Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2o TRIMESTRE 2022 CB4D O Perigo das Tentações As orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa https://t.me/BrasilRevistas C04D 2o TRIMESTRE 2022 essor^ tt Lições Bíblicas Jovens Z V_Z ▼ X~dL ^k_Z LIÇÃO 1 O PERIGO DAS TENTAÇÕES LIÇÃO 2 ADÃO E EVA: QUERENDO SER COMO DEUS LIÇÃO 3 JOSÉ: RESISTIR À TENTAÇÃO É POSSÍVEL LIÇÃO 4 DESAFIANDO A DEUS NO DESERTO LIÇÃO 5 BALAÃO: QUANDO DEUS DIZ NÃO LIÇÃO 6 OLHANDO PARA A DIREÇÃO ERRADA LIÇÃO 7 CONSTRUINDO TUDO PARA A MINHA GLÓRIA LIÇÃO 8 A TENTAÇÃO DE FUGIR DO JULGAMENTO DE DEUS LIÇÃO 9 PEDRAS PODERÍAM SE TORNAR PÃES LIÇÃO 10 INTERPRETANDO ERRONEAMENTE AS ESCRITURAS LIÇÃO 11 ANTECIPANDO OS PLANOS DE DEUS LIÇÃO 12 QUANDO SATANÁS ENCHE O CORAÇÃO DO HOMEM LIÇÃO 13 DEUS PROVÊ O ESCAPE CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS Presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil José Wellington Costa Junior Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Bezerra da Costa Diretor Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho Consultor Doutrinário e Teológico Elienai Cabral Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva Gerente Comercial Cícero da Silva Gerente da Rede de Lojas João Batista Guilherme da Silva Gerente de TI Rodrigo Sobral Gerente de Comunicação Leandro Souza da Silva Chefe do Setor de Educação Cristã Marcelo Oliveira Chefe do Setor de Arte & Design Wagner de Almeida Comentarista Alexandre Coelho Editora Telma Bueno Capa Wagner de Almeida Projeto Gráfico e Diagramação Suzane Barboza Fotos shutterstock.com RIO DE JANEIRO - CPAD MATRIZ Av. Brasil, 34.401 - Bangu - CEP21852-002 Rio de Janeiro - RJ CENTRAL DE ATENDIMENTO 0800-021-7373 Ligação gratuita Segunda a sexta: 8h às 18h. Livraria Virtual www.cpad.com.br Comunique-se com a editora da revista: telma.bueno@cpad.com.br O PERIGO DAS TENTAÇÕES AS ORIENTAÇÕES DA PALAVRA DE DEUS SOBRE COMO RESISTIR E TER UMA VIDA VITORIOSA Prezadota) professorta), com a gtaça de Deus vamos iniciar mais um trimestre de estudos da Palavra de Deus, que é "lâmpada para os nossos pés". Estu daremos a respeito de um tema que atualmente não é muito abordado, mas é extremamente relevante para o crente: a tentação. Todo crente é tentado; o próprio Jesus, depois do seu batismo, foi levado ao deserto pelo Espírito Santo e ali foi tentado por Satanás. Jesus venceu todas as propostas do Diabo usando a Palavra de Deus, pois Ele a conhecia bem. Para vencermos as muitas propostas do mundo, da carne e do Maligno, precisamos conhecer as Escrituras Sagradas e ter um relacionamento pessoal com o Pai. A tentação em si não é pecado, o erro está no ato de ceder à tentação, deixando de lado o que Deus nos ordenou na sua Palavra. Que estejamos atentos, vigilantes para que jamais venhamos cair nas muitas ciladas do Diabo. Um trimestre abençoado, protegidos de toda e qualquer investida do Inimigo. Até o próximo trimestre! Conheça mais a respeito do Novo Currículo! shutterstock.com http://www.cpad.com.br mailto:telma.bueno@cpad.com.br O PERIGO DAS TENTAÇÕES TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar adma do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." (1 Co 10.13) RESUMO DA LIÇAO Nenhum ser humano está livre de ser tentado, seja por seus próprios desejos carnais, seja pelo Inimigo de nossas almas. SEGUNDA-Tg 1.13 Deus não tenta a ninguém TERÇA - Mt 6.13 Livra-nos do mal QUARTA - Lc 4.1,2 Jesus foi tentado QUINTA-2 Pe 2.9 Deus livra da tentação SEXTA - Ef 6.13 Tome a armadura de Deus SÁBADO - Rm 13.14 Revista-se do Senhor Jesus JOVENS 3 OBJETIVOS • EXPLICAR o que é a tentação; • SABER como a tentação se manifesta; • EXPOR as consequências de quando caímos em tentação. INTERAÇÃO Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus iniciamos mais um trimestre de estudos bíblicos. Estudaremos treze lições a respeito da tentação. Sabemos que nenhum ser humano está Livre de ser tentado, seja por seus próprios desejos carnais, seja pelo Inimigo de nossas almas ou pelo mundo. O comentarista das lições é o pastor Alexandre Coelho, gerente de publica ções da Casa Publicadora das Assembléias dé Deus (CPAD). Bacharelem Letras, Teologia e Direito. É autor de vários livros publicados pela CPAD, palestrante das Conferências de Escola Dominical e do CAPED. Que o estudo de cada lição possa trazer a certeza de que “fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Co 10.13). ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor(a), para iniciar o trimestre sugerimos que você proponha um estudo de caso. Crie uma situação de conflito, envolvendo algum tipo de tentação e que exja uma tomada de decisão imediata. Elabore, por escrito, dois roteiros narrando à situação fictícia. O objetivo é desafiar os alunos a pensarem e apresentarem as respostas (segundo a Palavra de Deus) às várias tentações a que estamos sujeitos em nosso dia a dia. Distribua os roteiros e depois peça aos alunos que formem dois grupos. Apre sente aos grupos os planos e peça que eles façam a discussão em separado. Em seguida, solicite que cada grupo apresente suas respostas, as quais serão analisadas e avaliadas por todos os alunos. Conclua a atividade explicando que nenhum ser humano está livre de ser tentado, seja por seus próprios desejos carnais, seja pelo Inimigo de nossas al mas. Contudo, podemos vencer toda e qualquer tentação quando conhecemos e procuramos viver os princípios divinos da Palavra de Deus. JOVENS 4 TEXTO BÍBLICO Tiago 1.2-5; 12-17 2 Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações. 3 Sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. 4 Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltarem coisa alguma. 5 E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada. 12 Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. 13 Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. 14 Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupis- cência. 15 Depois, havendo a concupiscência con cebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. 16 Não erreis, meus amados irmãos. 17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação. INTRODUÇÃO Um dos maiores perigos para uma vida de santidade e comunhão com Deus é a tentação. Ela pode se manifestar de diversas formas e para todas as pessoas. Até o próprio Senhor Jesus foi tentado, mas não se deixou ser vencido pela tentação. A tentação não é o pecado em si, mas uma isca para que a pessoa caia nele. A temática deste trimestre é a respeito da tentação. A Palavra de Deus será a fonte dos nossos estudos, com a análise de casos de personagens bíblicos que cederam à tentação e pagaram um preço alto. Também trataremos a respeito da tentação do Senhor Jesus, que nos serve de modelo para resistirás empreitadas de Satanás. Veremos que é possivelescolher entre pecar contra Deus, cedendo à ten tação, e ser fiel a Ele, dominando nossas tendências ao pecado e, assim, dar Lugar a uma vida que agrade ao Senhor. I-OQUEÉA TENTAÇÃO 1. Um convite ao pecado. Podemos descrevera tentação como um impulso que move o ser humano a alguma ação que abrirá a porta para o pecado, ou para alguma situação que vai comprometer o futuro da pessoa que está sendo tenta da. A tentação não é o pecado, mas um convite a ele. Uma pessoa que passa por um momento de tentação tem a escolha de ceder ou não, subjugandosua própria vontade ou sendo dominada por ela. Isso nos mostra que a tentação não é um fator determinante para que uma pessoa caia, ou seja, que uma pessoa tentada peque. Deus espera que guardemos a sua Pa lavra em nosso coração, que tenhamos uma vida de comunhão com Ele e que andemos de modo vigilante, atentos às muitas ciladas do Diabo (2 Pe 5.8). Como pessoas, nós temos necessi dades físicas e emocionais. Por isso que toda tentação tende, de forma inicial, buscar preencher essas “lacunas”. Pode ser o desejo desenfreado por um tipo de comida ou um gasto financeiro não adequado ou não planejado, ou ainda porstatus, posição ou mesmo pela busca de um relacionamento com outra pes- JOVENS 5 soa. Sendo assim, não devemos andar segundo a concupiscência da carne (Gl 5.17-21). A lista de desejos varia de pes soa para pessoa. A questão é: será que aquela possível necessidade só pode ser satisfeita com a proposta que a tentação apresenta? 2. Uma forma de provar se cremos que Deus é suficiente para nós. A tentação é como uma vitrine que fixa o olhar do ser humano para aquilo que vai contra Deus e a sua vontade. Quando uma pessoa cede à tentação, ela está agindo de maneira como se Deus não se importasse com suas necessidades, ou que Ele não tivesse o poder de mudar a realidade de acordo com a vontade dEle. Quando somos tentados e cedemos, mostramos que não confiamos em Deus. Foi o caso de Adão e Eva, que se esqueceram de que o Criador é suficiente quando se depararam com a ideia de que poderíam conhecer o bem e o mal, assim como que Deus (Gn 3.1-5). O preço da desconfiança e da desobediência foi definitivo (Gn 3.14-19,23). A tentação passa pela confiança. Ou você confia na pessoa que está fazendo uma proposta que pode alterar de forma negativa a sua vida, ou acredita que Deus é fiel para suprir suas necessidades (Sl 23.1). Até que ponto quem está lhe ofe recendo uma saída mais fácil realmente tem interesse no seu bem-estar espiritual e físico? Mais do que tomar um caminho, que a princípio pode parecer mais fácil, a tentação é um teste de confiança para todos nós, se realmente acreditamos que Deus pode suprir nossas necessidades e se o que Ele disse é melhor para nós. 3. A tentação não resistida faz com que uma pessoa caia de onde Deus a colocou. Uma pessoa pode cederá ten tação não apenas diante de um grande obstáculo. Mas diante de coisas corriquei ras do seu dia a dia, o que acaba por criar um histórico de pequenas concessões. Pouco a pouco, as pequenas tentações se tornam como raposinhas em meio a uma plantação de vinhas e estragam tudo (Ct 2.15). As tentações que achamos ser menores, se não abandonadas, vão dar origem a outras maiores, destruindo a vida de uma pessoa, a sua reputação e sua família. Quantos foram agraciados por Deus e perderam suas posições por não terem resistido a uma ou mais tentações? Tomemos como exemplo o jovem Sansão (Jz 14—16). @ PENSE! A “queda"de uma pessoa pode ser fruto dar uma única tentação que não foi resistida? Q PONTO IMPORTANTE! A “queda"de uma pessoa costuma se dá aos poucos, com pequenos atos de desobediência, motivados por pequenas tentações que não foram resistidas. SUBSÍDIO 1 Prezado(a) professorta), escreva no quadro a palavra “tentação". Em seguida, pergunte aos alunos o que vem a mente deles quan do ouvem essa palavra. Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, "explique que tentação é “do hebraico, nissi; do grego ekpeirazo', do latim tentationem, ou seja, estímulo que leva à prática do pecado. Embora a tentação, em si, não constitua pecado, o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão das Leis divinas. Eis porque Jesus, na Oração Dominical, ensina-nos a orar: ‘E não nos induzas à 6 JOVENS tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!” (Mt 6.13). Tentador é o que nos induz a práticas que contrariam às Leis de Deus. Nas Sagradas Escrituras, é Satanás o tentador por antonomásia; é o agente e o estimulador da tentação (Mt 4.3; 1 Ts 3.5)." (Adaptado de Dicionário Teológico, ig.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 338.) II - COMO ELA SE MANIFESTA 1. Por uma ação de Satanás. 0 Inimigo é descrito como um dos principais agen tes da tentação, pois ele tentou o próprio Senhor Jesus Cristo (Mt 4.1-11). Se ele não deixou de tentar a Jesus, com certeza se empenhará em Lançar “iscas" para seduzir os servos de Deus e tirá-los da presença do Senhor. Ele fez o possível para que Jó blasfemasse contra Deus (Jó 1.11), mas não conseguiu que o patriarca deixasse de ser um homem sincero, reto e temente a Deus (Jó 1.8). Satanás vai observar o momento e o lugar em que estamos, e oferecerá ciladas a fim de que pequemos contra Deus. A tentação também pode ganhar forças quando o Diabo se utiliza de certos sentimentos que abrigamos em nossos corações, como por exemplo: o orgulho. Foi o que aconteceu com Nabucodonosor (Dn 5.18-21). Esses sentimentos costumam ser usados por Satanás para que sejamos tentados e, assim pequemos. Momentos de isolamento também tendem a fazer com que fiquemos mais suscetíveis às tentações. Por isso, Satanás tem investi do para que servos de Deus deixem de congregar e de terem comunhão uns com os outros. Ovelhas que andam Longe do rebanho e afastadas dos cuidados do pastor, sempre são alvos fáceis dos Lobos e mercenários (Jo 10.11-13). 2. Focando em nossas necessidades. Todas as pessoas têm necessidades, e essas necessidades podem ser um canal para que a tentação acabe se apresen tando como uma solução prática e facit A tentação por ter mais dinheiro pode Levar uma pessoa a comprometer sua vida financeira ou destruirsua família trabalhan do em excesso e deixando de assistir os seus (1 Tm 6.10). A necessidade por afeto pode fazer com que uma pessoa busque uma vida sexual desregrada e arque com as consequências no seu corpo, alma e espírito, como por exemplo, a mulher Samaritana (Jo 4.16-18). A necessidade desenfreada de ter bens materiais pode deixar uma pessoa endividada e sem crédito para suas aquisições básicas e necessárias. E a busca por títulos pode fazer com que uma pessoa comprometa sua fé, moldando-se ao espírito deste mundo (Rm 12.2). As variedades são muitas, pois o que atrai uma pessoa não necessariamente atrai outra. 3. Focando em algo de que não precisamos. A tentação pode ganhar espaço em nossas vidas quando ela se apresenta como uma suposta oportuni dade de um ganho ou de um benefício, caso venhamos a nos esquecer de Deus. Quem nunca se viu surpreendido por uma “oportunidade” ou por uma “promoção” que, sem dúvida, lhe proporcionaria, de forma fácil, um título, dinheiro ou uma posição de destaque? Adão e Eva viviam no Paraíso e não precisavam desobedecer a Deus, mas o fizeram porque se deixaram convencer pela ideia de que precisavam ser como o Todo-Poderoso, conhecendo o bem e o mal. BaLaão tinha ouvido Deus falar para não amaldiçoar Israel, mas se deixou levar por um prêmio do qual não tinha necessidade (2 Pe 2.15; Jd 1.11). JOVENS 7 SUBSÍDIO 2 Prezado(a) professor(a) inicie o tópico fazendo as seguintes perguntas: “O que pode nos acontecer quando cedemos a tentação?” “Qual foi o segredo da vitória de Jesus quando tentado?" Explique que as consequência de cedera tentação são muitas e todas prejudiciais. “0 segredo da vitória de Jesus não estava na memoriza ção mecânica das Escrituras. Ensopar-se com a Palavra de Deus é bom, mas até Satanás pode ‘declamar’ a Escritura. Não foi apenas o conhecimento intelectualque Jesus tinha da Escritura que revelou o plano de Deus, mas sobretudo sua relação com o Pai. 0 único centro apropriado para interpretara Escritura é uma relação viva com Deus. O que Jesus citou somente revelou essa relação preexistente. Hoje em dia uns usam as Escrituras como um tipo de ‘luta romana' com Deus, de modo que se eles citamuma Escritura, Deus tem de cumpri-la. A mera ‘confissão da Palavra', como um feitiço, não era o segredo de Jesus.” (Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 29.) III - QUANDO CEDEMOSÀTEN- TAÇÃO 1. Perdemos a comunhão com Deus. A primeira consequência de se ceder à tentação é a perda gradativa da comunhão com Deus, advinda do pecado (Gn 3.8). Davi sentiu esse peso quando cedeu à tentação e adulterou com Bate-Seba, a ponto de, após ser confrontado por Deus, ter pedido: “Não me Lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espirito Santo. Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espirito voluntário" (SL 51.11,12). As consequências para aqueles que cedem à tentação são muitas e danosas; e uma delas é a morte (Tg 1.15). Outra consequência é o sentimento de culpa, que pode afastar as pessoas da presença do Senhor. 2. Comprometemos o nosso futuro. 0 ato de ceder a uma tentação pode selar o destino de uma pessoa. Quantos lares foram e são destruídos por um pai ou mãe que não consegue resistir a uma bebida ou a uma droga? Quantos relacionamentos foram destruídos por continuas quebras de confiança? Isso nos mostra que ceder às tentações traz consequências que serão vistas de imediato ou no futuro. Seja a dependência de um vicio, seja uma infidelidade, o preço de ceder à tentação sempre chega. "De Deus não se zomba; o que o homem semeia, colherá" (GL 6.7). 3. Ficamos dominados por sentimen tos ruins. Se cedermos à tentação, logo vamos experimentar sentimentos tóxicos que vão afetar nossas vidas e relaciona mentos, como por exemplo: a frustração, a baixa autoestima, o sentimento de culpa, o medo e a ideia de que Deus virou as costas para nós. Esses sentimentos nos fazem adoecer no corpo, na alma e no espírito. A Palavra de Deus nos diz que “não veio sobre vós tentação, senão humana" (1 Co 10.13). Tal verdade significa que todos são, de alguma forma, tentados em situações muito particulares. Quando imaginamos que nada poderá nos afetar, é ali que a nossa humanidade será testada. SUBSÍDIO 3 Professor(a) inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: O que pode nos acontecer quando cedemos a tenta ção? Explique que as consequência de ceder a tentação são muitas e todas prejudiciais. 8 JOVENS ESTANTE DO PROFESSOR Comentário Bíbtico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. 1. De acordo com a Lição, como po demos descrever a tentação? A tentação pode ser descrita como um impulso que move o ser huma no ao pecado. 2. A queda de uma pessoa costuma ocorrer em uma única tentação? A queda de uma pessoa costuma se dar aos poucos, com pequenos atos de desobediência. O CONCLUSÃO É preciso entender que a tentação envolve muito mais do que uma sa tisfação pessoal física ou emocional momentânea. Essa satisfação nunca será duradoura, mas suas consequ ências poderão ultrapassar gerações. Por isso, é necessário entender e crer que Deus é mais do que suficiente para todos nós, e que seus manda mentos existem para que sejamos protegidos de pecar contra Ele, caindo em tentação. ANOTAÇÃO 3. Satanás é o único agente que promove a tentação? Não, pois a tentação pode ocorrer _______________________________________ também quando focamos nas nossas necessidades ou em opor tunidades de ter algo de que não precisamos. 4. Cite uma consequência de se ceder ___________________________________ à tentação. Perder a comunhão com Deus. 5 Se cedermos à tentação quais ____________________________________ sentimentos vão nos afetar? Ficamos dominados por sentimen tos ruins. ADÃO E EVA: QUERENDO SER COMO DEUS TEXTO PRINCIPAL "Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." (Gn 3.5) RESUMO DA LIÇÃO Mesmo sendo criado sem pecado, o primeiro casal cedeu à tentação e desejou ser como Deus. LEITURA SEMANAL SEGUNDA - Gn 2.16,17 Um mandamento simples TERÇA-Gn 3-1 A conversa da desobediência QUARTA-GN 2.17 Uma morte anunciada QUINTA - Gn 5 5 A morte concretizada SEXTA - Os 11.9 Deus não mente SÁBADO - Is 4310 Não há outro Deus 10 JOVENS OBJETIVOS • COMPREENDER que Deus deu uma orientação para Adão e Eva; • EXPLICAR que Satanás colocou em dúvida o que Deus havia falado para o primeiro casal; • EXPOR o custo da desobediência de Adão e Eva. INTERAÇÃO Professor(a), na lição deste domingo estudaremos o capítulo três de Gêne sis. Nele encontramos um dos relatos mais tristes da história da humanidade; a Queda de Adão e Eva. Mas, Deus não foi pego de surpresa com o pecado do primeiro casal, pois as Escrituras Sagradas afirmam que desde a fundação do mundo a morte redentora de Jesus, pela salvação da humanidade, já havia sido determinada (Ap 13.8). O primeiro casal pecou de modo deliberado contra Deus ao desobedecer a uma única restrição. Contudo, o Criador não o deixou entregue a sua própria sorte, Ele providenciou a sua redenção. Por intermédio da história de Adão e Eva, podemos ver que as consequências que vieram sobre eles, ao cederem à tentação, foram as piores possíveis, Uma delas foi o sentimento de culpa, algo novo e terrível para o primeiro casal que havia sido formado sem pecado, no estado de inocência. Que estejamos sempre alerta e vigilante, sabendo discernir tudo que vem do Inimigo para que não venhamos sucumbir diante das tentações que temos que enfrentar diariamente. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professór(a), sugerimos que você reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para mostrar aos seus alunos o plano de Satanás contra nós. Precisamos estar vigilantes para que não venhamos cair nas muitas ciladas do Inimigo. O PLANO DE SATANÁS DÚVIDA Faz você questionar a Palavra de Deus e a sua bondade. DESENCORAJAMENTO Faz você olhar para os seus problemas, e não para Deus. DESVIO Faz as coisas erradas parecerem atraentes a ponto de você desejá-las mais do que as coisas certas. DERROTA Faz você sentir-se um fracassado e não ter ânimo de sequer tentar. DEMORA Faz você adiar algo de modo que nunca consiga terminá-la Extraído de Bíblia de €studo Aplicação Pessoal Rio de Janeira CPAD. p n JOVENS 11 TEXTO BÍBLICO Gênesis 3.1-11 1 Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? 2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos. 3 Mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. 4 Então, a serpente disse à mulher: Cer tamente não morrereis. 5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal 6 E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. 7 Então, foram abertos os olhos de am bos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. 8 E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. 9 E chamou o SENHOR Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás? 10 E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. 11 E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? INTRODUÇÃO O tema tentação é apresentado nas Sagradas Escrituras em diversos mo mentos, e com diferentes pessoas. Nem mesmo o primeiro casal, criado em um estado de perfeição, escapou de ser tentado e de ceder à tentação. Nesta lição, veremos de que forma Adão e Eva, ainda que orientados por Deus, decidiram romper os limites estabelecidos pelo Criador. Os resultados advindos dessa decisão foram nefastos para ohomem e para a natureza, e perduraram até os nossos dias. Assim como o primeiro casal, estamos sujeitos à tentação, mas podemos escolher entre pecar contra Deus ou sermos fiéis a Ele. Desejar ser como Deus e ficar livre da consequência dessa escolha foi a “chave” usada por Satanás para tentar Adão e Eva, e eles se deixaram levar por esse desejo. I - UMA ORIENTAÇÃO DADA PELO PRÓPRIO CRIADOR 1. A criação. A Palavra de Deus nos mostra que antes do Eterno criar o primeiro casal, o mundo tinha forma e os animais já existiam (Gn 1.14-23). Deus não apenas trouxe ordem ao caos existente, mas também preparou um local devidamente adequado para que o homem e a mulher pudessem viver sem padecer qualquer necessidade (Gn 2.8-15). O homem não foi criado no jardim, mas foi ali colocado por Deus não apenas para cuidar dele, mas também para guardá-lo (Gn 2.15). Adão estava cercado de animais e desfrutava da companhia de Deus, mas 0 próprio Senhor afirmou: “Não é bom que o homem esteja só" (Gn 2.18). Então, 0 Senhor, da costela do homem, formou aquela que seria a ajudadora 12 JOVENS de Adão, a sua outra metade (Gn 2.18). Esta verdade bíblica nos mostra que há uma forte ligação afetiva e emo cional entre o homem e a mulher. Essa ligação afetiva foi planejada por Deus para o casal, por isso Satanás sempre vai tentar destruí-la com suas muitas propostas enganosas. 2. Criados sem pecado. O primeiro casal foi formado sem pecado, no es tado de inocência. Adão e Eva foram criados para não morrer. As Escrituras nos mostram que desde o princípio, Deus preparou 0 melhor para a huma nidade. Assim como o primeiro casal, ali no Éden, o Senhor deseja que tenhamos provisão, proteção e a presença dEle. 3. Uma única restrição. A única restri ção que Deus determinou ao casalfoi não comer do fruto que procedia da árvore que Ele chamou de “árvore da ciência do bem e do mal" (Gn 2.16,17). Não nos é dito, no livro de Gênesis, o formato, a aparência ou o tamanho desse fruto, nem dessa árvore, mas entendemos que o primeiro casal sabia onde ela estava e como era a sua aparência e fruto. Deus foi bem enfático ao afirmar que o homem jamais poderia comer da árvore da ciência do bem e do mal. Adão e Eva entenderam as orientações que o Eterno lhes dera. Deus não criou robôs programados para obedecerem incondicionalmente a qualquer ordem, sem poderem refletir no que iriam fazer ou deixar de fazer, e nas consequências de suas ações. Adão e Eva tinham autonomia para obedecerem a Deus ou rebelar-se contra Ele. SUBSÍDIO 1 Professorla), inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: “Como Eva poderia ter resistido à tentação? Seguindo as mesmas diretrizes que podemos seguir. Primeiro, precisamos compreender que ser tentado não é pecado. Não come temos pecado até 0 momento em que cedemos à tentação. Então, para resistir à tentação, precisamos: (1) orar, pedindo para resistir: (2) correr, algumas vezes literalmente: e (3) dizer 'não’ quando confrontados com 0 que sabemos ser errado. Tiago 1.12 nos conta as bênçãos e recompensas para aqueles que não cederem à tentação.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD. p. g.) II-SERÁS COMO DEUS 1. A dúvida. Um dos maiores proble mas no tocante à tentação é o fato de que ela não apenas serve de isca para o pecado, mas coloca em cheque o que pensamos a respeito de Deus. Muitas vezes, diante de uma necessidade, a dúvida aparece e pensamos: “Deus realmente vai suprir minhas neces sidades?" Ou diante de uma situação perigosa questionamos: “O Senhor vai mesmo me livrar e proteger?” A Palavra de Deus afirma que Sata nás se aproximou de forma sorrateira da mulher, e começou a conversar com ela por meio da serpente. Esse animal certamente já era conhecido do primeiro casal, e por isso, não deve ter despertado espanto quando se aproximou e iniciou a conversa. A dúvida semeada pela serpente na mente e no coração de Adão e Eva foi a respeito do que Deus havia falado: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” A mulher respondeu que, exceto uma, as demais árvores lhes eram permitidas (Gn 3.2). JOVENS 13 Contudo, a serpente continuou falando de modo astuto e afirmou ao casal: “Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 35) As palavras do Diabo foram direto ao coração de Eva: era como se Deus não quisesse abençoar o primeiro casal com uma sabedoria especial e, mais ainda, com a possibilidade de eles serem como o próprio Criador, O Inimigo semeou no coração de Eva o mesmo sentimento pelo qual foi expulso do Céu (Is 14.14)- Da mesma forma que ocorreu a queda do ser que fora criado para glorificara Deus, caíram também o homem e a mulher. 2. “Se abrirão os vossos olhos”. A ser pente fez Eva acreditar na possibilidade de obter um conhecimento extraordinário sem esforço algum. Saber mais do que era preciso, no caso do primeiro casal, não estava atrelado a possuir um conhe cimento diferenciado para a vida, e sim ao ato de desobedecer ao que Deus havia determinado. Não é pecado buscar o co nhecimento. A Palavra de Deus nos convida a buscar a sabedoria e o conhecimento (Pv 4.7). Entretanto, ela nos adverte a que não nos apoiemos somente na nossa própria experiência, mas que aprendamos a confiar no Senhor (Pv 3.5). Deus tem prazer em partilhar conosco os seus segredos, mas há coisas que não nos é reservado saber. 3. “Sereis como Deus". Satanás, ao ten tar Eva, diz que ela e o marido seriam como Deus. Mas em que aspecto? Na glória que Deus manifestava, ou no seu poder criador? Em nenhum dos atributos de Deus. Satanás ofereceu a eles uma promessa falsa, a de saber a diferença entre o bem e o mal. O que eles receberam foi justamente o que Deus disse que aconteceria caso fossem desobedientes: a morte. O pai da mentira iniciava, assim, o seu projeto para destruir a obra prima de Deus. 0 PENSE! Será que foi a busca pelo conhecimento que derrubou o primeiro casal? 0 PONTO IMPORTANTE! O que derrubou o primeiro casal não foi a busca do conhecimento, e sim a desobediência a Deus, que já os havia orientado acerca de suas ações em relação ao fruto. SUBSÍDIO 2 "Satanás utilizou-se de um motivo para tentar Eva: ‘Você será como Deus'. Eva não estava errada em querer ser como Deus. Tornar-se mais parecido com Deus é o maior objetivo da humanidade. Deveriamos ser assim. Mas Satanás en ganou Eva no que diz respeito ao modo de alcançar este objetivo. Ele alegou que ela podería parecer-se com Deus desafiando a autoridade dEle, tomando o seu lugar e decidindo por si mesma o que era melhor para a sua vida. Na verdade, ele a instruiu a ser seu próprio deus." (Bíblia de Estudo Aplicação PessoaL Rio de Janeiro: CPAD, p. g.) III - O CUSTO DA DESOBEDIÊNCIA 1,0 afastamento de Deus. A primeira ação de Adão e Eva, depois de desobe decerem a Deus, foi tentar se esconder da presença dEle (Gn 3.8). Em sua onisciência, o Senhor já sabia do ocorrido, no entanto Ele não perguntou a Adão: "Por que você pecou?" O Criador perguntou: “Onde estás”? Deus sabia onde eles estavam, mas dese 14 JOVENS java dar ao casal a oportunidade para que entendessem o que fizeram, O “onde estás” representava uma posição de afastamento da presença de Deus. O Senhor não cha mou Eva, mas chamou Adão, pois ele era o responsável pelo jardim, por sua esposa e, juntamente com ela, por obedecer às orientações que havia recebido de Deus, 2. Problemas entre o casal. Com a desobediência por parte do casal, tam bém veio o primeiro desentendimento entre eles. Adão, questionado por Deus por sua desobediência, aponta para sua esposa como a fonte que o induziu ao erro (Gn 3.12). É curioso como ele tentou transferir a culpa do seu erro para outra pessoa, sendo que ele mesmo não se opôs à proposta de desobedecera Deus. Não raro, temos a tendência de buscar um culpadopara a nossa própria torpeza. Acabamos surpreendidos pelo confronto de nossa consciência e da voz de Deus, e a primeira coisa que fazemos é arrumar uma pessoa ou uma situação para justificar nossa falha. Por sua vez. Eva, questionada tam bém por Deus, aponta para a serpente como a raiz da sua desobediência. Tanto Eva quanto Adão não entenderam que eram responsáveis por suas atitudes, e que por mais que fossem incentivados por elementos externos a pecarem, eles eram culpados por escolher e colher os resultados de suas ações. Adão e Eva se esqueceram dos momentos com Deus, das riquezas do jardim, do convívio e das conversas ao fim do dia. Ao dar ouvidos a Satanás, eles se posicionaram em contrariedade ao que conheciam do próprio Deus, mesmo que de forma inconsciente. 3. A morte como consequência, O que o Inimigo não disse, foi o preço que o casal pagaria pela desobediência: a morte. Satanás conseguiu, em poucas palavras, perverter no coração do primeiro casal toda a orientação que Deus dera. Isso nos mostra que temos a inclinação de questionar o que Deus disse, e uma vez questionando, crer que é possível ultrapassar os limites por Ele propostos, sem ver lá, na frente, as consequências. Muitas vezes, não apenas questionamos o que foi falado por Deus, mas também desprezamos o que Ele delimitou como consequências para os nossos atos. A busca pelo conhecimento jamais será vista como um mat O que Satanás ofereceu a Adão e Eva foi um pseudoconhecimento. Obedecer a Deus é uma escolha nossa, e é sempre a melhor decisão. Adão e Eva escolheram ouvir a voz do Inimigo, desobedeceram a Deus e as consequên cias dessa decisão trouxeram maldição tanto para eles quanto para a natureza. SUBSÍDIO 3 Professorta) inicie 0 tópico pedindo que os alunos citem uma consequência de ceder a tentação. Em seguida explique que “como um Deus santo, Ele só poderia ter respondido de acordo com a sua natureza moral perfeita. Deus não permitiría que 0 ato de pecar ficasse sem uma punição." (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 11.) @ PENSE! Qual foi 0 preço pago pelo primeiro casal por sua desobediência? @ PONTO IMPORTANTE! Além do afastamento de Deus. 0 ca sal foi retirado do Paraíso e passou a experimentara morte, e com eles, todos os seus descendentes. JOVENS 15 ESTANTE DO PROFESSOR Guia Cristão de Leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013. © CONCLUSÃO O primeiro casal passou pela primeira tentação e não conseguiu subsistir porque preferiu dar mais valor ao que Satanás disse do que ao que Deus havia ordenado. Eles não somente descreram do que o Senhor havia dito, mas também creram que poderíam ser semelhantes a Deus, e que não morreríam. Como vimos, o preço pago pela desobediência nunca compensa a perda da comunhão com Deus e as consequências que se seguirão. ANOTAÇÃO Ô HORA DA REVISÃO 1. O primeiro casal foi criado com ou sem pecado? O primeiro casal foi criado sem pecado. 2. Pelo texto sagrado, o homem foi criado no Jardim? Não. Ele foi criado e colocado no Jardim do Éden. 3. Foi a busca pelo conhecimento que derrubou o primeiro casal? Não. O que os derrubou foi a de sobediência a Deus. 4. O que fizeram Adão e Eva ao serem questionados de sua de sobediência? Tentaram colocar em outra pessoa a culpa pelo seu erro. 5. Cite duas consequências que atingiram Adão e Eva por terem desobedecido a Deus. Afastaram-se de Deus e se sujei taram à morte. JOSÉ: RESISTIRÁ TENTAÇÃO É POSSÍVEL TEXTO PRINCIPAL "Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?" (Gn 39.9) RESUMO DA LIÇÃO Quando temos temor a Deus, entendemos que é possível, pelo Espírito Santo, resistir às tentações. LEITURA SEMANAL SEGUNDA - Gn 39 2 O Senhor estava com José TERÇA-Gn 39.5,6 O governo de José QUARTA-Gn 39.6 Um jovem de boa aparência QUINTA - Gn 39 7 O laço do Inimigo SEXTA-Gn 3910 Resistindo à tentação diária SÁBADO - Gn 39.12 Fugindo da tentação JOVENS 17 OBJETIVOS • MOSTRAR as dificuldades de um jovem de Deus; • SABER que o Egito foi um Lugar de tentação para José; • COMPREENDER que o Egito também foi um Lugar de restauração para José. INTERAÇÃO Professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da tentaçao que José enfrentou quando trabalhava na casa de Potifar. Este jovem sonhador se manteve fiel aó seu patrão e ao Senhor diante das muitas investidas da sua patroa. José era jovem, mas demonstrava ter o temor do Senhor em seu cora ção e também discernimento. 0 exemplo de José nos mostra que o temor e o discernimento são fundamentais na vida do crente, pois o ajuda a não cair diante das muitas investidas do Maligno. 0 jovem José não se deixou seduzir pelos enganos do Inimigo. Longe de sua família, morando em uma terra estranha como escravo, ele poderia ver a tentação como uma forma de alcançar algum tipo de privilégio. Contudo, ele demonstrou ter consciência de que seu pecado não seria somente contra Potifar. mas contra o Todo-Poderoso, aquEle que havia lhe concedido sonhos e promessas. A vida de José é mais um exemplo de que é possível vencermos a tentação em qualquer ambiente. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor(a), reproduza a tabela abaixo no quadro. Utilize-a para mostrar aos alunos os êxitos de José, suas fraquezas e erros. Reforce também as Lições de vida de José. JOSÉ Pontos fortes e êxitos. Saiu com poder da escravidão para governar o Egito. Ficou conhecido por sua integridade pessoal. Foi um homem de sensibilidade espiritual. Preparou uma nação para sobreviver a fome. Fraquezas e erros. • 0 orgulho juvenil provocou o atrito com seus irmãos. Lições de vida. 0 importante não são apenas os acontecimentos ou as circunstâncias da vida, mas é atitude com relação a eles. Com a ajuda de Deus, qualquer situação pode ser usada para o bem, mesmo quando as pessoas desejam utilízá- -la para o mal. Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal CPAD, p 62 18 JOVENS riSMh. /■> TEXTO BÍBLICO Gênesis 39,7-20 7 E aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e disse: Deita-te comigo. 8 Porém ele recusou e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo e entregou em minha mão tudo o que tem. 9 Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher: como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus? 10 E aconteceu que, falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos para deitar-se com ela e estar com ela, 11 Sucedeu, num certo dia, que veio à casa para fazer o seu serviço: e nenhum dos da casa estava ali. 12 E ela lhe pegou pela sua veste, di zendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua veste na mão dela, e fugiu, e saiu para fora. 13 E aconteceu que, vendo ela que deixara a sua veste em sua mão e fugira para fora, 14 Chamou os homens de sua casa e fa- lou-lhes, dizendo: Vede, trouxe-nos o varão hebreu para escarnecer de nós: entrou até mim para deitar-se comigo, e eu gritei com grande voz. 15 E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava a minha voz e gritava, deixou a sua veste comigo, e fugiu, e saiu para fora. 16 E ela pôs a sua veste perto de si, até que o seu senhor veio à sua casa. 17 Então, falou-lhe conforme as mesmas palavras, dizendo: Veio a mim o servo hebreu, que nos trouxeste para escar necer de mim. 18 E aconteceu que, levantando eu a minha voz e gritando, ele deixou a sua veste comigo e fugiu para fora. 19 E aconteceu que, ouvindo o seu se nhor as palavras de sua mulher, que lhe falava, dizendo: Conforme estas mesmas palavras me fez teu servo, a sua ira se acendeu. 20 E o senhor de José 0 tomou e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam presos; assim, esteve ali na casa do cárcere. INTRODUÇÃO Quando nos deparamos com otema tentação, é preciso destacar que ela acontece com todas as pes soas, de formas diferentes, todavia é resistível. Se nos Lembrarmos de que os homens e mulheres da Bíblia tiveram suas lutas, e que diante de si, ainda que por questão de fração de segundos, puderam escolher ceder ou não à tentação, entenderemos que é possível e necessário resistir a ela. Nesta lição, veremos 0 exemplo de José, um jovem que resistiu à tentação e foi grandemente recompensado por Deus. Sozinho, em uma terra distante, e vivendo como um escravo, José per maneceu fiel ao propósito de Deus em sua vida, e foi compensado por isso. I - AS DIFICULDADES DE UM JOVEM DE DEUS 1. Um filho nascido em uma casa dividida, José nasceu em um lar onde o seu pai, Jacó, tinha a sua atenção disputada por quatro mulheres e dez outros filhos. Adaptações feitas para acomodar certas tradições podem co brar seu preço, como foi neste caso. Um lar dividido por concorrências internas prenunciava que a família de Jacó era uma família disfuncional. Deus jamais JOVENS 19 A divisão familiar revela insensatez e falta de temor a Deus. autorizou que o homem ou a mulher partilhassem seus leitos. O casamento deve ser monogâmico, Com a bigamia ou a poligamia vieram as disputas. Basta lembrar de que o pai de Samuel. Elcana, tinha duas esposas, Ana e Penina. E a Palavra nos diz que Penina perturbava Ana justamente quando iam à Casa do Senhor, em Siló (1 Sm 1.7). Lendo o texto de 1 Samuel, podemos concluir que nem mesmo o horário do culto, um momento sagrado, é respeitado quando um Lar é dividido. A divisão familiar revela insen satez e falta de temor a Deus. 2. Um filho detestado por seus ir mãos. José cresceu sendo o preferido de seu pai. O amor devotado a José logo foi observado pelos seus irmãos mais velhos, pois o tratamento que ele recebia era diferente: “E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores (Gn 373)- Porsua vez, os irmãos de José, por força dessa preferência paterna, “aborreceram-no, e não podiam falar com ele pacificamente" (Gn 37.4). A Palavra dá a entender que eles não tinham forças para tratar José como igual, pois realmente Jacó tratava José de uma forma privilegiada, algo que nenhum pai ou mãe deve fazer. 3. Um filho fora de casa. O distancia mento entre as pessoas dentro de um lar pode abalar muito a forma como vivemos. Por força da predileção de seu pai, do tratamento que recebia e dos sonhos que teve, José foi vendido por seus irmãos, dado como morto e se tornou um escravo. Seus irmãos eram invejosos e malvados, por isso decidiram afastar o filho amado de seu pai. José precisou lidar com a solidão, os maus-tratos, a ingratidão e a constante ameaça de perder a vida, pois ao se tornar um escravo, na perspectiva dos povos orientais, ele deixava de ser uma pessoa para ser uma “mercadoria”. Somente Deus poderia ser com ele. SUBSÍDIO 1 Professor(a). inicie o tópico explicando que “a história de José nos revela como os descendentes de Jacó vieram a ser uma nação dentro do Egito. Esta seção de Gênesis não somente nos prepara para a narrativa do êxodo do Egito, como também revela a fidelidade que José sempre teve para com Deus, e as muitas maneiras como Deus protegeu e dirigiu a sua vida para o bem doutras pessoas. Ressalta a verdade de que os justos podem sofrer num mundo mau e iníquo, mas que, por fim, triunfará o propósito de Deus reservado para eles.” (Bíblia de Estudo Pentecostal. led. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 90) 0 PENSE! Nossa fidelidade a Deus passa despercebida diante dEle? @ PONTO IMPORTANTE! Deus jamais deixa de recompensar a nossa fidelidade para com Ele. No momento certo, nos dará 0 que necessitamos. II - EGITO, 0 LUGAR DATENTAÇÀO 1. Escravo na casa de Potifar. Ape sar das adversidades pelas quais José passou, Moisés relata que “o SENHOR 20 JOVENS estava com José, e foi varão próspero” (Gn 39.2), A definição de prosperidade apontada na vida de José não se parece com a mesma que tem sido falada em nossos dias. Em muitos púlpitos tem sido ensinada uma prosperidade que move o coração dos ouvintes a uma vida regalada, sem adversidades ou Lutas. Os homens e mulheres da Bíblia nos dão exemplos de que a prosperidade não é dinheiro ou bens materiais, como disse Jesus: “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15). Mesmo como um trabalhador não remunerado, sem hora para descansar, sem direitos, o Senhor estava com José. 2. A tentação ocorrida. Ao se dedicar ao seu trabalho, e se destacar como um gestor inteligente e trabalhador, José acaba atraindo a atenção da esposa de seu senhor. Numa sociedade em que os valores familiares eram relativizados, a esposa de Potifar deve ter entendido que José era propriedade dela também, e que os hábitos do Egito permitiam que ela se utilizasse de um "escravo” para a prática sexual ilícita. A Palavra de Deus nos diz que as inves tidas dela não aconteceram somente uma vez. Moisés relata que José era formoso de aparência e formoso à vista (Gn 39.6), e que a sua senhora falava a cada dia com José, mas ele não lhe dava ouvidos (Gn 39.10). Muitas tentações se iniciam com uma simples conversa, que vai se apro fundando até achar guarida nos corações daqueles que não estão vigilantes. Contudo, José tinha temor a Deus. Ele respeitava o seu senhor, muito mais do que a própria esposa de Potifar o respeitava. 3. A tentação resistida. Mesmo diante das investidas de uma mu lher cujo marido tinha uma posição importante no Egito (Gn 39.1), José se manteve firme em sua dedicação ao seu trabalho, ao respeito por seu patrão e, acima de tudo, manteve seu temor a Deus: “Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?” (Gn 39.9). Por mais que José, enquanto jovem, tivesse os seus desejos, ele os sujeitava a Deus, e isso o manteve fiel. Não foi fácil se manter fiel, e ao invés de ser recompensado por sua fidelida de, José foi acusado injustamente de assédio sexual. Se cedesse à tentação, poderia ter sido tratado melhor na casa de seu senhor. Talvez recebería uma promoção, uma condição de vida melhor, e teria seus desejos carnais satisfeitos. Mas ele sabia que nenhum desses “benefícios" seriam aprovados por Deus, e preferiu não se deixar levar petas palavras da esposa de Potifar. SUBSÍDIO 2 Professor(a), explique aos alunos que "0 contraste entre Judá e José é forte. Ambos foram tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito, enquanto José recusou repe tidos apelos da mulher de seu senhor. José lembra-nos que nunca podemos dizer que o sexo nos leva a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá ou como José." (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bí blia. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2012. p. 45) 0 PENSE! Os desejos carnais podem ser uma desculpa para dar vazão ao pecado? @ PONTO IMPORTANTE! Jamais os desejos carnais podem ser uma porta para pecarmos contra Deus. JOVENS 21 III - EGITO, O LUGAR DA RES TAURAÇÃO i. O preço da fidelidade. Ser fiel a Deus tem um preço, e José pagou pela sua fidelidade a Deus e a Po- tifar. Acusado falsamente, foi parar na prisão. Se a situação dele já não era confortável como escravo, quem dirá como prisioneiro, Um escravo poderia sair da casa, comprar coisas para seus senhores, e de certa forma, se socializar com outras pessoas. Mas na prisão estariam as piores pessoas, acusadas de crimes contra a sociedade. Ser fiel a Deus custou alto para José. Mas a Palavra nos diz que “o SENHOR, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade" (Gn 39-21). Se por um Lado ser fiel a Deus pode nos custar uma posição, recursos ou mesmo a boa fama, por outro lado, é certo que teremos a presença dEle conosco. 2. A recompensa da fidelidade. Deus não permitiu que José termi nasse seus dias naprisão. Da mesma forma que ele havia honrado ao Se nhor por meio de seu testemunho, o Todo-Poderoso começou a agir para exaltar José e lhe fazer justiça ainda na prisão. A tentação pode ser uma fon te de prazeres momentâneos que vão cobrar o seu preço e vão fazer você passar a eternidade longe de Deus. É melhor ser fiel ao Senhor e ser exaltado por Ele do que pecar contra o Senhor e colher os frutos da desobediência. 3. Fuja da aparência do mal. Quando o apóstolo Paulo orienta aos tessalonicenses acerca de ficar vigilantes diante do pecado. Ele diz: “Abstende-vos da aparência do mal" (1 Ts 5.22). Ele não orienta que fujamos do mal, mas da sua aparência, ou seja, se de longe é possível enxergar uma situação como uma “porta aberta ao pecado, devemos nos desviar imediatamente desse caminho. A orientação bíblica é que estejamos sempre na direção oposta do que parece ser do mal. Infelizmente, não são poucos os que percebem a aparência do mal e ainda assim, se deixam aproximar e se envolver com coisas que desagradam a Deus. 0 PENSE! Nossa fidelidade a Deus passa despercebida diante dEle? 0 PONTO IMPORTANTE! Deus jamais deixa de recom pensara nossa fidelidade para com Ele. No momento certo, nos dará o que necessitamos. SUBSÍDIO 3 Professorla), sugira que os alunos deem uma olhada nos versículos 2,3.21 e 23 do capitulo 39 de Gê nesis. Em seguida pergunte: O que encontramos de comum nestes ver sículos? Explique que encontramos quatro vezes a expressão: “O Senhor... estava com José". Diga que “porque José honrava a Deus, Deus honrava a ele. Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de Deus de que Deus dirigirá todos os seus passos (Pv 3-5.6)." (Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 94 ) 22 JOVENS ESTANTE DO PROFESSOR KENDRICK, Michael; Daryl 365 Lições de Vida Extraido de Personagens da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1999. Ô HORA DA REVISÃO 1. Como era o lar em que José cresceu? José nasceu em um lar onde o seu pai, Jacó, tinha a sua atenção disputada por quatro mulheres e dez outros filhos. 2. No que resultou o tratamento diferenciado que José recebia de seu pai? José foi vendido por seus irmãos, dado como morto e se tornou um © CONCLUSÃO Como vimos, a tentação existe, mas é resistivel. José provavelmente tinha os argumentos necessários para dar vazão ao pecado, mas permaneceu firme ante às investidas malignas com que estava se deparando no seu trabalho. Mesmo tendo se tornado um escravo, distante de casa, das pessoas que amava, não estava distante do seu Deus, e essa convicção o sustentou quando ninguém estava perto para vigiá-lo. Deus está sempre ao nosso lado, e pela fé, podemos resistir às tentações mesmo quando ninguém está por perto para nos observar. ANOTAÇÃO escravo. _______ _____ _________ ________ _ 3 Como José via a proposta da es posa de Potifar? ------- ------------------------ ----- --------- Como um pecado contra Deus e __ ___________________ _ contra Potifar. 4. Como José resistiu à tentação? --------------------- --------------------- — Fugindo da mulher de Potifar. 5 É possível resistir à tentação? Sim. A tentação existe, mas é re- _______________________________ _____ sistivel. N M M DESAFIANDO A DEUS NO DESERTO TEXTO PRINCIPAL "Neste deserto cairá o vosso cadá ver, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes." (Nm 14.29) LEITURA SEMANAL RESUMO DA LIÇÃO A tentação da murmuração contra Deus fez os israelitas perderem uma geração inteira no deserto. SEGUNDA - 1 Co 10.5 Deus não se agrada de murmuradores TERÇA - Êx 15.23 Murmuração em Mara QUARTA - Êx 171,2 Murmuração em Refidim QUINTA - Êx 177 Deus está conosco ou não? SEXTA - Nm 13.32 A terra que consome SÁBADO - Nm 14 37 Consequência de tentar a Deus 24 JOVENS BMMH OBJETIVOS • MOSTRAR que os hebreus desprezaram a presença de Deus durante a caminhada rumo à Terra Prometida; • EXPLICAR as consequências de os espias terem infamado a terra que Deus disse que era boa; • EXPOR a causa do atraso de quarenta anos na entrada da Terra Prometida, INTERAÇÃO Professorla), na lição deste domingo estudaremos a respeito da tentação de murmurar, reclamar contra o Senhor. Sabemos que Deus libertou Israel da escra vidão e que o povo pagou um preço bem alto por ter reclamado do Senhor: toda uma geração morreu no deserto. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo adverte os crentes a não seguirem o exemplo de alguns israelitas no deserto, pois estes pereceram pelo destruidor (i Co 10.10). ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professorla), utilize o esquema abaixo para mostrar aos seus alunos que diante das dificuldades o povo de Deus sempre caia na tentação da murmuração. Extraído de Bíbliá de Estudo Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, p.11. RECLAMAÇÃO PECADO CONSEQUÊNCIAS Falta de comida (Nm 114). Cobiçaram 0 que não tinham. Deus mandou codornizes, mas quando as pessoas começaram a comer, Ele as atingiu com uma praga. Desejaram retornar ao Egito (Nm 14.1-4), Rebelaram-se contra os líderes estabelecidos por Deus e demonstra ram a falta de confian ça no Altíssimo. Todos os que reclamaram não puderam entrar na Terra Prometida. A autoridade e a lideran ça de Moisés e Arão (Nm 16.31 Ganância por poder e autoridade. As famílias, os amigos e as posses de Corá, Datã e Abirão foram engolidos pela terra. Falta de água (Nm 20,2,3), Recusaram-se a crer que Deus proveria tudo como havia prometido. Moisés pecou com 0 povo e foi impedido de entrar na Terra Prometida. JOVENS 25 TEXTO BÍBLICO Números 1325-33 25 Depois, voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias. 26 E caminharam, e vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades, e, tornando, deram-lhes conta a eles e a toda a congre gação; e mostraram-lhes o fruto da terra. 27 E contaram-lhe e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel, e este é o fruto. 28 O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, fortes e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Anaque. 29 Os amalequitas habitam na terra do Sul e os heteus, e osjebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão. 30 Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque, certamente, prevaleceremos contra ela. 31 Porém os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. 32 E infamaram a terra, que tinham espiado, perante os filhos de Israel, dizendo: A ter ra, pelo meio da qual passamos a espiar, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura. 33 Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como ga fanhotos e assim também éramos aos seus olhos. INTRODUÇÃO Fazer um passeio turístico por um deserto, quando se está com roupas apropriadas, um veículo adequado e suprimentos pode ser uma aventura radical. No entanto, andar pelo deserto por 40 anos, sabendo que jamais sairá dele vivo, e consciente de que não verá a promessa de Deus se cumprindo na sua vida, é desanimador. Veremos, na lição deste domingo, que esse foi 0 preço pago pelos israeli tas, que haviam recebido a promessa de Deus, de saírem da escravidão e entra rem numa terra onde seriam donos de sua própria liberdade e ainda teriam a proteção e a bênção de Deus, se fossem obedientes aos seus Mandamentos. Contudo, por terem tentado a Deus, deixaram de receber a promessa do Senhor, e pagaram com suas próprias vidas por sua incredulidade e rebeldia. I - DESPREZANDO A PRESENÇA DE DEUS NA CAMINHADA 1. As águas amargas em Mara. Moisés registra que,após saírem do Mar Ver melho, os hebreus andaram na direção do deserto de Sur por três dias, sem en contrar água (Éx 15.22). Ao chegar a uma localidade chamada Mara, encontraram água, mas logo descobriram que elas eram amargas (Êx 15.23), Não se consegue matar a sede em um deserto bebendo uma água com sabor desagradável. Na prática, provavelmente se tratava de águas com um sabor diferenciado pela presença de minerais, o que pode ter causado estranheza aos israelitas sedentos. É curioso que os mesmos israelitas que bebiam das águas nada saudáveis do rio Nilo, reclamassem das águas amargas de Mara. Na escravidão, não reclamavam do que eram obriga dos a beber, mas bastou ficarem livres que passaram a reclamar de tudo. De 26 JOVENS qualquer forma, a postura deles não foi buscar a ajuda de Deus em oração, mas sim murmurar contra Moisés (Êx 15.24). Então, o servo de Deus clama ao Senhor, e Este o orienta a lançar um pedaço de madeira na água, e a água ficou boa para beber (Êx 15.25). Ali, naquela situação, Deus os provou (Êx 15.25). Além de tor nar a água agradável para o consumo, Deus garantiu aos hebreus que se eles o obedecessem, não teriam nenhuma das enfermidades que foram vistas nos egípcios (Êx 15.26). 2.0 envio do Maná. Passados mais alguns dias, os hebreus novamente mur muraram contra Moisés e apresentaram a Arão suas queixas (Êx 16.2), Por qual motivo? Por não terem o que comer. Eles não pediram alimentos a Deus. Era mais fácil colocar a culpa em Moisés, do que se lembrarem de que haviam sido escravos de Faraó. As suas memórias não estavam nos milagres que haviam presenciado, mas nas panelas com carne e nos pães que comiam “até fartar" (Êx 16.3). É im portante observar que o esquecimento é muito próximo da ingratidão. Os hebreus não agradeceram a Deus pela liberdade nem pela provisão recebida. Eles prefe riram permanecer como escravos bem alimentados e murmuraram contra Deus (Êx 16.7). Em sua bondade, o Senhor proveu a carne e o pão. enviando codornizes de tarde e o maná pela manhã (Êx 16.13). E mesmo com a orientação de Deus, de nos dias da semana, pegarem somente 0 maná necessário, houve israelitas que se apropriaram de mais do que precisavam, tentando estocar alimentos. A desobedi ência lhes rendeu bichos e mau cheiro nos alimentos. A lição necessária para que confiassem no Senhor seria aprendida com bastante dificuldade. 3. As águas de Refidim. Como se fossem poucas essas duas ocorrências anteriores. Moisés registra uma nova murmuração dos israelitas contra Deus. Ao chegarem em Refidim, e percebendo que não havia ali água, logo se puseram a reclamar contra Moisés (Êx 17,2). Esse relato nos evidencia duas verdades: era comum o povo reclamar contra Moisés, e essas murmurações eram vistas por Deus como um pecado contra Ele. Os hebreus chegaram a dizer: “Está o SENHOR no meio de nós, ou não” (Êx 17.7). Duvidar da presença de Deusjunto a nós pelo fato de faltarem um ou mais elementos essenciais à vida é falta de confiança na provisão divina! Não podemos ser imaturos na fé ao ponto de acreditar que se passamos por dificuldades é porque Deus não está conosco. Na verdade, tanto a fartura quanto a escassez devem nos levar a Ele. SUBSÍDIO 1 Professor(a), para dar início ao primeiro tópico da lição, faça a seguinte pergunta: 0 que significa murmurar? Ouça os alunos com atenção e explique que murmurar significa falar mal de alguém ou algo, lamentar-se, queixar-se. Em seguida, diga que “a liderança é cara, porque a culpa pela adversidade recai nos líderes. Essas pessoas sabiam que Moisés era homem de Deus; por isso, o pecado também era contra Deus. Grandes experiências com Deus não curam necessariamente 0 coração mau e queixoso. A murmuração cessa apenas quando crucificamos o eu e entronizamos a Cristo (Ef 4.31,32). A única coisa que Moisés podería fazer era clamar ao Senhor. Não há dúvida de que teria fornecido água potável em resposta à fé paciente de Israel, se JOVENS 27 tivessem permanecido firmes. O Senhor às vezes satisfaz nossos caprichos em detrimento da fé. Aqui, as águas se tor naram doces, quando Moisés lançou um Lenho nelas, mas a fé de Israel continuou fraca. Desconhecemos o método natural que explica este milagre. Deus usou esta ocasião para ensinar uma lição a Israel, dando-lhes estatutos e uma ordenação. Se as pessoas ouvissem a Deus e obe decessem inteiramente à sua palavra, elas seriam curadas de todas as enfer midades que Deus tinha posto sobre o Egito. Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhe as necessidades físicas e, mais importante que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria tirar o espírito de murmuração do meio do povo e lhe dar uma fé forte." (Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, p. 175 ) II - INFAMANDO ATERRA QUE DEUS DISSE QUE ERA BOA 1. Uma honra transformada em uma vergonha. Para que os hebreus pudes sem entrar na terra que Deus lhes havia prometido, era preciso saber quem estava residindo nela. Um trabalho de inteligência precisava ser montado para que eles pu dessem ser bem-sucedidos na conquista daqueles territórios. O fato de Deus estar com eles não os isentava de serem pre cavidos e, acima de tudo, observadores. Então, Moisés escolheu representantes das tribos, homens tidos por “cabeças" (Nm 13.3). Isto significa que eram influentes, e tinham poder de convencimento diante de seus irmãos. A missão deles era saber “que terra é, o povo que nela habita; se é forte ou fraco, se é pouco ou muito” (Nm 13.18). Certamente Deus poderia revelar todos esses detalhes a Moisés, sem que fosse necessário escolher homens para uma missão tão arriscada. Mas, aqueles homens teriam a honra de cooperar com o plano de Deus. Eles, até hoje, são lembrados por terem cumprido a sua missão e influenciado negativamente a opinião do povo diante daquilo que Deus havia falado. Em nossos dias, essa cena parece se repetir: pessoas que deveríam ser úteis na obra de Deus, cooperando com o Senhor, acabam influenciando outras pessoas para direções opostas, tornando-se, assim, inúteis. 2. Quando príncipes se veem como insetos. “Éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos" (Nm 13.33). Quem fez essa declaração? Os mesmos homens que a Bíblia diz que eram os cabeças dos filhos de Israel (Nm 13.3). A orientação divina era que homens capacitados na Liderança fossem enviados para espionar a terra. Eles a espiaram mas, ao retorna rem da missão, falaram coisas ruins da terra que Deus havia dito que era boa. Eles chegaram a dizer que se pareciam com gafanhotos diante dos moradores de Canaã, apresentando igualmente uma opinião do povo da terra sobre eles. Como é triste obedecer a Deus no início da caminhada, e perder a visão do que Ele quer fazer no percurso. 3. Desqualificando o que Deus disse que era bom. “E infamaram a terra, que tinham espiado, perante os filhos de Israel, dizendo: A terra, pelo meio da qual passa mos a espiar, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura" (Nm 13.32). Da mesma forma que Satanás, no Éden, enganou de forma proposital o 28 JOVENS primeiro casal desqualificando o que Deus disse, os espias, exceto Josué e Calebe, desqualificaram a terra que por séculos Deus estava preparando para os filhos de Abraão. Toda tentação, em algum nivel, busca tornar inútil, ou de pouco valor, aquilo que Deus disse que era bom, e tenta tornar valioso o que Deus disse que não deveria ser valorizado. III - UM ATRASO DE QUARENTA ANOS 1. Quando a promessa de Deus é mudada. Os israelitas descobriram, ao longo dos 40 anos seguintes, que desprezar a Deus e a sua Palavra tinha consequências terríveis. O deserto não havia sido escolhido para que eles per dessem suas vidas (Êx 13.17). Deus sabia que os hebreus nãotinham experiência de combate, e por isso os conduziu por outro caminho. O que muitas ve zes acreditamos ser uma provação de Deus pode ser, na verdade, uma forma de livramento que Ele nos está dando, para que a sua promessa se cumpra em nossas vidas. Mas, por causa da rebeldia do seu povo, e as constantes murmurações com a quais tentaram ao Senhor, Deus reverteu sua promessa para aquela geração. O Todo-Poderoso não falhou em seus desígnios. Uma geração de hebreus libertos entrou na Terra Prometida, mas foi somente aquela que cresceu no deserto e valorizou a terra que Deus concedeu. Às vezes, Ele nos permite passar por dificuldades para que possamos entender o valor da bênção que Ele reservou para nós. 2. Tentar a Deus é pecado. O que devemos entender diante das narrativas que tratam dos primeiros dias do povo no deserto, é que tentar o Senhor é pecado: “Não tentarás o Senhor, teu Deus” (Mt 4.7). Por não verem a Deus, os hebreus queixavam-se dos homens que Ele havia escolhido para libertá-los e conduzir rumo à Terra Prometida. A geração que saiu do Egito teve todas as oportunidades de vivenciar duas experiências marcantes: a liberdade da escravidão e a chegada no Lugar que Deus lhes reservara. Contudo, por causa da tentação, os homens que infamaram a terra “morreram de praga perante o SENHOR” (Nm 14.37), e os demais hebreus, que se deixaram Levar, perderam suas vidas no deserto. 3. Vale a pena desagradar a Deus? Os hebreus precisavam confiar no que Deus havia prometido. Eles já tinham visto o poder do Senhor contra os egípcios, mas, mesmo assim, prefe riram atentar para as circunstâncias e tentaram a Deus com sua incredulidade. Já fomos alcançados pela salvação, mas precisamos aprender a agradar a Deus com nossas ações. Agradamos ao Senhor dando crédito ao que Ele nos diz. @ PENSE! Vale a pena desagradar ao Senhor? @ PONTO IMPORTANTE! Desagradar ao Senhor só traz consequências maléficas. SUBSÍDIO 3 “O julgamento de Deus veio de forma que as pessoas mais temiam. O povo tinha medo de morrer no deserto. Deus 0 puniu fazendo peregrinar lá até a morte daquela geração." (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD. p. 11.) JOVENS 29 0 CONCLUSÃO Da mesma forma que Deus não tenta a ninguém, não podemos tentá-lo com nossas palavras, pensamentos ou ações, pois essas são formas de ingratidão contra aquEle que nos salvou e nos tirou da escravidão do pecado. Que jamais sejamos ingratos ou esquecidos das bênçãos que temos recebido dEle. ESTANTE DO PROFESSOR1 BENTHO, Esdras Costa; PLÁCIDO. Reginaldo Leandro. Introdução ao Estudo do Antigo Testamento.. Rio de Janeiro: CPAD, 2019. ANOTAÇÀO © HORA DA REVISÃO 1, Por qual motivo Deus Levou os hebreus para a Terra Prometida pelo deserto? Para que o povo não desanimasse vendo a guerra. 2 Por que o povo não pôde beber as águas de Mara? Porque elas eram amargas e im próprias para o consumo. 3 Quem Moisés escolheu para es pionar a terra? Os Líderes das tribos de Israel. 4 Segundo a lição, o que a desobe diência dos hebreus lhes rendeu? Rendeu-lhes bichos e mau cheiro. 5. Como podemos agradar ao Senhor? Agradamos ao Senhor dando cré dito ao que Ele nos diz. ~ a w' « LIÇÃO 5 1 mai 2022 BALAÃO: QUANDO DEUS DIZ NÃO TEXTO PRINCIPAL "Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como detestarei, quando o SENHOR não detesta?" (Nm 23.8) RESUMO DA LIÇÃO Devemos estar atentos para as ocasiões em que Deus nos orienta a não ultrapassar os limites impostos por Ele. LEITURA SEMANAL SEGUNDA-Nm 22.9 Balaão sabe que é Deus quem fala TERÇA - Nm 22.19 Um homem de negócios QUARTA-Nm 22.12 A advertência divina QUINTA-Nm 23.4 Um sacrifício para o Senhor SEXTA - Nm 23.26 Um coração ambicioso SÁBADO - Ap 2.14 Lançando tropeços para o povo de Deus JOVENS 31 OBJETIVOS • SABER que Balaão ouviu a voz de Deus; • MOSTRAR que errar é humano, mas não devemos insistir no erro; • APONTAR o que ocorre quando a ambição vence o discernimento. INTERAÇÃO Professorla), na lição deste domingo estudaremos a respeito da tentação da ambição, Quando estudamos a respeito de Balaão vemos que ele ouvia a voz de Deus, embora não fosse um hebreu (Nm 22.12). A princípio parece que reconhecia o Todo-Poderoso como o único e verdadeiro Deus, mas tudo indica que em algum momento ele deixou a ambição tomar conta do seu coração e passou a ignorar a voz do Senhor. Balaão foi chamado pelo rei de Moabe para amaldiçoar o povo a quem Deus já havia abençoado. Sua missão era impossí vel e ele bem sabia que não obteria êxito, contudo tentava de todas as formas receber algum tipo de recompensa, Tudo indica que Balaão levava a sério sua missão profética, todavia seu coração era ambicioso e dúbio, Que jamais sejamos seduzidos pela tentação da ambição e venhamos nos apartar do Senhor, fonte de bênçãos e vida abundante. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professorla), sugerimos que você reproduza o quadro abaixo e utilize-o.para mostrar aos seus alunos alguns pontos importantes da vida de Balaão. Enfatize o fato de que a ambição pode nos fazer ignorar as orientações de Deus, levan do-nos a uma vida de tniquidades. BALAÃO Pontos fortes e êxitos. Muito conhecido por suas eficientes bênçãos e maldições. Obedeceu a Deus e abençoou a Israel, a despeito do suborno de Balaque. Fraquezas e erros. Ajudou a levar os israelitas a adorarem ídolos (Nm 31-16). Retornou para Moabe e foi morto durante a guerra. Lições de vida. As motivações são tão importantes quanto às ações; Onde está seu tesouro também está 0 seu coração. Informações essenciais. Locais: Viveu próximo ao rio Eufrates e viajou para Moabe. Familiares: Pai-Beor. Contemporâneos: Balaque (rei de Moabe), Moisés e Arão. Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal CPAD, p. 62. 32 JOVENS TEXTO BÍBLICO Números 22,1-12 1 Depois, partiram os filhos de Israel e acamparam-se nas campinas de Moabe, desta banda do Jordão, de Jerico, 2 Viu, pois, Balaque, filho de Zipor, tudo o que Israel fizera aos amorreus. 3 E Moabe temeu muito diante deste povo, porque era muito; e Moabe andava an gustiado por causa dos filhos de Israel. 4 Pelo que Moabe disse aos anciãos dos midianitas: Agora lamberá esta congregação tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo. Naquele tempo. Balaque, filho de Zipor, era rei dos moabitas, 5 Este enviou mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto ao rio, na terra dos filhos do seu povo, a chamá-lo, dizendo: Eis que um povo saiu do Egito; eis que cobre a face da terra e parado está defronte de mim. 6 Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais poderoso é do que eu; para ver se o poderei ferir e 0 lançarei fora da terra; porque eu sei que a quem tu abençoares será abençoado e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado 7 Então, foram-se os anciãos dos moa bitas e os anciãos dos midianitas com o preço dos encantamentos nas mãos; e chegaram a Balaão e lhe disseram as palavras de Balaque. 8 E ele lhes disse: Passai aqui esta noite, e vos trarei a resposta, como o SE NHOR me falar; então, os príncipes dos moabitas ficaram com Balaão. 9 E veio Deus a Balaão e disse: Quem são es tes homens que estão contigo? 10 E Balaão disse a Deus: Balaque. filho de Zipor, rei dos moabitas, mos enviou, di zendo: 11 Eis que o povo que saiu do Egito cobriu a face da terra; vem, agora, amaldiçoa-mo; porventura, poderei pelejar contra ele e o lançarei fora. 12 Então, disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto bendito é. INTRODUÇÃO Uma das maiores tentações que cercam as pessoas que conhecem a Deus é, justamente, tentar contornar o que o Senhor disse, seja para fazer alguma coisa, seja para deixar de fa zê-la. A vontade do Altíssimo pode impulsionar pessoas para a obediência, mas quando essa vontade confronta o que desejamos, como reagimos? Não raro, o anseio por conseguir mais bens materiais,posições ou fama nos leva a querer impor para Deus a nossa vonta de. A ambição pode nos fazer ignorar as orientações expressas do Eterno, levando-nos a lugares onde Ele jamais planejou que estivéssemos. Nesta lição, veremos o quanto à tentação pelo dinheiro levou um homem chamado Balaão a contrariar orientações divinas, como ele contornou a situação para desobedecer a Deus e o custo da sua desobediência. Por fim, veremos o custo de se desafiar a Deus quando Ele nos dá orientações claras e diretas. I - UM HOMEM QUE OUVIU A VOZ DE DEUS 1. Um homem que ouvia a voz de Deus (Nm 22.8-12). Balaão é descrito na Bí blia como um homem que ouviu a voz de Deus. Moisés não entra em detalhes sobre a fé de Balaão, nem como ele começou a ouvir ao Todo-Poderoso, muito menos se Balaão tinha por hábito obedecer ao JOVENS 33 que Deus Lhe dizia, mas deixa claro que ele não apenas ouviu ao Pai Celeste, mas soube também distinguir que o Senhor estava falando com ele. Então, eis aqui uma importante questão: Quando somos tentados, não basta ouvir a voz de Deus! Veremos que é preciso ouvir e obede cer ao que Deus está falando. O Senhor não se nega a falar conosco. Hoje temos a sua Palavra escrita, onde os princípios gerais para comunhão com Ele já estão apresentados. Temos também respostas do Altíssimo quando oramos, e podemos não somente ouvir sua voz nos orientan do, mas igualmente nos direcionando em situações nas quais Ele mesmo está nos dirigindo (Jr 33.3). Deus também fala conosco de dife rentes maneiras: por intermédio dos seus servos e por meio dos dons espirituais, que são bíblicos e válidos para os nossos dias, pois foram dados à Igreja para a edi ficação dos santos. Esses dons não têm data de validade no Novo Testamento, nem se sujeitam ao pensamento de algumas pessoas que entendem terem sido extintos no primeiro século da era cristã. Mas, de nada adiantaria todas essas formas do Criador falar conosco, se decidirmos que ouvir e obedecer ao que Ele diz não é necessário. 2. Um homem diante de um negócio (Nm 22.6,18). Balaão entra na história sagrada durante a caminhada do povo em direção àTerra Prometida. Midianitas e moabitas se uniram em torno de uma causa à qualjulgaram ser um problema em comum: o acampamento dos israeli tas nas campinas de Moabe (Nm 22.1-3). É certo que a multidão de hebreus deixou os moabitas assustados, pois os filhos de Abraão eram numerosos. Talvez fosse mais fácil, para os inimigos do povo de Deus, se cercarem de forças espirituais que pudessem dar fim àquele povo, poupando, desta forma, uma possível guerra e a perda de moabitas. Dessa forma, os midianitas e moabitas enviam representantes para falarem com Balaão. 3. Povo bendito é. Após receber os representantes dos dois reinos, Balaão consultou ao Senhor. Ao que parece, ele não tinha conhecimento de que os hebreus contavam com a proteção de Deus. O Eterno sabia o que estava acontecendo, mas se dirigiu a Balaão e perguntou quem eram os homens que estavam com ele. Deus deixou que ele explicasse quem eram e o que estavam fazendo, e de forma objetiva, deixou claro a Balaão que ele não deveria entrar naquele negócio: “[...] Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto bendito é" (Nm 22.12). É curioso o fato de que Deus considera seu povo um povo bendito. O mesmo povo que murmurou contra Ele, que se rebelou contra Moisés, foi considerado bendito pelo próprio Senhor. É provável que isso se deva não apenas porque o Todo-Poderoso trata com o seu povo de forma amorosa, mas também que somente Ele pode julgar os seus. Ele não permitiría que seu próprio povo fosse alvo de alguma maldição. Na prática, foi essa lição que Balaão não aprendeu. Ele até entendeu, em um momento inicial, que não deveria agir de forma contrária ao que Deus lhe orientou: “Então, Balaão levantou-se pela manhã e disse aos príncipes de Balaque: Ide à vossa terra, porque o SENHOR recusa deixar-me ir convosco" (Nm 22.13). Mas logo ele sucumbiría à constância dos apelos daqueles povos. SUBSÍDIO 1 Professor(a), inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: Quem foi Balaão? 34 JOVENS Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Depois, explique que Balaão foi “um profeta cujo pecado e fracasso tornou-o um exemplo para advertir as eras futuras a respeito da cobiça e ambição (Nm 22—24)." (Adaptado de Dicionário Biblicò Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. p. 258.) II - INSISTINDO NO ERRO 1. Obedecendo a Deus, mas com o coração ambicioso (Nm 23.26). Podemos ver que Balaão, em um primeiro momen to, obedeceu a Deus: "E levantaram-se os príncipes dos moabitas, e vieram a Balaque, e disseram: Balaão, recusou vir conosco” (Nm 22.14). Entretanto, o rei dos moabitas não se deu por vencido. Ele insiste com Balaão, a fim de conseguir o seu objetivo: “Assim diz Balaque, filho de Zipor: Rogo-te que não te demores em vir a mim, porque grandemente te honrarei e farei tudo o que me disseres; vem, pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo" (Nm 22.16,17). Aquela era uma oferta tentadora: um rei disposto a premiar um homem apenas para que ele lançasse pragas contra um povo. 2.0 Senhor abriu a boca da jumenta (Nm 22.21-30). Advertido por Deus a não dar prosseguimento ao seu plano, Balaão passa por uma experiência sem precedentes: ouvir um animal falando. A jumenta com a qual ele costumava viajar conversa com Balaão. Em nossos dias, é comum pessoas dizerem, de forma jocosa, que se Deus usou a mula para falar com Balaão, pode usar qualquer outra pessoa também. Ocorre que a Bíblia não diz que Deus “usou” a mula para falar com Balaão. A Palavra de Deus é enfática em deixar claro que Deus falou aos pais, de diversas maneiras, pelos profetas (Hb 1.1). A mesma Bíblia diz que Deus abriu a boca do animal, e ele questionou Balaão por ter apanhado. A partir desse “diálogo" o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo do Senhor. O anjo, sim. tratou com Balaão. 3. A insistência que mina a resistência (Nm 22.21). Apesar de ter resistido, ini cialmente, aos convites recebidos com a promessa de uma recompensa financeira, no final Balaão acabou cedendo. Mesmo Deus permitindo que ele fosse com os mensageiros, o Senhor deixou claro que ele só falasse o que o Eterno ordenaria. Isso Balaão obedeceu. Tendo chegado onde estava Bala que, Balaão foi a três lugares diferentes: Quiriate-Huzote, Pisga, Peor, e em todos esses lugares suas palavras foram diri gidas por Deus, que abençoou o seu povo. Apesar dessas experiências, Balaão ainda estava desejoso de ser "honrado", remunerado para que Israel fosse punido de alguma forma. SUBSÍDIO 2 Para iniciar 0 segundo tópico faça a se guinte pergunta: O que significa ambição? Ouça os alunos com atenção e expli que que segundo 0 Dicionário Houaiss "ambição é um forte desejo de poder ou riquezas, honras ou glórias; cobiça, anseio veemente de obter sucesso". Em seguida, explique que “a embaixada de Balaque ofereceu recompensas de riquezas, honra e poder se Balaão viesse a amaldiçoar Israel, mas a vontade de Deus era clara: 'Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto bendito é' (Nm 22.12)." (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. p. 259.) JOVENS 35 III -QUANDO A AMBIÇÃO VENCE O DISCERNIMENTO 1. Mudar de lugar não muda o que Deus disse. É curioso o fato de que o homem sem Deus, por desprezar a revelação divina, tende a adquirir cren dices que irão nortear suas ações e sua fé. Balaque conduziu Balaão para mais de uma localidade, imaginando que, de alguma forma, conseguiría fazer com que um deus pudesse inspirar o viden te a lançar pragas contra os hebreus. Porém, em Quiriate-Huzote, a Palavra de Deus foi: “Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa?” (Nm 23.8) Em Pisga é dito:“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria?" (Nm 23.19). Em Peora
Compartilhar