF. c) Cada uma das unidades integrantes da Federação brasileira é ente autônomo e soberano, capaz de auto-organização, auto-legislação, autogoverno e autoadministração. d) Sendo o Brasil um Estado laico, é vedado aos entes federativos estabelecer cultos religiosos e igrejas ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, o que inclui a colaboração de interesse público. e) Dado o poder de autonomia, os estados podem estabelecer, em suas Constituições, a participação da assembleia legislativa na nomeação, exoneração ou destituição, pelo governador, de secretário estadual. Resolução: Alternativa A. Vide os artigos 21 e 30 da CF/88. Além disso, o art. 25, §1.º dispõe que são reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas pela própria CF/88. A alternativa “B” erra uma vez que é vedada a divisão do DF em Municípios. Quanto à opção “C”, o problema é que os entes federados são autônomos, mas não soberanos. Já a “D” erra uma vez que se admite a colaboração de interesse público, na forma da lei. Por fim, a opção “E” erra um vez que, segundo a simetria das normas constitucionais, e não dispondo a CF/88 em contrário, se a nomeação e exoneração de Ministros de Estado por parte do Presidente da República é livre, assim também será a nomeação e exoneração dos Secretários de Estado por parte dos governadores. 45- (FGV / Técnico do MPE – RJ / 2016) A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece alguns parâmetros para a política de desenvolvimento urbano, sempre com o objetivo de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar dos seus habitantes. Esses parâmetros serão desenvolvidos pela legislação infraconstitucional. A esse respeito, é correto afirmar que: a) somente a União pode legislar sobre a matéria; b) somente o Estado pode legislar sobre a matéria; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 61 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 c) somente o Município pode legislar sobre a matéria; d) a lei municipal deve seguir as diretrizes fixadas na lei editada pelo Estado; e) a lei municipal deve seguir as diretrizes fixadas na lei editada pela União. Resolução: Alternativa E. O art. 21, XX, da CF/88 dispõe que compete à União instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, sendo tal competência exclusiva daquele ente. Entretanto, tratam-se de diretrizes, vetores gerais. Assim, a lei municipal também poderá legislar sobre o assunto, desde que observe a diretiva fixada na lei editada pela União. Em sua parte final, (art. 182) nossa Constituição Federal inclusive dispõe que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei [da União], tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. 46- (CESPE / Procurador do Município de Fortaleza – CE / 2017) Com fundamento na disciplina que regula o direito financeiro e nas normas sobre orçamento constantes na CF, julgue o item a seguir. A adoção do federalismo cooperativo equilibrado pela CF visa à redução das desigualdades regionais. Resolução: Correto. Retomando alguns conceitos iniciais, no federalismo dual, os entes federados possuem competências exclusivas que são exercidas sem qualquer coordenação com os demais. Já no federalismo cooperativo, adotado (ao menos em tese) pelo Brasil, os entes federados exercem parte expressiva de suas competências em conjunto com os outros, seja de forma subsidiária, comum ou concorrente. 47- (FGV / Oficial de Chancelaria / 2016) Na Federação brasileira, a União exerce certas competências legislativas concorrentes com outros entes federativos, o que exige um nível mínimo de harmonização entre as distintas esferas de governo. Considerando a sistemática constitucional, é correto afirmar que, nessa esfera de competências: a) a União possui competência plena, enquanto não editadas as normas específicas dos Estados; b) a União e os Estados devem observar as normas gerais constantes da Constituição Federal; c) a superveniência da legislação estadual revoga a norma editada pela União que se mostre incompatível; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 62 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 d) os Estados possuem competência plena, enquanto a União não editar as normas gerais; e) a superveniência da lei estadual sobre normas gerais suspende a eficácia da lei editada pela União. Resolução: Alternativa D. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. a) a União possui os Estados possuem competência plena, enquanto não editadas as normas específicas dos Estados gerais da União; b) a União e os Estados todos os entes devem observar as normas gerais constantes da Constituição Federal observando-se, ainda suas respectivas competências; c) a superveniência da legislação estadual federal sobre normas gerais revoga suspende a eficácia da norma editada pela União pelo Estado que se mostre incompatível; e) a superveniência da lei estadual federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei editada pela União pelo Estado que se mostre incompatível.48- (FGV / Técnico Legislativo de Caruaru – PE / 2015) O município, entidade integrante da federação brasileira, tem autonomia para elaborar lei orgânica própria. A autonomia municipal que decorre da elaboração de lei orgânica própria é a de: a) autoadministração. b) auto-organização. c) autogoverno. d) autodestinação. e) autoprojeção. Resolução: Alternativa B. O elemento [auto]Organização do conjunto “OLGA” diz com a capacidade de os Municípios regerem-se pelas Leis Orgânicas que adotarem. 49- (FGV / Guarda Municipal de Paulínia – SP / 2015) O Município é regido por uma lei orgânica e deve observar os princípios estabelecidos pela Constituição da República e pela Constituição do respectivo Estado. A respeito dos Vereadores, deve ser observada uma regra de proporcionalidade entre: a) o número de vereadores e de deputados estaduais; b) o subsídio dos vereadores e o do Prefeito Municipal; c) o número de vereadores e a população do Município; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 63 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Tribunal de Contas do DF TCDF Tribunal de Contas da União TCU Tribunais de Contas dos Estados TCE d) o número de servidores que possuem e os do Prefeito; e) a sua jornada de trabalho e a dos deputados estaduais. Resolução: Alternativa C. É o que dispõe o art. 29, IV: 50- (CESPE / Procurador do Município de Fortaleza – CE / 2017) A respeito das normas constitucionais, do mandado de injunção e dos municípios, julgue o item subsequente. Os municípios não gozam de autonomia para criar novos tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais. Resolução: Correto! No que diz respeito aos tribunais de contas, atualmente temos o seguinte quadro geral no nosso ordenamento: Tribunais de Contas dos Municípios Presentes nos Estados: BA, PA, CE, GO ATENÇÃO! Os Tribunais de Contas dos Municípios não são órgãos municipais, mas sim estaduais, e que fiscalizam diretamente aqueles entes. Em sentido estrito, os Tribunais de Contas Municipais existentes são apenas aqueles que já existiam antes do advento da atual Constituição Federal. A criação de novos é vedada! IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: Início: 9 Vereadores Municípios com até 15.000 habitantes Fim: 55 Vereadores Municípios com mais de 8.000.000 habitantes A gradação não é inteiramente proporcional, embora, no geral, guarde proporcionalidade Tribunais de Contas Municipais Existentes apenas em SP e RJ (vedada a criação de novos) http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 64 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 1- (FGV / Técnico da Defensoria Pública Estadual – RO / 2015) A Constituição da República Federativa do Brasil adotou, como forma de Estado, a federação. A existência dessa federação é caracterizada pela: a) subordinação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios à União, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil; b) autonomia política da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil; c) subordinação dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil; d) concentração da autonomia política na União, que representa o Poder Público nas relações internas e internacionais; e) autonomia política da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil. 2- (FGV / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 2007) Os territórios federais integram a União, e sua reintegração ao Estado de origem será regulada em lei: a) complementar. b) ordinária. c) delegada. d) complexa. e) mista. 3- (FCC / Defensor Público Estadual – MA / 2015) Tramita perante as Casas do Congresso Nacional um projeto de decreto legislativo que visa à convocação de plebiscito para que o eleitorado de todo o Estado do Maranhão se manifeste sobre a criação, a partir do desmembramento de determinados Municípios de seu território, do chamado Estado do Maranhão do Sul. A proposição em questão é: a) compatível com a Constituição da República, que exige, para a formação de novo Estado, além da realização de plebiscito, aprovação do Congresso Nacional, por lei complementar. b) incompatível com a Constituição da República, pois a criação de ente político, nos moldes propostos, constituiria exercício de direito à secessão, em 8- Lista de Exercícios http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 65 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 violação à forma federativa de Estado, assegurada como cláusula pétrea no texto constitucional. c) incompatível com a Constituição da República, pois o Congresso Nacional não possui competência para convocar plebiscito de âmbito regional, sob pena de ofensa à autonomia do Estado a ser atingido com a medida pretendida. d) incompatível com a Constituição da República, no que se refere à população a ser consultada em plebiscito, posto que deve se restringir à dos Municípios a serem desmembrados do Estado. e) compatível com a Constituição da República, que exige, para a formação de novo Estado, além da realização de plebiscito, a divulgação de estudos de viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei. 4- (CESPE / Advogado da União / 2015) Julgue o item seguinte, que se refere ao Estado federal, à Federação brasileira e à intervenção federal. Entre as características do Estado federal, inclui-se a possibilidade de formação de novos estados-membros e de modificação dos já existentes conforme as regras estabelecidas na CF. 5- (CESPE / TCE – RN – Conhecimentos básicos / 2015) No que concerne à organização político-administrativa, julgue o item a seguir. São bens dos estados-membros da Federação as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 6- (FCC / Técnico Judiciário do TRE – PB / 2015) Dentre as hipóteses elencadas, não constitui, como regra, bem da União: a) O rio que sirva de fronteira entre Estados-membros. b) O recurso mineral concentrado em um único Estado-membro. c) A cavidade natural subterrânea situada na área de um único Estado- membro. d) O sítio arqueológico situado em determinado Município. e) A ilha costeira que seja sede de Município. 7- (CESPE / Procurador do Ministério Público junto ao TCU / 2015 / Adaptada) Segundo a jurisprudência predominante do STF, determinadas normas da CF/88 voltadas à União são consideradas de observância obrigatória para os demais entes da Federação, independentemente de previsão constitucional expressa para essa extensão, ao passo que outras, ao http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 66 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 contrário, são tidas como não obrigatórias e até mesmo vedadas a esses mesmos entes. Diante de tais circunstâncias julgue o item abaixo. Embora não previsto expressamente, o princípio da simetria determina que todas as normas da CF voltadas à União devem, sem exceção, ser aplicadas também aos demais entes federativos, especialmente nos casos em que o texto constitucional for silente sobre tal extensão. 8-(CESPE / Analista Judiciário do TJ – SE / 2014) A respeito da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, julgue os próximos itens. A repartição de competências entre os entes federativos atribui à União competência ampla e, aos estados, competência residual, motivo por que lei federal é hierarquicamente superior a lei estadual. 9- (FGV / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 2008) A técnica utilizada para a repartição de competências na Federação Brasileira é a que discrimina poderes: a) especificados para as unidades menores. b) indicados para os Municípios. c) enumerados para a União. d) remanescentes para a União. e) implícitos para os Estados-Membros. 10- (CESPE/ Juiz Substituto TJ – DFT / 2014 / Adaptada) Julgue o item abaixo acerca da distribuição de competências aos entes federados. Compete ao DF organizar a sua polícia civil, sua polícia militar e seu corpo de bombeiros militar, competindo à União prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos por meio de fundo próprio. 11- (ESAF / Analista de Informações – Ministério da Integração / 2012 / Adaptada) Julgue o item a seguir: Compete aos Estados e ao Distrito Federal planejar a defesa permanente contra as calamidades públicas e legislar sobre a correlata defesa civil e mobilização nacional. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 67 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 12- (FGV / Analista Judiciário do TJ - RJ / 2014) Determinado Estado, com o objetivo de zelar pela infância e pela juventude, bem como por inexistir lei federal que trate da matéria, decide editar lei disciplinando a data de vencimento das mensalidades escolares, dispondo que estas deveriam ser estabelecidas entre o dia 5 e o dia 10 de cada mês. Com isso, haveria tempo hábil para que os responsáveis recebessem seus salários, o que costuma ocorrer na referida época do mês, e efetuassem o respectivo pagamento. É correto afirmar que essa lei estadual é: a) inconstitucional, pois a data de vencimento das mensalidades escolares é matéria afeta ao direito civil, de competência privativa da União. b) constitucional, pois os Estados têm competência concorrente com a União para legislar sobre proteção à infância e à juventude. c) inconstitucional, pois a data de vencimento das mensalidades escolares deve observar as peculiaridades locais, indicativo de que a competência legislativa é dos Municípios. d) constitucional, pois é competência comum de todos os entes da Federação proporcionar os meios de acesso à educação e à cultura. e) inconstitucional, pois a data de vencimento das mensalidades escolares não é matéria afeta à lei, submetendo-se, portanto, à livre vontade dos contratantes. 13- (CESPE/ Auditor – FUB / 2015) No que se refere à organização político-administrativa do Estado brasileiro, julgue o item seguinte. O constituinte brasileiro proibiu que a União delegasse aos estados e ao Distrito Federal a competência para legislar sobre matérias de sua competência privativa. 14- (CESPE/ Técnico Judiciário do TRE – GO / 2015) Julgue o item subsecutivo, referentes aos direitos políticos e à organização político- administrativa do Estado brasileiro. É competência privativa da União legislar acerca do direito eleitoral. 15- (FCC / Analista Judiciário do TRF da 2ª Região / Área Administrativa / 2007) Compete privativamente à União legislar sobre: a) educação, cultura, ensino e desporto. b) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais. c) águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 68 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 d) responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico. e) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. 16- (FCC / Agente Fiscal de Rendas – SP / Área de Gestão Tributária / 2009) Lei estadual que versasse sobre questões específicas das condições para o exercício da enfermagem no âmbito do Estado seria: a) inconstitucional, uma vez que a Constituição da República assegura o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, independentemente do atendimento a qualificações profissionais estabelecidas em lei. b) compatível com a Constituição da República, desde que houvesse lei complementar que autorizasse os Estados a legislar sobre questões específicas da matéria. c) incompatível com a Constituição da República, que não reconhece aos Estados a competência para legislar em caráter suplementar, em se tratando de competência legislativa concorrente. d) constitucional, por se inserir dentro da competência legislativa residual inerente aos Estados-membros da federação brasileira. e) suspensa em sua eficácia, naquilo em que fosse contrária à lei federal superveniente sobre a matéria. 17- (FGV / Agente de Fiscalização de Paulínia – SP / 2016) Sobre as competências administrativas do Município em comum com a União e o Estado, analise as afirmativas a seguir. I. Cuidar da saúde e da assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. II. Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, exceto os sítios arqueológicos, de competência exclusiva da União. III. Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, inclusive os bens de valor artístico ou cultural. Está correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I e III, apenas. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 69 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 18- (FGV / Analista Judiciário do TJ – BA / 2015) Em matéria de repartição de competências não legislativas (administrativas ou materiais) no plano federativo, a Constituição da República de 1988 estabelece que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: a) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas. b) organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local. c) explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações. d) autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico e seus acessórios. e) explorar, diretamente ou mediante delegação, os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens. 19- (FCC / Analista Judiciário do TRF da 3ª Região / 2016) A União, os Estados e o Distrito Federal possuem competência legislativa concorrente sobre todas as seguintes matérias: a) Direito agrário, financeiro, econômico e urbanístico; trânsito, transporte, custas de serviços forenses, produção e consumo. b) Direito do trabalho, tributário, financeiro, econômico e urbanístico; orçamento e juntas comerciais. c) Direito ambiental, do trabalho e econômico; desapropriação, trânsito e transporte. d) Direito agrário, financeiro, ambiental; seguridade social, proteção do patrimônio cultural e sistema de poupança popular. e) Direito tributário, financeiro, penitenciário, ambiental e econômico; proteção ao patrimônio cultural e à infância e juventude. 20- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 9ª Região / 2015) A competência legislativa em matériaambiental é concorrente entre a União e os Estados-membros. Isso significa dizer que: a) os Municípios não podem, em nenhuma circunstância, legislar acerca da matéria. b) cabe à União editar a lei geral acerca da matéria, podendo os Estados- membros editar normas próprias, que prevalecerão sobre aquela nos limites espaciais de seu território. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 70 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 c) a edição de lei federal acerca do tema limita a liberdade legislativa dos Estados-membros, que deverão respeitar os contornos traçados por aquela norma. d) enquanto não for editada a lei federal, os Estados-membros têm plena liberdade legislativa, sendo certo que, sobrevindo aquela, caso algum dispositivo se mostre incompatível com regra traçada pela lei estadual esta última será considerada automaticamente revogada. e) ocorrendo divergência entre o teor da lei federal e da lei estadual, a preponderância de uma ou outra dependerá da natureza do interesse tutelado no caso concreto. 21- (ESAF / Analista de Informações – Ministério da Integração / 2012) Sobre a repartição de competências comuns e concorrentes entre os entes da federação brasileira (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), é correto afirmar que: a) no âmbito das competências concorrentes, compete aos Municípios a fixação de normas gerais de direito orçamentário. b) é competência constitucional concorrente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre defesa civil e gerenciamento de riscos e desastres. c) no âmbito das competências comuns, compete a todos os entes da federação brasileira legislar sobre sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais. d) é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio ambiente, combatendo os desastres nacionais de qualquer natureza. e) é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios preservar as florestas, a fauna e a flora. 22- (FGV / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 2009) Na esfera das competências legislativas concorrentes, estabelecidas pelo artigo 24 da Constituição Federal, analise as afirmativas a seguir: I. A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. II. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. III. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende integralmente a eficácia da lei estadual. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 71 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 23- (FCC / Técnico Judiciário do TRF da 4ª Região / Área Administrativa / 2010) A exploração dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros compete: a) aos Estados. b) aos Estados e aos países estrangeiros. c) aos Municípios. d) ao Distrito Federal. e) à União. 24- (FCC / Assessor Jurídico do TCE – PI / 2014) No âmbito da autonomia política constitucionalmente assegurada aos Municípios, inclui-se a competência para “criar, organizar e suprimir distritos”. Tal competência: a) somente cabe ser exercida em cidades com mais de vinte mil habitantes, pois veiculada mediante plano diretor. b) requer consulta prévia, mediante plebiscito, às populações das áreas envolvidas, para ser exercida nos casos de criação e supressão. c) tem caráter eminentemente administrativo, não compreendendo exercício de função legislativa, que compete, nessa matéria, apenas aos Estados e à União no âmbito da legislação concorrente sobre direito urbanístico. d) impede que legislação estadual determine a equiparação a distritos das áreas territoriais designadas, no âmbito do ordenamento municipal, como subdistritos. e) afasta legislação estadual voltada a definir princípios e diretrizes gerais sobre a organização dos distritos a serem criados pelos entes municipais. 25- (ESAF / Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental / 2013 / Adaptada) Julgue o item a seguir: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são autônomos e possuem capacidade de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 72 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 26- (FGV / Agente de Fiscalização do TCM – SP / 2015 / Adaptada) Na medida em que a existência da lei orgânica municipal está prevista na Constituição da República, sujeitando-se aos balizamentos ali estabelecidos, é correto afirmar que: a) as matérias passíveis de serem regulamentadas pela lei orgânica municipal podem ser restringidas pela Constituição Estadual, que pode uniformizar, livremente, a legislação dos Municípios situados em seu território. b) a lei orgânica municipal, como projeção da autonomia municipal, deve disciplinar a organização municipal consoante os balizamentos estabelecidos pela Constituição da República, não sendo possível que a Constituição Estadual o faça. c) as matérias passíveis de serem regulamentadas pela lei orgânica municipal podem ser livremente ampliadas pela Constituição Estadual, com o uso do instituto da delegação de competências legislativas. d) a relação de sujeição normativa decrescente identificada entre a Constituição da República, a Constituição Estadual e a lei orgânica municipal faz com que a última possa ser livremente comprimida pela expansão das duas primeiras. 27- (FCC / Procurador Municipal – SP / 2008 / Adaptada) A produção de Lei Orgânica no âmbito municipal espelha o exercício da: a) autonomia municipal, consubstanciada em autogoverno, auto- administração e autojurisdição. b) função legislativa da Câmara Municipal com a sanção do Prefeito. c) capacidade de auto-organização conferida aos Municípios pela Constituição Federal de 1988. d) atribuição expressamente delegada aos Municípios pela Constituição do respectivo Estado-membro. 28- (ESAF / Analista de Finanças e Controle da CGU / 2006 / Adaptada) Julgue o item a seguir. O valor máximo do subsídio de um vereador, previsto no texto constitucional, corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio de um Deputado Estadual, só sendo possível fixar esse valor se o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município. 29- (CESPE / Juiz Federal Substituto do TRF da 5ª Região / 2015 / Adaptada) De acordo com o entendimento do STF, julgue o item a seguir. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 73 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Os estados-membros podem legislar sobre a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento. 30- (FCC / Analista de Controle Externo do TCE – AP / 2012 / Adaptada) O Distrito Federal, conforme a Constituição Federal: a) elege Deputados Distritais para a Assembleia Legislativae possui uma Constituição Distrital. b) rege-se por uma lei orgânica e elege Governador e Vice-Governador. c) exerce competências legislativas reservadas à União, aos Estados e aos Municípios e elege Deputados Federais. d) possui uma Constituição Distrital e não pode dividir-se em Municípios. 31- (ESAF / Técnico Administrativo – DNIT / 2013) Em relação à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal, é correto afirmar que: a) estão entre as matérias de competência legislativa privativa da União desapropriação, registros públicos, propaganda comercial, juntas comerciais e proteção à infância e à juventude. b) são bens dos Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União. c) estão entre as matérias de competência legislativa concorrente da União, Estados, Distrito Federal e Municípios orçamento, procedimento em matéria processual, desapropriação e trânsito e transporte. d) compete aos Municípios e ao Distrito Federal explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei. e) ao Distrito Federal são atribuídas as competências reservadas aos Estados e aos Municípios, inclusive organizar e manter o seu Ministério Público e o seu Poder Judiciário. 32- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 3ª Região / 2016) A incorporação e a fusão de Municípios deverão ser feitas por intermédio de lei: a) federal, em qualquer oportunidade, após consulta prévia, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos e autorização da Assembleia Legislativa do Estado em que se encontrem as mencionadas unidades Federativas. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 74 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 b) estadual, dentro do período determinado por lei complementar editada pelo Estado, após consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos e aprovação das respectivas Câmaras Legislativas. c) federal, dentro do período determinado por lei complementar federal, após consulta prévia, mediante referendo, às populações dos Municípios envolvidos. d) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, após consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos. e) estadual, em qualquer oportunidade, após consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos. 33- (ESAF / Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil / 2012) Uma Assembleia Legislativa de um dos Estados da Federação brasileira acolheu proposta de um dos seus deputados e emendou a Constituição Estadual, estabelecendo que o governador do Estado, na hipótese de viagem ao exterior, necessitaria de autorização prévia do Legislativo estadual, sempre que esse deslocamento ao exterior ultrapassasse o prazo de 7 (sete) dias. Considerando o enunciado, assinale a opção correta. a) A emenda implementada na Constituição estadual é constitucional sob qualquer ponto de vista, inclusive porque, dentro da autonomia legislativa do Estado, em alterar sua própria Constituição. b) A emenda é constitucional no âmbito da autonomia estadual, entretanto, somente pode ser considerada efetiva após a sanção do governador do Estado, considerando que sem ela o processo legislativo não se completa. c) A emenda é inconstitucional porque a Proposta de Emenda não poderia ser de autoria do deputado, e sim do governador, na medida em que se trata de tema que diz respeito a essa autoridade. d) A emenda é inconstitucional porque contraria o princípio da simetria constitucional, estabelecendo norma mais rígida do que aquela que a Constituição Federal estabelece para o Presidente da República, em casos de viagem ao exterior. e) A emenda é inconstitucional porque viola uma cláusula pétrea comum às Constituições estaduais. 34- (FCC / Analista de Controle do TCE – PR / Área Jurídica / 2011) Conforme a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil: a) o Distrito Federal, por sua condição peculiar de capital federal, não possui autonomia e não pode ser dividido em Municípios. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 75 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 b) os Territórios Federais integram os Estados-Membros aos quais pertencem e suas competências são reguladas por lei complementar. c) a República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados-Membros, o Distrito Federal, os Municípios e os Territórios, todos dotados de autonomia. d) os Estados-Membros podem se subdividir, mas não podem se desmembrar para se anexarem a outros Estados-Membros, pois, neste caso, ofenderão o princípio constitucional que proíbe a secessão. e) o Distrito Federal rege-se por lei orgânica e possui competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 35- (FCC / Procurador da Assembleia Legislativa – PB / 2013) Em relação à repartição constitucional em matéria de competência legislativa, é correto afirmar: a) Os Municípios possuem competência privativa taxativamente prevista na Constituição Federal. b) Os Estados poderão delegar sua competência privativa aos Municípios, desde que seja por lei complementar e se refira a ponto específico dentro de uma das matérias de sua competência privativa. c) A União possui competência privativa taxativamente prevista pela Constituição Federal. d) A União poderá delegar sua competência legislativa privativa aos Estados e Municípios, desde que seja por lei complementar e se refira a ponto específico dentro de uma das matérias de sua competência privativa. e) Os Estados possuem competência privativa taxativamente prevista na Constituição Federal. 36- (ESAF / Assistente Técnico do Ministério da Fazenda / 2012) Assinale a opção incorreta. a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. b) É matéria de lei complementar a criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem dos Territórios Federais. c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferencias entre si. d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 76 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. e) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição. 37- (ESAF / Procurador-Geral da Fazenda Nacional – SP / 2012) Sobre a repartição constitucional de competências entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, é incorreto afirmar que: a) no âmbito da competência privativa da União, lei complementar federal poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas. b) no âmbito da competência material comum aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,não está atribuída, exclusivamente, a competência de suplementar ou subsidiar as ações administrativas da União. c) no âmbito da competência material comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, leis complementares fixarão normas para a cooperação entre os diversos entes da federação, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e o bem-estar em âmbito nacional, sem prejuízo da eventual disciplina, por meio de lei, dos consórcios públicos e dos convênios de cooperação entre os mesmos entes federados. d) no âmbito da competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal para legislar, que inclui o direito tributário, o direito financeiro, a matéria orçamentária e os procedimentos em matéria processual, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena para dispor sobre situações urgentes e transitórias de suas peculiaridades administrativas. e) no âmbito da competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal, para legislar a competência federativa da União limitar-se-á ao estabelecimento de normas gerais, sem prejuízo da por igual competência da União para legislar, no mesmo ou em outro diploma legal, sobre a regulação específica de suas próprias ações administrativas. 38- (FCC / Analista de Controle do TCE – PR / Área Contábil / 2011) Acerca dos subsídios, é correto afirmar: a) O subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente. b) Em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a 60% dos subsídios dos Deputados Estaduais. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 77 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 c) O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de 7,5% (sete e meio por cento) da receita do Município. d) O aumento dos subsídios dos Deputados Estaduais autoriza automaticamente o reajuste dos subsídios dos Vereadores. e) Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal não enviar o repasse relativo aos subsídios dos Vereadores até o dia dez de cada mês. 39- (FCC / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 2014) Considere as proposições abaixo, relacionadas ao tema das competências no Federalismo brasileiro: I. A União tem competência legislativa privativa em matéria de nacionalidade, cidadania e naturalização, mas os Estados poderão legislar sobre questões específicas relacionadas a estes temas mediante autorização por lei complementar. II. A competência da União para autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico não pode ser delegada aos Estados, ao Distrito Federal e tampouco aos Municípios. III. A competência legislativa da União em matéria de educação, cultura, ensino e desporto está limitada ao estabelecimento de normas gerais. Está correto o que se afirma em: a) II, apenas. b) III, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 40- (FGV / Auditor Substituto do TCE – RJ / 2015) Determinada Constituição Estadual, com o objetivo de assegurar padrões mínimos de eficiência na organização político-administrativa dos municípios situados no respectivo território, dispõe que: I - as secretarias municipais devem ter a sua eficiência aferida junto à população e, no caso de pontuação insuficiente por três anos consecutivos, a respectiva secretaria será extinta; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 78 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 I - as leis orçamentárias municipais devem destinar 5% (cinco por cento) da receita corrente líquida a programas sociais voltados ao amparo dos moradores de rua; III - a convocação de Secretário Municipal, para prestar esclarecimentos ao Poder Legislativo Municipal, somente pode ser aprovada pelo Plenário, não pelas comissões, efetivas ou temporárias. Considerando o teor desses comandos e a funcionalidade da Constituição Estadual, é correto afirmar que: a) somente o comando (I) poderia ter sido nela inserido. b) somente o comando (II) poderia ter sido nela inserido. c) somente o comando (III) poderia ter sido nela inserido. d) nenhum dos comandos poderia ter sido nela inserido. e) todos os comandos poderiam ter sido nela inseridos. 41- (CESPE / Procurador do Município – Salvador / 2015) No que diz respeito aos Municípios é correto afirmar: Com relação às competências dos municípios, assinale a opção correta. a) Cumpre aos municípios explorar os serviços locais de gás canalizado, sendo vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. b) De acordo com a CF, não compete aos municípios suplementar a legislação federal ou a legislação estadual. c) A competência dos municípios para legislar é residual, haja vista que será atribuição dos municípios disciplinar aquilo que não seja constitucionalmente atribuído à competência da União ou dos estados. d) São inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo máximo de permanência em filas de bancos comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela União. e) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde que observada a legislação estadual sobre a matéria. 42- (CESPE / Delegado de Polícia Substituto da PC – GO / 2017) A respeito dos estados-membros da Federação brasileira, assinale a opção correta. a) Denomina-se cisão o processo em que dois ou mais estados se unem geograficamente, formando um terceiro e novo estado, distinto dos estados anteriores, que perdem a personalidade originária. b) Para o STF, a consulta a ser feita em caso de desmembramento de estado- membro deve envolver a população de todo o estado-membro e não só a do território a ser desmembrado. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 79 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 c) A CF dá ao estado-membro competência para instituir regiões metropolitanas e microrregiões, mas não aglomerações urbanas: a competência de instituição destas é dos municípios. d) Conforme a CF, a incorporação, a subdivisão, o desmembramento ou a formação de novos estados dependerá de referendo. Assim, o referendo é condição prévia, essencial ou prejudicial à fase seguinte: a propositura de lei complementar. e) Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos previstos em constituição estadual não precisam guardar estreita similaridade com aqueles previstos na CF. 43- (CESPE / Agente de Polícia da Polícia Civil – PE / 2016) Com base no disposto na CF, assinale a opção correta acerca da organização político- administrativa do Estado. a) É da competência comum dos estados, do Distrito Federal e dos municípios organizar e manter as respectivas polícias civil e militar e o respectivo corpo de bombeiros militar. b) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal estabelecer normas gerais de organização das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares, assim como normas sobre seus efetivos, seu material bélico, suas garantias, sua convocação e sua mobilização. c) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os estados, os territórios federais, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da CF. d) Os estados podem incorporar-se entre si mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio deplebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de lei complementar. e) É facultado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios subvencionar cultos religiosos ou igrejas e manter com seus representantes relações de aliança e colaboração de interesse público. 44- (CESPE / Analista Judiciário do TRT da 8ª Região / 2016) No que se refere à organização político-administrativa do Estado, assinale a opção correta. a) A competência da União e dos municípios é expressa, sendo a competência dos estados remanescente ou residual. b) É possível, mediante emenda à Lei Orgânica do Distrito Federal, a criação de municípios nessa unidade da Federação, atendidos os princípios estabelecidos na CF. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 80 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 c) Cada uma das unidades integrantes da Federação brasileira é ente autônomo e soberano, capaz de auto-organização, auto-legislação, autogoverno e autoadministração. d) Sendo o Brasil um Estado laico, é vedado aos entes federativos estabelecer cultos religiosos e igrejas ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, o que inclui a colaboração de interesse público. e) Dado o poder de autonomia, os estados podem estabelecer, em suas Constituições, a participação da assembleia legislativa na nomeação, exoneração ou destituição, pelo governador, de secretário estadual. 45- (FGV / Técnico do MPE – RJ / 2016) A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece alguns parâmetros para a política de desenvolvimento urbano, sempre com o objetivo de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar dos seus habitantes. Esses parâmetros serão desenvolvidos pela legislação infraconstitucional. A esse respeito, é correto afirmar que: a) somente a União pode legislar sobre a matéria; b) somente o Estado pode legislar sobre a matéria; c) somente o Município pode legislar sobre a matéria; d) a lei municipal deve seguir as diretrizes fixadas na lei editada pelo Estado; e) a lei municipal deve seguir as diretrizes fixadas na lei editada pela União. 46- (CESPE / Procurador do Município de Fortaleza – CE / 2017) Com fundamento na disciplina que regula o direito financeiro e nas normas sobre orçamento constantes na CF, julgue o item a seguir. A adoção do federalismo cooperativo equilibrado pela CF visa à redução das desigualdades regionais. 47- (FGV / Oficial de Chancelaria / 2016) Na Federação brasileira, a União exerce certas competências legislativas concorrentes com outros entes federativos, o que exige um nível mínimo de harmonização entre as distintas esferas de governo. Considerando a sistemática constitucional, é correto afirmar que, nessa esfera de competências: a) a União possui competência plena, enquanto não editadas as normas específicas dos Estados; b) a União e os Estados devem observar as normas gerais constantes da Constituição Federal; c) a superveniência da legislação estadual revoga a norma editada pela União que se mostre incompatível; http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 81 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 d) os Estados possuem competência plena, enquanto a União não editar as normas gerais; e) a superveniência da lei estadual sobre normas gerais suspende a eficácia da lei editada pela União. 48- (FGV / Técnico Legislativo de Caruaru – PE / 2015) O município, entidade integrante da federação brasileira, tem autonomia para elaborar lei orgânica própria. A autonomia municipal que decorre da elaboração de lei orgânica própria é a de: a) autoadministração. b) auto-organização. c) autogoverno. d) autodestinação. e) autoprojeção. 49- (FGV / Guarda Municipal de Paulínia – SP / 2015) O Município é regido por uma lei orgânica e deve observar os princípios estabelecidos pela Constituição da República e pela Constituição do respectivo Estado. A respeito dos Vereadores, deve ser observada uma regra de proporcionalidade entre: a) o número de vereadores e de deputados estaduais; b) o subsídio dos vereadores e o do Prefeito Municipal; c) o número de vereadores e a população do Município; d) o número de servidores que possuem e os do Prefeito; e) a sua jornada de trabalho e a dos deputados estaduais. 50- (CESPE / Procurador do Município de Fortaleza – CE / 2017) A respeito das normas constitucionais, do mandado de injunção e dos municípios, julgue o item subsequente. Os municípios não gozam de autonomia para criar novos tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 82 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 1 E 21 E 41 E 2 A 22 D 42 B 3 A 23 E 43 D 4 Correto 24 D 44 A 5 Errado 25 Correta 45 E 6 E 26 B 46 Correto 7 Errado 27 C 47 D 8 Errado 28 Correta 48 B 9 C 29 Errado 49 C 10 Errado 30 B 50 Correto 11 Errado 31 B 12 A 32 D 13 Errado 33 D 14 Correto 34 E 15 C 35 C 16 B 36 E 17 E 37 D 18 A 38 A 19 E 39 E 20 C 40 D 9- Gabarito http://www.exponencialconcursos.com.br/ Prof. Jonathas de Oliveira www.exponencialconcursos.com.br 83 de 83 Curso: Direito Constitucional – ICMS BA Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 04 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. JUNIOR. Dirley da Cunha. Curso de direito constitucional. 5ª ed. rev.. ampl. e atual. Salvador: Editora JusPodivm, 2011. MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2005. 10- Referencial Bibliográfico http://www.exponencialconcursos.com.br/