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Auditoria do patrimônio líquido	
Apresentação
Você sabia que o patrimônio líquido é constituído por contas que registram o valor contábil 
pertencente aos acionistas ou quotistas? Conforme a Lei no 6.404/76, alterada pela Lei no 
11.941/09, o patrimônio líquido está dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Nesta 
Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as contas pertencentes ao patrimônio líquido e a 
contabilização que envolve tais contas. Além disso, você vai aprender mais sobre as normas e os 
procedimentos contábeis aplicados a esse grupo de contas. Ao final desta unidade, você deve 
apresentar os seguintes aprendizados:
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Analisar as contas constantes no patrimônio líquido da entidade, a fim de observar as 
transações ocorridas no período auditado.
•
Identificar as normas e os métodos contábeis adotados na auditoria de patrimônio líquido.•
Indicar a contabilização de contas constantes no patrimônio líquido.•
Desafio
Junior e Fred decidiram abrir uma empresa no ramo alimentício, voltada para o mercado de 
fabricação de bolos com diversas coberturas. Esse mercado tem uma forte tendência. A empresa 
seria denominada Fest Doce Ltda. e cada um dos sócios entraria com R$ 150.000,00 para a 
composição do capital social.
Você, como auditor, está fiscalizando as contas do patrimônio líquido. Verifique e realize a 
demonstração do lançamento devido pela subscrição do capital social na abertura da empresa e, 
então, apresente os lançamentos corretos conforme a integralização do capital em dinheiro.
Infográfico
Veja no infográfico a composição do patrimônio líquido e a legislação que regulamenta tais contas.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Conteúdo do livro
Um dos valores que precisa estar demonstrado no patrimônio líquido no subgrupo de capital se 
refere ao capital realizado, isto é, o montante de fato integralizado pelos acionistas. A conta de 
reservas de capital também pertence ao patrimônio líquido e contempla valores recebidos que não 
circularam pelo resultado como receitas.
Para aprender mais, leia o capítulo Auditoria do patrimônio líquido, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem.
Boa leitura!
AUDITORIA CONTÁBIL 
AVANÇADA
Aline Alves
Auditoria do 
patrimônio líquido
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Analisar as contas constantes no patrimônio líquido da entidade, a � m 
de observar as transações ocorridas no período auditado.
  Identi� car as normas e métodos contábeis adotados na auditoria de 
patrimônio líquido.
  Indicar a contabilização de contas constantes no patrimônio líquido.
Introdução
Você sabia que o patrimônio líquido é constituído por contas que re-
gistram o valor contábil pertencente aos acionistas ou quotistas? A Lei 
nº 6.404/76 (BRASIL, 1976), alterada pela Lei nº 11.941/09, define que o 
patrimônio líquido está dividido em capital social, reservas de capi-
tal, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em 
tesouraria e prejuízos acumulados.
Neste texto, você vai estudar as contas pertencentes ao patrimônio 
líquido. Também vai aprender sobre a contabilização que envolve tais 
contas. Além disso, irá entender as normas e procedimentos contábeis 
aplicados a esse grupo de contas.
U N I D A D E 4 
Visão geral
No balanço patrimonial, o valor correspondente à diferença do ativo e do 
passivo se refere ao patrimônio líquido. Ele é de propriedade de sócios ou 
acionistas.
O patrimônio líquido representa a parte dos ativos que é financiada por 
acionistas e contempla os grupos:
  Capital social;
  Reserva de capital;
  Ajustes de avaliação patrimonial;
  Reservas de lucro.
A aplicação da auditoria sobre as contas do patrimônio líquido deve contemplar a 
conferência das transações que aconteceram no período auditado, analisando se foram 
obedecidas especialmente as disposições societárias e estatutárias. Você deve saber 
que esse tipo de auditoria é considerada uma das mais relevantes em empresas de 
capital aberto, já que aborda vários aspectos de grande utilidade para os investidores, 
como a distribuição de dividendos.
Você sabia que, na auditoria, os tópicos mais relevantes a serem analisados 
são os que se referem aos formalismos legais e estatutários? Observe:
  Definir se as ações ou o título de propriedade do capital social foram 
devidamente aprovadas e redigidas;
  Definir se todas as normas divulgadas mediante estatutos sociais, 
obrigações sociais e legais foram obedecidas;
  Certificar-se da ordenação e atualização dos livros societários, atas de 
assembleias gerais e também das reuniões realizadas pela diretoria ou 
conselho de administração;
  Verificar se o patrimônio líquido e sua classificação foram contabili-
zados devidamente nas demonstrações contábeis.
O patrimônio líquido representa a diferença existente entre o ativo e o 
passivo, mediante a fórmula: bens + direitos – obrigações = patrimônio 
 Auditoria contábill avançada 188
líquido. Corresponde ao registro do valor que os sócios da empresa investem 
no negócio.
Observe, na Figura 1, o esquema que demonstra a composição do patri-
mônio líquido:
Figura 1. Patrimônio líquido.
Fonte: Adaptada de Dantas (2016).
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = CAPITAL SOCIAL + RESERVAS +/– AJUSTES DE 
AVALIAÇÃO PATRIMONIAL – PREJUÍZOS ACUMULADOS – AÇÕES OU 
QUOTA EM TESOURARIAS
A seguir, você pode observar as finalidades da auditoria realizada nas 
contas do patrimônio líquido:
  Definir o volume de ações ou títulos de propriedade do capital, assim 
como analisar se foram aprovadas ou redigidas devidamente;
  Definir se as normas dispostas nos estatutos sociais, as obrigações 
sociais e legais foram obedecidas;
  Verificar se os princípios de contabilidades foram respeitados;
  Determinar a existência de limitações de utilização das contas 
patrimoniais;
  Analisar a apresentação do patrimônio líquido nas demonstrações 
financeiras quanto à sua classificação e também à divulgação em notas 
explicativas, se oportunas;
  Determinar se os tratamentos das contas do patrimônio líquido, em 
situações de reorganização, são adequados;
  Analisar a disponibilidade do patrimônio líquido com relação à sua 
distribuição aos acionistas, proprietários ou quotistas;
  Conferir o controle relativo aos comprovantes de solicitação de pro-
priedade dos títulos redigidos, entre outras.
189Auditoria do patrimônio líquido
Normas e procedimentos contábeis
A seguir, você pode observar o que a Lei nº 6.404/76, artigo 178, defi ne sobre 
o patrimônio líquido (BRASIL, 1976):
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria 
e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
O patrimônio líquido não corresponde a uma dívida que a empresa possui 
com seus sócios ou acionistas. Isso ocorre pois eles não cedem temporariamente 
recursos para que a empresa consiga ter vida própria, porém confiam esses 
recursos para a constituição do patrimônio da empresa.
Por meio do artigo 182 da Lei nº 6.404/76 (BRASIL, 1976), a conta capital 
social demonstrará o total subscrito e a parcela ainda não realizada.
Ainda sobre o artigo 182, você deve saber, quanto à classificação e registro 
referente à reserva de capital, que (BRASIL, 1976):
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor no-
minal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que 
ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive 
nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção 
monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado.
Ainda quanto à reserva de capital, se deve classificar as contrapartidas 
relativas a aumento ou redução de valores empregados a itens do ativo e do 
passivo como ajustes de avaliação patrimonial. Isso ocorre em virtude da 
sua mensuração a valor justo. No entanto, esse processo se aplica quando as 
contrapartidas ainda não foram computadas no resultado do exercício, em 
cumprimento ao regime de competência. Isso funciona nas situações previstas 
na Lei nº 6.404/76 (BRASIL, 1976), em normas remetidas pela CVM (Comissão 
de Valores Mobiliários), fundamentadas na competência atribuída pelo inciso 
3o do artigo 177 da mesma lei.
Com relação às reservas de lucros, você deve classificá-las como as contas 
formadas pela apropriação de lucros da companhia. Já as ações em tesouraria 
precisarão ser demonstradas no balanço de maneira exclusiva. Isso ocorre 
 Auditoria contábill avançada 190
pois serão deduzidas da conta do patrimônio líquido que registrar a origem 
dos recursos aplicados na sua aquisição.
Por meio do surgimento da Lei nº 10.303/01, e especialmente da Lei nº 
11.638/07, se excluiu a prática comum existente entre as sociedades anônimas 
relativas à conta nomeada “lucros acumulados”, que foi instrumento usado 
para retenção de lucros pelas empresas (BRASIL, 1976).
No momento em que a Lei nº 10.303/01 incluiu o parágrafo 6º no artigo 202 
da Lei das Sociedades Anônimas (BRASIL, 1976), estabeleceu que os lucros 
que não fossem destinados por meio dos parâmetros legais obrigatoriamente 
precisariam ser distribuídos como dividendos.
Desde o momento em que as Leis nº 10.303/01 e nº 11.638/07 passaram a vigorar 
(BRASIL, 1976), não é mais possível designar de modo legal os resultados do exercício 
para a conta de lucros acumulados com relação ao período posterior ao fim do exercício 
social. Isso ocorre pois nesse momento a conta deverá ser zerada.
Contas constantes no patrimônio líquido
Capital social: reúne os investimentos realizados pelos acionistas e com-
preende não apenas as parcelas cedidas por eles, mas também os valores 
adquiridos pela empresa. Estes são integrados ao capital social por meio de 
decisões tomadas pelos proprietários. A sua divisão na forma de dinheiro ou 
por meio de outros bens corresponde a um tipo de recusa.
191Auditoria do patrimônio líquido
O capital social é tratado como uma imagem mais jurídica do que econômica. Nesse 
sentido, você deve observar que, do ponto de vista econômico, os lucros não distri-
buídos, mesmo estando em forma de reservas, se referem a um tipo de investimento 
dos acionistas.
O capital social possui diversas qualificações:
  Capital social autorizado nominal;
  Capital social subscrito;
  Capital social a realizar.
Reserva de capital: é formada por meio de valores auferidos pela empresa 
e que não circulam pelo resultado como receitas. Isso por se tratarem de valores 
designados a reforço de capital, sem possuírem como contrapartida qualquer 
empenho da empresa com relação à entrega de bens ou prestação de serviços. 
Você pode considerar como reservas o ágio na emissão de ações, a alienação 
de partes beneficiárias e também o bônus de subscrição.
Conforme a Lei das Sociedades por Ações (BRASIL, 1976), a reserva de capital possui 
transações denominadas da seguinte forma:
  Ágio na colocação de ações;
  Alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.
Ajuste de avaliação patrimonial: essa conta foi integrada na contabi-
lidade por meio da Lei nº 11.638/07. Seu intuito é receber em contrapartida 
o aumento ou a redução de valor imposto a itens do ativo e do passivo. Isso 
por consequência de sua avaliação a valor justo, durante o tempo em que 
não forem apurados no resultado do exercício em cumprimento ao regime de 
competência (BRASIL, 1976).
 Auditoria contábill avançada 192
Reserva de lucro: é uma conta de reservas formada por meio da apropria-
ção de lucros da empresa, conforme define o artigo 182 da Lei nº 6.404/76 
(BRASIL, 1976). 
De outra maneira, você pode considerar que a reserva de lucro se refere 
aos valores retidos de lucros acumulados.
A Lei das Sociedades por Ações (BRASIL, 1976) definiu como reservas 
de lucros:
  Reserva legal;
  Reserva estatutária;
  Reserva para contingência;
  Reserva de retenção de lucros;
  Reserva de lucros a realizar;
Reserva legal: se refere à destinação de 5% do lucro líquido do exercício 
até que se consiga alcançar 20% do capital realizado. A reserva legal pode 
deixar de ser constituída no momento em que o seu saldo, somado às reservas 
de capital, atingir 30% do capital social.
O uso da reserva legal está limitado à compensação de prejuízos e ao aumento de 
capital. A compensação dos prejuízos necessariamente ocorrerá depois de os lucros 
acumulados e as outras reservas de lucros terem sido adquiridos.
Reserva estatutária: é formada por definição dos estatutos da empresa. 
Ou seja, a Lei das Sociedades por Ações (BRASIL, 1976) oportuniza que o 
estatuto da empresa determine reservas estatutárias. Isso desde que se defina 
a finalidade, o método de cálculo e o limite máximo de reserva.
Reserva para contingência: representa a designação referente à parcela 
do lucro líquido que tem por objetivo a compensação, em exercício futuro, da 
redução do lucro oriundo da perda julgada possível, em que o valor consiga 
ser previsto. Na sua formação, é preciso indicar o motivo da perda e as causas 
que fundamentam sua constituição. A reversão dessa reserva será efetuada no 
momento em que não existirem mais as causas da sua constituição ou ainda 
quando ocorrer a perda efetiva.
193Auditoria do patrimônio líquido
Reserva de retenção de lucros: por meio dessa reserva, os acionistas 
poderão designar, mediante proposta dos órgãos da administração, uma parte 
do lucro líquido do exercício para constituição de reserva de retenção de lucros, 
com a finalidade de cobrir o orçamento de capital.
Reserva de lucros a realizar: tem por finalidade demonstrar a parcela de 
lucro ainda não realizada financeiramente, estando sua formação a critério 
da empresa.
 Auditoria contábill avançada 194
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Brasília, DF, 1976. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 09 fev. 2017.
DANTAS, I. Contabilidade: introdução e intermediária. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2016.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010.
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 
4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
STUART, I. C. Serviços de auditoria e asseguração na prática. Porto Alegre: AMGH, 2014.
 Auditoria contábill avançada 196
 
Dica do professor
O vídeo a seguir mostra quais são as contas pertencentes ao patrimônio líquido e as normas 
contábeis que regulamentam esse grupo. Assista!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2bb04eabef0b63c1bfccf793b9649e5b
Exercícios
1) 
, 1) Sobre a introdução do conteúdo de auditoria do patrimônio líquido, marque a opção 
correta.
A) Um dos elementos mais relevantes quanto aos termos legais e estatutários é determinar se 
todas as normas publicadas nos jornais e as obrigações sociais e legais foram cumpridas.
B) Um elemento considerado como um dos mais relevantes quanto aos termos legais e 
estatutários é a verificação do patrimônio líquido relativo à sua totalidade em valores.
C) A auditoria de patrimônio líquido é vista como uma dasmenos importantes em empresas de 
capital aberto, pois o foco está no financeiro.
D) O patrimônio líquido corresponde à parcela dos ativos que é financiada pelos fornecedores.
E) A auditoria do patrimônio líquido é interessante aos investidores, pois abrange a distribuição 
dos dividendos.
2) 
, 2) Verifique os objetivos apresentados relativos à auditoria nas contas do patrimônio 
líquido e indique a alternativa correta.
A) Analisar se os princípios de contabilidade foram copiados.
B) Definir a existência de restrições de uso das contas patrimoniais.
C) Conferir a apresentação dos comprovantes de requisição de propriedade dos títulos emitidos.
D) Questionar se o tratamento das contas do patrimônio líquido, em situações de falência, está 
sendo apresentado de modo correto.
E) Verificar a disposição do patrimônio líquido relativo à divisão das suas contas.
3) 
, 3) Analise as opções apresentadas e indique a correta.
A) O Art. 179 da Lei no 6.407/76 define que a conta capital social apresenta o montante 
subscrito e o valor realizado.
B) O patrimônio líquido representa uma dívida.
C) A reserva de capital deve ser ordenada como conta redutora do patrimônio líquido.
D) As reservas de lucros devem ser classificadas como as contas formadas pela apuração dos 
lucros da empresa.
E) As ações em tesouraria são somadas ao montante do patrimônio líquido.
4) 
, 4) Sobre o capital social e a reserva de capital, indique a resposta correta.
A) O capital social tem uma única qualificação que se refere ao capital social autorizado.
B) É considerado como reserva somente o ágio na emissão de ações.
C) A reserva de capital tem uma única transação, conhecida por ágio na colocação de ações.
D) No capital social estão as aplicações efetuadas pelos acionistas.
E) A reserva de capital é constituída através de valores pagos pela empresa e que não circulam 
pelo resultado como receitas.
5) 
, 5) Analise as opções apresentadas e indique a correta.
A) A reserva de lucros é constituída mediante apropriação de lucros da empresa.
B) O ajuste de avaliação patrimonial foi inserido na contabilidade pela Lei no 12.308/07.
C) A reserva de lucro corresponde aos valores retidos de capital social.
D) A reserva legal corresponde à destinação de 20% do lucro líquido do exercício até que se 
alcance 40% do capital realizado.
E) A reserva de lucros a realizar tem por objetivo apresentar a parte de lucro deduzida 
financeiramente.
Na prática
A empresa Reality S.A decide recomprar suas ações que haviam sido vendidas e estão no mercado. 
Depois de finalizada a aquisição, que corresponde a um total de 100 ações pelo valor de R$ 
100.000,00 (sendo que o valor unitário é R$ 1.000,00), a transação deve ser contabilizada da 
seguinte forma:
 
Neste caso, pode-se verificar que a conta ações em tesouraria representa uma conta redutora do 
patrimônio líquido. As ações são mantidas nesta conta e não podem ser lançadas no ativo circulante 
do balanço patrimonial, pois as ações correspondem a direitos contra o patrimônio líquido.
A transação realizada se refere à obtenção de ações próprias, ocasionando a devolução de capital 
aos acionistas. Por consequência, a empresa terá de conservar no patrimônio líquido a conta 
denominada ações em tesouraria, resultando em conta retificadora, também denominada de 
redutora do patrimônio líquido.
A partir do exemplo demonstrado, você consegue visualizar registros contábeis dentro do 
patrimônio líquido e que devem ser examinados rigorosamente pelo auditor, conferindo se foram 
obedecidas as normas e os procedimentos contábeis.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
O que é Patrimônio Líquido?
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
RESERVAS DE CAPITAL
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/767XdjlE3IU?rel=0
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/reservacapital.htm
Orientações e procedimentos de auditoria 
no patrimônio líquido
Apresentação
Você sabia que os procedimentos de auditoria correspondem aos trabalhos que serão aplicados 
pelo auditor para adquirir evidências necessárias ao suporte da sua opinião a ser emitida? Esse tipo 
de auditoria visa a garantir que os saldos das contas do patrimônio líquido apresente de modo 
adequado a posição patrimonial líquida da entidade na data de encerramento das demonstrações 
contábeis. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar os critérios que podem ser usados 
pela empresa no controle interno, verificar os saldos e a apresentação das contas do patrimônio 
líquido e os procedimentos usados pela auditoria. Ao final desta unidade, você deve apresentar os 
seguintes aprendizados:
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os métodos que podem ser utilizados pela empresa para o controle interno.•
Analisar se os saldos das contas do patrimônio líquido são demonstrados em conformidade 
com as práticas contábeis brasileiras.
•
Avaliar os procedimentos utilizados na auditoria do patrimônio líquido.•
Desafio
Andressa está realizando auditoria na empresa Giga S.A. Foram-lhe fornecidos alguns dados das 
demonstrações contábeis referentes ao exercício social 31/12/20X7:
Lucro líquido do exercício- R$ 400.000,00 
Resultado líquido positivo de equivalência patrimonial- R$ 330.000,00 
Dividendos- R$ 110.000,00
Vamos considerar duas situações diferentes:
1a situação: os sócios não apresentaram proposta para a designação da reserva de lucros a realizar. 
2a situação: os sócios apresentaram uma proposta para a designação da reserva de lucros a realizar.
Considerando a primeira situação, você, como auxiliar no processo de auditoria, deve demonstrar o 
registro contábil dos dividendos
Para a segunda situação, você deve calcular e demonstrar o valor destinado para a reserva de 
lucros a realizar e apresentar o registro dos dividendos:
Infográfico
O infográfico apresenta os testes que são aplicados para garantir o controle interno e o que os 
papéis de trabalho do auditor devem apresentar. Confira!
Conteúdo do livro
Os testes aplicados pela auditoria no patrimônio líquido buscam alcançar os objetivos traçados 
antecipadamente. Assim, o programa de auditoria precisa ser desenvolvido para evitar trabalhos 
que não são necessários ou que não atendam aos objetivos almejados pelos auditores. 
Para saber mais, leia o capítulo Orientações e procedimentos de auditoria no patrimônio líquido, 
base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
AUDITORIA
CONTÁBIL
AVANÇADA
Aline Alves
Orientações e 
procedimentos de auditoria 
no patrimônio líquido
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identi� car os métodos que podem ser utilizados pela empresa para 
o controle interno.
  Analisar se os saldos das contas do patrimônio líquido são demons-
trados em conformidade com as práticas contábeis brasileiras.
  Avaliar os procedimentos utilizados na auditoria do patrimônio líquido.
Introdução
Você sabia que os procedimentos de auditoria correspondem aos tra-
balhos que serão aplicados pelo auditor a fim de adquirir as evidências 
necessárias para suportar a opinião que ele emitirá? Esse tipo de audi-
toria visa a garantir que os saldos das contas do patrimônio líquido 
apresentem de modo adequado a posição patrimonial líquida da 
entidade na data de encerramento das demonstrações contábeis.
Neste texto, você vai estudar os critérios que podem ser usados pela 
empresa no controle interno. Além disso, vai verificar os saldos e a apre-
sentação das contas do patrimônio líquido, bem como os procedimentos 
usados pela auditoria.
Controle interno
A fi nalidade desse processo é garantir que exista realmente um bom controle 
interno sobre o patrimônio líquido. Ele também procura garantir quetodas 
as operações tenham passado por aprovações e sido devidamente registradas.
Você deve saber que a seleção dos procedimentos de auditoria para o 
patrimônio líquido tem de abranger:
  Exame dos registros de ações.
  Verificação referente ao registro do capital, considerando inclusive o Ba-
cen (Banco Central do Brasil), conforme detalhado na Lei nº 11.371/06, 
artigo 5 (BRASIL, 2006).
  Análise do cálculo relativo às distribuições e destinações do lucro.
  Análise do cálculo referente ao excesso de reservas.
  Conferência sobre o cálculo dos dividendos.
O controle interno visa a afirmar que os saldos das contas do patrimônio líquido 
demonstrem de modo correto a posição patrimonial líquida da entidade. Isso deve 
ser feito conforme o período de encerramento das demonstrações contábeis.
Os certificados das ações não redigidos, o livro referente à certificação 
das ações e o razão referente aos acionistas precisam ser monitorados com 
o intuito de prevenir eventual emissão, ou ainda uma transferência ilegítima 
das ações. Normalmente, é possível garantir um controle adequado sobre as 
contas do capital por meio dos serviços de um intermediário e de uma pessoa 
responsável pelo registro, autônomos. 
Se tais atividades forem obedecidas pela própria entidade, é conveniente 
estabelecer um sistema adequado de aprovação e segregação de funções, com 
a finalidade de propiciar controles.
 Auditoria contábill avançada 198
Um bom controle interno é fundamental. No entanto, a revisão do mesmo também é 
essencial e tem por objetivo definir, para o auditor, o grau de confiabilidade empregado 
no controle interno para a determinação dos métodos de auditoria que deverão ser 
executados. Ela também busca definir o instante da sua aplicação e a sua dimensão.
O controle interno varia muito de uma empresa para outra. A administração 
deve definir os pontos fortes que lhe ofereçam segurança em sua gestão.
Observe alguns tipos de controles internos frequentemente usados pelas 
empresas:
  Segregação das tarefas entre a guarda física das cautelas e das pessoas 
que possuem autorização para assinar;
  Tomada de decisões relevantes aprovadas mediante assembleias ou atas 
de reuniões da diretoria;
  Existência de duas pessoas independentes entre si para as assinaturas 
de cheques relativos a pagamentos de dividendos;
  Divisão de funções entre as áreas de ações e a contabilidade;
  Guarda de livros referente a atas de reuniões da diretoria e assembleias 
em cofres seguros;
  Existência de um sistema computadorizado para a emissão de ações.
O auditor deve ter uma atenção diferenciada com relação aos controles 
existentes e aos riscos. Isso é importante para a definição pertinente dos 
procedimentos de auditoria e a elaboração da opinião apropriada.
199Orientações e procedimentos de auditoria no patrimônio líquido
Orientação para os auditores
O exame de auditoria realizado nas contas do patrimônio líquido tem como 
objetivo alcançar as metas determinadas anteriormente. O programa de au-
ditoria precisa ser constituído com a fi nalidade de prevenir trabalhos que não 
são necessários.
É preciso determinar a escolha e o período de aplicação dos métodos de au-
ditoria buscando a efetividade do controle interno e a materialidade envolvida.
Os testes de auditoria direcionados ao patrimônio líquido, especialmente 
às sociedades anônimas – em menor dimensão – e às demais empresas re-
gistradas mediante contratos sociais, induzem o auditor a entrar em contato 
com as normas ou regulamentações legítimas ou ainda estatutos societários. 
Na ocorrência de dúvidas, o auditor precisará recorrer ao parecer dos consultores 
jurídicos do referido cliente para esclarecê-las. Isso será necessário em situações de 
modificações ocorridas no período do exame.
Durante os exames das demonstrações financeiras de uma empresa, o 
auditor precisa obter conhecimentos antecipados referentes a acordos ou esta-
tutos sociais. Isso pode ser útil em relação às possíveis bases de participação 
nos lucros, serviços e ações executadas, bem como aos níveis sob o qual o 
capital precisará ser conservado, fundamentado na efetivação de empréstimo 
aos sócios e às circunstâncias de desmembramento. Na inexistência de tal, o 
auditor deverá considerar as ações opcionais necessárias para obter as referidas 
informações.
Desse modo, quando o auditor executar o teste nas contas do patrimônio 
líquido e as demonstrações tiverem que obedecer aos princípios contábeis 
geralmente aceitos nos Estados Unidos, ele precisará delimitar seu trabalho 
aos conceitos habituais daquele País.
 Auditoria contábill avançada 200
Normalmente, na auditoria efetuada nas demonstrações contábeis de em-
presas individuais, o auditor vai encontrar documentação formal definindo 
a fundamentação para a modificação no capital da empresa. A principal 
preocupação deve corresponder à demonstração nas contas de capital, de 
modo que o usuário compreenda facilmente o ocorrido.
Procedimentos de auditoria
O auditor deve elaborar ou adquirir um papel de trabalho que transmita as 
seguintes informações relativas às contas do patrimônio líquido:
  O saldo inicial relativo ao período;
  Os ajustes de exercícios anteriores;
  As subscrições e aumentos relativos ao capital social;
  A contribuição para as reservas de capital social;
  As constituições e reversões referentes a ajustes de avaliação patrimonial;
  O lucro ou prejuízo líquido do exercício social;
  Os dividendos propostos;
  O saldo final referente ao período.
O auditor precisa comparar o saldo inicial do período com os papeis de 
trabalho da auditoria referente ao exercício anterior.
O auditor também deve realizar a leitura dos livros sociais, ou seja, dos livros em 
que são escrituradas suas contas. Isso é importante para confirmar se as operações 
que resultaram em alterações no patrimônio líquido foram aprovadas corretamente. 
Também é útil para verificar a existência de casos que tenham de ser divulgados por 
meio das notas explicativas.
201Orientações e procedimentos de auditoria no patrimônio líquido
É importante revisar o fluxo das contas de capital. Também é fundamental 
efetuar a leitura do estatuto social, cruzar as informações constantes das atas 
de reuniões com as subscrições e verificar a documentação que comprova o 
recebimento para as realizações.
Analise ainda se o ágio na colocação de ações e na emissão das debêntures 
foi lançado nas contas de reservas exclusivas de capital.
Se a empresa tiver efetuado a venda de títulos de sua própria emissão, 
relativa às partes beneficiárias e ao bônus de subscrição, é necessário verificar 
se a transação corresponde às normas definidas pela Lei das Sociedades por 
Ações (BRASIL, 1976). Também é preciso verificar os recibos e conferir se o 
valor relativo à alienação foi devidamente contabilizado nas reservas de capital.
Entre os principais procedimentos da auditoria do patrimônio líquido estão:
  Conferir se o valor designado à reserva legal se refere a 5% do lucro líquido do exer-
cício e se o saldo da referida reserva não alcançou 20% do capital social realizado.
  Garantir que as reservas estatutárias tenham sido formadas conforme as diretrizes 
definidas 
  no estatuto social da empresa.
Verifique, no Quadro 1, alguns procedimentos práticos que podem ser 
efetuados pela auditoria na execução dos trabalhos:
 Auditoria contábill avançada 202
 Fonte: Adaptado de Attie (2011). 
Exame físico  Exame de processos de emissão de ações, de debêntures e 
partes beneficiárias.
Confirmação  Certificação da participação acionária;
  Confirmação dos advogados sobre os elementos legais e 
societários, ou dos demais passivos que possam refletir de 
algum modo no patrimônio líquido.
Documentos 
originais
  Teste de documentos relativo às cautelas que foram 
emitidas, resgatadas e desdobradas;
  Testes sobre as atas resultantes de assembleias e reuniões;
  Teste de arquivos na junta comercial;
  Teste sobre osestatutos sociais.
Cálculo  Conferência dos cálculos relacionados a:
  Reserva legal;
  Participação a partes beneficiárias;
  Distribuição de dividendos.
Escrituração  Teste nas contas do razão:
  De lucros suspensos;
  De reserva legal;
  De reserva de contingência.
Inspeção  Exame minucioso dos documentos que afirmam a emissão 
de ações, debêntures e partes beneficiárias;
  Exame criterioso em relação aos dividendos distribuídos;
  Exame referente às autorizações de modificação de capital.
Inquérito  Investigação referente às tendências de modificação dos 
negócios da empresa;
  Investigação de possíveis alterações acionárias;
  Investigação referente a prováveis aumentos de capital.
Registros 
auxiliares
  Teste do razão analítico das contas de reserva legal e 
reservas de lucros.
Correlação  Relação entre a reserva legal e o resultado do exercício;
  Relação entre os dividendos pagos e os autorizados.
Observação  Classificação correta das contas apresentadas;
  Verificação do cumprimento dos princípios contábeis.
 Quadro 1. Procedimentos de auditoria. 
203Orientações e procedimentos de auditoria no patrimônio líquido
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Brasília, DF, 1976. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 09 fev. 2017.
BRASIL. Lei nº 11.371, de 28 de novembro de 2006. Brasília, DF, 2006. Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11371.htm>. Acesso 
em: 17 fev. 2017.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Brasília, DF, 2007. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso 
em: 11 fev. 2017.
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
DANTAS, I. Contabilidade: introdução e intermediária. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2016.
IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010.
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 
4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
STUART, I. C. Serviços de auditoria e asseguração na prática. Porto Alegre: AMGH, 2014.
 Auditoria contábill avançada 206
 
Dica do professor
Assistindo ao vídeo a seguir, você poderá entender mais sobre os exames aplicados no patrimônio 
líquido e os procedimentos contábeis que o auditor pode usar na execução dos trabalhos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2ae3492d127d2639cfbe044531d7e9f4
Exercícios
1) A existência do controle interno é muito importante para a empresa e faz parte dos exames 
de auditoria. Analise cada situação apresentada sobre os tipos de controles internos e 
aponte a correta. 
A) Apenas a existência de um sistema manual para a emissão das ações.
B) A segregação das funções para os setores de ações e recursos humanos.
C) As decisões importantes tomadas e aprovadas através de assembleias ou atas de reuniões da 
diretoria.
D) A existência de apenas uma pessoa para as assinaturas de cheques dos pagamentos de 
dividendos.
E) O arquivo de livros referente a atas de reuniões da diretoria e assembleias em armários do 
setor.
2) Ainda com base nos controles internos, verifique cada opção apresentada e indique a 
correta. 
A) Com relação à seleção dos processos de auditoria voltados às contas do patrimônio líquido, é 
preciso que eles abordem a conferência dos cálculos das contas a receber.
B) O objetivo do controle interno é assegurar que exista um controle sobre o patrimônio líquido, 
em que as transações tenham sido aprovadas e registradas de modo correto.
C) O controle interno busca afirmar que os saldos das contas do patrimônio líquido apresente 
corretamente a situação dos ativos da entidade.
D) Os certificados das ações não emitidas, o livro relativo à certificação das ações e o razão para 
aos acionistas precisam ser controlados com o intuito de aumentar a emissão ou transferir 
diversas ações.
E) Se houver a existência de um bom controle interno, torna-se dispensável sua revisão.
3) Considere as alternativas que tratam sobre a orientação concedida aos auditores e avalie 
qual é a correta. 
A) Se ocorrerem dúvidas com relação aos exames, o auditor deverá usar como base um 
questionário direcionado aos administradores da empresa, com o intuito de solucionar tais 
dúvidas.
B) Na aplicação dos exames das demonstrações financeiras de uma empresa, não é preciso que 
o auditor adquira antecipadamente informações sobre os acordos ou estatutos sociais.
C) A escolha e o período de aplicação dos métodos de auditoria devem ser determinados 
buscando exclusivamente a conclusão dos trabalhos.
D) Os exames de auditoria aplicados ao patrimônio líquido, sobretudo às S.A., em maior 
extensão, instigam o auditor a pesquisar sobre normas, regulamentações legítimas ou 
estatutos societários.
E) Durante a auditoria aplicada nas demonstrações contábeis de companhias individuais, o 
auditor vai se deparar com um documento formal que apresentará a base para a alteração no 
capital da empresa.
4) Sobre os métodos de auditoria próprios das contas do patrimônio líquido, considere as 
alternativas apresentadas e marque a correta. 
A) No teste de observação, o auditor analisa a classificação dos valores constantes no grupo, 
devendo ser apresentados do valor maior ao menor.
B) Nos registos auxiliares, os exames são aplicados sobre o razão analítico das contas de reserva 
legal e reservas de lucros.
C) O auditor tem como procedimentos de auditoria o exame de cálculos, envolvendo reserva de 
contingência e outros aspectos.
D) Seguindo os procedimentos, o auditor pode aplicar exame físico, efetuando somente 
contagem de lucros ou prejuízos.
E) A inspeção contempla exames exclusivos de empréstimos de longo prazo.
5) Analise as alternativas apresentadas relativas aos procedimentos de auditoria e indique a 
correta. 
A) É preciso que o auditor confira o saldo inicial do período com os papéis de trabalho, conforme 
o exercício vigente.
B) O papel de trabalho do auditor deve transmitir a contribuição para as reservas de capital 
social, entre outras informações também relevantes.
C) A revisão do fluxo das contas de capital é dispensável.
D) O auditor deve verificar se o ágio na colocação de ações e emissão das debêntures foi 
registrado nas contas de dividendos.
E) Os papéis de trabalho do auditor devem transmitir também os ajustes relativos ao período em 
vigor.
Na prática
Renata é auditora interna da empresa Rendimentos S.A. e estava executando um procedimento de 
auditoria quando constatou uma irregularidade referente ao registro no sistema contábil da 
empresa. Um colaborador cometeu a irregularidade ao registrar ágio na colocação de ações e 
alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição como reservas de lucros. A Lei no 6.404/76 
(Art. 182) define que essas transações devem ser classificadas como reservas de capital.
Seguindo os procedimentos de auditoria, Renata gerou um relatório indicando a classificação 
correta, que seria apresentada da seguinte forma:
 
Renata indicou a seguinte sugestão de controle interno para que a empresa consiga evitar futuras 
situações como essa.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Auditoria contábil - Controle interno
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Testes e procedimentos de auditoria - NBCTA 500
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://youtu.be/2ejmK5c6uqU
https://www.youtube.com/embed/sfAHCnPABXg?rel=0
Relatórios e opiniõesde auditoria
Apresentação
Você sabia que o parecer do auditor deve ser emitido em conformidade com a NBC TA 700 
(Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações 
Contábeis)? No conteúdo devem constar o destinatário do Relatório do Auditor Independente 
sobre as Demonstrações Contábeis, o parágrafo introdutório, a responsabilidade da administração 
perante as demonstrações contábeis, o compromisso e a opinião do auditor, a localização, a data da 
emissão do parecer e a assinatura do auditor. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as espécies de pareceres e sua utilização, 
conhecer os tipos de relatórios existentes e suas funcionalidades e estudar o processo usado na 
elaboração dos pareceres e dos relatórios de auditorias.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Analisar os tipos de pareceres e sua utilização.•
Identificar as espécies de relatórios e sua função.•
Reconhecer os procedimentos utilizados para a elaboração dos pareceres e dos relatórios de 
auditorias.
•
Desafio
Um dos trabalhos realizados exclusivamente por um contador, com formação em contabilidade e 
registro profissional é a de auditor externo. Na auditoria, o profissional examina os documentos da 
contabilidade, sejam relatórios, livros ou outros e analisa se estão de acordo com as normas da 
contabilidade e com a legislação vigente. Após esta análise, o auditor emite um relatório, um 
parecer aprovando ou não o que foi feito na contabilidade da empresa.
Veja o vídeo a seguir e após isso fique com o desafio proposto.
 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
 
Após concluir a auditoria da empresa Empreendendo Sempre S.A., você tem a seguinte 
fundamentação para emitir sua opinião. Analise a situação:
A empresa Empreendendo Sempre realizou um investimento na empresa Atual, que corresponde a 
uma coligada estrangeira obtida durante o exercício. Sua contabilização foi pelo método de 
equivalência patrimonial pelo valor de R$ 280.000.000,00, demonstrado no balanço patrimonial em 
31 de dezembro de 2013. A participação da Empreendendo Sempre sobre o lucro líquido da Atual 
está inclusa no resultado do exercício do mesmo período da Empreendendo Sempre. Não houve 
evidências de uma auditoria adequada e satisfatória referente ao valor contábil do investimento da 
Empreendendo Sempre na Atual em 31 de dezembro de 2013 e da participação dela sobre o lucro 
líquido da investida Atual, em virtude de não ter tido acesso aos dados contábeis, à administração e 
também aos auditores que realizaram o trabalho na empresa Atual. Em virtude dessa situação, não 
é possível definir se é necessário realizar ajustes nesses valores.
Com base na situação apresentada, elabore uma opinião com ressalva.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/cf43c505cb8512a8964546128478509f
Infográfico
O infográfico mostra o modelo sobre os tipos de parecer que o auditor emite e as técnicas 
utilizadas para a elaboração de relatórios-comentários.
Confira!
Conteúdo do livro
A finalidade da auditoria independente é divulgar uma opinião referente às demonstrações 
contábeis de uma empresa auditada. Normalmente, a função do auditor é certificar a posição 
patrimonial e financeira exibida, os resultados reconhecidos no período do processo de auditoria e 
os outros demonstrativos que contemplam o conjunto de informações.
Para saber mais, leia o capítulo Relatórios e opiniões de auditoria, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem.
Boa leitura.
AUDITORIA 
CONTÁBIL 
AVANÇADA 
Aline Alves
Relatórios e opiniões 
de auditoria
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Analisar os tipos de opinião e a sua utilização.
 � Identificar as espécies de relatórios e a sua função.
 � Reconhecer os procedimentos utilizados para a elaboração das opi-
niões e dos relatórios de auditorias.
Introdução
Você sabia que a opinião do auditor deve ser emitido em conformidade 
com a NBC TA 700 (Formação da Opinião e Emissão do Relatório 
do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis)? 
No conteúdo, devem constar o destinatário, o parágrafo introdutório, a 
responsabilidade da administração perante as demonstrações contábeis, 
o compromisso e a opinião do auditor, a localização, a data da emissão 
e a assinatura do auditor. 
Neste texto, você vai estudar as espécies de opinião e sua utilização, 
conhecer os tipos de relatórios existentes e suas funcionalidades e es-
tudar o processo usado na elaboração das opiniões e dos relatórios de 
auditorias. 
Opinião dos auditores
Normas das opiniões
A finalidade da auditoria independente é expor uma opinião em relação à 
propriedade das demonstrações contábeis que estão sendo auditadas. Normal-
mente, o trabalho do auditor é confirmar as posições patrimonial e financeira 
apresentadas por intermédio das demonstrações contábeis auditadas. Ele 
também deve comprovar os resultados reconhecidos no período em exame e 
outros demonstrativos que complementam o conjunto de informações.
É por meio da opinião que o auditor destaca seu parecer, em concordância 
com as normas de auditoria e depois de todo o trabalho de campo. Aí são 
agrupados comprovantes e evidências referentes às demonstrações contábeis. 
Além disso, o auditor estabelece seu entendimento no que diz respeito à 
representatividade e ao conjunto das demonstrações. A realização do exame 
de campo, efetuado por meio de um programa de trabalho, o leva a adquirir 
informações e a ficar ciente de acontecimentos que definem sua posição 
e o impulsionam a análises, ponderando os reflexos resultantes dos dados 
adquiridos.
A opinião transmite a percepção do auditor a respeito das informações em 
exame, de modo padrão e resumido. Isso propicia aos usuários da informação 
uma ideia concreta dos trabalhos que foram realizados e concluídos.
A Resolução CFC nº 1.231/09 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILI-
DADE, 2009a) traz definições a respeito da opinião dos auditores independentes 
sobre as demonstrações contábeis. Essa mesma resolução aprovou a NBC TA 
700 – Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente 
sobre as Demonstrações Contábeis.
As auditorias realizadas sobre as demonstrações contábeis encerradas em 31 de 
dezembro de 2016 e posteriormente a esse período estão sujeitas ao novo modelo de 
NBC TA (Normas Brasileiras de Contabilidade de Auditoria Independente). A informação 
é decorrente do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), que afirma a existência das 
NRAs (Normas do Novo Relatório do Auditor Independente) publicadas em 4 de julho 
de 2016 no Diário Oficial da União, por meio do CFC.
A NBC TA 700 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE , 2009a) 
aborda a responsabilidade do auditor independente em relação à opinião 
formada sobre as demonstrações contábeis. Também trata do modo e da 
substância do relatório redigido como resultado da auditoria efetuada nas 
demonstrações contábeis.
Relatórios e opiniões de auditoria2
A NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente 
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009b) e a NBC TA 706 
– Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do 
Auditor Independente (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 
2010a) abordam os efeitos ocasionados no modo e no conteúdo do relatório de 
auditoria independente. Isso envolve a apresentação, feita pelo auditor, da sua 
opinião modificada, ou a inclusão de um parágrafo de ênfase, ou a inserção 
de demais assuntos no relatório de auditoria.
A NBC TA 800 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2010b) 
abrange as considerações principais referentes às demonstrações contábeis, 
desenvolvidas em conformidade com composições conceituais de contabilidade 
para fins específicos. Já a NBC TA 805 define as principais considerações para 
uma auditoria de quadros isoladosdas demonstrações contábeis e de itens, 
contas ou elementos exclusivos das demonstrações contábeis.
A NBC TA 700 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009a) 
favorece a credibilidade no relatório do auditor independente. Ou seja, quando 
a auditoria for dirigida em conformidade com as normas do setor, de modo 
consistente com as normas internacionais, se tem por consequência a credibili-
dade no mercado global. Isso faz com que as auditorias que foram conduzidas 
conforme as normas reconhecidas mundialmente sejam compreendidas pelos 
usuários e com que situações não usuais sejam reconhecidas quando ocorrem.
Tipos de opinião
São quatro os tipos de opinião que o auditor pode elaborar:
 � Opinião sem ressalvas ou limpa;
 � Opinião com ressalvas;
 � Opinião adversa;
 � Abstenção de opinião.
Opinião sem ressalvas: é emitida pelo auditor no momento em que ele 
executou todos os procedimentos de auditoria na dimensão que considerou 
necessária e não encontrou qualquer evidência que ocasionasse efeitos na 
opinião emitida. A opinião sem ressalva se refere a um exame em que não 
foram evidenciadas divergências.
3Relatórios e opiniões de auditoria
Opinião com ressalvas: na emissão de uma opinião com ressalvas, o pará-
grafo modelo referente à opinião precisa ser modificado. Isso é feito de modo 
a favorecer o entendimento quanto à natureza da ressalva e seu reflexo sobre a 
posição patrimonial e financeira. Também é preciso considerar o resultado das 
operações, as alterações do patrimônio líquido, os fluxos de caixa e os valores 
adicionais, quando forem aplicáveis, se o tal reflexo conseguir ser definido. 
A ressalva ainda pode ser considerada tão significativa a ponto de impossibilitar 
o auditor de apresentar uma opinião referente às demonstrações contábeis. 
Geralmente, se usam termos como “exceto” e “exceção” nas opiniões dos auditores 
com ressalva.
Opinião adversa: redigido pelo auditor quando ele adquiriu dados sa-
tisfatórios para opinar que as demonstrações financeiras não apresentam 
corretamente a situação patrimonial e financeira, o resultado das operações, 
as variações do patrimônio líquido e também as origens e a aplicação dos 
recursos, conforme as técnicas contábeis adotadas. Isso ocorre quando o 
auditor conclui que a operação é tão relevante que não se enquadra na emissão 
de uma opinião com ressalvas.
Abstenção de opinião: a abstenção de opinião é redigida quando o auditor 
não conseguiu executar todos os procedimentos que considera necessários 
e, por esse motivo, não houve a possibilidade de formar opinião referente a 
algum elemento das demonstrações contábeis. Dessa forma, não é emitida 
qualquer opinião.
Distribuição da opinião dos auditores
Você deve saber que, conforme a Resolução CFC nº 1.231/09 (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009a), a opinião do auditor possui 
quatro parágrafos:
Primeiro parágrafo: aponta as demonstrações contábeis, determina e 
referencia a finalidade do trabalho e a maneira como ele foi desenvolvido.
Esse parágrafo é nomeado de introdutório. Nele, o auditor aponta a finali-
dade do trabalho – ou seja, as demonstrações contábeis que estão em exame e 
Relatórios e opiniões de auditoria4
que são comparadas com dados dos últimos dois anos –, bem como a empresa 
a que o auditor está se referindo. O auditor adquire o compromisso de dar 
sua opinião referente à representatividade e à apropriação das demonstrações 
cedidas para exame. Se não concordar com as mesmas, precisa deixar esse 
fato claro.
Segundo parágrafo: define a responsabilidade adquirida pela adminis-
tração da entidade, a metodologia e o modo como elas foram desenvolvidas.
As demonstrações contábeis representam um produto que depende de 
normas, avaliação, uniformização e acumulação que precisam ser autorizadas 
pela administração da empresa. O modo pelo qual as transações repetitivas são 
acumuladas depende de normas e métodos bem determinados que pertencem 
ao controle interno e também fazem parte dos compromissos da administração.
Terceiro parágrafo: estabelece a responsabilidade, a abordagem do tra-
balho de auditoria e a maneira como o trabalho foi conduzido e apresentado.
Esse é denominado de parágrafo de extensão do trabalho do auditor e 
referenciado especialmente pelo cumprimento às normas de auditoria, codi-
ficadas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCT 11) (CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 1997) e por meio de Resoluções do CFC. 
Esse parágrafo remete por meio de informações sintéticas aos trabalhos de 
auditoria efetuados e que estão apresentados detalhadamente nos papeis de 
trabalho do auditor. O seu conteúdo faz referência aos exames de amostras 
efetuados que, de acordo com o auditor, foram satisfatórios para confirmar 
a totalidade dos dados apresentados nas demonstrações contábeis, por meio 
dos critérios e medidas adequadas.
Quarto parágrafo: estabelece a opinião do auditor referente ao trabalho 
desenvolvido.
Esse é definido como parágrafo da opinião do auditor sobre as demonstra-
ções contábeis que foram examinadas e discriminadas no primeiro parágrafo 
do parecer.
A consideração do auditor é transmitida por meio da expressão “em nossa opinião”. Ela 
corresponde ao resumo de um grande trabalho efetuado em busca da confirmação 
dos dados evidenciados nas demonstrações contábeis.
5Relatórios e opiniões de auditoria
Impedimento da emissão de opinião
A Norma NBC TA 705- Modificações na Opinião do Auditor Independente, 
aprovada pela Resolução CFC 1.232/09 (CONSELHO FEDERAL DE CON-
TABILIDADE, 2009b) e revogada a partir de 01/01/2017 conforme publicação 
no DOU de 04/07/2016, seção 1.
A mesma Norma (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009b) 
trata do compromisso que o auditor possui na emissão de um relatório adequado 
nas situações em que, ao formar uma opinião referente às demonstrações 
contábeis conforme a NBC TA 700, conclui que é preciso uma alteração em 
sua opinião referente às demonstrações contábeis.
Conforme a NBC TA 705 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILI-
DADE, 2009b), o auditor deve abdicar de apresentar uma opinião quando 
não for possível adquirir evidência de auditoria adequada. Observe os tipos 
de opinião modificada a seguir.
Tipos de opinião modificada
Você deve saber que a escolha do tipo de opinião modificada adequada vai 
depender do seguinte:
a) Essência do assunto que resultou na modificação, isto é, se as demonstra-
ções contábeis exibem distorção importante ou ainda se há situações de 
impedimento de obter comprovação de auditoria adequada e satisfatória. 
Essas situações podem resultar na indicação de distorção significativa;
b) Opinião do auditor referente à divulgação dos reflexos ou prováveis 
influências do assunto referente às demonstrações contábeis.
Analise a seguir algumas expressões usadas e seu significado, conforme 
a NBC TA 705 (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009b):
Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os signi-
ficados a eles atribuídos:
Generalizado é o termo usado, no contexto de distorções, para des-
crever os efeitos disseminados de distorções sobre as demonstrações 
contábeis ou os possíveis efeitos de distorções sobre as demonstrações 
contábeis que não são detectados, se houver, devido à impossibilidade de 
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Efeitos generalizados 
Relatórios e opiniões de auditoria6
sobre as demonstrações contábeis são aqueles que, no julgamento do 
auditor:
(i) não estão restritos aos elementos, contas ou itens específicos das 
demonstrações contábeis;
(ii) se estiverem restritos, representam ou poderiam representar uma 
parcela substancial das demonstrações contábeis; ou
(iii) em relação às divulgações, são fundamentais para o entendimento 
das demonstrações contábeis pelos usuários.
Opinião modificada compreende opinião com ressalva, adversa ou 
abstenção de opinião.
As situações em que é preciso modificar a opinião do auditor independente ocor-
rem quando ele concluir, fundamentado na evidência de auditoriaadquirida, que as 
demonstrações contábeis exibem distorções consideráveis. Outro caso que leva à 
necessidade de modificar a opinião é quando o auditor não obtém provas necessárias 
de auditoria apropriada e satisfatória para afirmar que as demonstrações contábeis 
não exibem distorções consideráveis.
Procedimentos de auditoria
Os procedimentos de auditoria correspondem aos trabalhos aplicados pelo 
auditor na busca por evidências de auditoria que corroborarão a opinião emitida 
na conclusão dos trabalhos.
A escolha dos métodos ocorrerá durante a elaboração do planejamento de 
auditoria e será desenvolvida à medida que o trabalho for aplicado.
Os procedimentos executados dependem de muitos fatores que precisam 
ser verificados pelo auditor durante a etapa de planejamento do trabalho de 
auditoria.
O auditor deve considerar, para a seleção dos procedimentos, o seguinte:
 � Considerações integrais sobre a empresa que está sendo auditada.
 � Definição dos riscos de auditoria.
 � Atualização dos dados base.
 � Definição dos componentes relevantes.
7Relatórios e opiniões de auditoria
 � Reconhecimento das finalidades e riscos referentes a cada elemento 
relevante.
 � Planejamento de abordagem integral de auditoria.
Quanto à seleção dos procedimentos de auditoria, você pode considerar 
que, de acordo com cada área das demonstrações contábeis, se deve identificar:
Relações patrimoniais: correspondem às transações que envolvem a conta 
perante a auditoria e possuem em contrapartida as contas patrimoniais, como 
ativos, passivos e patrimônio líquido.
Relações de resultado: representam transações que envolvem a conta 
perante a auditoria e possuem como contrapartida contas de resultado, como 
receitas e despesas.
O apontamento dessas relações é essencial, já que ao examinar uma conta ou área 
exclusiva o auditor precisa relacionar seu trabalho com a auditoria aplicada à deter-
minada área em confronto com a operação. 
Relatórios autônomos sobre as demonstrações 
contábeis
Você já sabe que as demonstrações contábeis são responsabilidade da ad-
ministração da entidade. Esta deve proteger as informações apropriadas e 
oportunas que as demonstrações transmitem.
As demonstrações apresentadas, responsabilidade da administração, de-
vem obedecer às práticas contábeis adotadas no Brasil e ao controle interno 
determinado por elas. Isso é necessário para o desenvolvimento de demonstra-
ções sem distorções significativas, independentemente de serem ocasionadas 
mediante fraude ou erro.
Relatórios e opiniões de auditoria8
Observe o que o relatório do auditor deve conter, conforme a NBC TA 700 
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2009a):
O relatório do auditor independente deve descrever a auditoria espe-
cificando que:
(a) a auditoria envolve a execução de procedimentos para obtenção 
de evidência de auditoria a respeito dos valores e divulgações nas de-
monstrações contábeis; 
(b) os procedimentos selecionados dependem do julgamento do 
auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas de-
monstrações contábeis, independentemente se causadas por fraude ou 
erro. Nessas avaliações de risco, o auditor considera os controles internos 
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade 
para planejar procedimentos de auditoria que são apropriados nas cir-
cunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia 
dos controles internos da entidade. Nas circunstâncias em que o auditor 
também tem a responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia 
dos controles internos juntamente com a auditoria das demonstrações 
contábeis, o auditor deve omitir a frase de que a consideração do auditor 
sobre o controle interno não tem a finalidade de expressar uma opinião 
sobre a eficácia dos controles internos; e
(c) a auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas 
contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela 
administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações 
contábeis, tomadas em conjunto.
Os relatórios e as considerações
O auditor pode ser solicitado a abordar no seu relatório de auditoria outros 
compromissos relativos às demonstrações contábeis que sejam complemen-
tares à sua responsabilidade. Nesse caso, esses compromissos precisam ser 
considerados separadamente no relatório, com o subtítulo “Relatório do auditor 
independente sobre outros requisitos legais e regulatórios”, ou ainda adequados 
ao conteúdo da seção.
Considerando algumas competências no exterior, o auditor pode ter a res-
ponsabilidade complementar de emitir relatório de auditoria sobre assuntos que 
são adicionais à sua responsabilidade, de acordo com as normas de auditoria. 
9Relatórios e opiniões de auditoria
Na ocorrência de ser solicitado a detalhar assuntos que atraíram sua atenção 
durante a auditoria das demonstrações contábeis, o auditor poderá redigir 
um relatório de auditoria sobre procedimentos complementares exclusivos 
ou demonstrar uma opinião sobre assuntos específicos.
As normas relativas à auditoria na jurisdição exclusiva normalmente concedem ex-
plicações sobre a responsabilidade do auditor referente à emissão do relatório de 
auditoria com adicionais caracterizados na referida jurisdição. Essas responsabilidades 
adicionais não existem no Brasil.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 706. Brasília, DF, 2010a. Disponível 
em: <http://www.crcpr.org.br/new/content/download/camaraTecnica/NBCTA706.
pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 800. Brasília, DF, 2010b. Disponível 
em: <http://www.crcpr.org.br/new/content/download/camaraTecnica/NBCTA800.
pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 820/97. Brasília, DF, 1997. 
Disponível em: <http://www.contas.cnt.br/doc/NBCT11.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.231/09. Brasília, DF, 
2009a. Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_1231.pdf>. 
Acesso em: 13 fev. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.232/09. Brasília, DF, 
2009b. Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_1232.pdf>. 
Acesso em: 13 fev. 2017.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
Relatórios e opiniões de auditoria10
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CTA 02. Brasília, DF, 2015. Disponível em: 
<http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2015/CTA02>. Acesso 
em: 13 fev. 2017.
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
DANTAS, I. Contabilidade: introdução e intermediária. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2016.
IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010.
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 
4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RIO GRANDE DO SUL. Conselho Regional de Contabilidade. Normas brasileiras de 
contabilidade. Porto Alegre, 2016. Disponível em: <http://www.crcrs.org.br/arquivos/
livros/livro_normas_auditorias_pericia.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
STUART, I. C. Serviços de auditoria e asseguração na prática. Porto Alegre: AMGH, 2014.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
11Relatórios e opiniões de auditoria
Dica do professor
O vídeo a seguir aborda os tipos e as características dos pareceres de auditoria, sobre as alterações 
ocorridas na legislação envolvendo estes processos e sobre os métodos de auditoria utilizados no 
desenvolvimentodo trabalho. Assista!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/91a3fd83014e43092f8841a7384ad4c4
Exercícios
1) Avalie as alternativas que se referem às normas na opinião dos auditores e indique a 
resposta correta.
A) A emissão da opinião do auditor expressa a opinião do auditor sobre as informações em 
exame.
B) O objetivo da auditoria é expor uma opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas no 
exercício anterior.
C) A Resolução CFC no 1.249/01 definiu sobre a opinião dos Auditores Independentes sobre as 
demonstrações contábeis.
D) A NBC TA 710 trata das Modificações na Opinião do Auditor Independente.
E) A NBC TA 700 faz referência à inexistência de compromisso do auditor independente em 
relação à opinião formada das demonstrações contábeis.
2) Sobre a opinião do auditor, analise e aponte a opção correta.
A) Na opinião sem ressalva são muito usados termos como "exceto" e "exceção".
B) A manifestação com ressalva é emitido quando o auditor não conseguiu aplicar todos os 
métodos importantes de auditoria e, por este motivo, não houve a possibilidade de formar 
opinião.
C) A manifestação do auditor com opinião adversa é emitido pelo auditor quando ele obteve 
dados suficientes para formar opinião de que as demonstrações financeiras não evidenciam 
corretamente a situação patrimonial e financeira.
D) Na emissão da opinião dos auditores sem ressalvas, o parágrafo padrão sobre a opinião deve 
ser alterado de modo a permitir o entendimento quanto à natureza da ressalva e seu efeito 
sobre a posição patrimonial e financeira.
E) A opinião do auditor também denominado de "limpo" é o parecer adverso.
3) Leia as opções referentes aos procedimentos de auditoria e indique a opção correta. 
A) A adoção dos métodos ocorrerá durante a elaboração do parecer de auditoria.
B) A definição dos riscos de auditoria deve ser considerada na seleção dos procedimentos.
C) Uma consideração relevante na seleção dos procedimentos de auditoria é o planejamento de 
abordagem parcial.
D) Os procedimentos aplicados dependem de poucos fatores, que devem ser analisados pelo 
auditor durante a etapa de planejamento do trabalho de auditoria.
E) As relações patrimoniais representam operações que envolvem a conta sob a auditoria e têm, 
em contrapartida, as contas de resultado.
4) Avalie as afirmativas e indique a correta. 
A) A apresentação das demonstrações contábeis são de responsabilidade exclusiva dos 
auditores.
B) O relatório de auditoria envolve a aplicação de procedimentos para a eliminação de provas de 
auditoria sobre os valores e divulgações nas demonstrações contábeis.
C) O relatório apresenta que a auditoria inclui a avaliação da adequação das práticas contábeis 
usadas e a razoabilidade das estimativas contábeis efetuadas pela administração.
D) Nas avaliações de risco, o auditor considera os controles internos relevantes para a 
elaboração do parecer.
E) Quando o auditor tem a responsabilidade de expressar uma opinião referente à eficácia dos 
controles internos, junto com a auditoria das demonstrações contábeis, ele deve destacar a 
frase de que o controle interno não tem por objetivo expressar uma opinião sobre sua 
eficácia.
5) Referente de como está dividida a opinião dos auditores, analise as alternativas e indique a 
resposta correta.
A) É no terceiro parágrafo que o auditor obtém a responsabilidade de dar sua opinião sobre a 
representatividade e apropriação das demonstrações cedidas para exame.
B) O segundo parágrafo, é o introdutório, no qual o auditor aponta a finalidade do trabalho.
C) Através da Resolução CFC no 1.231/09, fica definido que a opinião do auditor tem seis 
parágrafos.
D) O segundo parágrafo é definido como parágrafo da opinião do auditor sobre as 
demonstrações contábeis que foram examinadas e descritas no primeiro parágrafo do 
parecer.
E) O terceiro parágrafo define a responsabilidade, a abordagem e o método de condução do 
trabalho de auditoria apresentado.
Na prática
Rafael é auditor e trabalha no Grupo Máxima Auditoria, onde estão contratando um novo 
profissional devido à grande demanda que a empresa está tendo. Foi solicitado a Rafael que 
participasse do processo a fim de auxiliar na aplicação de um teste específico da área.
A base para escolha do novo colaborador era um modelo de parecer no qual o candidato deveria 
analisar e relatar sobre qual dos pareceres correspondia aquele modelo. Havia apenas dois 
candidatos, ambos com pouca experiência na área. Eles receberam o seguinte modelo:
 
Com base na situação apresentada, um dos candidatos se arriscou dizendo que deveria ser emitido 
um parecer com opinião adversa e apresentou como seria a emissão da opinião.
Opinião adversa sobre a situação apresentada como base:
 
Com base na situação apresentada e na análise do parecer emitido pelo candidato, você pôde 
visualizar o modelo e o tipo de parecer de opinião adversa emitidos de maneira adequada com base 
em uma situação apresentada.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Novo relatório do auditor independente
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Parecer dos auditores independentes: para que tê-lo?
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A importância do relatório e do parecer de auditoria para o 
auditor e para a organização auditada
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/9GL-POAf8jo
https://www.suno.com.br/artigos/parecer-dos-auditores/
https://vitorsts.files.wordpress.com/2013/04/artigo-relatorio_-parcer-de-auditoria-profclaudiomarcelo.pdf
Finalizando Auditoria
Apresentação
Esta Unidade de Aprendizagem é dedicada ao estudo dos procedimentos de finalização do trabalho 
de auditoria. É necessário conhecer os procedimentos e as responsabilidades que envolvem a 
finalização dos procedimentos considerando os fatos descobertos e os resultados das testagens 
aplicadas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever o processo de análise e documentação dos papéis de trabalho de auditoria.•
Explicar os procedimentos de auditoria para eventos subsequentes e fatos descobertos 
subsequentemente.
•
Descrever como os auditores avaliam a consistência das auditorias de demonstrações 
financeiras.
•
Desafio
Você está encerrando o trabalho de auditoria em uma empresa. As evidências de auditoria obtidas 
são:
- o lucro líquido está superavaliado em US$ 59.760; 
- as receitas estão superavaliadas em US$ 2.660; 
- o custo de mercadorias vendidas está subavaliado em US$ 14.400; 
- as despesas gerais, subavaliadas em US$ 34.700; 
- as despesas administrativas, subavaliadas em US$ 8.000; 
- os totais de ativos e de passivos estão superavaliados em US$ 27.560 e US$ 32.200, 
respectivamente; 
- e o patrimônio líquido em US$ 59.760, o mesmo valor da superavaliação do lucro líquido.
Em seu trabalho de auditoria as contas com ausência de registros que produziram tal situação 
foram:
1. Devoluções e abatimentos de venda: 5.000 
2. Contas a receber: 4.000 (preço FOB em virtude de cut-off, margem bruta 55%) 
3. Custo de mercadorias vendidas: 12.600 (ajuste contagem física no fim do exercício) 
4. Despesas com devedores duvidosos: 2.500 (referente a créditos incobráveis considerando 
análise da política de crédito do cliente e condições econômicas atuais) 
5. Despesas com depreciação: 8.000 (compra no meio ao de um edifício comercial, regra de registro 
da empresa) 
6. Despesas: 12.000 com suprimentos e serviços de utilidade pública com contas que venciam no 
fim do exercício social, mas que não foram pagas. 8 mil referente a pagamento final após exercício 
social ao governoda Indonésia para facilitar construção de uma fábrica em Jacarta) 
7. Despesas com salários: 9.400 (não pagos, mas devidos) 
8. Despesas com juros: 2.800 (dívidas de longo prazo)
A partir dos estudos dos materiais da unidade, faça a proposta de ajustes para a administração da 
empresa.
Infográfico
Veja no infográfico os elementos que constituem a finalização do trabalho de auditoria.
Conteúdo do livro
A finalização do trabalho de auditoria envolve alguns procedimentos e cuidados com 
responsabilidades da administração e do auditor. Conheça com mais detalhes a finalização de 
auditoria lendo o livro Serviços de auditoria e asseguração na prática.
Boa leitura.
S929s Stuart, Iris C.
Serviços de auditoria e asseguração na prática [recurso 
eletrônico] / Iris C. Stuart ; tradução: Christiane de Brito ; 
revisão técnica: Jerônimo Antunes. – Dados eletrônicos. – 
Porto Alegre : AMGH, 2014.
Editado também como livro impresso em 2014.
ISBN 978-85-8055-307-9
1. Contabilidade. 2. Auditoria. 3. Asseguração. I. Título.
CDU 657.6
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
Iniciais_ed_eletronica.indd 2 23/10/2013 08:58:03
452 Serviços de auditoria e asseguração na prática
Para empresas de capital aberto
 • Pronunciamento sobre conceitos de contabilidade financeira n. 5 do FASB – Reconhecimento e mensurações 
nas demonstrações financeiras de empresas.
 • AU 317 – Atos ilegais realizados pelo cliente de auditoria (Norma provisória).
 • AU 341 – Consideração, pelo auditor, da capacidade de uma empresa de continuar no negócio (Norma provisória).
 • AU 380 – Comunicação com os comitês de auditoria (Norma provisória).
 • AU 411 – Significado de representar, de maneira adequada, em conformidade com os princípios contábeis 
geralmente aceitos (Norma provisória).
 • AU 504 – Associação com as demonstrações financeiras (Norma provisória).
 • AU 508 – Relatórios sobre demonstrações financeiras auditadas (Norma provisória).
 • AU 534 – Relatórios sobre demonstrações financeiras preparadas para uso em outros países (Norma provisória).
 • AU 543 – Parte da auditoria realizada por outros auditores independentes (Norma provisória).
 • AU 550 – Outras informações em documentos que contenham demonstrações financeiras auditadas (Norma provisória).
 • AU 551 – Relatórios sobre informações que acompanham as demonstrações financeiras básicas nos documentos 
enviados pelo auditor (Norma provisória).
 • AU 558 – Informações complementares exigidas (Norma provisória).
 • AU 722 – Informações financeiras provisórias (Norma provisória).
 • Norma de Auditoria PCAOB n. 1 – Referência nos relatórios do auditor às normas do Conselho de Supervisão da 
Contabilidade das Empresas de Capital Aberto dos Estados Unidos.
 • Norma de Auditoria PCAOB n. 4 – Relatório sobre o fato de uma fraqueza material divulgada no relatório anterior 
continuar a existir ou não.
 • Norma de Auditoria PCAOB n. 5 – Auditoria de controles internos sobre relatórios financeiros integrada a uma 
auditoria de demonstrações financeiras.
 • Norma de Auditoria PCAOB n. 6 – Avaliar a consistência das demonstrações financeiras.
 • Norma de Auditoria PCAOB n. 14 – Avaliar os resultados da auditoria.
Normas internacionais
 • ISA 230 – Documentação de auditoria.
 • ISA 250 – Consideração das leis e regulamentos na auditoria de demonstrações financeiras.
 • ISA 260 – Comunicação com os responsáveis pela governança.
 • ISA 700 – Formação da opinião e emissão do relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras.
 • ISA 705 – Modificações na opinião do auditor independente.
 • ISA 710 – Informações comparativas – valores correspondentes e demonstrações financeiras comparativas.
 • ISA 720 – Responsabilidade do auditor em relação a outras informações incluídas em documentos que contenham 
demonstrações financeiras auditadas.
Panorama do capítulo
Este capítulo descreverá a fase final da auditoria: a emissão do relatório de auditoria. 
Durante esse período importante, os auditores revisam as evidências obtidas e, com base 
nelas, determinam qual opinião de auditoria emitirão. A grande maioria dos relatórios 
de auditoria é composta de opiniões limpas e não modificadas. Porém, esse fato não 
diminui a importância e a complexidade do processo pelo qual os auditores chegam à 
decisão de emitir uma opinião limpa. Como podem emitir uma opinião qualificada, 
uma abstenção de opinião ou uma opinião adversa, os auditores têm influência sobre o 
cliente de auditoria para garantir que as demonstrações financeiras não contenham 
distorções relevantes. Os clientes querem uma opinião limpa. O usuário externo, 
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CAPÍTULO 13 | Relatórios de auditoria 453
incluindo os acionistas e os credores, reagem negativamente a uma opinião qualificada, 
a uma abstenção de opinião ou a uma opinião adversa. É do interesse de todos que o 
cliente corrija as distorções relevantes nas demonstrações financeiras de modo que os 
auditores possam considerar que elas foram preparadas em conformidade com a estru-
tura de relatório financeiro aplicável. Este capítulo discutirá procedimentos que fazem 
parte do processo de decisão da auditoria. Veja no Quadro 13.1 uma descrição do pro-
cesso de auditoria.
Este capítulo abordará os vários relatórios de auditoria que os auditores podem 
emitir e as situações em que cada um deles seria apropriado. As normas de auditoria 
prescrevem a formulação específica do relatório de auditoria, mas os auditores determi-
nam qual relatório em particular será emitido com base nas evidências que obtiveram 
durante a auditoria. Ao contratar auditores, o cliente de auditoria contrata a emissão de 
uma opinião de auditoria, mas não pode especificar qual tipo de opinião de auditoria 
em particular será expressa no relatório; são as evidências e o julgamento profissional 
dos auditores que o determinam.
Quadro 13.1 Processo de auditoria
Passos do processo de auditoria Discutidos nesta seção
FASE DE PLANEJAMENTO
Considerar as precondições de uma auditoria e aceitar o trabalho de auditoria
Obter entendimento da entidade e de seu ambiente, determinar sua materialidade e 
avaliar os riscos de distorções relevantes
Desenvolver uma estratégia e um plano de auditoria para responder aos riscos avaliados
FASE DE TESTES
Testar os controles internos? Sim Não
Realizar testes de controle caso a resposta tenha sido “Sim”
Realizar testes substantivos de transações
Realizar testes substantivos de balanços
Avaliar a probabilidade de que haja distorções relevantes
FASE DE DECISÕES
Revisar as asserções sobre apresentação e divulgação
Avaliar as evidências para determinar se as demonstrações financeiras estão preparadas 
em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável
Emitir um relatório de auditoria √
Comunicar-se com o Comitê de Auditoria
A SEC exige que as demonstrações financeiras auditadas de empresas de capital aber-
to sejam arquivadas junto à comissão em até 60 dias depois do fim do exercício social.* 
Nos Estados Unidos, essas demonstrações financeiras incluem dois relatórios. O primeiro 
* N. de R.T.: A Comissão de Valores Mobiliários faz exigências equiparadas, sob sua fiscalização. Entretanto, 
o prazo de arquivamento é de, no máximo, 90 dias após o encerramento do exercício social.
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454 Serviços de auditoria e asseguração na prática
declara se as demonstrações financeiras foram preparadas em conformidade com a estru-
tura de relatório financeiro aplicável: se sim, receberão uma opinião não modificada-pa-
drão; mas, se não, receberão uma opinião qualificada, uma abstenção de opinião ou uma 
opinião adversa. O segundo relatório* avalia a efetividade operacional dos controles inter-
nos sobre o processo de geração de relatórios financeiros, os quais podem expressar uma 
opinião limpa, uma opinião adversa ou uma abstenção de opinião.
Normas de auditoria para fins de relatórios de auditoria
As normasde auditoria para fins de relatórios de auditoria in-
cluem: (1) Formação de uma opinião e a geração de relatório sobre as 
demonstrações financeiras, (2) Modificações na opinião expressa no 
relatório do auditor independente e (3) Parágrafos de ênfases e de ou-
tros assuntos no relatório do auditor independente. As normas de geração de relatórios exigem 
que os auditores expressem, na forma de um relatório por escrito, uma opinião sobre as 
demonstrações financeiras de acordo com suas descobertas ou que declarem que não 
podem expressar uma opinião. A opinião deve declarar se as demonstrações financeiras 
estão preparadas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável (as normas contábeis usadas pela empresa). As normas de 
geração de relatórios se aplicam a auditorias de empresas de capital aberto e de capital 
fechado, embora sua formulação específica para cada tipo de empresa possa variar. Cada 
uma dessas normas será discutida mais detalhadamente nas seções a seguir.
Formação de uma opinião e geração de relatório 
sobre as demonstrações financeiras
Na conclusão de uma auditoria, os auditores formam uma opi-
nião de que as demonstrações financeiras como um todo estão 
preparadas ou não, em todos os aspectos relevantes, em confor-
midade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Para 
formá-la, devem concluir se obtiveram segurança razoável quan-
to às demonstrações financeiras estarem livres ou não de distor-
ções relevantes, seja em virtude de erros ou de fraudes. Os audi-
tores precisam avaliar se as demonstrações financeiras atendem às exigências da estru-
tura de relatório financeiro aplicável das seguintes maneiras:
 • Divulgar de forma adequada as políticas contábeis usadas.
 • Usar políticas contábeis consistentes com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
 • Incluir estimativas contábeis razoáveis feitas pela administração.
 • Apresentar informações relevantes, confiáveis, comparáveis e compreensíveis.
 • Fornecer as divulgações adequadas.
 • Usar a terminologia apropriada.
* N. de R.T.: No Brasil, não há essa obrigatoriedade para as companhias abertas e equiparadas sob a égide da 
Comissão de Valores Mobiliários – CVM ou para as demais sociedades anônimas de capital fechado. 
OA13.1 Explicar as 
normas de auditoria 
para geração de 
relatórios.
OA13.2 Descrever o 
processo de formação 
de uma opinião e da 
geração de relatório 
sobre as 
demonstrações 
financeiras.
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CAPÍTULO 13 | Relatórios de auditoria 455
Os auditores também precisam considerar:
 • A apresentação, a estrutura e o conteúdo geral das demonstrações financeiras.
 • Se as demonstrações financeiras, incluindo as notas explicativas, representam as 
transações básicas de uma maneira que alcance uma apresentação justa.
Os auditores devem expressar uma opinião não modificada (limpa) quando concluírem 
que as demonstrações financeiras estão preparadas, em todos os aspectos relevantes, 
em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Devem modificar 
sua opinião se concluírem que, (1) com base nas evidências obtidas, as demonstrações 
financeiras não estão livres de distorções relevantes ou se (2) não foram capazes de 
obter evidências suficientes e apropriadas para concluir se as demonstrações financei-
ras estão ou não livres de distorções relevantes.
Um relatório de auditoria não modificado (uma opinião limpa) é o tipo de opinião 
de auditoria mais comum emitido pelos auditores. A opinião de auditoria não modi-
ficada-padrão contém quatro seções: introdução; descrição das responsabilidades da 
administração; descrição das responsabilidades dos auditores; e parágrafo de opi-
nião. Consulte o Quadro 13.2 para verificar um exemplo de um relatório de auditoria 
não modificado para uma empresa que não seja de capital fechado ou uma empresa 
não sujeita às exigências de relatório da Norma de Auditoria n. 5 do PCAOB por meio 
das normas contábeis dos Estados Unidos. O Quadro 13.3 é um exemplo de um rela-
tório não modificado para uma empresa que usa normas contábeis internacionais. 
Depois dos exercícios sociais que se encerraram em 15 de dezembro de 2012, o for-
mato do relatório de auditoria mudou, então, alguns exemplos de relatórios de audi-
toria de empresas reais dados neste capítulo possuem uma formulação levemente 
diferente. O relatório de auditoria de uma empresa de capital aberto nos Estados 
Unidos foi modificado da seguinte maneira: (1) o seu título é “Relatório de firma de 
auditoria independente”; (2) as normas de auditoria citadas no parágrafo de escopo 
são as normas do Conselho de Supervisão da Contabilidade das Empresas Públicas 
dos Estados Unidos (PCAOB); e (3) um parágrafo de ênfase é adicionado para explicar 
a opinião dos auditores referente aos controles internos sobre o processo de geração 
de relatórios financeiros.
A opinião de auditoria é endereçada ao Conselho de Administração e aos acionistas, 
não à administração. É o Conselho de Administração que contrata os auditores, ou seja, 
o relatório de auditoria é emitido para ele. No título do relatório, os auditores se identi-
ficam como independentes da empresa que está sendo auditada (Relatório do auditor 
independente).
A primeira seção do relatório, intitulada “Relatório sobre as demonstrações financei-
ras”, não é necessária quando o segundo subtítulo, “Relatório sobre outras exigências de 
auditoria”, não se aplica. A segunda seção descreve as responsabilidades da administração: 
preparar e apresentar de maneira adequada as demonstrações financeiras em conformi-
dade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Nos Estados Unidos, essa estru-
tura pode ser os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (GAAP) ou 
as normas internacionais de contabilidade (IFRS). As responsabilidades da administra-
ção incluem a elaboração e a implementação de controles internos relevantes para a 
preparação de demonstrações financeiras livres de distorções relevantes.
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456 Serviços de auditoria e asseguração na prática
Quadro 13.2 Relatório do auditor independente com opinião não modificada
RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE
Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da BCS Company
Relatório sobre as demonstrações financeiras
Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da BCS Company e suas subsidiárias em 31 de dezembro de 20X1 
e 20X0, além das respectivas demonstrações consolidadas do resultado, de lucros retidos e dos fluxos de caixa refe-
rentes aos exercícios findos naquelas datas.
Responsabilidade da administração pelas demonstrações financeiras – A administração é responsável pela prepara-
ção e apresentação adequada dessas demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com os princípios 
contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos; isso inclui a elaboração, implementação e manutenção de contro-
les internos relevantes para a preparação e apresentação de forma adequada de demonstrações financeiras consoli-
dadas livres de distorções relevantes, seja em virtude de fraudes ou erros.
Responsabilidade do auditor – Nossa responsabilidade é expressar uma opinião sobre essas demonstrações finan-
ceiras consolidadas com base em nossas auditorias, as quais realizamos em conformidade com as Normas de Audi-
toria Geralmente Aceitas nos Estados Unidos, que exigem que planejemos e realizemos a auditoria de modo a obter 
segurança razoável quanto às demonstrações financeiras consolidadas estarem livres de distorções relevantes.
Uma auditoria envolve realizar procedimentos com o intuito de obter evidências de auditoria a respeito dos valores 
e divulgações contidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os procedimentos selecionados dependem 
do julgamento do auditor, incluindo a avaliação de riscos de distorções relevantes das demonstrações financeiras 
consolidadas, seja em virtude de fraudes ou erros. Ao fazer essas avaliaçõesde riscos, o auditor considera os 
controles internos relevantes para que a entidade prepare e apresente adequadamente as demonstrações finan-
ceiras consolidadas a fim de elaborar procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com a 
finalidade de expressar uma opinião sobre a efetividade operacional dos controles internos da entidade.* Uma 
auditoria também inclui a avaliação da adequação das políticas contábeis usadas e da razoabilidade das estimati-
vas contábeis significativas feitas pela administração, além de avaliar a apresentação geral das demonstrações fi-
nanceiras consolidadas.
Acreditamos que as evidências de auditoria que obtivemos sejam suficientes e apropriadas para fornecer a base de 
nossa opinião de auditoria.
Opinião – Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas supracitadas representam adequadamente, 
em todos os aspectos relevantes, a posição financeira da BCS Company e suas subsidiárias em 31 de dezembro de 
20X1 e 20X0, e os resultados de suas operações e seus fluxos de caixa referentes aos exercícios que terminaram na-
quelas datas, em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos.
Relatório sobre outras exigências jurídicas e regulatórias
[A forma e o conteúdo desta seção do relatório do auditor variarão a depender da natureza das outras responsabili-
dades dos auditores quanto à geração de relatórios.]
[Assinatura do auditor]
[Endereço do auditor]
[Data do relatório do auditor]
* Em circunstâncias em que o auditor tem a responsabilidade de expressar uma opinião sobre a efetividade operacional dos 
controles internos em conjunção com uma auditoria das demonstrações financeiras, essa frase seria formulada da seguinte 
maneira: “Ao fazer essas avaliações de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a preparação e apresen-
tação de forma adequada das demonstrações financeiras pela entidade a fim de elaborar procedimentos de auditoria apropria-
dos às circunstâncias”.
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CAPÍTULO 13 | Relatórios de auditoria 457
Quadro 13.3
Relatório do auditor independente com uma opinião não modificada 
para empresas que usam normas contábeis internacionais
RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE
Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da BCS Company
Relatório sobre as demonstrações financeiras
Examinamos as demonstrações financeiras da ABC Company, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de 
dezembro de 20X1 e as demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa do 
exercício findo naquela data.
Responsabilidade da administração pelas demonstrações financeiras – A administração é responsável pela preparação 
e apresentação de forma adequada dessas demonstrações financeiras, em conformidade com as normas financeiras 
internacionais de geração de relatórios, e pelos controles internos que determinaram serem necessários para possibilitar 
a preparação de demonstrações financeiras livres de distorções relevantes, seja em virtude de fraudes ou erros.
Responsabilidade do auditor – Nossa responsabilidade é expressar uma opinião sobre essas demonstrações finan-
ceiras com base em nossas auditorias, as quais realizamos em conformidade com as normas internacionais de audi-
toria, que exigem que cumpramos exigências éticas e planejemos e realizemos a auditoria de modo a obter seguran-
ça razoável quanto às demonstrações financeiras estarem livres ou não de distorções relevantes.
Uma auditoria envolve realizar procedimentos com o intuito de obter evidências a respeito dos valores e divulgações 
contidas nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, o que 
inclui a avaliação de riscos de distorções relevantes das demonstrações financeiras, seja em virtude de fraudes ou erros. 
Ao fazer essa avaliação, o auditor considera os controles internos relevantes para a preparação e apresentação de forma 
adequada das demonstrações financeiras pela entidade a fim de elaborar procedimentos de auditoria apropriados às 
circunstâncias, mas não com a finalidade de expressar uma opinião sobre a efetividade operacional dos controles inter-
nos da entidade. Uma auditoria também inclui a avaliação da adequação das políticas contábeis usadas e a razoabilidade 
das estimativas contábeis feitas pela administração, além de avaliar a apresentação geral das demonstrações financeiras.
Acreditamos que as evidências de auditoria que obtivemos sejam suficientes e apropriadas para fornecer a base de 
nossa opinião de auditoria.
Opinião – Em nossa opinião, as demonstrações financeiras representam adequadamente, em todos os aspectos re-
levantes (ou fornecem uma visão verdadeira e justa de), a posição financeira da ABC Company em 31 de dezembro 
de 20X1, e (de) seu desempenho financeiro e seus fluxos de caixa do exercício findo naquela data em conformidade 
com as normas financeiras internacionais de geração de relatórios.
Relatório sobre outras exigências jurídicas e regulatórias
[A forma e o conteúdo desta seção do relatório do auditor variarão a depender da natureza das outras responsabili-
dades dos auditores quanto à geração de relatórios.]
[Assinatura do auditor]
[Data do relatório do auditor]
[Endereço do auditor] (ISA 700)
A terceira seção descreve as responsabilidades dos auditores: expressar uma opinião 
sobre as demonstrações financeiras. Além disso, descreve o trabalho realizado pelos au-
ditores no processo de auditoria, isto é, que conduziram a auditoria baseados nas normas 
de auditoria aceitas nos Estados Unidos ou nas normas de auditoria do Conselho de Su-
pervisão da Contabilidade de Empresas de Capital Aberto (Public Company Accounting 
Oversight Board – PCAOB). Ambos os conjuntos de normas de auditoria exigem que os 
auditores obtenham segurança razoável de que as demonstrações financeiras estejam 
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458 Serviços de auditoria e asseguração na prática
livres de distorções relevantes. Declará-las livres de distorções relevantes significa que a 
decisão do usuário externo não mudaria se tivesse ciência de qualquer distorção que 
permaneça nas demonstrações financeiras. Essa seção também relata ao usuário externo 
que os auditores consideraram o risco das distorções relevantes no processo de auditoria, 
examinaram evidências na forma de testes, consideraram os princípios contábeis usados 
pela empresa e avaliaram as estimativas feitas pela administração. Essa seção estabelece o 
nível de segurança que o usuário externo pode receber de uma opinião de auditoria (se-
gurança razoável, e não segurança absoluta).
A seção de Opinião declara que as demonstrações financeiras citadas no parágrafo intro-
dutório representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição financei-
ra (o balanço patrimonial) da empresa nos dois últimos anos e os resultados de suas opera-
ções (a demonstração do resultado) e seus fluxos de caixa (a demonstração dos fluxos de 
caixa) referentes aos exercícios que terminaram naquelas datas.1 O parágrafo de opinião 
também descreve a estrutura de relatório financeiro aplicável usada na preparação das de-
monstrações financeiras. No Quadro 13.2, elas são apresentadas em conformidade com os 
princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos. 
Os auditores usam a subseção intitulada “Relatório sobre outras exigências jurídicas 
e regulatórias” quando têm a obrigação de divulgar outros assuntos complementares à 
sua responsabilidade no “Relatório sobre as demonstrações financeiras”. A forma e o 
conteúdo dessa seção variarão de acordo com a natureza das outras responsabilidades 
de geração de relatórios. Por exemplo, para auditorias conduzidas sob normas de audito-
ria governamentais, os auditores podem ser obrigados a relatar a respeito dos controles 
internos sobre relatórios financeiros e do cumprimento de leis, regulamentações e pro-
visões de contratos ou acordos de concessão.
O relatóriodo auditor deve incluir uma assinatura original ou impressa de um sócio 
encarregado do trabalho de auditoria de uma firma de auditoria. O endereço da empresa 
inclui a cidade e o estado em que os auditores exercem sua profissão e a data de emissão 
do relatório anual. Essa data não deve ser anterior àquela em que eles obtiveram evidên-
cias suficientes e apropriadas sobre as quais basearam sua opinião, incluindo as de que a 
documentação de auditoria foi revisada; de que todas as demonstrações compreendidas 
pelas demonstrações financeiras, inclusive as notas explicativas, foram preparadas; e de 
que a administração asseverou que se responsabiliza pelas demonstrações financeiras.
Parágrafos de ênfase e de outros assuntos no relatório 
do auditor independente
Os auditores usam um parágrafo de ênfase ou um parágrafo de ou-
tros assuntos quando querem chamar a atenção dos usuários, res-
pectivamente, para um assunto que está apropriadamente apre-
sentado ou divulgado nas demonstrações financeiras e para 
qualquer outro relevante, a fim de que compreendam a respeito 
de uma auditoria, das responsabilidades dos auditores ou do 
1 No passado, empresas nos Estados Unidos apresentavam as informações de dois anos de balanços patrimo-
niais e de três anos de demonstrações do resultado, fluxos de caixa e patrimônio líquido. Essa formulação 
sugere que as empresas podem começar a apresentar informações de apenas dois anos de demonstrações do 
resultado, fluxos de caixa e patrimônio líquido.
OA13.3 Explicar o que 
é um parágrafo de 
ênfase ou de outros 
assuntos e por que 
eles podem ser 
adicionados a um 
relatório de auditoria 
não qualificado.
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Dica do professor
Veja na apresentação os elementos que constituem a finalização do trabalho de auditoria.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ee765da3ee64694f346f65dab22be965
Exercícios
1) 
Próximo ao fim da auditoria, os auditores realizam vários procedimentos. Estes 
procedimentos têm o objetivo de avaliar diferentes aspectos da construção das 
demonstrações financeiras. NÃO caracteriza esses diferentes aspectos na finalização da 
auditoria:
A) a) Risco de distorções relevantes em virtude de violações de leis e regulamentações.
B) b) Transações de partes relacionadas.
C) c) Eventos subsequentes.
D) d) Passivos contingentes.
E) e) Planejamento de auditoria a ser produzido.
2) 
Passivos contingentes são aqueles que poderiam surgir no futuro baseados em um evento 
ocorrido durante o exercício social corrente, fato que pode exigir divulgações ou 
reconhecimento no exercício social que está sendo auditado. NÃO caracteriza passivo 
contingente:
A) a) Litígios sobre Impostos de Renda.
B) b) Passivos por descontos de títulos a receber.
C) c) Garantias das obrigações de outras partes.
D) d) Reivindicações de garantia de produto.
E) e) Ações judiciais que não exijam que a empresa pague indenizações relativas à 
responsabilidade civil de produtos.
3) 
O evento subsequente se estende do fim do exercício social à data da emissão da opinião de 
auditoria, período que pode durar apenas algumas semanas até três meses. Nesse momento, 
os auditores devem realizar uma pesquisa por eventos subsequentes que precisa incluir os 
seguintes procedimentos de auditoria, EXCETO:
A) a) Verificar as informações e emitir seu relatório com uma nova data para as demonstrações 
financeiras alteradas.
B) b) Ler as demonstrações financeiras provisórias.
C) c) Ler as atas das assembleias de acionistas, reuniões do Conselho de Administração e da 
administração.
D) d) Indagar à administração sobre a ocorrência ou não de algum evento depois da data das 
demonstrações financeiras que pudesse afetá-las.
E) e) Desconsiderar os procedimentos usados pela administração para garantir que os eventos 
subsequentes sejam identificados.
4) 
As normas de auditoria identificam transações que podem indicar a existência de partes 
relacionadas. Qual opção abaixo exemplifica uma das partes relacionadas?
A) Fazer empréstimos sem termos acordados a respeito de quando ou como os fundos serão 
pagos.
B) Trocar propriedades por propriedades similares em uma transação não monetária.
C) Vender imóveis a um preço que difere significativamente de seu valor avaliado.
D) Contrair ou conceder empréstimos livres de juros ou a uma taxa de juros significativamente 
acima ou abaixo das taxas de mercado.
E) Fundos fiduciários para benefícios dos funcionários, como fundos de pensão e fundos de 
distribuição de lucros que a administração supervisione.
5) 
Os auditores analisam as seguintes informações para identificar condições que poderiam 
indicar dúvidas sobre se a empresa continuará existindo por um período de tempo razoável. 
NÃO caracteriza informação relevante neste caso:
A) a) Mudanças nas leis ou regulamentações ou nas políticas governamentais que provavelmente 
afetarão a empresa.
B) b) Processos judiciais ou regulatórios pendentes contra a empresa que possam resultar em 
indenizações que ela não consiga pagar.
C) c) Mudança dos fornecedores de transações a crédito para transações com pagamento 
mediante a entrega.
D) d) Perdas operacionais substanciais ou deterioração significativa no valor dos ativos usados 
para gerar fluxos de caixa.
E) e) Empréstimos com termos fixos aproximando-se do vencimento com boas perspectivas de 
renovação ou liquidação.
Na prática
Veja o exemplo de uma nota explicativa que explicita o nível de detalhe que deve constar nas 
demonstrações e no parâmetro para a finalização do trabalho de auditoria.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Normas brasileiras de contabilidade: NBC TA
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
NBC TA 710 (R1) – INFORMAÇÕES COMPARATIVAS – 
VALORES CORRESPONDENTES E DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS COMPARATIVAS
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-independente/
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA710(R1).pdf

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