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MANUAL DO PARTICIPANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 2 de 103 – 
 
 
Sumário 
1. LEGISLAÇÃO ..................................................................................................................................... 4 
2. IDENTIFICAÇÃO NO TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS .................................. 15 
3. SISTEMAS DE IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................. 39 
3.1. MANUAL DA ABIQUIM .............................................................................................................. 39 
3.2. DIAMANTE DE HOMMEL - NFPA 704 .................................................................................... 43 
4. TOXICOLOGIA E EPI...................................................................................................................... 45 
4.1. TOXICOLOGIA ............................................................................................................................. 45 
4.2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO .......................................................................................... 50 
5. SALVAMENTO NO AEPP .............................................................................................................. 56 
6. DESCONTAMINAÇÃO ................................................................................................................... 61 
6.1. LAYOUT MÍNIMO COM 07 ESTAÇÕES ............................................................................. 61 
6.2. LAYOUT MÍNIMO COM 05 ESTAÇÕES ............................................................................. 67 
7. RESGATE E DESCONTAMINAÇÃO DE VÍTIMAS DE INCIDENTES QUÍMICOS .............. 71 
8. DESCONTAMINAÇÃO EM MASSA ............................................................................................. 79 
9. EMERGÊNCIAS RADIOLÓGICAS ............................................................................................... 87 
 
 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 3 de 103 – 
Lição1 
Produtos Perigosos 
Legislação 
 
 
Objetivos Notas 
 
Ao final desta lição os alunos terão recebido as 
seguintes informações: 
 
1) Conceituar “Meio Ambiente”; 
 
2) Listar os 05 (cinco) modais de transporte; 
 
3) Diferenciar os 02 (dois) tipos de carga; 
 
4) Diferenciar as zonas de trabalho em 
emergências com produtos perigosos e; 
 
5) Descrever a “sequência operacional” para 
atendimento a emergências com produtos 
perigosos. 
 
 
 
 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 4 de 103 – 
1. LEGISLAÇÃO 
 
CONCEITO FUNDAMENTAL 
 
Meio Ambiente: É a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais 
que propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas 
 
Direito Ambiental: Complexo de princípios e normas reguladoras das atividades 
humanas que, direta ou indiretamente, possam afetar a sanidade do ambiente em sua 
dimensão global, visando a sua sustentabilidade para os presentes e futuras gerações 
 
Principal preocupação: Proteção do patrimônio ambiental nacional, que compreende 
o conjunto de bens caracterizados como tal e destinados ao usufruto da comunidade. 
 
MEIO AMBIENTE 
Divide-se em: 
- Artificial: Constituído pelo espaço urbano construído, substanciado no conjunto de 
edificações e dos equipamentos públicos (ruas, praças, áreas verdes, espaços livres). 
- Cultural: Integrado pelo patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico e 
turístico que, embora artificial, em regra, como obra do homem, difere do anterior pelo 
sentido de valor especial que adquiriu. 
- Natural ou Físico: Constituído pelo solo, a água, o ar atmosférico, a flora, a fauna, 
enfim, pela interação dos seres vivos e seu meio, onde se dá a correlação recíproca 
entre as espécies e as relações destas com o ambiente físico que ocupam. 
- Do Trabalho ou Laboral: é o espaço–meio de desenvolvimento da atividade laboral, 
como o local hígido, sem periculosidade, com harmonia para o desenvolvimento da 
produção e respeito da pessoa humana (Este protegido pela Constituição Estadual). 
 
 
 
 
 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 5 de 103 – 
PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL 
Constituem a ideia central de um determinado sistema, é o alicerce do sistema jurídico. 
É aquela disposição fundamental que influência e repercute em todas as demais 
normas do sistema. 
 
OS PRINCÍPIOS SÃO: 
- Princípio da supremacia do interesse público na proteção ao meio ambiente em 
relação aos interesses privados; 
- Princípio da indisponibilidade do interesse público na proteção ao meio ambiente 
- Princípio do meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental da 
pessoa humana; 
- Princípio do desenvolvimento sustentável; 
- Princípio do poluidor-pagador; 
- Princípio do usuário-pagador; 
- Princípio da prevenção; 
- Princípio da precaução; 
- Princípio da consideração da variável ambiental no processo decisório de políticas de 
desenvolvimento. 
 
TIPOS DE RESPONSABILIDADES 
- Civil; 
- Penal; 
- Administrativa. 
 
ATOS NORMATIVOS 
- Constituição; 
- Leis; 
- Decretos; 
- Medidas Provisórias. 
- Resoluções 
 
 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 6 de 103 – 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
O artigo 225 da CF/88 tem como caput o seguinte: 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum 
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras 
gerações. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Código Civil: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo. 
§ único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do 
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
TEORIA DO RISCO INTEGRAL 
Qualquer fato, culposo ou não, que cause um dano, deve impor ao agente, a 
reparação, pois este assumiu os riscos da sua atividade, e o transporte de produtos 
perigosos apresenta muitas variáveis de risco. 
É necessário estabelecer ligação entre a sua ocorrência e a fonte poluidora, onde pelo 
princípio da inaplicabilidade do caso fortuito e da força-maior, não são causas 
exonerativas da responsabilidade do poluidor, e consequentemente a impossibilidade 
deste de invocar a cláusula de não indenizar. 
Ou seja, só haverá exoneração de responsabilidade quando: 
a) o risco não foi criado; 
b) o dano não existiu; 
c) o dano produzido não guarda relação de causalidade com a atividade que em tese, 
produziu o risco. 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 7 de 103 – 
Poluidor é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta 
ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. 
 
As pessoas jurídicas de direito público também podem ser responsabilizadas como 
agentes poluidores ou quando se omitem no dever constitucional de proteger o meio 
ambiente 
 
CLASSIFICA-SE O DANO AMBIENTAL EM: 
 
a) Dano ambiental coletivo, dano ambiental em sentido estrito ou dano ambiental 
propriamente dito: Causado ao meio ambiente globalmente considerado, como 
patrimônio coletivo, atingindo um número indefinido de pessoas. Quando cobrado, cabe 
uma eventual indenização destinada a um Fundo, cujosrecursos serão utilizados na 
reconstituição dos bens lesados. 
b) Dano ambiental individual ou pessoal: Viola os interesses pessoais, tendo os 
lesados, o direito a uma reparação pelo prejuízo patrimonial ou extra-patrimonial. São 
típicos desse tipo de dano os problemas de saúde pessoal por emissão de gases e 
partículas em suspensão, a infertilidade do solo de um terreno privado por poluição do 
lençol freático, doença e morte de gado por envenenamento da pastagem por produtos 
tóxicos etc. 
 
CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO – 1°Marco da Legislação do Meio Ambiente 
Foi a partir da década de 70 (1972), depois da Convenção de Estocolmo, basicamente, 
que inúmeros países deixaram de acreditar no progresso ilimitado da ciência, cedendo 
à preocupação pelas consequências trazidas pelo progresso técnico e industrial. 
 
Deu origem à Lei 6938/81 – Política Nacional do Meio Ambiente: 
 
 
 
 
 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 8 de 103 – 
LEI 6938/81 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
Artigo 3° - DEFINIÇÕES 
Inciso III - POLUIÇÃO: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividade 
que direta ou indiretamente: 
a) Prejudique a saúde, a segurança e o bem estar da população; 
b) Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
c) Afetem desfavoravelmente a biota; 
d) Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
e) Lancem materiais ou energia em desacordo com os padrões ambientais*. 
 
* Padrões ambientais: Padrões de Qualidade, Padrões de Emissão, Padrões de 
Condicionamento de Projeto. 
 
Artigo 14 - RESPONSABILIDADE OBJETIVA 
Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, 
independentemente de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio 
ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos 
Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por 
danos causados ao meio ambiente. 
 
IMPORTANTE: Para apoio ao atendimento emergencial e na recuperação de um local 
de acidente envolvendo PP, a empresa envolvida pode possuir uma equipe própria ou 
contratar uma empresa particular especializada neste tipo de operação. Essa 
contratação envolve alto custo. Por isso, a escolha, o acionamento e a contratação da 
prestadora de serviço especializado devem ficar a cargo da empresa poluidora 
envolvida no acidente. 
 
Artigo 15 - CRIME AMBIENTAL 
O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou vegetal, ou estiver 
tornando mais grave situação de perigo existente, fica sujeito à pena de reclusão de 1 a 
3 anos e multa. 
 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 9 de 103 – 
LEI 9605/98 - LEI DE CRIMES AMBIENTAIS 
RESPONSABILIDADE PENAL 
A principal novidade foi que a Lei de Crimes Ambientais introduziu no nosso 
ordenamento jurídico, de forma clara e objetiva, a responsabilidade penal da pessoa 
jurídica. 
 
Artigo 2º - Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos 
nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem 
como o diretor, o administrador, o membro de conselho e o órgão técnico, o auditor, o 
gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta 
criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la. 
 
Artigo 3º - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e 
penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida 
por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no 
interesse ou benefício da sua entidade. 
Parágrafo Único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas 
físicas, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. 
 
Artigo 15 - São circunstâncias que AGRAVAM a pena, quando não constituem ou 
qualifiquem crime: 
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; 
II - ter o agente cometido a infração: 
a) para obter vantagem pecuniária; 
b) coagindo outrem para a execução material da infração; 
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio 
ambiente; 
d) concorrendo para danos à propriedade alheia; 
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder 
Público, a regime especial de uso; 
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; 
g) em período de defeso à fauna; (continua) 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 10 de 103 – 
h) em domingos ou feriados; 
i) à noite; 
j) em épocas de seca ou inundações; 
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; 
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; 
n) mediante fraude ou abuso de confiança; 
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental; 
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas 
ou beneficiada por incentivos fiscais; 
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades 
competentes; 
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções. 
 
Artigo 56 - ELEMENTOS DO TIPO 
Produzir – Processar – Embalar – Importar – Exportar – Comercializar – Fornecer – 
Transportar – Armazenar – Guardar – Ter em depósito – Usar 
Produto ou substância tóxica, perigosa, ou nociva à saúde humana ou ao meio 
ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus 
regulamentos. 
Parágrafo 1°- nas mesmas penas incorre quem abandona os produtos ou substâncias 
referidos no “caput”, ou os utiliza em desacordo com as normas de segurança 
Pena: Reclusão de 1 a 4 anos, e multa. 
 
Artigo 60 - ELEMENTOS DO TIPO 
Construir – Reformar – Ampliar – Instalar – Fazer funcionar 
Estabelecimento, obra ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou 
autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e 
regulamentares pertinentes. 
Pena: Detenção de 1 a 6 meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente 
 
 
 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 11 de 103 – 
LEGISLAÇÃO ENVOLVENDO TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS: 
 
- Decreto n.º 1.797 de 25 de janeiro de 1996, decreta o Acordo de Alcance Parcial para 
a Facilitação de Transporte de Produtos Perigosos entre Brasil, Argentina, Paraguai e 
Uruguai; 
- Decreto n.º 96.044 de 18 de maio de 1988, aprovou o Regulamento para o Transporte 
Rodoviário de Produtos Perigosos (RTPP); 
- Resolução n.º 5232 da Agencia Nacional de Transportes Terrestres de 14 de 
Dezembro de 2016, que substituiu a Resolução n.º 420 da ANTT, utilizada desde 2004 
- NBR 7500 - Identificação para o Transporte terrestre, manuseio, movimentação e 
armazenamento de Produtos; 
- NBR 7501 - Transporte Terrestre de Produtos Perigosos - Terminologia; 
- NBR 7503 - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte terrestre de Produtos 
Perigosos. Características, Dimensões e Preenchimento; 
- NBR 9735 - Conjunto de Equipamentos para Emergências no Transporte de Produtos 
Perigosos; 
- NBR 14619 - Transporte Terrestre de Produtos Perigosos - Incompatibilidade 
Química; 
 
É a Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT quem estabelece as normas 
para o transporte de produtos perigosos. Consulte a RESOLUÇÃO nº 5232/16 da 
ANTT e verifique quais são os produtos considerados perigosos para o transporte e 
muitas outras informações úteis para enriquecer seus conhecimentos. 
 
MODAIS DE TRANSPORTE 
 
Os tipos de modais de transporte de PP são: 
- Terrestre (rodoviário e ferroviário); 
- Dutoviário; 
- Marítimo; 
- Fluvial; 
- Aéreo. 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS- 12 de 103 – 
 
TRANSPORTE inclui as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza 
e descontaminação, ou estacionamento; as paradas técnicas, por falha mecânica ou 
acidente; e a imobilização, involuntária ou em razão de emergência. 
 
TIPOS DE CARGA 
 
- Carga Fracionada (embalada): é a carga que e manuseada juntamente com seu 
recipiente (embalagem), em todo ato de carga, descarga ou transbordo. 
- Carga a Granel: é a carga transportada sem nenhuma embalagem, contida apenas 
pelo equipamento de um transporte, seja ele um tanque, vaso de pressão, caçamba ou 
contêiner-tanque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zonas de Trabalho 
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ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 13 de 103 – 
SEQUÊNCIA OPERACIONAL 
 
O atendimento a emergências com produtos perigosos envolve as seguintes ações: 
APROXIMAR-SE - Aproximação de forma segura considerando a direção do vento e 
delimitação do Isolamento Imediato de Precaução (IIP) 
IDENTIFICAR - Identificação dos produtos envolvidos e análise dos riscos; 
ISOLAR - Isolamento com base na identificação do produto; 
SALVAR - Salvamento de vítimas utilizando o EPI adequado; 
CONTROLAR - Conter vazamentos, confinar derramamentos e realizar outras formas 
de controle utilizando o EPI adequado; 
DESCONTAMINAR - Adotar medidas para descontaminação de pessoas, materiais e 
equipamentos; 
FINALIZAR A EMERGÊNCIA – Restabelecimento das condições operacionais de 
atuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 14 de 103 – 
Lição2 
Produtos Perigosos 
Identificação 
 
 
Objetivos Notas 
 
Ao final desta lição os alunos terão recebido as 
seguintes informações: 
 
1) Conceituar “Produto Perigoso”; 
 
2) Descrever as 09 (nove) classes de risco; 
 
3) Interpretar as diversas informações constantes 
no painel de segurança e rótulo de risco; 
 
4) Listar os documentos necessários para o 
transporte de produtos perigosos; 
 
 
 
 
ESCOLA SUPERIOR DE BOMBEIROS 
ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 15 de 103 – 
2. IDENTIFICAÇÃO NO TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS 
 
Definições: 
- Produto Perigoso: É considerado produto perigoso todo aquele que represente risco 
à saúde das pessoas, ao meio ambiente ou à segurança pública, seja ele encontrado 
na natureza ou produzido por qualquer processo. 
- Produto Perigoso para o Transporte: é todo o produto relacionado na Resolução nº 
5232/2016 da Agencia Nacional de Transporte Terrestre. 
- Carga Perigosa: é aquela de dimensões superiores às determinadas no Código de 
Trânsito Brasileiro. 
 
TIPOS DE CARGA 
- Carga Fracionada (embalada): é a carga que e manuseada juntamente com seu 
recipiente (embalagem), em todo ato de carga, descarga ou transbordo. 
- Carga a Granel: é a carga transportada sem nenhuma embalagem, contida apenas 
pelo equipamento de um transporte, seja ele um tanque, vaso de pressão, caçamba ou 
contêiner-tanque. 
 
CLASSES DE RISCO DA ONU 
 
Classe 01 – EXPLOSIVOS; 
Classe 02 – GASES; 
Classe 03 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS; 
Classe 04 – SÓLIDOS INFLAMÁVEIS; 
Classe 05 – SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS; 
Classe 06 – SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E SUBSTÂNCIAS INFECTANTES; 
Classe 07 – MATERIAIS RADIOATIVOS; 
Classe 08 – SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS; 
Classe 09 – SUBSTÂNCIAS E ARTIGOS PERIGOSOS DIVERSOS. 
 
 
 
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ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 16 de 103 – 
CARACTERÍSTICAS DE CADA CLASSE E SUBCLASSE DE RISCO 
 
Classe 1 – Explosivos – Divide-se em 6 subclasses: 
Subclasse 1.1 - Substâncias e artigos com risco de explosão em massa. 
Ex: torpedos, bombas, pólvora negra etc. 
Uma explosão em massa é a que afeta virtualmente toda a carga de modo 
praticamente instantâneo. 
 
Subclasse 1.2 - Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de 
explosão em massa. 
Ex: granadas, foguetes, minas etc. 
 
Subclasse 1.3 - Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de 
explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa. 
Ex: sinalizadores, munição incendiária etc. 
Abrange substâncias e artigos que produzem grande quantidade de calor radiante; ou 
queimam em sucessão, produzindo pequenos efeitos de explosão ou de projeção, ou 
ambos. 
 
Subclasse 1.4 - Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo. 
Ex: fogos de artifícios, munições etc. 
Abrange substâncias e artigos que apresentam pequeno risco na eventualidade de 
ignição ou acionamento durante o transporte. 
Os efeitos estão confinados, predominantemente, à embalagem, sendo improvável a 
projeção de fragmentos de dimensões apreciáveis ou a grande distância. 
 
Subclasse 1.5 - Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa. 
Ex: Explosivos de demolição. 
Abrange substâncias com risco de explosão em massa, mas que são de tal modo 
insensíveis que a probabilidade de iniciação ou de transição de queima para detonação 
é muito pequena em condições normais de transporte. 
 
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ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 17 de 103 – 
Subclasse 1.6 - Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa. 
Ex: artigos explosivos extremamente insensíveis. 
Abrange substâncias com risco de explosão em massa, mas que são de tal modo 
insensíveis que a probabilidade de iniciação ou de transição de queima para detonação 
é muito pequena em condições normais de transporte. 
Esta Subclasse abrange artigos que contêm somente substâncias detonantes 
extremamente insensíveis que apresentam risco desprezível de iniciação ou 
propagação acidental. 
 
Classe 2 – Gases – Divide-se em 3 subclasses: 
Subclasse 2.1 - Gases Inflamáveis. 
Ex: GLP, Propano, Butano etc. 
Gases que a 20°C e à pressão normal de 101,3 kPa são inflamáveis quando em 
mistura de 13% ou menos, em volume, com o ar; ou apresentam faixa de 
inflamabilidade com ar de, no mínimo, doze pontos percentuais, independentemente do 
limite inferior de inflamabilidade. 
 
Subclasse 2.2 - Gases Não Inflamáveis, Não Tóxicos. 
Ex.: Oxigênio, Hélio, Argônio etc. 
Gases transportados a uma pressão não-inferior a 280 kPa, a 20°C, ou como líquidos 
refrigerados e que sejam asfixiantes ou oxidantes. 
 
Subclasse 2.3 - Gases Tóxicos. 
Ex.: Amônia, Cloro, Brometo de Metila etc. 
Gases que reconhecidamente sejam tão tóxicos ou corrosivos para pessoas, que 
constituam risco à saúde; ou supostamente tóxicos ou corrosivos para pessoas, por 
apresentarem valor de CL50 igual ou inferior a 5.000 ppm. 
 
 
 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 18 de 103 – 
Classe 3 – Líquidos Inflamáveis. 
Ex: Gasolina, Óleo Diesel, Tinta, Querosene, Etanol etc. 
São líquidos, mistura de líquidos ou líquidos que contenham sólidos em solução ou 
suspensão, que produzam vapor inflamável à temperatura de até 60,5°C, em ensaio de 
vaso fechado, ou até 65,6°C, em ensaio de vaso aberto, normalmente referido como 
ponto de fulgor. 
 
Classe 4 – Divide-se em 3 subclasses: 
Subclasse 4.1 - Sólidos Inflamáveis, Substâncias Autorreagentes e Explosivos Sólidos 
Insensibilizados. 
Ex.: Enxofre, Magnésio, Silício em pó etc. 
Sólidos que, em condições de transporte, sejam facilmente combustíveis, ou que, por 
atrito, possam causar fogo ou contribuir para tal; 
Substâncias auto-reagentes que possam sofrer reação fortemente exotérmica; 
Explosivos sólidos insensibilizados que possam explodir se não estiverem 
suficientemente diluídos. 
 
Subclasse 4.2 - Substâncias Sujeitas a Combustão Espontânea. 
Ex.: Fósforo branco, Carvão ativado, Algodão úmido etc. 
Substâncias sujeitas a aquecimento espontâneo em condições normais de transporte, 
ou a aquecimento em contatocom ar, podendo inflamar-se. 
 
Subclasse 4.3 - Substâncias que, em contato com a água emitem gases inflamáveis. 
Ex.: Carbureto de Cálcio, Bário, Fosfato de Cálcio etc. 
Substâncias que, por interação com água, podem tornar-se espontaneamente 
inflamáveis ou liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas. 
 
 
 
 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 19 de 103 – 
Classe 5 – Divide-se em 2 subclasses: 
Subclasse 5.1 - Substâncias Oxidantes. 
Ex.: Nitrato de Sódio, Clorato de Zinco, Bromato de Sódio etc. 
Substâncias que, embora não sendo necessariamente combustíveis, podem, em geral 
por liberação de oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou contribuir para 
isso. 
 
Subclasse 5.2 - Peróxidos Orgânicos. 
Ex.: Peróxido Orgânico, Tipo C, líquido etc. 
Substâncias termicamente instáveis que podem sofrer decomposição exotérmica auto-
acelerável. 
São sujeitas a decomposição explosiva; podem queimar rapidamente; são sensíveis a 
choque ou atrito; reagem perigosamente com outras substâncias; causam danos aos 
olhos. 
 
Classe 6 – Divide-se em 2 subclasses: 
Subclasse 6.1 - Substâncias Tóxicas. 
Ex.: Inseticidas, fungicidas, herbicidas, compostos de cianeto, arsênico etc. 
São substâncias capazes de provocar morte, lesões graves ou danos à saúde humana, 
se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em contato com a pele. 
 
Subclasse 6.2 - Substâncias Infectantes. 
Ex.: Sangue infectado, Resíduos hospitalares, Espécimes para diagnóstico etc. 
São substâncias que contenham patógenos ou estejam sob suspeita razoável de tal. 
Patógenos são microorganismos que possam ou estejam sob suspeita razoável de 
poderem provocar doenças infecciosas em seres humanos ou em animais. 
 
Classe 7 – Materiais Radioativos. 
Ex.: Urânio enriquecido, Plutônio enriquecido, Tório etc. 
Material Radioativo é qualquer material que contenha radionuclídeos e no qual tanto a 
concentração da atividade quanto a atividade total na expedição excedam a 70 kbq/kg. 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 20 de 103 – 
Classe 8 – Substâncias Corrosivas. 
Ex.: Ácido Sulfúrico, Ácido Nítrico, Hidróxido de Sódio etc. 
Substância que, por ação química, causa severo dano quando em contato com tecidos 
vivos, ou, em caso de vazamento, danifica ou mesmo destrói outra carga ou o próprio 
veículo, podendo apresentar também outros riscos. 
 
Classe 9 - Substâncias e Artigos Perigosos Diversos. 
Ex.: Resíduo de Óleo Lubrificante, Alumínio Líquido, Resíduos previstos pela 
Convenção da Basiléia etc. 
São Substâncias e artigos que apresentam durante o transporte um risco não 
abrangido por nenhuma das outras classes, por exemplo, as Substâncias que 
apresentam risco para o meio ambiente; as Substâncias a temperaturas elevada, entre 
outras. 
 
TABELA DA RESOLUÇÃO Nº 5232/16 DA ANTT 
 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 21 de 103 – 
Coluna 1 - “Número ONU”. 
Esta coluna contém o número de série dado ao artigo ou substância, de acordo com o 
sistema das Nações Unidas. 
 
NÚMERO DA ONU 
 
N°ONU – Número de quatro dígitos que identifica, para efeito de transporte, o produto 
classificado como perigoso pela Organização das Nações Unidas (ONU). 
 
Coluna 2 - “Nome e Descrição”. 
Esta coluna contém os nomes de embarque em letras maiúsculas, os quais se podem 
acompanhar de textos descritivos adicionais, em letras minúsculas 
 
 
 
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- 22 de 103 – 
 
 
Coluna 3 - “Classe de Risco”. 
Esta coluna contém a classe ou nos casos específicos a subclasse. 
CLASSES DE RISCO (ONU) 
CLASSE NOME SUBCLASSE 
CLASSE 1 EXPLOSIVOS 1.1; 1.2; 1.3; 1.4; 1.5 e 1.6 
 
CLASSE 2 
 
GASES 
2.1 GASES INFLAMÁVEIS 
2.2 GASES NÃO TÓXICOS E NÃO INFLAMÁVEIS 
2.3 GASES TÓXICOS 
CLASSE 3 LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS 
CLASSE 4 SÓLIDOS INFLAMÁVEIS 
4.1 SÓLIDOS INFLAMÁVEIS 
4.2 SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A COMBUSTÂO 
INSPONTÂNEA 
4.3 SUBSTÂNCIAS QUE EM CONTATO COM A 
ÁGUA EMITEM GASES INFLAMÁVEIS 
CLASSE 5 
SUBSTÂNCIAS OXIDANTES, 
 PERÓXIDOS ORGÂNICOS 
5.1 ÓXIDOS 
5.2 PERÓXIDOS ORGÂNICOS 
CLASSE 6 
SUBSTÂNCIAS TÓXICAS, 
INFECTANTES 
6.1 SUBSTÂNCIAS TÓXICAS 
6.2 SUBSTÂNCIAS INFECTÂNTES 
CLASSE 7 MATERIAL RADIOATIVO 
CLASSE 8 SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS 
CLASSE 9 
SUBSTÂNCIAS E ARTIGOS 
PERIGOSOS DIVERSOS 
 
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- 23 de 103 – 
No caso da Classe 1 (explosivos), apresenta a subclasse e a letra correspondente ao 
grupo de compatibilidade alocado ao artigo ou à substância. 
 
 
 
 
A seguir veja a tabela com o significado das letras colocadas nos rótulos de risco da 
Classe 1 – explosivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 24 de 103 – 
EXPLOSIVOS - Grupos de Compatibilidade 
 
 
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA OU ARTIGO A CLASSIFICAR 
GRUPO DE 
COMPATIBILIDADE 
CÓDIGO DE 
CLASSIFICAÇÃO 
Substância explosiva primária A 1.1A 
Artigo contendo uma substância explosiva primária e não 
contendo dois ou mais dispositivos de proteção eficazes. Incluem-
se, aqui, alguns artigos como detonadores de demolição, 
conjuntos detonadores montados para demolição e iniciadores, 
tipo cápsula, mesmo que não contenham explosivos primários. 
 
 
B 
 
1.1B 
1.2B 
1.4B 
Substância explosiva propelente ou outra substância explosiva 
deflagradora, ou artigo que contenha tal substância explosiva. 
 
C 
1.1C 
1.2C 
1.3C 
1.4C 
Substância explosiva detonante secundária, ou pólvora negra, ou 
artigo que contenha substância explosiva detonante secundária, 
em qualquer caso sem meios de iniciação e sem carga propelente, 
ou ainda artigo que contenha substância explosiva primária e 
contenha dois ou mais dispositivos de proteção eficazes. 
 
 
D 
1.1D 
1.2D 
1.4D 
1.5D 
Artigo que contenha substância explosiva detonante secundária, 
sem meios de iniciação, com carga propelente (exceto se contiver 
líquido ou gel inflamável ou líquido hipergólico). 
 
E 
1.1E 
1.2E 
1.4E 
Artigo que contenha substância explosiva detonante secundária, 
com seus próprios meios de iniciação, com carga propelente 
(exceto se contiver líquido ou gel inflamável ou líquido 
hipergólico), ou sem carga propelente. 
 
F 
1.1F 
1.2F 
1.3F 
1.4F 
Substância pirotécnica, ou artigo que contenha substância 
pirotécnica, ou artigo que contenha tanto substância explosiva 
quanto substância iluminante, incendiária, lacrimogênea, 
dilacerante ou fumígena (exceto artigos acionáveis por água e 
aqueles que contenham fósforo branco, fosfetos, substância 
pirofórica, líquido ou gel inflamável, ou líquidos hipergólicos). 
 
 
G 
 
1.1G 
1.2G 
1.3G 
1.4G 
Artigo contendo uma substância explosiva e fósforo branco. H 
1.2H 
1.3H 
Artigo que contenha uma substância explosiva e um líquido ou gel 
inflamável. 
 
J 
1.1J 
1.2J 
1.3J 
Artigo que contenha uma substância explosiva e um agente 
químico tóxico. 
K 
1.2K 
1.3K 
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- 25 de 103 – 
Substância explosiva, ou artigo que contenha substância explosiva, 
que apresente risco especial (p. ex., resultante de ativação por 
água, ou da presença de líquidos hipergólicos, fosfetos ou 
substância pirofórica), que exija isolamento para cada tipo de 
produto. 
 
 
L 
 
1.1L 
1.2L 
1.3L 
Artigo que contenha apenas substâncias detonantes 
extremamente insensíveis. 
N 1.6N 
Substância ou artigo embalado ou projetado de forma tal que 
quaisquer efeitos perigosos decorrentes de funcionamento 
acidental fiquem confinados dentro da embalagem, exceto se esta 
tiver sido danificada pelo fogo (caso em que os efeitos de explosão 
ou projeção serão limitados de modo que não impeçamnem 
prejudiquem significativamente o combate ao fogo ou outras 
medidas de contenção da emergência nas imediações da 
embalagem). 
 
 
 
S 
 
 
 
1.4S 
 
 
Coluna 4 - “Riscos Subsidiários”. 
Esta coluna contém o número de classe ou subclasse dos riscos subsidiários 
significativos que tenham sido identificados pela aplicação do sistema de classificação 
 
Coluna 5 - “Número de Risco”. 
Esta coluna contém um código numérico que indica a natureza e a intensidade do(s) 
risco(s). 
 
NÚMERO DE RISCO 
 
N° de Risco – É um código numérico formado por dois ou três algarismos que indicam 
a natureza e a intensidade do(s) risco(s) do produto perigoso. A importância do Nº de 
Risco é registrada da esquerda para a direita 
 
 
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- 26 de 103 – 
 
 
 
 
 
SEM RISCO SUBSIDIÁRIO 
 
Quando o risco associado a uma substância puder ser adequadamente indicado por 
um único algarismo, este será seguido por ZERO. 
 
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- 27 de 103 – 
AUMENTO DO RISCO 
 
A repetição de um número indica, em geral, um aumento da intensidade daquele risco 
específico. 
 
 
REAÇÃO PERIGOSA COM A ÁGUA 
 
A letra “X” antes dos algarismos indica que o produto reage perigosamente com água. 
 
SEM NÚMERO DE RISCO – EXPLOSIVOS 
 
ATENÇÃO: Nos Painéis de Segurança para produtos da Classe 1 (Explosivos) não 
haverá o nº de risco. 
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- 28 de 103 – 
CARGA MISTA - VÁRIOS PRODUTOS 
 
 
Coluna 6 - “Grupo de Embalagem”. 
Esta coluna contém o número do grupo de embalagem das Nações Unidas (ou seja, I, 
II ou III), alocado ao artigo ou substância. 
Grupo de Embalagem: 
Grupo I – Alto Risco 
Grupo II – Médio Risco 
Grupo III – Baixo Risco 
 
RÓTULO DE RISCO 
Figura que identifica o risco principal ou subsidiário do produto através de símbolos, 
cores, números, e texto opcional (exceto para os Materiais Radioativos, cujo texto é 
obrigatório). 
Podem ser apresentados em qualquer idioma (exceto para os Materiais Radioativos, 
cujo texto deve ser escrito obrigatoriamente no idioma oficial do Brasil). 
Devem ser afixados sobre um fundo de cor contrastante ou devem ser contornados em 
todo seu perímetro por uma linha externa, pontilhada ou contínua, ou afixados em 
porta-placas, desde que sejam de cor contrastante. 
 
 
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- 29 de 103 – 
CLASSE 1: EXPLOSIVOS 
 
 Subclasse 1.1: Risco de explosão em massa 
 Subclasse 1.2: Risco de projeção 
 Subclasse 1.3: Risco de fogo 
 Subclasse 1.4: Sem risco significativo 
 Subclasse 1.5: Insensíveis com risco de explosão em massa 
 Subclasse 1.6: Insensíveis sem risco de explosão em massa 
 
 
CLASSE 2: GASES 
 
 Subclasse 2.1: Gases inflamáveis; 
 Subclasse 2.2: Gases não-inflamáveis, não-tóxicos 
 Subclasse 2.3: Gases tóxicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 30 de 103 – 
CLASSE 3: LIQUIDOS INFLAMÁVEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSE 4 
 
 Subclasse 4.1: Sólidos inflamáveis 
 Subclasse 4.2: Combustão espontânea 
 Subclasse 4.3: Contato com água, emite gás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSE 5 
 
 Subclasse 5.1: Oxidantes 
 Subclasse 5.2: Peróxidos orgânicos 
 
 
 
CLASSE 6 
 
 Subclasse 6.1: Substâncias tóxicas 
 Subclasse 6.2: Substâncias infectantes 
 
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- 31 de 103 – 
CLASSE 7: MATERIAL RADIOATIVO 
 
 
 
 
 
 
CLASSE 8: CORROSIVOS 
 
 
 
 
 
CLASSE 9: SUBSTÂNCIAS E ARTIGOS PERIGOSOS DIVERSOS 
 
 
 
 
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- 32 de 103 – 
RÓTULOS DE RISCO EXISTENTES 
 
Os rótulos de risco podem surgir sem o texto.**Exceto Classe 7 – Materiais Radioativos cujo 
texto é obrigatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 33 de 103 – 
 
SÍMBOLOS ESPECIAIS 
 
SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS PARA O MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
SUBSTÂNCIAS COM TEMPERATURAS ELEVADAS 
 
 
 
DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS NO TRANSPORTE 
 
FICHA DE EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 34 de 103 – 
DOCUMENTO FISCAL 
 
O documento fiscal para o transporte de produtos perigosos é qualquer documento que 
contenha as informações e a declaração exigida, podendo ser: 
 
a. Declaração de carga 
b. Nota fiscal 
c. Conhecimento de transporte 
d. Manifesto de carga 
e. Outro documento que acompanhe a expedição 
 
Envelope de emergência 
 
Armazena a ficha de emergêcia em seu interior 
 
 
 
 
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- 35 de 103 – 
Certificado de inspeção veicular – CIV 
 
Certificado de inspeção para o transporte de produtos perigosos – CIPP 
 
 
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- 36 de 103 – 
IMPORTANTE: O motorista que transporta PP tem que estar habilitado para isso. 
Para que o motorista esteja habilitado, ele tem que frequentar o curso Movimentação 
Operacional de Produtos Perigosos (MOPP), realizado em instituições privadas. Nesse 
curso ele deve receber noções sobre produtos perigosos incluindo legislação, direção 
defensiva e técnicas de combate a incêndios. Sendo assim, o motorista pode ser 
utilizado como fonte de informações sobre a carga transportada. 
A especialização desses profissionais é tão importante que deve constar, 
obrigatoriamente, no campo “Observações” de sua Carteira Nacional de Habilitação. 
 
 
Além da responsabilidade administrativa daquele que lida com PP, pode haver também 
a responsabilidade penal. Portanto, não incorra em prevaricação! Acione os órgãos de 
fiscalização competentes: Policiamento de Área, Policiamento de Trânsito, 
Policiamento Rodoviário Estadual ou Federal, CETESB, dentre outros. 
 
 
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- 37 de 103 – 
 
 
 
INFRAÇÕES E PROCEDIMENTOS QUANDO O CONDUTOR NÃO COMPROVAR 
TER CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO OU SUA ATUALIZAÇÃO PARA TRANSPORTAR 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
INFRAÇÃO – Art. 232 do CTB combinado com a Resolução nº 205/06 CONTRAN: 
Condução do Condutor ao DP, nos termos da Lei n.º 9.605 de fevereiro de 1998. 
D.O.U. 13, de fevereiro de 1998 - Atos do Poder Legislativo Dispõe sobre as sanções 
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, 
e dá outras providências. 
 
Artigo 56 da Lei de Crimes Ambientais: 
Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, 
TRANSPORTAR, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância 
tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com 
as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
INCOMPATIBILIDADE NO TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS 
Art. 7º do RTPP Alterado pelo Decreto n.º4.097, de 23Jan02: 
É proibido o transporte, no mesmo veículo ou contêiner, de produtos perigosos com 
outro tipo de mercadoria, ou com outro produto perigoso, salvo se houver 
compatibilidade entre os diferentes produtos transportados. 
 
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- 38 de 103 – 
Lição3 
Produtos Perigosos 
Sistemas de 
Identificação 
 
 
Objetivos Notas 
 
Ao final desta lição os alunos terão recebido as 
seguintes informações: 
 
1) Listar os diferentes sistemas para identificaçãode produtos perigosos; 
 
2) Descrever as informações constantes de 
acordo com as diferentes cores das seções no 
manual da ABIQUIM; 
 
3) Descrever as informações apresentadas no 
diamante de Hommel. 
 
 
 
 
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- 39 de 103 – 
3. SISTEMAS DE IDENTIFICAÇÃO 
3.1. MANUAL DA ABIQUIM 
 
SISTEMAS DE IDENTIFICAÇÃO: 
Ficha de segurança (FISPQ); 
Ficha de emergência; 
Documentos de embarque; 
Manual da ABIQUIM; 
Simbologia; 
Manuais especializados. 
 
FICHA DE EMERGÊNCIA E 
FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS (FISPQ) 
 
FICHA DE EMERGÊNCIA 
- Documento legal e obrigatório para transporte; 
- Dá orientação do fabricante quanto à emergências ou acidentes, telefones de 
emergência. 
- Apenas uma folha frente e verso 
 
FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS (FISPQ) 
- Fonte de consulta técnica; 
- Possui informações sobre a empresa e informações técnicas do produto; 
- Obrigatório no armazenamento. 
- Possui diversas folhas 
 
MANUAL DA ABIQUIM 
O manual para atendimento a emergências com produtos perigosos reúne informações 
que poderão auxiliar os profissionais em situação de emergência com produtos 
químicos. 
Atende as orientações da ONU para o Transporte de Produtos Perigosos e a 
Resolução 5232 da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 40 de 103 – 
IMPORTANTE: O Manual de Emergência da ABIQUIM é somente uma fonte de 
informação inicial para os primeiros 30 minutos de acidente (MTB-21). 
 
SEÇÃO BRANCA (INICIAL) 
Traz informações sobre como proceder na emergência, como identificar o produto, as 
classes de risco, a tabela dos Rótulos de Risco e Número de Risco e a relação dos 
Códigos de Risco. 
 
PÁGINAS DE BORDAS AMARELAS 
Apresentam a relação dos produtos em ordem NUMÉRICA, conforme os números 
ONU. Constam os quatro algarismos do número ONU, seguido do número do Guia de 
Emergência e, por último, o nome do produto. 
 
PÁGINAS DE BORDAS AZUIS 
Apresentam a relação dos produtos em ordem ALFABÉTICA. Possibilitam a rápida 
identificação do guia de emergência a partir do nome do produto envolvido no acidente. 
Consta o nome do produto, seguido da guia de emergência e o número ONU. 
Os produtos tóxicos por inalação ou que em contato com a água produzem gases 
tóxicos estão destacados (sombreados) em verde para facilitar a identificação nas 
páginas de bordas amarelas e nas de bordas azuis. 
 
PÁGINAS DE BORDAS LARANJA 
Apresentam os guias nos quais são encontradas as recomendações de segurança. 
São 62 guias de emergência. Cada guia cobre um grupo de produtos com 
características químicas e toxicológicas similares. 
Os produtos identificados por (P) no guia podem sofrer polimerização de forma 
explosiva quando aquecidos ou envolvidos no fogo. 
Exemplo: Produto Perigoso nº ONU 2360 – consultar no manual da ABIQUIM. 
 
PÁGINAS DE BORDAS VERDES 
Apresenta tabela em que constam, por ordem do número de identificação da ONU, os 
produtos tóxicos por inalação ou que em contato com a água produzem gases tóxicos. 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 41 de 103 – 
Estão produtos estão destacados (sombreados) para facilitar a identificação nas 
páginas de bordas amarelas e nas de bordas azuis 
Recomenda dois tipos de distâncias de segurança: 
- Distância de isolamento inicial; 
- Distância de proteção. 
As distâncias de isolamento e proteção inicial são diferentes para: 
- pequenos derramamentos: até 200 litros de gases e líquidos ou 300kg de sólidos e; 
- grandes derramamentos: mais de 200 litros de gases e líquidos ou 300kg de 
sólidos. 
As distâncias de isolamento e proteção inicial são diferentes também para 
derramamentos ocorridos durante o dia ou a noite. 
No caso dos gases, não podendo constatar a quantidade derramada, deve ser 
considerado como grande derramamento 
 
PROCEDIMENTO 
 
Ao identificar o produto pelo número ONU, consulte as páginas de bordas amarelas, 
localize o número do guia específico de 3 dígitos e obtenha informações sobre os 
riscos do produto e ações de emergência nas páginas de bordas laranja. 
Ao identificar o produto pelo nome, consulte as páginas de bordas azuis, localize o 
número do guia específico nas páginas de bordas laranja. 
Quando não houver identificação pelo nome do produto ou número ONU, identifique 
pelo rótulo de risco no veículo ou nas embalagens. 
Localize o rótulo de risco na TABELA DE RÓTULO DE RISCO, no início do manual – 
seção branca – e identifique o guia correspondente abaixo dos rótulos. 
CASO NÃO FOR POSSÍVEL IDENTIFICAR O PRODUTO POR NENHUMA DAS 
FORMAS ANTERIORES, UTILIZE O GUIA 111 ATÉ OBTER OUTRAS 
INFORMAÇÕES. 
PROCURE INFORMAÇÕES O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. 
 
 
 
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- 42 de 103 – 
EXERCÍCIO 
Sua guarnição foi acionada por volta das 02h00min horas para atendimento de 
emergência envolvendo produtos perigosos e ao chegar ao local deparou com um 
veículo de transporte (caminhão), com um tanque de aproximadamente 15.000 litros, 
tombado e com um grande vazamento de gás. Foi localizado o painel de segurança 
com o nº ONU 1967. Qual a distância de isolamento inicial? Qual a distância de 
proteção? Quais cuidados deverão ser observados? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 43 de 103 – 
3.2. DIAMANTE DE HOMMEL - NFPA 704 
 
Usado na Armazenagem 
 
Informações obtidas da CETESB: 
- Inflamabilidade – Cor Vermelha 
4 - Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis, materiais pirotécnicos 
3 - Produtos que entram em ignição a temperatura ambiente 
2 - Produtos que entram em ignição quando aquecidos moderadamente 
1 - Produtos que precisam ser aquecidos para entrar em ignição 
0 - Produtos que não queimam 
 
- Reatividade – Cor Amarela 
4 - Capaz de detonação ou decomposição com explosão a temperatura ambiente 
3 - Capaz de detonação ou decomposição com explosão quando exposto a fonte de 
energia severa 
2 - Reação química violenta possível quando exposto a temperaturas e/ou pressões 
elevadas 
1 - Normalmente estável, porém pode se tornar instável quando aquecido 
0 - Normalmente estável 
 
- Riscos à Saúde – Cor Azul 
4 - Produto Letal 
3 - Produto severamente perigoso 
2 - Produto moderadamente perigoso 
1 - Produto levemente perigoso 
0 - Produto não perigoso ou de risco mínimo 
 
- Riscos Específicos – Cor Branca 
OXY - Oxidante forte W - Não misture com água 
ACID - Ácido forte ALK - Alcalino forte ☢- Radioativo 
 
 
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- 44 de 103 – 
Lição4 
Produtos Perigosos 
Toxicologia e 
EPI 
 
 
Objetivos Notas 
 
Ao final desta lição os alunos terão recebido as 
seguintes informações: 
 
1) Parâmetros toxicológicos para limites de 
exposição (TLV); 
 
2) Descrever as 03 (três) vias de exposição para 
contaminação em emergências; 
 
3) Listar os 04 (quatro) níveis de proteção 
conforme NFPA 471. 
 
 
 
 
 
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- 45 de 103 – 
4. TOXICOLOGIA E EPI 
4.1. TOXICOLOGIA 
 
NENHUMA SUBSTÂNCIA É TOTALMENTE LIVRE DE CAUSAR EFEITOS TÓXICOS 
NO ORGANISMO. 
 
VIAS DE EXPOSIÇÃO: 
1) Inalação; 
2) Absorção Cutânea; 
3) Ingestão. 
 
INALAÇÃO 
Através de gases, vapores ou partículas que entram pelo sistema respiratório. 
 
ABSORÇÃO CUTÂNEA 
Ocorre através da superfície que cobre o corpo humano. 
 
INGESTÃO 
Ocorre através do sistema digestório. Geralmente a ingestão de substâncias é 
acidental. 
 
CONTAMINANTES 
Gases: Estadofísico da matéria; 
Vapor: Fase gasosa de uma substância líquida ou sólida; 
Poeira: Suspensão de partículas sólidas no ar; 
Névoas: Suspensão de partículas líquidas no ar; 
Fumaça: Fumos da combustão. 
 
 
 
 
 
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- 46 de 103 – 
EFEITOS TÓXICOS NO ORGANISMO 
Irritantes e/ou corrosivos: provocam alterações na pele ou mucosas (ácidos, bases, 
organoclorados); 
Asfixiantes: impedem o organismo de obter ou utilizar o oxigênio do ar atmosférico 
(monóxido de carbono); 
Narcóticos: produzem inconsciência e alucinações (clorofórmio, éteres, alcoóis, 
acetonas); 
Neurotóxicos: produzem alterações no sistema nervoso (anilina, chumbo, mercúrio, 
benzeno, solventes em geral); 
Carcinogênicos: produzem tumores malignos (amianto, benzeno, cádmio, cromo, 
compostos orgânicos halogenados, organoclorados); 
Mutagênicos: produzem problemas hereditários (éteres de glicol, chumbo, benzeno); 
Teratogênicos: produzem malformações no feto (substâncias radioativas); 
 
TLV - Threshold Limit Values (Limites de exposição) 
 
TWA – Limite de exposição pela média moderada de tempo. 
Eequivalente no Brasil ao Limite de Tolerância; 
STEL – Limite de exposição para curtos períodos de tempo (períodos de 15 min. em 
intervalos de 1 hora – 4 vezes ao dia no máximo); 
CEILING – Limite teto de exposição, não pode ser ultrapassado. 
Exemplos de valores TLV 
Limite de tolerância (LT) – Exposição ocupacional, para jornadas de trabalho de até 
48 horas por semana. 
Unidades de medida em ppm e mg/m3; 
 
 
 
 
 
 
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- 47 de 103 – 
Agente 
TLV - TWA 
ppm mg/m3 
Amônia 25 17 
Etanol 1000 1880 
Pentano 600 1770 
Toluol 100 377 
 
 
 
Valores MAK (C.C.E) e TLV (E.U.A); 
 MAK (Maximale Arbeitsplatz Konzentration) - Máxima concentração permitida no 
local de trabalho (Alemanha). 
 TLV – Valor limite de exposição (Estados Unidos). 
 
 
Exemplos de valores MAK: 
 
Agente 
Valor (MAK) 
Ppm Mg/m
3
 
Amônia 50 35 
Etanol 1000 1900 
Pentano 1000 2950 
Toluol 100 380 
 
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- 48 de 103 – 
DL 50 
Dosagem por massa corpórea capaz de resultar morte de animais. É capaz de 
provocar a morte de 50% da população de cobaias. É a mais usada. 
 
 
 
DL 100 
Provoca a morte de 100% da população exposta 
 
DL lo 
É a menor dose capaz de proporcionar a morte de pelo menos uma cobaia 
 
CL 50 
É a concentração de um agente no ar ou diluído na água capaz de causar mortalidade 
em cinqüenta por cento (50%) da população exposta, durante um determinado período 
de tempo. 
 
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- 49 de 103 – 
IDLH – Immediately Dangerous to Life or Health 
(IPVS - Imediatamente Perigoso à Vida ou à Saúde) 
 Máxima concentração no ar de uma substância na qual um trabalhador saudável, do 
sexo masculino, pode ficar exposto por 30 minutos e ainda ser capaz de escapar sem 
perda da vida ou dano irreversível à saúde. 
Produto Químico 
IDLH/IPVS 
(ppm) 
Pentafluoreto de Enxofre 1 
Fosgênio 2 
Acrilonitrila 4 
Acroleína 5 
Tolueno Diisocianato 10 
Cloro 25 
Dióxido de Enxofre / Ácido Clorídrico 100 
Fosfina 200 
Gás Sulfídrico / Amônia 300 
Dissulfeto de Carbono 500 
Acrilato de Metila 1000 
 
 
Limite de Percepção Olfativa (LPO) 
Dado que indica a menor concentração de uma substância no meio ambiente, 
detectável através do odor 
 
 LPO LT 
Amônia 25 ppm 20 ppm 
Isocianato de Metila 4 ppm 0,02 ppm 
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- 50 de 103 – 
4.2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
 
Resistência química é a habilidade do material da vestimenta dar proteção. É feita para 
prevenir ou reduzir a degradação e permeação do tecido pelo ataque químico. 
 
TERMINOLOGIA 
Degradação – quebra molecular do elemento construtivo; 
 
Penetração – ação de transpor a barreira criada pelo equipamento; 
 
Permeação – transpor a barreira sem interferir na constituição molecular do 
equipamento. Pode ser por adsorção e desadsorção ou difusão: 
Adsorção – é a adesão de moléculas de um fluido (o adsorvido – gás ou líquido) 
a uma superfície sólida (o adsorvente); o grau de adsorção depende da temperatura, 
da pressão e da área da superfície. Os sólidos porosos como o carvão ativado são 
ótimos adsorventes 
Desadsorção – é o processo contrário, onde o flúido se desprende da superfície 
sólida. 
Difusão – É o processo pela qual as moléculas de um meio flúido movem-se 
através das paredes porosas ou em um outro meio flúido. 
 
 
SELEÇÃO DOS NÍVEIS DE PROTEÇÃO 
 
Deve levar em consideração fatores como: 
- Risco dos materiais; 
- Vias de exposição; 
- Concentração dos agentes no ambiente; 
- Disponibilidade de equipamentos; 
- Treinamento pessoal; 
- Tempo de exposição; 
- Fatores ambientais: Vento, chuva e temperatura. 
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- 51 de 103 – 
Para o uso dos EPI de PP: 
- Usuário deve ter preparo físico e psicológico; 
- Fatigante; 
- Faz- se necessário o uso de capacete (preferencialmente o do tipo “Gallet”), luvas, 
EPR e botas resistentes a produtos químicos 
 
Níveis de proteção - NFPA 471 
 
Nível A – Proteção química e respiratória máxima; 
Nível B – Proteção química contra respingos e respiratória com EPR autônomo; 
Nível C – Proteção química contra respingos e respiratória com EPR filtrante; 
Nível D – Apenas proteção mecânica, não oferece proteção química. 
 
NÍVEL “A” DE PROTEÇÃO 
É composto por: 
- aparelho autônomo de respiração com pressão positiva ou linha de ar enviado; 
- roupa de encapsulamento valvular; 
- luvas internas e externas; 
- botas resistentes à produtos químicos; 
- capacete interno e; 
- rádio. 
 
Utilizar Nível A quando: 
- A substância não foi identificada; 
- A substância identificada requer o mais alto nível de proteção para o sistema 
respiratório, pele e olhos; 
- houver suspeita da presença de produtos com alto potencial de danos à pele e o 
contato é possível; 
- atendimentos em locais confinados e sem ventilação; 
- leituras em equipamentos indicando concentrações perigosas de gases ou vapores na 
atmosfera com valores acima do IDLH. 
 
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- 52 de 103 – 
NIVEL “B” DE PROTEÇÃO 
É composto por: 
- aparelho autônomo de respiração com pressão positiva; 
- roupa de proteção contra respingos químicos (1 ou 2 peças); 
- luvas internas e externas; 
- botas resistentes à produtos químicos; 
- capacete e; 
-rádio. 
 
Utilizar Nível B quando: 
- O produto e sua concentração identificados requerem um alto grau de proteção 
respiratória sem, no entanto, exigir esse nível de proteção para a pele; 
- a concentração de oxigênio no ambiente for inferior a 19,5% em volume; 
- for pouco provável a formação de gases ou vapores em altas concentrações e 
danosas à pele. 
NÍVEL “C” DE PROTEÇÃO 
É composto por: 
- máscara com filtro químico; 
- roupa de proteção contra respingos químicos confeccionada (1 ou 2 peças); 
- luvas internas e externas; 
- botas resistentes à produtos químicos; 
- capacete e; 
-rádio. 
 
Utilizar Nível C quando: 
- A concentração de oxigênio no ambiente for igual ou acima de19,5% em volume; 
- o produto for identificado e a sua concentração puder ser reduzida a um valor inferior 
ao seu limite de tolerância com o uso de máscaras filtrantes; 
- a concentração do produto não for superior ao IDLH; 
- o trabalho a ser realizado não exigir o uso de máscara autônoma de respiração. 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS- 53 de 103 – 
NÍVEL “D” DE PROTEÇÃO 
É composto por: 
 - macacões, uniformes ou roupas de trabalho; 
 - botas ou sapatos de couro ou borracha resistentes a produtos químicos; 
 - óculos ou viseira de segurança; 
 - Capacete. 
 
Utilizar Nível D quando: 
- não houver contaminante presente na atmosfera; 
- não houver qualquer possibilidade de respingos, imersão ou risco potencial de 
inalação de qualquer produto químico. 
 
 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA 
 
EPR – Filtrante 
 
- Não produz O2; 
- Filtra o ar ambiente; 
- Filtro específico para cada grupo de químicos; 
- Muito utilizado em empresas. 
 
 
 
 
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- 54 de 103 – 
EPR Autônomo – Circuito aberto 
 
- Ar expirado é liberado no ambiente; 
- Manometro com protetor; 
- Lente moldada em policarbonato. Melhor campo de visão; 
- Faixa Luminescente do cilindro; 
- Apito inidicador de Final de Serviço; 
- Valvula de exalação 
 
EPR Autônomo – Circuito fechado 
 
- Ocorre a recirculação do ar expirado no sistema 
- O2 residual+CO2+H2O (vapor) 
- Ampola de Superóxido de potássio ou Cal soldada – regenerador de O2 
- Características 
- Autonomia aproximada de 1h30min a 4horas conforme modelo; 
- Compacto ou robusto; 
- Custo alto; 
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- 55 de 103 – 
Lição5 
Produtos Perigosos 
SALVAMENTO 
 
 
Objetivos Notas 
 
Ao final desta lição os alunos terão recebido as 
seguintes informações: 
 
1) Definir os fatores determinantes em uma 
emergência para a retirada rápida de uma vítima; 
 
2) Executar a técnica de retirada rápida 
denominada “Chave de Rauteck”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 56 de 103 – 
5. SALVAMENTO NO AEPP 
 
TÉCNICA DA CHAVE DE “RAUTECK” - POP RES-08-06 
 
Empregar este procedimento somente quando: 
- For imprescindível para acessar a vítima mais grave; 
- Local de risco iminente para a vítima e/ou socorrista; 
- Houver risco de vida que exija o transporte imediato e houver um socorrista; 
Obs.: No AEPP quando houver uma vítima que exija transporte imediato será realizado 
por 02 socorristas 
1) Aborda a vítima lateralmente, posicionando o membro superior da vítima em 90 
graus em cima do seu tórax 
2) Apoiar a sua mão direita na região occipital para estabilização da coluna cervical 
e com outra mão (esquerda) elevar ombro suficiente para que o outro braço 
posicione mais próximo da coluna vertebral 
3) Após a estabilização da coluna cervical, passando a mão esquerda do socorrista 
debaixo do braço esquerdo da vítima em direção ao queixo. Posicionar a mão 
do socorrista em forma de “V” com o polegar e os demais dedos unidos, 
segurando a mandíbula firmemente, mantendo a coluna cervical em posição 
neutra. 
4) Em seguida elevar o tronco da vítima em 90 graus, mantendo a coluna cervical 
na posição neutra, retificando a coluna vertebral com ajuda do cotovelo, 
apoiando a região occipital contra o seu corpo e o dorso superior da vítima. 
5) A mão direita do socorrista passa por trás do tronco da vítima e agarra o punho 
esquerdo e tracionando para trás. 
6) Caso não seja possível segurar o punho da vítima, poderá ser sustentada pela 
roupa (junto ao cinto) 
7) Em seguida levantar o quadril da vítima e arrastá-la até o local seguro, 
mantendo a todo momento a estabilização da coluna cervical. 
 
 
 
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- 57 de 103 – 
8) O socorrista deve sentar a vítima e voltar a apoiar a região occipital e o dorso 
superior da vítima com sua mão. Em seguida afasta seu corpo lateralmente, 
deitando a vítima na prancha longa mantendo o alinhamento da coluna cervical. 
Liberar as vias aéreas em seguida com a manobra mais adequada. 
9) Com dois socorristas, o segundo socorrista auxiliará na retirada se posicionando 
entre as pernas da vítima, apoiando as suas mãos na região posterior do joelho 
da vítima 
OBS.: O socorrista que está segurando nas extremidades inferiores da vítima poderá 
estar posicionado de frente ou de costas para outro socorrista. 
 
 
 
TÉCNICAS PARA CONTENÇÃO DE DERRAMES E VAZAMENTOS QUÍMICOS 
 
No início da revolução industrial, mais precisamente no final do século XVIII, tivemos 
um grande avanço tecnológico, que também ocasionou uma demanda muito grande 
por combustível, que nesta época era o carvão mineral. 
Desde esta época, o número de acidentes envolvendo produtos químicos (perigosos) 
vem aumentando de maneira significativa. 
Os “Produtos Químicos” constituem um elemento importante na estrutura econômica 
de qualquer país industrializado, pois se trata de uma atividade necessária à viabilidade 
de produção de diversos setores, pois não há atividade ou setor produtivo que não 
utilize em seus processos ou produtos finais, algum insumo de origem química. 
No Brasil, 80% dos Produtos Químicos são transportados através do modal Rodoviário; 
Por isso é muito frequente a ocorrência de acidentes com derrame dessas substâncias 
no meio-ambiente; 
Para impedir que o derrame provoque danos ambientais, é necessário que se tomem 
algumas medidas, devendo conter o derramamento, recolher o produto derramado e 
deixar o local em segurança. Para isso, são utilizadas vários tipos de Técnicas e 
Táticas para contenção 
 
 
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- 58 de 103 – 
Acompanhe relatos encontrados na imprensa brasileira sobre vazamentos de produtos 
químicos em estradas. 
 
 A carga de vinte e cinco mil litros de ácido fosfórico vazou de 
um caminhão-tanque ontem após acidente de trânsito na 
interligação do Sistema Anchieta - Imigrantes, na Serra do Mar. 
Parte do carregamento atingiu uma caixa do sistema de 
drenagem da rodovia e desceu pela mata. A SABESP esta 
fazendo exames rotineiros para verificar se não houve 
contaminação. (O Estado de S. Paulo, 19/09/00) 
 
As técnicas para contenção, irão depender do cenário específico de cada incidente. 
Considera especialmente como e para onde o produto esta vazando, ou seja, para a 
atmosfera (ar), solo, sistema de drenagem, galerias subterrâneas, corpos d’água, 
charcos, áreas naturais vegetadas, regiões habitadas, etc. 
 Dependendo das características físicas do produto e do tipo do cenário onde se 
desenvolve a ocorrência, existem técnicas apropriadas para as ações de contenção, 
que podem ser desde a aplicação de uma neblina de água, para dispersão de uma 
nuvem de vapor ou gás no ar, até a construção de desvios ou diques, para interceptar 
o fluxo do produto líquido numa depressão do terreno como vala, bacia ou tanque, ou 
ainda sua retenção através da construção de barreira física de areia ou terra, para 
impedir sua movimentação no solo. 
A segurança e eficiência das medidas de controle serão diretamente proporcionais à 
existência de um planejamento prévio, que tenha definido um conjunto de 
procedimentos para atuar nestas circunstâncias. 
Neste sentido, torna se necessária a adoção de medidas específicas para controle da 
ocorrência, pelas equipes em campo, no sentido de limitar suas consequências e 
minimizar possíveis impactos à comunidade e ao meio ambiente. 
 
 
 
 
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- 59 de 103 – 
Medidas de Controle 
Dentre as inúmeras medidas de controle em uma ocorrência, as empregadas 
rotineiramente nestes episódios são: 
Estancamento/Contenção do vazamento - é uma operação que visa paralisar a saída 
do produto do sistema contenedor (tanque, tambor), através da aplicação de 
dispositivos específicos para estanque de vazamentos de substâncias químicas, tais 
como: batoques de madeira, neoprene einfláveis, cunhas, massa de vedação, 
placas de neoprene com cinta catraca, dentre outros. 
 
 
 
As técnicas de confinamento e contenção apresentam procedimentos básicos que 
serão aplicados na maioria dos atendimentos realizados pelas equipes de emergência. 
Realizando as manobras de contenção de revestimento para pequenos vazamentos 
mediante o uso de recipientes adequados. 
 
 
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- 60 de 103 – 
Lição6 
Produtos Perigosos 
DESCONTAMINAÇÃO 
(CRC) 
 
 
Objetivos Notas 
 
Ao final desta lição os alunos terão recebido as 
seguintes informações: 
 
1) Distribuir o efetivo mínimo necessário para um 
corredor para redução de contaminação (CRC) – 
layout com 07 (sete) estações; 
 
2) Distribuir o efetivo mínimo necessário para um 
CRC – layout reduzido com 05 (cinco) estações; 
 
3) Descrever as funções executadas em cada 
estação do CRC. 
 
 
 
 
 
 
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- 61 de 103 – 
6. DESCONTAMINAÇÃO 
 
Descontaminação: Processo que consiste na remoção física dos contaminantes ou na 
alteração de sua natureza química para substâncias inócuas. 
 
Método predominante empregado: Diluição 
 
CORREDOR PARA REDUÇÃO DE CONTAMINAÇÃO (CRC) 
 
6.1. LAYOUT MÍNIMO COM 07 ESTAÇÕES 
 
Objetivos: 
- Definir funções do Grupo de Descontaminação; 
- Padronizar materiais e equipamentos; 
- Estabelecer os procedimentos necessários. 
 
Efetivo empregado: 
 
Trem de socorro típico (1º e 2º alarmes): 
1 AC 03 bombeiros (Cmte Emergência) 
1 ABS 05 bombeiros 
1 PP 03 bombeiros 
1 AT 02 bombeiros 
1 UR 03 bombeiros 
1 ASE 02 bombeiros 
TOTAL: 18 bombeiros (mínimo) 
 
Possibilidade de utilização de recursos humanos do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) e 
Defesa Civil convenientemente treinados - não previsto no POP 
 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 62 de 103 – 
Funções: 
 Posto de Comando da Operação: 02 bombeiros 
 Comandante + Auxiliar 
 Chefe do Grupo de Descontaminação: 01 bombeiro 
 Zona de Exclusão: 02 bombeiros 
 Estação 2: 02 bombeiros 
 Estação 3 a 7: 01 bombeiro em cada estação 
 Posto Médico: 03 bombeiros (vtr UR) 
 Viaturas de apoio: 03 bombeiros semi-equipados 
 
ZONAS DE TRABALHO 
 
 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 63 de 103 – 
Estação 1 – Local para dispensa e segregação de materiais 
 
 
 
 
 
Estação 2 – Lavagem e rinsagem de botas, luvas e roupas 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 64 de 103 – 
Estação 3 – Remoção de botas e luvas externas 
 
 
 
 
Estação 4 – Controle do ar, troca de cilindros, luvas e botas limpas 
 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 65 de 103 – 
Estação 5 – Remoção de traje de proteção química e luvas internas 
 
 
 
 
Estação 6 – Remoção do EPR e roupa do socorrista 
 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 66 de 103 – 
Estação 7 – Lavar mãos e rosto vigorosamente e tomar banho completo 
 
 
 
Posto Médico – Procedimentos de APH e avaliação da equipe de intervenção 
 
 
 
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- 67 de 103 – 
6.2. LAYOUT MÍNIMO COM 05 ESTAÇÕES 
 
PROPOSTA DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO 
Efetivo 
 
Trem de socorro típico (1º e 2º alarmes): 
1 AC 03 bombeiros (Cmte Emergência) 
1 ABS 03 bombeiros 
1 PP 03 bombeiros 
1 UR 03 bombeiros 
1 ASE 02 bombeiros 
1 AT 01 bombeiros 
TOTAL: 15 Bombeiros (mínimo) 
 
Possibilidade de utilização de recursos humanos do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) e 
Defesa Civil convenientemente treinados - não previsto no POP 
 
 
Funções: 
 Posto de Comando da Operação: 02 bombeiros 
01 Comandante + 01 bombeiro 
 Zona de Exclusão: 02 bombeiros 
 Estação 02: 02 bombeiros, sendo 01 dos bombeiros como Chefe do Grupo 
de Descontaminação 
 Estação 03 a 05: 01 bombeiro em cada estação 
 Posto Médico: 03 bombeiros (vtr UR) 
 Viaturas de apoio: 02 bombeiros semi-equipados 
 01 bombeiro auxiliar 
 
 
 
 
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- 68 de 103 – 
ZONAS DE TRABALHO 
 
 
 
Estação 1 – Local para dispensa e segregação de materiais 
 
Estação 2 – Lavagem e rinsagem de botas, luvas e roupas 
 
Estação 3 – As ações abaixo serão executadas pelo mesmo socorrista 
a) Remoção de botas e luvas externas 
b) Remoção de traje de proteção química e luvas internas 
c) Remoção do EPR e roupa do socorrista 
 
Estação 4 - Troca de cilindros de ar, reposição de luvas e botas externas 
 
Estação 5 - Lavar mãos e rosto vigorosamente e tomar banho completo 
 
Posto Médico – Procedimentos de APH e avaliação da equipe de intervenção 
 
Apoio Logistico – Auxiliará na organização do material e disponibilizará os recursos 
necessários na estação 01 
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- 69 de 103 – 
ATENÇÃO 
Todos os bombeiros que estão envolvidos dentro da delimitação das zonas de trabalho 
deverão estar com EPI e EPR compatíveis para sua segurança. 
 
Advertências: 
 
- A equipe de intervenção deverá sair da Zona Quente com ar suficiente para 
descontaminação 
- Os materiais para embalagem de equipamentos contaminados devem ser 
compatíveis com o produto envolvido na ocorrência 
- Todas as embalagens devem ser devidamente identificadas 
- Observar os cuidados necessários com os produtos reagentes com água 
- Descarte de resíduos: responsabilidade do fabricante e do transportador. 
Alternativamente, podem ser neutralizados ou incinerados com orientação de um 
técnico responsável 
- EPI que não puderem ser descontaminados ou forem danificados devem ser 
incinerados 
 
FINAL DA INTERVENÇÃO 
 
- Os materiais utilizados deverão ser isolados, embalados e colocados em 
containers apropriados ou em sacos plásticos; 
 - Os containers deverão ser lacrados, identificados e isolados; 
 - Todos os equipamentos deverão ser limpos e contados; 
 - Verificar necessidade de isolamento de algum equipamento para posterior 
análise ou descontaminação; 
 - Verificar descontaminação dos equipamentos como mangueiras, tubos 
flexíveis, cordas e cabos enrolados; 
 - Verificar descontaminação do Grupo de descontaminação; 
 - Verificar embalagem das soluções de descontaminação não utilizadas; 
 - Reabastecer os equipamentos e suprimentos para descontaminação; 
 - Finalizar as operações de descontaminação. 
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- 70 de 103 – 
Lição7 
Produtos Perigosos 
Descontaminação 
de vítimas 
 
 
Objetivos Notas 
 
Ao final desta lição os alunos terão recebido as 
seguintes informações: 
 
1) Interromper a exposição da vítima ao 
contaminante; 
 
2) Descrever os procedimentos necessários para 
descontaminação de vítimas inconscientes; 
 
3) Descrever os procedimentos necessários para 
descontaminação de múltiplas vítimas. 
 
 
 
 
 
 
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- 71 de 103 – 
7. RESGATE E DESCONTAMINAÇÃO DE VÍTIMAS DE INCIDENTES 
QUÍMICOS 
 
A equipe de Emergência em um incidente químico com produtos perigosos envolvendo 
vítimas deverá: 
1) Interromper a exposição da vítima; 
2) Remoção da vítima do local e; 
3) Tratamento da vítima, sem colocar em risco a equipe de resgate. 
 
DESCONTAMINAÇÃO DE VÍTIMAS DE INCIDENTES QUÍMICOS 
 
 Consiste em remover as vítimas da área de exclusão ou zona quente no menor 
intervalo de tempo possível, com o objetivo de interromper aexposição das vítimas aos 
materiais perigosos e diminuir a contaminação da equipe de salvamento e das vítimas 
no corredor de redução de contaminação. 
 
Reconhecimento: situação do local 
 
- Confirmar a natureza e dimensão do incidente 
- Procurar identificar as substâncias químicas envolvidas 
- Confirmar a necessidade de apoio e/ou outros serviços de emergências e relatar a 
Central de Operações 
- Solicitar apoio do Centro de Controle de Intoxicações Regional: informações e 
tratamento adequado para as vítimas (Em SP – CEATOX 0800-014-8110) 
- Utilizar equipamento de proteção individual compatível com o risco apresentado pelo 
produto 
 
 
 
 
 
 
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ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM 
PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 72 de 103 – 
PRINCIPAIS PERGUNTAS NO LOCAL 
 
Que tipo de material? 
Qual o nome do material e o seu número? 
Qual o fabricante? 
Em que tipo de recipiente está acondicionado? 
Onde e como está acondicionado? 
Quanto de material há no local? 
Qual o estado do material? 
Qual a distância de segurança? 
Existem outros materiais perigosos próximo ao local? 
Quais as condições climáticas? 
 
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS 
 
Natureza do problema 
Identificação do produto 
Condições do local de armazenamento 
Condições climáticas 
Se é durante o dia ou noite 
Presença ou não de fogo 
Lapso de tempo desde o início do acidente 
Situação das vítimas 
Número de vítimas 
Perigo de haver novas vítimas 
 
 
 
 
 
 
 
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PRODUTOS PERIGOSOS 
 
 
 
- 73 de 103 – 
PROCEDIMENTOS DE DESCONTAMINAÇÃO DE VÍTIMAS 
 
ZONA QUENTE 
 
Antes de manipular qualquer vítima contaminada com um produto perigoso, utilizar 
nível de proteção adequado 
Remover as vítimas da área de exclusão (zona quente), interrompendo a exposição da 
vítima ao produto perigoso 
Efetuar a avaliação da vítima (Análise primária) 
Iniciar os procedimentos RCP se necessário 
 
DELIMITAÇÃO ENTRE A ZONAS QUENTE E MORNA 
 
Estabilizar a coluna cervical 
Remover as vestes contaminadas cuidadosamente e com auxílio de tesoura, não 
arrancando o tecido se o mesmo estiver aderido a lesões ou queimaduras 
Descontaminar inicialmente as lesões abertas com soro fisiológico e proteger com 
curativo oclusivo para evitar a contaminação e somente depois realizar a 
descontaminação da pele íntegra na estação 02; 
 
ZONA MORNA 
ESTAÇÃO 02 
- Estabilizar a coluna cervical e proteger as vias aéreas. 
- Análise Primária poderá ser realizada simultaneamente com a descontaminação 
- Em seguida lavar a área contaminada com fluxo de água e esfregar com espoja ou 
escova macia se for necessário obrigatoriamente no sentido da cabeça aos pés 
- Utilizar sabão neutro se for disponível e necessário; 
- Se o produto químico for seco na forma de granulado ou pó, deve ser retirado 
manualmente antes de lavar o local, com ajuda de escova ou pano seco e sem 
esfregar; 
 
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- 74 de 103 – 
- Evitar tempo demasiado de exposição, prevenindo a hipotermia - cobrir com manta 
aluminizada ou outro recurso disponível 
- Substâncias neutralizantes geralmente não são utilizadas na descontaminação das 
vítimas devido ao risco de piorar as lesões abertas e queimaduras 
 
Descontaminação ocular 
- Retirar as lentes de contato 
- Lavar os olhos com as pálpebras abertas, com fluxo corrente de soro fisiológico ou 
água limpa do centro para o canto externo do olho por 15 minutos 
- Manter irrigação contínua durante o transporte ou ocluir os olhos com compressas 
umedecidas com soro fisiológico 
 
ZONA FRIA 
POSTO MÉDICO AVANÇADO (PMA) OU 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DE VÍTIMAS (ACV) 
 
- Análise primária e secundária 
- A maioria dos casos poderá ser tratado com tratamento sintomático e de suporte 
básico da vida 
- Alguns casos podem necessitar de tratamento com antídotos específicos 
- Procedimentos invasivos como: entubação endotraqueal e punção endovenosa são 
realizados apenas por suporte avançado de vida 
 
TRIAGEM DE VÍTIMAS: MÉTODO START 
 
 Estabelecer a priorização de atendimento das vítimas no caso de múltiplas 
vítimas de acordo com o método START 
 Encaminhar as vítimas conscientes contaminadas para o corredor de 
descontaminação – montagem das novas estações 6 e 7 
 Remover as vítimas inconscientes contaminadas para o corredor de 
descontaminação (máximo de 03 vítimas) 
 
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- 75 de 103 – 
 
A assistência do Centro de Intoxicações Regional poderá ajudar a determinar o risco da 
contaminação, informando: 
- Efeitos tóxicos da substância envolvida 
- Os procedimentos de descontaminação 
- Tratamento específico da intoxicação 
 
TRANSPORTE PARA O HOSPITAL 
 
- Prevenir a contaminação da ambulância e dos pacientes subsequentes com a 
utilização de cobertura plástica nas superfícies, no piso e lençóis descartáveis da maca 
- O equipamento contaminado que entrar em contato com o paciente deve ser 
separado para descarte ou descontaminação posterior 
- A equipe de resgate deve utilizar equipamento de proteção individual e proteção 
respiratória 
- Manter a ventilação máxima ou exaustão na VTR, com as janelas abertas 
- Verificar identificação e detalhes sobre a substância antes de deixar o local do 
incidente 
- Manter contato com o Hospital para informar a situação clínica do paciente e as 
características da substância e da exposição 
- Tratamento específico da intoxicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 76 de 103 – 
RESGATE DE BOMBEIRO-VÍTIMA CONSCIENTE 
 
1) Informar ao Posto de Comando (PC) sobre o incidente 
2) Acionar equipe de apoio com o mesmo nível de proteção exigido na zona quente 
3) A equipe de apoio deve retirar na estação 01 material disponível para a remoção 
do bombeiro-vítima 
4) Deslocar até o local onde se encontra o bombeiro-vítima 
5) No caso do bombeiro-vítima estiver utilizando nível de proteção que exija EPR 
autônomo, posicionar o mesmo em decúbito lateral para uma remoção segura 
6) Encaminhar o bombeiro-vítima até a área de transição entre a zona quente e a 
estação 02 do CRC 
7) Transpor o bombeiro-vítima para a maca concha 
8) Iniciar os procedimentos de lavagem e rinsagem do traje de proteção química, 
luvas e botas externas 
9) Proceder com a remoção das luvas e botar externas 
10) Proceder com a remoção do traje de proteção química e luvas internas 
11) Proceder com a remoção do EPR e roupa do bombeiro-vítima 
12) Transpor o bombeiro-vítima para a maca cocha 
13) Iniciar os procedimentos para o banho completo do bombeiro-vítima, lavando 
inicialmente os ferimentos, se houver, e posteriormente labar vigorosamente mãos, 
rosto e toda a pele íntegra 
14) Transpor o bombeiro-vitima para prancha longa ou maca conforme o caso, 
encaminhando-o ao PMA ou ACV e iniciar os procedimentos de APH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 77 de 103 – 
RESGATE DE BOMBEIRO-VÍTIMA INCONSCIENTE 
 
1) Informar ao Posto de Comando (PC) sobre o incidente 
2) Acionar equipe de apoio com o mesmo nível de proteção exigido na zona quente 
3) A equipe de apoio deve retirar na estação 01 material disponível para a remoção 
do bombeiro-vítima 
4) Deslocar até o local onde se encontra o bombeiro-vítima 
5) No caso do bombeiro-vítima estiver utilizando nível de proteção que exija EPR 
autônomo, posicionar o mesmo em decúbito lateral para uma remoção segura 
6) Conduzir o bombeiro-vítima para uma área afastada do contaminante dentro da 
área de exclusão 
7) Providenciar uma via aérea liberada retirando a máscara do EPR e verificar 
presença de sinais de vida

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