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eBook 
 
 (34) 9868-1113 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Redação 
 
Concursos e 
Vestibulares 
 
 
 
 PROTAGONISTA CONCURSOS 
 
 
 
Apresentação 
Fazer uma boa faculdade é o sonho de muitas pessoas. 
Nesse sentido, esta apostila reúne os conteúdos cobrados nos editais de 
abertura dos concursos e vestibulares. 
A Protagonista tem o cuidado de selecionar as informações do conteúdo 
programático das disciplinas abordadas. Toda essa disposição de assuntos foi 
pensada para auxiliar em uma melhor compreensão e fixação do conteúdo de 
forma clara e eficaz. 
A apostila que você tem em mãos é resultado da experiência e da competência 
da Protagonista, que conta com especialistas em Redação para concurso e 
Enem. 
Ressaltamos a importância de fazer uma preparação focada e organizada para 
obter o desempenho desejado. A apostila da Protagonista será o diferencial 
para o seu sucesso e na realização do seu sonho. 
 
Sobre a autora 
Wilza Rezende Lima, professora de língua portuguesa e redação há 16 anos e graduada em 
Letras pela Universidade Federal de Uberlândia em 2006. Pós-graduação em: Especialização em 
gestão escolar: supervisão, orientação e inspeção pela UNINGA. Título: autoestima no processo 
ensino-aprendizagem; Especialização em Coordenação Pedagógica – UFU; Especialização em 
Educação Infantil – UFU; Especialização em Educação profissional e Tecnológica Inclusiva – 
IFTM de Uberaba. 
Desde 2012 faz cursos de correção de redação oferecidos pelo INEP, assim dedicando o seu 
trabalho em redações do Enem, vestibulares e concursos. 
Diretor Editorial 
Pedro Henrique Rezende Freitas 
Revisão de Texto 
Wilza Rezende Lima 
Diretor de Arte 
Pedro Henrique Rezende Freitas 
 
 
 
 
Proteção de direitos 
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/98. É proibida a 
reprodução de qualquer parte deste material didático, sem autorização prévia expressa por escrito 
pela Protagonista . 
4 
 
 
T 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como montar um 
cronograma de 
estudos 
odo estudante sabe que o sucesso começa bem antes da prova e, 
sendo assim, é preciso ter um cronograma de estudos para ajudar a 
manter o foco, organização e rendimento. Confira as dicas. 
Prestar um concurso exige muita dedicação, foco e tempo de estudos. 
Para conseguir ser bem-sucedido na caminhada, é preciso criar um cro- 
nograma de estudos para concurso eficaz que se encaixe na sua rotina e 
nos seus compromissos. 
Montar um plano vai te ajudar a se concentrar melhor nos seus afazeres e 
pode te deixar motivado para cumprir seu objetivo de passar no concurso. 
 
Entender a rotina 
O primeiro passo para montar um crono- 
grama de estudos para concurso é com- 
preender a sua rotina. É preciso entender 
como você gasta as horas dos seus dias, 
quais atividades tomam mais tempo, quais 
são indispensáveis e quando você realiza 
cada uma. Então, é hora do papel e cane- 
ta: anote! 
Escreva detalhadamente o que você faz 
em cada dia da semana: 
• Quando acorda; 
• Horário de trabalho; 
• Seus intervalos; 
• Todas as refeições. 
 
 
Definir horas de 
estudo 
Agora que você já consegue ver sua roti- 
na detalhada, calcule quantas horas você 
tem de sobra em cada dia. 
5 
 
 
 
Vale também calcular o tempo que pode 
ser retirado de atividades não tão impor- 
tantes. Por exemplo, 15 minutos da hora 
do almoço para estudar, mesmo que pa- 
reça pouco tempo, pode ser aproveitado 
com a técnica correta. 
Outra dica é utilizar algum tempo à noi- 
te, talvez após o jantar para estudar mais. 
Mas faça isso apenas se você achar que 
é possível! Dormir bem é imprescindível 
para manter o cérebro aguçado. 
Existe uma técnica que consiste em focar 
25 minutos seguidos em uma única ativida- 
de e tirar um intervalo de 5 a 15 minutos até 
a próxima tarefa. Se você conseguir deixar 
isso definido, seu cronograma de estudos 
para concurso ficará ainda melhor. No en- 
tanto, é necessário lembrar que eventual- 
mente acontecerão imprevistos e seus ho- 
rários precisarão ser reorganizados. 
 
Definir o que 
estudar 
Você já definiu os horários que terá para es- 
tudar, mas o que exatamente você pretende 
estudar? Para definir isso, é preciso saber 
qual concurso você quer prestar. Coloque 
o nome da seleção como título da planilha. 
Existem alguns fatores que precisam ser 
analisados na hora de priorizar disciplinas: 
• Disciplinas que tem maior peso; 
• Matérias que você tem mais dificuldade; 
• Assuntos que você tem menos conheci- 
mento; 
• Recorrência dos temas. 
Montar o cronogra- 
ma de estudos para 
concurso 
Com as disciplinas listadas por nível de 
prioridade e sabendo quanto tempo terá 
para estudar, você já pode montar seu pla- 
no diário. Para isso, use um planner ou crie 
uma planilha no computador. Se o con- 
curso já está marcado, veja quanto tem- 
po você tem até a data das provas. No- 
vamente: você vai dividir cada disciplina, 
dessa vez com hora marcada: 
• Começo dos estudos; 
• Intervalos; 
• Hora de revisar; 
• Fechar os cadernos. 
 
Ter comprometimento 
e regularidade 
Independentemente de como foi montado 
seu cronograma de estudos, é necessário 
ter comprometimento e regularidade. Es- 
tudar todos os dias e intercalar as discip 
linas sempre relembrando o que já foi es- 
tudado fazem parte de uma metodologia 
eficaz. São pontos importantes: 
• Não ficar muito tempo sem estudar deter- 
minada disciplina; 
• Colocar mais tempo às disciplinas que 
tem mais dificuldade; 
• Priorizar também as matérias de maior 
peso ou que se repetem nas provas; 
• Revisar conteúdo de outro dia para não 
cair no esquecimento. 
6 
 
 
dade que tiver 
você parou. 
Conhecer técnicas 
de estudo 
Existem algumas técnicas que você pode 
adotar no seu cronograma de estudo para 
aproveitar melhor o seu tempo, como a 
criação de resumos e mapas mentais. Na 
primeira, você anota os pontos importan- 
tes que você compreendeu sobre o assun- 
to. A segunda técnica é quase como um 
resumo, mas ela é ainda mais simplificada: 
selecione a ideia principal/geral e, a par- 
tir dela, puxe ramificações para assuntos 
mais específicos. Você pode também: 
• Fazer marcações em textos: isso aju- 
da nos resumos e mapas mentais, bem 
como na revisão; 
• Intercalar os estudos: num período de 
quatro horas, você estuda 45 minutos 
acerca de uma disciplina. Então, faz um 
intervalo de 15 minutos e depois estuda 
mais 45 minutos de outra disciplina; 
• Responder questões de provas anteriores 
e simulados: coloque seus conhecimen- 
tos em prática e veja o quanto você con- 
segue acertar. 
Na questão de distribuição de tempo, uma 
técnica bacana é a de ciclo. Ela funciona 
da seguinte maneira: vamos supor que 
você tenha 20 horas semanais disponí- 
veis para estudar. Distribua este tempo de 
acordo com a prioridade das disciplinas e 
siga seu cronograma normalmente. Caso 
algum imprevisto aconteça, como pre- 
cisar ir ao médico, e isso atrapalhar seu 
momento de estudo, na próxima oportuni- 
para estudar siga de onde 
Não fique fixo ao sistema de escola: hoje 
é português, amanhã é matemática e toda 
sexta é Direito Administrativo. Esse forma- 
to pode prejudicar seus estudos, porque 
se você simplesmente deixar de estudar 
uma disciplina na semana, na próxima 
vez ficará atrasado. Já na técnica de ci- 
clo, você pode se recuperar o conteúdo e 
flexibilizar o cronograma de estudos para 
concursos públicos. 
Com o tempo, você vai ganhar confiança 
e internalizará os conteúdos mais rápido. 
Sendo assim, poderá acrescentar outras 
disciplinas complementares ao seu calen- 
dário de estudos, bem como fazer outros 
ajustes possíveis e necessários. 
 
Cuidar do físico e o 
psicológico 
Estudar para concurso em pouco tempo 
pode ser um pouco complicado e talvez 
você até pense em usar seu tempo de lazerpara se focar. Bom, você pode até diminuir 
esse tempo e utilizar um pouco dele para 
estudar, mas não reduza seus momentos 
de prazer a zero. Seu corpo e seu cérebro 
precisam de descanso para conseguir as- 
similar tudo que você estudou. 
Você também pode assistir a um filme, ver 
uma série, ligar para um amigo, testar uma 
receita nova. Qualquer coisa que te dê 
prazer e relaxe a mente. 
 
 
 
Cronograma de estudos 
 
 
Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 
 
 
 
 
 
 
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Redação 
Concursos e 
Vestibulares 
Sumário 
1. Introdução ................................. 9 
2. A Dissertação.......................... 10 
3. Conclusão ............................... 20 
4. Teses Coringas ....................... 25 
5. Bancas .................................... 28 
9 
 
 
A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
prova de redação exigirá de você a produção de um texto em 
prosa, do tipo dissertativo- argumentativo, sobre um tema de 
ordem social, científica, cultural ou política. Os aspectos a serem 
avaliados relacionam-se às competências que devem ter sido 
desenvolvidas durante os anos de escolaridade. Nessa redação, 
você deverá defender uma tese – uma opinião a respeito do tema 
proposto –, apoiada em argumentos consistentes, estruturados 
com coerência e coesão, formando uma unidade textual. 
Seu texto deverá ser redigido de acordo com a modalidade escri- 
ta formal da língua portuguesa. Você também deverá elaborar 
uma conlusão que foi apresentada no desenvolvimento do texto. 
Essa proposta deve respeitar os direitos humanos. 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dissertação 
A dissertação é um gênero textual que utiliza a argumentação 
como base para a defesa de um ponto de vista. Dessa forma, o 
autor, ao discorrer sobre o tema e apresentar a sua tese, deve 
afirmá-la com o uso de dados, estatísticas, pesquisas, fatos, 
exemplos e citações, dentre outros. 
 
A 
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A dissertação 
subdivide-se em 
dois tipos. 
São eles: 
Dissertação expositiva 
A dissertação expositiva consiste em de- 
monstrar dados, fatos e interpretações 
sobre um determinado tema, sem a ne- 
cessidade de apresentar argumentos que 
corroboram para um ponto de vista. A dis- 
sertação expositiva apenas expõe uma sé- 
rie de elementos que compõem uma ideia, 
sem posicionamentos. 
Um exemplo de dissertação expositiva é o 
gênero aula expositiva. Nela, o professor 
apresenta conteúdos previstos na matriz 
curricular a fim de demonstrar aos alunos 
ideias e conceitos. Não há, portanto, pre- 
sença de argumentos, ou seja, a defesa de 
uma opinião pelo professor, que apenas 
explicita uma ideia. 
 
Dissertação 
argumentativa 
A dissertação argumentativa possui ele- 
mentos expositivos que se somam a argu- 
mentos em defesa de uma opinião. Ela é 
muito comum em gêneros como o artigo 
de opinião e o editorial, em que são apre- 
sentados dados que contribuem para a 
composição de uma tese no texto. 
Geralmente, a dissertação argumentativa 
trata de temas de relevância social, e sua 
produção é destinada a uma ampla audi- 
ência, principalmente em relação aos gê- 
neros produzidos no âmbito jornalístico. 
 
Estrutura do Texto 
Dissertativo- 
Argumentativo 
 
A escolha de um ou outro gênero aju- 
da na construção textual. Apesar de eles 
possuírem finalidades distintas, a estru- 
tura dissertativa segue um padrão de in- 
trodução, desenvolvimento e conclusão. 
Porém, antes de iniciar a escrita, é impor- 
tante construir um projeto de texto defi- 
nindo elementos essenciais, como o tema 
a ser introduzido e, no caso do texto dis- 
sertativo-argumentativo, o ponto de vista 
defendido. 
Após a organização do texto, vem a escrita 
propriamente dita, dentro dos parâmetros 
estruturais da dissertação. Na introdução, 
evidencia-se o tema e os argumentos a 
serem expostos de maneira subsequente. 
Em seguida, há o desenvolvimento, foca- 
do no detalhamento dos argumentos intro- 
duzidos anteriormente. No caso do texto 
dissertativo-argumentativo, é importante 
expor claramente ao leitor a tese defendi- 
da. Por fim, na conclusão, o autor faz o fe- 
chamento, retomando as ideias principais 
ou mesmo reforçando seu ponto de vista. 
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Estrutura básica da dissertação-argumentativa 
1. Introdução 
Apresente o tema e o recorte que você fará dele, é recomendável antes disso iniciar com um 
contexto, uma citação ou alusão histórica. Evite fazer rodeios. É recomendável que a tese 
seja exposta para direcionar a leitura e mostrar sua linha de raciocínio. Lembre-se de que 
adissertação e seus argumentos devem ser usados para convencer quem estiver lendo. 
2. Desenvolvimento 
Defenda a sua tese apresentando ideias que a justifiquem, de forma consistente, e apre- 
sente seus argumentos. Essa parte é importante, por isso coloque tudo da forma mais 
clara possível para que o leitor compreenda seu ponto de vista. Para deixar organizado, 
uma dica é reservar um parágrafo para cada argumento, analisando todos os aspectos que 
você quer abordar. 
3. Conclusão 
Retome as ideias expostas na introdução, junto com os principais argumentos que a jus- 
tificam para confirmar a tese e encerrar o debate. Diferente das outras redações,no Enem 
é nessa parte que você deve apresentar uma proposta de intervenção social detalhada. 
Para ser eficiente no conjunto, essa proposta deve surgir a partir dospontos já levantados 
na argumentação. 
 
Introdução 
Ao escrever seu primeiro parágrafo, você pode fazê-lo de forma criativa. Ele deve atrair a 
atenção do leitor. Por isso, evite os lugares-comuns como: atualmente, hoje em dia, desde 
épocas remotas, o mundo de hoje, a cada dia que passa, no mundo em que vivemos, na 
atualidade. 
Citação – você pode iniciar o texto com uma citação relevante 
relacionada ao tema. 
Método: Citação + contextualização interligando ao tema + tese 1 e 2 
O educador e filósofo brasileiro Paulo Freire afirmava que “se a educação sozinha não 
transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Para a promoção de uma 
sociedade mais crítica. Analisando o pensamento e relacionando-o à realidade da educa- 
ção no Brasil, percebe-se a necessidade de um olhar mais atento para o aprimoramento 
do sistema de ensino, considerando sua importância e reflexiva, que, por consequência, 
tende a ser mais justa, igualitária e humanizada. (Tema: Desafios da educação no Brasil do 
século XXI) 
Citação indireta: Cita-se a ideia, é realizada referência ao autor da ideia, porém, o assunto 
é exposto de forma indireta, parafraseando esse outrem. Método: Citação indireta + con- 
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textualização interligando ao tema + tese 1 
e 2 Texto nota MIL do ENEM 2018 – Auto- 
ria: Livia Taumaturgo 
Segundo as ideias do sociólogo Haber- 
mas, os meios de comunicação são funda- 
mentais para a razão comunicativa. Visto 
isso, é possível mencionar que a internet 
é essencial para o desenvolvimento da 
sociedade. Entretanto, o meio virtual tem 
sido utilizado, muitas vezes, para a ma- 
nipulação do comportamentodo usuário, 
pelo controle de dados, podendo induzir 
o indivíduo a compartilhar determinados 
assuntos ou a consumir certos produtos. 
Isso ocorre devido `falha de políticas pú- 
blicas efetivas que auxiliem o indivíduo a 
“navegar”, de forma correta, na internet, 
e à ausência de consciência, da grande 
parte da população, sobre a importância 
de saber utilizar adequadamente o meio 
virtual. Essa realidade constituiu um desa- 
fio a ser resolvido não somentepelos po- 
deres públicos, mas também por toda a 
sociedade. 
Definição – esta é uma forma 
simples e interessante de iniciar 
o texto: 
Definindo, ou seja, explicando o assunto. 
Método: Definição + tema + tese 1 e 2 
Define-se como sedentárioo indivíduo 
que não pratica atividades físicas no seu 
cotidiano. Doenças como obesidade, dia- 
betes, aumento do colesterol e problemas 
cardíacos são algumas das que podem 
aparecer como consequência deste mau 
hábito. Nesse contexto, há dois fatores 
que não podem ser negligenciados, o de- 
senvolvimento de doenças, e a falta de in- 
fraestrutura nas cidades para a realização 
de atividades físicas simples. 
(Tema: Sedentarismo: o grande mal do 
século?) 
Afirmativa ou exposição de 
ponto de vista “forte”: 
Neste caso, você faz uma espécie de de- 
claração sobre o assunto logo no início, 
com uma frase de impacto, mas que não 
seja exagerada. O objetivo é chamar a 
atenção do leitor, por exemplo, com uma 
afirmação crítica 
Método: Exposição da ideia + contextuali- 
zação do tema + tese 1 e 2 
Tema: Redação ENEM 2018 – Autoria: 
Thais Saeger 
É fato que a tecnologia revolucionou a vida 
em sociedade nas mais variadas esferas, a 
exemplo da saúde, dos transportes e das 
relações sociais. No que concerne ao uso 
da internet, a rede potencializou o fenôme- 
no da massificação do consumo, pois per- 
mitiu, por meio da construção de um ban- 
co de dados, oferecer produtos de acordo 
com os interesses dos usuários. Tal perso- 
nalização se observa, também, na divulga- 
ção de informações que, dessa forma, se 
tornam, muitas vezes, tendenciosa, ma- 
nipuladora. Nesse sentido, é necessário 
analisar tal quadro, intrinsecamente ligado 
a aspectos educacionais e econômicos. 
Adjetivação: Inicia-se com uma sequên- 
cia de nomes (adjetivos). 
“Equivocada e pouco racional. Esta é a 
verdadeira adjetivação para a política edu- 
cacional do governo. De um lado profes- 
sores mal remunerados e desestimula- 
dos, de outro objetos eletrônicos de alta 
tecnologia. É um verdadeiro paradoxo 
existente.” 
Por enumeração: 
“Partindo da afirmativa de que a vida co- 
meça no ventre da mãe é que o aborto 
deve ser discutido em três distintos níveis: 
cultural, penal e médico. O primeiro rege 
o comportamento de cada sociedade, o 
segundo a questão da criminalidade e o 
terceiro o plano da ética.” 
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Perguntas a serem respondidas: Importan- 
te é não esquecer de responder tudo que 
foi questionado. PORÉM, é raro encontrar 
textos nota MIL que utilizaram dessa es- 
tratégia logo no início. Portanto, evite. 
“É possível imaginar o Brasil como um 
país desenvolvido e com justiça social en- 
quanto existir tanta violência contrao me- 
nor de idade? Há formas adequadas de 
retirar das ruas crianças e adolescentes 
marginalizados?” 
Comparativa 
Neste modelo de introdução, você pode 
comparar o tema com algo semelhante ou 
oposto ao que se discute. 
Método: Elemento comparativo base e 
problema a ser comparado + tema + tese 
1 e 2 
Os Estados Unidos, referência em de- 
senvolvimento tecnológico, são um bom 
exemplo de que a educação de qualidade 
e com a valorização adequada gera bons 
frutos. Em contrapartida, no Brasil a reali- 
dade tem sido bem distinta. O baixo piso 
salarial dos professores explicita essa fal- 
ta de reconhecimento aos profissionais 
da educação. Tal desvalorização é fruto 
de baixos investimentos governamentais, 
aliado ao passado histórico brasileiro. 
(Tema: O histórico desafio de valorizar o 
professor) 
Alusão por meio de ficção 
Neste modelo o elemento que será utiliza- 
do no processo argumentativo é fruto de 
alguma obra fictícia, seja um livro ou mes- 
mo uma série amplamente divulgada no 
meio social. 
Texto nota MIL do ENEM 2018 – Autora: 
Jamile Borges. 
Método: Ficção + contextualização temá- 
tica + tese 1 e 2 (causa e consequência) 
A série britânica “Black Mirror” é caracteri- 
zada por satirizar a forma como a tecnolo- 
gia pode afetar a humanidade. Dentre ou- 
tros temas, o seriado aborda a influência 
dos algoritmos na opinião e no comporta- 
mentodas personagens. Fora da ficção, os 
efeitos do controle de dados não são dife- 
rentes dos da trama e podem comprome- 
ter o senso crítico da população brasileira. 
Assim, faz-se pertinente debater acerca 
das consequências da manipulação do 
comportamento do usuário pelo controle 
de dados na internet. 
Texto nota MIL do ENEM 2018 – Autora: 
Silvia Fernanda Lima 
Método: Ficção + contextualização temá- 
tica + tese 1 e 2 
No livro Admirável Mundo Novo do escri- 
tor inglês Aldous Huxley é retratada uma 
realidade distópica na qualo corpo social 
padroniza-se pelo controle de informações 
e traços comportamentais. Talobra fictícia, 
em primeira análise, diverge substancial- 
mente da realidade contemporânea, uma 
vez que valores democráticos imperam. 
No entanto, com o influente papelatribuí- 
do à internet, configurou-se uma liberdade 
paradoxaltangente à regulamentaçãode 
dados. Assim, faz-se profícuo observar a 
parcialidade informacionale o consumo 
exacerbado como pilares fundamentais da 
problemática. 
Alusão histórica 
Neste modelo de introdução, você apre- 
senta um fato histórico que remete ao tema 
e compara-o à discussão na atualidade. O 
enem cobra do aluno a capacidade de de- 
monstrar conhecimentos de mundo e um 
bom repertório sociocultural, fazendo des- 
ta alternativa uma boa. 
Forma de dar credibilidade à sua 
argumentação 
Método: Alusão histórica + tema + tese 1 
e 2: 
A intolerância religiosa é um problema re- 
corrente na história da humanidade. Na 
Idade Média, por exemplo, os Tribunais 
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do Santo Ofício – também chamados de 
Inquisição – julgavam e condenavam as 
pessoas que não acreditavam na religião 
católica. Apesar de o Brasil ser um país 
laico, tem-se, atualmente, um contexto 
análogo a essa situação: ainda persistem 
os casos de discriminação e preconceitos 
sofridos por algumas religiões. Sendo as- 
sim, encontrar caminhos para combater a 
intolerância religiosa, no Brasil, é um desa- 
fio que precisa ser enfrentado pela socie- 
dade civil e pelo Estado. 
(Tema: Caminhos para combater a intole- 
rância religiosa no Brasil) 
 
Tese 
A tese nada mais é do que a apresentação 
do tema a ser discutido e a sua opinião so- 
bre ele. 
É o seu POSICIONAMENTO frente ao tema. 
Pense assim, o seu leitor não faz ideia do as- 
sunto que será abordado – por mais que ele 
seja o corretor e já tenha decorado a propos- 
ta –, por isso você precisa informá-lo sobre o 
que será dito. Depois disso, ele precisa sa- 
ber qual é a sua opinião sobre o tema (TESE), 
para que ele entenda o caminho que você irá 
percorrer ao construir o desenvolvimento. O 
espaço no texto para a tese é o PRIMEIRO 
PARÁGRAFO. Lembrando que a tese é uma 
“verdade” sua, é algo passível de ser defen- 
dido e contra argumentado. 
Vejamos um exemplo: 
Catalisador estrangeiro 
No final do século XX, o país passou por 
um período de grande prosperidade eco- 
nômica que ficou conhecido como “Mila- 
gre econômico”. O otimismo gerado por 
essa conjuntura traduziu-se em uma frase 
que permanece, até hoje, na cultura popu- 
lar: “Brasil: o país do futuro”. O crescente 
número de imigrantes que buscam terras 
tupiniquins, porém, revela que talvez o fu- 
turo esteja próximo de chegar. Dessa for- 
ma, é preciso enxergar a oportunidade de 
crescimento que tal fenômeno representa 
e propor medidas que maximizem os be- 
nefícios e minimizem os problemas. 
O trecho em destaque corresponde à tese 
do texto. Observe que, na primeira parte, 
ele constrói a contextualizaçãodo tema 
para o leitor “O crescente número de imi- 
grantes” e, na segunda, já traz o seu posi- 
cionamento “revela que talvez o futuro es- 
teja próximo de chegar”. Desse modo, ele 
já traz os dois requisitos necessários para 
que o leitor entenda que o texto defenderá 
que o movimento imigratório para o Brasil 
no século XXI será benéfico. 
Agora, veja a redação do ano de 2018 do 
candidato Pedro Assaaad. Observe que a 
TESE, que é seu posicionamento crítico(problema), deve estar em todos os pará- 
grafos. A ausência da mesma torna o tex- 
to “desmontável”. Se ao ler a redação for 
possível retirar a tese e ainda assim, o tex- 
to continuar a fazer sentido, há um sério 
problema de conexão de ideias, além de 
apresentar uma tese “fraca”, uma vez que, 
pode ser dispensada. 
Tese central (tema) + divisão da 
problemática (tese 1 + tese 2). 
Introdução: 
As primeiras duas décadas do século XXI, 
no Brasil e no mundo globalizado, foram 
marcadas por consideráveis avanços cien- 
tíficos, dentre os quais destacam-se as 
tecnologias de informação e comunicação 
(TICs). Nesse sentido, tal panorama pro- 
moveu a ampliação do acesso ao conheci- 
mento, por intermédio das redes sociais e 
mídias virtuais. Em contrapartida, nota-se 
que essarealidade impôs novos desafios 
às sociedades contemporâneas, como a 
possibilidade de manipulação comporta- 
mental via dados digitais. Desse modo, 
torna-se premente analisar os principais 
impactos dessa problemática: a perda da 
autonomia de pensamento e a sabotagem 
dos processos políticos democráticos. 
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Tipos de argumentos 
para Dissertação 
Um argumento é uma manifestação lin- 
guística, construída por enunciados que, 
relacionados uns aos outros, incluem uma 
asserção capaz de levar a uma conclusão. 
O discurso argumentativo deve ser elabo- 
rado de maneira a um efeito de sentido 
de objetividade, pois pretende dar des- 
taque ao conteúdo das afirmações feitas 
(ao enunciado) e não à subjetividade de 
quem as proferiu (ao enunciador). Assim, 
toda a atividade comunicativa, além de 
outros componentes relativos ao domínio 
da língua e ao conhecimento do mundo, 
apresenta um componente de capacidade 
textual, que diz respeito aos saberes en- 
cadeados em sequências organizadas de 
enunciados. 
 
O Desenvolvimento 
Essa segunda parte de uma redação, tam- 
bém chamada de argumentação, repre- 
senta o corpo do texto. Aqui serão desen- 
volvidas as ideias propostas na Introdução 
(caso tenham sido apresentadas). É o mo- 
mento em que se defende o ponto de vista 
acerca do tema proposto. Deve-se atentar 
para não deixar de abordar nenhum item 
proposto na TESE. Uma observação im- 
portante a respeito do desenvolvimento é 
que “quando você faz uma argumentação, 
precisa entender que existe uma diferença 
entre ARGUMENTO e OPINIÃO, pois esta 
é apenas um dos elementos que compõe 
aquela”. 
Na questão estrutural, sempre ressalto que 
seu argumento é dividido em elementos, e 
a organização do seu parágrafo depende 
dessa divisão. 
Argumento: ideia + repertório + contextu- 
alização + opinião. 
A Ideia é o elemento que muitos profes- 
sores denominam de “tópico frasal”. É a 
parte do parágrafo responsável para apre- 
sentar aquilo que você irá defender. 
O repertório consiste numa informação 
que tem três objetivos: comprovar, ana- 
lisar ou justificar o seu ponto de vista. A 
prova do ENEM, na competência 2, cobra 
o repertório como “ conhecimento inter- 
disciplinar”, ou seja, conhecimentos das 
outras áreas (Ciências, História, Geografia, 
Artes, Atualidades, etc.) que o aluno deve 
associar e saber usar na defesa do seu 
ponto de vista. Daí, tem-se a necessidade 
de pesquisar e conhecer diversos temas, a 
fim de sempre ter repertório para sua Re- 
dação. Afinal, sem repertório, você nunca 
conseguirá uma nota acima de 900. 
A contextualização é sua argumentação. 
Ela é a habilidade de relacionar o reper- 
tório com o tema proposto. É a maneira 
como você usa qualquer informação para 
comprovar, justificar ou analisar seu ponto 
de vista. É extremamente importante para 
tornar seu repertório produtivo. Ademais, 
ela está diretamente ligada à competência 
3. 
A opinião é o elemento final do seu argu- 
mento. Pode-se dizer que o argumento é 
uma minirredação e a opinião é a conclu- 
são. Ela também serve para que seu pará- 
grafo não seja apenas expositivo. Observe 
alguns exemplos de argumento. 
Observe: 
“ Vale ressaltar, também, que a exclusão vi- 
venciada por deficientes auditivos no país 
evidencia práticas históricas de preconcei- 
to. A respeito disso, sabe-se que, durante 
o século XIX, a ciência criou o conceito de 
determinismo biológico, utilizado para le- 
gitimar o discurso preconceituoso de infe- 
rioridade de grupos minoritários, segundo 
o qual a função social do indivíduo é de- 
terminada por características biológicas. 
Desse modo, infere-se que a incapacidade 
associada hodiernamente aos deficientes 
tem raízes históricas, que acarreta a falta 
 
 
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de consciência coletiva de inclusão desse 
grupo pela sociedade civil. “ 
No parágrafo acima, demarquei os conec- 
tivos e estruturas que inserem cada um 
dos elementos do argumento. O primeiro 
período, inserido pela expressão “vale res- 
saltar, também, que...”, insere a ideia que 
foi discutida no argumento. Logo após, o 
termo “A respeito disso, sabe-se que..” traz 
o repertório que o aluno usou para analisar 
sua ideia, o DETERMINISMO BIOLÓGICO. 
Posteriormente, ele explica como o reper- 
tório pôde comprovar sua ideia, e, no final 
do parágrafo, o conectivo “Desse modo” 
traz a opinião para encerrar o parágrafo. 
Assim, notamos a configuração e organi- 
zação do argumento, conforme orientado. 
Aproveite para marcar, pintar, relacionar o 
que foi explicado. 
 
Algumas estratégias 
argumentativas 
• Provas concretas. 
• Citação ou testemunho (ou argumento de 
autoridade); 
• Causa e consequência 
• Exemplificação; 
• Alusão histórica; 
• Comparação; 
Argumento de autoridade 
Apoia-se uma afirmação no saber notó- 
rio de uma autoridade reconhecida em 
um certo domínio de conhecimento. É um 
modo de trazer para o enunciado a credi- 
bilidade da autoridade citada. 
Observe o parágrafo do desenvolvimento 
da redação de Lívia Taumaturgo: 
No contexto relativo à manipulação do 
comportamento do usuário, pode-se citar 
que no século XX, a Escola de 
Frankfurt já abordava sobre a “ilusão de li- 
berdade do mundo contemporâneo”, afir- 
mando que as pessoas eram controladas 
pela “indústria cultural”, disseminada pe- 
los meios de comunicação de massa. Atu- 
almente, é possível traçar um paralelo com 
essa realidade, visto que milhões de pes- 
soas no mundo são influenciadas e, até 
mesmo, manipuladas, todos os dias pelo 
meio virtual, por meio de sistemas de bus- 
ca ou de redes sociais, sendo direciona- 
das a produtos específicos, o que aumen- 
ta, de maneira significativa, o consumismo 
exacerbado. Isso é intensificado devido à 
carência de políticas públicas efetivas que 
auxiliem o indivíduo a “navegar” correta- 
mente na internet, explicando-lhe sobre o 
posicionamento do controle de dados e 
ensinando-lhe sobre como ser um consu- 
midor consciente. 
 
 
 
Argumento de provas concretas 
Comprovação pela experiência ou obser- 
vação por meio da documentação de da- 
dos que confirmem a sua validade. Obser- 
ve um trecho da redação nota máxima de 
Clara de Jesus. 
Primeiramente, é notável que o acesso 
a esse meio de comunicação ocorre de 
maneira, cada vez mais, precoce. Segun- 
do pesquisa divulgada pelo IBGE, no ano 
de 2015, apenas 35% dos entrevistados, 
que apresentavam idade igual ou superior 
a 10 anos, nunca haviam utilizado a inter- 
net. Isso acontece porque desde cedo a 
criança tem contato com aparelhos tecno- 
lógicos que necessitam da disponibilidade 
de uma rede de navegação, que memoriza 
cada passo que esse jovem indivíduo dá 
para traçar um perfil de interesse dele e, 
assim, fornecer assuntos e produtos que 
tendem a agradar ao usuário. Dessa forma, 
o uso da internet torna-se uma imposição 
viciosa para relações socioeconômicas. 
Primeiramente apresenta a citação + ex- 
plica a citação, o conteúdo do que foi 
citado + relaciona a citação com a argu- 
mentação (a tese) + intensifica,aprofun- 
da-se na argumentação, relacionando 
novamente com a tese. 
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Argumentação lógica 
Baseia-se em operações de raciocínio ló- 
gico, tais como as implicações de causa 
e consequência, analogia ou condição 
(hipótese). 
Observe o texto de Livia Taumaturgo: 
Ademais, é importante destacar que gran- 
de parte da população não tem consciên- 
cia da importância da utilização, de forma 
correta, da internet, visto que as institui- 
ções formadoras de conceitos morais e 
éticos não têm preconizado, como deve- 
riam, o ensino de uma polarização digital, 
como faz o projeto Digipo (“Digital Pola- 
rization Iniciative”), o qual auxilia os indi- 
víduos a acessarem páginas comparáveis 
e, assim, diminui, o compartilhamento de 
notícias falsas, que, muitas vezes, são lan- 
çadas por moderadores virtuais. Nesse 
sentido, como disse o empresário Steve 
Jobs, “A tecnologia move o mundo”, ou 
seja, é preciso que medidas imediatas se- 
jam tomadas para que a internet possa ser 
usada no desenvolvimento da sociedade, 
ajudando as pessoas a se comunicarem 
plenamente. 
Comparação 
Estabelece o confronto entre duas realida- 
des diferentes, seja no tempo, seja no es- 
paço, seja quanto as características físicas, 
etc. Nesse tipo de estratégia argumentati- 
va faz-se uma relação, uma analogia entre 
fatos, situações, épocas ou lugares distin- 
tos a fim de fundamentar a tese defendi- 
da. Além de demonstrar conhecimento de 
quem usa tal estratégia, é preciso relacio- 
nar os fatos ou situações, bem como con- 
textualizá-los ao tema discutido. 
De acordo com o Mapa da Violência de 
2012, entre 1980 e 2010 houve um aumen- 
to de 230% na quantidade de mulheres ví- 
timas de assassinato no país; além disso, 7 
de cada 10 mulheres que telefonaram para 
o Ligue 180 afirmaram ter sido violentadas 
pelos companheiros. Em países como o 
Afeganistão, a mulher que trai o marido é 
enterrada até que somente a cabeça fique 
à mostra e, então, é apedrejada; apesar 
de reagirmos com horror perante tal atro- 
cidade, um país que triplica a quantidade 
de mulheres mortas em 30 anos deve ser 
tratado com igual despeito quando se tra- 
ta do assunto. Apesar de acharmos que 
a mentalidade do povo melhora com o 
passar do tempo, a mentalidade brasileira 
mostra crescente atraso quanto à igualda- 
de de direitos entre os gêneros, e tal men- 
talidade leva a fatalidades que deveriam 
ser raras em pleno século XXI. 
Argumentos de alusão histórica 
O autor (remetente) retoma acontecimen- 
tos do passado ou faz uso de frases de 
pessoas envolvidas no problema discutido: 
Há exatos 150 anos, numa saleta da So- 
ciedade Lineana de Londres, um grupo de 
naturalistas anunciava ao público ali pre- 
sente os contornos de uma teoria que alte- 
raria para sempre o modo de compreender 
a origem e a variedade de vida em nosso 
planeta. Era a teoria da evolução por sele- 
ção natural, concebida de forma indepen- 
dente por Charles Darwin (...) 
Exemplificação 
É quando o processo argumentativo ocor- 
re mediante um exemplo conhecido mun- 
dialmente. Tal método é usado para defe- 
sa do ponto de vista. 
Além disso, a ignorância social frente à 
conjuntura bilíngue do país é uma barrei- 
ra para capacitação pedagógica do surdo. 
Helen Keller – primeira mulher surdo-cega 
a se formar e tornar-se escritora – definia 
a tolerância como maior presente de uma 
boa educação. O pensamento de Helen 
não tem se aplicado à sociedade brasilei- 
ra, haja vista que não se tem utilizado a 
educação para que se torne comum aos 
cidadãos a proximidade com portadores 
de deficiência auditiva, como aulas de 
Libras, segunda língua oficial do Brasil. 
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Tese + Causa + Consequência– no últi- 
mo período, retomam a tese e a necessi- 
dade de solução da problemática. 
 
Dessa forma, torna-se evidente o distan- 
ciamento causado pela inexperiência dos 
indivíduos em lidar com a mescla que for- 
ma o corpo social a que possuem. 
Causa e Consequência 
Ainda sobre argumentação e recursos 
argumentativos utilizados, é possível de- 
senvolver uma tese utilizando “causa e 
consequência”. 
Observe o seguinte parágrafo da redação 
de Beatriz Servilha, nota MIL em 2017. 
A princípio, a falta de profissionais quali- 
ficados dificulta o contato do portador de 
surdez com a base educacional neces- 
sária para a inserção social. O Estado e 
a sociedade moderna têm negligenciado 
os direitos da comunidade surda, pois a 
falta de intérpretes capacitados para a tra- 
dução educativa e a inexistência de vagas 
em escolas inclusivas perpetuam a dispa- 
ridade entre surdos e ouvintes, condenan- 
do os detentores da surdez aos menores 
cargos da hierarquia social. Lê-se, pois, é 
paradoxal que, em um Estado Democrá- 
tico, ainda haja o ferimento de um direito 
previsto constitucionalmente: o direito à 
educação de qualidade. 
 
O Repertório 
O repertório argumentativo é o conheci- 
mento adquirido ao longo do seu tempo 
de estudo. Ao escrever a redação você 
apresentará seu ponto de vista, a tese, e 
a defenderá. Como? Por meio de citações 
“de peso”, ou seja, um repertório que tor- 
nará seu texto coeso ao argumentar e de- 
fender a sua tese. Um bom repertório faz 
com que a redação tenha destaque e seja 
melhor avaliada em comparação aos ou- 
tros textos. 
É importante que cada parágrafo contenha 
UMA citação, direta ou indireta. Escrever 
muitas citações faz com que seu texto se 
torne um recorte do raciocínio alheio. Por 
isso a recomendação de um repertório ar- 
gumentativo por parágrafo. 
Quando e onde citar? 
Na introdução, dê preferência à citações 
filosóficas, mitos ou alusão histórica, isso 
porque você poderá contextualizar no pas- 
sado e refletir esse argumento no presente 
no decorrer do texto. 
No desenvolvimento, sinta-se livre para 
utilizar o melhor recurso argumentativo 
que desejar, sejam dados, estatísticas, 
alusão literária, filmes, séries de circulação 
nacional ou internacional, dentre outros. 
Não recomendo novas citações na conclu- 
são, uma vez que, há muito o que escrever 
nessas poucas linhas que restam. Porém, 
é de grande valor retomar a primeira ou 
segunda citação após a frase de efeito, já 
na última linha da redação, como forma 
de interligar as ideias e deixar claro para o 
corretor que há ali um projeto de texto de 
qualidade. 
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Conclusão 
É o encerramento do texto, a parte em que as ideias que foram 
apresentadas ao longo da produção devem ser finalizadas. Deve 
estar relacionada às ideias que foram discutidas nas outras par- 
tes do texto, ela deve ser planejada desde o início da produção 
textual, de modo a ter coerência com o restante do que foi dito. 
No texto dissertativo-argumentativo, gênero o qual é pedido na 
maior parte das provas de processos seletivos e vestibulares, a 
conclusão, em geral, deve apresentar um apanhado das ideias 
debatidas anteriormente, ou seja, ela é construída por meio da 
síntese. 
Outro modo de elaborar a conclusão é propor uma solução para 
o problema em questão. Apesar de já ser conhecida há muito 
tempo, com o crescimento do ENEM como meio de ingresso nas 
universidades, esse tipo de conclusão ficou mais elaborado e 
vem sendo cada vez mais utilizado, por ser obrigatório no exame: 
a conclusão por proposta de intervenção. 
Há, ainda, a conclusão por dedução, que consiste em apresentar um 
desdobramento daquilo que foi dito ao longo do texto. 
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Tipos de Conclusão 
Conclusão por síntese 
Sintetizar significa tornar sintético, reduzir, ou seja, resumir. Esta é a primeira técnica para 
a construção de uma boa conclusão para seu texto. 
Neste tipo de conclusão, as ideias que foram apresentadas ao longo do texto – muitas 
vezes citadas na introduçãoe exploradas no desenvolvimento (ou argumentação) – devem 
ser retomadas, de modo a indicar os principais pontos da discussão realizada, com o ob- 
jetivo de reafirmar a tese. 
Ou seja, todo esse movimento de síntese tem o intuito de relembrar qual é o ponto de vista 
defendido sobre certo tema e, assim, favorecer o mecanismo de persuasão do leitor do 
texto. 
 
Conclusão por solução 
Apesar de ter ganhado força com o ENEM, a conclusão que propõe uma solução para o 
problema debatido já era utilizada há muito tempo. Com a popularização do exame, o que 
ocorreu foi uma sistematização desse modelo de conclusão, ou seja, se antes ele consistia 
em apresentar uma maneira de resolver a questão, agora há uma estrutura mais elaborada 
sobre o modo de construir essa solução, o que foi chamado de proposta de intervenção. 
No ENEM, a proposta de intervenção, para alcançar a nota máxima, deve ser composta 
por quatro elementos: as ações necessárias para resolver o problema (o quê?), os agentes 
sociais responsáveis por elas (quem?), o modo de efetivar as medidas sugeridas (como?) 
e os efeitos esperados (para quê?). 
Além de responder a essas quatro perguntas, ainda é esperado, para a nota máxima, que 
o candidato faça um detalhamento da proposta, falando mais sobre como as ações suge- 
ridas farão efeito ou sobre como sua efetivação ocorrerá. 
É importante destacar que esse tipo de conclusão deve ser utilizado para temas que se- 
jam, de fato, um problema. Temas mais filosóficos podem não ser muito adequados para 
isso, pois, muitas vezes, não é cabível uma solução a eles. 
 
Conclusão por dedução 
Nesta técnica, a conclusão é construída não pela retomada das principais ideias debati- 
das, mas pela elaboração de um raciocínio decorrente dos argumentos que foram expos- 
tos no desenvolvimento do texto. 
É importante destacar que, independentemente do tipo de conclusão utilizado, ela deve 
fechar o texto, ou seja, finalizá-lo de modo convincente e coerente. Ao terminar a leitura 
do texto, o leitor deve estar convencido sobre aquilo que acabou de ler e, para que isso 
ocorra, a conclusão deve estar bem relacionada ao que foi discutido ao longo da produ- 
ção. Ou seja, não deve ignorar as informações apresentadas nem incluir ideias novas, que 
não foram exploradas antes. 
 
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Sobre a estrutura da redação é esperado, ou seja, o 
seu PROJETO de TEXTO: 
• Tese inicial; 
• Dados (argumentos); 
• Garantia (conhecimentos implícitos que apoiam e complementam os argumentos); 
• Inferências (ligações implícitas que permitem relacionar os dados à conclusão); 
• Conclusão: retorno à tese e um processo de intervenção. 
• A seguir, exemplos de elementos que podem enfraquecer o esquema argumentativo: 
• apresentação de interpretações ou opiniões como se fossem fatos; 
• exposição de informações que não são relevantes, que não confirmam ou que contradizem 
o ponto de vista escolhido; 
• apresentação de dados que não são recentes; 
• citação de autoridades que não possuem credibilidade ou não são especialistas em deter- 
minada área do conhecimento; 
• uso inadequado de termos referentes a determinadas áreas de conhecimento; 
• emprego de noções confusas ou de totalidade indeterminada. 
 
Passo-a-passo básico para escrever um bom texto 
dissertativo argumentativo. 
1. Veja o tema de redação e faça uma leitura cuidadosa da prova – Essa é a principal dica 
e vai influenciar todo o seu desempenho. Leia e releia a proposta e os textos de apoio. 
Dê uma lida também nas questões da prova. Pode ser que alguma informação ajude 
no tema da redação. Atenção: essa etapa é essencial para que você não fuja do tema. 
2. Elabore o projeto de texto e escolha uma tese – Esse é o momento em que você deve 
escolher a sua abordagem e os argumentos que usará para defender sua tese. Sepa- 
re as ideias principais sobre o assunto em um rascunho. Liste tudo o que você já leu, 
assistiu, discutiu sobre o assunto (filmes, livros, músicas, telejornais, sites de notícias 
e outros) Na tese, escolha um tema que você domine para argumentar e expor o seu 
ponto de vista. 
3. Faça a primeira versão do texto – Nessa etapa do rascunho, preocupe-se com o con- 
teú- do e não com a gramática. Foque sua atenção para organizar os argumentos da 
melhor forma. As ideias devem fazer sentido e devem estar ligadas entre si. Um texto 
bem amar- rado valoriza a sua argumentação e fará com que o corretor não se sinta 
confuso ao lê-lo. 
4. Revise o texto: Agora é hora de corrigir a gramática e encontrar outros errinhos na sua 
redação. Caso tenha dúvida na grafia de alguma palavra, tente substituir por outra pa- 
lavra ou expressão. Preste atenção para alguma frase sem sentido ou perdida no texto 
e avalie se há coerência entre as ideias. 
5. Passe o texto a limpo: Finalmente, essa é a última etapa da redação. Por isso a impor- 
tância de preparar seu texto em um rascunho. Respeite o limite de linhas e não coloque 
informações fora da área de correção. 
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Modelo para último período “coringa” FINALIZAÇÃO 
1. Com isso, faz-se necessária uma intervenção que busque garantir o (tema de modo 
positivo) para todos os cidadãos brasileiros. 
2. Assim, tendo em vista a importância desse (assunto do tema), urge que esteja acessível 
para todos os cidadãos, a partir da resolução de tais entraves. 
3. Portanto, é imperativo promover mecanismos eficientes para a solução da problemáti- 
ca que visem a igualdade de oportunidade (tema) aos cidadãos brasileiros. 
4. Portanto, são necessárias medidas capazes de garantir os benefícios (tema). Ou Por- 
tanto, são necessárias medidas capazes de garantir os benefícios supracitados. 
5. Dessa forma, é preciso intervir de modo a tornar (o tema) um produto da democracia 
brasileira. 
 
Modelos para Contextos 
1. Segundo (autor que você citará), (a citação direta ou paráfrase: cuide para que esteja 
relacionada ao tema de forma específica). 
2. Ao realizar uma análise do período (citar o período aludido, passado) – (acrescente um 
detalhe ou dois sobre o período) –, favoreceram (o que ocorreu no período que será 
comparado ao tema?), portanto, (item do tema) fato determinante para (sugestão: o 
aumento da desigualdade social), representada (tema). 
3. A questão do (tema), apesar de não estar no centro da discussão no país, é um pro- 
blema expressivo por privar parte da sociedade do que foi decidido na Constituição 
de 1988 – (apresente um detalhe específico que interligue à Constituição) –, fato que 
cerceia o que foi garantido na Carta Magna. 
4. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, irrompeu da ne- 
cessidade de salvaguardar a integridade e os direitos de todos os indivíduos. 
 
Modelos para Problematização do Tema 
1. Concomitantemente é notório (interligue de modo evidente a citação ao tema). 
2. Semelhante ao ocorrido no passado, é visível a perpetuação (o tema na atualidade). 
3. Porém, diferente do que foi proposto no código institucional, é perceptível o não cum- 
primento no que diz respeito ao (o tema de forma positiva), fato que corrompe os prin- 
cípios fundamentais da nação. 
4. Porém em descumprimento ao importante documento, parcela social (acrescente o 
tema de modo problematizado) de modo que promove o desrespeito ao que foi decidi- 
do internacionalmente... (continue, retome o tema). 
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Estrurtura "Macro" do Texto 
(dissertação ENEM) 
Texto de 20 a 30 linhas. 
 
Introdução 
de s a 7 linhas 
2 ou 3 períodos 
Tem o objetivo de apresentar o tema, a tese a 
ser defendida de modo claro e contextualizado 
(citação). 
Desenvolvimento 
2 parágrafos 
Parágrafos 5 a 8 linhas 
3 - 5 períodos 
Tem o objetivo de apresentar os argumentos, 
opiniões "de peso" (citações), contra-argumen- 
tos e exemplos que defendam o ponto de vista 
apresentado na tese e divisão da problemática 
argumentativa. 
Conclusão 
de 5 a 8 linhas2 - 4 períodos 
O objetivo aqui é apontar uma solução viável para 
o problema exposto na introdução e discutido no 
desenvolvimento. Retome o tema (problema), re- 
solva os problemas apresentados nos 2 - 4 perí- 
odos desenvolvimentos e depois retome um dos 
repertórios explorados no texto. 
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Curso de Redação 
 
 
 
 
 
 
 
Teses 
Coringas 
Escolha duas e apenas duas: 
1. O legado histórico, o problema existe desde a antiguidade (há um fato anti- 
go que posso citar); 
2. Lenta mudança na mentalidade da sociedade (social) / questões culturais; 
3. Anomia, ausência de leis; 
4. Leis insuficientes / existem, mas são fracas; 
5. A certeza da impunidade (há leis, mas o erro persiste pela certeza que nada 
será feito, ninguém será punido); 
6. Influência e formação familiar; 
7. Ausência de base educacional; 
8. Ignorância social - falta de conhecimento; 
9. Individualismo (egoísmo do indivíduo) e narcisismo; 
10. Negligência governamental (qual dos 3 poderes foi negligente? Cite e espe- 
cifique: se for relacionado ao presidente, prefeitos, ministérios é o Executivo); 
11. Influência da mídia; 
12. Desigualdade social; 
13. Invisibilidade do problema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questionamentos coringas 
Perguntas “específicas” para DESENVOLVER uma tese no parágrafo de desenvolvimento: 
1. Como a mídia agiu ao longo dos anos mediante o problema? 
2. De que modo a estrutura familiar do cidadão contribuiu para a continuidade do 
problema? 
3. Qual o papel do poder executivo (governo, presidente...) ao longo do tempo na situa- 
ção problema? 
4. Como a sociedade reagiu na situação citada (o problema)? 
5. A cultura do brasileiro contribuiu de que modo para que o problema não fosse resolvido? 
6. Qual situação do passado foi ignorada a ponto da situação sofrer piora ao longo dos 
anos (legado histórico)? 
• É a possibilidade de poder empregar a mesma situação problema em mais de um tema 
diferente. 
• Primeiro é necessária uma frase que receba a sua tese coringa que anunciará o seu 
argumento coringa. 
 
Exemplo do Augusto (1000 em 2019) 
No entanto, há ainda diversos obstáculos que impedem (tema resolvido), centrados na 
T1 e T2. Com isso, faz-se necessária uma intervenção que busque garantir o (tema) para 
todos os cidadãos brasileiros. 
No entanto, há ainda diversos obstáculos que impedem a democratização do acesso a 
esse recurso no Brasil, centrados na elitização do espaço público e causadores da insufi- 
ciência intelectual presente na sociedade. 
Com isso, faz-se necessária uma intervenção que busque garantir o acesso pleno ao cine- 
ma para todos os cidadãos brasileiros. 
 
Possíveis estruturas (inspiradas em textos nota 1000) 
1. É prudente apontar, diante disso, que (tema de modo positivo), em especial no Brasil, 
deve superar os entraves atuais, mediante o tese/ARGUMENTO 1 e tese/ARGUMEN- 
TO 2. 
2. Nesse sentido, pode-se afirmar que a tese/ARGUMENTO 1 e a tese/ARGUMENTO 2 
agravam essa situação supracitada. 
3. Não obstante, no Brasil, falhas quanto (o tema como um problema) ocorrem por conta 
da tese 1 e da tese 2 impedindo o pleno desenvolvimento da nação. 
4. Nesse sentido, convém analisar a tese 1 e, ainda, a tese 2, para promover (o tema já 
resolvido). 
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Direcionamento das teses argumentativas 
1. Desse modo, a problemática torna-se concreta ao observar... (caso tenha sido negati- 
vo e precise concordar). 
2. Essa problemática se deve, essencialmente, à falta de... T1 e à/ao T2. 
3. Sendo assim, é perceptível a importância de se discutir essa temática, que demanda 
medidas eficazes seja no T1, como também no T2. 
4. Todavia, para que haja uma reversão no quadro, e consequentemente o cumprimento 
do proposto na proteção aos Direitos Humanos, faz-se necessário analisar a T1 e tam- 
bém a T2. 
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Bancas de 
Concursos e 
Vestibulares 
A redação é tão importante quanto fechar todas as questões de 
uma disciplina e ainda serve como critério de desempate entre 
dois candidatos. Aquele que se articula melhor tem mais chan- 
ces de passar na prova. Este artigo é para você concurseiro de 
plantão que quer melhorar a escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cada organizadora tem seu próprio jeito 
de avaliar os candidatos, seja em questões 
objetivas ou por textos. Elas costumam 
seguir um padrão. Por exemplo, a Cespe 
conta com redações discursivas, então 
você não precisará focar tanto em outras 
modali- dades porque, muito 
provavelmente, não será pedida uma 
narração, por exemplo. 
Entender essa padronização de exigências 
pode te ajudar a ter ideias de como escre- 
ver e argumentar. Confira também os crité- 
rios principais de avaliação da redação, o 
que conta ponto e o que tira ponto. Veja se 
a banca dá mais peso para gramática ou 
conteúdo. Tente encontrar as provas com 
maiores pontuações dos últimos concur- 
sos e seletivos montados por determinada 
examinadora. 
Dessa forma, você pode criar um plano de 
estudos mais adequado e focado no seu 
objetivo. Faça o mesmo com as questões 
e monte um mapa mental de estudos para 
concurso. 
 
Conta com redações discursivas, então 
você não precisará focar tanto em outras 
modalidades porque, muito provavelmen- 
te, não será pedida uma narração, por 
exemplo. 
Entender essa padronização de exigências 
pode te ajudar a ter ideias de como escre- 
ver e argumentar. Confira também os crité- 
rios principais de avaliação da redação, o 
que conta ponto e o que tira ponto. Veja se 
a banca dá mais peso para gramática ou 
conteúdo. Tente encontrar as provas com 
maiores pontuações dos últimos concur- 
sos e seletivos montados por determinada 
examinadora. 
Redação FGV 
A Fundação Getulio Vargas é uma das prin- 
cipais bancas de concurso. No entanto, o 
modelo de redação da FGV tem algumas 
particularidades que diferem do Cebraspe 
ou da Fundação Carlos Chagas (FCC). 
Segundo a professora da disciplina Vivian 
Barros, muitos futuros servidores se preo- 
cupam com a fase objetiva e, de fato, se 
saem muito bem nela. Por outro lado, rele- 
vam a prova discursiva e, algumas vezes, 
até mesmo deixam de ser aprovados nes- 
sa parte. 
No caso da redação para FGV, ela apare- 
ce em provas importantes. Por exemplo, é 
tradicionalmente a organizadora dos con- 
cursos do Senado Federal desde 2008. 
Também cobre as seleções dos Ministé- 
rios Públicos estaduais, além de ter orga- 
nizado a última para o Tribunal de Justiça 
do Ceará. 
Como é o enunciado da prova? 
Primeiramente, antes mesmo de apresen- 
tar o tema, a redação da FGV ilustra uma 
tirinha ou uma charge na maior parte das 
vezes. A ideia é justamente instigar no 
candidato um questionamento, para aí sim 
introduzir o tema. 
A princípio, isso torna a redação um pou- 
co mais difícil do que da FCC ou do Ce- 
braspe, por exemplo, visto que os textos 
de apoio já introduzem o assunto para o 
futuro servidor. 
Nesse aspecto, quando a FGV opta por 
uma charge ou por uma tirinha, o que ela 
quer é que o candidato interprete a men- 
sagem. Com essa interpretação em men- 
te, é esperado que ele parta para o modelo 
de texto dissertativo-argumentativo. 
Uma justificativa para o uso desse formato 
é que os temas da redação FGV tratam de 
questões sociais e comportamentais. 
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Mesmo quando não tem nenhuma tirinha 
ou charge ilustrando o tema, a reflexão é 
sempre em cima de algo que está aconte- 
cendo na sociedade. 
Por exemplo, no concurso do TJ-CE de 
2019, após um breve texto, a examinadora 
perguntava: quais devem ser os atributos 
necessários a uma pessoa para que ela se 
torne membro do STF? 
Apesar de serem temas que pedem uma 
opinião do candidato, a professora alerta: 
nunca escreva o textona primeira pessoa 
do singular. 
O texto dissertativo exige certa impesso- 
alidade na estrutura. Nesse sentido, nem 
a terceira pessoa do plural ela recomenda 
usar. 
O que é o texto dissertativo- 
argumentativo? 
A princípio, um texto dissertativo-argu- 
mentativo pressupõe uma tese. Ou seja, o 
seu ponto de vista perante ao tema pro- 
posto pela banca. 
Nesse contexto, não existe certo ou erra- 
do. Mas sim considerações a serem feitas. 
De antemão, não é bom ficar em cima do 
muro. Em outras palavras, não apresentar 
uma opinião sobre o tema é dar tiro no pé. 
Vivian Barros aconselha já apresentar qual 
é a sua tese na introdução do texto. Em 
seguida, apresentar os argumentos para 
defendê-lo ao longo dos parágrafos de 
desenvolvimento. 
Por esse motivo, a dica da professo- 
ra é usar entre dois e três parágrafos de 
desenvolvimento. 
Supondo que em cada um esteja um argu- 
mento, se você escreve todo o seu texto 
em apenas um parágrafo, já dá a ideia que 
os seus motivos para defender aquela tese 
são fracos, visto que só conseguiu pensar 
em um único. 
A argumentação não é completa se ela 
não estiver acompanhada da fundamenta- 
ção. Se você não mostrar para o exami- 
nador como aquele argumento colabora 
para defender sua ideia, já era, justifica a 
professora. 
Para ilustrar melhor a questão da funda- 
mentação dos argumentos, ela a compa- 
ra a um término de relacionamento. Não 
adianta apresentar apenas os motivos. 
Também é importante expor porque eles 
te levaram a tomar aquela decisão. 
Estrutura do texto dissertativo- 
argumentativo 
Portanto, na redação FGV, se você usa 
dados estatísticos para ilustrar o seu ar- 
gumento, ótimo. Mas não basta apenas 
os expor. É preciso embasar e justificar 
porque você está usando tais números 
para defender sua tese e por qual motivo 
são importantes para o que está tentando 
dizer. 
Por fim, na conclusão, é hora de apresen- 
tar o que se chama de proposta de inter- 
venção. Ou seja, uma solução para o pro- 
blema apresentado. 
Também é possível apenas fechar o seu 
texto com um resumo de tudo que foi dito. 
No entanto, ao propor uma solução, o 
candidato demonstra ampla capacidade 
de análise e reflexão. Algo que muito agra- 
da os examinadores. 
Todavia, não adianta apresentar soluções 
genéricas. Por exemplo, propor novas po- 
líticas públicas. Dentro daquele contexto, 
quais são essas políticas e por que e como 
elas são relevantes? 
Em resumo, a estrutura da redação para 
concurso FGV é: 
• Introdução: apresentação da tese em um 
parágrafo 
• Desenvolvimento: argumentos + funda- 
mentação em dois ou três parágrafos 
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• Conclusão: resumo ou apresentação de 
solução (proposta de intervenção) em um 
parágrafo 
Igualmente, os textos devem apresentar 
aspectos importantes que estão no critério 
de avaliação. Os critérios são: 
Tema e estrutura 
Articulação e argumentação 
Correção gramatical e adequação 
vocabular 
 
Redação FGV: Critérios 
de Avaliação 
Vamos ver, a seguir, quais são os critérios 
de avaliação utilizados pela banca corre- 
tora da FGV. 
1 – Estrutura Textual 
Abordagem do tema: O candidato deve 
ser capaz de selecionar argumentos con- 
venientes dentro do perfil esperado. Além 
disso, ele deve também desenvolver uma 
boa argumentação. 
Progressão Textual: O candidato deve 
mostrar coesão e coerência entre os pa- 
rágrafos do texto por ele redigido. Deve 
também mostrar uma evolução da argu- 
mentação ao longo dos parágrafos. 
2 – Gramática 
A correção gramatical será considerada 
sob o aspecto da melhor expressão escri- 
ta do ponto de vista comunicativo, ou seja, 
da adequação à situação. 
Por exemplo, o emprego de vocábulos de 
variação linguística inadequada e o uso de 
marcas de oralidade podem ocasionar a 
perda de pontos. 
O candidato deve também ser capaz de 
utilizar a norma culta da língua. 
FUVEST 
Metodologia de avaliação da 
redação 
A redação deverá ser, obrigatoriamente, 
uma dissertação de caráter argumentati- 
vo, escrita em língua portuguesa, na qual 
se espera que o candidato, visando a sus- 
tentar um ponto de vista sobre o tema, de- 
monstre capacidade de mobilizar conhe- 
cimentos e opiniões; argumentar de forma 
coerente e pertinente; articular eficiente- 
mente as partes do texto e expressar-se 
de modo claro, correto e adequado. Os 
textos elaborados pelos candidatos se- 
rão avaliados quanto a três aspectos ou 
quesitos: 
1. Desenvolvimento do tema e organi- 
zação do texto dissertativo-argumentativo 
NOTAS POSSÍVEIS DE SEREM DADAS 
NO CRITÉRIO: 1, 2, 3, 4, 5. 
Verifica-se inicialmente se o texto configu- 
ra-se como uma dissertação argumentati- 
va e se atende ao tema proposto. Pressu- 
põe-se, então, que o candidato demonstre 
habilidade de compreender a proposta de 
redação e, quando esta contiver uma co- 
letânea, que se revele capaz de ler e de 
relacionar adequadamente as ideias e in- 
formações dos textos que a integram. No 
que diz respeito ao desenvolvimento do 
tema, verifica-se, além da pertinência das 
informações e da efetiva progressão temá- 
tica, a capacidade crítico-argumentativa 
que a redação venha a revelar. 
A paráfrase de elementos que compõem 
a proposta de redação não é um recurso 
recomendável para o desenvolvimento 
adequado do tema. Não se recomenda, 
também, que o texto produzido se confi- 
gure como uma dissertação meramente 
expositiva, isto é, que se limite a expor da- 
dos ou informações relativos ao tema, sem 
que se explicite um ponto de vista devida- 
mente sustentado por uma argumentação 
consistente. 
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2. Coerência dos argumentos e articulação das partes do texto NOTAS POSSÍVEIS DE 
SEREM DADAS NO CRITÉRIO: 1, 2, 3, 4, 5. 
Avaliam-se, conjuntamente, a coerência dos argumentos e das opiniões e a coesão textu- 
al, ou seja, a correta articulação das palavras, frases e parágrafos. A coerência reflete a ca- 
pacidade do candidato de relacionar os argumentos e organizá-los de forma a deles extrair 
conclusões apropriadas e, também, sua habilidade para o planejamento e a construção 
significativa do texto. Devem- se evitar contradições entre frases ou parágrafos, falta de 
encadeamento das ideias, circularidade ou quebra da progressão argumentativa, uso de 
argumentação baseada apenas no senso comum e falta de conclusão ou conclusões que 
não decorram do que foi previamente exposto. Quanto à coesão, serão verificados, entre 
outros, o estabelecimento de relações semânticas entre partes do texto e o uso adequado 
de conectivos. 
3. Correção gramatical e adequação vocabular 
NOTAS POSSÍVEIS DE SEREM DADAS NO CRITÉRIO: 1, 2, 3, 4, 5. 
Avaliam-se o domínio da norma-padrão escrita da língua portuguesa e a clareza na ex- 
pressão das ideias. Serão examinados aspectos gramaticais, como ortografia, morfologia, 
sintaxe e pontuação, e o emprego adequado e expressivo do vocabulário. Espera-se que 
o candidato revele competência para expor com precisão e concisão os argumentos se- 
lecionados para a defesa do ponto de vista adotado, evitando o uso de clichês ou frases 
feitas. Avalia-se, também, a seleção adequada do vocabulário, tendo em vista as peculia- 
ridades do tipo de texto exigido. 
Características da Redação da FCC 
Primeiramente, convém lembrar que a FCC costuma trazer orientações sobre a redação 
nos editais dos concursos que organiza. Essas orientações variam muito pouco de 
concurso para concurso, o que nos permite enxergar um padrão: o estilo de redação 
FCC. 
Dessa forma, é possível reconhecer as seguintes características da redação da 
FCC: orientações sobre o conteúdo, orientações sobre a estrutura, orientações 
sobre a expressão e situações que levam à nota zero. 
Outro ponto importante é o formato da prova, isto é, a maneira como a prova discursiva 
é apresentada. De modo geral, a FCC pede uma redação dissertativa em suas provas,mas é possível encontrar situações que envolvem estudo de caso, parecer técnico ou 
questões discursivas solicitando textos meramente expositivos. 
 Orientações sobre Conteúdo 
No quesito conteúdo, as características da redação da FCC que são exigidas do 
candidato são as seguintes: a) fundamentação e adequação dos argumentos ao tema 
proposto; b) capacidade de análise e senso crítico; e c) clareza e coerência na seleção 
dos argumentos em defesa de ponto de vista relacionado ao tema. Vamos entender cada 
um desses conceitos separadamente? 
a) Fundamentação e adequação dos argumentos ao tema proposto 
Deve-se entender por argumentação a capacidade de apresentar dados comprobatórios, 
citações de autoridades renomadas, elaborar raciocínios com base na lógica, valer-se do 
 
 
senso comum e da própria competência linguística para defender um posicionamento 
frente a um determinado tema ou assunto. 
Quando é solicitado que um candidato escreva uma redação dissertativo-argumentativa, 
espera-se que o candidato seja capaz de apresentar ponto(s) de vista fundamentado(s) 
em argumentos. Assim, entendemos por fundamentação do ponto de vista exatamente a 
argumentação elaborada e apresentada em defesa desse ponto. Assim, um texto 
dissertativo bem fundamentado é um texto que traz uma boa argumentação. 
Agora, a qualidade dos argumentos é mensurada a partir de quatro pontos 
indissociáveis: fidedignidade, suficiência, pertinência e adequação. Portanto, ao falar 
em adequação dos argumentos, a banca evoca as demais qualidades características de 
um argumento. Vamos compreender cada uma a partir de agora. 
Entende-se por fidedignidade a correlação entre o argumento apresentado e a realidade 
factual. Já a suficiência diz respeito à capacidade que o argumento tem de sustentar o 
ponto de vista, isto é, se o argumento precisa se apoiar em muitos ou poucos exemplos e 
ilustrações. Quanto à pertinência, esta é a qualidade que mensura o quanto a informação 
apresentada como argumento está circunscrita ao campo das informações relacionadas 
ao tema proposto. 
Por fim, a fundamentação da argumentação ainda conta com a capacidade que o 
candidato tem de apresentar dados comprobatórios, exemplos, o quanto ele é capaz de 
ilustrar todo o que declara em seu projeto de texto dissertativo. Para aprofundar a sua 
visão sobre argumentação e tipos de argumento, sugiro que assista à minha aula sobre 
o assunto no meu canal. 
b) Capacidade de análise e senso crítico 
Agora, a banca avalia o nível intelectual do candidato, pois, de acordo com a Taxonomia 
de Bloom, tanto a capacidade de analisar, quanto a de ser crítico, constituem níveis ou 
subáreas do domínio cognitivo. 
Desse modo, a capacidade de análise se manifesta quando as diferentes partes que 
compõem um todo são analisadas minuciosamente. Assim, ao propor um tema, 
como “Democratização do acesso ao patrimônio cultural na 
contemporaneidade” (FCC – Professor Adjunto II – Artes – Prefeitura de Campinas-SP – 
2026), é fundamental conhecer o conceito de democracia, de patrimônio cultural e de 
contemporaneidade, para poder selecionar informações, compará-las, organizá-las, 
relacioná-las e interpretá-las. 
Já o senso crítico é posicionamento coerente estabelecido pelo conhecimento, pela 
inteligência e pela liberdade. Ele é demonstrado no posicionamento que o candidato 
apresenta diante dos fatos que compõem o problema trazido à tona pelo tema proposto. 
c) Clareza e coerência na seleção dos argumentos 
Outro aspecto avaliado é a clareza e coerência na seleção dos argumentos em defesa de 
ponto de vista relacionado ao tema. 
Entende-se a clareza como uma das qualidades de um texto, ao lado da concisão, da 
correção e da elegância. Ser claro é ser inteligível, isto é, é fazer-se compreender. É 
permitir que, à proporção que o texto vá evoluindo, a mensagem que você quer passar se 
torna cada vez mais transparente e objetiva para o leitor, nesse caso a banca FCC. 
https://br.psicologia-online.com/taxonomia-de-bloom-o-que-e-para-que-serve-e-objetivos-344.html
https://br.psicologia-online.com/taxonomia-de-bloom-o-que-e-para-que-serve-e-objetivos-344.html
 
 
Além da clareza, a coerência é apreciada pela banda nesse momento também. Entenda 
que coerência é, na verdade, sentido, lógica. Por isso, quando as informações 
selecionadas para compor o texto são analisadas pela banca, verifica-se se elas 
promovem a continuidade da ideia global do texto, se elas se relacionam, se permitem a 
progressão argumentativa, se não se contradizem, e, por fim, se são condizentes com a 
realidade na qual o tema está inserido. 
Orientações sobre a Estrutura 
Aqui está outra das características da redação da FCC: a estrutura. Nesse quesito, a 
Fundação Carlos Chagas avalia sempre 3 aspectos: a) o respeito ao gênero solicitado; b) 
a progressão textual e encadeamento das ideias; e c) a articulação de frases e parágrafos 
(coesão textual). 
a) Respeito ao gênero solicitado 
Para analisar esse aspecto, vale lembrar que a FCC trabalha as suas provas discursivas 
em cima de estudos de caso, peças jurídicas, questões expositivas e redação 
dissertativa. No entanto, este artigo que apresento a vocês tem enfoque apenas nesta 
última modalidade textual. Ok?! Sendo assim, vamos observar apenas o texto 
dissertativo. 
Aqui a banca vai avaliar se o candidato é capaz de expressar seu posicionamento sobre 
um determinado tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. E 
o que se espera do candidato de quem é exigida uma redação dissertativo-
argumentativa? 
Nesse contexto, espera-se que o candidato tenha capacidade de organizar 
ideias (coesão), apresente conteúdo para discussão (cultura geral), através de 
uma linguagem impessoal, clara, objetiva, com vocabulário adequado e diversificado 
e, sobretudo, discuta o tema apresentando pontos de vistas fundamentados na 
argumentação (discussão). 
Espera-se, ainda, que toda essa abordagem se dê por meio de uma proposição 
(introdução), de um desenvolvimento e de uma conclusão, adequadamente inter-
relacionados. Nesse ponto, vale ressaltar que o número de parágrafos do 
desenvolvimento é determinado pelo número de argumentos que o candidato apresenta 
em defesa do seu ponto de vista. Na FCC, o ideal é que a redação tenha, no mínimo, 4 
parágrafos e, no máximo, 6, para uma redação de 20 a 30 linhas. 
b) Progressão textual e encadeamento das ideias 
Entenda por progressão textual o seguinte raciocínio: a cada novo parágrafo, apresenta-
se no texto um novo conjunto de ideias. Já, por continuidade, entenda: cada nova ideia 
depende do que já foi dito/escrito. Assim, tanto a progressão textual quanto a 
continuidade das ideias são princípios da coerência argumentativa, da coerência 
interna. 
Quando você escreve um parágrafo, você sempre parte de um tópico frasal, de uma ideia 
central, que é ampliada e/ou justificada por ideias secundárias. Assim, se o seu texto 
apresentar quatro parágrafos, naturalmente deve apresentar quatro ideias centrais – uma 
em cada parágrafo, a saber: a tese na introdução (parágrafo 1), o argumento 1 (parágrafo 
2) e o argumento 2 (parágrafo 3) no desenvolvimento e a observação final na conclusão 
(parágrafo 4). Em cada parágrafo, haverá, pois, um novo conjunto de ideias relacionadas 
 
 
às anteriores, promovendo a progressão e a continuidade das ideias, ao mesmo tempo. 
c) Articulação de frases e parágrafos 
A articulação de frases e parágrafos é, na verdade, a coesão textual. Assim, a banca vai 
avaliar o domínio dos mecanismos que o candidato é capaz de apresentar em seu texto 
para retomar ideias, antecipá-las, para encadeá-las, evidenciando ou estabelecendo 
relações de sentido entre elas. 
Fundamentalmente, deve haver uma particular preocupação com o uso de pronomes 
pessoais de 3ª pessoa, pronomes demonstrativos, pronomes relativos; com o uso de 
sinônimos, hipônimos e hiperônimos; com o usode figuras de construção, como a elipse e 
o zeugma; com o uso das preposições, conjunções e das palavras e expressões 
denotativas; com o uso de certos verbos, advérbios e numerais que são capazes de 
promover a conexão das partes que compõem o texto. 
Fazem parte ainda da articulação outros mecanismos, como a concordância verbal e 
nominal, a regência verbal e nominal e a crase. Para ver uma demonstração de 
mecanismos de coesão, sugiro que você assista a esta aula sobre termos 
anafóricos e termos catafóricos no meu canal. 
Orientações sobre a Expressão 
Caro concurseiro, entenda aqui que expressão é o termo usado pela FCC para designar 
a competência linguística do candidato demonstrada na redação. Essa orientação 
determina que a banca avaliará, não de modo estanque ou mecânico, a expressão do 
candidato considerando a sua estreita correlação com o conteúdo e a estrutura. Além 
disso, considerará ainda dois outros aspectos: a) o desempenho linguístico; e b) o 
domínio da norma culta formal da Língua Portuguesa. 
a) Desempenho linguístico 
O desempenho linguístico será avaliado de acordo com o nível de conhecimento exigido 
para a Categoria/Área/Especialidade/Cargo/Emprego Público. Ademais, será avaliada a 
adequação do nível de linguagem adotado à produção proposta e coerência no uso. 
Convém lembrar que o candidato estará em uma situação formal de comunicação. 
Portanto, a linguagem deve se adequar a essa situação comunicativa. 
b) Domínio da norma culta formal 
O domínio da norma culta formal da Língua Portuguesa será avaliado com atenção aos 
seguintes itens: 
• estrutura sintática de orações e períodos; 
• propriedade vocabular; 
• concordância verbal e nominal; 
• pontuação; 
• regência verbal e nominal; 
• emprego de pronomes; 
• flexão verbal e nominal; 
 
 
• uso de tempos e modos verbais; 
• grafia e acentuação. 
Também vale observar que, na aferição do critério de correção gramatical, por ocasião da 
avaliação do desempenho na prova de redação, a banca FCC exige, como uma das 
características da sua redação, que os candidatos se valham das normas ortográficas em 
vigor, implementadas pelo Decreto Presidencial nº 6.583, de 29 de setembro de 2008, e 
alterado pelo Decreto nº 7.875, de 27 de dezembro de 2012, que estabeleceu o Acordo 
Ortográfico da Língua Portuguesa. 
Situações que levam à nota zero 
Agora, a FCC dá as últimas orientações para que o candidato tenha um bom desempenho 
na prova de redação. São orientações para que o candidato não tenha a sua redação 
zerada. Estas situações são as seguintes: 
• fuga do tema e/ou da modalidade de texto solicitado; 
• não atender aos critérios dispostos nos itens relacionados a estrutura, conteúdo e expressão; 
• apresentação de texto sob forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, 
números e palavras soltas ou em verso) ou de qualquer fragmento de texto escrito fora do 
local apropriado; 
• assinatura fora do local apropriado; 
• apresentação de qualquer tipo de sinal ou marca identificadora; 
• apresentação de texto em branco; redação escrita com letra ilegível e/ou incompreensível; 
• e, por fim, mas não menos importante, o não atendimento aos requisitos definidos na grade 
correção/máscara de critérios pela banca examinadora. 
Sobre os Temas das Provas 
Para escrever este artigo como você, concurseiro, merece que ele seja escrito, analisei 15 
provas de redação da Fundação Carlos Chagas realizadas entre os anos de 2016 e 2019. 
O que pude observar e constatar é que a FCC tem uma linha de provas de redação 
muito madura e muito bem estruturada que, se compreendida pelo candidato que vai 
fazer prova organizada por essa banca, a preparação se tornará mais efetiva. Daí o título 
deste artigo: características da redação da FCC! 
Encontrei basicamente dois modelos de provas: um com o tema explicitado pela banca e 
outro com o tema implícito. O mais comum, todavia, é a apresentação de uma prova com 
o tema explícito. Também verifiquei que a banca oferece predominantemente nas provas 
de 1 a 3 textos motivadores, não mais que isso. 
a) Provas com temas explícitos 
Inicialmente, para ilustrar essas descobertas, meu nobre concurseiro, verifique como as 
provas pesquisadas foram estruturadas. Primeiramente, nas provas de Agente de Trânsito 
e Oficial Estadual de Trânsito de São Paulo, em 2019, a FCC apresentou em cada prova 
2 textos motivadores, seguidos de temas explícitos: “Espaço urbano e qualidade de 
vida”, e “Educação para o trânsito – fortalecimento da cidadania”, respectivamente. 
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2012/decreto-7875-27-dezembro-2012-774846-publicacaooriginal-138478-pe.html
 
 
Na prova de Analista em Gestão Previdenciária do INSS de 2019, a FCC apresentou 2 
textos motivadores, seguidos de um tema explícito: “A realização individual fomentaria 
maior igualdade social?”. Já a prova de Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRF 
3ª Região, de 2019, a banca optou por apresentar apenas 1 texto motivador, seguido de 
um tema explícito: “Isolamento social na era da comunicação virtual”. 
Por fim, em 2016, no concurso para Professor Adjunto II – Artes – da Prefeitura de 
Campinas – SP, a FCC apresentou apenas 1 texto motivador, seguido de tema 
explícito: “Democratização do acesso ao patrimônio cultural na 
contemporaneidade”. 
Observe que, neste conjunto de provas até aqui apresentado, as temáticas estão ligadas 
a aspectos da atualidade, mesmo que haja pontos relacionados à especificidade dos 
respectivos concursos. Qualquer pessoa dona de um repertório cultural razoavelmente 
desenvolvido seria capaz de discorrer sobre os temas apresentados, salvo o tema da 
prova do INSS, que, pela natureza filosófica e sociológica, exige uma formação intelectual 
mais apurada. 
b) Provas com temas implícitos 
Em 2018, a FCC apresentou, no concurso para Analista Judiciário – Área Administrativa – 
TRT 15ª Região, uma prova de redação que corrobora a sua fama de banca complexa: 
“A conhecida frase ‘A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro’ é 
entendida, por uns, como uma necessária restrição, e, por outros, como uma necessária 
garantia. Considere essa dupla interpretação e manifeste seu ponto de vista diante dela 
em um texto dissertativo-argumentativo.” 
Nesse caso, não há um tema explícito. Cabe ao candidato perceber a temática na leitura 
que tem da proposta. E aí mora um perigo: caso a interpretação se dê equivocadamente, 
por mais que a redação seja bem construída, ela fugirá do que a banca espera. 
No mesmo ano, no concurso para Técnico Judiciário – Área Administrativa – 
Especialidade Segurança – TRT 2ª Região, a FCC apresentou uma prova com 3 textos 
motivadores, seguidos da seguinte proposição: 
“Com base nas ideias contidas em I, II e III, desenvolva um texto dissertativo-
argumentativo, justificando seu ponto de vista.” 
Dessa forma, é nítido que, a habilidade de leitura, compreensão e reconhecimento de 
ideias centrais e secundárias fará muita diferença na qualidade da interpretação que o 
candidato realizará para fazer esta redação. 
Essa mesma caraterística ocorreu nas provas de Técnico Judiciário – Área Administrativa 
– TRT 15ª – 2018, Analista – Área Administração – DPE/RS – 2017, Analista Judiciário – 
Área Administrativa e Técnico Judiciário – TST – 2017, Analista Judiciário e Técnico 
Judiciário – Área Administrativa – TRE/SP – 2017, Técnico Judiciário – Área 
Administrativa – TRE/PR – 2017, e Analista Tecnológico – Analista De Negócios – Pref. 
Teresina/PI – 2016. 
Considerações finais sobre as características da redação da FCC 
Por fim, depois dessa leitura, você que vai fazer prova da FCC e tem redação, está de 
posse de informações muito preciosas, que vão ajudar consideravelmente no 
 
 
desenvolvimento de uma preparação adequada e bem direcionada, com foco e, 
sobretudo, de acordo com as características da redação da FCC. 
 
Possíveis Temasde Redação para a EDUCAÇÃO – Banca FCC 
1. Intolerância religiosa e política no espaço escolar. 
2. Discriminação racial e sexual no espaço escolar. 
3. A importância do Projeto Político Pedagógico. 
4. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais. 
5. A importância da Educação de Jovens e Adultos. 
6. Educação Inclusiva 
7. O professor leitor, alunos leitores 
8. Interpretações do Processo de Independência 
9. Bullying 
10. Desafios da Esolar 
 Dica de ouro: independente do tema, muito provavelmente, ele estará em sintonia com a 
BNCC e com a LDB, então, cite esses marcos legais 
 
 
Redação UFU –UNIVERSIDADE FEDERAL DE 
UBERLÂNDIA 
Na prova de Redação será avaliada a capacidade de o candidato produzir textos em dife- 
rentes gêneros: notícia, relato, carta argumentativa, carta pessoal, editorial, texto de opi- 
nião, resumo. 
O candidato deverá produzir seu texto em prosa, sem diálogos, atendendo aos seguintes 
aspectos: 
• pertinência em relação ao assunto desenvolvido; 
• clareza, progressão de ideias, coerência e coesão; 
• adequação à norma urbana de prestígio; 
• construção de paráfrases a partir dos textos motivadores; 
• estruturação adequada do gênero selecionado; 
• fidelidade à proposta, evidenciando leitura dos textos motivadores; 
• domínio de estruturas sintáticas próprias da escrita, bem como dos sinais de pontuação, 
tendo em vista clareza e precisão expressivas. 
O texto, portanto, deverá ser redigido de acordo com uma das três situações apresentadas 
na prova e o candidato deverá ser capaz de, minimamente, selecionar e organizar fatos, 
informações, dados, conceitos ou ideias que possam ser considerados relevantes ao tema 
proposto. A organização lógica e coerente do texto deve se concretizar na distribuição 
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adequada das informações em períodos e parágrafos; no emprego apropriado dos recur- 
sos oferecidos pela língua tanto para expressar ideias e aspectos da interação comunicati- 
va, quanto para relacionar termos, períodos, parágrafos e quaisquer outros segmentos do 
texto; no uso adequado das estruturas da norma urbana de prestígio; no emprego correto 
da ortografia oficial; enfim, no uso adequado da linguagem de forma significativa, em um 
contexto específico e para um fim específico. O candidato deverá atentar ainda para as 
especificidades do gênero escolhido, construindo, adequadamente, o remetente e o des- 
tinatário (no caso das cartas), apresentando marcas de autoria, marcas de interlocução, 
lugar social da interação, entre outros aspectos. 
Na etapa da Redação, são apresentadas duas situações que servem de motivação para 
o texto. O candidato precisa escolher apenas uma para começar a produzir sua redação. 
O candidato não pode ultrapassar as 34 linhas da Folha de Redação. Se desejar fazer um 
rascunho, ele poderá fazer isso no caderno de questões. 
Segundo o edital, é preciso ficar atento aos seguintes pontos para não zerar na redação: 
• Não fazer uma redação com menos de 12 linhas 
• Não fugir da situação escolhida 
• Não produzir um texto em forma de diálogos, poesia ou outro gênero não indicado 
• Não copiar os textos motivadores 
 
Redação Unicamp 
A prova de Redação do Vestibular Unicamp tem como objetivo principal avaliar a capaci- 
dade de leitura e de escrita dos candidatos a partir de uma situação específica de produ- 
ção de textos. A prova propõe a escrita de dois textos de gêneros discursivos diferentes, 
que efetivamente circulam em nossa sociedade e fazem parte de nossas práticas cidadãs. 
A intenção é romper com o engessado modelo de redação escolar e avaliar habilidades e 
competências de leitura e de produção de textos significativos para a atuação do jovem na 
vida pública, em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 
Vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A prova de redação Unicamp 
ocorre na segunda fase do vestibular e tem um peso importante na pontuação final dos 
participantes. 
Por isso, é fundamental se preparar para produzir um bom texto e alcançar a nota que você 
precisa 
Como funciona a redação Unicamp 
A prova de redação Unicamp é aplicada no primeiro dia da segunda fase do vestibular, 
junto às provas de Português, Literatura, Ciências Humanas e Ciências Naturais. 
Até o ano de 2018, os candidatos precisavam escrever duas redações, sendo cada uma 
de um gênero textual específico. Desde 2019, os estudantes recebem duas propostas de 
redação, mas só precisam produzir uma. 
De acordo com o Manual do Ingresso, essa prova tem o objetivo de avaliar a habilidade 
do candidato em relação à produção de diferentes gêneros discursivos, o que explica a 
cobrança de diferentes formatos textuais. 
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Para você ter uma ideia, confira quais foram os gêneros das redações dos últimos anos: 
• 2015: síntese e carta-convite; 
• 2016: resenha e texto de divulgação científica; 
• 2017: carta argumentativa e texto de apresentação; 
• 2018: palestra e artigo de opinião; 
• 2019: abaixo-assinado e postagem em fórum; 
• 2020: roteiro de podcast e crônica; 
• 2021: discurso político e diário. 
Portanto, além de conhecer diferentes eixos temáticos — já que o tema da redação não é 
divulgado antes da prova —, é importante que você conheça as características de diferen- 
tes gêneros textuais para fazer a segunda fase da Unicamp. 
É importante levar em consideração que, de acordo com o Manual do Ingresso, a prova 
busca “reproduzir o funcionamento da produção escrita em situações reais”. 
Sendo assim, a proposta de redação da Unicamp conta com algumas características es- 
pecíficas: além de ter 1 ou 2 textos de apoio, geralmente, que ajudam a orientar o candi- 
dato quanto ao tema que deve ser abordado, ela também apresenta instruções em relação 
aos interlocutores e a situação do texto. 
O Manual do Ingresso ainda orienta que o candidato faça um projeto de texto para que 
atinja os seus objetivos na produção da redação e para que ela seja bem-sucedida. 
Vale ressaltar mais duas coisas: diferente do Enem, nós não sabemos de antemão qual 
será o gênero textual exigido; e cada participante recebe uma folha para rascunho e outra 
para a redação final. 
Como a redação Unicamp é avaliada 
A avaliação da redação da Unicamp considera os seguintes aspectos: 
• adequação à proposta temática; 
• configuração do gênero textual; 
• qualidade da leitura dos textos de apoio; 
• articulação entre as partes do texto (coesão). 
O corretor recebe uma grade de correção que orientará a sua avaliação. A partir dessa gra- 
de, ele consegue identificar o seu nível de desenvolvimento em cada um desses aspectos 
para pontuar a sua redação. 
É importante entender que existem 3 situações em que a redação pode ser anulada (zerada): 
• se o texto fugir do tema proposto; 
• se a redação não estiver adequada em relação ao gênero textual exigido; 
• se o participante apenas copiar o enunciado ou textos de apoio. 
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Principais gêneros textuais nas redações 
de vestibulares e concursos 
Existem alguns gêneros textuais que são 
mais comuns nas redações de vestibula- 
res e concursos, por isso é muito impor- 
tante saber quais os principais gêneros 
que podem ser exigidos nas provas mais 
populares de redação. 
Da mesma forma, se faz necessário en- 
tender as características desses gêneros, 
como eles são construídos e saber redigir 
um texto dentro do que é proposto. 
Para isso, confira agora uma seleção dos 
gêneros textuais que são mais comuns 
em provas de redação. Entenda, também, 
como é a estrutura de cada um, e veja qual 
dos tipos é exigido pelos principais vesti- 
bulares do país! 
Os três principais gêneros de redação, bem 
como as suas principais características: 
 
Dissertação 
A dissertação é o estilo mais comum de 
texto! Nesse caso, o candidato deve de- 
fender uma tese (ideia) ao longo do texto 
através do uso da argumentação!Assim sendo, é necessário expor um pon- 
to de vista a partir do tema proposto para 
a redação. A linguagem deve ser simples e 
objetiva, prezando sempre pela exposição 
clara das ideias. 
A dissertação deve conter uma conclusão, 
ou seja, um encerramento com base nas 
ideias e argumentos apresentados ao lon- 
go do texto. 
 
Artigo de opinião 
Um artigo de opinião expõe um posicio- 
namento em relação ao tema proposto, de 
uma maneira mais pessoal do que a dis- 
sertação. Da mesma maneira que expõe 
as suas ideias, o autor do texto deve argu- 
mentar a favor delas no decorrer do texto. 
Um artigo de opinião deve ser embasado 
em fatos e argumentos que comprovem 
a importância e a veracidade das ideias 
apresentadas. A linguagem é simples, ob- 
jetiva, e deve ter como intuito expor e de- 
fender uma opinião. 
 
Carta aberta 
A carta aberta também é um estilo de tex- 
to e que o autor precisa se posicionar a 
respeito de algo. O objetivo de uma carta 
aberta é apresentar um tema de interesse 
coletivo. Da mesma maneira, também visa 
apresentar uma solução para determinado 
problema. 
É geralmente usada como forma de pro- 
testo e deve fornecer uma discussão, em 
que é apresentado o problema e uma pos- 
sível solução. 
 
Resenhas 
Uma resenha é um texto que apresenta 
uma visão do autor sobre uma obra – livro, 
filme, entre outros. É necessário apresen- 
tar uma crítica juntamente com um resumo 
das informações contidas na obra. 
Além disso, faz parte de uma resenha a 
apresentação da estrutura da obra em 
questão, bem como o julgamento do tra- 
balho final – a apreciação crítica. 
 
Crônica reflexiva 
Um crônica consiste na narração de um 
acontecimento cotidiano de uma forma di- 
ferenciada. Ela toma como base situações 
comuns do dia a dia que são tratadas atra- 
vés de uma reflexão. 
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É feita com uma linguagem mais simples, 
pois uma das suas principais característi- 
cas é a leveza e o prazer que ela deve pro- 
porcionar ao leitor. 
Uma crônica reflexiva deve se utilizar de 
todos esses elementos junto com alguns 
questionamentos para apresentar uma vi- 
são diferente sobre um determinado tema. 
 
Como fazer uma boa 
redação para concurso 
Entenda o tema proposto 
Dificilmente vamos achar alguém que nun- 
ca sentiu dificuldade de iniciar o texto. Por 
isso, vamos dar algumas dicas de como 
começar uma boa redação. O mais impor- 
tante é compreender da melhor maneira 
o tema. Trate-o como uma indagação, ou 
seja, faça perguntas sobre ele. Deixe as 
ideias fluírem e, com as respostas, come- 
ce a pensar qual será o seu foco durante a 
dissertação. 
Anote todas as suas ideias de 
argumentos 
Depois de refletir bem sobre o tema pro- 
posto, escreva num rascunho todas as 
suas ideias de argumentos. Pense sobre 
cada uma delas e veja quais vale a pena 
utilizar. É importante conseguir pensar em 
pelo menos três argumentos bem formu- 
lados, pois menos que isso poderá pre- 
judicar a qualidade do resultado. A partir 
disso é que surgirá a sua tese, ou aqui- 
lo que você pretende “defender” duran- 
te todo o texto. Feito isso, você já pode 
começar a estruturar a sua redação. Abra 
sua dissertação apresentando a sua tese 
e, então, parta para a defesa por meio dos 
argumentos. 
 
Dicas para uma boa 
redação 
Faça um esboço da sua redação 
A organização do texto é indispensável 
para um bom resultado. Procure fazer um 
esboço de como ficaria a sua redação de- 
pois de pronta. Separe qual será a sua in- 
trodução, como ficará seu desenvolvimen- 
to e qual será a solução para o problema. 
Faça desse esboço um modelo e tenha 
cuidado para não fugir muito disso. 
Coloque suas ideias no papel 
Anote todo tipo de ideia que tiver, pois elas 
acabam se perdendo. Lembre-se que elas 
não surgem do nada, pois são resultado de 
convivência, experiências e observações 
das coisas simples do nosso cotidiano. O 
rascunho não serve apenas para escrever 
uma primeira versão da redação final, mas 
também para anotações pertinentes. 
A organização durante a escrita é 
fundamental 
A organização não se limita ao momen- 
to que antecipa a escrita, o durante tam- 
bém tem uma grande importância. Deve- 
-se manter a calma em todo o processo e 
não deixar que as suas ideias entrem em 
conflito. Procure ler e reler cada parágrafo 
para ver se estão com nexo e se há algum 
tipo de ligação entre eles. 
Conheça a banca organizadora 
Busque entender um pouco mais sobre a 
banca organizadora do concurso que vai 
prestar, pois, assim, você fica por dentro 
das características dela. Um texto disser- 
tativo costuma seguir um modelo padrão 
bem simples. 
Saiba como estruturar o seu texto 
O modelo mais comum trabalha com qua- 
tro parágrafos, no entanto, isso irá variar 
com a quantidade de argumentos que 
você pretende utilizar. Comece pela in- 
trodução. Nela apresente o tema e a sua 
tese de maneira breve – a inclusão de um 
argumento dentro dela é bem válida para 
fortalecer o texto. 
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No desenvolvimento do texto devem estar contidos os seus argumentos, os quais tentarão 
convencer o seu leitor. É aqui que você pode citar alguns exemplos também, caso tenha 
algum que valha a pena. É importante dar uma atenção especial ao entrelaçamento dos 
parágrafos. As ideias devem ser bem amarradas, e é essencial que elas façam sentido ao 
leitor. 
A conclusão costuma derrubar muitos candidatos. Não repita um argumento já utilizado, 
pois a conclusão precisa acrescentar algo novo. Traga uma solução possível e inovadora 
para toda a trama que você desenrolou durante a redação. Encerre de uma maneira que 
faça o leitor refletir sobre o assunto. 
Critérios avaliadores 
Cada banca possui um tipo de avaliação, mas existem critérios que são universais. Tudo 
aquilo que tem relação com uma boa escrita é levado em consideração. Legibilidade, gra- 
mática, construções equilibradas e organização de ideias são pontos que sempre passam 
pela cabeça de quem está corrigindo. Outro ponto fundamental, talvez o mais importante, 
seja não fugir do tema em hipótese nenhuma. 
Faça um esqueleto antes de escrever 
Algumas organizadoras deixam explícito na prova exatamente o que elas querem que o 
candidato aborde em cada parágrafo, então você deve seguir exatamente o que for pedi- 
do. Já outras examinadoras deixam livre. Porém, é sempre bom ter uma noção da ordem 
que você irá apresentar os argumentos para não ficar indo e voltando no texto. Sendo as- 
sim, crie uma estrutura de tópicos formando uma linha de raciocínio clara. Para isso: 
• Marque as palavras-chave nos textos de apoio; 
• Defina o foco do seu texto: negar, apoiar, justificar ou explicar algo; 
• Escolha os argumentos principais e coloque-os em ordem: o que será dito no primeiro, se- 
gundo e terceiro parágrafos do desenvolvimento. 
Lembrando que a introdução é uma explanação geral do que o texto irá tratar e a conclu- 
são é uma retomada da ideia principal. Vale ressaltar também que algumas bancas dão 
um tema único para propostas diferentes e você sempre deve marcar qual escolheu. Já o 
título, geralmente, não é necessário numa redação para concurso. No entanto, caso a pro- 
va o exija, ele é a última coisa que você deve escrever, pois o título é um resumo do texto 
inteiro em uma linha. 
Pense na montagem de parágrafos 
Você já montou os tópicos, então agora é hora de pensar em parágrafos. Defina um tama- 
nho médio para seus parágrafos e tente ser consistente. Por exemplo, se um parágrafo ti- 
ver três linhas e o outro tiver oito, seu texto ficará visualmente estranho. Mas atenção! Não 
quebre parágrafos ao meio apenas por causa do tamanho, isso pode prejudicar a leitura. 
O ideal é utilizar apenas um argumento por parágrafo para poder explanar bem sem ficar 
cansativo, deixando um gancho para o próximo, pois uma ideia puxa a outra. Então, inicie 
cada um deles com um conector,como: contudo, portanto, pois, desse modo etc. Assim 
você conseguirá ligar os pontos de uma forma que faça sentido para o leitor. 
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Existem também algumas coisas que você deve evitar na hora de 
escrever. São elas: 
• “Queismo”: o uso excessivo da palavra “que” empobrece o texto; 
• Gerúndio: eventualmente você irá usar um verbo no gerúndio, mas muito disso aproxima 
a redação da oralidade e demonstra falta de conhecimento no uso de outras conjugações; 
• Pontuações que você não domina: alguns sinais como a exclamação, reticências, aspas e 
ponto e vírgula têm usos muito específicos. Então, se você não tem certeza, é melhor não 
os usar; 
• A palavra “não”: prefira escrever frases afirmativas com expressões que indiquem sentido 
negativo. 
Em contrapartida, você pode e deve utilizar: 
• Linguagem simples e clara: imagine que você está falando para uma criança de 10 anos e 
seu objetivo é se fazer entendido por ela; 
• Frases curtas: sentenças longas fazem o leitor se perder, mas tenha cuidado para não 
exagerar. Às vezes, dividir uma frase em duas apenas por causa do tamanho pode ficar 
estranho; 
• Ordem direta: prefira orações que sigam a ordem “sujeito, verbo e complemento”, porque 
assim você evita o uso excessivo da vírgula e interpretações de duplo sentido; 
• Dois pontos e travessão em diálogos: se o seu texto tiver uma conversa entre personagens, 
utilize dois pontos e travessão para indicar as falas. 
Fique atento também à colocação pronominal nas provas de redação em concurso. Ela se 
refere ao uso de pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos) 
que retomam os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele(a), eles(as), nós, vós). Existem três 
formas de usá-los: 
• Próclise: o pronome aparece antes do verbo quando existe um termo que inicie a frase. 
Exemplo: Naquele país se fala francês e isso me motiva a estudar a língua. 
• Ênclise: o pronome aparece depois do verbo separado por um hífen, pois não existe outro 
termo iniciando a frase e um pronome oblíquo não pode estar no começo. Exemplo: Inscre- 
va-se no concurso aberto. 
• Mesóclise: o pronome aparece no meio do verbo. No entanto, essa forma quase não é utili- 
zada por ser muito formal. Exemplo: Cantar-lhe-ia uma música se ela aparecesse na janela. 
Dê um tempo para revisar o texto 
Assim que você terminar seu rascunho, deixe ele de lado por um instante e vá terminar as 
questões que ainda faltam. Caso você já tenha feito a prova inteira, comece a marcar as 
alternativas no cartão resposta. Enquanto faz isso, você se desapega do seu texto. Dar um 
tempo antes de reler a redação é importante porque, quando você retornar ao que escre- 
veu, ficará mais fácil ver possíveis erros. 
Quando você se afasta e faz outra coisa, ao reler é como se estivesse lendo algo novo e 
os equívocos saltam aos olhos. Essa é uma prática importante para garantir que não haja 
erros gramaticais, de coesão, de coerência e de escrita. É nesse momento que você vai 
notar se tem alguma palavra faltando, um conector errado ou uma conjugação equivo- 
cada. Caso você retorne à redação imediatamente ao terminar, provavelmente vai deixar 
passar vários detalhes que podem diminuir a sua nota. 
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 Curso de Redação 
Leia com atenção na hora de passar a limpo 
Depois de revisar o texto, é hora de passar a limpo e, nesse momento, é preciso muita 
atenção. Não faça nada correndo para não errar uma palavra ou escrever o que estava na 
próxima linha, por exemplo. Fique atento, inclusive para corrigir errinhos que ainda ficaram 
após a revisão. Confirme se o que você colocou no cartão resposta está de acordo com 
o rascunho, porque equívocos podem gerar rasuras, que não são boas esteticamente, e 
perda de espaço na folha. 
Outra coisa que é muito importante ao passar a limpo é fazer uma letra legível, não ne- 
cessariamente bonita, mas o examinador precisa entender o que você está dizendo. Não 
adianta escrever uma super redação se quem for corrigir não conseguir compreender o 
conteúdo. Então, muita atenção à caligrafia. 
Além disso, é essencial respeitar as margens do cartão resposta. Por isso, não escreva 
fora do quadro: nem para os lados nem a mais das linhas estipuladas. Tudo que estiver fora 
das margens da folha será desconsiderado. 
 
Mitos e verdades sobre redação para concurso 
Até este ponto já aprendemos várias dicas práticas sobre as redações de concurso, mas 
agora vamos relembrar alguns mitos e verdades bastante comuns nesse tipo de prova: 
A letra pode ser cursiva ou de forma 
VERDADE. Não importa qual formato de letra você vai usar, desde que a escrita esteja le- 
gível e a diferenciação entre minúsculas e maiúsculas seja clara. 
“Isso” é para o que já foi falado e “isto” é para o que ainda será dito 
VERDADE. Gramaticalmente a regra é essa. Por exemplo: 
• Isto é o que eu tenho para dizer: você precisa beber mais água. 
• Você precisa beber mais água. É isso que eu tenho para dizer. 
Não posso repetir palavras ao longo do texto 
MITO. Você pode, sim, repetir palavras, desde que elas não estejam muito próximas. Caso 
você precise usar um termo duas vezes na mesma frase, verifique a possibilidade de trocar 
por um pronome ou por um sinônimo. Se você usou determinada expressão num parágra- 
fo, não tem problema usá-la no próximo. Mas tente não exagerar na repetição, principal- 
mente de vocábulos como “que” e “de”. 
Não preciso escrever palavras difíceis para ser formal 
VERDADE. Como já dissemos aqui, você precisa ter um bom vocabulário para escrever uma 
redação sem ficar repetindo palavras. Contudo, o ideal é ser o mais simples possível e escre- 
ver de forma clara, que qualquer pessoa poderia entender. Caso seja necessário usar algum 
termo técnico que nem todo mundo conhece, explique-o de forma sucinta, mas inteligível. 
Gastar tempo com rascunho é ruim 
MITO. Rascunhar é importante, mesmo que não seja o texto inteiro, mesmo que sejam 
apenas os tópicos ou as ideias principais. Isso porque, fazendo o rascunho, você se certi- 
fica de que não vai esquecer nada que precisa ser dito. 
 
 
 
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Curso de Redação 
 
 
 
 
 
Não é necessário colocar aspas em palavras estrangeiras 
MITO. Tome muito cuidado quando for usar palavras que tenham origem em outras línguas, 
mesmo aquelas expressões que já fazem parte do nosso vocabulário diário como “internet”, “on- 
line”, “best seller” e “home office”. É obrigatório fazer essa marcação em palavras estrangeiras. 
É melhor trocar o termo ao invés de chutar a grafia correta 
VERDADE. Se você não tem certeza de como se escreve uma palavra, pense em outras 
que tenham o mesmo significado para substituí-la. Só em último caso, se você não conse- 
guir se lembrar de nenhuma, escreva como achar que é. Mas esteja sempre consciente de 
que errar a grafia pode te prejudicar. Veja algumas expressões: 
• Assessor: quem faz assessoria, por exemplo, “O assessor de imprensa do Governador o 
ajudou durante a coletiva”; 
• Excepcional: pode ser algo fora do comum, um sinônimo para “anormal”, ou de qualidade 
elevada, no sentido de “extraordinário”; 
• Sessão: reuniões ou assembleias com um intervalo entre elas, por exemplo, “A sessão do 
filme das 14h já vai começar, mas a das 17h foi cancelada”; 
• Seção: parte de um todo, por exemplo, “Essa é a seção de sapatos e aquela a de roupas”; 
• Cessão: substantivo que vem do verbo ceder, por exemplo “A família da vítima admitiu a cessão 
dos seus órgãos para estudo” é igual à “A família da vítima cedeu os seus órgãos para estudo”; 
• Frisar: sinônimo para ressaltar, salientar, evidenciar; 
• Perda: substantivo, por exemplo, “A perda material foi muito pequena”; 
• Perca: verbo, por exemplo, “Espero que você não perca tempo tentando arrumar o carro”. 
 
Os erros mais comuns em redações de concurso 
Você já sabe o que fazer e o que não fazer numa redação de concurso, mas não custa nadarecapitular. São erros comuns na hora da prova: 
• Fuga do tema proposto: isso pode gerar nota zero; 
• Gramática: o uso correto de pontuação, acentuação e da língua portuguesa de forma direta; 
• Usar gírias e expressões da oralidade: você não pode se esquecer de que este é um texto 
formal; 
• Vocabulário rebuscado aumenta a nota: muito cuidado, porque palavras difíceis e incomuns 
causam confusão; 
• Ultrapassar o limite de linhas proposto: só é pontuado o que estiver dentro das margens; 
• Não ter uma estrutura textual: isso faz você ficar indo e voltando no assunto sem chegar a 
lugar nenhum; 
• Falta de objetividade: o famoso “encher linguiça”, ou seja, escrever demais apenas para 
inflar o texto com palavras; 
• Senso comum: utilizar argumentos gerais que qualquer um conhece demonstra pouco co- 
nhecimento do tema, falta de opinião própria e baixo poder de argumentação. 
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O treino está intenso e o motivo é grandioso: 
A sua aprovação está mais próxima! 
Nós acreditamos em você! 
 
 
 
 
“Sucesso é o acúmulo de pequenos esforços, repetidos dia e noite”. 
Robert Collier 
 
Protagonista Concursos nas redes sociais: 
https://www.instagram.com/Protagonista_Concursos/ 
 
https://www.facebook.com/ProtagonistaConcursos 
Siga-nos: Instagram e Facebook: Protagonista_Concursos 
 
 
 
 (34) 99868-1113 
 
 
 (34) 99684-1313 
 
 
 
 
 
https://www.instagram.com/Protagonista_Concursos/
https://www.facebook.com/ProtagonistaConcursos
 
GRADE DE CORREÇÃO FUVEST/VUNESP/PUC 
 
 
 
 
A redação deverá ser, obrigatoriamente, uma dissertação, na qual se espera que o 
candidato demonstre capacidade de mobilizar conhecimentos e opiniões, argumentar 
coerentemente e expressar-se de modo claro, correto e adequado. Na correção da 
redação, serão avaliados três aspectos (Tipo de Texto e abordagem do Tema, Estrutura 
e Expressão) que somam nota 10. 
 
 
Funcionamento da Grade de Correção: Para que a nota do texto em um critério seja estabelecida, é importante 
que a redação se adeque à maioria dos itens discriminados naquela nota. Não é necessário, portanto, que o texto 
cumpra os itens da nota em sua totalidade. Em alguns casos, o texto poderia, segundo os critérios, receber 0,5 a 
mais ou 0,5 a menos de acordo com a subjetividade do corretor, o que também ocorre na correção oficial dos 
vestibulares. 
 
Discriminação dos Critérios e dos Valores 
 
A. Desenvolvimento do tema e organização do texto dissertativo-argumentativo. 
 
Verifica-se, neste item, se o texto configura-se como uma dissertação argumentativa e se 
atende ao tema proposto ou sugerido. Pressupõe-se, então, que o candidato demonstre a 
habilidade de compreender a proposta de redação e, quando esta contiver uma coletânea, 
que ele se revele capaz de ler e de relacionar adequadamente os textos que a integram. A 
paráfrase de elementos que compõem a proposta de redação não é um recurso 
 
recomendável para o desenvolvimento adequado do tema. Não se recomenda, também, 
que o texto produzido se configure como uma dissertação meramente expositiva, isto é, 
que se limite a expor dados ou informações relativas ao tema, sem que se explicite um 
ponto de vista devidamente sustentado por uma argumentação consistente. No que diz 
respeito ao desenvolvimento do tema, verifica-se, além da pertinência das informações e 
da efetiva progressão temática, também a capacidade crítico-argumentativa que a 
redação venha a revelar, podendo até promover no texto, como um todo, uma analogia 
por metáfora ou ilustração. 
 
0,0: 
 Fuga total do tema proposto (texto sem nenhuma intersecção com os textos da coletânea); 
 Fuga do tipo textual (texto em que não se reconheça nenhuma marca de dissertação); 
Em ambos os casos, a redação será anulada. 
 
0,5*: 
 Desvio, restrição a particularidades ou ampliação demasiada do tema proposto (mau uso da coletânea); 
 Pouca consideração da interlocução pertinente ao tipo textual (diálogo com o leitor/excesso de subjetividade); 
 Precariedade no domínio da modalidade argumentativa (texto sem tese e com todos os parágrafos de 
desenvolvimento descritivos/expositivos). 
 
1,0*: 
 Cópia da coletânea ou articulação rudimentar entre conhecimento de mundo e o repertório cultural fornecido 
por ela; 
 Texto majoritariamente descritivo/expositivo, mas que esboça um ponto de vista objetivo; 
 Texto com argumentação; ela é, contudo, pouco desenvolvida e restrita ao senso comum; 
*ATENÇÃO! A atribuição de 0,5 ou 1,0 ponto no item A caracteriza fuga parcial do tema ou do tipo textual, assim não será 
possível atribuir valor maior que 1,5 ponto no item B – Estrutura. 
 
1,5: 
 Desenvolvimento parcial do tema, aproveitamento parcial dos textos e figuras propostas pela coletânea 
 Paráfrase da coletânea; 
 Há um posicionamento dentro da estrutura dissertativa e é perceptível o tipo textual; 
 Texto com argumentação, contudo, parcialmente desenvolvida e com trechos sustentados apenas pelo senso 
comum. 
 
2,0: 
 Desenvolve bem o tema proposto, analisando os elementos da problemática enfocada na proposta e na 
coletânea; 
 Há compreensão, desenvolvimento, comprovação e articulação do tema proposto; 
 Texto com tese, mas que ainda é mal construída ou é pouco amadurecida, e detectável tentativa de 
desenvolver argumentação, mas sem fazê-la de maneira satisfatória (como quando não consegue trabalhar um 
exemplo – histórico ou atual - de forma consistente). 
2,5: 
 Consideração e bom uso da coletânea; 
 Demonstra boa competência no desenvolvimento do tema; 
 Texto com tese clara e bem construída; 
 Texto que apresente um desenvolvimento limitado (ao menos de um argumento). 
 
3,0: 
 Desenvolve muito bem o tema e demonstra competência no diálogo com a coletânea; 
 
 Texto com tese clara, bem construída, madura e original, no qual se vejam desenvolvidos argumentos 
consistentes (com exemplificações coerentes ao que foi exposto). 
 
3,5: 
 Desenvolve muito bem o tema, a partir de um ponto de vista crítico, que transcende os elementos da coletânea 
e consegue analisar as relações tensivas entre todos os elementos enfocados na proposta; 
 Texto com tese clara, madura e original, no qual se vejam desenvolvidos argumentos consistentes (com 
exemplificações coerentes ao que foi exposto e possíveis contrapontos); 
 Detectável tentativa de uso de referências intelectuais externas de caráter intertextual para a construção de 
analogias, comparações ou paralelos que sustentem os argumentos. 
 
4,0: 
 Desenvolve muito bem o tema, a partir de um ponto de vista crítico, que transcende os elementos da coletânea 
e consegue analisar as relações tensivas entre todos os elementos enfocados na proposta; 
 Competência e originalidade em argumentar e interpretar a partir de uma seleção de fatos e opiniões 
fundamentados no seu conhecimento de mundo. Leitura crítica e ampliadora dos elementos fornecidos pela 
coletânea e das figuras propostas; 
 Texto com tese substancial, original e amadurecida; argumentos consistentes, comprováveis e autorais; 
 Uso perfeito de referências intelectuais externas de caráter intertextual para a construção de analogias, 
comparações ou paralelos que sustentem os argumentos. 
 
B. Coerência dos argumentos e articulação das partes do texto. 
 
Avaliam-se, conjuntamente, a coerência dos argumentos e das opiniões e a coesão textual, 
ou seja, a correta articulação das palavras, frases e parágrafos. A coerência reflete a 
capacidade do candidato de relacionar os argumentos e organizá-los de forma a deles 
extrair conclusões apropriadas e, também, sua habilidade para o planejamento e a 
construção significativa do texto. Serão considerados de forma negativa a presença de 
contradições entre frases ou parágrafos, a falta de encadeamentodas ideias, a 
circularidade ou quebra da progressão argumentativa, o uso de argumentação baseada 
apenas no senso comum e a falta de conclusão ou conclusões que não decorram do que 
foi previamente exposto. Serão tidos também como fatos negativos referentes à coesão, 
entre outros, o estabelecimento de relações semânticas impróprias entre partes do texto, 
assim como o uso inadequado de conectivos. 
 
0,0: 
 Texto completamente incoerente; 
 Texto sem coesão detectável; 
 Texto com trechos não pertinentes à proposta, ofensivos e com caráter indevidamente provocativo. 
Em todos os casos, a redação será anulada 
 
0,5: 
 Texto caótico com contradições entre suas partes; 
 Não há conexão (sintática ou semântica) entre os parágrafos; 
 Problemas excessivos no uso de conectivos e na articulação das ideias e dos argumentos. 
 
1,0: 
 A macroestrutura do texto é articulada precariamente, ou seja, começo, meio e fim não estão claros; 
 Má expressão formal das conexões de sentido nos parágrafos e entre eles, ou seja, as partes do texto apresentam 
muitos problemas na utilização dos recursos coesivos; 
 Não há relação adequada entre os argumentos e deles não se extraem conclusões apropriadas; 
 
 Ausência de uma das partes do texto com prejuízo para o entendimento total (introdução, desenvolvimento ou 
conclusão); 
 Há contradições entre as ideias secundárias no texto; 
 Não há unidade textual. 
 
1,5**: 
 Texto com estrutura ainda falha e que apresente problemas de articulação, concatenação e paragrafação, mas 
no qual seja detectável a tentativa de explicação ou argumentação; 
 Texto que apresente microestrutura precária (falha na elaboração de mais de um parágrafo); 
 Presença de alguma incoerência externa; 
 Falta de planejamento das expressões formais da estrutura dissertativa; 
 Texto em que que surjam indícios de unidade textual. 
 
** Caso haja desvio parcial do tema ou do tipo textual, o texto não poderá ter nota maior que 1,5 ponto na 
Estrutura – item B – como foi apontado no item A. 
 
2,0: 
 Texto que apresente pontuais problemas de articulação, concatenação e/ou paragrafação, ou seja, ainda não faz 
bom uso de elementos coesivos; 
 Microestrutura falha em pelo menos um dos parágrafos; 
 Estrutura textual que respeita a ordem das partes de um texto dissertativo (introdução - tese; argumentação; e 
conclusão) mas que ainda não planeja com detalhes a ordem das ideias; 
 Unidade textual detectável. 
 
2,5: 
 Boa articulação de argumentos e boa paragrafação (sabendo-se utilizar de elementos coesivos - catafóricos e 
anafóricos); 
 Alguns problemas pontuais na utilização dos recursos coesivos; 
 Estrutura detectável e logicamente formulada, respeitando a ordem das partes de um texto dissertativo 
(introdução - tese; argumentação; e conclusão); 
 Apresenta unidade textual; 
 Texto que cria relações ou pontos de semelhança entre elementos diferentes para compor uma analogia que 
permeie parte do texto; 
 Texto com completa unidade semântica e formal. 
 
3,0: 
 Texto muito acima da média, com estrutura transparente, precisa e segura, que faça da conjunção das partes - 
tese, desenvolvimento e conclusão - um todo bem acabado; 
 Texto com unidade semântica e formal amadurecida e com autonomia; 
 Texto com excelente domínio dos recursos de coesão e coerência, muito bem articulado e que cria relações ou 
pontos de semelhança entre elementos diferentes para compor uma analogia que permeie todo o texto. 
 
 
 
C. Correção gramatical e adequação vocabular. 
 
Avaliam-se, neste aspecto, o domínio do padrão culto escrito da língua portuguesa e a 
clareza na expressão das ideias. Serão examinados aspectos gramaticais como ortografia, 
morfologia, sintaxe e pontuação, e o emprego adequado e expressivo do vocabulário. 
Espera-se que o candidato revele competência para expor com precisão e concisão os 
argumentos selecionados para a defesa do ponto de vista adotado, evitando o uso de 
clichês ou frases feitas. Avalia-se, também, a seleção adequada do vocabulário, tendo em 
vista as peculiaridades do tipo de texto exigido. 
 
0,5: 
 Texto com excesso de vocábulos incompreensíveis e/ou com muitas construções sintáticas não adequadas à 
Língua Portuguesa. 
 
1,0: 
 Texto com muitos problemas gramaticais considerados graves, como excessivas construções sintáticas deficientes 
(períodos ou orações incompletas), mau uso de pronomes, muitas falhas na concordância ou excesso de falhas na 
pontuação que prejudiquem a compreensão de trechos e ideias; 
 Excesso de termos falhos (palavras vagas, gírias, coloquialismos, oralidades); 
 Texto com linguagem regular, com imprecisões lexicais e detectável restrição vocabular 
 Uso em demasia de clichês e frases feitas; 
 Repetição – 3 usos ou mais – de vocábulos referentes ao mesmo conceito (ex: “trabalho, trabalhar, trabalhando, 
trabalhador”; ”ser humano, homem, indivíduo, sujeito”) ou idênticos sempre que prejudicarem a fluidez da leitura. 
Estará a critério do autor do texto e do corretor o bom senso quanto à repetição de conjunções e preposições. 
 
1,5: 
 Texto com linguagem regular, com algumas imprecisões lexicais e moderada restrição vocabular; 
 Presença de desvios gramaticais nos procedimentos sintáticos; 
 Texto que respeita as estruturas sintáticas, porém, ainda falha na clareza; 
 Pontuais clichês; 
 Repetição branda de palavras, mas que ainda prejudica a fluidez da leitura. 
 
2,0: 
 Texto com bom uso da norma culta, com poucos desvios ortográficos, mas com imprecisões lexicais e que ainda 
pode melhorar o “como dizer” por meio de um refino dos processos sintáticos; 
 
2,5: 
 Texto com bom domínio vocabular, com raros desvios ortográficos, com pontuais imprecisões lexicais, com bom 
uso da pontuação, mas que demonstra insegurança nas escolhas linguísticas; 
 
3,0: 
 Domínio pleno, autoral e/ou inventivo dos recursos linguísticos dentro da norma culta da língua portuguesa, 
apresentando nenhuma ou quase nenhuma transgressão gramatical. 
 
 
 
Coordenador responsável 
Prof. Dr. Fabrício César de Oliveira 
Coordenador do Redação e Dialogia

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