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Atualizado em 25/03/2023 Pág. 1 de 9 www.proleges.com.br SUMÁRIO DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................................................................................... 2 ADPF: LEI 9.882/1999 ............................................................................................................................................................................................ 2 INFORMATIVOS DO STF ......................................................................................................................................................................................... 6 QUESTÕES 2023, 2022 E 2021 ............................................................................................................................................................................... 8 Legenda dos grifos: AMARELO – DESTAQUE VERDE – EXCEÇÃO, VEDADO ou ALGUMA ESPECIFICIDADE AZUL – GÊNERO, PALAVRA-CHAVE ou EXPRESSÃO LARANJA – SUJEITOS, PESSOAS OU ENTES CINZA – MEUS COMENTÁRIOS DENTRO DO ARTIGO Dúvidas, sugestões e críticas: Favor enviar para: marcoavtorrano@gmail.com Para saber se o material foi atualizado, clique aqui e confira a data da capa (se for posterior a 24/03/2023, houve alteração no conteúdo): Link: https://www.proleges.com.br/account/constitucional mailto:marcoavtorrano@gmail.com https://www.proleges.com.br/account/constitucional Pág. 2 de 9 www.proleges.com.br DIREITO CONSTITUCIONAL ADPF: LEI 9.882/1999 Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal (STF: controle concentrado de constitucionalidade), e terá por objeto evitar (ADPF preventiva) ou reparar (ADPF repressiva) lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público (qualquer ato normativo ou ato administrativo pode ser atacado por ADPF: leis, resoluções, decretos, portarias etc.). Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante (modalidade: arguição incidental) o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição (ou seja, é possível ADPF em face de ato normativo anterior à Constituição); II – (VETADO) CONCEITO Conceito (ADPF): trata-se de uma “espécie de controle concentrado no STF, que visa evitar ou reparar lesão a pre- ceito fundamental da Constituição em virtude de ato do Po- der Público ou de controvérsia constitucional em relação à lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, inclusive os anteriores à Constituição” (Bernardo Gonçalves Fernan- des). #Atenção Perceba que deve haver um nexo causal entre a lesão ao preceito fundamental e o ato do Poder Público, seja para evitar, seja para reparar tal lesão ao preceito fundamental. (Juiz TJMG 2022 FGV correta) A arguição de descumprimento de preceito fundamental será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, em se tratando de controle de constitucionalidade de lei municipal em face da Constituição Federal. (Juiz TJMG 2022 FGV correta) A arguição de descumprimento de preceito fundamental é cabível em caso de lei vigente anterior à Constituição Federal em relação à qual se pretende o controle. (Defensor DPESE 2022 Cespe correta) A ADPF é cabível quando for rele- vante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei municipal an- terior à CF de 1988. PARÂMETRO Parâmetro (ADPF): para cabimento da ADPF, o parâmetro constitucional violado deve ser um preceito fundamental (art. 1º, caput, da Lei 9.882/99), ou seja, uma norma consti- tucional (princípio ou regra), imprescindível para preservar a identidade da Constituição. (Analista TRT23R 2016 FCC correta) A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental − ADPF, segundo o Supremo Tribunal Federal, é um tipo de ação, ajuizada exclusivamente no STF, que tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. (Juiz TRF3R 2022 correta) A decisão do Supremo Tribunal Federal em sede de ADPF pode fixar as condições e o modo de interpretação e aplicação de qualquer preceito fundamental violado. COMPETÊNCIA Competência (ADPF): STF (competência originária) – art. 102, § 1º, CF. (Analista TRT22R 2022 FCC correta) A arguição de descumprimento de pre- ceito fundamental tem por objetivo evitar ou reparar lesão a preceito funda- mental resultante de ato do poder público e será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal. MODALIDADES Modalidades (ADPF): i) arguição autônoma (direta): prevista no caput do art. 1º. Ou seja, tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público; ii) arguição incidental: prevista no inciso I do parágrafo único do art. 1º. Ou seja, quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo fede- ral, estadual,- municipal (e por consequência o distrital, acrescente-se), incluídos os anteriores à Constituição.[1] [1] “Nessa hipótese, deverá ser demonstrada a divergência jurisdicional (comprovação da controvérsia judicial) relevante na aplicação do ato norma- tivo, violador do preceito fundamental. Observa-se, então, que essa segunda modalidade de arguição (incidental), além de se restringir a ato normativo, pressupõe a demonstração de controvérsia judicial relevante, o que faz crer a existência de uma demanda concreta, tanto é que o art. 6.º, § 2.º, da Lei n. 9.882/99 autoriza ao relator, se entender necessário, ouvir as partes nos pro- cessos que ensejaram a arguição. Busca-se, nesse sentido, procedendo a uma cisão funcional em relação ao caso concreto, antecipar o entendimento da Suprema Corte sobre a matéria. Gilmar Mendes, nesse caso, fazendo um con- traponto ao art. 97 em relação ao qual se observa uma cisão funcional hori- zontal, no caso da ADPF incidental, vislumbra uma cisão funcional no plano vertical (de órgãos das instâncias ordinárias para o STF).” (LENZA, Pedro. Di- reito constitucional..., Saraiva, 2023, p. 203). PRECEITOS FUNDAMENTAIS Rol aberto/exemplificativo: atualmente, o STF constrói co- tidianamente – por meio de sua jurisprudência – os chama- dos preceitos fundamentais. Exemplos: arts. 196 (Info 538 do STF); art. 220 (Info 441 do STF). Diante disso, conclui-se que não há um rol exaustivo ditado pela legislação infraconstitucional ou pela própria Constitui- ção para elencar os preceitos fundamentais. Na verdade, os preceitos fundamentais estão espalhados pela CF, cabendo ao STF analisar caso a caso. É possível invocar preceito fundamental não vigente? NÃO! O preceito fundamental só pode ser invocado como parâmetro constitucional se estiver vigente. Portanto, nor- mas constitucionais revogadas não podem servir como refe- rência para o controle abstrato de constitucionalidade. É possível ADPF contra ato normativo anterior à Consti- tuição? SIM! (Juiz TST 2017 FCC correta) Leis municipais e de leis anteriores à promul- gação da Constituição de 1988 somente pode ser questionada por meio de ADPF. É constitucional a arguição incidental (art. 1º, parágrafo único, I, da Lei 9.882/99)? Pendente no STF (ADI 2231). Acompanhar Cabe ADPF contra decisões judiciais? STF: SIM! AUTOR: MARCO TORRANO INSTAGRAM: @MARCOAVTORRANO/@PROLEGES E-MAIL: MARCOAVTORRANO@GMAIL.COM https://www.instagram.com/marcoavtorrano/ https://www.instagram.com/proleges/ mailto:marcoavtorrano@gmail.com Pág. 3 de 9 www.proleges.com.br É cabível o ajuizamento de ADPF contra interpretação judi- cial de que possa resultar lesão a preceito fundamental. STF. Plenário. ADPF 144, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 06/08/2008. (Promotor MPESC 2021 Cespe correta) A arguição de descumprimento de preceito fundamental pode ter por objeto decisões judiciais. (Procurador PGEMT 2016 FCC correta) Por meio da ADPF atos estatais an- tes insuscetíveis de apreciação direta pelo Supremo Tribunal Federal, tais como normas pré-constitucionais ou mesmo decisões judiciais atentatórias a cláusulas fundamentais da ordem constitucional, podem ser objeto de con- trole em sede de processo objetivo. Cabe ADPF contra normas secundárias? STF: em regra, NÃO! REGRA: Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a ADPF, como instrumento de fiscalização abstrata das nor- mas, está submetida, cumulativamente, ao requisito da rele- vância constitucional da controvérsia suscitada e ao regime da subsidiariedade, não presentes no caso. A ADPF é, via de regra, meio inidôneo para processar ques- tões controvertidas derivadas de normas secundárias e de caráter tipicamente regulamentar. STF. Plenário. ADPF 210 AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, jul- gado em 06/06/2013. (Juiz Federal TRF2R 2018 adaptada correta) A jurisprudência do STF fir- mou-se no sentido de que a arguição de descumprimento de preceito fun- damental é, via de regra, meio inidôneo para processar questões controver- tidas derivadas de normas secundárias e de caráter tipicamente regulamen- tar. EXCEÇÃO: É cabível ADPF que impugne decreto regulamentador de lei, por ser este caracterizado como ato do Poder Público, quando, da leitura da petição inicial, for possível depreender controvérsia constitucional suscitada em abstrato, cuja ofensa se mostra direta à Constituição da República. STF. Plenário. ADPF 763/DF, Rel. Min. André Mendonça, jul- gado em 28/10/2022 (Info 1074). #Atenção Infelizmente, trata-se de um tema polêmico. Consequente- mente, veremos questões de concursos públicos com gabaritos polêmicos, principalmente do Cespe. Cabe ADPF contra súmulas? STF: em regra, SIM! Exceção: não cabe ADPF contra súmula vinculante. REGRA: É viável ADPF em face de enunciado de Súmula de Jurispru- dência predominante editada pelo Tribunal Superior do Tra- balho. STF. Plenário ADPF 501-AgR, Rel. para acórdão Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 14/09/2020. EXCEÇÃO: Por outro lado, o STF já decidiu que não cabe ADPF contra súmula vinculante. Isso porque existe um procedimento pró- prio para a revisão ou o cancelamento de súmula vinculante. STF. Plenário. ADPF 147 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 24/03/2011. Art. 2o Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental (legitimados da ADPF: são os mesmos da ADI genérica): I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade; II - (VETADO) § 1o Na hipótese do inciso II (o inciso II do art. 2º permitia a legitimação para qualquer pessoa lesada ou ameaçada por ato do Poder Público, mas foi vetado), faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo. § 2o (VETADO) LEGITIMADOS Legitimados (ADPF): são os mesmos da ADI genérica. (Analista Senado Federal 2008 FGV correta) Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade. Art. 3o A PETIÇÃO INICIAL deverá conter: I - a indicação do preceito fundamental que se considera violado; II - a indicação do ato questionado; III - a prova da violação do preceito fundamental; IV - o pedido, com suas especificações; V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado. Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta. § 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade (princípio da subsidiariedade: só cabe ADPF, se não for cabível ADI, ADC ou ADO, ação popular, mandado de segurança etc.). § 2o Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de 5 dias. PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE Trata-se de “pressuposto negativo de admissibilidade”. Também chamado: “cláusula de subsidiariedade” (caráter residual), que atua como causa obstativa para o ajuizamento da ADPF no STF. Condiciona o ajuizamento da ADPF à ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar, de modo eficaz, a lesivi- dade indicada pelo autor. Questões (Residência Jurídica TRT3R 2022 Fumarc correta) A Arguição de Descumprimento de Preceito Pág. 4 de 9 www.proleges.com.br Fundamental é caracterizada por: Subsidiariedade em relação às demais ações do controle concen- trado de constitucionalidade. Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros (6 ministros), PODERÁ deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental. § 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, PODERÁ o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. MEDIDA LIMINAR A concessão de medida liminar ocorre por deferimento da maioria absoluta dos membros do Supremo Tribunal Federal (pelo menos 6 Ministros), salvo quando houver (i) extrema urgência, (ii) perigo de lesão grave ou (iii) recesso, hipóteses nas quais poderá ser concedida pelo relator, ad re- ferendum do plenário (Lei 9.882/1999, art. 5º, § 1º). (Defensor DPEAM 2018 FCC correta) A medida limi- nar, que poderá ser concedida nos termos requeri- dos, inclusive por decisão do Relator, ad referendum do Pleno do STF, não terá, no entanto, o condão de atingir a eficácia de decisões judiciais anteriormente transitadas em julgado. (Auditor Prefeitura de Dourados/MS 2022 IBFC cor- reta) O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na arguição de descumpri- mento de preceito fundamental. § 2o O relator PODERÁ ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado- Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de 5 dias. § 3o A liminar PODERÁ consistir na determinação de que juízes e tribunais SUSPENDAM o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. § 4o (VETADO) Art. 5º, § 3º A decisão proferida em sede de liminar poderá ter como efeito suspender a tramitação de processos ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida relacionada com a matéria objeto da ADPF, salvo se decorrentes da coisa julgada (Lei 9.882/1999, art. 5º, § 3º). Art. 6o Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de 10 dias. § 1o Se entender necessário, PODERÁ o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria. § 2o PODERÃO ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados no processo. Questões (SubprocuradorMPCM/PA 2022 Cespe correta) A arguição de descumprimento de preceito funda- mental admite manifestação de peritos e designa- ção de audiência, ainda que se trate de ação de con- trole concentrado de constitucionalidade. Art. 7o Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento. Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por 5 dias, após o decurso do prazo para informações. Art. 8o A decisão sobre a argüição de descumprimento de preceito fundamental somente será tomada se presentes na sessão pelo menos 2/3 dos Ministros (8 ministros). § 1o (VETADO) § 2o (VETADO) Art. 9o (VETADO) Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental. § 1o O presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão (decisão é imediatamente autoaplicável), lavrando-se o acórdão posteriormente. § 2o Dentro do prazo de 10 dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União. § 3o A decisão terá eficácia contra todos (erga omnes) e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público. EFEITOS DA DECISÃO Decisão imediatamente autoaplicável. Eficácia com todos (erga omnes). Efeito vinculante. Efeitos retroativos (ex tunc). #Resumindo: REGRA: ex tunc e erga omnes (art. 10). EXCEÇÃO: ex nunc e modulação de efeitos (art. 11). Pág. 5 de 9 www.proleges.com.br Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de 2/3 de seus membros (8 ministros), restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. É possível MODULAÇÃO DE EFEITOS em sede de ADPF (art. 11) É possível a modulação de efeitos, por razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social, desde que por mai- oria de 2/3 dos membros do STF. “Da mesma maneira como acontece na ADI, como exceção à regra geral do princípio da nulidade, ao declarar a inconsti- tucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argui- ção de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional in- teresse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por mai- oria qualificada de 2/3 de seus membros, restringir os efei- tos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado (ex nunc) ou de outro momento que venha a ser fixado.” (LENZA, 2023, p. 206). LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado..., Saraiva, 2023. Possibilidade de decretação, de ofício, da modulação dos efeitos da decisão proferida, inclusive ADPF Caso o STF, ao julgar uma ADI, ADC ou ADPF, declare a lei ou ato normativo inconstitucional, ele poderá, de ofício, fazer a modulação dos efeitos dessa decisão. Ex: no julgamento de uma ADI, o STF decidiu que determi- nado artigo de lei é inconstitucional. Um dos legitimados do art. 103 da CF/88 opôs embargos de declaração pedindo a modulação dos efeitos. Ocorre que o STF considerou que es- ses embargos eram intempestivos. O STF, mesmo não co- nhecendo dos embargos, poderá decretar a modulação dos efeitos da decisão. STF. Plenário. ADI 5617 ED/DF, Rel. Min. Edson Fachin, jul- gado em 2/10/2018 (Info 918). Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em argüição de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória. NÃO É CABÍVEL EM ADPF... Não cabe intervenção de terceiros. #Exceção: é possível amicus curiae . Não cabe recurso. #Exceção: é possível embargos de declaração . Não cabe ação rescisória. Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma do seu Regimento Interno. RECLAMAÇÃO ➔ CONTRA O DESCUMPRIMENTO DA DECISÃO Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Não precisa mais adquirir um por um! ASSINATURA ANUAL PRO LEGES Confira no nosso site. *ATUALIZAÇÃO sem custo adicional + NOVIDADES 2023* Disponível https://www.proleges.com.br/assi- natura-anual-proleges Clique aqui para voltar ao SUMÁRIO https://www.proleges.com.br/assinatura-anual-proleges https://www.proleges.com.br/assinatura-anual-proleges Pág. 6 de 9 www.proleges.com.br INFORMATIVOS DO STF Buscador Dizer o Direito: https://bit.ly/42CNcUM. Ação de controle concentrado de constitucionalidade não pode ser utilizada como sucedâneo das vias processuais or- dinárias Caso concreto: partido político ajuizou ADPF alegando que determinados discursos, pronunciamentos e comportamen- tos do Presidente da República, de Ministros de Estado e de outros integrantes do alto escalão do Poder Executivo fede- ral representariam violação de preceitos fundamentais do Estado Democrático de Direito e do direito à saúde. O autor pediu “que o Presidente da República, bem como todos os seus Ministros e auxiliares imediatos pautem doravante seus atos, práticas, discursos e pronunciamentos em conformi- dade com os princípios constitucionais suprarreferidos.” O STF não conheceu da ADPF. Na ação, o partido pede, em síntese, que o STF profira co- mando judicial para que o Presidente da República e seus au- xiliares cumpram a Constituição. Ocorre que isso já é óbvio. À luz do constitucionalismo contemporâneo, não há qual- quer dúvida de que a supremacia constitucional é o postu- lado sobre o qual se assenta a validade de todos os atos es- tatais. Mostra-se inócua e desprovida de qualquer utilidade provo- car o Poder Judiciário objetivando, única e exclusivamente, declarar que as autoridades públicas estão sujeitas à ordem constitucional. Em um Estado Democrático de Direito, como o Brasil, nenhum ato jurídico pode ser praticado validamente à margem da Constituição. Transgressões aos princípios e regras constitucionais pratica- das por autoridades públicas ou particulares, quando ocor- rem, exigem a intervenção judicial, em caráter preventivo ou repressivo, diante de situações concretas e específicas, e não por meio de uma ação de controle concentrado de constitu- cionalidade. STF. Plenário. ADPF 686/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/10/2021 (Info 1034). (Defensor DPERO 2023 Cespe correta) Incabível ADPF para revisar decisões judiciais, valendo-se da ação como sucedâneo recursal. Cabe ADPF quando se alega que está havendo uma omissão por parte do poder público A arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) é instrumento eficaz de controle da inconstituciona- lidade por omissão. A ADPF pode ter por objeto as omissões do poder público, quer totais ou parciais, normativas ou não normativas, nas mesmas circunstâncias em que ela é cabível contra os atos em geral do poder público, desde que essas omissões se afi- gurem lesivas a preceito fundamental, a ponto de obstar a efetividade de norma constitucional que o consagra. STF. Plenário. ADPF 272/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 25/3/2021 (Info 1011). É cabível o ajuizamento de ADPF contra interpretação ju- dicial de que possa resultar lesão a preceito fundamental Cabe ADPF contra o conjunto de decisões judiciais que de- terminam medidas de constrição judicial em desfavor do Es- tado-membro, das Caixas Escolares ou das Unidades Descen- tralizadas de Execução da Educação UDEs e que recaiam so- breverbas destinadas à educação. STF. Plenário. ADPF 484/AP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 4/6/2020 (Info 980). (Analista TRT16R 2022 FGV correta) João, estudante de direito, questionou o seu professor a respeito da possibilidade de a arguição de descumprimento de preceito fundamental ser direcionada à impugnação de atos de caráter não normativo do Poder Público. O professor respondeu corretamente que o re- ferido instrumento, preenchidos os requisitos exigidos, pode ser utilizado tanto para impugnar atos normativos como outros atos do Poder Público, in- cluindo atos jurisdicionais e a interpretação que dispensem ao texto norma- tivo. Relator não pode, de ofício, na ADPF que trata sobre o Es- tado de Coisas Inconstitucional dos presídios, determinar medidas para proteger os presos do Covid-19 A decisão do Ministro Relator que, de ofício, na ADPF que trata sobre o Estado de Coisas Inconstitucional no sistema prisional, determina medidas para proteger os presos do Co- vid-19 amplia indevidamente o objeto da ação. É certo que no controle abstrato de constitucionalidade, a causa de pedir é aberta. No entanto, o pedido é específico. Nenhum dos pedidos da ADPF 347 está relacionado com as questões inerentes à prevenção do Covid-19 nos presídios. Não é possível, portanto, a ampliação do pedido cautelar já apreciado anteriormente. A Corte está limitada ao pedido. Aceitar a sua ampliação equivale a agir de ofício, sem obser- var a legitimidade constitucional para propositura da ação. Ademais, em que pese a preocupação de todos em relação ao Covid-19 nas penitenciárias, a medida cautelar, ao concla- mar os juízes de execução, determina, fora do objeto da ADPF, a realização de megaoperação para analisar detalha- damente, em um único momento, todas essas possibilidades e não caso a caso, como recomenda o Conselho Nacional de Justiça. O STF entendeu que, neste momento, o Poder Judiciário deve seguir as recomendações sobre a questão emitidas pelo Conselho Nacional de Justiça CNJ e por portaria con- junta dos Ministérios da Saúde e da Justiça. Para evitar a disseminação do novo coronavírus nas prisões, o CNJ recomendou a análise de situações de risco caso a caso. A Recomendação 62/2020 do CNJ traz orientações aos Tri- bunais e aos magistrados quanto à adoção de medidas pre- ventivas contra a propagação do Covid-19 no âmbito dos sis- temas de justiça penal e socioeducativo. STF. Plenário. ADPF 347 TPI-Ref/DF, rel. orig. Min. Marco Au- rélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 18/3/2020 (Info 970). Possibilidade de conhecimento da ADPF mesmo que a lei atacada tenha sido revogada antes do julgamento, se per- sistir a utilidade em se proferir decisão com caráter erga omnes e vinculante Em Fortaleza, foi editada a Lei municipal nº 10.553/2016 pro- ibindo o serviço de transporte em aplicativos. Foi ajuizada ADPF contra a lei. Antes que a ação fosse julgada, a referida Lei foi revogada. Mesmo com a revogação, o STF conheceu https://bit.ly/42CNcUM Pág. 7 de 9 www.proleges.com.br da ADPF e julgou o mérito, declarando a Lei nº 10.553/2016 inconstitucional. O Tribunal considerou que a revogação da Lei atacada na ADPF por outra lei local não retira o interesse de agir no feito. Isso porque persiste a utilidade da prestação jurisdicional com o intuito de estabelecer, com caráter erga omnes e vinculante, o regime aplicável às relações jurídicas estabelecidas durante a vigência da norma impugnada, bem como no que diz respeito a leis de idêntico teor aprovadas em outros Municípios. A ADPF não carece de interesse de agir em razão da revogação da norma objeto de controle, máxime ante a necessidade de fixar o regime aplicável às re- lações jurídicas estabelecidas durante a vigência da lei, bem como no que diz respeito a leis de idêntico teor aprovadas em outros Municípios. Trata-se da solução mais consentânea com o princípio da eficiência processual e o imperativo apro- veitamento dos atos já praticados de maneira socialmente proveitosa. STF. Plenário. ADPF 449/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 8 e 9/5/2019 (Info 939). (Delegado PCMS 2021 Fapec correta) Ainda que determinada lei atacada por ADPF tenha sido revogada antes do julgamento pela Corte Suprema, é possível a manutenção da ação, em virtude da persistência da utilidade da prestação jurisdicional. É possível acordo em ADPF É possível que seja celebrado um acordo no bojo de uma ar- guição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF)? SIM. É possível a celebração de acordo num pro- cesso de índole objetiva, como a ADPF, desde que fique de- monstrado que há no feito um conflito intersubjetivo subja- cente (implícito), que comporta solução por meio de auto- composição. Vale ressaltar que, na homologação deste acordo, o STF não irá chancelar ou legitimar nenhuma das teses jurídicas defendidas pelas partes no processo. O STF irá apenas homologar as disposições patrimoniais que forem combinadas e que estiverem dentro do âmbito da disponibi- lidade das partes. A homologação estará apenas resolvendo um incidente processual, com vistas a conferir maior efetivi- dade à prestação jurisdicional. STF. Plenário ADPF 165/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 1º/3/2018 (Info 892). (Procurador da República 2022 correta) Conquanto se trate de ação do controle concentrado de constitucionalidade, tem-se admitido a extinção de ADPF, com resolução do mérito, mediante homologação de transação enta- bulada entre proponente da ação e “amici curiae”. Nesse caso, é possível tran- sigir quanto a aspectos patrimoniais subjacentes à questão constitucional. Causa de pedir aberta O STF, ao julgar as ações de controle abstrato de constituci- onalidade, não está vinculado aos fundamentos jurídicos in- vocados pelo autor. Assim, pode-se dizer que na ADI, ADC e ADPF, a causa de pedir (causa petendi) é aberta. Isso significa que todo e qualquer dispositivo da Constituição Federal ou do restante do bloco de constitucionalidade poderá ser utili- zado pelo STF como fundamento jurídico para declarar uma lei ou ato normativo inconstitucional. STF. Plenário. ADI 3796/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, jul- gado em 8/3/2017 (Info 856). Cabimento de ADPF contra conjunto de decisões judiciais que determinaram a expropriação de recursos do Estado- membro O Estado do Rio de Janeiro vive uma grave crise econômica, estando em débito com o pagamento de fornecedores e atraso até mesmo no pagamento da remuneração dos servi- dores públicos. Os órgãos e entidades também estão sem di- nheiro para custear os serviços públicos. Diante disso, diversas ações (individuais e coletivas) foram propostas, tanto na Justiça comum estadual como também na Justiça do Trabalho, pedindo a realização desses paga- mentos. Os órgãos judiciais estavam acolhendo os pedidos e determinando a apreensão de valores nas contas do Estado para a concretização dos pagamentos. Neste cenário, o Governador do Estado ajuizou ADPF no STF com o objetivo de suspenderos efeitos de todas as decisões judiciais do TJRJ e do TRT da 1ª Região que tenham determi- nado o arresto, o sequestro, o bloqueio, a penhora ou a libe- ração de valores das contas administradas pelo Estado do Rio de Janeiro. O STF afirmou que a ADPF é instrumento processual ade- quado para esse pedido e deferiu a medida liminar. O conjunto de decisões questionadas são atos típicos do Po- der Público passíveis de impugnação por meio de APDF. STF. Plenário. ADPF 405 MC/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, jul- gado em 14/6/2017 (Info 869). Não cabimento de ADPF contra decisão judicial transitada em julgado Não cabe arguição de descumprimento de preceito funda- mental (ADPF) contra decisão judicial transitada em julgado. Este instituto de controle concentrado de constitucionali- dade não tem como função desconstituir a coisa julgada. STF. Decisão monocrática. ADPF 81 MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 27/10/2015 (Info 810). Fungibilidadeentre ADPF e ADI A ADPF e a ADI são fungíveis entre si. Assim, o STF reconhece ser possível a conversão da ADPF em ADI quando imprópria a primeira, e vice-versa. No entanto, essa fungibilidade não será possível quando a parte autora incorrer em erro gros- seiro. É o caso, por exemplo, de uma ADPF proposta contra uma Lei editada em 2013, ou seja, quando manifestamente seria cabível a ADI por se tratar de norma posterior à CF/88. STF. Plenário. ADPF 314 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, jul- gado em 11/12/2014 (Info 771). (Promotor MPESC 2021 Cespe correta) Ação direta de inconstitucionali- dade cujo objeto seja a discussão acerca da recepção, pela CF, de determinada lei ou ato normativo pode ser admitida como arguição de descumprimento de preceito fundamental, uma vez preenchidos seus respectivos requisitos, com base na fungibilidade. Clique aqui para voltar ao SUMÁRIO Pág. 8 de 9 www.proleges.com.br QUESTÕES 2023, 2022 E 2021 Questões (Procurador ALMG 2023 Fumarc correta) É cabível quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, es- tadual ou municipal, incluídos os anteriores à Cons- tituição. (Procurador ALMG 2023 Fumarc correta) Não cabe recurso da decisão que julga procedente ou impro- cedente o pedido, nem Ação rescisória. (Procurador ALMG 2023 Fumarc correta) Não será admitida a ação quando houver outro meio eficaz de sanar a lesividade. (Defensor DPERO 2023 Cespe correta) Incabível ADPF para revisar decisões judiciais, valendo-se da ação como sucedâneo recursal. (Analista PGERS 2021 Fundatec correta) É lícito co- nhecer de ação direta de inconstitucionalidade como arguição de descumprimento de preceito fun- damental, quando coexistentes todos os requisitos de admissibilidade desta, em caso de inadmissibili- dade daquela. (Delegado PCMG 2021 Fumarc correta) Lei do Mu- nicípio “Alpha” dispôs sobre o aumento da remune- ração apenas dos Delegados do sexo masculino que atuam na Delegacia local. No que tange ao controle de constitucionalidade desta lei, no Supremo Tribu- nal Federal, é CORRETO afirmar: É possível a análise originária de constitucionalidade desta lei, caso seja questionada e reconhecida pela Suprema Corte, a ofensa a preceito fundamental da Constituição fede- ral. (Procurador PGEAL 2021 Cespe correta) Tem por objeto reparar lesão a preceito fundamental, resul- tante de ato do poder público, arguição de descum- primento de preceito fundamental. (Auditor TCEAM 2021 FGV correta) A Lei nº XX/1987, do Estado Beta, embora seja francamente colidente com diversos comandos da Constituição da República de 1988, vem sendo regularmente apli- cada pelas autoridades estaduais, daí decorrendo severas restrições à esfera jurídica dos administra- dos. Em razão desse estado de coisas, o Partido Po- lítico Alfa solicitou à sua assessoria jurídica que ana- lisasse a possibilidade de submeter o referido di- ploma normativo ao controle concentrado de cons- titucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. A assessoria respondeu, corretamente, que tal po- deria ser feito com o uso: da arguição de descumpri- mento de preceito fundamental. (Técnico MPEAP 2021 Cespe correta) De acordo com o STF, a interrupção da divulgação integral, por parte do Poder Executivo Federal e do Ministério da Saúde, dos dados epidemiológicos relativos à pande- mia da covid-19 representa violação a preceitos fun- damentais da CF, notadamente o acesso à informa- ção, os princípios da publicidade e transparência da administração pública e o direito à saúde. (Defensor DPEBA 2021 FCC correta) A ação de des- cumprimento de preceito fundamental possui cará- ter subsidiário em relação a outras ações que podem vir a sanar a lesividade observada. (Promotor MPEMG 2021 Fundep correta) Por meio de arguição de descumprimento de preceito funda- mental, o Supremo Tribunal Federal pode realizar o controle abstrato de uma lei municipal em face da Constituição Federal. (Promotor MPDFT 2021 correta) Nos termos da le- gislação em vigor, quando houver outro meio eficaz de sanar a lesividade resultante de ato do poder pú- blico, não será admitida a Arguição de Descumpri- mento de Preceito Fundamental. (Defensor DPERJ 2021 FGV correta) Após várias ten- tativas de diálogo com o Estado brasileiro para asse- gurar assistência à população quilombola no enfren- tamento da pandemia de COVID-19, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) constatou que não houve a elaboração e a implementação de um “Plano Nacional de Combate aos Efeitos da Pande- mia de COVID-19 nas Comunidades Quilombolas”, garantindo acesso às medidas de proteção recomen- dadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) às comunidades quilombolas, tais como itens de higi- ene, álcool em gel, equipamentos de segurança indi- vidual, acesso à água potável e segurança alimentar. A omissão em assegurar essas medidas acaba por in- viabilizar o isolamento social para a população qui- lombola. Em relação à omissão indicada pela CO- NAQ, considera-se que: cabe a propositura de Argui- ção de Descumprimento de Preceito Fundamental, por se tratar de impugnação de comportamento concreto da Administração Pública.
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