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O AUDITOR

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Perfil e Comportamento do Auditor
Apresentação
Um dos pontos mais importantes em um processo de auditoria é a integração entre auditor e 
auditado. A sintonia entre essas duas peças irá nortear os resultados do trabalho. Além disso, 
alguns trabalhos exigem do auditor habilidades muito específicas relacionadas ao fator humano, 
pois as respostas a questões relativas ao trabalho não estarão nos relatórios ou em qualquer outro 
tipo de evidência, mas nas pessoas. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar os fatores 
relativos ao perfil dos auditores, como qualificação, dever ético e a forma que o auditor deverá 
abordar os auditados, dentro de cada etapa da auditoria. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Listar as qualificações técnicas e os deveres éticos do auditor.•
Elaborar um plano de entrevistas investigativas e abordagens aos auditados.•
Descrever as principais pautas para reunião de encerramento de auditoria.•
Desafio
Junto com a evolução do mercado de auditoria e da profissão de auditor, veio o reconhecimento 
sobre o trabalho destes profissionais. As empresas como um todo passaram a reconhecer que as 
habilidades de um profissional de auditoria são semelhantes às características esperadas dos líderes 
de negócios.
Na empresa MGM Soldas e Eletrodos (empresa com sede em São Paulo/SP, mas com presença 
nacional) existem, no momento, 10 mil funcionários atuando em todo o Brasil. A empresa conta 
com uma equipe de sete auditores, sendo um gerente e seis auditores de campo. Recentemente, 
um dos auditores foi convidado a assumir uma posição de liderança na área de logística da empresa. 
Você, gerente da área de auditoria, precisa recrutar um novo auditor para suprir esta carência, 
então abriu recrutamento interno na MGM, para tentar identificar um profissional que se enquadre 
no perfil de auditor.
O RH da empresa chamou você para descrever o perfil deste profissional para auditor de sua 
equipe, considerando os seguintes parâmetros:
- Técnica (considere que o auditor irá transitar em várias áreas da empresa, não somente nas áreas 
contábil e administrativa)
- Emocional
- Pessoal
- Ética
Infográfico
O sucesso de um trabalho de auditoria depende não somente de uma execução técnica qualificada, 
mas também necessita de um encerramento adequado, para que não fique dúvida sobre o trabalho 
realizado e não haja contestações sobre as inconformidades apontadas, após a divulgação do 
relatório. Veja no infográfico os principais passos e as dicas para realizar um encerramento 
adequado do processo de auditoria.
Conteúdo do livro
Algumas características são ímpares na posição de auditoria, pois neste trabalho há um alto nível de 
exigência e responsabilidade. Um dos preceitos na formação de um profissional desta área é o 
entendimento do perfil do auditor, bem como seus deveres éticos e sua conduta de trabalho.
Para aprender mais, faça a leitura do capítulo Perfil e comportamento do auditor, base teórica desta 
Unidade de Aprendizagem. Nele, serão abordados os principais fatores relativos ao tema.
Boa leitura!
AUDITORIA
João Guterres de Matos
Per� l e comportamento 
do auditor
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Listar as quali� cações técnicas e os deveres éticos do auditor. 
  Elaborar um plano de entrevistas investigativas e abordagens aos 
auditados. 
  Descrever as principais pautas para reunião de encerramento de 
auditoria.
Introdução
Um dos pontos mais importantes em um processo de auditoria é a in-
tegração entre auditor e auditado. A sintonia entre essas duas peças irá 
nortear os resultados do trabalho. Além disso, alguns trabalhos exigem do 
auditor habilidades muito específicas relacionadas ao fator humano, pois 
as respostas a questões relativas ao trabalho não estarão nos relatórios 
ou em qualquer outro tipo de evidência, mas nas pessoas. 
Neste texto, você vai estudar os fatores relativos ao perfil dos auditores, 
como qualificação, dever ético e a forma que o auditor deverá abordar 
os auditados, dentro de cada etapa da auditoria. 
Deveres éticos da profissão
 Em qualquer profi ssão, e também na vida pessoal, é importante 
que todos estejam pautados e sigam suas vidas e carreiras de acordo com os 
valores e comportamentos éticos esperados pela empresa e pela sociedade. No 
entanto, na área de auditoria esses padrões de convivência e atitudes devem ser 
seguidos com extrema rigidez. O auditor deve agir como modelo de postura 
ética. 
O auditor, seja ele interno ou externo, circula, durante suas análises, 
em todas as áreas da empresa e pode acabar identificando desvios de conduta 
ou até mesmo desvios operacionais de rotina, que, por força da profissão, deve 
levar ao conhecimento da alta administração da empresa. Por esse motivo, é 
importante que o auditor mantenha um padrão ético e uma postura equilibrada, 
evitando conflitos e minimizando situações que podem dar margem para 
que o seu trabalho seja contestado. Alguns pilares são fundamentais para a 
manutenção de um padrão ético adequado na profissão auditoria, pilares que 
devem ser rigorosamente respeitados.
Postura discrição e sigilo
O auditor deve ser discreto em suas atividades, suas ações não devem chamar 
a atenção das áreas auditadas, não devem gerar incômodos ou desgastes na 
rotina. É notório que, em determinados trabalhos, as solicitações da auditoria 
atrapalhem a rotina da área, ou coloquem os auditados em uma situação descon-
fortável. Nesses casos, cabe ao auditor se dedicar a superar essas adversidades. 
O nível de descrição do auditor deve ultrapassar os padrões normais, 
visto que, além de um padrão natural, as medidas de discrição são utilizadas 
como ferramenta de trabalho. Por vezes, as atitudes e os questionamentos do 
auditor para com o auditado devem ser tão sutis que será imperceptível a real 
necessidade de informação ou documentação que o auditor está solicitando. 
Esse fato vai dar uma vantagem ao auditor em relação ao auditado, no sentido 
de evitar que alguma inconformidade seja “maquiada” durante o processo 
de auditoria, além de evitar que você, como auditor, necessite interpelar os 
auditados e gerar desconfortos.
O fator sigilo é outro ponto mandatório na carreira de um auditor. É verídica 
a afirmação de que os auditores, de forma geral, têm acesso a informações 
privilegiadas. Sendo assim, o compromisso desses profissionais na salvaguarda 
dessas informações é um ponto chave na atividade de auditoria. Muitas vezes, 
as informações podem comprometer o andamento dos negócios. 
Se o auditor interno identificar que a empresa pratica atos ilegais, e se 
essas práticas continuarem após o auditor alertar a alta administração, ele 
deve apresentar essas informações aos órgãos legais competentes para que 
sejam avaliadas. 
 Auditoria 2
O auditor deve agir com descrição e manter o sigilo sobre tudo que foi visto durante 
o trabalho de auditoria, porém precisa, em primeiro lugar, manter sua integridade
pessoal. Logo, se encontrar algo errado e constatar que a empresa está deliberadamente
cometendo atos ilegais, tem obrigação, como cidadão, de denunciar.
A integridade pessoal e profissional do auditor deve ser preservada, inde-
pendentemente de seu vínculo empregatício ou contratual com os auditados. 
Podemos citar como exemplo a posição do auditor externo, que tem como 
obrigação emitir um parecer transparente sobre a situação econômica e finan-
ceira da empresa, independentemente dos reflexos dessas informações junto 
ao mercado. Em caso de omissão ou incorreção, o profissional pode responder 
civil e criminalmente por esses atos.
Outro ponto importante e muito comum na vida do auditor, está relacionado 
às investidas de agentes corruptores em troca de favores profissionais e, por 
vezes, financeiros. As investidas se manifestam de diversas formas, inclusive 
por meio de ameaças. Na carreira de auditor interno, por terum menor nível de 
independência em relação à auditoria externa, as ameaças são mais comuns. 
No entanto, independentemente das abordagens serem em tom ameaçador ou 
não, o auditor precisa manter a serenidade e sua postura de exemplo ético. 
É importante lembrar que, quando se tratar de uma relação de auditoria 
independente, as informações de propriedade da empresa, por exemplo modus 
operandi dos negócios, não poderão ser fornecidas a terceiros, a menos que 
a auditada autorize, ou se algum órgão regulador solicitar a documentação. 
Caso contrário, os auditores estarão rompendo o acordo de sigilo alinhado 
na contratação dos serviços.
Abordagem e qualificações técnicas do auditor
O bom relacionamento entre auditado e auditor é um dos principais fatores de 
sucesso no trabalho de auditoria. Essa sintonia irá ditar o ritmo do trabalho 
e, por vezes, será determinante para o resultado. Por mais que você ache um 
clichê, essa afi rmativa é verdadeira e intensa na vida do auditor, pois é comum o 
auditor encontrar difi culdades, barreiras e pré-conceito das pessoas em relação 
3 Auditoria 
ao seu trabalho. Portanto, todo cuidado é pouco, se tratando da abordagem 
junto aos auditados. A seguir, veja alguns cuidados a serem tomados:
 Tom de voz: o auditor deve se comunicar de forma firme, porém uti-
lizando um tom agradável e constante para evitar que o auditado se
sinta intimidado.
 Não exigir, pedir: embora sua posição lhe coloque em condição de
exigir que suas recomendações sejam acatadas, você deve evitar esse
tipo de confronto. Procure demonstrar de forma clara a importância e
a urgência de suas solicitações, porém sem valer-se de seu cargo.
 Bom senso: procure utilizar o bom senso e ponderar as situações, o
auditor precisa ser justo e imparcial em suas decisões. Portanto, não
se apegue em detalhes que possam gerar desgastes, mas não alterem o
resultado final do trabalho ou teste.
 Autoconfiança: demonstre que está seguro de sua capacidade e que
é capaz de executar o trabalho. No entanto, tome muito cuidado para
não exagerar em suas demonstrações de autoconfiança, pois o audi-
tado pode interpretar isso como arrogância e se fechar, fato que pode
prejudicar o trabalho.
 Ser um bom ouvinte: procure ouvir mais do que falar, não interrompa 
o auditado enquanto estiver falando e não conclua o raciocínio dele para
demonstrar que domina o assunto, mesmo que você saiba o que será dito.
 Respeito e humildade: mantenha o respeito e a tranquilidade mesmo
quando for desafiado, seja humilde e trate todos da mesma forma (ope-
radores, gerentes, diretores). Lembre-se que todos são iguais, indepen-
dentemente do cargo que exercem.
As abordagens devem ser firmes, porém não agressivas, o conhecimento 
técnico do auditor deve ser demonstrado naturalmente, não em tom ameaçador 
ou intimidador. Além disso, é importante que o auditor tenha contato com 
todos os envolvidos no trabalho, para obter informações que lhe possibilitem 
averiguar os riscos e montar cenários. Busque entrar em contato com fun-
cionários operacionais da área auditada, pois essas pessoas podem fornecer 
informações valiosas para o andamento dos trabalhos.
Eventualmente, por estratégia, você poderá fazer algumas perguntas que 
já sabe a resposta, desafiando o auditado em relação ao seu conhecimento 
sobre o processo ou sobre a uma determinada falha, mas isso deve acontecer 
pontualmente e com as pessoas certas, não sempre e não com todos. 
 Auditoria 4
Muitos atribuem o perfil do auditor a de um profissional solitário, que 
trabalha em seu mundo, extremamente concentrado e que não possui vínculos, 
pois precisa ter disponibilidade de viagens constantes. De fato, o auditor pre-
cisa ter um bom nível de concentração, porém essa não é a sua característica 
principal, tampouco a disponibilidade de viagens é condição básica para sua 
contratação. Essas são características complementares e aplicáveis a alguns 
tipos de auditoria, mas não valem como regra geral.
Algumas características pessoais, em termos de postura e atitudes, são 
requeridas para a profissão, entre elas: 
 equilíbrio emocional;
 desenvoltura para tratar assuntos delicados com as lideranças das em-
presas, e reagir com naturalidade quando for repreendido ou contrariado
por pessoas de cargo maior;
 abertura para aceitar opiniões adversas, ponderando a posição contrária
em face aos interesses da empresa.
Liderança, criatividade e poder de persuasão são diferenciais bem-vindos 
em uma equipe de auditoria, porém não são determinantes na escolha de um 
auditor, salvo em situações específicas em que haja carência de pessoas com 
essas características.
Em relação às qualificações técnicas do auditor, podemos dizer que, salvo 
em alguns casos específicos, como auditoria contábil por auditor independente, 
em que o profissional precise ser contador vinculado ao conselho regional 
de contabilidade (CRC) e conselho federal de contabilidade (CFC), não há 
restrição de formação acadêmica para realização da maioria dos tipos de 
auditoria, inclusive é recomendável que em alguns casos, como a auditoria 
de gestão, que a equipe de trabalho tenha profissionais de diversas áreas para 
complementar a cadeia de estudos.
Algumas características, em termos de conhecimento técnico e pessoais, 
são mais comuns no mercado de auditoria, por exemplo:
 contabilidade e finanças;
 auditoria;
 ciências do comportamento;
 comunicações;
 sistema eletrônicos de processamento de dados;
 economia;
 aspectos legais dos negócios;
5 Auditoria 
 processo administrativo e atividades gerenciais;
 métodos quantitativos;
 sistemas e métodos (desenvoltura para comunicar-se com todos os
públicos);
 raciocínio lógico e abstrato apurado;
 curiosidade e perseverança;
 objetividade e capacidade de sintetizar os problemas;
 boa redação e dicção.
Além disso, conhecimentos em TI, como segurança da informação, sistemas 
de informações gerenciais (ERP) e banco de dados são diferenciais na carreira, 
mas não determinantes no escopo de qualificações técnicas de um auditor.
Entrevistas aplicadas à auditoria
É de extrema importância o conhecimento técnico do auditor sobre a área 
que será averiguada para obtenção de resultados positivos em uma auditoria. 
No entanto, algumas habilidades complementares são exigidas do auditor, 
em relação ao tratamento com as pessoas, em especial, como ferramenta de 
trabalho. O processo de entrevista, é uma das principais ferramentas utilizadas 
pelos auditores para identifi car indícios de problemas, fraudes ou até mesmo 
para preencher lacunas que fi caram em aberto após o levantamento de dados 
e provas documentais.
As entrevistas podem acontecer informalmente ou formalmente. Até mesmo 
uma simples conversa entre auditor e auditado pode ser considerada uma 
entrevista, ou pode ser o momento de utilizar algumas técnicas que auxiliam 
na obtenção de informações ou indícios que irão nortear o trabalho. Porém, 
cabe salientar que as perguntas e gestos do auditor devem, mesmo que em 
um processo de entrevista, respeitar os padrões éticos e de conduta estudados 
neste texto. 
Entrevista informal
Como já mencionado, a entrevista informal pode ocorrer a qualquer momento, 
porém pode ser mais efetiva se realizada em pelo menos dois momentos: na 
abertura do trabalho e após a realização dos testes. Podemos considerar esses 
momentos como entrevista inicial e intermediária.
 Auditoria 6
Na entrevista inicial você poderá identificar alguns problemas da área, por 
isso é importante que realize esse processo logo após finalizar o mapeamento 
de riscos. Direcione algumas perguntas para os pontos que entender que 
podem ser factíveis a erros ou fraudes, para observar as reações e respostas 
dos auditados. 
Veja algumas dicas para entrevista:
 Quebre o gelo com perguntas cotidianas: Quanto tempo você trabalha conosco? 
Como é o transito de sua casa até aqui? 
 Introduza o assunto aos poucos: Como é sua rotina? Como é o funcionamento
geral da área sob suavisão?
Demonstre comprometimento: O processo possui algum problema? Há algo que
queira falar, mas tem medo? Pode confirmar que não sairá daqui! Alguma vez você 
viu algo que lhe incomodou, mas acabou não reportando para não gerar conflito? 
Alguma diretriz ou atividade chave não está sendo cumprida?
 Finalize abrindo um canal: Há algo que não perguntei que gostaria de falar? Procure-
-me caso lembre de algo, estarei sempre disponível.
Durante o andamento dos testes você pode realizar uma entrevista inter-
mediária com os auditados para validar ou revisitar algum ponto que não ficou 
claro durante a entrevista inicial. Em posse de informações diferentes das 
fornecidas inicialmente, é importante que você refaça alguns questionamen-
tos ao auditado, sem dar detalhes, demonstre que já sabe a resposta correta. 
Essas confirmações serão importantes para testar o comprometimento e a 
idoneidade do auditado.
Entrevista formal
A entrevista formal é bastante semelhante a uma entrevista informal. No en-
tanto, geralmente é realizada ao fi nal do trabalho de auditoria, quando existem 
fortes indícios e, por vezes, provas documentais de alguma irregularidade grave 
ou fraude. Esse processo requer maior preparo em termos estruturais, além de 
muitos cuidados em relação à preservação dos direitos do entrevistado. Veja 
algumas dicas importantes:
7 Auditoria 
 É recomendável que a entrevista não seja realizada pelo mesmo auditor
que fez o levantamento documental e análise de dados.
 Deixe claro o motivo pelo qual o auditado está sendo entrevistado.
 Deixe claro que o entrevistado não é obrigado a responder as perguntas.
 Procure registrar a conversa, através de gravações e testemunhas.
Acionar a área jurídica da empresa antes de realizar uma entrevista é 
uma boa prática, pois trata-se de um processo bastante delicado e que se for 
conduzido de forma incorreta pode gerar transtornos, inclusive em termos de 
reclamatória trabalhistas e ações judiciais em esfera civil. 
Encerramento da auditoria
O sucesso de um trabalho de auditoria não depende apenas de uma execução 
técnica qualifi cada, mas também de um encerramento adequado, para que 
não fi quem dúvidas sobre o trabalho realizado e não haja contestações sobre 
as inconformidades apontadas após a divulgação do relatório. 
Inicialmente, é importante salientar que a pauta de encerramento de au-
ditoria e o relatório devem ressaltar tanto os pontos negativos como os posi-
tivos identificados, já que a auditoria não é apenas um agente fiscalizador. A 
informações importantes e os resultados do trabalho devem ser apresentados 
à alta administração, mesmo que não haja inconformidades relevantes na 
área auditada.
A pauta de uma reunião de encerramento deve ser simples e objetiva, porém 
clara e conclusiva. Não é necessário detalhar os testes, tampouco apresentar 
evidências das falhas encontradas, somente se o auditado solicitar. Além disso, 
o encerramento é um momento de exercitar o feedback, portanto deve haver
espaço para discussões sadias com os auditados durante o encerramento.
Cabe salientar que, se as informações da pauta forem objetivas, não haverá 
margens para discussões ou contestações sobre os testes realizados. Esse 
momento deve ser utilizado para ratificar os pontos e não revisar métricas e 
trilhas de testes, ou seja, o encerramento é apenas um momento de integração 
para demonstrar os resultados e alinhar as ações de melhoria, não deve gerar 
desgastes, por isso, procure alinhar e ratificar os testes junto aos auditados 
(operacionais e gestores) durante a execução do trabalho, não deixe isso para 
o fim.
Outros cuidados importantes em relação ao encerramento da auditoria:
 Auditoria 8
 Agendar reunião com todos os envolvidos no processo.
 Utilizar linguagem simples, equivalente ao público presente na reunião.
 Marcar reunião, salas e reservar equipamentos necessários com
antecedência.
 Testar os recursos antes da reunião e revisar a apresentação, evitando
temas polêmicos e irrelevantes.
 Apresentar as falhas e deixar claro os reflexos para o negócio.
 Pedir sugestões de ações.
 Não impor prazos, negociar.
 Não entrar em conflito.
 Manter o equilíbrio emocional e demonstrar que sua intenção é defender
os interesses da empresa, e não prejudicar os auditados.
Por fim, é importante que os resultados da auditoria sejam encaminhados a 
alta administração. Porém, evite divulgar relatórios sem realizar previamente 
o alinhamento das falhas com os gestores da área, salvo em casos especiais,
como uma ocorrência de fraude em que o gestor da área estiver envolvido.
9 Auditoria 
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013. 
LEITE, Fabrycia. O perfil de um auditor. Administradores, 2009. Disponível em: <http://
www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/o-perfil-de-um-audi-
tor/36664/>. Acesso em: 12 dez. 2016.
LISBOA, Ibraim. Perfil e qualidades necessárias para exercer com sucesso a profissão 
de auditor. In: LISBOA, Ibraim. Formação de auditores internos. Curitiba: Maph, 2009. 
Disponível em: <http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/como-formar-equipe-
-auditores-internos_qualidades-exercicio-profissional.htm>. Acesso em: 12 dez. 2016.
LUNELLI, Reinaldo L. Auditoria: responsabilidade legal e ética profissional. São Paulo: 
Portal de Contabilidade, c2016. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.
com.br/noticias/auditoria-responsabilidade-etica.htm>. Acesso em: 12 dez. 2016.
10 Auditoria 
Dica do professor
É de extrema importância o conhecimento técnico do auditor sobre a área que será averiguada, 
pois assim é garantida a obtenção de resultados positivos em uma auditoria. No entanto, algumas 
habilidades complementares são exigidas do auditor, em termos de tratamento com as pessoas, em 
especial, como ferramenta de trabalho.
O processo de entrevista é uma das principais ferramentas utilizadas pelos auditores para 
identificar indícios de problemas, fraudes ou até mesmo para preencher lacunas que ficaram em 
aberto após o levantamento de dados e provas documentais.
Assista ao vídeo a seguir para conhecer dicas importantes sobre o processo de entrevista aplicada 
ao trabalho do auditor.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/b26dcba849e0d5c7f03bc99e0bed14bd
Exercícios
1) Marque a alternativa correta em relação às características que melhor representam o perfil 
do auditor.
A) Alto nível de concentração e disponibilidade para viagens.
B) Capacidade de desenvolver fluxogramas e apresentar reuniões.
C) Liderança, criatividade e sensibilidade emocional.
D) Equilíbrio emocional, excelente raciocínio lógico e integridade ética.
E) Capacidade de persuadir os auditados, para que seus apontamentos não sejam contestados.
2) Em relação ao padrão de conduta e aos deveres éticos e responsabilidades dos auditores, 
aponte a opção correta.
A) O auditor interno, em virtude de seu vínculo empregatício com a empresa, não deve levar a 
conhecimento público informações internas.
B) O auditor deve trabalhar de forma discreta e manter sigilo sobre os fatos apurados durante 
seu trabalho, porém, se identificar irregularidades que possam afetar a sociedade, tem como 
dever alertar as autoridades responsáveis pela avaliação destes fatos, embora esteja sendo 
pago pela empresa auditada.
C) O auditor independente deve trabalhar de forma ética e, em função de ter contrato com a 
empresa auditada, não deve divulgar ao mercado informações que possam prejudicar os 
negócios da organização.
D) Código de ética e normas de auditoria interna aplicam-se apenas a auditores internos 
vinculados ao IIA.
E) As normativas legisladas e aprovadas pelos institutos de auditores internos e externos, em 
conjunto com os demais órgãos competentes, deliberam que, embora haja omissão ou 
incorreção no parecer do auditor, penalidadeserá aplicada apenas em esfera trabalhista, pois 
o compromisso do auditor extingue-se neste momento.
3) 
O encerramento de uma auditoria é o que dita os eventos subsequentes ao trabalho. Logo, 
para evitar possíveis degastes, é primordial que os trabalhos sejam encerrados de forma 
amigável e parceira. Assinale a alternativa que melhor relata o encerramento de uma 
auditoria.
A) No encerramento de uma auditoria, o auditor deve apresentar detalhadamente todos os 
testes realizados durante o trabalho, bem como evidenciar as inconformidades identificadas, 
para que não haja discussão em relação aos pontos de falhas.
B) As inconformidades e os pontos positivos devem ser apresentados de forma clara e objetiva 
aos auditados; devem também ser alinhados os planos de ação e os prazos de correção das 
inconformidades.
C) Os relatórios devem ser entregues prontos, com ações e prazos estipulados pela auditoria em 
relação a falhas identificadas.
D) O resultado da auditoria precisa ter o maior nível de independência possível. Logo, deve ser 
apresentado somente para a diretoria da empresa, nunca para os auditados e gestores diretos 
dos auditados, para que os resultados não sejam influenciados.
E) A pauta e o relatório de encerramento de auditoria devem conter apenas as inconformidades 
identificadas e as ações de correção sugeridas. Pontos positivos identificados devem ser 
apresentados à gestão da área auditada durante a realização do trabalho.
4) Em relação ao conhecimento técnico dos auditores, marque a opção correta.
A) Para realizar e finalizar uma auditoria contábil por uma empresa independente, assinando o 
parecer conclusivo, o profissional precisa ser contador, administrador ou economista.
B) Apenas administradores podem realizar auditoria de gestão, pois os conhecimentos 
requeridos para este tipo de trabalho são restritos ao curso de Administração.
C) A profissão de auditor é homologada e restrita aos contadores, portanto, apenas profissionais 
da área contábil podem exercê-la.
D) Uma auditoria pode ser realizada por profissionais de diversas áreas, como Administração, 
Contabilidade, Engenharia e Medicina. Há algumas restrições para certos tipos de auditorias, 
e a formação do auditor dependerá da necessidade da empresa.
E) Embora não haja uma formação acadêmica específica requerida para ser auditor, o 
profissional precisa ter conhecimento em ferramentas de manipulação de bancos de dados; 
do contrário, não conseguirá realizar testes e formatar amostras.
5) A postura do auditor durante o trabalho pode determinar o resultado da auditoria. Avalie e 
assinale a alternativa que melhor representa a postura do auditor durante o trabalho.
A) O auditor deve manter-se distante dos auditados e perguntar apenas o necessário para evitar 
distorções de conceitos.
B) O auditor deve abordar os auditados de maneira firme, demonstrando sempre que seu 
conhecimento técnico é superior ao do auditado, para que este fique intimidado e forneça as 
informações corretas.
C) O auditor não deve entrar em contato com os funcionários que trabalham na parte 
operacional da área auditada, somente com os gestores.
D) O auditor deve se relacionar profissionalmente com todas as pessoas envolvidas no processo, 
abordando-as de forma humilde e respeitosa.
E) O auditor precisa desafiar constantemente os auditados, para que sejam levados ao erro e 
possam demonstrar naturalmente as falhas operacionais e estratégicas existentes nas áreas 
auditadas.
Na prática
Felizmente, alguns executivos já estão mudando sua visão em relação ao trabalho de auditoria, 
passando a ver este processo como um benefício. Dessa forma, a chegada dos auditores não 
representa a abertura da temporada de "caça às bruxas", como é comum ouvir no mercado.
Mas, na prática, ainda são poucas as situações em que o auditor será bem recebido na área onde 
realizará o trabalho. É mais comum o auditor ter uma boa recepção e abertura nos casos em que a 
própria área auditada solicitou o trabalho. Por isso, é primordial que o profissional esteja 
emocionalmente preparado para enfrentar essa adversidade, e, além disso, precisa ter habilidade 
em reverter tal situação durante o trabalho, pois muitas vezes os resultados dependem de 
informações importantes que vêm dos auditados.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
O perfil do auditor moderno - O segredo do sucesso
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Pesquisa mostra perfil dos auditores fiscais
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/XDN1wsq_AyU
https://www.youtube.com/embed/-Qg3QlakB0w
As relações do auditor com a entidade 
auditora
Apresentação
A relação do auditor com a entidade de auditoria deve se dar, basicamente, conforme a norma que 
estabelece os requisitos sobre comportamentos, autonomias, deveres e responsabilidades de 
ambos. Além da formação na graduação e o registro profissional, o profissional necessita seguir, na 
sua prática, as técnicas contábeis para se tornar um profissional da área.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá que o auditor e a entidade terão um bom 
relacionamento se ambos seguirem os padrões estabelecidos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o perfil do auditor e a sua conduta.•
Citar as formas de registros como auditor.•
Descrever a carreira profissional de auditor.•
Desafio
Para se exercer a profissão de auditor, é necessário seguir alguns requisitos básicos estabelecidos 
pelo órgão regulamentador da atividade. Além da formação acadêmica, é necessário ter 
conhecimento prático na área contábil. Mas um dos pontos fundamentais da profissão é a conduta 
ética, pois é ela que confere credibilidade ao trabalho do auditor.
 
Você como auditor, explique qual seria sua conduta diante dessa situação. Justifique.
Infográfico
A carreira de um auditor é gradativa, com períodos médios de dois anos em cada etapa. Esse 
período é necessário para acumular conhecimentos e habilidades. Veja no infográfico as etapas da 
carreira profissional do auditor.
Conteúdo do livro
Para o cargo de auditor contábil é necessário ter formação acadêmica no curso de ciências 
contábeis e registro na categoria de classe. Também é necessário ter conhecimentos específicos da 
área que se vai auditar e uma conduta ética. A competência para a função não se limita à teoria, e o 
tempo é que faz a carreira.
Para entender mais sobre este assunto leia o capítulo sobre a auditoria, que é base teórica desta 
Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
FUNDAMENTOS
DE AUDITORIA
CONTÁBIL
Organizadores
Vaniza Pereira
As relações do auditor com a 
entidade de auditoria
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer o perfil do auditor e sua conduta.
 � Citar as formas de registros como auditor.
 � Descrever a carreira profissional.
Introdução
A relação do auditor com a entidade de auditoria deve ser basica-
mente conforme a norma que estabelece esses requisitos sobre 
comportamento, autonomias, deveres e responsabilidade de ambos. 
Neste texto, você verá que um auditor e a entidade terão um bom 
relacionamento se ambos seguirem os padrões estabelecidos. Além 
da formação na graduação, o profissional necessita seguir as técnicas 
contábeis na prática, para depois se tornar um profissional da área. 
O auditor
Em qualquer profissão, existem requisitos básicos para que o profissional 
exerça com competência suas atividades. Portanto, na função de auditor, não 
é diferente. Existem alguns requisitos estabelecidos pelo órgão que regula-
menta a profissão: formação em Ciências Contábeis, cadastro no CVM – Co-
missão de Valores Mobiliários – e conduta ética, por exemplo. 
Em companhias de capital aberto, a escolha e a destituiçãode um auditor 
independente são de competência do conselho de Administração. Somente os 
auditores cadastrados na CVM podem auditar as demonstrações financeiras 
de companhias abertas e de instituições que integram o sistema de distri-
buição ou intermediação de valores mobiliários. Além de definir os deveres e 
responsabilidades, essa norma também determina em que situação o registro 
do auditor pode ser recusado, suspenso ou até mesmo cancelado. 
O Conselho Federal de Contabilidade – CFC – define sobre o exame de com-
petência técnica para o registro no CNAI – Cadastro Nacional de Auditores 
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Independentes. O objetivo é verificar o conhecimento técnico do auditor para 
que ele possa ter o cadastro e atuar como auditor independente. Esses exames 
consistem em provas escritas, com questões objetivas e dissertativas, e conhe-
cimentos nas seguintes áreas:
 � Ética.
 � Legislação (Profissão).
 � Princípios da contabilidade – NBCs editadas pelo CFC.
 � Auditoria Contábil.
 � Legislação societária.
 � Legislação e as normas dos órgãos reguladores do mercado.
 � Língua Portuguesa aplicada.
Além dessas disciplinas, os auditores com fins mais específicos devem se 
submeter a provas específicas voltadas à área que pretendem atuar.
Após a aprovação no Exame de Qualificação Técnica, o CFC emite o certificado de 
aprovação, com validade de um ano, para então ser encaminhado o registro.
Registros de competência
O registro de auditor independente pode ser feito em duas categorias:
1. Auditor independente pessoa física – AIPF
2. Auditor independente pessoa jurídica – AIPJ
Para fins de registro como AIPF, o profissional deverá atender a alguns 
requisitos, como manda a Instrução CVM 23/21, art. 3º:
I – Estar registrado em Conselho Regional de Contabilidade, na 
categoria de contador;
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Para fins de registro como AIPJ, a interessada deverá atender a alguns 
requisitos, como determina a Instrução CVM 23/21, art 4º:
I – Ter seu objeto social exclusivamente voltado à prestação de 
serviços profissionais de auditoria e demais serviços inerentes à 
profissão de contador;
II – Que todos os sócios sejam contadores e que, pelo menos a 
metade desses, sejam cadastrados como responsáveis técnicos, 
conforme disposto nos §§ 1º e 2º do art. 2º;
III – Estar regularmente inscrita, bem como seus sócios e 
demais responsáveis técnicos regularmente registrados, em 
Conselho Regional de Contabilidade;
IV – Terem todos os responsáveis técnicos autorizados a emitir 
e assinar relatórios de auditoria em nome da sociedade, 
conforme disposto nos §§ 1º e 2º do art. 2º, exercido atividade 
de auditoria de demonstrações contábeis, comprovada nos 
termos do art. 7º; dentro do território nacional por período não 
inferior a cinco anos, consecutivos ou não, contados a partir da 
data do registro em Conselho Regional de Contabilidade, na 
categoria de contador;
Fundamentos de auditoria contábil
II – Haver exercido atividade de auditoria de demonstrações 
contábeis, dentro do território nacional, por período não inferior 
a cinco anos, consecutivos ou não, contados a partir da data do 
registro em Conselho Regional de Contabilidade, na categoria 
de contador, nos termos do art. 7º;
III – Estar exercendo atividade de auditoria independente, 
mantendo escritório profissional legalizado, em nome próprio, 
com instalações compatíveis com o exercício da atividade, em 
condições que garantam a guarda, a segurança e o sigilo dos 
documentos e informações decorrentes dessa atividade, bem 
como a privacidade no relacionamento com seus clientes;
IV – Possuir conhecimento permanentemente atualizado sobre 
o ramo de atividade, os negócios e as práticas contábeis e 
operacionais de seus clientes, bem como possuir estrutura 
operacional adequada ao seu número e porte; e
V – Ter sido aprovado em exame de qualificação técnica 
previsto no art. 30.
30
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V – Terem sido todos os responsáveis técnicos aprovados em 
exame de qualificação técnica previsto no art. 30;
VI – Manter escritório profissional legalizado em nome da 
sociedade, com instalações compatíveis com o exercício da 
atividade de auditoria independente, em condições que 
garantam a guarda, a segurança e o sigilo dos documentos e 
informações decorrentes dessa atividade, bem como a 
privacidade no relacionamento com seus clientes; e
VII – manter quadro permanente de pessoal técnico adequado 
ao número e porte de seus clientes, com conhecimento 
constantemente atualizado sobre o seu ramo de atividade, os 
negócios, as práticas contábeis e operacionais.
Antes de encaminhar o pedido de registro, o contador interessado na obtenção do 
registro (como Auditor Independente – Pessoa Física ou como Auditor Independente 
– Pessoa Jurídica), ou para inclusão no cadastro como Responsável Técnico de 
Auditor Independente – Pessoa Jurídica deve fazer uma leitura bastante atenta das 
Normas de Registro e de Exercício da Atividade de Auditoria Independente no âmbito 
do Mercado de Valores Mobiliários, contidas na Instrução CVM 23/21não se atendo 
apenas aos procedimentos relacionados com a instrução do pedido propriamente 
dito.
Fonte: Comissão de Valores Imobiliários (2021).
A carreira do auditor independente 
e a entidade
As entidades de auditoria possuem estruturas que podem variar, mas as prin-
cipais categorias que representam a carreira profissional no mercado de tra-
balho são:
 � Sócio
 � Diretor
 � Gerente (Auditor Líder)
 � Auditor Sênior
 � Auditor Júnior
 � Assistentes de auditoria
 � Trainees
31As relações do auditor com a entidade de auditoria
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O crescimento profissional dentro da entidade é gradativo, devido ao grau de conheci-
mento e as habilidades a serem adquiridos com o tempo.
Trainee: Estudante universitário do último ou penúltimo ano do curso de 
Ciências Contábeis.
Assistentes: Os assistentes podem ter três categorias: assistente A, B e C, com 
prazos de permanência variando de um a dois anos. A cada etapa o assistente 
vai acumulando experiência e aprendendo novas atividades sempre sob a su-
pervisão de um chefe de equipe.
Auditor Júnior: O assistente A, depois de 2 anos, já pode ser considerado e 
tratado como Auditor Júnior.
Auditor Sênior: Após 4 anos como assistente, o auditor atinge a categoria 
sênior e passará a ser um gestor de equipes de auditoria. Sua atividade será de 
distribuição, orientação e supervisão da equipe de assistentes sob a orientação 
do Gerente ou Auditor Líder. Após 4 anos como sênior, o profissional ficará 
mais dois anos sendo treinado para gerente.
Gerente ou Auditor Líder: O gerente gerencia todo o trabalho de auditoria 
em diversas empresas, dando suporte técnico às equipes. Suas atividades são:
 � Elaborar o planejamento de auditoria.
 � Programar a equipe.
 � Supervisionar equipes.
 � Fazer o relacionamento com as empresas auditadas.
 � Revisar os papéis de trabalho.
 � Elaborar o relatório final da auditoria.
Sócio: Após um período como gerente, pode ser convidado a compor a socie-
dade. Para isso, será avaliado nos seguintes aspectos:
 � Capacidade técnica.
 � Relacionamento com os clientes.
 � Relacionamento interno e com os sócios.
 � Habilidade de negociação.
 � Disposição para compor a administração da entidade.
Fundamentos de auditoria contábil32
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Independência mental
Os auditores devem ser independentes na sua forma de pensar em relação às 
empresas que auditam. Essa independência permite fazer julgamentos impar-
ciais, o que é essencial para uma boa auditoria. É bom lembrar que o trabalho 
do auditor pode ser contestado, desqualificando-o como auditor na entidade a 
que pertence. Um auditor, porém, não pode se deixar influenciar por fatores 
estranhos, preconceitos ou quaisquer outros elementos que resultemperda, 
efetiva ou aparente, de sua independência.
Será impedido de executar uma auditoria independente, o auditor que tenha 
tido, no período a que se refere a auditoria, em relação à empresa auditada, 
suas coligadas, controladas, controladoras ou integrantes do mesmo grupo:
 � Vínculo conjugal ou de parentesco em linha reta, sem limites de grau,
em linha colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º grau, com ad-
ministradores, acionistas, sócios ou com empregados que tenham in-
gerência na sua administração ou nos negócios ou sejam responsáveis 
por sua contabilidade;
 � Relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador
assalariado, ainda que esta relação seja indireta, nos dois últimos anos;
 � Participação direta ou indireta como acionista ou sócio;
 � Interesse financeiro direto, imediato ou mediato, ou substancial inte-
resse financeiro indireto, compreendida a intermediação de negócios
de qualquer tipo e a realização de empreendimentos conjuntos;
 � Função ou cargo incompatível com a atividade de auditoria indepen-
dente;
 � Fixado honorários condicionais ou incompatíveis com a natureza do
trabalho contratado; e
 � Qualquer outra situação de conflito de interesses no exercício da au-
ditoria independente, na forma que vier a ser definida pelos órgãos
reguladores e fiscalizadores.
O auditor deve recusar o trabalho ou renunciar à função na ocorrência de 
qualquer das hipóteses de conflitos de interesses.
33As relações do auditor com a entidade de auditoria
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Conduta profissional
Alguns padrões são fundamentais na conduta dos auditores. Esses padrões 
são parte da ética do auditor tanto interno quanto externo. Entre esses pa-
drões, podemos destacar:
Bom senso no procedimento de revisão e sugestão à empresa: estado afetivo 
da vida intelectual e moral. É a tolerância dentro do que é justo, o abandono de 
detalhes que possam prejudicar a finalidade do trabalho, a acomodação, desde 
que beneficie os propósitos, o equilíbrio, a serenidade e a ausência de apegos.
Autoconfiança e motivação: esses fatores fazem o profissional se sentir se-
guro e passar confiança. A autoconfiança é uma consequência do autocon-
vencimento, dos conhecimentos e da certeza do que está fazendo.
Sigilo profissional: não revelar as informações que teve conhecimento du-
rante o seu trabalho na entidade ou empresa auditada. 
Discrição profissional: sigilo e discrição se contemplam, mas não é a mesma 
coisa. Sigilo é manter segredo e discrição é a modéstia, a simulação para con-
seguir realizar o trabalho sem evidenciar os fins. Por exemplo, evitar que os 
registros durante a auditoria sejam vistos pela empresa auditada.
Capacidade na prática: trabalho efetuado com métodos, sem improvisação. 
Prática na auditoria exige que o auditor domine amplamente todos os setores 
da contabilidade.
Sentido objetivo: não perder o foco do trabalho, ser objetivo.
Liberdade para pensar e agir: não se submeter a ordens de dirigentes ou 
gestores de outras áreas que possam interferir no trabalho de auditoria. Sua 
liberdade de pensar e agir deve ser assegurada por você mesmo.
Meticulosidade e correção: certificar bem um fato, obtendo todas as infor-
mações necessárias, e sugerir as correções. O auditor não pode cometer erros 
com frequência, pois os erros de auditoria parecem sempre maiores.
Perspicácia nos exames: o chamado sexto sentido. Para o auditor, não pode 
faltar discernimento. É importante saber reconhecer as verdadeiras posições 
e situações durante o trabalho. É adestrar a mente.
Pesquisador: pesquisar deve ser uma atividade constante do auditor.
Fundamentos de auditoria contábil34
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Elegância e cortesia nos relacionamentos: controlar os impulsos é uma ação 
que evita ser desagradável com as pessoas. Um auditor deve manter o equilí-
brio nas suas atitudes, não se achar superior e nem inferior a ninguém.
Responsabilidade Civil
A responsabilidade civil existe na maioria das profissões. Na atividade de 
auditoria, porém, isso é bastante cobrado porque o auditor trabalha com infor-
mações que devem ser verdadeiras. Os auditores podem ser responsabilizados 
por erros, falhas, omissões ou dolo, em relação à veracidade e à forma com 
que realizam o trabalho e emitem opiniões através do relatório de parecer de 
auditoria.
Essa responsabilidade pode ser caracterizada como:
 � Trabalhista: quando é auditoria interna.
 � Profissional: quando é auditoria externa em relação à contratação dos
serviços a serem prestados.
 � Civil: quando ocorre registro de informação incorreta no relatório de
parecer do auditor, vindo a influenciar ou causar prejuízos a terceiros
que se utilizem dessas informações.
 � Criminal: quando ocorre omissão ou incorreção de opinião expressa
no relatório de parecer de auditoria, configurada por dolo, e que ve-
nham a influenciar ou causar prejuízos a terceiros que se utilizem 
dessas informações.
O auditor deve expor de forma escrita para a administração da empresa au-
ditada sobre qualquer fraude ou erro que tenham sido detectados durante as 
atividades de auditoria. Além de comunicá-los à administração da empresa, 
o auditor deve sugerir medidas corretivas, informando sobre os possíveis
efeitos, caso essas medidas não sejam adotadas.
O auditor e qualquer profissional de contabilidade estão condicionados à obri-
gação de meios e não de resultados. Isso quer dizer que, se o profissional 
trabalhar de acordo com as normas técnicas e éticas contábeis, ele não res-
ponderá civilmente pelos atos que praticou, uma vez que inexiste prejuízo a 
apurar, dada a inexistência da responsabilidade pelos resultados. Porém, se 
for por culpa estrita e literal em que se comprove imprudência e negligência 
por dolo ou não, fica o profissional responsável por seu trabalho.
35As relações do auditor com a entidade de auditoria
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O Novo Código Civil Brasileiro, Lei nº 10.406 de janeiro de 2002, no seu artigo 186, Dos 
Atos Ilícitos, prevê genericamente o seguinte:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar ou causar prejuízo a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito de conduta moral.”
Fundamentos de auditoria contábil36
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COMISSÃO DE VALORES IMOBILIÁRIOS. Resolução CVM 23 de 26 de fevereiro de 2021. 
Disponível em: <http://conteudo.cvm.gov.br/legislacao/resolucoes/resol023.html>. 
Acesso em: 13 abr. 2021.
COMISSÃO DE VALORES IMOBILIÁRIOS. Resumo comentado das normas de registro e 
atuação dos auditores independentes. CVM, [201-?]. Disponível em: <http://www.cvm. 
gov.br/menu/regulados/auditores/resumo_normas.html>. Acesso em: 15 set. 2016.
Leituras recomendadas
CRISTO, C. A.; SILVA, E. L. A função ética e a responsabilidade social do auditor na analise das 
demonstrações contábeis. In: CONTÁBEIS: o portal da profissão contábil, 2005. Disponível 
em: <http://www.contabeis.com.br/artigos/34/a-funcao-etica-e-a-
responsabilidade--social-do-auditor-na-analise-das-demonstracoes-contabeis/>. 
Acesso em: 15 set. 2016.
MAUTZ, J. M. Auditoria: princípios e técnicas. São Paulo: Atlas, 1988.
RAMOS, J. F. Uma ferramenta importante de orientação técnica, assessoramento, prevenção 
e consultoria. [S. l.]: Portal de Auditoria, [201-?]. Disponível em: <http://www.portalde-
auditoria.com.br/artigos/Uma-ferramenta-importante-de-orienta%C3%A7%C3%A3o--t
%C3%A9cnica.asp>. Acesso em: 15 set. 2016.
Conteúdo:
Dica do professor
Não apenas a formação acadêmica em contabilidade e o registro nos órgãos reguladores, o auditor 
também precisa ter algumas habilidades para atuar. É necessário que tenha imparcialidade, para 
não confundir a pessoa da empresa com seus proprietários, e, independente da empresa, o trabalho 
deve ser feito de forma profissional. Também, quem deseja seguir esta profissão, precisa ter 
paciência, pois a cada trabalho se aprendeum pouco.
No vídeo da Dica do Professor, você verá mais algumas habilidades e competências que o 
profissional de auditoria precisa ter.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/0dd7a987b0f71332e83e20252ce8ebef
Exercícios
1) Para se exercer qualquer profissão, existem os requisitos básicos para que o profissional 
possa desenvolver com competência as suas atividades. Quais são os requisitos para a 
função de auditor contábil? 
A) Formação em nível técnico e experiência de dois meses na área financeira.
B) Formação em Direito, especialização tributária e três meses de experiência na área fiscal.
C) Formação em Ciências Contábeis, ter cadastro no CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e 
manter uma conduta ética.
D) A formação não interfere, o que conta mesmo são os cinco anos de experiência na área 
contábil.
E) Fazer exame nacional e ser cadastrado no CVM.
2) Qual é o órgão que define os deveres e as responsabilidades do auditor e determina em que 
situação o registro do auditor pode ser recusado, suspenso ou até mesmo cancelado? 
A) BCB - Banco Central do Brasil.
B) CVM - Comissão de Valores Mobiliários.
C) CFC - Conselho Federal de Contabilidade.
D) CRC - Conselho Regional de Contabilidade.
E) OAB - Ordem dos Advogados do Brasil.
3) As entidades de auditoria têm estruturas que podem variar, mas as principais categorias que 
representam a carreira profissional no mercado de trabalho são as seguintes: Sócio Diretor 
Gerente (Auditor Líder), Auditor Sênior, Auditor Júnior, Assistentes de auditoria e Trainees. 
Podemos afirmar que: 
A) O profissional pode iniciar sua carreira como auditor se tiver a graduação em Administração.
B) O cargo de gerente é equivalente ao cargo de diretor.
C) Trainee é um profissional designado pela CVM para fiscalizar o trabalho dos auditores.
D) Os assistentes são responsáveis pelo planejamento da auditoria.
E) O crescimento profissional na entidade é gradativo devido ao grau de conhecimento e às 
habilidades necessárias para cada cargo.
4) Os auditores devem ser independentes na sua forma de pensar em relação às empresas 
onde auditam, porque, assim: 
A) Podem expor o que quiserem no relatório, sem se preocupar.
B) Não precisam seguir normas e regras impostas; é um profissional liberal.
C) Fazem julgamentos imparciais, que são essenciais para uma boa auditoria.
D) Não faz diferença o que a empresa faz; o importante é a autoridade do auditor.
E) Criam vínculos profissionais com a empresa auditada.
5) O auditor deve expor de forma clara e escrita para a administração da empresa auditada 
qualquer fraude ou erro que tenha sido detectado durante as atividades de auditoria. Isso se 
deve ao fato de: 
A) Ter responsabilidade civil e criminal sobre as informações passadas.
B) Apontar os responsáveis pela fraude ou erro.
C) Melhorar a qualidade do serviço ou produto da empresa.
D) Ter um bom relacionamento com a empresa e os diretores.
E) Ser esse o papel da auditoria: apontar erros e fraudes.
Na prática
A ética e a conduta do profissional auditor são essenciais para uma carreira de sucesso. Quando o 
profissional falta com esses preceitos, pode responder por seus atos. Veja o caso da empresa 
Parmalat.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Relação entre os traços sombrios de personalidade e o ceticismo 
profissional dos auditores independentes
No link a seguir você vai ler um estudo sobre a influência da personalidade no ceticismo dos 
profissionais auditores independentes no Brasil.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Expectation gap: análise da percepção social quanto às 
responsabilidades do auditor independente
No link a seguir você vai ler um estudo sobre a percepção da sociedade no que se refere à 
responsabilidade do auditor independente.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
CARACTERÍSTICAS E PERFIL DO AUDITOR INTERNO
Veja aqui algumas características do auditor
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://repec.org.br/repec/article/view/2663/1624
https://periodicos.ufsc.br/index.php/contabilidade/article/view/2175-8069.2020v17n45p66/44493
https://portaldeauditoria.com.br/caracteristicas-e-perfil-do-auditor-interno/
Escândalos Contábeis E Lei Sarbanes-
Oxley (Sox)
Apresentação
Os escândalos contábeis em algumas empresas multinacionais se tornaram públicos em 2001, 
causando instabilidade no mercado financeiro. Fraudes e alterações de balanço foram as principais 
causas de grandes prejuízos para essas empresas, as quais eram referência e representavam 
equilíbrio financeiro no mercado internacional.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a Lei Sarbanes-Oxley, conhecida como SOX, que 
foi criada para aumentar os controles internos e evitar maiores riscos de fraudes.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever a governança corporativa.•
Citar o objetivo, a estrutura e a finalidade da Lei SOX.•
Reconhecer os escândalos contábeis que antecederam a SOX.•
Desafio
As empresas precisam seguir algumas diretrizes para manter e apresentar de forma adequada seus 
relatórios contábeis. Visando prestar informações seguras e informando os investidores a empresa 
mantém seus relatórios em dia e são confiáveis. Esse tipo de transparência nas informações evita 
fraudes e demonstra zelo pela continuidade da empresa.
A empresa em que você trabalha está estudando a possibilidade de implantar a Lei SOX e deixou 
você responsável por descobrir de que forma ela poderá contribuir para a melhora dos controles 
internos.
Apresente um relatório explicando como os itens transparência, equidade, prestação de contas e 
responsabilidade corporativa podem contruibuir para os controles internos de uma empresa.
Infográfico
Desde 1946, quando foi criada a Internacional Organization for Standardization (ISO), novas 
propostas surgiram para auxiliar a governança corporativa e a gestão de riscos e controles internos. 
Observe no infográfico quais são essas propostas e em que época surgiram!
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conteúdo do livro
A Lei Sarbanes-Oxley, conhecida como SOX, foi criada para aumentar os controles internos e evitar 
maiores riscos de fraudes. A governança corporativa é o sistema de políticas, normas, regras e 
valores que norteiam o gerenciamento e direcionamento das empresas. As características da 
governança corporativa – que são transparência, equidade, prestação de contas e conformidade – 
podem contribuir para o controle interno.
Acompanhe a leitura do capítulo Escândalos Contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (Sox), do livro 
Governança Corporativa. 
 
Boa leitura!
FUNDAMENTO 
DE AUDITORIA 
CONTABIL
Os escândalos contábeis e 
a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever a governança corporativa.
 � Citar o objetivo, a estrutura e a finalidade da Lei SOX.
 � Reconhecer os escândalos contábeis que antecederam a Lei SOX.
Introdução
Os escândalos contábeis em algumas empresas multinacionais se torna-
ram públicos em 2001, causando instabilidade no mercado financeiro. As 
fraudes, alterações de balanço, entre outros, foram as principais causas 
de grandes prejuízos para essas empresas, que eram referência e repre-
sentavam equilíbrio financeiro no mercado internacional.
Neste texto, você conhecerá a Lei Sarbanes-Oxley, conhecida como 
SOX, que foi criada para aumentar os controles internos e evitar maiores 
riscos de fraudes.
Governança corporativa
Governança corporativa é o sistema de políticas, normas, regras, valores, 
etc., que norteiam o gerenciamentoe direcionamento das empresas. As boas 
práticas de governança corporativa aumentam o valor da sociedade, facilitam 
seu acesso ao capital e contribuem para a sua sustentabilidade.
A expressão governança corporativa é designada para abranger os assuntos 
relativos ao gerenciamento e direção de uma empresa. Uma boa governança, 
portanto, permite uma melhor administração, o que beneficia não só os acio-
nistas, mas também aqueles que estão ligados indiretamente à empresa. 
Características da governança corporativa 
a) Transparência: expressa pelo desejo de prover informa-
ção relevante e não confidencial, de forma clara, tempestiva 
e precisa, incluindo informações de caráter não financeiro. 
Na literatura internacional, esse princípio é conhecido como disclosure, 
ou seja, o dever de relevar informações úteis e relevantes no momento 
adequado. No Brasil, esse princípio é regulamentado pelo Art.157 da 
Lei 6.404/76 e pela Instrução nº 358 da CVM.
b) Equidade: assegura a proteção dos direitos de todos os usuários da 
informação contábil, incluindo os acionistas minoritários e estrangeiros, 
fornecedores, etc., garantindo tratamento igualitário, bem como a não 
adoção de práticas e políticas discriminatórias.
c) Prestação de contas: os agentes da governança corporativa devem pres-
tar contas dos seus atos administrativos, a fim de justificar, em sua 
eleição, a remuneração e seu desempenho. Esses agentes devem zelar 
pela continuidade da empresa, por meio de decisões que privilegiem a 
perenidade e a sustentabilidade em relação ao resultado em curto prazo, 
sem deixar de considerar a função social da empresa e o seu dever de 
contribuir para ações educativas e culturais, ao mesmo tempo que 
respeitam o meio ambiente. No Brasil, esse princípio é regulamentado 
pelos Arts.153 e 155 da Lei 6.404/76.
d) Responsabilidade corporativa: definida pelo Código de Melhores Prá-
ticas do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC, 2020) 
como zelo pela viabilidade econômico-financeira das organizações, 
com redução das externalidades negativas dos negócios e de suas ope-
rações e aumento das positivas, considerando os capitais financeiro, 
manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental e reputacional.
e) Conformidade: garante que as informações preparadas pelas empresas 
obedeçam às Leis e aos regulamentos corporativos. Na literatura inter-
nacional, esse princípio é conhecido como Compliance.
Desde 1946, quando foi criada a ISO (Internacional Organization for 
Standardization), vêm surgindo novas propostas para auxiliar a governança 
corporativa, a gestão de riscos e a de controles internos. Veja no Quadro 1.
Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)2
1946 ISO (Internacional Organization for Standardization)
1966 Auditoria Analítica – Skinner / Anderson – Canadá
1991 FDICIA – (Federal Deposit Insurance Corporation 
Improvement Act) e CADBURY (Internacional Control 
and Financial Reporting) no Reino Unido
1992 Estrutura de Controles Internos sobre Relatórios 
Financeiros do Committee of Sponsoring Organizations 
of the Treadway Commission – COSO (emitida pelos 
órgãos de contabilidade e auditoria dos EUA)
1994 KON TRAG (Controle e transparência das empresas alemãs)
1995 CoCo (Canadian Institute of Chartered Accountants 
Criteria of Control Committee) e ANZ 4360 Risk 
Management (Standards Australia and New Zealand)
1996 COBIT (Control Objectives for Information and 
Related Tecnology). Emitida pelo órgão de Auditoria 
e Governança de Sistemas dos EUA.
1997 G-30 (The Group of Thirty)
1998 BASILEIA (Aplicável ao Sistema Financeiro)
1999 TURNBULL (Controle e transparência para a Bolsa de Londres)
2001 BASILEIA 2 (Aplicável ao Sistema Financeiro)
2002 SARBANES-OXLEY e criação do PCAOB (Órgão normatizador 
e fiscalizador da atuação das auditorias independentes)
2004 2ª. Versão do COSO (ERM), incluindo o Gerenciamento de 
Riscos Empresariais – versão final 09/2004 (COSO II)
Quadro 1. Propostas para auxiliar a governança corporativa, a gestão de riscos e a gestão 
de controles internos.
3Escândalos contábeis e Lei a Sarbanes-Oxley (Sox)
Sarbanes-Oxley
Origem
A norma internacional Sarbanes-Oxley, mais conhecida como SOX ou Sarbox, 
foi criada em 2002, nos Estados Unidos, por Oxley, um republicano de Ohio, 
e Sarbanes, um democrata de Maryland. Tinha como objetivo promover uma 
limpeza no mundo empresarial americano devido a escândalos financeiros 
envolvendo empresas de grande porte. 
Estrutura
A SOX é dividida em onze capítulos, com um total de 69 artigos. Essa lei força 
as empresas a reestruturarem seus processos e a aumentarem seus controles, 
segurança e transparência na administração dos negócios, na área financeira, 
nos registros contábeis e na gestão e divulgação das informações. Torna 
obrigatória uma série de medidas que já eram consideradas como forma de 
gestão administrativa. Além disso, cria mecanismos de auditoria e segurança 
confiáveis, criando comitês encarregados de supervisionar as atividades e 
operações. Formados por profissionais independentes, esses comitês têm 
como objetivo evitar fraudes e criar meios de identificá-las quando ocorrerem.
Finalidade
Essa norma envolve a alta direção, ou seja, Diretores Executivos e Diretores 
Financeiros que se tornam responsáveis por estabelecer e monitorar a eficácia 
dos controles internos financeiros e a divulgação dessas informações. 
O Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB – Conselho de 
Auditores de Companhias Abertas) foi criado para supervisionar os processos 
de auditoria das empresas sujeitas à SOX. Tem a missão de estabelecer as 
normas de auditoria, controle de qualidade, ética e independência em relação 
aos processos de inspeção e à emissão dos relatórios de auditoria. Os auditores 
de empresas sujeitas à SOX deverão ser registrados no PCAOB.
Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)4
Ocorrências da época
Em dezembro de 2001, o mundo, ainda abalado pelos atentados terroristas 
ocorridos em 11 de setembro, foi surpreendido por outro evento com proporções 
globais: a descoberta de manipulações contábeis em uma das empresas mais 
conceituadas dos Estados Unidos: a Enron. 
Essa descoberta deu início a um efeito dominó, com a constatação de práti-
cas de manipulação em várias outras empresas, não só norte-americanas, mas 
no resto do mundo. Isso resultou em uma crise de confiança em níveis inéditos, 
desde a quebra da bolsa norte-americana em 1929; acarretou o enfraquecimento 
do grau de confiança dos investidores, abalando o equilíbrio não apenas do 
mercado daquele país, mas também dos demais mercados internacionais.
A legislação é abrangente e estabelece novos padrões e melhorias para 
todas as companhias abertas norte-americanas, conselhos de administração, 
diretorias e empresas de auditoria interna. A SOX possui 11 títulos, indo de 
responsabilidades adicionais dos conselhos de administração das empresas 
a penalidades criminais, e requer da Securities and Exchange Commission – 
SEC – a implementação de regras definidas por essa lei (Quadro 2).
Fonte: Adaptado de Coelho (2013).
Capítulo 1 Criação do Órgão de Supervisão do Trabalho 
dos Auditores Independentes
Capítulo 2 Independência do Auditor
Capítulo 3 Responsabilidade Corporativa
Capítulo 4 Aumento do Nível de Divulgação de Informações Financeiras
Capítulo 5 Conflito de Interesses de Analistas
Capítulo 6 Comissão de Recursos e Autoridade
Capítulo 7 Estudos e Relatórios
Capítulo 8 Prestação de Contas das Empresas e Fraudes Criminais
Capítulo 9 Aumento das Penalidades para Crimes de Colarinho Branco
Capítulo 10 Restituição de Impostos Corporativos
Capítulo 11 Fraudes Corporativas e Prestação de Contas
Quadro 2. Títulos da SOX
5Escândalos contábeis e Lei a Sarbanes-Oxley (Sox)
Principais características da Sarbanes-Oxley ( 2002)
 � Estabelece novos padrões de responsabilidade contábil corporativa, 
confiabilidade e transparência dos relatórios financeiros.
 � Dá ênfase à transparênciados dados para análise e interpretação dos 
resultados da organização.
 � Dá ênfase ao uso de um Framework de controle para avaliação de 
controles internos.
 � Define penalidades rígidas no caso de danos – sejam intencionais ou não.
 � Define a implementação de diretrizes da SEC (Securities and Exchange 
Commission).
 � Com mais de 300 seções, a SOX é provavelmente a legislação mais 
significativa para os negócios nos EUA.
Antecedentes da lei Sarbanes: “Os 10 Grandes Erros”
Os 10 grandes erros da lógica do mercado que contribuíram para a SOX:
1. Servidão dos executivos a Wall Street.
2. Arrojo em excesso.
3. Overdose de risco.
4. Problemas de governança.
5. Idolatria devido a sucessos passados.
6. Estratégias de curto prazo.
7. Ciranda das aquisições.
8. Medo da pressão da chefia.
9. Cultura interna inadequada.
10. Espiral da morte.
Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)6
Escândalos contábeis
Caso Enron (EUA/2001)
Até a explosão dos escândalos envolvendo a Enron, qualquer rumor negativo 
a seu respeito era considerado sem fundamento. Afinal, tratava-se da quinta 
maior empresa norte-americana apontada por cinco anos, pelo ranking da 
revista Fortune, como uma das 100 melhores empresas para se trabalhar nos 
Estados Unidos.
Fundada em 1985, a partir da fusão de duas empresas distribuidoras de gás 
natural, a Enron, em 1989, começou a atuar no mercado de commodities de gás 
natural. Sua estratégia era comprar uma empresa geradora ou distribuidora de 
gás natural e fazer dela um centro de armazenamento ou comercialização de 
energia. Em dez anos atuando no mercado, a Enron já tinha 25% do mercado 
de commodities de energia, com aproximadamente US$ 100 bilhões de ativo.
Em novembro de 2001, sob investigação da Securities and Exchange Com-
mission (SEC), a Enron admitiu ter inflado seus lucros em US$ 600 milhões, 
nos últimos 4 anos, e feito desaparecer dívidas de US$ 650 milhões. Várias 
de suas subsidiárias de propósito específico (não controladas diretamente pela 
holding) abrigavam passivos que não eram refletidos nos balanços. Diversas 
transações ilegais eram realizadas utilizando empresas que existiam apenas 
no papel.
Em menos de um mês após o estouro do escândalo, a Enron entrou com 
pedido de falência. Kenneth Lay, presidente do conselho de administração, 
vendeu cerca de US$ 200 milhões de ações antes da queda da companhia.
O impacto afetou as cotações na reabertura das bolsas na semana seguinte aos aconte-
cimentos. Os índices de ações principais sofreram perdas entre 15 e 18%, passando por 
um período de grande volatilidade e de queda nas cotações, refletindo as alterações 
nas expectativas quanto ao risco e à rentabilidade no futuro.
7Escândalos contábeis e Lei a Sarbanes-Oxley (Sox)
Caso Arthur Andersen (EUA/2001)
Quando o escândalo Enron explodiu, a Arthur Andersen, uma empresa de 
89 anos, era tida como uma das mais conceituadas do mercado. Junto com a 
PricewatherhouseCoopers, a Deloitte Touche, a Ernst & Young e a KPMG, 
formavam o megagrupo conhecido no mercado como Big Five. Em outras 
palavras, as companhias brigavam para ter uma dessas empresas como seus 
auditores, em função do renome que desfrutavam no mercado, pela sua efi-
ciência e confiabilidade.
No entanto, quando o caso Enron veio à tona, com todas as implicações 
sobre o envolvimento da Andersen, seu efeito sobre a empresa foi o mesmo 
da implosão de um grande prédio, que cai em poucos segundos. Em questão 
de alguns meses, ela estava acabada. Seus 85 mil funcionários, de notória 
formação, com poucas exceções, foram rapidamente absorvidos pelas outras 
empresas, que também absorveram os 2.300 clientes da Andersen, com um 
faturamento de US$ 5 bilhões por ano. 
A Andersen estava mais do que ciente das práticas de contabilidade criativa 
que a empresa vinha adotando. No ano de 2001, ela havia recebido US$ 52 
milhões por serviços prestados à Enron. Deste montante, US$ 27 milhões 
eram derivados da prestação de serviços de consultoria. Assim, tão logo surgiu 
rumores sobre o problema, a Andersen destruiu toda a documentação que 
pudesse prejudicá-la. Os principais executivos ligados à Enron estão sofrendo 
processos judiciais, e os efeitos da postura antiética da Andersen são muito 
mais abrangentes. Nesse sentido, o mercado é muito cruel e toda profissão 
contábil ficou com a imagem prejudicada.
Caso WorldCom (EUA/2002)
Por ocasião de seu pedido de falência, em julho de 2002, a WorldCom era 
conhecida como a segunda maior empresa de telefonia de longa distância nos 
Estados Unidos. Durante os cinco anos que antecederam à sua falência, a 
empresa havia crescido intensamente, a partir de fusões e aquisições, usando 
bilhões de dólares de suas próprias ações e dívidas de US$ 25 bilhões como 
mecanismo de financiamento desse crescimento. A WorldCom manipulou 
suas demonstrações contábeis no período de 1999 a 2002, dando origem ao 
maior caso de fraude da história norte-americana.
Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)8
Após cada trimestre, a empresa revisava seus números de forma a adequá-
-los às estimativas dos analistas independentes. Essas práticas permitiram 
à empresa captar US$ 17 bilhões em lançamentos de notas ocorridos entre 
maio de 2000 e maio de 2001, classificando esse dinheiro como investimento, 
quando, na verdade, a empresa estava à beira da falência.
Seu ex-presidente, Bernard Ebbers, em julho de 2005, foi condenado a 
cumprir 25 anos de prisão. Também teve que colocar sua fortuna pessoal à 
disposição de um fundo destinado a indenizar os acionistas prejudicados pela 
quebra da empresa. Ele já pagou US$ 850 mil e deve chegar a US$ 4 milhões
Caso Xerox (EUA/2002)
A Xerox firmou um contrato de cinco anos e contabilizou toda a receita no 
primeiro ano. Teve que pagar multa à SEC. A KPMG pagou multa de US$ 22 
milhões, e o sócio responsável pela sua conta foi obrigado a pagar US$ 100 mil.
Caso Bristol-MyersSquibb (EUA/2002)
Empresa farmacêutica que, durante os anos de 2000 e 2001, praticou descontos 
abusivos. A SEC descobriu US$ 1,5 bilhão de receitas adicionais que a Bristol 
explicou ser adiantamento de vendas ainda não realizadas. A Bristol pagou 
US$ 150 milhões e seus dois principais executivos estão sendo processados 
pela SEC.
Caso Merk (EUA/2001) 
A Merk inflou suas receitas e despesas em igual número. O efeito foi nulo, 
mas essa prática pode induzir um investidor a ter uma noção equivocada 
sobre o porte da empresa. A Merk pagou multa à SEC e teve que republicar 
seus balanços.
9Escândalos contábeis e Lei a Sarbanes-Oxley (Sox)
BORGERTH, V. M. C. Sox: entendendo a Lei Sarbanes-Oxley. São Paulo: Thomson, 2009.
IBGC. Código de Melhores Práticas. São Paulo: IBGC, 2020.
Leituras recomendadas
ALEXANDRE, R. Governança corporativa e os impactos da Lei Sarbanes-Oxley. Admi-
nistradores, 2009. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/producao-
-academica/governanca-corporativa-e-os-impactos-da-lei-sarbanes-oxley/2188>. 
Acesso em: 16 set. 2016.
COUTO, B.; MARINHO, R. Contabilidade criativa x Lei Sarbanes-Oxley: um enfoque sobre 
a credibilidade da auditoria – MEF13801 – IR. Disponível em: <http://www.etecnico.
com.br/paginas/mef13801>. Acesso em: 16 set. 2016.
PETERS, M. Implantando e gerenciando a Lei Sarbanes-Oxley. São Paulo: Atlas, 2007.
PORTAL DE AUDITORIA. Introdução à Lei Sarbanes-Oxley (SOX). Disponível em: <http://
www.portaldeauditoria.com.br/auditoria-interna/Introducao-a-lei-Sarbanes-Oxley-
-SOx.asp>. Acesso em: 16 set. 2016.
TV SÃO JUDAS. Empreendedor - Série Sustentável - A lei SOX. Youtube, 2012. Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=XRjqbpA-T20>. Acesso em: 16 set. 2016.
Referências
Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)10
 
Dica do professor
Não muito recente ocorreram alguns escândalos envolvendo grandes corporações e suas empresas 
de auditoria. A partir desses fatos, grandes mudanças surgiram na elaboração e controle dos 
relatórios contábeis. Essas mudanças visam evitarfraudes e garantir que as informações prestadas 
sejam fiéis ao que ocorre nas empresas.
O vídeo a seguir apresenta alguns escândalos que levaram à criação da Lei SOX. Assista!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/d53108d0f36ca3caf761e360baf1c68e
Exercícios
1) A boa governança favorece a melhor administração, o que beneficia não só os acionistas, 
mas todos que indiretamente estão ligados à empresa. O que é governança corporativa?
A) Conjunto de valores tradicionais que regem as empresas.
B) O sistema de políticas, normas, regras e valores que norteiam o gerenciamento e 
direcionamento da empresa.
C) Gestão administrativa.
D) Política regional.
E) Sistema de legislação tributária, órgãos reguladores e sistemas de qualidade.
2) São características da governança corporativa:
A) Transparência, equidade, prestação de contas e conformidade.
B) Valores, eficiência e eficácia.
C) Qualidade, dignidade e ética.
D) Equidade, objetividade e negligência.
E) Comparação, potencialidade e sustentabilidade ambiental.
3) A estrutura a SOX é dividida em:
A) Sete capítulos e 69 artigos.
B) Dez capítulos e 19 artigos.
C) Onze capítulos e 29 artigos.
D) Onze capítulos e 69 artigos.
E) Nove capítulos e 69 artigos.
4) O objetivo principal da SOX é:
A) Que as empresas não tenham problemas financeiros.
B) Agregar sustentabilidade através de auditoria.
C) Apenas contribuir para o crescimento sustentável da empresa.
D) Eliminar totalmente os riscos de mercado.
E) Que as empresas aumentem seus controles, a segurança e a transparência na administração 
dos negócios, na área financeira, nos registros contábeis e na gestão e divulgação das 
informações.
5) O Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB, sigla para Conselho de Auditores 
de Companhias Abertas) foi criado para:
A) Supervisionar os controles internos.
B) Supervisionar os processos de auditoria das empresas sujeitas à SOX.
C) Supervisionar todo o processo de registros contábeis.
D) Aumentar a credibilidade dos auditores.
E) Supervisionar a conduta ética dos auditores.
Na prática
Os escândalos contábeis que envolveram grandes empresas americanas foram os precedentes para 
a criação da Lei SOX em 2002. A Lei Sarbanes-Oxley, criada pelos congressistas Paul Sarbanes e 
Michael Oxley, visa a proteger os investidores de fraudes.
Na prática, adaptar algo dinâmico com o cotidiano de uma empresa às exigências dos 11 capítulos 
da lei tem consumido muito tempo dos executivos e dinheiro dos acionistas. No Brasil, esse 
movimento provocou um entusiasmo além do esperado. Pela fria letra da lei, somente as 36 
companhias brasileiras com papéis no mercado americano foram obrigadas a adaptar suas normas 
até junho de 2006. Entre as empresas certificadas pela Sarbox está o banco Itaú, o Pão de Açúcar, a 
Gol e a Vale do Rio Doce.
 
As vantagens vão além dos Estados Unidos e são confirmadas por profissionais fora do mercado de 
auditoria, que ganha dinheiro com a certificação.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Adesão da Lei Sarbanes-Oxley
No link abaixo você vai ler um estudo sobre o nível de adesão das empresas do Brasil e do México, 
listadas na bolsa de valores à Lei SOX, envolvendo a divulgação de informações e avaliação de 
controles e procedimentos internos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Fraudes documentais e contábeis
No link abaixo você vai ler uma resenha que apresenta as principais ideias do livro sobre fraudes 
documentais.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Governança corporativa
No link abaixo você vai ler um estudo sobre a influência da governança corporativa na diminuição 
de possibilidade de fraudes nos relatórios financeiros.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.revistauniversitas.inf.br/index.php/UNIVERSITAS/article/view/448
https://periodicos.ufrn.br/ambiente/article/view/22970
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7292316
Contabilidade Criativa e Auditoria
Apresentação
A contabilidade está tomando rumos diferentes e quebrando paradigmas na sua área de atuação. 
Atualmente, não se prende à geração de informação, mas contribui para o arbitramento do conflito 
distributivo. A auditoria teve seu crescimento devido à necessidade de muitas empresas em saber 
se as informações registradas estão mesmo de acordo com os fatos ocorridos. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar quais são esses rumos diferentes, os quais são 
chamados de contabilidade criativa. Você saberá também qual o impacto gerado no mercado.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Interpretar conceitos e definições relacionados à prática da contabilidade criativa.•
Demonstrar os elementos positivos e negativos da contabilidade criativa.•
Citar as práticas de contabilidade criativa.•
Desafio
A contabilidade criativa pode ser descrita como as ações realizadas para burlar as leis e criar 
vantagens para as empresas. Esta prática na maioria das vezes é ilegal e traz benefícios ilícitos, 
podendo ser realizada em qualquer setor da empresa. São necessárias diversas ações para evitar e 
coibir quem as pratica, fazendo com os controles internos estejam de acordo com as 
regulamentações e regas impostas ao setor em que a empresa está inserida.
A Raffazzito Indústria e Comércio Ltda. é uma fabricante de sapatos com mais de 50 anos de 
mercado. Recentemente, foi vendida a um grupo de investidores que, através de auditoria e 
exames, identificou a prática da contabilidade criativa há quatro anos consecutivos no "contas a 
pagar", criando contas fantasmas em nome de funcionários e creditando valores como pagamentos.
Você foi contratado pelos investidores para citar sugestões para eliminar a prática ilícita dentro da 
empresa. Liste as ações que podem ser feitas para melhorar o controle interno da empresa.
Infográfico
São muitos os fatores que favorecem o exercício da criatividade contábil, mas talvez o maior dos 
incentivos seja a impunidade do manipulador da informação, a qual ocorre em todos os sentidos – 
jurídico, social, mercantil. Veja no infográfico algumas causas da origem da contabilidade criativa!
Conteúdo do livro
Os objetivos da contabilidade são obter, analisar e concluir toda a movimentação em relação ao 
patrimônio da empresa e, através do demonstrativo contábil, fornecer aos sócios e investidores 
uma informação que proporcione o conhecimento sobre a situação econômica e financeira da 
empresa.
Na obra "Fundamentos de auditoria contábil", você compreenderá a contabilidade criativa, o 
oposto do objetivo contábil estabelecido, e qual o seu impacto na empresa e na sociedade. Inicie 
sua leitura pelo tópico e finalize no tópico Contabilidade criativa- conceito e finalize no tópico 
Facilitadores para a ocorrência da contabilidade criativa. 
Boa leitura!
FUNDAMENTOS
DE AUDITORIA 
CONTÁBIL
Vaniza Pereira
Contabilidade criativa 
e auditoria
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Interpretar conceitos e definições relacionados à prática de con-
tabilidade criativa.
 � Demonstrar os elementos positivos e negativos da contabilidade
criativa.
 � Citar as práticas de contabilidade criativa.
Introdução
O objetivo da contabilidade é obter, analisar e concluir toda movi-
mentação em relação ao patrimônio da empresa. Através do de-
monstrativo contábil, ela deve fornecer aos sócios e investidores uma 
informação que proporcione o conhecimento sobre a situação eco-
nômica e financeira da empresa, e sobre a sua atuação no mercado. 
Os registros contábeis refletidos nos demonstrativos podem

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