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APOSTILA COMPLETA DE ESTOMATOLOGIA

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Diagnóstico bucal
FLASHCARDS
daAlém
Odont
Sabrina Nascimento Ribeiro
Odontologia UFS Lagarto
Materais com fins
educativos.
Não repassar sem a
devida
autorização.
GRATUITO,
consequentemente
está proibido à
venda.
ANAMNESE 
❖ Exame clínico = conjunto de procedimentos que devem ser realizados de 
forma disciplinada com o objetivo de chegar ao diagnóstico. 
● Etapas do exame:
1. anamnese ou entrevista dialogada
2. exame físico
❖ Anamnese = etapa onde, por meio de uma conversa orientada a partir de 
alguns tópicos, obtemos informações relacionadas à história de vida do 
paciente e os aspectos subjetivos relacionados a doença em questão.
● Muito importante para que exista uma relação de confiança entre o paciente 
e o profissional. 
● Esta deve ser realizada em um espaço que permita privacidade, calma, 
conforto e ausência de interrupções.
● Recomenda-se que os interlocutores (paciente e profissional) sentem se no 
mesmo nível para facilitar o contato visual frente a frente. Nesta fase inicial 
do exame, o profissional deve estar sem máscara.
● Expressões de aborrecimento, julgamento, impaciência e espanto devem 
ser evitadas. 
● Respostas negativas devem ser apontadas de forma explícita. Por exemplo: 
se o paciente não tem histórico de alergia, deve-se colocar no tópico 
alergia: “Nega alergias”. Neste caso, o espaço deixado em branco pode ser 
interpretado como “essa pergunta não foi realizada. Um espaço vazio ou 
com um traço não deixa claro se a pergunta foi feita ou se a resposta foi 
“nunca tive”.
❖ DADOS A SEREM ABORDADOS:
1. Dados de identificação:
➢ Nome, números de contato telefônico, endereço, idade, sexo, raça e 
ocupação.
2. Queixa principal:
➢ Registro do motivo pelo qual o paciente procurou o profissional. Essa 
informação deve ser registrada nas palavras do paciente para não sofrer 
influência da interpretação do profissional.
➢ Quando o paciente relata algo que nos parece estranho, duvidoso, 
conflitante ou incoerente, podemos utilizar o acrônimo “sic” entre 
parênteses ao final da sentença. Um exemplo ilustrativo para esta situação 
poderia ser o caso de uma lesão muito grande (4cm) em que o paciente 
refere um tempo de evolução curto. Ex.: “essa ferida surgiu há 4 dias” 
(segundo informações colhidas - sic). 
➢
3. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL:
➢ Aprofundamento do que obtivemos na queixa principal que 
pode ajudar bastante na elaboração das hipóteses de 
diagnóstico.
➢ Data dos primeiros sinais e sintomas.
➢ Descrição dos primeiros sinais e sintomas.
➢ Caracterização da sintomatologia.
➢ Desenvolvimento.
➢ Tratamentos realizados e seus resultados.
➢ Exames complementares realizados e seus resultados.
➢ Estado atual da doença.
4. História buco-dental ou história odontológica:
➢ Registrar como foram as experiências anteriores do 
paciente com outros cirurgiões dentistas.
5. História médica: 
➢ Consiste na descrição das doenças atuais e anteriores que 
o paciente apresentou, bem como cirurgias realizadas, 
alergias, acidentes. Todo tratamento atual ou anterior deve 
ser descrito. 
6. Antecedentes familiares:
➢ Identificação de doenças presentes na família, tanto 
crônicas quanto histórico de câncer pode ajudar na 
compreensão dos riscos a que o nosso paciente está 
exposto.
7. Hábitos nocivos, hábitos viciosos ou hábitos de exposição:
➢ Consumo de drogas, álcool, fumo, chimarrão e exposição à 
radiação ultravioleta (sol) de forma desprotegida.
➢ Deve-se detalhar duração (há quanto tempo), frequência 
(diária, semanal, mensal, anual) e nível de exposição (Por 
exemplo, em relação ao fumo: número de cigarros 
consumidos por dia). 
➢ É importante saber se no passado ele fumou.
EXAME FÍSICO
❖ Exame físico = etapa do exame clínico a partir da qual serão 
coletados os dados objetivos (sinais) relacionados à doença. 
● O exame físico geral envolve avaliação de todas as partes 
possíveis do corpo, exceto a cabeça. 
● Começa pela avaliação dos linfonodos:
● Três cadeias principais vão ter importância para a odontologia: a 
cadeia cervical superficial, que acompanha o músculo 
esternocleidomastoideo, os da região submandibular, e os 
submentonianos.
● A partir da palpação, será possível a identificação de linfonodos 
palpáveis, o que pode representar doenças inflamatórias (ativas ou 
não) ou neoplásicas. 
1. Processo Inflamatório Ativo:
Linfonodos palpáveis, móveis, superfície lisa, consistência fibroelástica e 
dolorosos. Significado: isso não quer dizer que esse processo inflamatório 
seja necessariamente no dente, pode estar no ouvido, no trato respiratório 
e regiões próximas; 
2. Processo Inflamatório Anterior: Linfonodos palpáveis, móveis, de 
consistência lisa e fibroelástica, porém indolores. Significado: linfonodos 
residuais, indicando que em outro momento houve um processo 
inflamatório ativo que, após debelado, deixou linfonodos com fibrose sem 
que haja inflamação ativa. 
3. Linfonodos metastáticos:
Linfonodos fixos, rugosos, endurecidos e indolores. Significado: presença 
de um tumor maligno na região próxima, seja na boca ou não, que está se 
disseminando para os linfonodos que atuam como “sentinelas” da região.
❖ EXAME FÍSICO INTRABUCAL:
● Todas as regiões da boca devem ser incluídas nesse exame.
● Relativamente simples, dependendo de uma boa iluminação, 
espátulas de madeira e uma compressa de gaze
● O QUE PRECISAMOS AVALIAR? 1. Lábio e vestíbulo bucal. 2. 
Mucosa jugal bilateral. 3. Fundo de sulco inferior. 4. Fundo de sulco 
superior. 5. Palato duro. 6. Palato mole. 7. Orofaringe. 8. Assoalho 
bucal. 9. Língua.
● OBSERVAR: coloração, textura, simetria, tamanho.
LESÕES FUNDAMENTAIS
❖ Lesões fundamentais = são o conjunto de termos que devem ser 
utilizados na descrição das lesões para destacar a sua principal 
característica.
● Serve para direcionamos o nosso raciocínio e termos condições de 
descartar algumas hipóteses de diagnóstico. 
❖ Tipos de lesão:
1. Lesões planas ou elevadas: grupo que compreende lesões que têm 
como característica principal a alteração de cor e/ou que representam 
crescimentos sólidos. 
• Mácula/Mancha 
• Placa
• Pápula/Nódulo 
2. Aumentos de volume que contém líquido: 
• Vesícula 
• Bolha 
3. Lesões envolvendo perda de substância: lesões causadas pela 
perda de substância ou mais especificamente de tecido. 
• Erosão 
• Úlcera
★ Mácula/mancha:
➔ Alteração de cor SEM alteração de superfície.
➔ Não apresentam elevação em relação aos tecidos adjacentes. 
➔ Podem representar depósito de melanina produzida pelas células 
normais, pigmentos relacionados à implantação de corpos estranhos 
de forma intencional ou não, lesões tumorais, entre outras. 
➔ Principais hipóteses: Leucoplasia, Cicatriz, Mácula melanótica, Névus, 
Pigmentação induzida por medicamentos, Tatuagem por amálgama, 
Melanoma, Hematoma.
Como descrever:
1.Simetria;
2. Borda: regular (em linha reta) ou irregular;
3. Cor: homogênea (cor única) ou heterogênea (mais de uma cor ou 
diferentes intensidades);
4. Diâmetro;
5. Localização.
Exemplo de descrição da mácula:
Mancha acastanhada, mostrando simetria, borda 
regular, cor homogênea, medindo 3 mm de diâmetro 
localizada na mucosa de transição do lábio inferior.
LESÕES FUNDAMENTAIS
★ Placa:
➔ Alteração de cor com alteração de superfície, ou seja, 
há elevações em relação aos tecidos adjacentes, mas 
mais amplas em largura do que em altura. 
➔ Neste grupo, podemos observar lesões benignas, 
desordens potencialmente malignas ou lesões 
malignas.
➔ Principais hipóteses: Candidíase, 
pseudomembranosa, Ceratose friccional, Líquen 
plano, Sífilis secundária, Leucoplasia, Mordiscamento 
crônico.
➔ Como descrever: Número: únicas ou múltiplas; Cor: 
branca, vermelha; Superfície: lisa ou irregular; 
Localização.
➔ EXEMPLO: Placa, única, coloração branca associada 
a áreas avermelhadas, superfície rugosa irregular, 
formato irregular, localizada na mucosa jugal 
esquerda.
★ Pápula/nódulo:
➔ Representam crescimentos sólidos com menos do que 5 mm 
de diâmetro (pápula) ou mais do que 5mm de diâmetro 
(nódulo). 
➔ Podem ser solitários (únicos) ou múltiplos, estar associados a 
algum fator irritativo (biofilme bacteriano ou trauma) ou ter 
surgimento espontâneo. 
➔ Lesões que se caracterizam pelo crescimento tecidual, 
incluindo lesões de natureza reacional/inflamatória e 
neoplasias, em particular as de natureza benigna. 
➔ Principais hipóteses: Hiperplasia inflamatória, granuloma 
piogênico, fibroma ossificante periférico, lesão periférica de 
células gigantes, papiloma, lipoma, fibroma, carcinoma 
espinocelular.
➔ Como descrever: Consistência: mole, firme/ fibroelástica/ 
borrachóide ou dura; Base da lesão: pediculada (estreita) ou 
séssil (ampla); Cor; Presença de áreas avermelhadas ou 
ulceradas na sua superfície: sim ou não.
➔ EXEMPLO: Nódulo de base séssil, superfície integra, 
coloração semelhante a da mucosa adjacente, localizada na 
mucosa jugal, lado esquerdo, próxima a linha de oclusão. 
Diferentes hipóteses podem ser consideradas, como 
hiperplasia inflamatória, fibroma e lipoma.
LESÕES FUNDAMENTAIS
★ Vesícula/Bolhas:
➔ Crescimentos que contém líquido medindo menos do que 3 mm de 
diâmetro (vesícula) ou mais do que 3 mm de diâmetro (bolha). 
➔ Podem ser solitárias (únicas) ou múltiplas, estar associadas a 
algum fator irritativo (algum alimento ou trauma) ou surgir 
espontaneamente. 
➔ Alguns casos mostram alterações sistêmicas associadas (febre, 
mal-estar, linfadenopatia) ou lesões semelhantes em outras partes 
do corpo, principalmente pele ou outras mucosas. 
➔ Não inclui nenhum exemplo de desordem potencialmente maligna 
ou maligna.
➔ PRINCIPAIS HIPÓTESES: Doenças virais: Herpes; Doenças 
autoimunes: Pênfigo vulgar, Penfigóide benigno de mucosas; 
Lesões associadas a trauma: Mucocele, Rânula.
➔ Como descrever: Número: única ou múltiplas lesões; Localização; 
Ocorrência prévia de lesões semelhantes na boca; Presença de 
lesões semelhantes em outras partes do corpo; Episódio de 
trauma prévio.
➔ EXEMPLO: Nota-se presença de múltiplas vesículas (lado direito 
da foto) e de crostas (lado esquerdo da foto) na região peribucal. 
Paciente referiu que não tem lesões em outras partes do corpo, 
que elas aparecem 3 vezes por ano e que costuma perceber 
coceira antes de as lesões aparecerem. 
★ Erosões/Úlceras 
➔ São lesões em que o tecido epitelial foi parcial (EROSÕES) ou 
totalmente (ÚLCERAS) perdido. 
➔ Podem ser solitárias (únicas) ou múltiplas, estar associadas a 
algum fator irritativo (trauma) ou ser a manifestação de doença 
autoimune, infecciosa ou, ainda, uma neoplasia maligna.
➔ PRINCIPAIS HIPÓTESES: Lesões traumáticas: Úlcera traumática; 
Doenças infecciosas: Candidíase; Herpes; Micoses profundas; 
Doenças imunologicamente mediadas: Líquen plano, Lúpus 
eritematoso, Penfigóide benigno de mucosas, Pênfigo vulgar, 
Tumores malignos: Carcinoma espinocelular
➔ Como descrever: Número: única ou múltiplas; Localização; 
Ocorrência prévia de lesões semelhantes: sim ou não; Presença 
de lesões em outras partes do corpo; Episódio de trauma prévio: 
sim ou não.
➔ Exemplo: Úlcera dolorosa única contornada por mucosa 
avermelhada localizada em mucosa labial. Paciente relata que já 
teve lesões semelhantes no lábio anteriormente, que não há 
lesões em outras partes do corpo e que não houve trauma na 
região.
LESÕES BRANCAS BENIGNAS
REACIONAIS:
QUEIMADURAS
1. Queimaduras elétricas do tipo arco:
● Saliva atua como um meio de condução, e um 
arco elétrico flui entre a fonte elétrica e a boca.
● Calor extremo ocasiona uma grande 
destruição tecidual. 
● Ex: mastigação da ponta fêmea de um fio de 
extensão ou da mordida de um fio elétrico 
exposto. 
1. Queimaduras térmicas:
● Ingestão de alimentos ou bebidas quentes. 
❖ Características Clínicas:
1. Queimaduras elétricas:
● Mais comum em crianças.
● Inicialmente se apresenta como uma área 
indolor, carbonizada e amarelada, que exibe 
pouco ou nenhum sangramento.
● Edema se desenvolve dentro de poucas 
horas e pode persistir por mais de 12 dias. 
● Por volta do quarto dia, a área afetada se 
torna necrótica e membranas começam a se 
soltar. 
● Sangramento pode ocorrer durante este 
período.
2. Queimaduras 
Térmicas:
Em geral 
aparecem no 
palato ou na 
mucosa jugal 
posterior.
Se apresentam 
como áreas de 
eritema e 
ulceração que 
costumam exibir 
remanescentes 
necróticos do 
epitélio na 
periferia.
❖ Tratamento e 
Prognóstico:
1. Queimaduras 
elétricas:
● Imunização 
contra o tétano, 
caso não esteja 
atualizada.
● Profilaxia 
antibiótica, 
geralmente 
penicilina, para 
prevenir 
infecção 
secundária nos 
casos graves.
2. Queimaduras 
Térmicas:
● Resolve-se sem 
a necessidade 
de tratamento.
LESÕES BRANCAS BENIGNAS
REACIONAIS:
MORDISCAMENTO 
CRÔNICO
Também chamada de morsicatio buccarum.
Mordiscadas crônicas causam lesões localizadas 
geralmente na mucosa jugal (morsicatio 
buccarum).
Mucosa labial (morsicatio labiorum).
Borda lateral da língua (morsicatio linguarum). 
❖ Características Clínicas:
● Pessoas sob estresse.
● Elevada prevalência em mulheres e em 
pacientes com mais de 35 anos de idade.
● Maior frequência bilateralmente na porção 
anterior da mucosa jugal.
● Podem ser unilaterais, combinadas com 
leões dos lábios ou língua.
● Áreas brancas da mucosa exibem uma 
superfície dilacerada e irregular.
● Paciente relata que é capaz de remover 
fragmentos de material branco da área 
envolvida ao longo do plano oclusal. 
❖ Características Histopatológicas:
● Biópsia revela uma extensa 
hiperparaqueratose.
● Colonização bacteriana da superfície é 
usual.
❖ Diagnóstico: 
● Apresentação clínica do 
morsicatio é suficiente para 
um diagnóstico presuntivo.
● Biópsia raramente é 
realizada. 
❖ Tratamento e 
Prognóstico:
● Não há necessidade de 
tratamento e nenhuma 
complicação é ocasionada.
● Confecção de uma 
proteção acrílica bilateral 
conectada por um fio de 
metal labial pode promover 
a resolução rápida das 
lesões. 
LESÕES BRANCAS BENIGNAS
REACIONAIS:
CERATOSE 
FRICCIONAL
❖ Definição e etiologia:
● Aumento da produção de ceratina no tecido 
epitelial que reveste a mucosa como uma 
reação frente a agentes traumáticos 
crônicos.
● Causa: Fricção local causada por agente 
irritativo crônico como: aparelho ortodôntico, 
dentes fraturados, próteses removíveis, 
trauma de mastigação sobre rebordo 
edêntulo.
❖ Aspecto Clínico:
● Mancha ou placa de coloração branca e 
homogênea, assintomática, superfície lisa ou 
rugosa.
❖ Como estabelecer o diagnóstico:
● Diagnóstico clínico, confirmado quando a 
lesão desaparece no período de até 4 
semanas após a remoção do agente irritativo 
que a causou.
❖ Conduta:
● Identificação e remoção 
do agente causador 
quando se observa 
regressão em algumas 
semanas. 
● Quando a remoção do 
agente causador não é 
possível, recomenda-se 
controle clínico periódico 
e pode-se considerar a 
possibilidade de fazer 
biópsia para descartar 
alterações mais graves 
como as observadas em 
leucoplasias.
LESÕES BRANCAS BENIGNAS
REACIONAIS:
ESTOMATITE 
NICOTÍNICA
Relacionada ao uso do fumo, principalmente da 
forma invertida.
❖ Características clínicas:
● Desenvolve em áreas queratinizadas do 
palato duro, bem como nas regiões 
expostas à concentração do fumo.
● Inicialmente desenvolve-se como pontos 
avermelhados no palato duro, que 
posteriormente se tornam 
branco-acinzentados, opacificados e 
fissurados devido a hiperqueratose.
● Pontos centrais avermelhados são as 
aberturas dos ductos das glândulas 
salivares menores inflamadas.
❖ Diagnóstico:
● Clínico relacionado ao hábito de fumar.
❖ Tratamento:
● A lesão é totalmente reversível, uma vez 
que o hábito de fumar seja abandonado.
● Não necessita de demais intervenções.
LESÕES BRANCAS BENIGNAS
INFLAMATÓRIAS:
CANDIDÍASE 
PSEUDOMEMBRANOSA
❖ Definição e etiologia:
● Infecção por fungos do tipo Candida 
(Candida albicans). 
● Fator local ou sistêmico gera um 
desequilíbrio no meio bucal 
favorecendo o microrganismo.
❖ Características Clínicas: 
● Placas múltiplasbrancas de 
contorno arredondado ou irregular, 
removíveis. Indolores mas alguns 
casos mostram ardência. Palato, 
língua e mucosa jugal são os sítios 
bucais mais afetados.
● O aspecto clínico e destacamento 
frente a raspagem confirmam o 
diagnóstico.
● É mais comum sobre próteses 
removíveis e costuma alternar áreas 
brancas com áreas vermelhas, que 
são regiões onde a 
pseudomembrana (placa branca) já 
desprendeu pelo trauma da 
mastigação.
❖ Tratamento:
● Eliminar os fatores 
predisponentes. 
● Primeira escolha 
terapêutica são os 
antifúngicos tópicos 
(bochechos com nistatina 
e aplicação de miconazol 
gel).
● Em casos não 
responsivos à terapia 
tópica, justifica se uma 
investigação sistêmica 
mais detalhada e a 
prescrição de antifúngicos 
sistêmicos, usualmente o 
fluconazol.
● NISTATINA 100.000 UI/ml - suspensão oral ----14 frascos 
(60ml). Bochechar 15 ml (medida de 1 colher de sopa) por 2 
minutos, 4 vezes ao dia, durante 2 semanas. 
Contra-indicações (Nistatina): -Pacientes diabéticos 
-Pacientes em tratamentos antineoplásicos 
● MICONAZOL 2% - gel oral (Daktarin) --1 bisnaga Aplicar na 
superfície interna da prótese antes de colocá-la na boca. 
Repetir a aplicação 4 vezes ao dia durante 2 semanas.
● Fluconazol (100mg/dia, 7-14 dias), com duração do 
tratamento definida caso a caso. 
LESÕES BRANCAS BENIGNAS
INFLAMATÓRIAS:
CANDIDÍASE 
HIPERPLÁSICA 
CRÔNICA 
❖ INTRODUÇÃO:
● Manifestação incomum da infecção pela 
Candida albicans. 
● Alguns autores afirmam que é uma 
infecção por Cândida sobre uma 
leucoplasia.
❖ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
● Placas brancas não removíveis por 
raspagem.
● Localizadas geralmente na região 
anterior da mucosa jugal 
(retrocomissura), apresentando-se 
bilateralmente.
❖ DIAGNÓSTICO:
● O diagnóstico é sugerido pela presença 
de placas nesta localização específica 
(retrocomissura). 
● A distinção de leucoplasia é difícil.
❖ TRATAMENTO:
● Tratamento com antifúngicos tópicos. 
● Nem sempre há remissão total das 
lesões. Neste caso indica-se biópsia 
parcial para avaliação das alterações 
microscópicas.
● NISTATINA 100.000 UI/ml - suspensão oral ----14 frascos 
(60ml). Bochechar 15 ml (medida de 1 colher de sopa) por 2 
minutos, 4 vezes ao dia, durante 2 semanas. 
Contra-indicações (Nistatina): -Pacientes diabéticos 
-Pacientes em tratamentos antineoplásicos 
● MICONAZOL 2% - gel oral (Daktarin) --1 bisnaga Aplicar na 
superfície interna da prótese antes de colocá-la na boca. 
Repetir a aplicação 4 vezes ao dia durante 2 semanas.
● Fluconazol (100mg/dia, 7-14 dias), com duração do 
tratamento definida caso a caso. 
LESÕES BRANCAS BENIGNAS
INFLAMATÓRIAS:
SÍFILIS 
SECUNDÁRIA
❖ INTRODUÇÃO:
● Manifestação da fase secundária da sífilis, 
geralmente geralmente precedida pelo 
estágio de cancro – sífilis primária.
❖ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
● Placas brancas sensíveis. 
● Mais comuns em língua, lábios, mucosa 
jugal e palato. 
● Podem ser observadas lesões em pele 
(manchas vermelhas indolores, 
principalmente na palma das mãos e na 
planta dos pés. 
● Sintomas: linfadenopatia indolor, dor de 
garganta, mal-estar, febre, dor de cabeça, 
dores musculares podem ser relatados.
❖ DIAGNÓSTICO:
● Importante perguntar a respeito do estágio 
prévio (sífilis primária), o que nem sempre 
é percebido pelo paciente. 
● A associação das manifestações clínicas 
(lesões bucais, em pele, associadas aos 
sintomas sugerem a doença.
● Diagnóstico só é confirmado com os 
exames de sangue (VDRL e FTA-ABS).
❖ TRATAMENTO:
● Tratamento com penicilina, 
prescrito pelo médico 
infectologista. 
● O dentista acompanha a 
involução das lesões bucais, o 
que costuma ser observado 
rapidamente se o paciente faz 
o tratamento adequadamente.
LESÕES BRANCAS BENIGNAS
INFLAMATÓRIAS:
LEUCOPLASIA 
PILOSA
❖ INTRODUÇÃO:
● Manifestação da infecção pelo vírus do EBV, 
observada em quadros de imunodeficiência 
(por exemplo: pacientes HIV positivos).
❖ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
● Estrias paralelas que podem se juntar 
formando placas localizadas em borda de 
língua bilateralmente.
❖ DIAGNÓSTICO:
● A presença de lesões com a característica 
descrita ao lado sugere fortemente o 
diagnóstico, confirmado se o paciente tiver 
imunossupressão confirmada.
❖ TRATAMENTO:
● A lesão não precisa de tratamento específico. 
● Em pacientes HIV positivos, o controle da 
AIDS costuma induzir melhora nas lesões.
LESÕES BRANCAS BENIGNAS
INFLAMATÓRIAS:
NEVO BRANCO 
ESPONJOSO
Doença genética rara que se manifesta na 
boca, sendo transmitida como um traço 
autossômico dominante.
Placas simétricas, difusas, espessas, 
corrugadas assintomáticas que se 
apresentam bilateralmente na mucosa jugal 
e que não saem à raspagem.
Anamnese e exame físico. As lesões estão 
presentes desde o nascimento ou surgem 
até a adolescência. Mais membros da 
família costumam estar afetados.
Não há necessidade de tratamento.
LESÕES BRANCAS POTENCIALMENTE MALIGNAS
QUEILITE ACTÍNICA❖ INTRODUÇÃO:● Alteração produzida pela exposição crônica à 
radiação ultravioleta (radiação solar). 
● Potencialmente maligna, ou seja, com chance 
de transformar em carcinoma espinocelular.
❖ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
● Perda de nitidez no limite entre pele e 
vermelhão do lábio. 
● Placas, áreas descamativas, crostas, áreas 
erosivas indica casos mais graves, em que a 
biópsia parcial pode ser indicada para permitir 
a avaliação microscópica. 
❖ DIAGNÓSTICO:
● Se baseia no aspecto clínico das lesões. 
● A presença de úlceras pode indicar 
malignização.
● Biópsia incisional.
❖ TRATAMENTO:
● Nos casos de queilite actínica leve (sem 
placas, áreas erosivas ou de úlceras), os 
pacientes devem ser orientados a usar 
protetor labial com FPS 30 diariamente para 
se proteger dos efeitos da radiação 
ultravioleta e usar chapéu de aba larga 
● (especialmente os pacientes 
que tem ocupação em ambiente 
externo ou que se expõe ao sol 
diariamente). 
● Em casos de queilite actínica 
mais grave, além do protetor e 
chapéu, o uso de dexpantenol 
(bepantol creme, 1 vez/dia, à 
noite) é indicado para recuperar 
a hidratação do lábio a partir da 
remoção das áreas 
descamativas. 
● Caso não haja reversão, áreas 
de placas, erosões ou úlceras 
devem ser biopsiadas, pois 
podem representar um 
carcinoma espinocelular inicial. 
● O paciente com queilite deve 
realizar revisões periódicas para 
avaliar se está havendo 
progressão/agravamento.
LESÕES BRANCAS POTENCIALMENTE MALIGNAS
LEUCOPLASIA
❖ INTRODUÇÃO:
● Maior parte dos casos associado ao fumo.
❖ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
● Lesão branca, não removível à raspagem que 
não pode ser caracterizada clínica ou 
patologicamente como outra doença. 
● Manchas e/ou placas de coloração branca, 
únicas ou múltiplas, assintomáticas.
● Mais comuns em mucosa jugal, gengiva e 
vermelhão do lábio. 
● Lesões em língua e assoalho bucal e de 
distribuição múltipla costumam ter 
comportamento mais agressivo. 
❖ DIAGNÓSTICO:
● Clínico e de exclusão, ou seja, devemos 
descartar as outras hipóteses. 
● Realizar biópsia parcial para avaliar 
microscopicamente a lesão para observar se 
há displasia epitelial ou se já se trata de 
carcinoma espinocelular em estágio inicial. 
● TRATAMENTO:
● Se a biópsia parcial indicar presença de 
displasia epitelial, o ideal é remover toda a 
lesão. 
● Casos com alterações mais 
brandas (hiperceratose, 
hiperplasia e acantose) 
podem acompanhados. 
● Controle clínico periódico 
devido ao risco de 
transformação maligna - 
intervalos entre as consultas 
variam de 3 meses (casos 
com displasia) e 6 meses 
(sem displasia). 
● Suspender a exposição aos 
fatores de risco (fumo e 
álcool). Mudanças no 
tamanho, no aspecto 
superficial e na cor das 
lesões sugerem agravamento 
e/ou transformação maligna, 
indicando necessidade de 
nova biópsia.
LESÕES BRANCAS POTENCIALMENTE MALIGNAS
LÍQUEN PLANO 
❖ INTRODUÇÃO:
● Doença mucocutânea crônica imunologicamente 
mediada por linfócitos T. 
● Pode acometer pele e mucosa bucal 
concomitantemente.● Causa desconhecida. 
● O tipo de líquen plano que se manifesta como 
lesão branca é denominado de reticular.
❖ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
● Numerosas estrias ou placas brancas.
● Assintomáticas.
● Frequente em mulheres de meia idade. 
● Mucosa jugal e lingual bilateral são os sítios 
mais afetados. 
● Apresenta curso crônico com períodos de 
remissão e exacerbação, quando podem 
aparecer áreas erosivas ou ulceradas e dor.
❖ DIAGNÓSTICO:
● Base no aspecto clínico das estrias e pelos 
exames histopatológico. 
● Alguns casos exigem uso do exame 
imunofluorescência direta. 
❖ TRATAMENTO:
● O líquen plano 
reticular é 
assintomático na 
maior parte dos 
casos, não havendo 
necessidade de 
tratamento. 
● Os casos de líquen 
atrófico/erosivo, 
usualmente associada 
a dor ou ardência, são 
situações onde o 
tratamento com 
corticosteróides 
tópicos está indicado. 
● Deve-se reavaliar o 
paciente a cada 6 
meses.
LESÕES BRANCAS MALIGNAS
CARCINOMA ESPINOCELULAR
❖ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
● Maioria lábio inferior.
● Índice baixo de metástases.
● Boa possibilidade de cura.
● A úlcera que se forma, a área branca que se 
intensifica ou, ainda, as tênues crostas que se 
destacam são um alerta. 
● A crosta que se sobrepõe à úlcera no caso do 
carcinoma é encontrada tanto no lábio superior 
como no inferior. 
● Além do diagnóstico precoce, a região também 
favorece o tratamento, que tem melhores 
resultados.
LESÕES PIGMENTADAS
Pigmentação fisiológica (racial)
❏ Comum em pacientes de pele escura 
(populações de origem africana, 
asiática e mediterrânea).
❏ Se deve à maior atividade dos 
melanócitos e não ao aumento do seu 
número. 
❏ Se desenvolve nas duas primeiras 
décadas de vida e pode passar 
despercebida pelo paciente.
❏ Coloração é castanha com 
intensidade variável. 
❏ Gengiva marginal é o sítio intrabucal 
mais afetado, sendo a pigmentação 
bilateral, bem demarcada, com 
aspecto de banda castanho escura 
que geralmente poupa a gengiva 
marginal. 
❏ Pigmentação da mucosa jugal, palato 
duro, lábios e língua também pode ser 
vista, apresentando-se como manchas 
com bordas menos definidas. 
❏ É assintomática e nenhum tratamento 
é necessário.
LESÕES PIGMENTADAS
Síndrome de Peutz-Jeghers
❏ Desordem genética rara associada com a 
mutação do gene LKB1, localizado no 
cromossomo 19. 
❏ Se caracteriza pela presença de manchas 
mucocutâneas, pólipos hamartomatosos 
intestinais e um risco aumentado de 
câncer em vários órgãos, incluindo 
intestinos, estômago, pâncreas, mama e 
trato genital. 
❏ As lesões pigmentadas são pontos 
pequenos e múltiplos em torno dos lábios. 
❏ Lesões com o mesmo padrão aparecem 
na mucosa bucal, mucosa nasal, 
conjuntiva e reto, bem como na pele das 
extremidades. 
❏ Indicada a avaliação do paciente por um 
médico gastroenterologista para confirmar 
o diagnóstico, fazer eventuais 
intervenções e monitorar o paciente em 
função do risco para desenvolver lesões 
malignas.
LESÕES PIGMENTADAS
Doença de Addison
❏ Também chamada de 
hipoadrenalismo primário 
(hipoplasia da adrenal). 
❏ Deve se a destruição bilateral 
progressiva e auto-imune do córtex da 
adrenal por doença autoimune, 
infecção ou por doença maligna. 
❏ A falta de hormônios adrenocorticais 
no sangue estimula a produção de 
hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) 
pela glândula ptuitária anterior.
❏ O aumento do ACTH induz o 
hormônio estimulante de melanócitos, 
resultando em pigmentação difusa na 
pele e na mucosa bucal. 
❏ Manchas marrons difusas na gengiva, 
mucosa bucal, palato e língua, as 
quais podem lembrar pigmentações 
fisiológicas. 
❏ As pigmentações da mucosa bucal se 
desenvolvem e progridem durante a 
vida adulta e usualmente são 
acompanhadas de manifestações 
sistêmicas como fraqueza, náusea, 
❏ vômitos, dor abdominal, 
constipação ou diarreia, 
perda de peso e 
hipotensão. 
❏ Pacientes devem ser 
encaminhados para 
avaliação médica, a partir 
da qual serão solicitados 
exames de laboratório para 
níveis de ACTH, cortisol 
plasmático e eletrólitos.
❏ Esta doença pode ser fatal 
se não tratada. 
❏ O manejo envolve 
tratamento da causa do 
hipoadrenalismo e terapia 
de reposição com 
corticosteróides.
LESÕES PIGMENTADAS
Sarcoma de Kaposi
❏ É uma lesão maligna vascular multifocal vista 
predominantemente em indivíduos 
HIV-positivos.
❏ Seu aparecimento indica progressão da AIDS. 
❏ O herpes vírus humano HHV8 (também 
chamado herpes vírus associado ao Sarcoma 
de Kaposi) tem sido implicado como a causa 
das lesões. 
❏ Afeta comumente palato duro, gengiva e 
língua. 
❏ Lesões iniciais são planas ou levemente 
elevadas (placas), de cor castanha ou roxa 
frequentemente bilaterais. 
❏ Lesões avançadas aparecem como placas ou 
nódulos vermelho escuros ou arroxeados, que 
podem exibir ulceração, sangramento e 
necrose.
❏ Diagnóstico definitivo requer biópsia, que 
permite a visualização de uma proliferação de 
células fusiformes circundando espaços 
vasculares mal organizados, além de 
numeroso extravasamento de hemácias no 
exame histopatológico.
LESÕES PIGMENTADAS
Pigmentação por metais pesados
❏ Deve se aos níveis aumentados de 
metais pesados na circulação 
sanguínea (chumbo, bismuto, mercúrio, 
prata, arsênio e ouro). 
❏ A causa mais comum para o aumento 
dos níveis sanguíneos destes metais é 
a exposição ocupacional a seus 
vapores. 
❏ Em crianças, fontes de exposição 
possíveis incluem água ou tinta 
contaminadas com chumbo, ou drogas 
contendo chumbo ou prata. 
❏ Raramente observado em boca e 
aparece como uma linha azulada ou 
preta ao longo da margem gengival, 
parecendo ser proporcional ao grau de 
inflamação gengival associada ao 
acúmulo de placa. 
❏ Outros sítios bucais também podem 
ser envolvidos. 
❏ Reconhecer e tratar a sua origem e 
evitar efeitos tóxicos sistêmicos 
severos.
LESÕES PIGMENTADAS
Pigmentação induzida por 
drogas
❏ Diversos medicamentos podem causar 
pigmentação em mucosa bucal.
❏ Pode envolver acúmulo de melanina, 
depósito da droga ou de um dos seus 
metabólitos, síntese de pigmentos sob 
influência de drogas ou deposição de 
ferro após dano dos vasos. 
❏ Cloroquina e outros derivados da 
quinina - as alterações de cor variam 
de azul a cinza ou de azul a preta e, na 
maioria dos casos, apenas o palato 
duro está envolvido. Estes 
medicamentos são utilizados no 
tratamento da malária, arritmia 
cardíaca e em uma variedade de 
doenças imunológicas, incluindo lúpus 
eritematoso discóide, lúpus eritematoso 
sistêmico e artrite reumatoide. 
❏ Minociclina é uma tetraciclina sintética 
no tratamento de acne refratária de 
longo prazo - pode causar 
pigmentação no osso alveolar, 
❏ podendo ser vista como 
mancha acinzentada por 
toda a mucosa que recobre 
as gengivas, 
particularmente na maxila 
anterior; pigmentação na 
língua e, eventualmente, na 
esclerótica (membrana 
fibrosa externa do globo 
ocular) e nas unhas.
❏ Não requer nenhum tipo de 
tratamento e costuma ser 
reversível após suspensão 
do uso da droga.
LESÕES PIGMENTADAS
Pigmentação pós inflamatória
❏ Doenças inflamatórias de mucosa de 
longa duração, particularmente o líquen 
plano, podem causar pigmentação de 
mucosa. 
❏ Mais frequente em indivíduos de pele 
escura. 
❏ Áreas múltiplas de pigmentação, de 
coloração castanha a preta, que são 
notadas junto a lesões reticulares ou 
erosivas de líquen plano. 
❏ A patogênese da pigmentação 
pós-inflamatória permanece incerta. 
Histologicamente, há aumento da 
produção de melanina pelos 
melanócitos e acúmulo nos macrófagos 
presentes na lâmina própria. 
❏ Não é necessário nenhum tipo de 
tratamento.
LESÕES PIGMENTADAS
Melanose do fumante
❏ O hábito de fumar causa 
pigmentação em pacientes de pele 
clara e acentua a pigmentação 
castanha (melanose) em pacientes 
de pele escura. 
❏ Aumento da produção de melanina, 
que confere defesa biológica contra 
agentes nocivos presentes no 
tabaco. 
❏ Observada em 21,5% dos fumantes. 
❏ A intensidade da pigmentação é 
relacionada a duraçãoe a 
quantidade de cigarros consumidos. 
❏ Mulheres são mais comumente 
afetadas do que homens, o que 
sugere provável efeito sinérgico entre 
fumo e hormônios sexuais. As lesões 
variam de cor marrom a preta e, na 
maioria dos casos, envolvem a 
porção anterior da gengiva labial 
seguida da mucosa jugal. 
❏ Usualmente desaparece 
dentro de 3 anos após 
cessação do fumo. 
❏ A biópsia deve ser realizada 
caso haja superfície elevada, 
aumento da intensidade do 
pigmento ou se a pigmentação 
surge em um sítio inesperado.
LESÕES PIGMENTADAS
Hemangioma e malformação 
vascular
❏ Hemangioma - é uma proliferação 
benigna de células endoteliais que 
contornam canais vasculares. 
❏ Hemangioma tende a regredir com o 
avanço da idade, mas a malformação 
vascular persiste por toda a vida. 
❏ Lesão pode ser plana ou levemente 
elevada e varia de cor de vermelho a 
arroxeada, dependendo do tipo de 
vaso envolvido (capilares, veias ou 
artérias) e a profundidade da lesão 
nos tecidos. 
❏ Diascopia ou vitropressão deixa a 
lesão mais pálida - diascopia 
positiva (empalidecimento) 
geralmente indica que o sangue está 
dentro de espaços vasculares e que 
o mesmo está sendo deslocado da 
lesão pela pressão. 
❏ Alguns regridem espontaneamente a 
medida em que a criança cresce. 
❏ Dos casos em que não se observa 
regressão, a maior parte é 
assintomática e permanece estável 
ao longo da vida. 
❏ Tratamento pode ser empregado 
quando o paciente apresenta dor, 
refere hemorragias recorrentes ou 
queixa estética - oleato de 
monoetanolamina a 5% (Ethamolin), 
sendo recomendada a injeção de 
volume semelhante ao da lesão em 
cada sessão. Após cada sessão, 
aguarda-se 14 dias para que o 
efeito máximo seja alcançado. 
❏ Após este período, uma nova 
aplicação pode ser realizada caso 
haja necessidade.
❏ Malformação vascular - é uma 
anomalia estrutural dos vasos 
sanguíneos sem proliferação 
celular. 
❏ As duas lesões são anormalidades 
de desenvolvimento que surgem na 
infância. 
LESÕES PIGMENTADAS
Varizes 
❏ São veias anormalmente dilatadas.
❏ Vistas principalmente em pacientes com 
mais do que 60 anos. O sítio intraoral mais 
comum é o ventre da língua.
❏ Múltiplas elevações de consistência mole, 
coloração azulada ou arroxeada, que 
perdem a coloração quando exercida a 
pressão. 
❏ Se a variz contém trombo, se apresenta 
como um nódulo de consistência firme, 
azulada/arroxeado que não muda de cor à 
pressão. 
❏ Trombos são mais comuns no lábio inferior 
e na mucosa jugal. Como se trata de uma 
variação do padrão de normalidade 
relacionada ao envelhecimento, nenhum 
tratamento é necessário.
LESÕES PIGMENTADAS
Tatuagem por amálgama e 
pigmentações por outros corpos 
estranhos
❏ Se apresenta como uma lesão plana 
(mancha) azulada ou acinzentada de 
dimensões variáveis. 
❏ A gengiva e a mucosa alveolar são os 
sítios mais comuns, mas estas lesões 
também podem envolver o assoalho de 
boca e a mucosa jugal. 
❏ Nenhum sinal de inflamação está 
presente na periferia da lesão e o 
resultado da diascopia deve ser 
negativo. 
❏ Podem ser observadas como grânulos 
radiopacos em radiografia intrabucais. 
❏ Caso haja dúvida, uma biópsia pode 
ser realizada e a avaliação 
microscópica vai permitir a 
identificação de partículas de 
amálgama no tecido conjuntivo. 
❏ Outro tipo de pigmentação por corpo 
estranho a se considerar é o grafite, 
que pode ser introduzido na mucosa a 
partir de um acidente envolvendo um 
lápis. 
❏ Mais frequentemente na 
mucosa palatina de 
crianças, aparecendo 
como uma mancha 
irregular com cor que 
varia de cinza a preta. 
❏ A história de acidente 
traumático envolvendo 
injúria na região confirma 
o diagnóstico. 
❏ Caso contrário, uma 
biópsia deve ser 
realizada para excluir a 
possibilidade de 
melanoma.
LESÕES PIGMENTADAS
Mácula melanótica/Mácula 
melanocítica
❏ Lesão pigmentada benigna.
❏ Comum no lábio inferior, e que pode 
ser vista em sítios intrabucais como 
gengiva, mucosa jugal e palato. 
❏ São lesões causadas pelo aumento 
da produção de melanina sem 
aumento do número de melanócitos. 
❏ Usualmente menores do que 1 cm em 
diâmetro e mostram limites bem 
definidos. Frequentemente são lesões 
únicas, mas lesões múltiplas também 
podem ser vistas. A sua coloração 
varia de marrom claro a marrom 
escuro, sendo homogênea em toda a 
lesão. 
❏ Mais comuns em mulheres e adultos 
jovens. Seu comportamento é benigno 
e não apresenta risco de 
transformação em melanoma. 
❏ Biópsia usualmente é realizada para 
estabelecer o diagnóstico e descartar 
melanoma, especialmente em casos 
envolvendo palato, onde o melanoma 
é mais frequente. 
❏ Nenhum tratamento é 
necessário após o 
estabelecimento do 
diagnóstico.
LESÕES PIGMENTADAS
Nevus pigmentado
❏ São causas raras de pigmentação focal e 
representam tumores benignos das 
células produtoras de melanina 
(melanócitos/células névicas). 
❏ Se apresentam tanto com coloração 
marrom quanto com coloração azul. 
❏ Histologicamente, se caracterizam pela 
presença de um acúmulo de células 
névicas (melanócitos) na camada basal 
do epitélio, no tecido conjuntivo ou em 
ambos. 
❏ Com base na localização das células, as 
lesões são classificadas como: 
1. Nevus juncional são lesões planas de 
coloração marrom escuro, pois as células 
névicas proliferam na ponta das cristas 
epiteliais. 
2. Nevus intramucoso e 
3. Nevus composto.
❏ Há uma variante do nevus pigmentado 
chamada de nevus azul, que 
caracterizase pela proliferação de 
melanócitos fusiformes nas camadas 
profundas do epitélio, o que justifica a 
coloração azulada da lesão. 
❏ Idade média dos 
pacientes no momento 
da remoção das lesões 
é 35 anos. 
❏ Pode ser difícil 
diferenciar clinicamente 
entre nevus e um 
melanoma em fase 
inicial, especialmente 
no palato, sítio mais 
comum para ambas. 
Recomenda-se que 
estas lesões sejam 
removidas 
cirurgicamente e 
enviadas para exame 
histopatológico.
LESÕES PIGMENTADAS
Melanoma
❏ O melanoma é raro, somando menos do que 
1% de todas as malignidades bucais. 
❏ Caracterizado pela proliferação de 
melanócitos malignos ao longo da junção 
epitélio-conjuntivo, bem como no interior do 
tecido conjuntivo. 
❏ Localização mais comum é o palato, seguido 
pela gengiva. Contudo, outras regiões da 
boca também podem ser afetadas.
❏ Geralmente encontrado entre a 4ª e 7ª 
décadas de vida.
❏ Incidência maior em homens do que em 
mulheres. Clinicamente, pode se apresentar 
como: 
(1) uma mancha marrom ou preta 
assimétrica, de crescimento lento e com 
bordas irregulares; 
(2) massa/nódulo de crescimento rápido com 
ulceração, sangramento, dor e destruição 
óssea;
(3) alguns melanomas não produzem 
pigmento, levando a uma maior dificuldade 
no estabelecimento do diagnóstico 
(melanoma amelanótico). 
❏ Frequentemente fatal. 
❏ O tratamento recomendado envolve cirurgia radical com margens 
de segurança. 
❏ A quimioterapia e a radioterapia são ineficazes contra este tipo de 
tumor, o que dificulta ainda mais o manejo desta doença. 
❏ O prognóstico para é muito pior e a taxa de sobrevida em 5 anos é 
15%. 
❏ A melhor forma de melhorar o prognóstico é a detecção precoce.
Os 
melanomas 
em boca 
tendem a ser 
mais 
agressivos 
dos que 
acometem a 
pele. 
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA REACIONAL 
MUCOCELE
★ INTRODUÇÃO:
➔ Lesão extremamente comum.
➔ Causada pela ruptura de um ducto de uma 
glândula salivar, levando ao acúmulo de 
mucina/muco no interior dos tecidos moles. 
➔ Gera uma resposta inflamatória nos tecidos 
adjacentes.
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ Consistência pode ser mais firme, sugerindo 
uma lesão sólida; OU flutuante, natureza 
bolhosa da lesão e o diagnóstico se torna 
mais fácil. 
➔ Mais frequente em pacientes jovens, mas 
não é exclusiva desta faixa etária. 
Tumefação com tamanho que varia de 
poucos milímetros a vários centímetros.
➔ Coloração depende da profundidade da 
lesão, sendo as mais superficiais 
translúcidas/azuladas e as mais profundas 
de coloração semelhanteà observada na 
mucosa normal adjacente. 
➔ A localização preferencial é o lábio inferior, 
mas podemos ver lesões em mucosa jugal, 
ventre de língua e palato mole. 
➔ É recorrente.
★ DIAGNÓSTICO/ 
TRATAMENTO: 
➔ A conduta é a biópsia 
excisional (total) seguida 
de exame histopatológico, 
exames complementares 
que possibilitarão alcançar 
o diagnóstico definitivo. 
➔ Tendo como hipótese 
mucocele, recomenda-se, 
na biópsia excisional, a 
remoção das glândulas 
salivares menores 
localizadas em torno da 
lesão, minimizando o risco 
de recorrências.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA REACIONAL 
RÂNULA
★ INTRODUÇÃO:
➔ Mucocele localizada em assoalho bucal. 
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ Extravasamento de muco tem origem na 
glândula sublingual, no ducto da glândula 
sublingual ou em glândulas salivares 
menores presentes no assoalho de boca. 
➔ Tumefação azulada, flutuante, que 
usualmente tende a atingir vários 
centímetros, podendo causar a elevação 
da língua. 
★ TRATAMENTO:
➔ O tratamento consiste na remoção ou 
marsupialização da glândula sublingual. 
➔ Outras lesões devem ser consideradas 
como diagnósticos diferenciais nesta 
região anatômica, especialmente cisto 
dermóide e cisto epidérmico.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA REACIONAL 
HIPERPLASIA INFLAMATÓRIA
★ INTRODUÇÃO:
➔ Lesão reacional causada por um 
trauma de baixa intensidade. 
➔ Próteses desadaptadas, próteses 
com câmara de sucção, dentes 
fraturados e hábitos nocivos 
(trauma crônico/de repetição). 
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ Apresenta crescimento lento, a 
localização é variável e depende 
diretamente do trauma. 
➔ Pode apresentar superfície tanto 
lisa quanto irregular/lobulada. 
➔ O tamanho é variável e pode ir de 
poucos milímetros até vários 
centímetros. 
★ DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO
➔ A conduta é a remoção total do 
tecido hiperplásico, que deve ser 
encaminhado à análise 
histológica para confirmar o 
diagnóstico, e remoção do fator 
irritante que gerou a lesão, a fim 
de evitar recorrência.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA REACIONAL 
FIBROMA OSSIFICANTE 
PERIFÉRICO
★ INTRODUÇÃO:
➔ Representa um crescimento de 
tecido mole com focos de tecido 
mineralizado no interior. 
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ Coloração semelhante a da 
mucosa normal adjacente ou 
pálida (mais esbranquiçada). 
➔ A superfície se apresenta lisa ou 
lobulada e a lesão pode ser tanto 
séssil quanto pediculada. 
➔ A consistência pode variar de 
acordo com a proporção de 
material calcificado no interior da 
lesão. 
➔ Alguns casos é possível perceber 
o endurecimento à palpação. 
➔ A radiografia periapical pode 
sugerir a presença de material 
calcificado no interior. 
➔ Crescimento da lesão é lento e 
pode causar deslocamento dos 
dentes próximos.
★ DIAGNÓSTICO/ 
TRATAMENTO:
➔ Biópsia excisional 
seguida de exame 
histopatológico.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA REACIONAL 
GRANULOMA PIOGÊNICO
★ INTRODUÇÃO:
➔ Representa um crescimento de 
tecido mole ricamente vascularizado. 
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ A lesão apresenta coloração 
avermelhada, sendo a sua superfície 
friável e, em muitos casos, ulcerada. 
➔ Lesões mais antigas podem 
apresentar um grau de fibrose maior 
e assim perder a sua coloração 
vermelha intensa. 
➔ Base da lesão pode ser tanto séssil 
quanto pediculada. 
➔ Na radiografia periapical usualmente 
não observam-se alterações e não 
há o deslocamento dos dentes. 
➔ Mais comum em gengiva, mas pode 
ocorrer em outras localizações como 
mucosa labial, jugal e língua.
★ DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO:
➔ Biópsia excisional seguida de exame 
histopatológico.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA REACIONAL 
LESÃO DE CÉLULAS GIGANTES
★ INTRODUÇÃO:
➔ É idêntica à lesão central de 
células gigantes do ponto de vista 
microscópico. 
➔ É importante definir através da 
avaliação clínica (exames clínico 
e radiográfico) se a lesão tem 
origem intra-óssea ou se cresceu 
a partir dos tecidos moles. 
➔ O diagnóstico diferencial para o 
granuloma piogênico é 
extremamente difícil apenas com 
base nos achados clínicos.
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ Lesão restrita à gengiva ou 
rebordo alveolar. 
➔ Radiograficamente, pode haver 
uma erosão do tecido ósseo, 
causada pelo crescimento da 
lesão. 
➔ A coloração varia do vermelho ao 
vermelho azulado. 
➔ A base pode ser séssil ou 
pediculada. 
➔ A superfície pode ser lisa, 
lobulada e até mesmo 
ulcerada, geralmente em 
decorrência de algum 
trauma. 
★ TRATAMENTO:
➔ Biópsia excisional seguida de 
exame histopatológico
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA TUMORAL
FIBROMA
★ INTRODUÇÃO:
➔ Representa o tumor de tecido mole que tem 
origem nos fibroblastos. 
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ Maior frequência na mucosa jugal, mas pode 
se desenvolver em qualquer localização da 
boca. Nódulo liso, bem delimitado, de 
coloração semelhante a da mucosa 
adjacente, base séssil ou pediculada. 
➔ Em alguns casos, a lesão pode apresentar 
coloração mais branca, decorrente de trauma 
crônico na superfície da lesão. 
➔ Pacientes negros podem apresentar fibromas 
com a superfície pigmentada, decorrente da 
pigmentação racial (melanose). 
➔ Usualmente as lesões não excedem 1,5 cm. 
★ DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO:
➔ Biópsia excisional seguida de exame 
histopatológico.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA TUMORAL
LIPOMA
★ INTRODUÇÃO:
➔ Representa o tumor de tecido mole que 
tem origem nos adipócitos (células de 
gordura).
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ Nódulo séssil ou pediculado, bem 
delimitado, de superfície lisa, mais 
comum na mucosa jugal e vestíbulo. 
➔ Lesões mais superficiais são 
amareladas, mas os tumores 
localizados profundamente podem 
apresentar coloração idêntica à da 
mucosa normal. 
➔ A maioria das lesões apresentam 
menos de 3 cm de diâmetro, mas 
algumas podem ser maiores. 
➔ Lesões observadas em assoalho bucal, 
por exemplo, podem dificultar o 
fechamento da boca. 
➔ Boia quando colocada no frasco com 
formol. 
★ DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO:
➔ Biópsia excisional seguida de exame 
histopatológico.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA TUMORAL
HEMANGIOMA
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ Pode apresentar limites mal definidos.
➔ Apresentam coloração arroxeada em 
decorrência da extensa vascularização na 
área. 
➔ Superfície é irregular.
★ DIAGNÓSTICO:
➔ Manobra é a diascopia/vitropressão, na 
qual realizamos uma pressão sobre a lesão 
com uma lâmina de vidro - a pressão irá 
causar a diminuição do aporte sanguíneo e 
como consequência a lesão fica 
esbranquiçada. 
➔ Não é recomendado que seja feita a 
biópsia ou remoção cirúrgica, uma vez 
que não sabemos a extensão da lesão, 
se a incisão for feita sobre a lesão, 
haverá hemorragia intensa. 
★ TRATAMENTO:
➔ Escleroterapia - injeção de agentes 
esclerosantes como o oleato de 
monoetanolamina (Ethamolin®) ou a 
solução hipertônica de glicose (50% ou 
75%). 
➔ A esclerose é feita 
gradualmente ao longo de 
sessões espaçadas, e leva à 
regressão e, em alguns casos, 
até a remissão completa da 
lesão. 
➔ O intervalo entre as sessões é 
14 dias, a fim de aguardar 
pelo efeito máximo de cada 
aplicação. 
➔ Em outras situações, a 
decisão pode ser pelo 
acompanhamento, sem 
nenhum tipo de intervenção, 
especialmente se não há 
queixa de hemorragia 
frequente ou queixa estética.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA TUMORAL
LINFANGIOMA
★ INTRODUÇÃO:
➔ Possui características clínicas peculiares e, em 
muitos casos, é possível realizar o diagnóstico 
somente pelo exame clínico. 
➔ Aproximadamente 50% dos linfangiomas já estão 
presentes no momento do nascimento e o 
restante se desenvolve nos primeiros anos de 
vida. 
★ CARACTERÍSTICAS:
➔ Qualquer local da mucosa pode ser afetado. 
Vistas com mais frequência nos dois terços 
anteriores da língua, podendo causar 
macroglossia. 
➔ É mal delimitada e superficial, com superfície 
pedregosa lembrando “vesículas” transparentes 
agrupadas, podendo mostrar coloração 
semelhante à da mucosa normal ou arroxeada. 
★ DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO:
➔ Noscasos em que não for possível fechar o 
diagnóstico clinicamente, uma biópsia incisional 
poderá ser necessária para que o diagnóstico seja 
estabelecido. 
➔ Podem ser extensas, impedindo a remoção 
cirúrgica completa.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA TUMORAL
PAPILOMA
★ INTRODUÇÃO:
➔ Representa o tumor benigno com origem 
nas células do epitélio de revestimento da 
mucosa. 
➔ Seu desenvolvimento está diretamente 
ligado com a infecção pelo papiloma vírus 
humano (HPV). 
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ Nódulo exofítico, séssil ou pediculado, com 
projeções superficiais que podem ser 
pontudas ou rombas.
➔ Pode variar de branca a semelhante à da 
mucosa. 
➔ Costuma ser uma lesão pequena (em torno 
de 5 mm) e solitária.
➔ Muito semelhante ao condiloma acuminado, 
lesão menos comum mas também 
associada ao HPV. 
★ DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO:
Biópsia excisional seguida de exame 
histopatológico para confirmar o diagnóstico. 
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA TUMORAL
TUMOR BENIGNO DE GLÂNDULA 
SALIVAR
★ INTRODUÇÃO:
➔ Lesões proliferativas em boca podem 
representar tumores de glândula 
salivar benignos ou malignos.
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ Localizações mais frequentes são o 
palato e a mucosa labial superior, mas 
qualquer local com presença de 
glândulas salivares menores pode ser 
acometido. 
➔ Adenoma pleomórfico a principal 
delas. 
➔ Apresenta crescimento lento, 
expansivo e a mucosa que recobre a 
lesão não apresenta alterações.
★ DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO:
➔ Biópsia incisional seguida de exame 
histopatológico.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA MALIGNA
CARCINOMA 
ESPINOCELULAR
★ INTRODUÇÃO:
➔ É a neoplasia maligna mais comum da cavidade 
bucal. 
➔ A manifestação clínica mais comum desta neoplasia 
é uma úlcera em cavidade bucal, podendo também 
ter a manifestação clínica de um nódulo. 
➔ Essa hipótese deve ser considerada em pacientes 
que estão expostos aos fatores de risco (fumo e 
álcool para o câncer intra-bucal e exposição a raios 
UV para o câncer de lábio). 
★ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
➔ O nódulo exofítico pode ter superfície fungiforme, 
papilar ou verrucosa, e a sua coloração pode variar 
entre semelhante à mucosa, avermelhada 
(associada a erosão) ou ainda esbranquiçada. Uma 
característica importante é que a massa se 
apresenta firme a palpação, em decorrência da 
infiltração das células malignas. 
➔ Histórico de crescimento rápido também aumenta a 
suspeita de uma neoplasia maligna. 
★ DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO:
➔ Biópsia incisional seguida de exame 
histopatológico. 
➔ Caso confirmado o 
diagnóstico, o 
paciente deve ser 
encaminhado para o 
cirurgião de cabeça 
e pescoço.
LESÕES PROLIFERATIVAS DE NATUREZA MALIGNA
TUMOR MALIGNO DE GLÂNDULA 
SALIVAR
➔ Entre os tumores malignos os mais 
comuns podemos citar o carcinoma 
adenóide cístico e o carcinoma 
mucoepidermóide. 
➔ Ambos podem se apresentar 
clinicamente como lesões 
proliferativas, ou seja, lesões 
nodulares. 
➔ Quando o aumento de volume 
apresenta coloração mais azulada, 
podemos suspeitar que a lesão 
produz muco, e que favorece a 
hipótese de carcinoma 
mucoepidermóide. 
LESÕES VESICOBOLHOSAS
Mucocele
★ Lesão muito comum principalmente em 
crianças. 
★ Surge a partir do rompimento do ducto excretor 
de uma glândula salivar menor, seguido pelo 
derramamento de mucina que fica acumulada 
no interior do tecido conjuntivo. 
★ Principal fator etiológico é o trauma local que 
pode ser referido pelo paciente ou 
responsáveis. 
★ Observa-se aumento de volume de coloração 
azulada ou translúcida, assintomática, que 
ocorre com maior frequência na mucosa labial 
inferior, pode ocorrer no palato e no ventre de 
língua. 
★ O aspecto clínico associado à história de 
remissão e recorrência, aliado ao exame 
histopatológico, confirma o diagnóstico 
definitivo. 
★ O tratamento consiste na remoção da lesão e 
das glândulas salivares menores 
circunvizinhas, que provavelmente foram as 
responsáveis pelo surgimento de lesão.
LESÕES VESICOBOLHOSAS
Rânula
★ Representa um fenômeno de 
extravasamento de muco. 
★ Ocorre na região de assoalho de boca 
devido à ruptura de um ducto da glândula 
sublingual (glândula salivar maior).
★ Fator etiológico é o trauma local, que pode 
ser referido ou não ter sido percebido pelo 
paciente. Observa-se aumento de volume 
em assoalho de boca de coloração azulada 
ou translúcida, geralmente assintomático. 
★ Lesões mais profundas podem ter uma 
coloração semelhante a da mucosa 
adjacente.
★ Lesões extensas podem elevar a língua.
★ O diagnóstico é baseado nos aspectos 
clínicos da lesão.
★ O tratamento é variado: Uma opção é a 
remoção da lesão juntamente com a 
glândula. Outra alternativa é criar, 
cirurgicamente, uma nova via de drenagem 
para a saliva chegar na cavidade bucal, 
procedimento chamado marsupialização.
★ Uma abordagem 
proposta mais 
recentemente é a 
micromarsupialização, a 
partir da qual se passa o 
fio de sutura através da 
lesão para criar uma via 
de drenagem e induzir a 
formação de epitélio em 
torno do fio, como se 
fosse um novo ducto 
excretor.
LESÕES VESICOBOLHOSAS
Herpes Labial Recorrente
★ Doença infecciosa causada pela 
infecção pelo vírus do herpes simples 
tipo I (HSV-1). 
★ A infecção inicial se dá pelo contato 
com lesões peribucais ativas. 
★ Cerca de 45% das pessoas infectadas 
desenvolve a reativação do vírus, 
desencadeada por fatores como 
estímulos locais, exposição solar, 
imunossupressão, estresse, e 
alterações hormonais. 
★ Essa reativação é o herpes labial 
recorrente, que se caracteriza por 
lesões que afetam a região de transição 
entre pele e vermelhão de lábio. 
★ Os pacientes podem apresentar sinais 
e sintomas prodrômicos, que precedem 
a manifestação clínica em um período 
de 4 a 6 horas, tais como: prurido, 
ardência, dor e eritema na região. 
★ Clinicamente, as lesões se iniciam 
como múltiplas vesículas, que se 
rompem no intervalo de 24 a 48 horas, 
★ formando úlceras, que 
ressecam e tornam-se 
crostas que, em um 
período de 7 a 10 dias, 
involuem sem deixar 
nenhuma cicatriz.
★ O diagnóstico é clínico 
baseado na história de 
recorrência e nas 
características descritas.
★ O tratamento envolve o 
uso de antivirais tópicos 
ou sistêmicos. 
★ Enfatizamos que a 
efetividade destas 
terapêuticas é maior 
quando o tratamento se 
inicia no momento dos 
sinais prodrômicos ou 
surgimento das primeiras 
vesículas. 
USO EXTERNO 
(APLICAÇÃO TÓPICA) 
Aciclovir 50mg/g creme 
...1 bisnaga Aplicar uma 
camada sobre a lesão 5 
vezes ao dia. Iniciar antes 
de as vesículas se 
romperem, e repetir o 
procedimento diariamente 
até a cicatrização da 
lesão. USO INTERNO 
(VIA ORAL): Aciclovir 
200mg ...1 cx (25 
comprimidos) Tomar 1 
comprimido de 2 a 5 vezes 
ao dia durante 5 dias. 
Valaciclovir 500mg ...1 cx 
(10 comprimidos Tomar 1 
comprimido via oral a cada 
24h por 5-7 dias).
LESÕES VESICOBOLHOSAS
Pênfigo Vulgar
★ Doença auto-imune mucocutânea crônica 
que se caracteriza pela formação de bolhas 
intra-epiteliais.
★ A etiologia é desconhecida, mas sabe-se 
que há produção de auto-anticorpos (IgG) 
reativos contra proteínas dos desmossomos 
e impedem a adesão entre as células 
epiteliais gerando a bolha intra-epitelial e 
levando o destacamento do epitélio de 
superfície. 
★ Pacientes na quarta e quinta décadas de 
vida. 
★ Formação de bolhas que se rompem 
facilmente, deixando áreas ulceradas e 
dolorosas. 
★ As lesões bucais precedem o surgimento 
das lesões cutâneas em 60% dos casos. 
Uma manobra clínica que pode nos auxiliar 
no diagnóstico de uma lesão como esta é o 
sinal de Nikolsky, que caracteriza-se pela 
tração delicada da mucosa clinicamente não 
afetada. Se, após alguns minutos, houver 
desprendimento da mucosa e produção de 
uma ferida, considera-se o sinal de Nikolsky 
positivo. 
★ Necessidade de descartar outras lesões 
autoimunes, especialmente o penfigóide 
benigno de mucosas. 
★ O diagnóstico final será obtido com a 
somatória das informações do exame 
clínicoinicial e do exame histopatológico 
de uma biópsia parcial/incisional. 
★ Em alguns casos, se faz 
imunofluorescência direta, exame em 
que se pesquisa a presença dos 
auto-anticorpos no material da biópsia. 
★ O tratamento consiste na administração 
de corticóides tópicos e/ou sistêmicos, 
podendo ser associados ao uso de 
imunomoduladores. 
★ O prognóstico para os pacientes com 
pênfigo vulgar é reservado visto que, 
mesmo com a doença controlada, vários 
pacientes têm que manter o uso de 
terapia com corticóide de manutenção e, 
portanto, efeitos adversos a esse 
tratamento podem surgir, dentre eles 
tumores em função da imunossupressão.
LESÕES VESICOBOLHOSAS
Penfigóide Benigno das 
Membranas Mucosas
★ Doença auto-imune, mucocutânea, 
vesicobolhosa que afeta predominantemente 
as mucosas bucais e conjuntivas.
★ A causa é desconhecida, mas sabe-se que a 
doença ocorre devido ao acúmulo de 
auto-anticorpos (imunoglobulinas) ou 
componentes do complemento ao longo da 
membrana basal do epitélio, levando a 
formação de bolhas entre o epitélio e o 
conjuntivo. 
★ Lesões bucais normalmente são crônicas e 
persistentes, e se apresentam como úlceras 
superficiais precedidas por bolhas. 
★ Bolhas raramente são vistas porque são 
frágeis e de curta duração. 
★ O sinal de Nikolsky é positivo. 
★ As lesões podem deixar cicatrizes, 
especialmente as lesões oculares, bastante 
comuns ao longo do curso da doença. 
★ É uma doença de adultos/idosos e mais 
frequente nas mulheres. 
★ Diagnóstico definitivo: biópsia incisional e 
exame histopatológico, muitas vezes sendo 
necessária também a imunofluorescência 
direta. 
Tratamento: 
imunossupressores e 
imunomoduladores 
tópicos e sistêmicos.
Envolvimento 
exclusivo de gengiva, 
situação em que a 
aplicação tópica de 
corticóides pode 
controlar a doença de 
maneira eficaz.
LESÕES VESICOBOLHOSAS
Angina Bolhosa 
Hemorrágica
★ Se caracteriza por bolhas e/ ou 
vesículas contendo sangue. 
★ O paciente pode ou não referir dor. 
★ A etiopatogênese parece ser 
multifatorial, associando se a 
microtraumatismos, suscetibilidade 
individual e uso crônico de 
corticóides inalatórios. 
★ Tendem a ser mais observadas em 
adultos acima da 5ª década de 
vida, e localizam-se principalmente 
em palato mole e mucosa jugal. 
★ As bolhas se rompem 
naturalmente, resultando numa 
ulceração que repara não deixando 
cicatriz.
★ O diagnóstico é clínico, mas, em 
alguns casos de recorrência ou 
mais atípicos, a biópsia pode ser 
realizada. 
★ Não possui tratamento específico e 
o prognóstico é muito bom.
REFERÊNCIAS:

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