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14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fCT… 1/65 PROTEÇÃO E ESTABILIDADEPROTEÇÃO E ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOSDE SISTEMAS ELÉTRICOS PROTEÇÃO DEPROTEÇÃO DE SISTEMAS DESISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DEDISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICAENERGIA ELÉTRICA Au to r ( a ) : D r. N i va l d o C a r l e to R ev i s o r : J u l i a n a G u e d e s A r ve l o s B a r b o s a Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 30 minutos. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fCT… 2/65 Introdução Olá, estudante! A proteção dos sistemas de distribuição de energia é fundamental para garantir a qualidade no fornecimento de energia elétrica aos estabelecimentos comerciais, residências, empresas e municípios. Nesse sentido, é relevante conhecer alguns dispositivos utilizados na proteção desses sistemas, uma vez que, sem energia elétrica, torna-se impossível o desenvolvimento de um país, bem como a nossa sobrevivência. Diante disso, o objetivo desta unidade é apresentar um estudo teórico com aplicações práticas de alguns dispositivos de proteção utilizados em sistemas de energia, como, por exemplo, chaves fusíveis e elos religadores, relés de sobrecorrente, religadores e seccionadores automáticos. O que achou dos assuntos que vamos estudar? Gostou? Está preparado(a) para mais esta fascinante jornada de estudos e de novos conhecimentos? Que ótimo! Então, mãos à obra! Chaves Fusíveis e Elos Religadores 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fCT… 3/65 Olá, estudante! Nesta seção, vamos conhecer um pouco sobre as chaves fusíveis e os elos religadores, tendo em vista a importância desses componentes na proteção de uma rede de distribuição de energia elétrica, seja ela urbana ou rural. Então, vamos aos estudos? Sistema de Distribuição de Energia Elétrica Basicamente, os sistemas de distribuição de energia elétrica são constituídos por alimentadores, responsáveis por transportar energia para áreas urbanas e rurais, transformadores abaixadores, utilizados para ajustar os níveis de tensão elétrica da rede primária de energia com a rede secundária, isoladores, que têm a função de isolar o sistema elétrico de outros componentes do circuito, dispositivos de proteção, utilizados para proteger as redes de energia, e seccionadores de circuitos, utilizados para �ns de manutenção e manobras entre circuitos e alimentadores (GLOVER; SARMA; OVERBYE, 2012; CARLETO, 2017). Tanto os alimentadores urbanos quanto os rurais são suscetíveis a defeitos/falhas devido a diversos fatores, tais como queda de postes, queda de árvores ou galhos, furtos de cabos de energia, curtos- circuitos, queima de transformadores, rompimento do elo fusível, entre outros (MAMEDE FILHO, 2020). Para elaborar e executar um bom projeto de proteção de um sistema de distribuição de energia elétrica, é necessário seguir rigorosamente alguns critérios básicos para a instalação dos dispositivos de proteção, conforme mencionado por Sato e Freitas (2015) e Mamede Filho (2020). a. Utilizar chaves fusíveis no circuito primário dos transformadores de distribuição. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fCT… 4/65 b. Utilizar chaves fusíveis no início dos ramais. c. Na rede rural, as chaves fusíveis devem ser instaladas em locais de fácil acesso para troca e/ou manutenção de algum componente do sistema. d. Em ramais urbanos, as chaves fusíveis devem ser instaladas somente quando a quantidade de transformadores for superior a três ou quando o ramal possuir uma extensão maior do que 300 m. e. Em caso de ramais que exigem cargas especiais, como indústrias e hospitais, deve-se utilizar religadores e/ou seccionadores. f. Não ultrapassar a instalação de quatro chaves fusíveis em série (incluindo a chave fusível de entrada da unidade consumidora) para não di�cultar a coordenação com outros dispositivos de proteção. g. Caso a proteção de retaguarda não seja capaz de atuar devido a uma falta, é necessário instalar uma chave fusível, um religador ou um seccionador. h. Evite a utilização de equipamentos de proteção ao longo do alimentador principal (tronco) que permitam a execução de manobras com outros alimentadores. Não utilize qualquer equipamento de proteção ao longo do alimentador tronco que permita manobrar com outro alimentador. Os principais tipos de esquemas de proteção utilizados em um sistema de distribuição de energia são (MAMEDE FILHO, 2020): Proteção instantânea de fase: função 50 Proteção temporizada de fase: função 51. Proteção instantânea de neutro: função 50N. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fCT… 5/65 Proteção temporizada de neutro: função 51N. Proteção de sobretensão: função 59. Proteção de subtensão: função 27. Relé de religamento (controla e comanda o religador): função 79. Olá, estudante! Vamos conhecer um pouco sobre as chaves fusíveis/elo religador (fusíveis)? Elas desempenham um papel fundamental na garantia do fornecimento de energia elétrica aos usuários �nais. Está preparado(a) para mais esse desa�o? Então, vamos lá! Chaves Fusíveis e Elos Religadores As chaves fusíveis são consideradas os dispositivos de proteção mais utilizados em sistemas de distribuição de energia elétrica primária, tanto urbana quanto rural, devido à sua e�cácia em níveis de proteção (CARLETO, 2017; FRAZÃO, 2019). Elas atuam em condições de sobrecorrentes transitórias, protegendo os ramais das linhas de energia, transformadores de distribuição e bancos de capacitores. Para proteger as saídas dos ramais, as chaves fusíveis têm uma capacidade nominal de 100 A, e os elos fusíveis instalados internamente aos cartuchos devem ter capacidade de interrupção superior à corrente máxima de curto-circuito no ponto de instalação, geralmente em torno de 10 kA assimétrico (SATO; FREITAS, 2015). A Figura 4.1a mostra um porta fusível (cartucho) e suas partes constituintes, e a Figura 4.1b apresenta uma chave fusível unipolar de 100 A / 15 kV com capacidade de interrupção de 10 kA. Con�ra! Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fCT… 6/65 Figura 4.1 – Porta fusível (a) e chave fusível unipolar (b) Fonte: Mamede Filho (2020, p. 391). #PraCegoVer: �gura apresenta um porta fusível e uma chave fusível unipolar. O porta fusível tem a forma de um bastão cilíndrico de aproximadamente 300 mm de comprimento. A extremidade superior é constituída por um olhal circular para manobra, um dispositivo de contato semelhante a um botão metálico e um terminal de bronze fundido. Na extremidade inferior, há uma porca, um sistema de esbarro em forma de gancho e o elo fusível, que é um �o entrelaçado de chumbo ou cobre recoberto de zinco. A chave fusível tem a forma de um tubo cilíndrico de porcelana com aproximadamente 350 mm de comprimento. Sua circunferência é maior do que a do bastão, acomodando o elo fusível internamente. Na extremidade superior, há um terminal de fonte, enquanto na parte inferior, há um terminal de carga com uma articulação para acomodar e �xar o bastão do elo fusível. As extremidades do porta fusível (que abriga o elo fusível internamente) são conectadas entre a parte superior e a parte inferior da chave fusível, fechando o contato do circuito para que a chave atue no sistema de proteção da rede de distribuição de energia elétrica, seja urbana ou rural. Observando a Figura 4.1a, nota-se que o porta fusível, também conhecido como cartucho, é composto porum dispositivo de contato, um terminal de 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fCT… 7/65 bronze fundido, um olhal para manobra, um sistema de esbarro, uma porca (porca borboleta) e o próprio elo fusível, que é um elemento metálico contendo uma parte sensível a correntes elétricas (MAMEDE FILHO, 2019). Em relação à Figura 4.1b, trata-se da chave fusível unipolar, que é constituída por várias partes fundamentais, como o porta fusível, uma articulação, um terminal de carga, uma barra de �xação, uma peça de porcelana (isolador) e um terminal de fonte. As extremidades do porta fusível são conectadas entre a parte superior e a parte inferior da chave fusível, fechando o contato do circuito para que a chave possa atuar no sistema de proteção da rede de distribuição de energia elétrica, seja urbana ou rural (MAMEDE FILHO, 2019). Uma observação importante sobre a chave fusível refere-se ao seu isolador, que é uma peça de porcelana. Esse isolador é destinado principalmente aos sistemas de distribuição de energia que operam com correntes elétricas nominais de até 200 A. É essencial que o isolador possua resistência mecânica adequada para suportar os impactos de abertura, como manobras de circuitos, manutenção da linha ou ocorrência de uma falta, bem como os impactos de fechamento, quando é necessário religar os alimentadores do sistema de energia. Nessas condições, o isolador deve ser capaz de suportar uma força F aplicada em seu ponto médio, a uma distância D (em metros) dos apoios, podendo ser calculada pela equação (MAMEDE FILHO, 2019): (1) Por exemplo, para uma típica chave fusível isolada de 15 kV com uma distância entre as extremidades de 350 mm, a força F aplicada no seu ponto médio vale: O simples fato do elo fusível se romper em razão de uma falta na rede de distribuição de energia, não garante que houve interrupção da corrente elétrica no sistema. Ou seja, em sistemas de média tensão, o arco elétrico continua �uindo entre os terminais rompidos do elo fusível devido à forte ionização. Para resolver esta questão, “o elo fusível possui um tubinho F = [Kg]130D/2 F = ⇒ F = 742Kg1300,35/2 Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fCT… 8/65 cobrindo seu elemento ativo que, ao ser queimado pelo arco, produz uma substância que aquecida libera gases desionizantes, aumentando a atividade de extinção do arco” (MAMEDE FILHO, 2020, p. 391). A Figura 4.2 apresenta alguns tipos de elos fusíveis (MAMEDE FILHO, 2019). Observe! Figura 4.2 – Tipos de elos fusíveis: botão e olhal (argola) Fonte: Mamede Filho (2019, p. 66). #PraCegoVer: a �gura apresenta os tipos de elos fusíveis normalmente utilizados em chaves fusíveis, ou seja: o tipo botão e o tipo argola. O elo fusível tipo botão é assim chamado porque possui na extremidade superior um botão metálico que deve ser preso na parte superior do porta fusível. Além do botão, existe um tubinho onde acomoda a cordoalha de aço que, por sua vez, acomoda o fusível (que pode ser de liga de estanho, a qual possui uma temperatura de operação normal de 100°C e ponto de fusão em torno de 230°C). O elo fusível tipo argola tem duas argolas em ambas as extremidades, além da cordoalha de aço conectada a um material metálico que conecta as argolas de cada extremidade. Essas argolas são chamadas de olhal e servem para conectar a vara de manobra no momento de armar ou desarmar o circuito do alimentador de energia. Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fCT… 9/65 Um dos conceitos fundamentais no projeto e dimensionamento de sistemas de proteção que utilizam chaves fusíveis é a corrente de inrush, também conhecida como corrente de magnetização. Durante a energização de um transformador, ocorre um transiente devido ao aumento da corrente de magnetização do núcleo. Essa corrente, chamada de corrente de inrush, possui um valor de pico acima da corrente nominal do transformador, geralmente de 6 a 10 vezes maior. Essa condição pode levar à atuação dos dispositivos de proteção por sobrecorrente, como as chaves fusíveis (SATO; FREITAS, 2015). Os elos fusíveis atuam em função da relação entre tempo x corrente, sendo, dessa forma, codi�cados de acordo com as classi�cações adiante (MAMEDE FILHO), 2020). A seguir, mostram-se três tipos de elos fusíveis. Con�ra! Tipo H: esse tipo de elo fusível é considerado de alto surto, com tempo de atuação lento. Normalmente, são utilizados para proteger transformadores de distribuição de energia, como os instalados em postes. A característica lenta de atuação é essencial devido à corrente de inrush que ocorre durante a energização do transformador. A relação de atuação (tempo x corrente) varia entre 11,4 para elos fusíveis de corrente de 0,5 A e 36,4 para elos fusíveis de 5 A. Geralmente, são produzidos com as seguintes intensidades de correntes nominais: 0,5 A, 1 A, 2 A, 3 A e 5 A. A Figura 4.3, a seguir, apresenta as curvas características de tempo x corrente dos elos fusíveis do tipo H. Observe! Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 10/65 Figura 4.3 – Curvas características de tempo x corrente dos elos fusíveis do tipo H Fonte: Mamede Filho (2020, p. 393). #PraCegoVer: a �gura apresenta as curvas características de tempo x corrente dos elos fusíveis do tipo H. As curvas estão representadas em escala logarítmica, pois os tempos de atuação das chaves fusíveis devem ser baixos para várias intensidades de corrente. Elas iniciam aproximadamente no valor de 400 segundos (400 s) no eixo y e decaem em direção aos valores em torno de 110, 130, 240, 250 e 450 no eixo x, que representa a corrente elétrica em ampères. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 11/65 Tipo K: esse tipo de elo fusível possui um tempo de atuação rápido e é utilizado para proteger ramais de alimentadores de distribuição de energia. Possui uma relação de rapidez que varia de 6, para elos fusíveis de corrente nominal de 6 A, a 8,1, para elos fusíveis de corrente nominal de 200 A. Os elos fusíveis tipo K são classi�cados em preferenciais e não preferenciais. Os elos fusíveis preferenciais são fabricados com as seguintes correntes nominais: 6 A, 10 A, 15 A, 25 A, 40 A, 65 A, 100 A, 140 A e 200 A. Por outro lado, os elos fusíveis não preferenciais são produzidos com as seguintes correntes nominais: 8 A, 12 A, 20 A, 30 A, 50 A e 80 A. A Figura 4.4 a seguir apresenta as curvas características de tempo x corrente dos elos fusíveis do tipo K. Con�ra! Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 12/65 Figura 4.4 – Curvas características de tempo x corrente dos elos fusíveis do tipo K Fonte: Mamede Filho (2020, p. 395). #PraCegoVer: a �gura apresenta as curvas características de tempo x corrente dos elos fusíveis do tipo K. As curvas são representadas em escala logarítmica, pois os tempos de atuação das chaves fusíveis devem ser baixos para várias intensidades de corrente. Elas iniciam aproximadamente no valor de 400 segundos (400 s) no eixo y e decaem em direção aos valores em torno de 210, 260, 400, 500, 700, 800, 880, 1.050, 1.250, chegando a aproximadamente 9000 no eixo x, que representa a corrente elétrica em ampères. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC…13/65 Tipo T: esse tipo de elo fusível também apresenta um tempo de atuação lento. Sua relação de rapidez varia entre 10 para elos fusíveis com corrente nominal de 6 A e 13 para elos fusíveis com corrente da ordem de 200 A. Os elos fusíveis do tipo T são utilizados para proteger alimentadores de distribuição e seus respectivos ramais. A Figura 4.5, a seguir, apresenta as curvas características de tempo x corrente dos elos fusíveis do tipo T. Con�ra! Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 14/65 Figura 4.5 – Curvas características de tempo x corrente dos elos fusíveis do tipo T Fonte: Mamede Filho (2020, p. 397). #PraCegoVer: a �gura apresenta as curvas características de tempo x corrente dos elos fusíveis do tipo T. As curvas são representadas em escala logarítmica, pois os tempos de atuação das chaves fusíveis devem ser baixos para várias intensidades de corrente. Elas iniciam aproximadamente no valor de trezentos segundos (300 s) no eixo y e decaem em direção aos valores em torno de 45, 50, 100, 120, 150, 175, chegando até em torno de 320 do eixo x, que representa a corrente elétrica em ampères. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 15/65 De acordo com as Figuras 4.3, 4.4 e 4.5, é observado que as curvas de tempo máximo de fusão dos elos fusíveis tipo K e tipo T possuem as mesmas características que são fornecidas pelos elos fusíveis tipo H (MAMEDE FILHO, 2020). Nos estudos sobre chaves fusíveis, é importante compreender a relação de rapidez. Essa relação é calculada como o quociente entre a corrente mínima de fusão do elo fusível no intervalo de tempo de 0,10 s a 300 s (para elos fusíveis com correntes nominais de até 100 A) e a corrente suportada por ele durante 600 s, para correntes nominais superiores a 100 A. Por exemplo, se a corrente de fusão do elo fusível de 3 H for de 4,5 A (no tempo de 300 s) e ele suportar uma corrente de surto de 80 A durante 0,10 s, a relação de rapidez pode ser calculada como: 80/4,5 = 17,4. Por �m, é importante ressaltar que as chaves fusíveis utilizadas devem ser adequadas às correntes nominais dos elos fusíveis, levando em consideração as seguintes características técnicas e operacionais (MAMEDE FILHO, 2020, p. 392): Chaves fusíveis de 50 A: elos fusíveis de 1 A até 50 A. Chaves fusíveis de 100 A: elos fusíveis superiores a 50 A até 100 A. Chaves fusíveis de 200 A: elos fusíveis superiores a 100 A até 200 A. Na sequência, conheceremos mais acerca dos critérios de aplicação dos elos fusíveis nos sistemas de distribuição de energia elétrica e alguns de seus critérios. Vamos lá? Critérios de Aplicação dos Elos Fusíveis O dimensionamento e a aplicação dos elos fusíveis nos sistemas de distribuição de energia elétrica devem seguir alguns critérios rigorosos (MAMEDE FILHO, 2020). Nesse sentido, é necessário: Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 16/65 Prever no dimensionamento do elo fusível o crescimento da demanda de carga no período mínimo de 5 anos. Prever no dimensionamento do elo fusível as cargas que podem ser, momentaneamente, transferidas por meio de manobras para a realização da manutenção preventiva e/ou corretiva. A corrente nominal do elo fusível para a proteção de um ramal deve ser igual ou superior a 150% da corrente máxima de carga prevista no projeto (ponto de instalação da chave fusível), conforme mostra a equação (2). Ou seja: (2) Onde: é a corrente nominal do elo fusível em ampères (A), e é a corrente máxima do alimentador em ampères (A). Determinar as correntes de curto-circuito em todos os pontos/ramais onde as chaves fusíveis serão instaladas. A corrente nominal do elo fusível deve ser menor ou igual a 25% da corrente de curto-circuito fase-terra que ocorra no �nal de um determinado trecho, levando em consideração uma resistência de aterramento em torno de 40 Ω. Nesse caso, a corrente pode ser calculada pela equação: (3) Onde: é a corrente de curto-circuito fase-terra em ampères (A). Determinar a corrente de carga máxima em cada trecho da rede de distribuição de energia elétrica. ≥ 1, 5 ×Inef Imáx Inef Imáx Inef ≤ 0, 25 ×Inef Ift Ift Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 17/65 Olá, estudante! Percebeu a complexidade no projeto e no dimensionamento de chaves fusíveis em uma rede de distribuição de energia elétrica? Mas não acabou por aqui! Então, vamos seguir com o raciocínio! Uma das maneiras de conhecer a corrente elétrica admissível (ou máxima) de um alimentador, para �ns de dimensionamento e instalação das chaves fusíveis, é conhecer o valor de todas as demandas referentes aos transformadores de distribuição instalados no referido alimentador. No entanto, isso é praticamente inviável. Porém, uma possibilidade é conhecer a demanda máxima dos transformadores de distribuição determinando a variação (taxa de variação) de corrente elétrica do alimentador. Para isso, torna-se necessário medir, em um determinado período, geralmente de 1 ano, a intensidade de corrente do alimentador da subestação, a �m de coletar o maior número possível de dados de intensidades de corrente elétrica. Em seguida, divide-se esse valor pela soma das potências nominais dos transformadores de distribuição, obtendo-se a taxa de variação de corrente do alimentador no período proposto. Após, deve-se aplicar a referida taxa sobre a potência nominal de cada transformador de distribuição para se obter a demanda média desse equipamento (MAMEDE FILHO, 2020). Por outro lado, os valores de demanda dos transformadores de consumidores ligados em média tensão à rede de distribuição de energia elétrica podem ser obtidos pela demanda máxima fornecida no faturamento mensal de energia da concessionária. Com isso, determina-se a taxa de corrente �nal. É importante considerar a maior demanda registrada em um período anual para esse cálculo. Portanto, “a taxa de demanda �nal pode ser calculada por meio da seguinte equação” (MAMEDE FILHO, 2020, p. 404): (4) Onde: K é a taxa de corrente elétrica do alimentador, é a corrente elétrica máxima do alimentador de distribuição registrada em um determinado período de tempo, é a soma das potências nominais dos transformadores do alimentador compreendendo os transformadores da rede de energia elétrica pública e os trafos de instalações particulares em kVA, k = [ ] −∑Imáx Icons ∑( − )Pct Pcp A kVA Imáx ∑Pct 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 18/65 é a soma das correntes elétricas de carga, calculadas a partir da conta de energia elétrica dos consumidores conectados a partir de média tensão, e é a soma das potências elétricas nominais dos transformadores dos consumidores conectados em média tensão (transformadores de distribuição particulares). Quando os consumidores são de pequeno porte, como no caso dos alimentadores de energia rural, podemos aplicar o fator K sobre a potência nominal de todos os transformadores do alimentador (MAMEDE FILHO, 2020). Nessas condições, a equação 4 pode ser escrita da forma: (5) Olá, estudante! Está gostando do assunto? Muito interessante, não é? Agora, vamos conhecer um pouco mais sobre os portas fusíveis por meio do elemento interativo? Então, vamos lá! Fonte: jcomp / Freepik. ∑ Icon ∑Pcp k = [ ] Imáx ∑ Pct A kVA Porta fusível 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC…19/65 Olá, estudante! Chegou o momento de realizarmos uma atividade para �xarmos os conceitos estudados até o momento. Está preparado(a) para mais este desa�o? Então, vamos lá! Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) A chave fusível, também conhecida como corta-circuitos, é um equipamento destinado à proteção de sobrecorrentes em redes aéreas de distribuição primárias de energia elétrica. Ela é composta de inúmeras partes, entre elas, o elemento fusível, o qual é constituído de �bra de vidro ou fenolite, sendo responsável pela expulsão dos gases após a sua atuação na proteção de uma rede de energia. MAMEDE FILHO, J. Manual de equipamentos elétricos. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019. E-book. ISBN: 9788521636434. Disponível em: https://shre.ink/lLOH. Acesso em: 27 maio 2023. p. 65. Analisando as informações do texto-base, assinale a alternativa que contém as principais partes do conjunto chave fusível unipolar e porta fusível. a) Dispositivo de contato, terminal de fonte, terminal de carga, barra de �xação e cartucho. https://shre.ink/lLOH 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 20/65 b) Olhal para manobra, terminal de bronze fundido, barra de �xação e terminal de carga. c) Terminal de fonte, terminal de carga, barra de �xação, articulação e corpo de porcelana. d) Elemento fusível, corpo de porcelana, olhal para manobra, terminal de fonte e cartucho. e) Barra de �xação, porca borboleta, articulação, corpo de porcelana e terminal de fonte. A proteção contra sobrecorrente em um sistema elétrico de energia é uma das inúmeras preocupações dos pro�ssionais que trabalham com SEP. Neste sentido, a utilização de relés de proteção de sobrecorrente está integralmente relacionada às faltas (curtos-circuitos), as quais promovem transitórios com picos de corrente da ordem de kA. A proteção com relé de sobrecorrente é considerada econômica, sendo aquela que requer mais ajustes de corrente quando são realizadas alterações na con�guração do sistema, como, por exemplo, ampliação da rede de Relés de Sobrecorrente 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 21/65 distribuição de energia, instalação de um novo transformador e modi�cações em uma instalação industrial (MAMEDE FILHO, 2020). Os relés de sobrecorrente, caracterizados pelos códigos 50 e 51 na Tabela ANSI (código 50: relé de corrente com atuação instantânea trifásico; código 51: relé de corrente com atuação temporizada a tempo inverso e tempo de�nido trifásico), são os relés que respondem à corrente elétrica que �ui no elemento do sistema que se deseja realizar a proteção (MAMEDE FILHO, 2020). Quando essa corrente ultrapassa o valor nominal de projeto, o relé de sobrecorrente protege os equipamentos conectados na zona de proteção do referido relé. Basicamente, a maioria dos sistemas elétricos de potência possuem relés de sobrecorrente instalados, já que é a proteção mínima exigida. Neste sentido, os relés de sobrecorrente são utilizados na proteção de alimentadores de média tensão, linhas de transmissão, subestações de energia, instalações industriais (em razão da quantidade de geradores e motores elétricos trifásicos existentes em sua planta), reatores e capacitores. Ou seja, nas instalações que exigem esquemas de proteção onde são necessários tempos de operação inversamente proporcionais às correntes que circulam no sistema elétrico (MAMEDE FILHO, 2020). Nas próximas subseções, vamos conhecer um pouco mais sobre os relés de proteção de sobrecorrente estáticos e os relés de proteção de sobrecorrente digitais, mesmo que nossa ênfase principal esteja relacionada ao relé de sobrecorrente de indução. Seguimos, estudante? Relé de Sobrecorrente Estático Os relés de sobrecorrente estáticos, também chamados de relés de sobrecorrente eletrônicos, são dispositivos que utilizam componentes eletrônicos e são montados em uma caixa metálica blindada para evitar interferências do campo eletromagnético dos condutores elétricos. Uma característica vantajosa desses relés é que eles dispensam uma fonte de alimentação auxiliar, o que torna sua aplicação mais conveniente em 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 22/65 subestações industriais e comerciais de porte médio e pequeno, que operam com tensões elétricas inferiores a 38 kV (MAMEDE FILHO, 2020). A Figura 4.6 apresenta um relé de sobrecorrente estático. Observe! Figura 4.6 – Vista frontal de um relé de sobrecorrente estático com unidades de proteção instantânea (50) e de proteção temporizada (51). Fabricante: Sprecher Energie Fonte: Mamede Filho (2020, p. 89). #PraCegoVer: a �gura representa a vista frontal de um relé de sobrecorrente estático com unidades de proteção instantânea (50) e de proteção temporizada (51). O relé é uma caixa retangular que possui quatro botões seletores posicionados verticalmente do lado esquerdo, um abaixo do outro. No canto inferior direito, há uma alavanca denominada mecanismo de operação. O primeiro botão seletor, de cima para baixo, é utilizado para ajuste de tempo grosso. O segundo botão realiza o ajuste de tempo �no. O terceiro botão corresponde à unidade instantânea do relé, enquanto o quarto botão é responsável pela unidade temporizadora do relé. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 23/65 Ao analisar a Figura 4.6, é possível constatar que os ajustes das funções dos relés estáticos são realizados por meio de botões seletores localizados no painel frontal. Cada botão possui uma escala apropriada para atender às demandas e necessidades da zona de proteção. Além disso, é observado que o relé apresenta as unidades de proteção instantânea (50) e temporizada (51) (MAMEDE FILHO, 2020). Diante das opções de ajustes disponíveis nos relés estáticos, é viável realizar um projeto de coordenação de sistema utilizando múltiplos relés em série. Isso é especialmente útil em instalações industriais de médio porte, nas quais várias subestações de média tensão são construídas e alimentadas por um único ponto de carga, onde a cabine de medição e proteção geral está localizada (MAMEDE FILHO, 2020). Relé de Sobrecorrente Digital O relé digital é composto por um sistema eletrônico microprocessado, que possibilita o armazenamento, análise e processamento de várias informações relacionadas aos parâmetros da rede elétrica, como tensão e corrente elétrica em caso de falhas (PHADKE; THORP, 2009). A Figura 4.7 ilustra a arquitetura e os subsistemas microprocessados de um relé digital utilizado para proteção de uma subestação de energia elétrica (PHADKE; THORP, 2009). Con�ra a seguir! 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 24/65 Figura 4.7 – Arquitetura e subsistemas microprocessados de um relé de proteção digital Fonte: Adaptada de Phadke e Thorp (2009, p. 7). #PraCegoVer: a �gura apresenta a arquitetura e os subsistemas microprocessados de um relé de proteção digital. A parte superior é a subestação de energia, a qual tem comunicação direta por meio das tensões e das correntes analógicas, bem como através de chaves de entrada e saída digitais (liga e desliga). Todos os componentes da arquitetura são representados por blocos em forma de retângulo. As tensões e as correntes comunicam-se com �ltro de surto que, por sua vez, se comunica com o condicionamento de sinal, que também se comunica com o conversor AD. O conversor tem comunicação direta com o processador e com o clock de amostragem. Novamente analisando a partir da subestação, a chave de entrada digital comunica-se com o �ltro de surtoque também se comunica com outro condicionamento de sinal (do �ltro de surto), o qual se comunica diretamente com o processador. O processador emite um sinal de saída digital, o qual se comunica com o mesmo condicionamento de sinal do �ltro de surto que dá entrada à chave de saída digital. O processador também tem comunicação direta com as memórias RAM, ROM, PROM, EPROM e memória de massa, bem como com as portas serial e paralela, as quais permitem a comunicação com os periféricos externos (computador e/ou impressora, por exemplo). Tudo isso é suprido por uma fonte de energia interna ao relé de proteção digital. Ela consiste em um banco de baterias provido de um 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 25/65 reti�cador. Em geral, essas fontes de energia são da ordem de 24V, 48V, 125V e 220V. Analisando a Figura 4.7, nota-se que, para entender a existência ou não de ocorrência de um curto-circuito, o relé digital processa os sinais analógicos de tensão (fornecidos pelos TPs) e de corrente (fornecidos pelos TCs) extraídos da subestação elétrica. Esses sinais, por sua vez, são enviados para a etapa de condicionamento de sinais, a qual estabelece a compatibilidade dos níveis de tensão com a placa eletrônica do relé. Uma vez condicionados, os sinais analógicos são convertidos em sinais digitais pelo conversor analógico-digital (CAD), o qual utiliza o processo de amostragem (aquisição de amostras do sinal analógico), sendo esse (processo) sincronizado por um clock de amostragem (PHADKE; THORP, 2009). Antes do processo de amostragem, o sinal analógico é �ltrado para evitar ou minimizar o efeito aliasing (conhecido como recobrimento de frequência). Além disso, temos: o processador; chip responsável por executar os algoritmos e por se comunicar com outros elementos, por exemplo, as memórias RAM (Random-Access Memory), ROM (Read-Only Memory), PROM (Programmable Read-Only Memory), EPROM (Erasable Programmable Read- Only Memory) e a própria memória de massa, bem como com as portas serial e paralela (PHADKE; THORP, 2009). Fonte: KamranAydinov / Freepik. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 26/65 Olá, estudante! Como estão os estudos? Está gostando do assunto? Espero que sim! Agora, vamos relembrar um pouco sobre o relés de sobrecorrente de indução e, em seguida, vamos conhecer os principais ajustes permitidos por estes relés. Então, mãos à obra! Relé de Sobrecorrente de Indução Os relés de sobrecorrente de indução são constituídos de bobinas, disco de indução, molas e contatos �xos e móveis. Considerados con�áveis e de fácil manutenção, o seu princípio básico de operação utiliza o fenômeno da indução eletromagnética de Faraday (lei de Faraday). Ou seja, uma bobina eletromagnética é energizada por meio de uma corrente elétrica para abrir ou fechar o circuito que se deseja proteger dentro de uma zona de proteção (CAMINHA, 1977; MAMEDE FILHO, 2020). A Figura 4.8 apresenta a estrutura básica interna de um relé eletromecânico de indução. A estrutura é constituída de contatos móvel e �xo, eixo, disco magnético, núcleo e bobina formando um transformador e um anel de defasagem de tensão e de corrente elétrica (CAMINHA, 1977). Observe! Relé de sobrecorrente digital 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 27/65 Figura 4.8 – Estrutura básica interna de um relé eletromecânico de indução Fonte: Caminha (1977, p. 32). #PraCegoVer: a �gura mostra a estrutura básica interna de um relé eletromagnético. Ela inclui um contato físico representado por um retângulo e um conector em forma de bastão, um contato móvel em forma de bastão conectado ao eixo do disco no centro, um núcleo laminado quadrado com uma bobina enrolada e um anel de defasagem em forma de pastilha localizado entre o disco e a região de ar do núcleo do transformador. A Figura 4.9 mostra uma imagem real de um relé de sobrecorrente eletromecânico de indução GE – modelo IAC. Observe a sua estrutura interna, os seus componentes e os seus mecanismos de operação. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 28/65 Figura 4.9 – Vista externa de um relé de sobrecorrente de indução General Electric, modelo IAC Fonte: Mamede Filho (2020, p. 92). #PraCegoVer: a �gura mostra a estrutura básica interna de um relé eletromecânico de indução. O relé é representado por uma caixa retangular com quatro encaixes em suas extremidades, que são usados para �xá-lo nos painéis das subestações ou salas de controle. Internamente, o relé é composto por uma unidade de proteção instantânea e uma unidade de proteção temporizada, além de um bloco de tape de ajuste do transformador de corrente. Olá, estudante! Vamos conhecer um pouco sobre os ajustes necessários em um relé de sobrecorrente de indução? Isso é muito importante no projeto e no dimensionamento de sistemas de proteção, tendo em vista a complexidade de um SEP. Vamos lá? Ajustes de um Relé de Sobrecorrente de Indução Os ajustes necessários dos relés de sobrecorrente de indução devem atender às características especí�cas do dispositivo que será protegido. Nessas condições, mostraremos a seguir, os ajustes relativos à unidade temporizada 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 29/65 de fase, unidade instantânea de fase e unidade temporizada de neutro (MAMEDE FILHO, 2020). Unidade Temporizada de Fase Para realizar os ajustes da unidade temporizada de fase, torna-se necessário satisfazer as condições (MAMEDE FILHO, 2020): O relé não deve operar na condição de carga máxima admitida pelo transformador, tendo em vista que o mesmo (transformador) pode ser carregado acima de sua capacidade nominal por alguns instantes, dependendo da sua condição inicial antes da sobrecarga. Então, é possível selecionar a corrente de tape de acordo com a seguinte equação: (6) Onde: é a corrente de tape da unidade temporizada em ampères, é o valor da sobrecarga admissível, o qual deve variar entre 1,2 e 1,5, é a corrente nominal do transformador ou corrente do circuito a ser protegido em ampères, e é a relação de transformação do transformador de corrente. O relé deve operar conforme a curva de temporização para o múltiplo da corrente ajustada. Ou seja, o tempo de ajuste do relé é função da coordenação prevista. Porém, é importante manter uma diferença mínima de 0,4 segundos entre os tempos de operação de dois relés operando em sequência (cascata). É importante ressaltar que, em razão da evolução tecnológica dos relés e dos disjuntores de proteção, o tempo de coordenação foi reduzido para 0,3 s. A escolha da curva de atuação do relé é realizada de acordo com o múltiplo da corrente de acionamento e no tempo exigido para o disparo do disjuntor; =Iutf ×Kf Ic RTC Iutf Kf Ic RTC 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 30/65 conforme mostra a seguinte equação: (7) Onde: M é o múltiplo da corrente de acionamento, é a corrente máxima admitida no circuito, a qual pode ser uma corrente de sobrecarga ou de falta (curto-circuito), é a corrente de tape da unidade temporizada em ampères, e RTC é a relação de transformação do transformador de corrente. A corrente de acionamento deve ser no máximo igual à corrente térmica do transformador. Com isso, a integridade do relé �ca resguardada aos efeitos térmicos. O relé deve operar para a menor corrente de falta do trecho protegido pelo disjuntor. Unidade Instantâneade Fase Para realizar os ajustes da unidade instantânea de fase, torna-se necessário satisfazer as seguintes condições: A corrente mínima de acionamento deve ser inferior à menor corrente simétrica de falta no trecho protegido pelo disjuntor. A corrente mínima de acionamento deve ser superior à corrente de magnetização do transformador. Essa corrente (magnetização) pode ser considerada, em média, igual a oito vezes a corrente nominal do equipamento. É importante destacar que no ajuste da unidade instantânea do relé, considera-se a componente contínua da corrente de curto-circuito. Esse ajuste é realizado na parte superior dessa unidade, utilizando um parafuso de rosca �na para alterar a intensidade do �uxo magnético no interior da bobina de operação. M = ImRTC×Iutf Im Iutf Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 31/65 Unidade Temporizada de Neutro Para ajustar a unidade temporizada de neutro, deve-se calcular o valor do tape por meio da equação: (8) Onde: é a corrente de tape da unidade temporizada em ampères, e é o valor da corrente de desequilíbrio do sistema. Esse valor deve �car entre 0,1 e 0,3, o qual representa a taxa máxima de desequilíbrio admitida nos condutores fase. Por �m, vale lembrar que é necessário considerar o nível de saturação dos transformadores de corrente, já que pode não haver corrente elétrica de circulação pelo relé de neutro em condições normais de operação. Na prática, é aceitável uma variação entre 10% e 30% da corrente nominal do circuito, a �m de se conseguir o ajuste ideal do relé de neutro (MAMEDE FILHO, 2020). Agora, chegou o momento de conhecermos um pouco mais sobre os relés de proteção de sobrecorrente de indução! Então, vamos ver o que o Saiba mais está trazendo de novidade? =Itun ×Kn IcRTC Itun Kn SAIBA MAIS Os relés de indução, atuando como dispositivos de proteção, apresentam características próprias a �m de se ajustarem às inúmeras condições impostas pelo sistema elétrico de proteção. Uma dessas características diz respeito às curvas de temporização. Nessas condições, a partir da declividade e do tempo de operação Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 32/65 Gostou do Saiba mais? Interessante, não é? Agora, vamos realizar uma atividade para testarmos o nosso aprendizado? Então, mãos à obra. Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) 2A maioria dos sistemas elétricos de potência possui relés de sobrecorrente instalados, pois são considerados a proteção mínima exigida. Por essa razão, os relés de sobrecorrente são amplamente utilizados na proteção de alimentadores de média tensão, linhas de transmissão, subestações de energia e instalações industriais. Esses relés são aplicados em sistemas que requerem esquemas de proteção nos quais os tempos de operação são inversamente proporcionais às correntes nominais que circulam no sistema elétrico. MAMEDE FILHO, J. Proteção de sistemas elétricos de potência. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020. E-book. ISBN: 9788521637219. Disponível em: (em função da grandeza da corrente de atuação), é possível especi�car adequadamente o relé para o projeto de proteção pretendido. Fonte: Elaboradopelo autor. A S S I S T I R 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 33/65 https://shre.ink/lZAO. Acesso em: 25 maio 2023. De acordo com as considerações apresentadas no texto-base, bem como em razão dos estudos realizados, assinale a alternativa que apresenta as principais unidades / componentes de ajustes de um relé de sobrecorrente de indução. a) Unidade de proteção instantânea, unidade de proteção temporizada e uma unidade temporizada de neutro. b) Unidade de ajuste de fase, unidade de ajuste temporizada e uma unidade de transformador de corrente. c) Unidade de proteção instantânea, unidade de proteção temporizada e uma unidade temporizada de fase. d) Unidade de proteção temporizada, unidade de proteção dinâmica e um tape de ajuste do transformador de corrente. e) Unidade de proteção instantânea, unidade de proteção de tape e unidade de ajuste temporizada de corrente. Religadores https://shre.ink/lZAO 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 34/65 Olá, estudante! Está gostando dos conteúdos? São muitos dispositivos de proteção envolvidos em um sistema de distribuição de energia elétrica, não é? Nesta seção, vamos estudar os religadores de subestação e de distribuição, bem como a coordenação entre eles! Vamos explorar esse tema juntos e garantir que você obtenha o máximo de conhecimento. Vamos lá! Conceitos e Definições Os religadores são equipamentos automáticos de proteção que interrompem a corrente elétrica durante a ocorrência de um evento (falta / defeito), possuindo a capacidade de repetição em operações de abertura e fechamento de um circuito (MAMEDE FILHO, 2020). Em outras palavras, pode-se dizer que o religador detecta a falta, interrompe o circuito se a sobrecorrente persistir após um intervalo de tempo e, após um intervalo de tempo, religa automaticamente o circuito. Caso a falta persista no circuito, o religador permanece aberto, isolando o circuito sob falta do sistema de distribuição de energia elétrica (FRAZÃO, 2019). Os religadores reduzem de forma signi�cativa o tempo de falta de energia em um sistema de distribuição, tendo em vista que cerca de 84% dos eventos (distúrbios) são transitórios (intervalos de tempo da ordem de milissegundos). Devido à sua propriedade de religar automaticamente o setor/circuito em falta, as concessionárias ajustam os religadores para realizarem religações temporizadas, evitando, assim, o deslocamento dos pro�ssionais até o local da falta. Diante disso, os religadores automáticos são muito utilizados em redes aéreas de distribuição rural, as quais estão presentes em áreas de vegetação que di�cultam o acesso dos pro�ssionais (MAMEDE FILHO, 2019). Entretanto, é importante ressaltar que os religadores não devem ser instalados em redes de distribuição de energia subterrâneas, em instalações industriais ou mesmo em instalações que envolvam estabelecimentos comerciais, já que normalmente as faltas têm características permanentes (MAMEDE FILHO, 2020). 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 35/65 A Figura 4.10 mostra em destaque um religador a grande volume de óleo (GVO) (Figura 4.10a) e um religador instalado em uma subestação (Figura 4.10b). Observe! 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 36/65 Figura 4.10 – Religador GVO em destaque e religador GVO instalado em uma subestação de energia Fonte: Mamede Filho (2019, p. 588). #PraCegoVer: a �gura apresenta dois religadores de grande volume de óleo. Um deles está em destaque, mostrando algumas de suas partes principais, enquanto o outro está instalado em uma subestação de energia elétrica. O religador em destaque possui a forma de um armário metálico apoiado por quatro pés. Ele é composto por duas partes distintas. Na parte superior, estão conectadas as buchas de carga e as buchas de fonte, que servem para estabelecer conexões com outros dispositivos, seja em uma subestação ou em um sistema de distribuição de energia. Uma das laterais apresenta uma abertura para permitir a ventilação interna do religador, enquanto na parte frontal há um trinco de abertura e fechamento para �ns de manutenção.Essa parte superior é conhecida como unidade religadora. Na parte inferior do religador, encontra-se a unidade de controle, que consiste em um conjunto de módulos eletrônicos responsáveis por coordenar a comunicação e a coordenação do religador com os outros componentes dos circuitos de proteção. Por outro lado, o religador instalado na subestação possui as mesmas partes que o religador em destaque, porém, a unidade religadora é menor e está localizada na parte superior do religador. A unidade de controle, por sua vez, é maior e �ca no solo da subestação. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 37/65 Em tempo, é importante ressaltar que os religadores modernos estão equipados com portas seriais que permitem a comunicação sem �o (wireless). Através dessas portas, é possível realizar a parametrização, obter dados e informações do sistema elétrico. Esses religadores são constituídos por sistemas elétricos automatizados, o que permite a comunicação com o centro de operação por meio de protocolos de rede como TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol) e HTTP (Hypertext Transfer Protocol). Além disso, eles possibilitam a localização de faltas e defeitos na rede elétrica e o monitoramento em tempo real da qualidade de energia (MAMEDE FILHO, 2019). A Figura 4.11 apresenta um religador tripolar de controle digital utilizado na proteção contra faltas em sistemas de energia elétrica. Observe os detalhes internos! 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 38/65 Figura 4.11 – Corte transversal de um religador tripolar de controle digital com vista de suas partes internas e externas Fonte: MAMEDE FILHO (2019, p. 602). #PraCegoVer: a �gura apresenta um corte transversal de um religador tripolar de controle digital, mostrando suas partes internas e externas. Na parte superior, estão localizados os conectores de alta tensão e as buchas do circuito principal. Também há um sensor de tensão na base do conector. Na parte interna, o religador possui atuadores mecânicos que realizam movimentos de conexão (circuito fechado) e movimentos de abertura do circuito ao qual o religador está conectado. Além disso, há um indicador mecânico de posição, um disjuntor de proteção à vácuo e um compartimento onde se encontram os componentes eletrônicos e digitais responsáveis pela comunicação, análise e processamento das informações relacionadas às faltas no sistema de energia elétrica. Na parte externa, há um tanque de proteção contra choques mecânicos. Prezado(a) estudante, compreendeu o que é um religador? Percebeu a sua importância nas instalações de um SEP? Vamos agora conhecer um pouco mais sobre os religadores e suas aplicações? Então, vamos lá! 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 39/65 O religador é um dispositivo automatizado de manobra instalado nos circuitos primários das redes aéreas de distribuição de energia elétrica. Sua função é restabelecer as interrupções no fornecimento de tensão de forma e�caz e rápida. Além disso, os religadores também são encontrados em subestações de energia, operando em coordenação com seccionadores automáticos ou disjuntores. Eles também são utilizados em rami�cações estratégicas do alimentador principal, bem como para bloqueios, manobras e manutenção de linhas aéreas. O princípio básico de operação de um religador é a detecção automática de uma falta, falha ou defeito na rede de energia elétrica. Quando uma ocorrência desse tipo é identi�cada, o religador interrompe temporariamente a corrente elétrica no circuito primário. Após um período pré-estabelecido, o religador restabelece automaticamente a energia elétrica na rede. Ele veri�ca se a falta ainda persiste e, caso positivo, desliga novamente. Esse processo de desligamento e religamento é repetido até que o sistema seja totalmente restabelecido com segurança. Olá, estudante! Conforme você percebeu, os religadores podem ser classi�cados quanto ao tipo de instalação! Ou seja, eles podem ser de subestação ou de rede de distribuição de energia. Vamos conhecer um pouco mais sobre eles? Então, vamos aos estudos! Religadores de Subestações de Energia Os religadores de subestações de energia são equipados com transformadores de corrente ou sensores de corrente, sistemas de controle e dispositivos de proteção, todos integrados em uma única unidade. Essa integração oferece praticidade e tem levado à substituição dos disjuntores convencionais nas subestações. Essa substituição resulta em economia de investimentos na construção de canaletas, cabos de controle e outros componentes do circuito (MAMEDE FILHO, 2020). Os religadores de subestação são instalados no solo, podendo, dessa forma, atender à proteção de alimentadores em subestações de construção Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 40/65 abrigada ou ao tempo (CARLETO, 2017; MAMEDE FILHO, 2020). De forma geral, os religadores para subestações são classi�cados em razão do meio extintor de arco, podendo ser dos tipos a óleo, a vácuo ou a gás SF6 (Hexa�uoreto de Enxofre). A Figura 4.12 mostra um religador a óleo mineral instalado no solo de uma subestação desabrigada. Observe! Figura 4.12 – Religador GVO instalado em uma subestação de energia Fonte: Mamede Filho (2019, p. 588). #PraCegoVer: a �gura apresenta um religador de grande volume de óleo (GVO) instalado em uma subestação de energia elétrica. O religador possui a forma de um armário metálico sustentado por quatro pés conectados à base da estrutura metálica, sendo instalado no chão da subestação. Ele é dividido em duas partes distintas. Na parte superior, encontram-se as buchas de carga e as buchas de fonte, que são utilizadas para conexão com outros dispositivos e barramentos da subestação. Essas buchas fazem parte da unidade de controle, que consiste em um conjunto de módulos eletrônicos responsáveis por coordenar a comunicação e a coordenação do religador com os outros componentes dos circuitos de proteção. Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 41/65 Olá, estudante! O que achou dos estudos sobre o religador de subestação de energia? Conseguiu assimilar os conceitos? Agora, vamos estudar os religadores utilizados em sistemas de distribuição de energia? Então, vamos lá! Religadores de Sistemas de Distribuição de Energia Os religadores utilizados em sistemas de distribuição de energia são instalados em postes e possuem como principal função a proteção das redes de distribuição de energia, tanto em áreas rurais quanto urbanas (MAMEDE FILHO, 2020). A Figura 4.13 apresenta um religador a vácuo de controle eletrônico utilizado em sistemas de distribuição de energia elétrica. Na Figura 4.13a, são mostradas as partes externas do religador, enquanto na Figura 4.13b são apresentadas as suas partes internas. Observe. Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 42/65 Figura 4.13 – Religador a vácuo de controle eletrônico utilizado em sistemas de distribuição de energia elétrica urbana e rural. Vista externa (a); vista interna (b) Fonte: Mamede Filho (2019, p. 596). #PraCegoVer: a �gura apresenta as vistas externa e interna de um religador a vácuo de controle eletrônico utilizado em sistemas de distribuição de energia elétrica urbana e rural. Esse religador tem uma forma circular e geralmente é encontrado suspenso nos postes de energia. A vista externamostra algumas partes constituintes do religador. Na parte superior, encontramos as buchas de alta tensão e o suporte de manobra. Na parte inferior, temos o tanque, a unidade de controle e o cabo de conexão da unidade de controle. A vista interna mostra os módulos da unidade de controle, que é um painel removível com uma tampa. No interior, podemos encontrar dispositivos como chave de bloqueio de religamento, chave de comando, lâmpadas sinalizadoras, temporizadores, seletor de aberturas instantâneas, contador de religamento, indicador luminoso de operação e outros dispositivos. É importante destacar que os religadores de distribuição são projetados especi�camente para sistemas de distribuição de energia, sendo utilizados para interromper correntes de falta (transitórios na linha de energia) em redes Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 43/65 aéreas. No entanto, alguns religadores usados em subestações podem ser adaptados para proteger sistemas de distribuição, desde que passem por ajustes técnicos e operacionais para atender aos requisitos necessários (MAMEDE FILHO, 2020). Existem alguns critérios para a instalação de religadores automáticos nos diferentes pontos das redes aéreas de distribuição. São eles: A Figura 4.14 mostra um religador de rede de energia instalado em um poste de concreto armado (MAMEDE FILHO, 2020). Observe! Em alguns pontos de circuitos longos (linhas áreas extensas) onde as correntes de falta não sejam su�cientemente elevadas para disparar o dispositivo de projeção. Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 44/65 Figura 4.14 – Religador de distribuição de energia elétrica instalado em um poste Fonte: Mamede Filho (2019, p. 597). #PraCegoVer: a �gura apresenta um religador de distribuição de energia elétrica retangular, instalado em um poste. O religador é do tipo à vácuo de controle eletrônico e está �xado ao poste por presilhas. Possui uma forma circular e é composto por várias partes. Na parte superior, encontram-se as buchas de alta tensão, que estão conectadas às chaves fusíveis. Essas chaves estão instaladas em cruzetas, as quais estão �xadas ao poste por meio de parafusos e porcas. Acima dessas cruzetas, há outras cruzetas com chaves seccionadoras, que estão conectadas à linha de distribuição primária de energia elétrica. Olá, estudante! Gostou dos estudos realizados sobre o religador de distribuição? Entendeu as diferenças entre o religador de subestação de energia e o próprio religador de distribuição? Espero que sim! Coordenação entre Religadores de Subestações e Religadores de Sistemas 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 45/65 de Distribuição de Energia A coordenação entre os dispositivos de proteção é de suma importância para garantir a seletividade e a qualidade no fornecimento de energia elétrica em um sistema de potência. Para que haja coordenação entre os religadores das subestações de energia e os religadores de distribuição, é necessário considerar alguns critérios, tais como (MAMEDE FILHO, 2020, p. 431): O religador de distribuição deve estar instalado a jusante do religador da subestação. O religador da subestação pode ser ajustado para atuar com uma operação rápida e três operações lentas. A corrente de ajuste da unidade temporizada de fase do religador de distribuição deve ser inferior à corrente de atuação da unidade temporizada de fase do religador de subestação. A corrente de ajuste da unidade instantânea de fase do religador de subestação deve ser superior à corrente de curto-circuito assimétrica trifásica no ponto de instalação do religador de distribuição, entre outros critérios importantes. Olá, estudante! O que achou dos estudos realizados sobre os religadores? Espero que tenha assimilado os conceitos! Agora, vamos re�etir um pouco sobre a importância da coordenação entre os religadores? Então, vamos lá! REFLITA Olá, estudante! Imagine se não existisse coordenação entre as atuações dos diversos equipamentos de proteção instalados em um sistema de distribuição de energia elétrica? Como seria a questão operacional? A resposta é Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 46/65 Agora, chegou o momento de realizarmos uma atividade prática! Vamos analisar a importância de seguir alguns critérios práticos de instalação dos religadores automáticos! Então, mãos à obra! praticar Vamos Praticar De acordo com os nossos estudos, aprendemos que os religadores automáticos são equipamentos de proteção que atuam durante a ocorrência de uma falta, podendo repetir o processo operacional (abertura e fechamento) até eliminar o evento indesejado (transitório devido a uma falta, por exemplo). No entanto, para que o religador apresente e�cácia na operação, torna-se necessário seguir alguns critérios. Diante do exposto, você, engenheiro(a) eletricista responsável pela manutenção de um determinado trecho de um sistema de distribuição de simples! Não seria possível manter a continuidade e a qualidade no fornecimento de energia. Nessas condições, podemos dizer que, uma proteção coordenada proporciona o restabelecimento automático do sistema para faltas e transitórios, mantendo, sobretudo, a seletividade dos equipamentos de proteção e a estabilidade do sistema elétrico. Fonte: Elaborado pelo autor. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 47/65 energia elétrica, precisa instalar um religador automático. Diante disso, apresente, de forma resumida, quais são os critérios que você deverá seguir para atender às exigências técnicas e operacionais do referido religador? Continuando nossos estudos, vamos conhecer um pouco sobre os seccionadores automáticos? Então, vamos lá! Os seccionalizadores automáticos, também conhecidos como seccionadores automáticos ou chaves seccionadoras, são equipamentos utilizados em redes aéreas trifásicas de distribuição urbana e rural, tendo como princípio básico seccionar um determinado trecho do alimentador na ocorrência de uma falta a jusante de sua instalação. No entanto, a interrupção da referida Seccionalizadores Automáticos Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 48/65 falta é realizada por um dispositivo de retaguarda, o qual pode ser um relé de proteção (digital ou eletrônico, por exemplo) (MAMEDE FILHO, 2019). A Figura 4.15 apresenta um seccionador automático de controle eletrônico trifásico de 200 A utilizado em estrutura de poste simples de concreto armado. Con�ra! Figura 4.15 – Seccionador automático de controle eletrônico trifásico de 200 A Fonte: Mamede Filho (2019, p. 623). #PraCegoVer: a �gura apresenta um seccionador automático de controle trifásico de 200 A. O religador tem a forma de uma caixa metálica quadrada de médio porte. Conectado ao seu lado por uma haste retangular de ferro, encontra- se a caixa de controle eletrônico. Na parte superior estão localizadas as buchas de alta tensão e o mecanismo de manobra. Na parte inferior, bem abaixo do mecanismo de manobra, está localizado o suporte para �xação do seccionador. Analisando a Figura 4.15, observa-se que o seccionador contempla duas unidades básicas distintas: unidade seccionadora e unidade de controle. A unidade seccionadora possui uma tampa para manter a unidade de seccionamento hermeticamente fechada, seis buchas de porcelanavitri�cada (sendo que três são referentes aos três transformadores de 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 49/65 corrente que alimentam o circuito eletrônico e o circuito de disparo), três transformadores de corrente (os quais são instalados um em cada fase), um transformador de potencial (que permite a alimentação do sistema eletrônico, o carregamento da bateria e o fornecimento de tensão ao dispositivo de manobra) e um tanque (reservatório contendo óleo mineral). Por outro lado, a unidade de controle compreende um circuito estático de contagem (o qual integra um temporizador para acompanhar as ocorrências dos eventos e registar em sua memória), um circuito de disparo (para atuar no momento de uma falta) um restritor de corrente de magnetização (dispositivo empregado nos seccionadores para permitir sua utilização em alimentadores em que as correntes de magnetização assumem valores muito elevados), um restritor de corrente (que elimina a tensão gerada nos terminais do seccionador devido a uma falta) e um restritor de corrente de fase e de terra (que elimina a corrente de falta fase-terra para não dani�car o seccionador e seus componentes eletrônicos) (MAMEDE FILHO, 2019). Os seccionadores são instalados em série com a carga e após o religador ou disjuntor com relé de religamento. Eles são constituídos por um dispositivo que mede o valor da corrente que percorre o circuito. Este dispositivo pode ser um sensor de sobrecorrente, o qual possui um mecanismo de contagem das operações/desligamentos realizados pelo equipamento de retaguarda, que pode ser um religador. Se esse valor for superior ao valor ajustado da corrente de acionamento, o seccionador �ca predisposto a operar, enquanto outro dispositivo a montante (religador ou disjuntor com relé de religamento) inicia a operação e a contagem do número de desligamentos a serem efetuados. Quando o mecanismo de contagem do seccionador registrar o número de operações efetuadas pelo equipamento de retaguarda igual ao valor ajustado, o seccionador atua, abrindo seus contatos, interrompendo o circuito a jusante e permanecendo travado. Dessa forma, o religador pode restabelecer a parte do circuito não afetada pelo defeito (MAMEDE FILHO, 2019). Como exemplo de atuação de um seccionador, vamos analisar a Figura 4.16, a seguir. Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 50/65 Figura 4.16 – Esquema simpli�cado de um sistema de distribuição de energia elétrica Fonte: Mamede Filho (2019, p. 619). #PraCegoVer: a �gura apresenta um esquema simpli�cado de um sistema de distribuição de energia elétrica. Da esquerda para a direita, temos uma linha vertical sólida na cor cinza representando o barramento de uma subestação de energia de 69 kV e 13,8 kV. A partir do ponto médio dessa linha vertical sólida, há uma linha horizontal onde estão instalados um religador, um seccionador, oito transformadores de distribuição e a rede secundária de energia elétrica, representada por uma pequena linha sólida escura. Nessa linha horizontal, também são indicadas duas faltas, A e B, localizadas em pontos distintos no �nal da linha. Os transformadores são representados por dois círculos sobrepostos, um na cor lilás e o outro na cor branca. Há oito transformadores distribuídos ao longo dessa linha horizontal sólida. O religador está instalado logo na saída do barramento da subestação de 69 kV, representado por um quadrado lilás com a letra "R" maiúscula em seu interior. O seccionador, representado por um quadrado lilás com a letra "S" maiúscula em seu interior, também está instalado na linha vertical sólida, mas no �nal, entre as duas faltas representadas pelas letras A maiúscula e B maiúscula. As respectivas faltas são representadas por dois pontos escuros e dois traços em forma de zigue-zague, como se fossem raios. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 51/65 Observe na Figura 4.16 que, para uma falta no ponto B, a corrente que percorre o sensor do seccionador S é a mesma que atravessa o religador R na retaguarda. O sensor do seccionador S registra o valor dessa corrente de defeito e compara com o valor da corrente ajustada que, se igual ou superior àquela, resulta na predisposição do seccionador para atuar após certo número de operações do religador R. No entanto, se o defeito for localizado no ponto A, a corrente resultante apenas sensibilizará o religador R, que atuará certo número de vezes, conforme o ajuste da sua programação. Como essa corrente não foi percebida pelo seccionador S, o equipamento não será afetado pelo religamento do religador R (MAMEDE FILHO, 2019). Vale ressaltar que o seccionador não precisa ter uma capacidade de interrupção compatível com o nível de curto-circuito (falta), pois sua função é apenas seccionar uma parte do alimentador afetada pela falta. Na prática, um seccionador pode ser do tipo óleo, SF6 ou vácuo. Um exemplo são os seccionadores automáticos a SF6, que podem ser encontrados em duas formas diferentes. Na primeira forma, o gás hexa�uoreto de enxofre SF6 é usado apenas como meio isolante e refrigerante do equipamento, enquanto a câmara de extinção do arco pode conter outro meio extintor. Na segunda forma, tanto a câmara de extinção quanto o meio isolante funcionam com o gás SF6 (MAMEDE FILHO, 2019). Uma das principais vantagens dos seccionadores automáticos é que eles são equipados com um dispositivo de operação em forma de olhal, o que permite que sejam abertos e fechados a qualquer momento usando uma vara isolante de manobra. Além disso, eles podem substituir chaves fusíveis unipolares, especialmente em trechos de circuitos com alta demanda de carga, como distritos industriais ou cargas especiais. Isso traz várias vantagens, tais como: possibilita a coordenação com os religadores instalados anteriormente, elimina a operação monopolar para curtos-circuitos fase-terra, reduz erros de coordenação entre religadores e elos fusíveis, e elimina a necessidade de uso e substituição dos elos fusíveis, resultando em redução dos custos de manutenção (MAMEDE FILHO, 2019). Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy Thiago Arreguy 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 52/65 Olá, estudante! Gostou do conteúdo estudado? Percebeu a sua importância no âmbito dos equipamentos de proteção utilizados nos sistemas de distribuição de energia elétrica? Espero que sim! O infográ�co estático a seguir vai apresentar algumas das principais informações existentes em uma placa de identi�cação de um seccionador. Vamos juntos conferir? 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 53/65 #PraCegoVer: há um infográ�co estático, em que vemos um círculo maior ao centro, rodeado por oito círculos menores. O círculo maior, central, apresenta o título do infográ�co: “Placa de identi�cação de um seccionador automático”. Acima, em sentido horário, o primeiro círculo menor, com a borda na cor roxa, apresenta o seguinte texto: “Marca: refere-se à marca do fabricante do seccionador”; o segundo círculo, com a borda magenta, apresenta o texto: “Tipo ou modelo: refere-se ao seu modelo, como por exemplo: eletrônico”; o terceiro círculo menor, com a borda rosa, apresenta o texto: “Tensão nominal: é a tensão elétrica operacional do seccionador”; o quarto círculo, com a borda na cor roxa, apresenta o texto: “Tensão máxima: é a tensão máxima permissível do seccionador”; o quinto círculo, com a borda magenta, apresenta o texto: “Frequência: frequência elétrica de operação do seccionador”; o sexto círculo, coma borda rosa, apresenta o texto: “Corrente nominal em regime permanente: corrente elétrica de operação do seccionador sem a presença de uma falta”; o sétimo círculo, com a borda na cor roxa, apresenta o texto: “Corrente de curta duração: corrente mínima operacional permitida para a atuação do seccionador”; e o oitavo e último círculo, com a borda na cor magenta, apresenta o texto: 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 54/65 “Tensão suportável de impulso: pico máximo de tensão que o seccionador suporta na ocorrência de um transitório de corrente (corrente de curto-circuito)”. Prezado(a) estudante, chegou o momento de realizarmos mais uma atividade prática. Essa atividade está relacionada à coordenação entre os religadores e aos seccionadores automáticos – assunto de suma importância para ampliar competências pro�ssionais. Então, mãos à obra! praticar Vamos Praticar Os seccionadores automáticos são dispositivos de proteção amplamente utilizados em redes de distribuição de energia elétrica aéreas. Sua principal função é seccionar ou isolar um trecho especí�co do alimentador, o que os torna essenciais em projetos de sistemas elétricos de potência. Esses dispositivos desempenham um papel crucial na interrupção de faltas que afetam seções especí�cas das redes de energia. De acordo com o exposto, faça uma análise de como um seccionador automático poderia ser instalado em um sistema de energia atuando de forma correta para �ns de auxílio em sua proteção. 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 55/65 Material Complementar L I V R O Sistemas elétricos de potência Autor: Ned Mohan Editora: Grupo Gen Capítulos: 13 e 14 Ano: 2016 ISBN: 9788521632801 Comentário: o livro aborda com propriedade vários capítulos relacionados à estabilidade de energia, faltas, coordenação de isolamento, sistemas de distribuição, qualidade de energia elétrica e dispositivos de proteção utilizados nos Sistemas Elétricos de Potência. Além disso, ele oferece materiais suplementares, como arquivos de programas dos exemplos do livro-texto, manual de 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 56/65 soluções e apresentações em PowerPoint. Vale a pena conferir! O livro está disponível na Minha Biblioteca. W E B Proteção em subestações Pextron 7104 Ano: 2019 Comentário: nesse vídeo, os autores mostram na prática como são realizados o dimensionamento, os ajustes e a utilização de um relé de proteção para uma subestação de energia elétrica. Além disso, apresentam todas as conexões e os resultados práticos analisados com base nas curvas de respostas dos relés. Vale a pena conferir! ACESSAR https://www.youtube.com/watch?v=XCb38SYdgVQ 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 57/65 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 58/65 Conclusão Estudante, de acordo com os estudos realizados, observa-se que as chaves fusíveis unipolares são consideradas um dos principais dispositivos de proteção nos sistemas de distribuição de energia elétrica. Elas podem ser utilizadas tanto para a proteção quanto para manobras e manutenção. Por outro lado, os relés de sobrecorrente atuam quando a corrente de falta do sistema de energia excede um valor permitido, protegendo o alimentador e outros dispositivos em sua zona de proteção. Os religadores de distribuição, por sua vez, são instalados em postes e têm a função de proteger redes de distribuição de energia. Quanto aos seccionadores automáticos, são equipamentos empregados em redes aéreas trifásicas de distribuição urbana e rural para realizar o seccionamento de um trecho especí�co do alimentador em caso de falta. Referên cias CAMINHA, A. C. Introdução à proteção dos sistemas elétricos. São Paulo: Blücher, 1977. E-book. ISBN: 9788521217589. Disponível em: https://integrada.minhabiblio teca.com.br/#/books/97885 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521217589/ 14/08/2023, 09:12 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=0MRBFWqD%2bT8Kehm2By%2f8Jw%3d%3d&l=xSyaUzXH2nkjpmnw9w8MMg%3d%3d&cd=%2fC… 59/65 21217589/. Acesso em: 25 maio 2023. CARLETO, N. Subestações elétricas. Brasília: NT Editora, 2017. COMO funciona a proteção de sobrecorrente de fase 50/51?! Como parametrizar e entender esse relé? [S. l.: s. n.], 2022. 1 vídeo (27 min). Publicado pelo canal Elétrica Em 5 Minutos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=rGn6zAh6ce4&t=4s. 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